Riachão

Riachão foi uma força criadora de proporções imensas. Uma usina de energia rítmica, melódica, cômica, poética. Viveu 98 anos de luz intensa. Cada macaco no seu galho. Ele conheceu a tragédia em sua velhice, dificuldades em sua juventude, mas eu estive com ele há cerca de um ano e o vi cantar, sem parar e sem perder o suingue, por 5 horas seguidas. Seus sambas-coco são a afirmação da alegria baiana. Morreu velho e novo, sem precisar de novidades virais. Nunca esqueceremos Riachão.

Caetano Veloso, 30/03/2020. 

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