Gabeira e Gabeira (01/10/2008)
GABEIRA E GABEIRA |
1/10/2008 3:13 am |
Não voto em Crivella nem que vaca tussa. Meu candidato é Gabeira e sempre disse isso. Não sei por que a dúvida. Conheço as opiniões de Crivella (e da turma da IURD) sobre os homossexuais. Mas todos hão de convir que eles são muito mais abertos em relação ao aborto e ao uso de camisinha do que a Igreja Católica. Eles também (até naqueles mini-tele-dramas sobre casais que sofrem porque o cara bebe ou é infiel) não mostram ter muito problema com pessoas amigadas ou namorados que vivem juntos. Agora, hipocrisia, extorsão doce, disputa de clientela - tudo isso é das religiões em geral. Vá lá, falo sobretudo do ambiente católico em que cresci. Respeito o mundo cultural de minha mãe. Mas nunca me ceguei para as evidências de fraude permanente. Religião é coisa difícil. Não existe sem essas coisas. E parece que a humanidade não existe sem religião. As opiniões de Mangabeira se originam em posição filosófica muito séria a esse respeito. Não compartilho. Admiro. São dele. Não são minhas. Mas devem ser conhecidas para ser criticadas. Continuo dizendo que - seja por Crivella, seja por Daniel Dantas (agora, pois há anos não havia essas pessoas e a reação a Mangabeira era a mesma) - não podemos desprezar sumariamente a contribuição que Mangabeira quer dar ao país. O que não é aceitável é o que nunca aceitei: agressões às religiões afro-brasileiras. E a mera idéia de hostilidades religiosas se dando abertamente no Brasil me horroriza. Mas não é com descartar Crivella por ser da IURD que neutralizaremos essas tendências. Deixa ele disputar. E perder. Gabeira ainda vai ganhar. É só a gente deixar de ser bobo. Sempre tenho interesse em política e sempre me posiciono de modo claro. Tenho sempre candidatos. Não participo da onda de desqualificação da dimensão política. Felizmente. Agora é Gabeira. E Aspásia? The joke about English vowels was very amusing to me. Not so to Eloisa, or Heloisa. She didn’t say a word. Exequiela came with some corrections. Hm. I take the long “oos” (like in “fool” or “goose”, “loose” etc.) as mainly a hidden diphthong of the same vowel repeated in two different intensities: the “ea” in “repeat”, for example, sounds to me like Spanish “íi”. And in “fool” the double O sounds like “úu” (or even “úo”): you don’t say “ful”, but “fúul” or “fúol”. And yes, there are lots of vocalic sounds in different languages that are not recognizable from the “outside”: a Spanish-speaking person is not spontaneously able to tell the difference between “Ô” and “Ó”, or “É” and “Ê”. The same way we are not able to easily tell “sheet” from “shit”. Y por aqui quedemos con eso de inglés. Es una bella lengua pero tenemos otros asuntos. Os republicanos não deixaram passar o “bail-out” de Paulson. Bem, sobretudo os republicanos. Mas faz sentido. Eles em princípio defendem o mercado desregulado. O problemão veio daí, mas nem por isso eles iriam querer mudar agora, quando se trata de uma tentativa de salvação coletiva. Essa coerência parece digna. Mas nos indigna de alguma forma. Continuo sem poder pôr as vozes nas faixas do disco. Fui lá ontem, pensando que, por estar me sentindo bem (relativamente: é sempre assim) eu ia poder gravar voz. Ledo engano. O som de nariz tapado ficou horrível nos auto-falantes. Hoje fui cantar com Milton e os Jobim no Jardim Botânico mas voltei pra casa pra descansar e tentar gravar amanhã. Falando em Milton e os Jobim, concordo com uma moça que disse que Milton cantando Tom é muito superior a Roberto e eu fazendo a mesma coisa. E mais ainda com a outra que disse que me achou preso, inibido, sei lá, com o terno apertado (não estava apertado, mas parecia), com a voz tensa. Era isso mesmo. Mas discordo da opinião de que Roberto não cantou divinamente bem. Eu estava ali com minha confusão, tenho meu valor histórico e simpatia pessoal, mas não fiz nada artisticamente que merecesse celebrações especiais. Mas Roberto… ah, Roberto, como canta! Que relaxamento, que naturalidade na emissão, que musicalidade espontânea! Não tente se iludir, cara comentarista, não foi a “mídia” (o que quer que signifique esse plural masculino latino transformado, através da vulgarização do inglês, em feminino no singular português brasileiro) que deu a Roberto o título de Rei. Ao contrário: a grande imprensa (e a nanica também) esnobava solenemente Roberto, Erasmo e a Jovem Guarda. Quem o chamou de Rei foi o povo brasileiro, a começar pelas garotas suburbanas que assistiam ao programa nas tardes de domingo. E, com o passar dos anos - e a resistência do estilo dele ao tempo - , a “mídia” teve de ir atrás. Botei uma voz em “Menina da Ria” que ficou quase boa. Digo: quase boa para ir pro disco. Amanhã confiro e conto mais. |
Caetano, voce esteve melhor no show com Milton - cantando Tom, que o no show com Roberto, cantando Tom.
Não deu para passar problemas seus no Jardim Botânico.
Bom, a questão não sei se era você, ou a ótima banda de Milton. Uma banda que me fez lembrar a banda que você se apresentou em 1997 na Italia, e que mais tarde acabou gerando o disco OMAGGIO A FEDERICO…
achei o máximo saber q vc assiste aquelas tele-novelas dos canais do “senhor”… tb curto esses canais, inclusive os católicos. às vezes, com tantas opções (hbo, cinemax, tnt, etc), me pego assistindo um programa de jovens carismáticos, ou o daquele pastor rodrigues e sua fala pausada-ensaiada, mas ao contrários da dos padres, dinâmica. e fico pensando como meu universo é distante do daquelas pessoas que ali estão se apresentando. e penso: que bicho estranho esse humam being. sempre gostei de observar galáxias distantes e me colocar como um estrangeiro “no lugar e no momento”.
gabeira vai para o segundo turno. na bahia, a coisa está empatada - o carlismo ainda resiste…
aprendi a gostar de roberto com a empregada que trabalhava na casa dos meus pais na minha infância. sempre lembro dela ao ver o rei.
adminiro as pessoas que conseguem chegar a universos dos mais distintos. é a carcterística que mais admiro em lula.
Aquele teatro do Jardim Botânico está ótimo para receber shows, pode-se empurrar as cadeiras e usar a pista para dançar…
Milton com Jobim Trio foi o que de mais original ocorreu nessa homenagem aos 40 anos da BN, mesmo sem querer.
Pois eu acho que Caetano e Roberto cantaram “divinamente bem”. Gosto muito do Milton cantando Tom. Mas há algo de divisão, de encaixe na prosódia e notas curtas nas canções de Tom que só João e Caetano fazem com precisão zen. E agora, Roberto! Não foi bem uma surpresa. Roberto começou imitando João. Milton dá umas alongadas nas notas e usa vibratos, assim como Caetano, mas tem uma divisão mais fluida, menos bossa. Nada que me faça compará-los com critérios de valor. São os três magníficos.
Agora, acho que pouca gente entendeu o tamanho do encontro Roberto&Caetano. O show é tratado como evento comemorativo. Não foi só isso, não.
Talvez o tratamento convencional dado ao especial da Globo, com planos caretas e travellings tenham dado esse ar de Especial. Seria mais bacana se a gravação e edição do evento para TV fosse mais ousada, com cenas de bastidores, ensaios e papos sobre o repertório.
Achei que na TV não tivemos a dimensão exata do tamanho do encontro. Quanto à timidez do Caetano: não concordo. Vai aqui uma observação de fã atento: Caetano é um mestre nos duos. Foi assim com João Gilberto, com Chico e tantos outros. Não gosta de ficar roubando a cena. Divide. Olha atentamente para o companheiro, se preocupa com os espaços, não inventa moda, não faz firula. O que resulta não é Caetano. É um outro Caetano a serviço da canção dividida. Isso é raro nos duos, que em geral mostram dois cantores exibindo seus estilos. Caetano foi um pouco Roberto e Roberto foi um pouco Caetano. Uma terceira coisa. Não achei Caetano tenso. Achei-o com controle. O que é maravilhoso. A emoção aparecia em frestas. Homenagear Tom tem sido um convite à pieguice. Não vi nenhum crítico observar a contenção e o respeito do Rei e do Caetano com o repertório do maestro. Evitaram o tom póstumo (ao contrário do que Jotabê disse no Estado).
Pena que esse jeitão da Globo embrulhar pra presente seus especiais torne tudo meio sonolento pra alguns. Eu entendo.
Mas quando esse encontro sair em CD, tente fechar os olhos. Veja se Caetano está tenso? Os takes são perfeitos. Históricos. E os pequenos deslizes são maravilhosos.
Não consigo entender como muita gente não tenha compreendido a dimensão desse momento. Caetano cantando Ela é Carioca foi de fato maravilhoso. Depois da versão de João no disco gravado no Méxixo, achava difícil reencontrar essa canção com tanta força.
Milton é um gênio. Mas o encontro de Caetano e Roberto é uma outra coisa. Não podemos comparar. Caetano e Roberto seguem trajetórias paralelas e quando se encontram a canção popular do Brasil parece fazer sentido.
Que bom que isso tudo aconteceu.
Dear Caetano,
In fact, it was really amusing to me, but Hermano didn’t have time to release my comment, because it came too late. Although you said you’re through with this matter, I still have lots to say.
“Yes, “â” is the closest to it. But we don’t have that in Brazil really - not with a differential value.”
Of course we don’t have it in Brazil, but it shouldn’t be so difficult to get the right sound: that’s why we have those little magic things called phonetic symbols! Also, “â” is not the closest to it; it is actually the sound, represented by “Λ”. Still I don’t get it: why does everyone easily say ‘but’, but finds it so hard to say ‘blush’? It’s exactly the same vocal sound!
“Well, of course THERE ALWAYS IS a vowel when you produce a vocal sound.”
You sound sort of ironic here, but that’s not exactly what I’ve said. In fact, it was quite the opposite: when there is a vowel, you ALWAYS produce a vocal sound (though you don’t agree with that).
‘Are you thinking I say this because I am Brazilian and my ear is used to just those vowels?’
I would never dare to think of that! Still, you didn’t have to show off all your language skills: I already knew everything you said. I guess you love languages the way I do, so all your knowledge was thorough expected. It might be the reason why I was a little bit surprised by your prior comments…
‘Sorry for the long gramatiquice in English.’
Don’t be. I love gramatiquices too, and I was so glad to read your looong answer. Actually, I’m the one to say sorry for such an unkind answer. But, believe me, I couldn’t keep myself from having a little grammatical fight with you. After all, you’re the best, right?
And, just for the record, I find ‘rouge’ a much more charming word too. Kisses.
Caetano, Gabeira representa o que o inconsciente do Brasileiro está querendo: Um guinada na política(gem) brasileira, para a verdadeira Política.
Quanto ao Milton, ele é sempre bom e está fazendo belos shows com o trio.
E você e o Roberto, cantaram mesmo com o João Gilberto no Especial do RC, como estão comentando? Se acontecer isso a música brasileira estará completamente agraciada pelas três maiores perfeições da América Latina.
Quizás por ignorancia tengo la imagen de que Roberto Carlos es como un Julio Iglesias brasilero. Sin embargo, ví y escuché con oídos desprejuiciados algunos videos en Utube de Caetano+Roberto y es verdad que o rei canta muy bien (si con hacerlo quedara hecho). Frank Sinatra también cantaba bien pero igual no me gusta. No me hacen ni vibrar ni subir los latidos del corazón…pero es un gusto personal.
Será que se puede publicar la letra de “Menina da Ria”? Y alguna imagen de las grabaciones? Seguramente alguien puede llevar una camarita y sacar alguna fotito al azahar. Me ofrecería pero estoy muy lejos (ja..ha).
“You say tomato and I say tomatho…. tomato, tomatho….potato… potatho” Porque respeto a mis Dioses no voy a hacer ningún comentario sobre el tema English. (Pero sos cabeza dura Leozinho!. No es correcto lo que pusiste). Esto dicho seguido de un beso sin parentesis para que no te enojes.
1B
Vamos aos candidatos:
Sempre que se fala de Gabeira, alguém lembra da maconha. Assim como aqui em SP em relação à Soninha. Ela foi duplamente vítima de uma emboscada da nossa imprensa. Deu um depoimento singelo à uma revista sensacionalista e virou capa e outdoor, porque assumiu que fumava um baseadinho de vez em quando. Disse duplamete vítima, porque a gestão hipócrita do dublê de poeta Jorge da Cunha Lima na TV Cultura tratou de demitir a moça, ao invés de aproveitar a situação e tornar o debate público. Já que se tratava de uma TV pública.
Lembremos que FHC perdeu uma eleição porque declarou ter experimentado maconha. E disse que era ateu. E nós estamos aqui nesse blog, mais de uma década depois falando de drogas e de igreja. Os tabus continuam os mesmos.
Gabeira e Soninha são a cara de um país que já existe mas que não se faz representar. Isso porque não têm a força da grana calçando as suas candidaturas.
Por outro lado, a candidatura de Kassab cresce avassaladoramente em SP. Seria bacana se ele assumisse a sua homossexualidade, mas não o faz. O que vemos por tráz de tudo é a engenhosidade política do Serra. Trabalha por Kassab em silêncio, depois de prometer publicamente que não abandonaria a prefeitura de SP.
No primeiro turno voto em Soninha, já que Ivan Valente me parece um desses socialistas anacrônicos que ainda fala do combate ao imperialismo como se isso estivesse ao alcance do cargo que pleiteia.
No segundo turno, ao que tudo indica, Marta X Kassab. Anulo o voto. Marta me dá arrepios. Vê-la no horário gratuito peguntando na perifa “que aqui quer banda larga?” como se fosse o Silvio Santos perguntando “quem quer dinheiro?” foi constrangedor.
A favor de Kassab há sua obsessão pela cidade limpa. Mas é pouco. Já Alkimim é aquele tiozinho de cultura mediana, sem pegada. O apelido Picolé de Xuxu pegou aqui em SP. Ele de fato é um Picolé de Xuxu.
Como agora, Serra não conseguiria enfrentar de frente a popularidade do Lula, trabalha pelas beiradas. Teremos um embate lá na frente da História.
Caetano, vc é nossa celebração, muito mais que nossa celebridade. Vc fez e faz, e faz artísticamente. Vc é o nosso artista por isso caminhamos ao seu lado, pra sempre. Vc nos inspirou desde o dia que apareceu como uma aparição mesmo. Vamos com vc, vamos com Gabeira e Aspasia…uma vez o Wally na casa da Rainha me disse: é ele que carrega isso pra frente…sempre que te vejo tenho essa impressão, que lindo destino…foi uma Glória a sua presença ali, foi lindo demais…que conversa é essa?…vc foi demais, totalmente demais…tem as subjetividades também…e viva o Rei, claro.
O Caetano estava lindo no especial do Roberto! Entendem, ele estava lindo! o Roberto é legal, eu sei, mas o Roberto não estava lindo (ele precisa aparar o cabelo, sei lá, dar um toque nas pontas) eu falo esteticamente, não das canções; as canções do Jobim são todas legais, e, evidentemente, apesar dos confetes do Caetano pro Roberto, o Caetano cantou melhor, porque prefiro Caetano cantor (e compositor) a Roberto Carlos; mas não é legal falar que o show não foi bom! Foi digno de um encontro da estirpe do REI e do Rei (para mim o REI é aquele com ascendência e solar em Leão)
É verdade Fábio, 0 “Verdade Tropical” do Caetano é livro obrigatório, eu mesmo o usei e uso como “documento”, já escrevi monografia e dissertação o citando citando deformando, exatamente como o Caetano menciona no livro, como um universitário em transe; Adoro o Verdade e o próprio nome me serviu para títulos na linha do “Tropical” como “Roteiro Tropical” “Nevoeiro Tropical”… Bem que o Caetano poderia lançar um livro mais, “não como o “Mundo não é chato, que é mais reunião de textos seus no decorrer da história da canção, entre outras coisas, mas um novo livro, sei lá uma nova temática…
Em tempo, o índio descerá de uma (duma) e não em uma (numa).
Caetano,
Primeiro, permita-me dizer que vc é lindo!
Eu sou carioca cirado sob o sol de Salvador,tenho 27 anos, gosto de sua música há muito tempo e sou amigo de Diogo, filho de Rógerio Duarte.
Há muito tempo eu namorava o seu livro “Verdade Tropical”, porém só comecei sua leitura há duas semanas atrás e a terminei ontem à noite. Posso dizer com certeza que o contato com a parte de você (ou você por inteiro) que se manifesta em seu livro a partir de suas vivências, visões, de suas idéias em períodos longos mexeu comigo de modo muito especial. É como se o livro tivesse esperado a fase que eu estou vivendo para cair de vez em minha vida.
Ps. Essa interação com o Brasil inteiro através através desse blog está muito legal.
Beijos pra você e tudo de bom com seu novo trabalho musical!
Caetano,
Adorei saber da existência desse blog. Quanto aos seus comentários, achei ótimo quando afirma que sempre se posiciona politicamente, (todos deveriam se posicionar), bem como, ressalta o absurdo da intolerância religiosa, especificadamente, no que concerne as religiões afros e os seus ritos. Necessário que alguém como você FALE! Sempre e maravilhosamente, expresse o que sente.
Que Gabeira vença no Rio!
Saúde. Estou ansioso por vê-lo cantando em Salvador.
Beijos. Um forte abraço
desculpe-me se escrevi algo que vc não gostou, mas não sei o que pode ter acontecido, afinal eram só elogios!
horrizante mesmo a idéia de haver no Brasil hostilidades entre religiões. afinal, não somos o país do sincretismo, da mistura, da miscigenação???
não voto no Rio. mas é isso mesmo bicho..deixem o Crivela disputar e perder. Façam Gabeira ganhar!!!
Saúde em progresso para você.
PS: achei engraçado aquilo de você não aguentar aqueles que falam “blôsh”:))))) Aqui no Nordeste tem umas pessoas que falam assim
Maria
Eu também concordo com o Salem quanto ao tratamento que a Globo dá a seus especiais, com planos caretas e etc. Quando ouvi falar do encontro Caetano&Roberto em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova pensei em algo diferente. Mas, foi legal. Confesso que comecei achando chata a interpretação do Roberto, mas acabei gostando.
Caetano vc me convenceu a votar no gabeira com este post.
Ao longo dos meses ou seriam semanas desde aquele dia que vc disse que eu tinha que acordar eu venho pensando e decidi dar um voto de confiança ao homem…apesar de ainda acreditar na falencia da democracia representativa….
Pronto gabeira vai ter mais 25 votos pois minha familia inteira vai votar no gabeira….
quanto a roberto ele tem algo como frank sinatra ….é algo assim da figura do rei mesmo…he is the boss…..é emoção é sentimento é simplicidade é essencialidade é romantismo é algo essencialmente humano e a voz dele vc tem toda razão é absolutamente natural espontanea sem esforço sem truques sem retoques sem pro tolls rsrsrsrsrsrsrsr…..
me perdoe mas devo dizer que vc tem algo que nem milton nem roberto tem…..que bom …no sentido da nossa riqueza musical…..vc tem uma interpretação quase sempre marcante, singular, melhor dizendo pessoal sobre aquilo que vc quer dizer….acho que um bom exemplo do que quero dizer reside na canção billy jean ou em o ultimo romantico, ou ainda eu e a brisa ….alias ai entra a genetica porque sua irmã é exatamente assim quando bethania emite a primeira silaba da canção vc sabe que é bethania e que vai perceber algo singular no cantar dela.
não perca o debate dos vices nos estados unidos na proxima sexta e talvez vc entenda quando digo que a democracia representativa faliu….vc ser hilario aquela mulher vice do homem boneco….ou seria boneco homem..detalhe não quero te dizer mas vou te contar ele vai ganhar do obama e a razão é simples o americano quer confiança quer previsibilidade quer alguem que encarne um espirito apaziguador de alguem mais velho mas ele certamente não vai representar a meu ver e nem tem condições para tanto um continuismo a la bush ..alias alguma similitude fonetica entre bush blush blur blink e blame?
ana
o que quiz dizer é que nada tenho contra nehuma religião mas claro que concordo com vc de que o Estado não deve se misturar com religião apesar de na pratica o jogo d poder ter la suas forças e não da pra desprezar a força da religião na politica…por favor sem juizos de valor é apenas uma constatação….
Te mando un artículo que salió en Noticias del Castellano sobre acuerdo de unificación de la Lengua Portuguesa. A ver que opinas….
EFE
El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmó que su país “se reencontró consigo mismo” al firmar el decreto que promulga del “Acuerdo ortográfico de la lengua portuguesa”, que definió como “estratégico” y que entrará en vigor en enero próximo en el país.
Según Lula, el acuerdo acerca más a Brasil a otros países lusófonos, entre los que destacó a los africanos, con los que espera que aumente el comercio de productos editoriales gracias a la nueva herramienta ortográfica de la lengua de Camoes.
“El acuerdo tiene una importancia mayor de lo que puede parecer a primera vista”, dijo el mandatario, quien afirmó que la norma posee un “significado estratégico” para la cooperación entre los países que hablan portugués “y la propia presencia de la lengua portuguesa y de nuestra literatura en el mundo”.
Lula hizo las declaraciones en la sede de la Academia Brasileña de Letras (ABL), en Río de Janeiro, donde hoy rubricó el decreto que da luz verde al acuerdo que simplificará y unificará la forma de escribir el portugués en los ocho países en que es idioma oficial.
“Quiero destacar aquí el imprescindible rescate de nuestros lazos sustantivos con África, en particular con la África de lengua portuguesa, que para nosotros representa más, mucho más que una prioridad geopolítica”, manifestó.
Recordó que en los casi seis años que lleva en el poder ha visitado 21 países africanos como parte de una política para rescatar del olvido a ese continente y reforzar los lazos comunes.
Para Lula, el acuerdo dice mucho “de nuestra alma, de nuestra identidad como nación multiétnica y multicultural (…) Es el reencuentro de Brasil con algunas de sus raíces más profundas”.
El gobernante firmó el decreto en un acto en el que la ABL celebró el centenario de la muerte de Joaquim María Machado de Assis (1839-1908), el más universal de los escritores brasileños y un clásico de la lengua portuguesa.
En la celebración, Lula animó a sus compatriotas a hacer la “revolución del libro y de la lectura” para extender la cultura a los pobres y evitar que se pierdan genios como Machado de Assis, hombre de origen humilde que se consagró en la literatura y fue el primer presidente de la ABL.
“No me cabe discurrir sus métodos literarios. Voy a destacar el aspecto central: hijo de lavandera, nieto de esclavo, pocos estudios regulares, aprendió a trabajar como aprendiz de tipógrafo”, resumió el presidente.
Señaló que Assis “debe inspirar al país” para que “ofrezca oportunidades para todos”, “incluso a los talentos más improbables”, e indicó la lectura como un camino para reducir desigualdades sociales.
El acuerdo ortográfico fue aprobado en diciembre de 1990 por representantes de Portugal, Brasil, Angola, Mozambique, Cabo Verde, Guinea Bissau y Sao Tomé y Príncipe, mientras que Timor Oriental se adhirió en 2004, dos años después de su independencia de Indonesia.
Para entrar en vigor, necesitaba la ratificación de un mínimo de tres países, que se consiguió en 2006 con Brasil, Cabo Verde y Sao Tomé y Príncipe, mientras que el Parlamento de Portugal le dio el visto bueno en mayo de este año.
En Brasil, la nueva norma entrará en vigencia en enero de 2009 y su implantación se hará de forma gradual, de manera que las nuevas normas llegarán a los textos escolares en 2010 y serán obligatorias a partir de 2012.
A mí me pareció importante.
Beijo no coraçao. Vero.
PERDONO FRATELLI…
“horrizante” …ual
“ouuuutraaasss palaaaavras…”
“Não sou nenhuma intelectual com opiniões bem formuladas _ com isso tiro o chapéu ao Salem, e outros”
Valeu, Tay. Mas não sou nada que se pareça com um intelectual. Estou longe disso. Me meto em assuntos que não domino porque tenhos os neurotransmissores inquietos. E por aqui, parece que meu estilo desmiolado de pensar ecoa. Quando era moleque certa vez li um texto do Caetano pro Pasquim e gostei da forma descontínua, fluida e não linear com que descarregava as palavras no papel.
Aqui, eu descobri, que não só Caetano é assim. São muitos os que se arriscam sem medo no verbo com esse jeitão meio metido e ao mesmo tempo humilde.
Por aqui é permetido mudar de opinião e a polêmica gratuita causa risos.
Por trás dessa aventura tão bacana, justiça seja feita, tem a mão do Hermano. Esse sim poderia carregar o crachá de intelectual, mas não o faz. Ele é mais que isso. O brasil precisa muito de caras como ele. Hermano consegue pensar em música popular numa seara onde os intelectuais gastam o verbo dizendo bobagens. Talvez, desde Augusto de Campos, não tenha aparecido um cara tão genial. Vai ser difícil entender a produção cultural brasileira do final do século passado e do início deste, sem ler Hermano.
Seja bem vinda.
Caetano, que indescritível poder me comunicar com aquele artista genial que ouço em Tigresa, Índio, Qualquer Coisa, Podres Poderes, entre tantas outras obras-primas. Minha admiração aqui seria demasiado… e não lhe cansarei com isso. Posso dizer que o peso de sua canção tem a força de uma filosofia, quando descobrimos um olhar diferente sobre nós mesmo e o mundo.
Realmente, e não farei aqui juízo de valor, não consigo olhar para o Gabeira sem pensar em ti Caetano(desculpe a brincadeira Caetano), parece cada um ser o espelho do outro, claro, cada um em “seu galho”. A mesma hibridez ideológica entre a esquerda e a anti-esquerda, até mesmo a mesma atitude, a mesma “cadência”, a mesma “trilha sonora”, a mesma verve… não que eu esteja reduzindo a isso, é apenas uma impressão. São quase heterônimos de uma mesma pessoa - na verdade estranho não ter ocorrido antes esse apoio.
Entendo essa crítica da esquerda pelo Caetano, sou um esquerdista por isso sei disso, há muita autocrítica na esquerda, não é essa linha reta que se pensa. Basta conhecer a biografia de qualquer esquerdista de destaque nesse país para saber que na esquerda não há auto-canonização ou sacralização, e que ela não é monolítica(o stalinismo - é apenas uma das vias que já foi refutada). A esquerda é plural… vejo saudável essa crítica de Caetano a esquerda.
Quanto a Mangabeira Unger, além de ser politicamente contraditório(brizolista, anti-governista, governista, crivelista, etc). Como pode um iluminista pós-freudiano se aliar a um pastor evangélico? Pelo que já li dele(li algumas coisas, minha opinião é por isso bem despretensiosa) me parece apenas um metafísico que se resumiria a esse silogismo: se neoliberalismo(+mercado-estado) é ruim, e “socialismo”(-mercado+estado) é ruim, logo +mercado+estado, pelo caminho da radicalização democrática.
Acho que sua contribuição, para dizer que não falei de flores, é a de provocar um debate aberto e sem preconceitos sobre formas mais radicais de democracia. É bem intencionado, é bem provocativo, é bem audacioso, e que mais? É que esse tipo de texto se prolifera com a velocidade da luz nas publicações de esquerda(sem os holofotes de um Mangabeira) que leio.
Se me permitir dar minha preferência, eu ficaria muito mais com Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo e um Paulo Nogueira Batista Jr. Eles tem um olhar mais direto, não tem pretensão sistemática(como os frankfurters e pós-estruturalistas franceses, tenho essa desconfiança com os sistemas), tem uma linguagem mais clara, tem a incrível capacidade de operar conceitos profundamente técno-abstratos sobre a estruturalidade econômico-política e uní-los em uma agradável prosa incisiva em uma crônica conjuntural, um retrato do momento.
Mas claro, que venham os bem intencionados… um debate aberto é sempre melhor do que fórmulas feitas.
Ontem entendi a afirmação de Caetano quando disse que é melhor que gil, chico, etc. por ser irmão de Bethânia. Pela primeira vez essa mulher(irmã de Caetano) subiu em um palco Piauiense (na capital Teresina) e o que vi (vimos) é que realmente aquela presença é simplesmente luminosa, rara e bela.
Engraçado… lendo o blog, é a primeira vez que o leio, fiquei pensando nos anos em que seguia Caetano desesperadamente quando ele estava em Salvador, todos os shows, participações especiais, pequenas canjas, tudo, o verão inteiro correndo para ver Caetano… Recordações deliciosas dos verões de Salvador … Fiquei feliz e imaginando como seria este canal de comunicação naquele tempo. Tempo, tempo, tempo, tempo.
Salem, Caetano, Hermano, Tay…
putz, o texto vai todo cheiod e letras trocadas, os outros também foram, fica sendo meu estilo.
o empate técnico entre gabeira e crivela confirma que é ao mesmo tempo bela e banguela a guanabara…
Casualmente hay bastante coincidencias entre las drogas y la religión: han estado unidas desde tiempos ancestrales y cuánto daño producen cuando son utilizadas vorazmente para llenar vacíos.
“Fui lá ontem, pensando que, por estar me sentindo bem (relativamente: é sempre assim) eu ia poder gravar voz.” Qué significa Leozinho? Que nunca te sentís del todo bien?
Conectando con Piazzola, en una entrevista que leí demuestra su dualidad: “Yo soy Astor Piazzolla, tengo 48 años y a mí me gusta mucho Astor Piazzolla…”, dos párrafos más abajo dice: “Siempre tuve una gran inseguridad desde una máscara de seguridad en mí mismo. Ya me lo dijo el analista…”. Esto me hace acordar a um leozinho. Pienso que los “redondos” no creen en su redondez y eso les permite que se sigan haciendo preguntas musicales y no quedar estancados en lo cómodo… lo predecible. Lo mismo que ocurre con los científicos… qué sería de un científico que piense que su trabajo es “redondo”… cuál sería la fuerza extraña que le permita continuar con las preguntas?
Cuando le preguntan a Piazzola si le falta algo… amor? dice: “No… Yo amo lo que hago; ahí tengo mi amor. Mi bandoneón es como tener una mujer en los brazos. Lo acaricio, le pego. La excitación rítmica me lleva a eso. Un músico no es un empleado solemne. Además, estamos muy calientes con lo que nos pasa. Nadie se distrae. Nos escuchamos el uno al otro. Sería muy triste que cuando Agri hace un solo de violín estemos distraídos.” En el caso de la relación músico-música… yo noto que en muchos casos es como una relación amorosa con una persona y me refiero al paralelismo de esa mezcla de amor y conflicto que a veces tenemos para relacionarnos con ella (la música) o él/ella (pareja). Por momentos queremos dejarla o nos frustramos por no conseguir lo que queremos de ella (música) o no poder darle lo que percibimos que desea pero la atracción…el amor…la embriaguez.. el éxtasis…la enajenación..en fin.. todos esos sentimientos inevitables nos hacen siempre volver a la música. Y ahora que escribo esto, me doy cuenta de que es aún mejor que una relación amorosa con una persona porque la música no nos habla, no nos contesta, y en algunos casos nunca nos deja ni la queremos dejar (a la música). Y si nos hablase, qué nos diría?
Gracias a Deus que existen estos sentimientos Cell-Penetrating.
Dejo de divagar…….
galera do blog para demonstrar o carater metafisico e do além de milton espero que gostem…
http://br.youtube.com/watch?v=PoowQMBPFUM
abraços
exemplo perfeito do que quiz dizer acima
http://br.youtube.com/watch?v=5CdJbKcbdJs
é isso parace que deus está cantando não parece humano
Continuo desejando saúde plena para o Caetano.
Maria
Tivesse o Roberto lançado só o “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, de 67, já seria o bastante para ser chamado de Rei.
Mas na Jovem Guarda tinha o negócio dos apelidos, “O Tremendão”, “A Ternurinha”, “O Príncipe”, “O Queijinho de Minas”, “O Rei da Jovem Guarda” (ou “O Rei da Juventude”) etc, tenho impressão que primeiro não foi mídia nem público, mas o marketing (Carlos Imperial estava ali por trás, não? E ele não dava ponto sem nó).
Oi Marcio Junqueiro.
Vou comentar o seu coment que diz:
“eu gsotaria só de falar para o fernando salem, que acho muito bobo essa coisa que agente tema aqui, de uma certo elogio a ignorancia, ninguem é intelectual, são sempre os outros, embora todos exibam milhares de referencias e citações, intelectual é só quem vive (sobrevive) do que produz com sua cabeça ou é todo indivuduo que pensa criticamente sua condição? acho isso meio leviano no brasil de xoxar o tempo todo, os intelectuais ou de criticar veladamente alguem com ambições intelectuais.”
Meio confuso. Mas vamos ver se eu entendi. “A gente tem aqui” pelo jeito o inclui. É isso? Se é vamos falar da gente. A gente nunca elogiou a ignorância. A gente não é intelectual mesmo. A gente exibe citações de vez em quando sim, porque não são só os intelectuais que fazem isso. Não sei a definição de “intelectual” mas me pareceu boa essa que você rejeita: “intelectual é só quem vive (sobrevive) do que produz com sua cabeça “. Achei bacana. Não, a gente não acha que” todo indivuduo que pensa criticamente sua condição” seja um intelectual. Do contrário qualquer um seria. E finalmente, a gente não critica veladamente alguem com ambições intelectuais. A gente critica abertamente que tem ambições intelectuais e não produz pensamentos interessantes.
Gostaria de dizer que apesar de não ser, tenho amigos intelectuais. São caras que gostam de filosofia, jazz, futebol e vivem publicando coisas que eu não entendo, mas que me enchem de orgulho, por que são premiadas e referendadas internacionalmente.
A palavra “intelectual” é usada mesmo por aqui ( e muitas vezes por mim) de forma um tanto pejorativa. Mas se você reparar, no último coment que escrevi fiz questão de dizer que não chego nem perto de ser um intelectual. E ressaltei que o moderador desse blog, o Hermano, esse sim é um super-intelectual. Mas nem sei se ele gosta desse referendo tão protocolar. Aqui no Brasil qualquer colunista da Ilustrada é chamado de intelectual. E é por isso que o termo se esvaziou e caras “levianos” como eu o usam de forma tão banal.
Perdão aos intelectuais de verdade.
Acho que os monoteísmos são muito semelhantes; judeus, cristãos, muçulmanos… sempre o mesmo idealismo negador da vida, o ódio do corpo, a moral imposta a ferro-e-fogo com vistas à universalização, a resistência constante à ciência e o incentivo à adoração-submissão irracional. A leitura de Michel Onfray pode ser libertadora e depois, para reencontrar um certo equilíbrio, a Ética de Spinoza. Caetano, não voto em candidato ligado em igreja nenhuma… nem pensar. Tudo bem se o cara acende o incenso dele, faz sua meditação, pensa no carma; faz uma promessa aqui, outra ali, afinal, fazer promessa é lúdico. Mas botou o pé no púlpito e falou em Jesus, estou fora. Abraço!
“Acho que os monoteísmos são muito semelhantes; judeus, cristãos, muçulmanos… sempre o mesmo idealismo negador da vida, o ódio do corpo, a moral imposta a ferro-e-fogo com vistas à universalização, a resistência constante à ciência e o incentivo à adoração-submissão irracional”
Não posso falar pelos judeus nem pelos muçulmanos, mas quanto aos cristãos (sempre confundidos com os católicos - não, não são necessariamente os mesmos) posso afirmar que NÃO tem nada a ver com esses tópicos nietzscheanos apontados. Aliás, é praticamente o oposto simétrico a essa bobajada toda.