Gabeira e Gabeira (01/10/2008)

GABEIRA E GABEIRA
1/10/2008 3:13 am

Não voto em Crivella nem que vaca tussa. Meu candidato é Gabeira e sempre disse isso. Não sei por que a dúvida. Conheço as opiniões de Crivella (e da turma da IURD) sobre os homossexuais. Mas todos hão de convir que eles são muito mais abertos em relação ao aborto e ao uso de camisinha do que a Igreja Católica. Eles também (até naqueles mini-tele-dramas sobre casais que sofrem porque o cara bebe ou é infiel) não mostram ter muito problema com pessoas amigadas ou namorados que vivem juntos. Agora, hipocrisia, extorsão doce, disputa de clientela - tudo isso é das religiões em geral. Vá lá, falo sobretudo do ambiente católico em que cresci. Respeito o mundo cultural de minha mãe. Mas nunca me ceguei para as evidências de fraude permanente. Religião é coisa difícil. Não existe sem essas coisas. E parece que a humanidade não existe sem religião. As opiniões de Mangabeira se originam em posição filosófica muito séria a esse respeito. Não compartilho. Admiro. São dele. Não são minhas. Mas devem ser conhecidas para ser criticadas. Continuo dizendo que - seja por Crivella, seja por Daniel Dantas (agora, pois há anos não havia essas pessoas e a reação a Mangabeira era a mesma) - não podemos desprezar sumariamente a contribuição que Mangabeira quer dar ao país. O que não é aceitável é o que nunca aceitei: agressões às religiões afro-brasileiras. E a mera idéia de hostilidades religiosas se dando abertamente no Brasil me horroriza. Mas não é com descartar Crivella por ser da IURD que neutralizaremos essas tendências. Deixa ele disputar. E perder. Gabeira ainda vai ganhar. É só a gente deixar de ser bobo.

Sempre tenho interesse em política e sempre me posiciono de modo claro. Tenho sempre candidatos. Não participo da onda de desqualificação da dimensão política. Felizmente. Agora é Gabeira. E Aspásia?

The joke about English vowels was very amusing to me. Not so to Eloisa, or Heloisa. She didn’t say a word. Exequiela came with some corrections. Hm. I take the long “oos” (like in “fool” or “goose”, “loose” etc.) as mainly a hidden diphthong of the same vowel repeated in two different intensities: the “ea” in “repeat”, for example, sounds to me like Spanish “íi”. And in “fool” the double O sounds like “úu” (or even “úo”): you don’t say “ful”, but “fúul” or “fúol”. And yes, there are lots of vocalic sounds in different languages that are not recognizable from the “outside”: a Spanish-speaking person is not spontaneously able to tell the difference between “Ô” and “Ó”, or “É” and “Ê”. The same way we are not able to easily tell “sheet” from “shit”. Y por aqui quedemos con eso de inglés. Es una bella lengua pero tenemos otros asuntos.

Os republicanos não deixaram passar o “bail-out” de Paulson. Bem, sobretudo os republicanos. Mas faz sentido. Eles em princípio defendem o mercado desregulado. O problemão veio daí, mas nem por isso eles iriam querer mudar agora, quando se trata de uma tentativa de salvação coletiva. Essa coerência parece digna. Mas nos indigna de alguma forma.

Continuo sem poder pôr as vozes nas faixas do disco. Fui lá ontem, pensando que, por estar me sentindo bem (relativamente: é sempre assim) eu ia poder gravar voz. Ledo engano. O som de nariz tapado ficou horrível nos auto-falantes. Hoje fui cantar com Milton e os Jobim no Jardim Botânico mas voltei pra casa pra descansar e tentar gravar amanhã.

Falando em Milton e os Jobim, concordo com uma moça que disse que Milton cantando Tom é muito superior a Roberto e eu fazendo a mesma coisa. E mais ainda com a outra que disse que me achou preso, inibido, sei lá, com o terno apertado (não estava apertado, mas parecia), com a voz tensa. Era isso mesmo. Mas discordo da opinião de que Roberto não cantou divinamente bem. Eu estava ali com minha confusão, tenho meu valor histórico e simpatia pessoal, mas não fiz nada artisticamente que merecesse celebrações especiais. Mas Roberto… ah, Roberto, como canta! Que relaxamento, que naturalidade na emissão, que musicalidade espontânea! Não tente se iludir, cara comentarista, não foi a “mídia” (o que quer que signifique esse plural masculino latino transformado, através da vulgarização do inglês, em feminino no singular português brasileiro) que deu a Roberto o título de Rei. Ao contrário: a grande imprensa (e a nanica também) esnobava solenemente Roberto, Erasmo e a Jovem Guarda. Quem o chamou de Rei foi o povo brasileiro, a começar pelas garotas suburbanas que assistiam ao programa nas tardes de domingo. E, com o passar dos anos - e a resistência do estilo dele ao tempo - , a “mídia” teve de ir atrás.

Botei uma voz em “Menina da Ria” que ficou quase boa. Digo: quase boa para ir pro disco. Amanhã confiro e conto mais.



50 Comentários sobre o Post “GABEIRA E GABEIRA”

  1. tyrone medeiros disse:
    Outubro 1st, 2008 at 8:11 am

    Caetano, voce esteve melhor no show com Milton - cantando Tom, que o no show com Roberto, cantando Tom.

    Não deu para passar problemas seus no Jardim Botânico.

    Bom, a questão não sei se era você, ou a ótima banda de Milton. Uma banda que me fez lembrar a banda que você se apresentou em 1997 na Italia, e que mais tarde acabou gerando o disco OMAGGIO A FEDERICO…

  2. Nobile José disse:
    Outubro 1st, 2008 at 8:42 am

    achei o máximo saber q vc assiste aquelas tele-novelas dos canais do “senhor”… tb curto esses canais, inclusive os católicos. às vezes, com tantas opções (hbo, cinemax, tnt, etc), me pego assistindo um programa de jovens carismáticos, ou o daquele pastor rodrigues e sua fala pausada-ensaiada, mas ao contrários da dos padres, dinâmica. e fico pensando como meu universo é distante do daquelas pessoas que ali estão se apresentando. e penso: que bicho estranho esse humam being. sempre gostei de observar galáxias distantes e me colocar como um estrangeiro “no lugar e no momento”.

    gabeira vai para o segundo turno. na bahia, a coisa está empatada - o carlismo ainda resiste…

    aprendi a gostar de roberto com a empregada que trabalhava na casa dos meus pais na minha infância. sempre lembro dela ao ver o rei.

    adminiro as pessoas que conseguem chegar a universos dos mais distintos. é a carcterística que mais admiro em lula.

  3. Rafael Rodriguez disse:
    Outubro 1st, 2008 at 8:51 am

    A apresentação com o Milon foi linda!
    Não imaginva que seria Caetano com o Milton, esperava apenas uma participação.
    Como não havia aquela coisa de tributo, não havia aquela correria ou pressão toda que foi o show com o Roberto, Cae esteve muito mais solto, a vontade para brincar com a voz entre as notas das bossas.
    E o que é o Milton cantando? O prédio inteiro tremia com tamanha intensidade. Voltei para casa mais feliz, mais tranquilo e com vontade de ver novos encontros bossanovistas.

    Aquele teatro do Jardim Botânico está ótimo para receber shows, pode-se empurrar as cadeiras e usar a pista para dançar…

    Milton com Jobim Trio foi o que de mais original ocorreu nessa homenagem aos 40 anos da BN, mesmo sem querer.

  4. Rafael Rodriguez disse:
    Outubro 1st, 2008 at 8:52 am

    opa!
    50 anos de bossa nova.

  5. Fernando Salem disse:
    Outubro 1st, 2008 at 9:44 am

    Pois eu acho que Caetano e Roberto cantaram “divinamente bem”. Gosto muito do Milton cantando Tom. Mas há algo de divisão, de encaixe na prosódia e notas curtas nas canções de Tom que só João e Caetano fazem com precisão zen. E agora, Roberto! Não foi bem uma surpresa. Roberto começou imitando João. Milton dá umas alongadas nas notas e usa vibratos, assim como Caetano, mas tem uma divisão mais fluida, menos bossa. Nada que me faça compará-los com critérios de valor. São os três magníficos.

    Agora, acho que pouca gente entendeu o tamanho do encontro Roberto&Caetano. O show é tratado como evento comemorativo. Não foi só isso, não.

    Talvez o tratamento convencional dado ao especial da Globo, com planos caretas e travellings tenham dado esse ar de Especial. Seria mais bacana se a gravação e edição do evento para TV fosse mais ousada, com cenas de bastidores, ensaios e papos sobre o repertório.

    Achei que na TV não tivemos a dimensão exata do tamanho do encontro. Quanto à timidez do Caetano: não concordo. Vai aqui uma observação de fã atento: Caetano é um mestre nos duos. Foi assim com João Gilberto, com Chico e tantos outros. Não gosta de ficar roubando a cena. Divide. Olha atentamente para o companheiro, se preocupa com os espaços, não inventa moda, não faz firula. O que resulta não é Caetano. É um outro Caetano a serviço da canção dividida. Isso é raro nos duos, que em geral mostram dois cantores exibindo seus estilos. Caetano foi um pouco Roberto e Roberto foi um pouco Caetano. Uma terceira coisa. Não achei Caetano tenso. Achei-o com controle. O que é maravilhoso. A emoção aparecia em frestas. Homenagear Tom tem sido um convite à pieguice. Não vi nenhum crítico observar a contenção e o respeito do Rei e do Caetano com o repertório do maestro. Evitaram o tom póstumo (ao contrário do que Jotabê disse no Estado).

    Pena que esse jeitão da Globo embrulhar pra presente seus especiais torne tudo meio sonolento pra alguns. Eu entendo.

    Mas quando esse encontro sair em CD, tente fechar os olhos. Veja se Caetano está tenso? Os takes são perfeitos. Históricos. E os pequenos deslizes são maravilhosos.

    Não consigo entender como muita gente não tenha compreendido a dimensão desse momento. Caetano cantando Ela é Carioca foi de fato maravilhoso. Depois da versão de João no disco gravado no Méxixo, achava difícil reencontrar essa canção com tanta força.

    Milton é um gênio. Mas o encontro de Caetano e Roberto é uma outra coisa. Não podemos comparar. Caetano e Roberto seguem trajetórias paralelas e quando se encontram a canção popular do Brasil parece fazer sentido.

    Que bom que isso tudo aconteceu.

  6. Heloisa disse:
    Outubro 1st, 2008 at 10:33 am

    Dear Caetano,

    In fact, it was really amusing to me, but Hermano didn’t have time to release my comment, because it came too late. Although you said you’re through with this matter, I still have lots to say.

    “Yes, “â” is the closest to it. But we don’t have that in Brazil really - not with a differential value.”

    Of course we don’t have it in Brazil, but it shouldn’t be so difficult to get the right sound: that’s why we have those little magic things called phonetic symbols! Also, “â” is not the closest to it; it is actually the sound, represented by “Λ”. Still I don’t get it: why does everyone easily say ‘but’, but finds it so hard to say ‘blush’? It’s exactly the same vocal sound!

    “Well, of course THERE ALWAYS IS a vowel when you produce a vocal sound.”

    You sound sort of ironic here, but that’s not exactly what I’ve said. In fact, it was quite the opposite: when there is a vowel, you ALWAYS produce a vocal sound (though you don’t agree with that).

    ‘Are you thinking I say this because I am Brazilian and my ear is used to just those vowels?’

    I would never dare to think of that! Still, you didn’t have to show off all your language skills: I already knew everything you said. I guess you love languages the way I do, so all your knowledge was thorough expected. It might be the reason why I was a little bit surprised by your prior comments…

    ‘Sorry for the long gramatiquice in English.’

    Don’t be. I love gramatiquices too, and I was so glad to read your looong answer. Actually, I’m the one to say sorry for such an unkind answer. But, believe me, I couldn’t keep myself from having a little grammatical fight with you. After all, you’re the best, right?

    And, just for the record, I find ‘rouge’ a much more charming word too. Kisses.

  7. matheus disse:
    Outubro 1st, 2008 at 12:16 pm

    Caetano, sou seu fã desde menino, aprendi a admirar a língua portuguesa com suas letras, acho que as suas interpretações de Lady Madonna, Drume Negrita e Dans mon ile são excelentes e fico indignado quando você diz que não tem uma grande obra, ou que não é um grande cantor. Assisti o show com o Roberto Carlos e achei você nervoso. Mas quem não ficaria, ao lado do Roberto? Ainda assim você cantou Meditação maravilhosamente. A crítica, em geral, é invejosa. Se você quiser saber qual é a sua importância na cultura brasileira, pergunte ao Rei!
    Um abraço de um fã

  8. Felipe Moura disse:
    Outubro 1st, 2008 at 12:19 pm

    Caetano, Gabeira representa o que o inconsciente do Brasileiro está querendo: Um guinada na política(gem) brasileira, para a verdadeira Política.

    Quanto ao Milton, ele é sempre bom e está fazendo belos shows com o trio.

    E você e o Roberto, cantaram mesmo com o João Gilberto no Especial do RC, como estão comentando? Se acontecer isso a música brasileira estará completamente agraciada pelas três maiores perfeições da América Latina.

  9. Jacinto disse:
    Outubro 1st, 2008 at 1:23 pm

    E uma pergunta dos portugais que morrem à míngua: quando podemos ouvir essa Menina da Ria?
    abraço
    Jacinto.

  10. Exequiela -InBloom-hm- disse:
    Outubro 1st, 2008 at 2:51 pm

    Quizás por ignorancia tengo la imagen de que Roberto Carlos es como un Julio Iglesias brasilero. Sin embargo, ví y escuché con oídos desprejuiciados algunos videos en Utube de Caetano+Roberto y es verdad que o rei canta muy bien (si con hacerlo quedara hecho). Frank Sinatra también cantaba bien pero igual no me gusta. No me hacen ni vibrar ni subir los latidos del corazón…pero es un gusto personal.

    Será que se puede publicar la letra de “Menina da Ria”? Y alguna imagen de las grabaciones? Seguramente alguien puede llevar una camarita y sacar alguna fotito al azahar. Me ofrecería pero estoy muy lejos (ja..ha).

    “You say tomato and I say tomatho…. tomato, tomatho….potato… potatho” Porque respeto a mis Dioses no voy a hacer ningún comentario sobre el tema English. (Pero sos cabeza dura Leozinho!. No es correcto lo que pusiste). Esto dicho seguido de un beso sin parentesis para que no te enojes.

    1B

  11. Tay disse:
    Outubro 1st, 2008 at 3:09 pm

    Caetano, o seu blog virou meu vício virtual, mas até que é um vício legal.
    Apesar de morar em Goiânia, sinto uma simpatia por Gabeira, mas não irei aprofundar neste assunto, pois me vejo numa apatia em relação à política _ o que é de assustar com a minha geração, afinal esta é a terceira eleição que participo- e também por eu não ter ainda uma opinião formada
    Mas em compensação todas as gerações da minha família se reuniram em frente à TV no domingo passado, os meus tios saudosistas, a minha avó louca pelo Roberto.Algumas criticas é claro, muitos elogios, e , um sentimento único e misturado de alegria, amor pela música, pelo Brasil, pelos tempos que não vivi, e para quem viveu uma singela nostalgia.
    Não sou nenhuma intelectual com opiniões bem formuladas _ com isso tiro o chapéu ao Salem, e outros _ porém, me arrisco com este meu primeiro e tímido comentário.

  12. Fernando Salem disse:
    Outubro 1st, 2008 at 3:32 pm

    Vamos aos candidatos:

    Sempre que se fala de Gabeira, alguém lembra da maconha. Assim como aqui em SP em relação à Soninha. Ela foi duplamente vítima de uma emboscada da nossa imprensa. Deu um depoimento singelo à uma revista sensacionalista e virou capa e outdoor, porque assumiu que fumava um baseadinho de vez em quando. Disse duplamete vítima, porque a gestão hipócrita do dublê de poeta Jorge da Cunha Lima na TV Cultura tratou de demitir a moça, ao invés de aproveitar a situação e tornar o debate público. Já que se tratava de uma TV pública.

    Lembremos que FHC perdeu uma eleição porque declarou ter experimentado maconha. E disse que era ateu. E nós estamos aqui nesse blog, mais de uma década depois falando de drogas e de igreja. Os tabus continuam os mesmos.

    Gabeira e Soninha são a cara de um país que já existe mas que não se faz representar. Isso porque não têm a força da grana calçando as suas candidaturas.

    Por outro lado, a candidatura de Kassab cresce avassaladoramente em SP. Seria bacana se ele assumisse a sua homossexualidade, mas não o faz. O que vemos por tráz de tudo é a engenhosidade política do Serra. Trabalha por Kassab em silêncio, depois de prometer publicamente que não abandonaria a prefeitura de SP.

    No primeiro turno voto em Soninha, já que Ivan Valente me parece um desses socialistas anacrônicos que ainda fala do combate ao imperialismo como se isso estivesse ao alcance do cargo que pleiteia.

    No segundo turno, ao que tudo indica, Marta X Kassab. Anulo o voto. Marta me dá arrepios. Vê-la no horário gratuito peguntando na perifa “que aqui quer banda larga?” como se fosse o Silvio Santos perguntando “quem quer dinheiro?” foi constrangedor.

    A favor de Kassab há sua obsessão pela cidade limpa. Mas é pouco. Já Alkimim é aquele tiozinho de cultura mediana, sem pegada. O apelido Picolé de Xuxu pegou aqui em SP. Ele de fato é um Picolé de Xuxu.

    Como agora, Serra não conseguiria enfrentar de frente a popularidade do Lula, trabalha pelas beiradas. Teremos um embate lá na frente da História.

  13. gil disse:
    Outubro 1st, 2008 at 4:06 pm

    Caetano, vc é nossa celebração, muito mais que nossa celebridade. Vc fez e faz, e faz artísticamente. Vc é o nosso artista por isso caminhamos ao seu lado, pra sempre. Vc nos inspirou desde o dia que apareceu como uma aparição mesmo. Vamos com vc, vamos com Gabeira e Aspasia…uma vez o Wally na casa da Rainha me disse: é ele que carrega isso pra frente…sempre que te vejo tenho essa impressão, que lindo destino…foi uma Glória a sua presença ali, foi lindo demais…que conversa é essa?…vc foi demais, totalmente demais…tem as subjetividades também…e viva o Rei, claro.

  14. Guido Spolti disse:
    Outubro 1st, 2008 at 4:18 pm

    O Caetano estava lindo no especial do Roberto! Entendem, ele estava lindo! o Roberto é legal, eu sei, mas o Roberto não estava lindo (ele precisa aparar o cabelo, sei lá, dar um toque nas pontas) eu falo esteticamente, não das canções; as canções do Jobim são todas legais, e, evidentemente, apesar dos confetes do Caetano pro Roberto, o Caetano cantou melhor, porque prefiro Caetano cantor (e compositor) a Roberto Carlos; mas não é legal falar que o show não foi bom! Foi digno de um encontro da estirpe do REI e do Rei (para mim o REI é aquele com ascendência e solar em Leão)

  15. Guido Spolti disse:
    Outubro 1st, 2008 at 4:28 pm

    É verdade Fábio, 0 “Verdade Tropical” do Caetano é livro obrigatório, eu mesmo o usei e uso como “documento”, já escrevi monografia e dissertação o citando citando deformando, exatamente como o Caetano menciona no livro, como um universitário em transe; Adoro o Verdade e o próprio nome me serviu para títulos na linha do “Tropical” como “Roteiro Tropical” “Nevoeiro Tropical”… Bem que o Caetano poderia lançar um livro mais, “não como o “Mundo não é chato, que é mais reunião de textos seus no decorrer da história da canção, entre outras coisas, mas um novo livro, sei lá uma nova temática…

  16. Guido Spolti disse:
    Outubro 1st, 2008 at 4:38 pm

    Concordância, em tempo, as opiniões do Crivella sobre os homossexuais de fato são o Ó. Mas, convenhamos, a opinião da Igreja Católica sobre o aborto e o uso de preservativos entre outros dogmar, nossa! NÃO DÁ!
    Estranho, no entanto, saber que é no Vaticano que está, por exemplo, os maiores estudiosos sobre o fenômeno extraterreno. Vai ver que eles acreditam na galera do ASTHAR SHARAM (acho que é assim que se escreve) que acha que Jesus Cristo é o líder intergaláctico e que descerá numa nave, que, espero que não seja a do índio que descerá numa estrela colorida brilhante, que daí é vidência demais! Ainda mais que moro exatamente no ponto eqüidistante entre o Atlântico e o Pacífico e freqüento, apesar de meu cetiscismo, os encontro do Trigueirinho.

  17. Guido Spolti disse:
    Outubro 1st, 2008 at 4:40 pm

    Em tempo, o índio descerá de uma (duma) e não em uma (numa).

  18. Fábio disse:
    Outubro 1st, 2008 at 4:45 pm

    Caetano,

    Primeiro, permita-me dizer que vc é lindo!

    Eu sou carioca cirado sob o sol de Salvador,tenho 27 anos, gosto de sua música há muito tempo e sou amigo de Diogo, filho de Rógerio Duarte.

    Há muito tempo eu namorava o seu livro “Verdade Tropical”, porém só comecei sua leitura há duas semanas atrás e a terminei ontem à noite. Posso dizer com certeza que o contato com a parte de você (ou você por inteiro) que se manifesta em seu livro a partir de suas vivências, visões, de suas idéias em períodos longos mexeu comigo de modo muito especial. É como se o livro tivesse esperado a fase que eu estou vivendo para cair de vez em minha vida.

    Ps. Essa interação com o Brasil inteiro através através desse blog está muito legal.

    Beijos pra você e tudo de bom com seu novo trabalho musical!

  19. Eduardo Neto disse:
    Outubro 1st, 2008 at 5:05 pm

    Caetano,

    Adorei saber da existência desse blog. Quanto aos seus comentários, achei ótimo quando afirma que sempre se posiciona politicamente, (todos deveriam se posicionar), bem como, ressalta o absurdo da intolerância religiosa, especificadamente, no que concerne as religiões afros e os seus ritos. Necessário que alguém como você FALE! Sempre e maravilhosamente, expresse o que sente.

    Que Gabeira vença no Rio!

    Saúde. Estou ansioso por vê-lo cantando em Salvador.

    Beijos. Um forte abraço

  20. a.c. disse:
    Outubro 1st, 2008 at 6:00 pm

    “mas não fiz nada artisticamente que merecesse celebrações especiais”
    caraca!!! que engraçado
    você está muito enganado!
    hahahaha.

  21. Carla Weiland disse:
    Outubro 1st, 2008 at 6:14 pm

    Caetano não gostaria, mas tenho uma reclamação!
    fui a primeira a escrever um comentário aqui hoje e cadê?

    desculpe-me se escrevi algo que vc não gostou, mas não sei o que pode ter acontecido, afinal eram só elogios!

    Obrigada,
    Carla W.

  22. teteco dos anjos disse:
    Outubro 1st, 2008 at 6:26 pm

    horrizante mesmo a idéia de haver no Brasil hostilidades entre religiões. afinal, não somos o país do sincretismo, da mistura, da miscigenação???

    uma escritora francesa - a qual, perdão, esqueço o nome agora - autora de “Viagem de Théo” (um livro meio chato até, mas que vai fundo nas religiões que permeiam o planeta)- disse que o Brasil é a esquina do mundo, onde todas as tendências religiosas se completam, se dão em “harmonia”, por convivência próxima, por osmose, quem sabe.
    é, mas não é bem assim. aquele cara chutando a imagem da santa me assustou.
    não sou católico, nem evangélico, nem krisna, nem budista etc. mas, respeito a todos, e não gostei de ver a cena de um pastor chutando uma imagem sagrada para os católicos. assim como não gosto de piadas e desprezo pelos cultos afro-brasileiros. Gil fez aquela música e foi bem legal ele dizendo que o cara ‘era louco de chutar a santa, mas não era louco de rasgar dinheiro…e que o nome de Deus pode ser Jesus, Maomé, Jeová, Oxalá’ etc.
    Rezo..só não sei em qual linha religiosa ou se tenho mesmo minha própria conexão com o sublime, para que o Brasil não se transforme em campo de guerra religioso.
    como Jorge Amado e o próprio Caetano já deixaram claro…”os milagres do povo” são verdadeiros e devem ser respeitados.
    uma curiosidade; ano passado, na Sardenha, na minúscula San Pantaléo, fui educadamente expulso de um lindo templo católico só pelo fato de ter uma tatuagem do “sol meditando” em local visível em meu braço. Um sol que tirei das ilustrações de um livro do Osho. fiquei feliz até, pensei, creio que isso, minha expulsão do templo, não ocorreria tão enfaticamente no Brasil.

    não voto no Rio. mas é isso mesmo bicho..deixem o Crivela disputar e perder. Façam Gabeira ganhar!!!

  23. Maria disse:
    Outubro 1st, 2008 at 7:22 pm

    Olá Caetano,
    Ontem, quando li o blog, achei que você já tinha se curado completamente da gripe. Não seria , talvez, uma boa idéia procurar um especialista em Medicina Tradicional Chinesa? talvez tenha que tonificar o yin dos rins e fígado. Não sei. Mas um especialista poderia dizer alguma coisa. Sou apenas uma principiante nestes assuntos e uma antiga fã, ainda que , não tão antiga assim. Nem nem mesmo a minha mãe que falou: poxa vida! perdemos o show do Caetano e Roberto na tV. E o meu sentimento de perda aumenta quando leio os comentários do Gil e Salem.
    Mas, ficamos aqui esperando ansiosamente pelo DVD.

    Saúde em progresso para você.

    PS: achei engraçado aquilo de você não aguentar aqueles que falam “blôsh”:))))) Aqui no Nordeste tem umas pessoas que falam assim :)

    Maria

  24. Fábio disse:
    Outubro 1st, 2008 at 7:46 pm

    Eu também concordo com o Salem quanto ao tratamento que a Globo dá a seus especiais, com planos caretas e etc. Quando ouvi falar do encontro Caetano&Roberto em comemoração aos 50 anos da Bossa Nova pensei em algo diferente. Mas, foi legal. Confesso que comecei achando chata a interpretação do Roberto, mas acabei gostando.

  25. nelson disse:
    Outubro 1st, 2008 at 8:47 pm

    É depois dizem que os artistas não influenciam
    as massas…. não o capeletti a la rabiatta…

    Caetano vc me convenceu a votar no gabeira com este post.

    Ao longo dos meses ou seriam semanas desde aquele dia que vc disse que eu tinha que acordar eu venho pensando e decidi dar um voto de confiança ao homem…apesar de ainda acreditar na falencia da democracia representativa….

    Pronto gabeira vai ter mais 25 votos pois minha familia inteira vai votar no gabeira….

    Quero te confidenciar que foi vc que me convenceu
    e portanto pode falar com o gabeira que vc conseguiu convencer um cabra muito dificil de convencer…..

    Engraçado notei uma integridade, retidão,carater no teu pensamento e nas tuas palavras digno de um artista que no fundo é um sonhador, um visionario,um cara que enxerga alem do senso comum
    e que me desculpe os reles mortais como eu, dizem que tem um parafuso solto…rrsrsrsrs

    Mais devo te confidenciar algo..momento detalhes tão pequenos…rsrsrsrsr mangabeira não da pra engolir …li o livro e achei desprezível….acho que o brasil pode desprezar a “contribuição” do “filosofo estratégico totalitário” não achei nada demmais no pensamento dele alias achei o pensamento de unger absolutamente
    retrógrado ultrapassado e peseudo pseudo pseudo
    novidadeiro…

    é vc tb me fez comprar o maldito livro do unger e lê-lo por completo afinal se vc acha o unger tão genial assim eu dei um voto de confiança ao cabra mas vou levar o livro pra trocar em uma feirinha
    por um livro infantil para meu filho…

    Quanto á milton ele tem algo metafisico, do além em seu cantar… é único e precisamos estar em sintonia com o universo para não achá-lo chato..
    o que quero dizer é que quando milton canta eu tenho a impressão que deus existe que é algo que vai pra além do humano mas detalhe ele é humano ou não é?

    quanto a roberto ele tem algo como frank sinatra ….é algo assim da figura do rei mesmo…he is the boss…..é emoção é sentimento é simplicidade é essencialidade é romantismo é algo essencialmente humano e a voz dele vc tem toda razão é absolutamente natural espontanea sem esforço sem truques sem retoques sem pro tolls rsrsrsrsrsrsrsr…..

    me perdoe mas devo dizer que vc tem algo que nem milton nem roberto tem…..que bom …no sentido da nossa riqueza musical…..vc tem uma interpretação quase sempre marcante, singular, melhor dizendo pessoal sobre aquilo que vc quer dizer….acho que um bom exemplo do que quero dizer reside na canção billy jean ou em o ultimo romantico, ou ainda eu e a brisa ….alias ai entra a genetica porque sua irmã é exatamente assim quando bethania emite a primeira silaba da canção vc sabe que é bethania e que vai perceber algo singular no cantar dela.

    não perca o debate dos vices nos estados unidos na proxima sexta e talvez vc entenda quando digo que a democracia representativa faliu….vc ser hilario aquela mulher vice do homem boneco….ou seria boneco homem..detalhe não quero te dizer mas vou te contar ele vai ganhar do obama e a razão é simples o americano quer confiança quer previsibilidade quer alguem que encarne um espirito apaziguador de alguem mais velho mas ele certamente não vai representar a meu ver e nem tem condições para tanto um continuismo a la bush ..alias alguma similitude fonetica entre bush blush blur blink e blame?

    abraços
    melhoras e descança

  26. nelson disse:
    Outubro 1st, 2008 at 8:57 pm

    ana

    o que quiz dizer é que nada tenho contra nehuma religião mas claro que concordo com vc de que o Estado não deve se misturar com religião apesar de na pratica o jogo d poder ter la suas forças e não da pra desprezar a força da religião na politica…por favor sem juizos de valor é apenas uma constatação….

    vc pode comentar um post meu pra vc?
    é pra vc….srsrsrsrsrsrsr
    abraços e beijinhos sem ter fim rsrsrsrsrsr

  27. Elena Machado disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 1:15 am

    Caetano, que bom que você canta Tom. Que bom que você canta com o Roberto. E que bom que você canta. E como é bonito vê-lo reverenciar o Rei como ele merece. Eu não era nascida quando Roberto foi “coroado” pelo povo. Mas bastou um pouco de sensibilidade a tudo o que ele representa pra sentir que esse título lhe cai bem. Que pena que há pessoas que não conseguem compreender isso. Segue um comentário do Jorge Mautner sobre ele que eu adoro.
    “Roberto Carlos é o poeta popular das cidades do Brasil. Provinciano e puro, com ingenuidade de caiçara e urbano, fatalista e arisco, doce e
    nostálgico, rebelde e submisso, puritano e sexy, ídolo e cidadão humilde, eis o grande rei, situado exatamente na fronteira do permitido e do não permitido.”

  28. Vero (URUGUAY) disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 2:36 am

    Caetano:
    Yo también estoy de acuerdo con el comentario de Salem con respeto a seu show con Roberto Carlos em que “cantaram divinamente bem”, asseste pela Globo através de la TV a cabo. E eu gosto de você por ser assim AUTÉNTICO, com suas virtudes e fraquejas.

    Te mando un artículo que salió en Noticias del Castellano sobre acuerdo de unificación de la Lengua Portuguesa. A ver que opinas….

    30/09/2008
    Lula: acuerdo ortográfico del portugués es “estratégico”

    EFE

    El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmó que su país “se reencontró consigo mismo” al firmar el decreto que promulga del “Acuerdo ortográfico de la lengua portuguesa”, que definió como “estratégico” y que entrará en vigor en enero próximo en el país.

    Según Lula, el acuerdo acerca más a Brasil a otros países lusófonos, entre los que destacó a los africanos, con los que espera que aumente el comercio de productos editoriales gracias a la nueva herramienta ortográfica de la lengua de Camoes.

    “El acuerdo tiene una importancia mayor de lo que puede parecer a primera vista”, dijo el mandatario, quien afirmó que la norma posee un “significado estratégico” para la cooperación entre los países que hablan portugués “y la propia presencia de la lengua portuguesa y de nuestra literatura en el mundo”.

    Lula hizo las declaraciones en la sede de la Academia Brasileña de Letras (ABL), en Río de Janeiro, donde hoy rubricó el decreto que da luz verde al acuerdo que simplificará y unificará la forma de escribir el portugués en los ocho países en que es idioma oficial.

    “Quiero destacar aquí el imprescindible rescate de nuestros lazos sustantivos con África, en particular con la África de lengua portuguesa, que para nosotros representa más, mucho más que una prioridad geopolítica”, manifestó.

    Recordó que en los casi seis años que lleva en el poder ha visitado 21 países africanos como parte de una política para rescatar del olvido a ese continente y reforzar los lazos comunes.

    Para Lula, el acuerdo dice mucho “de nuestra alma, de nuestra identidad como nación multiétnica y multicultural (…) Es el reencuentro de Brasil con algunas de sus raíces más profundas”.

    El gobernante firmó el decreto en un acto en el que la ABL celebró el centenario de la muerte de Joaquim María Machado de Assis (1839-1908), el más universal de los escritores brasileños y un clásico de la lengua portuguesa.

    En la celebración, Lula animó a sus compatriotas a hacer la “revolución del libro y de la lectura” para extender la cultura a los pobres y evitar que se pierdan genios como Machado de Assis, hombre de origen humilde que se consagró en la literatura y fue el primer presidente de la ABL.

    “No me cabe discurrir sus métodos literarios. Voy a destacar el aspecto central: hijo de lavandera, nieto de esclavo, pocos estudios regulares, aprendió a trabajar como aprendiz de tipógrafo”, resumió el presidente.

    Señaló que Assis “debe inspirar al país” para que “ofrezca oportunidades para todos”, “incluso a los talentos más improbables”, e indicó la lectura como un camino para reducir desigualdades sociales.

    El acuerdo ortográfico fue aprobado en diciembre de 1990 por representantes de Portugal, Brasil, Angola, Mozambique, Cabo Verde, Guinea Bissau y Sao Tomé y Príncipe, mientras que Timor Oriental se adhirió en 2004, dos años después de su independencia de Indonesia.

    Para entrar en vigor, necesitaba la ratificación de un mínimo de tres países, que se consiguió en 2006 con Brasil, Cabo Verde y Sao Tomé y Príncipe, mientras que el Parlamento de Portugal le dio el visto bueno en mayo de este año.

    En Brasil, la nueva norma entrará en vigencia en enero de 2009 y su implantación se hará de forma gradual, de manera que las nuevas normas llegarán a los textos escolares en 2010 y serán obligatorias a partir de 2012.

    A mí me pareció importante.

    Beijo no coraçao. Vero.

  29. teteco dos anjos disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 3:10 am

    PERDONO FRATELLI…

    “horrizante” …ual

    foi
    um erro
    de
    digitação…

    ou
    quem sabe
    um neologismo
    inusitado
    que nos permite
    elucidações semânticas
    entre ‘horrorizante & horripilante”

    “ouuuutraaasss palaaaavras…”

    agora..
    de pato pra ganso…

    queria mesmo ver um especial
    ao especialícimo Dorival…

    (Salem..compagno..
    com ou sem caretices globais,
    tudo ok !)

  30. Fernando Salem disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 4:46 am

    “Não sou nenhuma intelectual com opiniões bem formuladas _ com isso tiro o chapéu ao Salem, e outros”

    Valeu, Tay. Mas não sou nada que se pareça com um intelectual. Estou longe disso. Me meto em assuntos que não domino porque tenhos os neurotransmissores inquietos. E por aqui, parece que meu estilo desmiolado de pensar ecoa. Quando era moleque certa vez li um texto do Caetano pro Pasquim e gostei da forma descontínua, fluida e não linear com que descarregava as palavras no papel.

    Aqui, eu descobri, que não só Caetano é assim. São muitos os que se arriscam sem medo no verbo com esse jeitão meio metido e ao mesmo tempo humilde.

    Por aqui é permetido mudar de opinião e a polêmica gratuita causa risos.

    Por trás dessa aventura tão bacana, justiça seja feita, tem a mão do Hermano. Esse sim poderia carregar o crachá de intelectual, mas não o faz. Ele é mais que isso. O brasil precisa muito de caras como ele. Hermano consegue pensar em música popular numa seara onde os intelectuais gastam o verbo dizendo bobagens. Talvez, desde Augusto de Campos, não tenha aparecido um cara tão genial. Vai ser difícil entender a produção cultural brasileira do final do século passado e do início deste, sem ler Hermano.

    Seja bem vinda.

  31. ivan nunes disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 7:45 am

    Caetano,
    leio com interesse seus textos, e procuro acompanhar todo o seu trabalho. Mas isso aqui não é exatamente um blog. Não quero dizer que seja ilegítimo assim (eu leio com interesse), mas talvez que eu gostaria mais se você dialogasse um pouco com outros blogs. Seus links sempre remetem ou para posts seus (incluindo comentários), ou para acontecimentos do mundo “exterior”. Tem uma coisa que a gente aqui em Portugal chama de blogosfera que tem seu interesse. Talvez você mesmo, vez por outra, leia blogs. Partilhe um pouco disso.

  32. João Nathan disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 11:32 am

    Caetano, que indescritível poder me comunicar com aquele artista genial que ouço em Tigresa, Índio, Qualquer Coisa, Podres Poderes, entre tantas outras obras-primas. Minha admiração aqui seria demasiado… e não lhe cansarei com isso. Posso dizer que o peso de sua canção tem a força de uma filosofia, quando descobrimos um olhar diferente sobre nós mesmo e o mundo.

    Realmente, e não farei aqui juízo de valor, não consigo olhar para o Gabeira sem pensar em ti Caetano(desculpe a brincadeira Caetano), parece cada um ser o espelho do outro, claro, cada um em “seu galho”. A mesma hibridez ideológica entre a esquerda e a anti-esquerda, até mesmo a mesma atitude, a mesma “cadência”, a mesma “trilha sonora”, a mesma verve… não que eu esteja reduzindo a isso, é apenas uma impressão. São quase heterônimos de uma mesma pessoa - na verdade estranho não ter ocorrido antes esse apoio.

    Entendo essa crítica da esquerda pelo Caetano, sou um esquerdista por isso sei disso, há muita autocrítica na esquerda, não é essa linha reta que se pensa. Basta conhecer a biografia de qualquer esquerdista de destaque nesse país para saber que na esquerda não há auto-canonização ou sacralização, e que ela não é monolítica(o stalinismo - é apenas uma das vias que já foi refutada). A esquerda é plural… vejo saudável essa crítica de Caetano a esquerda.

    Quanto a Mangabeira Unger, além de ser politicamente contraditório(brizolista, anti-governista, governista, crivelista, etc). Como pode um iluminista pós-freudiano se aliar a um pastor evangélico? Pelo que já li dele(li algumas coisas, minha opinião é por isso bem despretensiosa) me parece apenas um metafísico que se resumiria a esse silogismo: se neoliberalismo(+mercado-estado) é ruim, e “socialismo”(-mercado+estado) é ruim, logo +mercado+estado, pelo caminho da radicalização democrática.

    Acho que sua contribuição, para dizer que não falei de flores, é a de provocar um debate aberto e sem preconceitos sobre formas mais radicais de democracia. É bem intencionado, é bem provocativo, é bem audacioso, e que mais? É que esse tipo de texto se prolifera com a velocidade da luz nas publicações de esquerda(sem os holofotes de um Mangabeira) que leio.

    Se me permitir dar minha preferência, eu ficaria muito mais com Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo e um Paulo Nogueira Batista Jr. Eles tem um olhar mais direto, não tem pretensão sistemática(como os frankfurters e pós-estruturalistas franceses, tenho essa desconfiança com os sistemas), tem uma linguagem mais clara, tem a incrível capacidade de operar conceitos profundamente técno-abstratos sobre a estruturalidade econômico-política e uní-los em uma agradável prosa incisiva em uma crônica conjuntural, um retrato do momento.

    Mas claro, que venham os bem intencionados… um debate aberto é sempre melhor do que fórmulas feitas.

  33. Rondinelly disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 1:21 pm

    “Falando em Milton e os Jobim, concordo com uma moça que disse que Milton cantando Tom é muito superior a Roberto e eu fazendo a mesma coisa.”
    Dei uma pesquisada e vi que você só poderia estar falando do comentário que eu fiz dois posts atrás: bem, o caso é que eu não sou moça, sou rapaz. Pelo menos, por enquanto. E pelo menos é como me ensinaram. rs. Quanto à minha opinião, está pouco modificada. abraço. Paz e Alegrias.

  34. Karine disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 1:24 pm

    Ontem entendi a afirmação de Caetano quando disse que é melhor que gil, chico, etc. por ser irmão de Bethânia. Pela primeira vez essa mulher(irmã de Caetano) subiu em um palco Piauiense (na capital Teresina) e o que vi (vimos) é que realmente aquela presença é simplesmente luminosa, rara e bela.

  35. Maria Carvalho disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 1:25 pm

    Engraçado… lendo o blog, é a primeira vez que o leio, fiquei pensando nos anos em que seguia Caetano desesperadamente quando ele estava em Salvador, todos os shows, participações especiais, pequenas canjas, tudo, o verão inteiro correndo para ver Caetano… Recordações deliciosas dos verões de Salvador … Fiquei feliz e imaginando como seria este canal de comunicação naquele tempo. Tempo, tempo, tempo, tempo.

  36. teteco dos anjos disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 2:02 pm

    Salem, Caetano, Hermano, Tay…

    para essa “forma descontínua, fluida e não linear” de escrever sem medo, Kerouac deu o nome de Be-Bop, em referência aos fraseados de jazz, principalmente de Charlie Parker, Bird.
    é bem legal mesmo, a gente perde o “pânico” de escrever. e o brasileiro comum, como eu, precisa realmente perder o medo de ler e escrever.
    no ensino médio, a cara sisuda do meu querido prof de gramática/literatura, phd em Rosa e Cabral, me botava grilhões no cérebro e na língua. creio que isso ocorria com meus “compagni” também. Acho que a cara e a forma sisudas com que tratam a leitura e o ato de escrever em escolas públicas só fortalecem o desinteresse do brazuca pelos livros.
    só na facul de jornalismo que encontrei um prof “amalucado” que dizia “pãos e pães é uma questão de opiniães…”.
    aí..liberei geral..fiquei até mais charmoso com as garotas. vero!!!

  37. Marcio Junqueira disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 2:44 pm

    catano melhoras para você, também estou bem gripado e vejo que esse tempo que ta fznedo no rio não ajuda nada, ontem um sol maravilhoso de manhã e d tarde, de noite chuva com raios, hoje tempo fechado com cara de poucos amigos. mas estou feliz por causa do gabeira, ontem no msn quando um amigo me dsse que le tinha empatado com o crivela, fiz como heleninha roitman botei um mambo bem caleiente e fui dançar sozinho no quarto. não vi o especial da globo no domingo, cheguei super tarde do festival do rio e fui logo dormir pq tinha mil coisas na segunda de manhã, mas com cereteza deve ter sido bacana, acho que o simples fato das pessoas precisarem se posicionar sempre ou muito contra ou muito a favor do roberto ja indica o peso dele. gosto dele, quando eu tinha uns 23 ou 14 anos vi um show dele com a minha mãe, foi muito forte pq em toda minha vida, ate ali, fora carnaval 9que é uam coisa sagrada lá em casa) nunca tinha visto me mãe se mobilizar para ir em nenhum show , apesar de sempre finaciar os meus e da minha irmã e ocasionalmente ir junto conosco. nquele dia passei a gostar mesmo do roberto, ja conhecia muitas canções de ouvir minha ma~e colocar em casa, principalmente nos sabados pela manhã, que era o dia de fazer faxina e em que a vitrola ficava ligada o dia inteiro. acho que a carreira dele , pelo menos desde a decada de 90 vem em franca decadência, as canções não tem tanta força, ele parece se repetir e etc e tal, quando ele fez o acsutico pensei que sangue novco circulava nas veias dele, porem…isso também é bobo da minha parte e de parte consideravel da critica, ou das pessoas mais criticas, pq agente meio que idealiza o artuista e quer que ele meio que obdeça o que desejamos, com a gal e mesmo com o chico a critica é a mesma, que nãos e renovam, que sai todo ano igual, enquanto você e a bethania estãos empre em movimento. tem um questãod e temperamento nisso, mas não só. me perguntos e agente emsmo que critica também não faz o mesmo na nossa vida , pq não vejo por ai ninguem experimentendo absolutamente nas suas areas de trabalho, e quse todas as areas de trabalho permitem algum niveld e experimentação permanente, né?
    antes de acabar eu gsotaria só de falar para o fernando salem, que acho muito bobo essa coisa que agente tema aqui, de uma certo elogio a ignorancia, ninguem é intelectual, são sempre os outros, embora todos exibam milhares de referencias e citações, intelectual é só quem vive (sobrevive) do que produz com sua cabeça ou é todo indivuduo que pensa criticamente sua condição? acho isso meio leviano no brasil de xoxar o tempo todo, os intelectuais ou de criticar veladamente alguem com ambições intelectuais. sou bem mais a favor da postura do paulo francis que se afirmava intelectual e foda-se quem nãos e acha, se não é intelectual cala a boca num debate intelectual então. mesmo quando se é um intelectuald e miolo mole, ainda se é um intelectual, portanto sem medo. eu me sinto, absolutamente intelectual e não só por fazer mestrado em litaratura, antes de entrar na universidade eu ja me sentia, o amor pelo conhecimento, a vontade de experimentar , essas são caracteristicas que eu via nos livros e sempre ambicionei. não confundamos os profissionais dos departamenteos universitarios, que são passeveis de critica como qualquer outros profissionais,ou melhor como qualquer grupo de profissionais onde vc ncontra desde de pessoas comprometidas ate picaretas, com intelectuais. anda se saco cheio de ver as pessoas usando essa categoria assim tão displicentemente e de modo leviano, achando que estão sendo muito descolados. boçais! ( esse boçal, não é exatemente para você fernando mas é para você também)

  38. Marcio Junqueira disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 2:47 pm

    putz, o texto vai todo cheiod e letras trocadas, os outros também foram, fica sendo meu estilo.

  39. Nobile José disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 3:34 pm

    o empate técnico entre gabeira e crivela confirma que é ao mesmo tempo bela e banguela a guanabara…

  40. Exequiela...Cell-penetrating... disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 5:32 pm

    Casualmente hay bastante coincidencias entre las drogas y la religión: han estado unidas desde tiempos ancestrales y cuánto daño producen cuando son utilizadas vorazmente para llenar vacíos.

    “Fui lá ontem, pensando que, por estar me sentindo bem (relativamente: é sempre assim) eu ia poder gravar voz.” Qué significa Leozinho? Que nunca te sentís del todo bien?

    Inseguridad y creación divina
    Ayer vi una entrevista a Gandini, que fue pianista de Piazzola y es un gran compositor contemporáneo. Decía que siempre que va a su estudio a componer le parece una porquería lo que hace pero que si no fuese por su insistencia y constancia en sentarse a componer, esas ideas musicales que surgen muy de vez en cuando seguirían de largo y no las podría capturar.

    Conectando con Piazzola, en una entrevista que leí demuestra su dualidad: “Yo soy Astor Piazzolla, tengo 48 años y a mí me gusta mucho Astor Piazzolla…”, dos párrafos más abajo dice: “Siempre tuve una gran inseguridad desde una máscara de seguridad en mí mismo. Ya me lo dijo el analista…”. Esto me hace acordar a um leozinho. Pienso que los “redondos” no creen en su redondez y eso les permite que se sigan haciendo preguntas musicales y no quedar estancados en lo cómodo… lo predecible. Lo mismo que ocurre con los científicos… qué sería de un científico que piense que su trabajo es “redondo”… cuál sería la fuerza extraña que le permita continuar con las preguntas?

    Cuando le preguntan a Piazzola si le falta algo… amor? dice: “No… Yo amo lo que hago; ahí tengo mi amor. Mi bandoneón es como tener una mujer en los brazos. Lo acaricio, le pego. La excitación rítmica me lleva a eso. Un músico no es un empleado solemne. Además, estamos muy calientes con lo que nos pasa. Nadie se distrae. Nos escuchamos el uno al otro. Sería muy triste que cuando Agri hace un solo de violín estemos distraídos.” En el caso de la relación músico-música… yo noto que en muchos casos es como una relación amorosa con una persona y me refiero al paralelismo de esa mezcla de amor y conflicto que a veces tenemos para relacionarnos con ella (la música) o él/ella (pareja). Por momentos queremos dejarla o nos frustramos por no conseguir lo que queremos de ella (música) o no poder darle lo que percibimos que desea pero la atracción…el amor…la embriaguez.. el éxtasis…la enajenación..en fin.. todos esos sentimientos inevitables nos hacen siempre volver a la música. Y ahora que escribo esto, me doy cuenta de que es aún mejor que una relación amorosa con una persona porque la música no nos habla, no nos contesta, y en algunos casos nunca nos deja ni la queremos dejar (a la música). Y si nos hablase, qué nos diría?

    Gracias a Deus que existen estos sentimientos Cell-Penetrating.

    Dejo de divagar…….

  41. nelson disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 5:36 pm

    galera do blog para demonstrar o carater metafisico e do além de milton espero que gostem…

    http://br.youtube.com/watch?v=PoowQMBPFUM

    abraços

  42. nelson disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 6:06 pm

    exemplo perfeito do que quiz dizer acima

    http://br.youtube.com/watch?v=5CdJbKcbdJs

    é isso parace que deus está cantando não parece humano

  43. Maria disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 7:32 pm

    Tetequinho dos Anjos,
    Que bom que encontrei um jornalista por aqui que também tem medo de escrever. Achei que isso só acontecia comigo que não sei lidar muito com a Gramática da Língua Portuguesa, ou melhor,não sei escrever. Concordo com você, a gente nunca aprende Português na escola. Eu só aprendi alguma coisa ralando nas redações. Ufa!, me livrei (das redaçoes de jornais) Quer dizer, as redações se livraram de mim.
    Mas o que estava querendo colocar, também, é que esse blog faz a gente perder o medo de escrever.
    Cada vez mais,vou ficando impressionada com isso. As pessoas mandando recadinhos entre si, e não só para o Caetano. Lembrei agora daquele livro do Chordelos de laclos ( será que é assim que escreve?), que escreveu aquele livro com cartas, embora aqui as relações não sejam bem como as dele.
    Aliás, muito diferente. Houve uma pessoa, em um dos comentários, que falou que isso aqui viraria uma obra. Será mesmo? Bem, não sei. A única coisa que acho, é que isso aqui é muito animado.

    Continuo desejando saúde plena para o Caetano.

    Maria

  44. Renato disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 8:23 pm

    Tivesse o Roberto lançado só o “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, de 67, já seria o bastante para ser chamado de Rei.

    Mas na Jovem Guarda tinha o negócio dos apelidos, “O Tremendão”, “A Ternurinha”, “O Príncipe”, “O Queijinho de Minas”, “O Rei da Jovem Guarda” (ou “O Rei da Juventude”) etc, tenho impressão que primeiro não foi mídia nem público, mas o marketing (Carlos Imperial estava ali por trás, não? E ele não dava ponto sem nó).

  45. Fernando Salem disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 9:53 pm

    Oi Marcio Junqueiro.

    Vou comentar o seu coment que diz:

    “eu gsotaria só de falar para o fernando salem, que acho muito bobo essa coisa que agente tema aqui, de uma certo elogio a ignorancia, ninguem é intelectual, são sempre os outros, embora todos exibam milhares de referencias e citações, intelectual é só quem vive (sobrevive) do que produz com sua cabeça ou é todo indivuduo que pensa criticamente sua condição? acho isso meio leviano no brasil de xoxar o tempo todo, os intelectuais ou de criticar veladamente alguem com ambições intelectuais.”

    Meio confuso. Mas vamos ver se eu entendi. “A gente tem aqui” pelo jeito o inclui. É isso? Se é vamos falar da gente. A gente nunca elogiou a ignorância. A gente não é intelectual mesmo. A gente exibe citações de vez em quando sim, porque não são só os intelectuais que fazem isso. Não sei a definição de “intelectual” mas me pareceu boa essa que você rejeita: “intelectual é só quem vive (sobrevive) do que produz com sua cabeça “. Achei bacana. Não, a gente não acha que” todo indivuduo que pensa criticamente sua condição” seja um intelectual. Do contrário qualquer um seria. E finalmente, a gente não critica veladamente alguem com ambições intelectuais. A gente critica abertamente que tem ambições intelectuais e não produz pensamentos interessantes.

    Gostaria de dizer que apesar de não ser, tenho amigos intelectuais. São caras que gostam de filosofia, jazz, futebol e vivem publicando coisas que eu não entendo, mas que me enchem de orgulho, por que são premiadas e referendadas internacionalmente.

    A palavra “intelectual” é usada mesmo por aqui ( e muitas vezes por mim) de forma um tanto pejorativa. Mas se você reparar, no último coment que escrevi fiz questão de dizer que não chego nem perto de ser um intelectual. E ressaltei que o moderador desse blog, o Hermano, esse sim é um super-intelectual. Mas nem sei se ele gosta desse referendo tão protocolar. Aqui no Brasil qualquer colunista da Ilustrada é chamado de intelectual. E é por isso que o termo se esvaziou e caras “levianos” como eu o usam de forma tão banal.

    Perdão aos intelectuais de verdade.

  46. Carlos Pereira disse:
    Outubro 2nd, 2008 at 10:05 pm

    Caro Caetano,
    Moro em Porto Alegre cidade de um estado “longe das Capitais”, assisti ao especial que a Globo transmitiu com parte do show que tanto desagradou aos críticos da Folha ( qual a novidade nisso?) e do Estadão ( gosto geralmente do que o cara escreve, mas não entendi o pq daquela visão do espetáculo). Achei tudo tão lindo e pensei no privilégio de quem mora em SP ou Rio de poder ver estas apresentações únicas. O que mais se pode querer na vida do que ver dois artistas tão imensos reverenciando com seus talentos outro artista tão imenso quanto. Foi lindo! Emocionei-me com teu aparente nervosismo pela verdade que aquilo ali encerrava. E o Roberto é realmente sensacional. Nosso Artista Popular em tudo de bonito que isso representa. Tenho noção e certeza que o show propriamente dito foi muito melhor, mas estou escrendo aqui como agradecimento pelo belo e histórico encontro. Sorte de quem foi e viu e sorte que pudemos vê-lo e vê-los pela TV! Obrigado!
    Abraço Colorado!
    Carlos.

  47. Maurício Santos disse:
    Outubro 3rd, 2008 at 12:52 am

    Acho que os monoteísmos são muito semelhantes; judeus, cristãos, muçulmanos… sempre o mesmo idealismo negador da vida, o ódio do corpo, a moral imposta a ferro-e-fogo com vistas à universalização, a resistência constante à ciência e o incentivo à adoração-submissão irracional. A leitura de Michel Onfray pode ser libertadora e depois, para reencontrar um certo equilíbrio, a Ética de Spinoza. Caetano, não voto em candidato ligado em igreja nenhuma… nem pensar. Tudo bem se o cara acende o incenso dele, faz sua meditação, pensa no carma; faz uma promessa aqui, outra ali, afinal, fazer promessa é lúdico. Mas botou o pé no púlpito e falou em Jesus, estou fora. Abraço!

  48. ana disse:
    Outubro 3rd, 2008 at 3:51 am

    nelson, aqui é outra ana.
    que gentil contribuição, o milton rega todo nascimento que me cerca. como somos sortudos de tê-los. caetano, rei, milton. eles são coisas que a gente tem. brasil! e para todos que estão por vir, bebês, que bom que é só ligar no youtube e mostrar: este aqui é o bituca.

  49. Renato disse:
    Outubro 3rd, 2008 at 12:24 pm

    “Acho que os monoteísmos são muito semelhantes; judeus, cristãos, muçulmanos… sempre o mesmo idealismo negador da vida, o ódio do corpo, a moral imposta a ferro-e-fogo com vistas à universalização, a resistência constante à ciência e o incentivo à adoração-submissão irracional”

    Não posso falar pelos judeus nem pelos muçulmanos, mas quanto aos cristãos (sempre confundidos com os católicos - não, não são necessariamente os mesmos) posso afirmar que NÃO tem nada a ver com esses tópicos nietzscheanos apontados. Aliás, é praticamente o oposto simétrico a essa bobajada toda.

  50. Marcos Nunes disse:
    Outubro 3rd, 2008 at 4:23 pm

    Caetano,
    Eu estou viciado em seu blog, por favor não deixe de escrever todos os dias, por que eu tenho muita sede.Diga a Gal que ela fica linda, cantando “Lindeza”.
    Continue dando suas opiniões, e que a crítica nao toque na poesia.
    Quanto ao Milton, é belo, mas não pode de maneira alguma, ser comparado com “Caetano/Roberto x Milton/Trio”.
    Creio que o melhor de todos os encontros musicais,aconteceram, e a America Latina, foi agraciada com belas e perfeitas apresentações, por ocasião dos 50 de BN

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