Rock

Sempre admirei o rock britânico, que chamo de ‘neo-rock’. Em Londres eu consegui vê-lo de perto: Led Zeppelin, T-Rex, Pink Floyd, o The Who, a Incredible String Band, Jimi Hendrix e, claro, os Rolling Stones. Aprendi que o grande rock não era sobre volume e selvageria, mas sobre precisão e economia. Também aprendi sobre autenticidade. Inicialmente eu era relutante em tocar violão nos meus próprios discos e delegava isso a músicos mais qualificados. Mas produtores me convenceram que as fraquezas do meu estilo de tocar violão eram parte do charme da música. Isso foi muito libertador.

Caetano Veloso, 14/05/2020. 

Tenho um interesse quase que até predominante pelo rock, desde que ele passou a me interessar desde 1966. Na formação do Tropicalismo, no pós-Tropicalismo e até hoje. Mas eu não sou uma pessoa oriunda do rock, eu não sou um roqueiro espontâneo desde a minha adolescência. Eu me aproximei do rock por caminhos pensados, como conclusão de questões do gosto, da opinião crítica e da sensibilidade que se desenvolveram em mim me levando até o rock, mais ou menos, entre 1965/66 e que ajudou no Tropicalismo em 1967.

Caetano Veloso, 13/07/2021.

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