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5/11/2008 1:15 am |
O discurso de McCain caracterizou a vitória de Obama como uma vitória dos “africanos-americanos”, como eles dizem lá. Foi um bom discurso. Elegante e, no todo, uma bela afirmação da energia histórica dos Estados Unidos. Mas as vaias que vinham da platéia (toda branca, até onde se podia ver na TV) terminavam soando como brados racistas. A menção à escandalosa ida de Booker T à Casa Branca em 1901, a convite de Teddy Roosevelt, foi oportuna e justa. Mas, ao fim e ao cabo, “na agradável noite do Arizona” (a meu ver onde há o céu mais lindo e as cidades mais feias do mundo - sem falar no deslumbramento que é o deserto de Sonora), ficou um gosto de racialização da eleição: eu a sentia como conteúdo mais fundo do que o equilíbrio civilizado da fala de McCain. Sarah Palin (tipica personagem de Big Brother) estava mais que nunca imitando Tina Fey. Mas vi tudo isso depois de ver Jesse Jackson chorando. Chorei junto com ele. Nem gosto das coisas que ele diz – seja no caso da palavra “nigger” que um rapper queria pôr como título de seu CD, seja na própria campanha de Obama: Jackson soa como um velho lutador racialista; Obama é um presidente mulato. Jackson chorava como um homem velho que vê a grandeza de um fato consumado suplantar a dos seus maiores sonhos. (Isso acima ia num comment, mas recebi essa resposta do blog que transformei em título. Seguia assim: “vai devagar”.) |
A propósito, publiquei esse artigo no jornal A Tarde uns dias atrás.
Barack da Viola e Obama Veloso
Aliás, escrevi
Ah, eu acho a palavra mulato muito feia. Obama é moreno.
E viva Obama!
2] gostaria que vc fizesse mesmo a tal antologia do axé. sei que ficará muito bom. outro projeto bacana, seria fazer algo com o beck hansen [como c fez com o lindsay n'o estrangeiro]. talvez uma antologia do axé com o beck produzindo. geleia geral.
3] notando seu interesse pelo indie/folk/rock, indico um disco: andrew bird & the mysterious production of eggs. belíssimo.
abraço procê.
Caio, eu tb chorei… muitas lágrimas brilharam pelo mundo afora.. .há ESPERANÇA na Terra!! !
e o brasil? quando o brasil conseguirà o presidente preto?
Puxa, você mesmo se deparando com o ‘terror’ da “janela esbranquiçada”, após tentativa de postar também um comentário, e ainda mais ante esses dizeres traumáticos surgindo de dentro do ‘brancor’!
A primeira vez que vi isso, ora, ora, mergulhei metafisicamente, por segundos infindos, todo meu inescrutável orgulho no fundo de todas as minhas profundezas, como Moby Dick o faria no insondável oceano de todas as suas albinas e aterradoras mágoas, e com uns ímpetos tais de me reemergir…
xxx
Caetano, sou parado em Jota Velloso. E também em Tuzé, Gereba, Armandinho… Eles, como você & o Chico Buarque, fazem de mim um pássaro marinho, digo, um golfinho.
Vou aproveitar este cantinho em que ainda não há tantos zumbidos como o outro pra emitir com nitidez o seguinte com meus sonares:
Eu estou praticamente ’só’ acompanhando o papo sobre a música baiana na outra página - é que vim do sertão e, enfim, me litoralizei em Salvador, e esse papo me deixa muito um objeto ainda não identificado, e, a despeito disso, bastante dissecado. Venho fraturando vários de meus espelhos narcísicos por conta de tudo isso - acho que eu já disse lá. Alguns desses espelhos nem vou mais recompor. Quanto a outros deles, há ganas de reunir os caquinhos - mas me verei de modo tão des… transfigurado! Obrigado.
Mas minto - não só acompanho: vou abelh(ud)inho zumzumzumbindo lá o meu maior interesse não pelo “novo que sempre vem”, mas pelo novo (o inventivo) que já veio, e que, mesmo sem ainda ter partido, parece não ter vindo. Ou seja, não encontra pauta fácil pra apresentações em auditórios maiores, ou mesmo em festas públicas. Sou, pois, parado, e, a um só tempo, propulsionado pela ‘novelha’ música baiana, mineira, pernambucanz, nordestina etc. etc, a novelha música humana.
Será que o mundo se comunicando e se trocando como está vai ter um presidente mundial? e a cor dele vai ser o marrom da mistura de todas as cores ou o branco da mistura da luz de todas as cores?
Quando a gente se preocupar menos com o conotação das palavras como afirmação de posição socio-antropo-politica e mais com os nossos sentimentos com relação ao outro as palavras vão deixar de ter dono. Mulato é massa, moreno tb… Eu chamo vários amigos queridos de pretos pelo simples fato da cor deles ser essa.
Espetacular a vitória de Obama…não me lembro de ter visto tanta gente torcendo por algo assim. Uma corrente de muita esperança. Axé para Mr. Barack Obama…Que nossos tambores celebrem essa vitória e que o novo presidente americano realize as mudanças necessárias para promover a paz…esquecer os EUA das guerras…iniciar uma nova era. Quanto a ser negro, mulato ou amarelo…acho que não faz a menor diferença.Pensar que ele foi eleito porque é um negro é menosprezar a sua capacidade, sua formação.
Auch, você sintetizou com perfeição o que a galera aqui estava pensando quando viu S. Palin ao lado de McCain no discurso do Arizona (nunca mais… never more).
Tina Fey rocks!
Bruno Guimarães, vou… vou também como você festeja, trembalístico - no sentido lato. Devagar, devagar, a gente nunca embala. Piso mais fundo. Corrijo num segundo. Eu prefiro as curvas das estradas de Bertolt Brecht e Tosltói. E também não posso mais parar…
Impregnado até a medula da monumentalidade de Guerra e Paz, a obra, mas principalmente de sua sondagem de que a história acontece deslocando-se placas teutônicas que podem reverberar em tremor nem sempre perceptível - e não menos impregnado pelo “efeito de distanciamento” legado por tantas das representações dramáticas brechtianas, várias eu vi montadas no antes Teatro Santo Antonio, hoje rebatizado Teatro Martim Gonçalves, em Salvador, na década de 1980 -, eu não acredito em heróis: mas que eles existem, ah, sim, eles existem; só que não fazem tudo sozinhos, mesmo quando são hábeis ou talhados para fazerem os outros e, em não poucos casos, a si mesmos acreditar nisso.
Tenho um profundo receio desse fatalismo. Aliás, tenho horror a qualquer fatalismo, seja o que decide de antemão, em tudo, pela vitória (o norte-americano), seja o que decide de antemão, em aspectos cruciais da vida social, pela derrota (o de parte do povo brasileiro).
Um amigo meu, de Tucano-Bahia - terra natal do ator Othon Basthos, o corisco de Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber, e filósofo espontâneo, na sua irreflexão, afogou-me recentemente num banho de sabença. Disse-me, referindo-se ao resultado das últimas eleições municipais em boa parte do interior baiano por ele palmilhado, que teremos mais quatro anos pela frente de “políticas públicas não-afirmativas” e de uma burocracia baseada em “ingerenciamento”. No entanto, em meio a isso ele deposita uma fé tamanha no nosso país, quanto à qual quero sondá-lo sempre melhor (pra apreender mais do total de seu matutamento astuto), porque é uma fé em: nossa criatividade!
Ele parece recitar palavras magmáticas que Jorge Mautner já andou salmodiando em prol de nossa civilização tropical. Vale resaltar que ele vive em lugar próximo ao que se deu a saga de Canudos e de um tal herói por nome “Conselheiro”.
Eu vi, em algum lugar, que um historiador, irmão do poeta João Cabral, cujo nome não lembro agora, nem posso me demorar nesse instante na internet pra achar algo, dedica-se a estudar certo modo de ser fatalista do brasileiro, sobretudo do nordestino, propondo hipóteses explicativas.
Custou muito ter mentido ao Congresso, Bush sai pela porta dos fundos e a derrocada republicana é avassaladora. Nem Blair conseguiu passar no crivo, fez um arranjo e saiu para o anonimato, quem diria. Talvez mais do que ter apoiado a guerra nestes casos, a revanche foi contra a mentira. Outros presidentes que não apoiaram a guerra também perderam como na Alemanha e na França por exemplo. A questão da democracia e do Congresso que a corresponde é muito mais séria no eixo anglo americano. E não deixa de ser exemplar e, porque não, progressista.
De fato o discurso de McCain pareceu descontextualizado, o que só aumenta a minha admiração por ele. Era honesto seu apoio a Obama, assim como seu desejo de um trabalho em conjunto para resgatar o EUA da lama.
Lamentável que tanta gente ainda se mantenha refratária — não à novidade, nem a posições diferentes — mas a abertura, ao diálogo. No entanto, é por causa delas que nós podemos divisar com alguma alegria quer o significado da vitória de Obama, quer a importância e a decência do discurso de McCain. Repito o que tenho dito: é um belo exercício de democracia.
PS. É sintomática a imagem de uma loirinha, no meio do público que assistia McCain, rindo e bebendo (espumante?) enquanto as pessoas assistiam desconcertadas ao seu discurso. Ela parecia desinteressada, como se não lhe disse respeito tudo aquilo. É aterrorizante — essas imagens me aterrorizam.
EL CAMBIO TIENE COLOR Y ES NEGRO.
Estados Unidos despertó del “sueño americano”
A fin y al cabo los sueños, SUEÑOS son, incluso cuando se trata del “sueño americano”. El pueblo estadounidense mostró un alto grado de madurez en estas elecciones. Por fin salieron a “revelarse” y decir “así NO”. Yo veo a los países como familias (donde el pueblo son los hijos) y siento que esta elección fue el breaktrough para que salgan de la niñez y dejen de ver todo como disneylandia. Estoy un tanto de acuerdo con el amigo de Marcelo que dice que esto se debió a los problemas económicos. Claro que sí! Si cuatro años atrás nos decían: “En el 2008, Estados Unidos tendrá un presidente negro”, yo hubiese dicho: “NO!!!! Faltan décadas para eso”. Si cuando se postuló con Hillary, decían: “Obama le va a ganar”, yo hubiese dicho: “NO!!! Si gana Obama, ganan los republicanos!!”. En fin… Obama rompió con cualquier predicción, y lo hizo porque el contexto se lo permitió (uno y sus circunstancias). Sin crisis económica, no había Obama. Paradójicamente, sin Bush tampoco había Obama. A mí me parece perfecto que se haga énfasis en el hecho de que es negro.Lo importante es que ganó un demócrata negro. Es importante porque las tendencias se marcan así, se construyen con ejemplos… que otros imitan (en el mejor de los casos)
Lucesar: Conozco muy poco de Drexler. Voy a escuchar más.
Gil: esa historia que contás de Orfeo es buenísima… será verdad? o el rumor sólo corre en Brasil?
che! mi comentario quedó en cualquier orden. Lo acabo de publicar y quedó como 4 comentario antes del último. (Hermano!)
TOTALMENTE de acuerdo con el comentario de Salem. Ya es hora de cambiar de película! O de entrar en la realidad.
Sou um mulato nato. No sentido lato, Mulato democrático do litoral… Devagar nada…. vai mais rápido…….
Não tenho nenhum problema com a palavra mulato nem com moreno, apesar da radicalização de determinados grupos sectários; também gostei quando soube da vitória de Obama; o mesmo pensei sobre as vaias “dos branquinhos” soando mesmo como um “lamento” racista TEM PRETO NA CASA BRANCA; aguardemos para ver onde tudo isso dará, que transformações poderão ocorrer nas segregações étnicas ainda muito fortes nos E.U.A e especialmente, como ficará a política econômica após o “horror terrorista” de Bush, haverá alguma possibilidade de pacificação Ocidente/Oriente Médio?
Ainda estou em êxtase por essa vitória de Obama, tomara represente uma virada no pensamento dos estadunidenses (como quer Exequiela), e, o que é mais importante, no modo como o governo se relacionam com o mundo, com os direitos civis e políticos dos países invadidos ou não. Aliás, HERANÇA MALDITA é isso que o W. deixou, viu turma do PT.
Exequiela, eu realmente não conheci o Rodrigo, uma pena. Adoro escutar Jorge Drexler, o que pensas dele, também não sei o que Caetano pensa sobre ele, mas acho que gosta.
Beijos a todos.
A mãe de Obama levou-o para ver o Orfeu e Obama achou ruim, falso, uma visão folclórica dos pretos, do Rio e das favelas. Mas vendo a mãe chorar mais uma vez diante das imagens que a levaram a gerá-lo, comoveu-se com elas. Adoro essa história porque eu também achei o filme horrível quando saiu logo. Os brasileiros todos acharam: falo disso no artigo sobre o Orfeu de Cacá que está em O Mundo Não É Chato. Vinicius também detestou. Godard também. Mas Palma de Ouro, Oscar, culto entre estrangeiros. Hoje, longe daquele tempo, depois de Glauber, Sganzerla, Cidade de Deus e Linha de Passe, também sou capaz de me comover com algo daquele Orfeu. Obama é mulato.
Pro cara do post 1: É Proibido Proibir ocorreu no Festival Internacional da Canção no Teatro Universitário Católica - TUCA, aproximadamente um ano depois do Festival da Record. É só para diferenciar a datação histórica musical.
Oi, Caetano. Bora lá comentar. Vá mais devagar, meu nego. Obama é O HERÓI e CÊ é o PROFETA! Integração do negro na sociedade de classe x Casa Grande e Senzala, que tem fotos de Santo Amaro & sua doce cana. Bastide X Freyre =Cê, Caetas. Jessie Jackson e Obama parecem Florestan Fernandes e FHC em 1994.
A crítica do guru de Cacaso, Schwarz, que ama Adorno, sobre Verdade Tropical dizia que Caetano dissolve as contradições e toma partido do comercialismo. Mas como, se as contradições estão aí, no último post, abertas diante de nós!
O jornal mostra a festa no Pelourinho: Obama venceu! Viva Caetano, viva Obama!
pois eu acho o negão parecido com o Sinatra, mais que tudo. será que esse papo de raça ainda vai rolar? será que lá ainda tem esse papo, o negão é branquinho, de mãe e avó e de criação, cresceu na roda dos brancos das escolas, mesmo sendo pretinho, e é pretinho, tintão de pai, que importa? já foi…acho o jeito dele Sinatra, mais que da Viola ou Caetano. O rei é preto!…que lindo…grande orador, charme total, Sinatra, tomara que tudo melhore, mas já melhorou.
impossível não contar aqui. Aderbal disse que viu na internet em algum lugar que a mãe de Obama viu o filme ORFEU baseado na obra de Vinícius e que ganhou Cannes nos anos 50…diz que ela ficou tão emocionada, tocada, entusiasmada, ligada no filme que a partir daí resolveu se relacionar com um negão, que viria a ser o pai do nosso novo presidente Obama. A atriz do filme que interpreta Eurídice, a paixão de Orfeu, era americana, isso, uma americana fazendo o papel de uma favelada carioca. O filminho está por aí pra todo mundo ver e de certa maneira não seria um excesso (?) dizer que Obama também é filho de …Orfeu, portanto. Gracinha essa história hein…
aí está:
http://jorgeroriz.wordpress.com/2008/11/05/se-nao-fosse-o-brasil-jamais-barack-obama-teria-nascido/
Casa Branca & Senzala
A eleição de Obama vem repleta de significados. A derrota de McCain também.’Ma quem era esse senhor? Não sei quem ele é hoje. O velho republicano foi um cara bonitão. Vocês devem tê-lo visto fotografado na sua juventude bélica e bela. Um herói do tempo em que matar vietnamitas não parecia crueldade aos olhos dos americanos. Os EUA são uma super-produção. Um filme que parece sempre estar chegando ao clímax. A troca da figura do herói é bem representativa nessa curva dramática.
Obama, como Ismael Silva, parece um cara cool. Não o vi aos berros nos palanques. Isso já é uma mudança de estilo bem interessante. Mas também não o conheço. Me parece um sujeito calmo, altivo e um tanto enigmático.
O fato é que estamos em um momento de suspense e a entrada do personagem parece perfeita para o curso da história. O homem cordial, talvez.
O mito do herói está no imaginário do povo norte-americano e de seus filmes.
Nós por aqui, sempre tivemos dificuldade na construção e personificação do mito político. Desde Vargas. Temos muitos traumas.
Mas temos um mito imaginado por pensadores como Darcy, Gilberto Freyre e Mautner. E ele passa pela miscigenação. Nesse sentido, a eleição de Obama nos toca. Talvez mais por ser mulato do que preto.
Bush foi desnecessariamente necessário pra que os Estado Unidos tivessem um choque de humildade. Produziu 2 guerras intermináveis e caríssimas; e assolou a economia mundial. Um anti-clímax fundamental para a reconstrução do mito do sucessode sse longa-metragem.
A história dos norte-americanos é um blockbuster. E a cena de tiroteio cansou. Os roteiristas entraram em greve no ano passado. Parece que retomaram o fio da narrativa, escrevendo certo por linhas tortas.
Torço por cenas emocionantes e pra grande entrada dos coadjuvantes “emergentes” nesse campeão de bilheteria.
O Brasil tem que entrar nos créditos.
Há quem aponte certa misoginia nas críticas que se faz a Sarah Palin, mas a verdade é que Palin não encarna a mulher-mulher, mas a mulher-gostosa-protótipo, uma coisa que difere do feminino.
A troça feita a ela não é um sarro do feminino - tanto que sua principal gozadora é Tina Fey, outra mulher, cujo centro do humor passa longe do sexismo.
Assim como o principal símbolo da vitória de Obama, o fato dele ser preto, passa longe da demarcação equivocadamente raivosa que Jesse Jackson fazia antes da coisa brancos x pretos em tempos idos.
Depois do discurso de ontem, quando Presidente e Vice fizeram lá seu cumprimento, não havia branco ou preto no palco. Havia, de forma muito clara, o Presidente dos Estados Unidos da América.
Bush nunca teve aquela postura.
Obama é mulato… Caetano é moreno…Moreno é branco… e eu? sou neguinha ?
Caetano, antes de tudo, parabéns por ser novamente avô! Isso, da continuidade, dá um baita sentido até ao que não tem sentido. Parabéns ao Moreno pelo segundo filho!
Sobre Obama: não senti esse racismo todo, nem por parte dos conservadores. O que se percebe na ala conservadora hoje em dia, é mais um medo de que a vida não volte a ser o mar de rosas que sempre foi (como se fosse justo o mar de rosas deles existirem em desfavor do mar do restante do mundo) do que ter por presidente um homem negro. Por Obama não ter embasado sua candidatura na questão racial, acredito que ele seja, hoje em dia, o protótipo do homem moderno, aquele que vê tudo com uma seriedade gigante, que não está no mundo a passeio, e acredito no potencial intelectual dele. Ele é acima da média.
Espera-se o mesmo de outros líderes, doravante.
Estou sem tempo para comentar suas gravações, mas volto para me inteirar.
Já, me desculpe, mas Lobão nunca terá razão. Deram espaço demais a ele. Ele não tá com essa bola toda. Nem ele, nem o Nelson Mota, e hoje ambos desceram a lenha no Chico Buarque, na Bossa Nova, e eternizaram a coragem de Odair José em gravar “Pare de tomar a pílula”. Às vezes o Brasil surpreende. Pela auto-estima que não tem.
Link, aqui.
Sobre Jesse James: a gente tem que entender que a dor de alguém lhe dá o direito de nomear vulgarmente aquilo que para nós, poderia ser expresso de outra forma.
Foi uma grande emoção ver ele chorando de emoção.
Foi uma grande emoção ver os Estados Unidos da América elegerem Obama! Não por ele ser negro. Mas por ele propor mudanças tão próximas do humanismo, e os americanos estarem num momento propício à essas mudanças.
Que seja uma nova era política, mais antenada com o diálogo e com propostas sustentáveis, do que com poderios que se respaldam em guerras (sejam por territórios, financeiras, ou meramente ideológicas).
A propósito, o mapa (astral) do céu de ontem à noite estava uma coisa!
Bj!
Perdão, mais uma vez: link correto para o vozeirão do Lobão, gritando que Chico Buarque é chato e suas canções anêmicas (o código criou um espaço que não levará ninguém ao link correto, que é o a seguir): http://colunas.g1.com.br/maquinadeescrever/2008/11/05/chico-buarque-e-um-chato/
Amém Teteco
Perdoem
Acho que, ainda que eu me desiluda com o Obama - e acho difícil -, terá valido a pena ver o que vi. Foi histórico para as coletividades. Por tudo em si mesmo. A vitória quase que polarizada do Obama veio redimir e coroar séculos de injustiça e opressão. Veio como um desagravo àquela cena em que uma negra sentou, num ônibus, ao lado de uma branca e deu origem ao racismo explícito. Veio como um desagravo a uma igualdade criada por Deus e negativada pelo homem… Porque ainda que não queiramos, torna-se impossível dissociar a questão da cor do fato consumado lindamente. Mas muito para além disso, fica a competência, o carisma, aquele brilho que o Obama tem e que dá um gosto danado de assistir na tv; sem falar daquele sorriso tipicamente franco, tão longe do falso sorriso do Bush. Tudo isso tem a ver com o caráter, embora pareça não ter… E o caráter é o primeiro passo para feitos corretos. Não sou estúpido o suficiente para achar que o Obama dará jeito em tudo, rapidamente. Porém, repito, quebrou-se um paradigma. E isso, por si só, já é uma imensa realização.
As coisas que o Lobão disse sobre o Chico são até previsíveis. Lobão hoje faz uma espécie de cover dele mesmo. Já ouvi ele falar esse papo de anemia e falta de tesão da bossa-nova umas 9537 vezes. Do quanto “cagou” pro Joãogibas ter gravado Me Chama mais umas 3758. “Sacralização” e “culpa católica”, uma 8354.
O tom de concordância do Nelson Motta é que surpreende. Um pouco. O Nelson é bacana, mas é meio Zelig. Ele mimetisa quem está ao seu lado por admiração.
Se estivesse ao lado do Chico, iria babar eleogios. Ele é assim.
Lobão é meu amigo, mas está se repetindo. Há um tanto de esclerose no seu discurso repetitivo. Às vezes é engraçado, às vezes chato pra cacete.
achei o lance do lobão e do nelson motta extremamente equivocado, principalmente as opiniões sobre a bossa nova. o SPIN ta virando mania nacional. um desserviço.
engraçado, pra mim, o brasil eh um país em que se sacraliza o sucesso. esse sucessinho babaca, não o sucesso do neil young, do marcelo camelo, walter franco, lenine, ben folds. sim, pra mim, o conceito de sucesso eh outro. sempre foi.
dinheiro, fama, que venha. ou não. mas o importante mesmo, eh escrever o nome no livro. fazer parte da historia pela porta dos fundos…bullshit.
quando vejo entrevista de 90% dos autistas…oops, artistas brasileiros, sempre lembro das entrevistas dadas por tom zé e/ou arrigo barnabé.
o bom senso eh uma ferramenta em desuso.
perdão, não posso deixar de dizer isso: chico buarque, um chato, parnasiano??? palhaçada.
Olá..
Concordo com Gil, lá em cima… esse papo da negritude de Obama já se mostra um pouco enfadonho.. deveríamos esperar pelo que ele vai fazer quando ASSUMIR de fato… e não elucubrar sobre o que é e/ou o que poderia ter sido… sob o aspecto racial…
..xx….
caetano, costumo dizer que sou músico/cantor por sua “culpa” ..sempre esperei(espero) o melhor de vc..e vc sempre me surpreende. Essa idéia da compilação do axé é ótima ! cruzarei os dedos !
beijos.
Fernando Salem falou tudo at 5:55 pm! Tu-do!
Jackson chorava como um homem velho que vê a grandeza de um fato consumado suplantar a dos seus maiores sonhos.
Obama é mulato, lindo, gostosão e ao que me parece: feliz.
Não entendo quase nada desse assunto - e de 39.715 outros temas que rolam por aqui - mas essa euforia que eu sinto no ar, me faz lembrar, guardada as devidas proporções, à euforia que houve no Brasil, quando da eleição de Lula. Receeeeeeio!
Agora, bom mesmo foi ver a cara de tacho do bucho, opppsss, do Bush que, aliás, é intragável!!
o cinema falado é o grande culpado da transformação.
Parece Noel prevendo um título para sua canção em forma cinemetográfica.
Como gosto deste filme que pouco decifro!Filme pra se ver sozinho; adoro o texto sobre casamento/não casamento; gosto de tantos fragmentos, regina casé, samba no recôncavo,gosto.
Olá Caetano, ponto para todos nós negros com a vitória de Obama. Mas o que me preocupa no momento é o extermínio dos jovens negros daqui da Bahia. O crack está disseminado e não se publica uma linha nos jornais, não se vê uma matéria em programas de TV (a não ser os sensacionalistas tipo: Varela, Bocão, etc., q chutam cachorro morto), o Governo Wagner não se pronuncia. Há um silêncio total sobre este momento tão triste da nossa cidade. Caetano, por favor fale sobre esse assunto, só assim despertarão!!!!
quando eu morava em Londres, “straight” (usado como gíria) queria dizer “careta”: você era um “freak” ou um “straight”, um maconheiro ou um “straight”, um bissexual ou um “straight”. Chamavam “straight” ao cigaroo comum, de tabaco, em oposição ao “joint” de “pot” (maconha): “have you got a straight?” era o jeito mais frdeqüente de se pedir um Benson & Hedges a um amigo. Com o passar do tempo, “straight” virou antônimo exclusivo de “gay” (que, por sua vez, deixou de ser usado com o valor semântico original). Adorei ouvir Obama falar “gay or straight” no discurso.
Hoje um jornalisma me pergutou o que achei da vitória de Obama. Eu disse que me emocionei, adorei, entre outras coisas por ele ser um presidente americano mulato. E completei: aqui no Brasil a gente já está acostumado a isso.
E, Exequiela, “estadounidense” não tão correto assim. (Em português escrevemos “estadunidense”, assim evitamos o ditongo “ou”: ouço às vezes, leio muito, até já escrevi uma vez ou outra.) Mas, veja bem, “Estados Unidos” não é o nome do país: é um genérico (aliás usado pelo Brasil até os anos 70 - e pelo México até hoje: Estados Unidos do Brasil, Estados Unidos do México), uma designação como “República Federativa” ou “Províncias d’Além Mar”. O nome mesmo é América, que tampouco pode ser tomado por um país só do continente que já ganhara esse apelido quando as províncias inglesas do norte se libertaram e se uniram. Às vezes penso que o racismo institucionalizado que os EUA e a África do Sul conheceram tem a ver com isso: ambos tomaram o nome do continente, como se só a parte colonizada por aquele grupo branco, protestante de língua inglesa é que valesse. Mas às vezes - como quando ouvi o discurso de Obama ontem - me orgulho de ter sido na América que os conseguimentos da democracia e do respeito à busca da felicidade se deram: sou americano e me sinto incluído no nome. Não quero que isto se torne uma discussão bizantina (e aparentemente teimosa da minha parte) como foi aquela sobre as vogais inglesas com Heloísa. Mas pense um pouquinho nessas coisas que eu disse.
Gostei do discurso de McCain, Caetano. Teve sensibilidade e postura, falou da derrota política sem fazer cena e lembrou que o futuro norte-americano deve ser mais importante que a rixa entre os dois partidos.
Sobre a capacidade do democrata para reconstruir a economia dos Estados Unidos, ainda pouco sabemos. Obama defendeu idéias de mercado protecionistas e o fortalecimento do estado, um governo pai que seria capaz de salvar a classe média quebrada dos últimos oito anos. Sobre seu talento para conseguir apoio político e popular, sabemos. Ele tem torcida e leva esperança.
CAETANO
TODO AQUELLO QUE BROTE DE TU BELLA BOCA ES SABIDURIA PARA MI (BESO)
ANOCHE ME QUEDE HASTA MUY TARDE VIENDO TV, ESPERANDO EL TRIUNFO OBVIAMENTE… COMO ME IBA A PERDER ESTE HECHO HISTORICO.
HACE 10 AÑOS QUE ME ACOMPAÑAS CON TU MUSICA… HOY TENGO 28 Y ESPERO SEGUIR POR MUCHOS MAS.
SALUDOS DESDE CHILE
BUENAS NOCHES
Sí, que mal lo de los gays en California. Hoy hablé con mi mejor amiga (paulita!! JA! si venís por acá y lees esto) que vive en SF y me dijo que sus amigos gays estaban desesperados, muchos se casaron estas últimas semanas por el temor de que esto ocurriera. Y que eso pase en el estado que más los apoya! Ir a SF es toda una experiencia! Los gays casi desnudos por la calle… los sex shops que son como supermercados, se puede comprar un consolador como quien compra una pollera (nunca pensé que hubiesen tantos accesorios para el sexo!… no me interesan pero qué entretenido verlos en las vitrinas!). No sé én Brasil pero acá en Argentina los sex shop son prácticamente antros. En fin.. hoy los gays de California son “sad gays” y no “gay gays” .
http://www.youtube.com/watch?v=i2P-ghDgp3c
Não tenho podido voltar com tempo à outra página - que gerou aquele zumzumbido infindo e transfigurador sobre a música baiana -, e em que aquela postagem desenfreada de Caetano, com tantos temas por desbordar, ainda nos convida a pegar, lá, um Expresso direta ou indiretamente ao comentário 2222!
Mas meu impedimento momentâneo não tem me impedido de pintar aqui pra conferir este papo, e percebo que a tônica maior é de euforia, de um fervor até religioso. Eu torci e vibrei com Obama. Agora, adoraria que alguém viesse resumir mais os pontos de sua futura política com repercussão sobretudo mundial, e divisar as suas possíveis consistências e inconsistências, as correlações de forças que podem se traduzir em sucesso ou não, e, indispensavelmente, como será “elababorado” o ’significado’ da superação-sufocação da última crise financeira, a bolha hipotecária, pro conjunto da sociedade ‘globalizada’.
Retorno, quanto a isso, um link com entrevista de Zizek que já postei em página diversa da infocaetanave, dada bem anteriormemnte à promclamação do resultado eleitoral norte-americano, contendo provocações que não serão facilmente ultrapassáveis pelo fervor da vitória eleitoral e pela conjuntura histórica que teremos pela frente:
http://www.elpais.com/articulo/opinion/gafas/leer/lineas/McCain/elpepiopi/20081002elpepiopi_13/Tes
Sobre a emergência dos negros na cena política norte-americana e internacional recente, penso ser produtor de sentidos considerar também o significado e a atuação destas duas personalidades que estiveram sob os holofotes do lado republicano:
http://en.wikipedia.org/wiki/Condoleezza_Rice
http://en.wikipedia.org/wiki/Colin_Powell
E negro, caetano? quando se falarà de um presidente negro no brasil, pais com a maioria dos descendentes africanos que nao seja aquele do Monteiro Lobato?
Y sobre lo que dice Nobile de la intolerancia de los gays o bisexuales es interesante. Ni hablar de la intolerancia de los negros en EEUU. Y ese país de África donde asesinaban o mutilaban a los negros albinos porque eran blancos!! Lo leyeron??
Teteco: Como si fuera poco, allá hacen reuniones del tipo “tupperware party” donde se reúnen amigas y va una vendedora de consoladores y se aconsejan cuál usar.
Roberto: Condoleezza y Powell. Me dan vergüenza ajena!
Yo, al contrario de o LeAo, no puedo estar sin música. Me parece que no hay escena en mi vida donde la música no produzca un estímulo……….trascendente.
Acá paso un videito de música sufi (o persa?). Me parece que le gustaría escucharlo al maestro Morelenbaum. http://www.youtube.com/watch?v=91pMQfuZf04 Los transporta a algún lugar en especial? La sangre árabe llama!
Nelson Motta toca num ponto interessante no lance em que aparece com o Lobão: assumir responsabilidades.
Isto vale para tudo, inclusive para o escamoteamento em origens, cor de pele, preferência sexual ou o que quer que seja.
Já fui discriminado por ser “straight” (”todo mundo é homo, cara, só que não sabe!”); por ser branco (ou claro ou mulato claro ou pardo ou); por não comer carne; por ser baiano, nordestino; por usar cabelo comprido; por usar brinco e anéis; por fumar. Eu assumo o que sou e o que faço; e tenho por princípio aceitar o comportamento alheio, suas origens e preferências. Continuo esperando que façam o mesmo; e que eu não precise sempre compreendê-los nem vibrar achando que com “pela primeira vez na história” a coletividade finalmente irá se mirar num exemplo grandioso e assumir suas responsabilidades - todas elas.
Não à toa o discurso do Obama foi sério, quase austero. Ele sabe a pedreira que tem pela frente. A gente aqui é que (embora acostumada, como disse o Caetano) comemora o que nem ele (sabiamente, acho) fez questão de comemorar. Acho que Obama está olhando lá na frente. E ele é leonino, leoninos a priori não se identificam com grupos (o que não quer dizer que não lute nem assuma compromissos em favor de), têm por jornada a assunção da própria individualidade como tarefa sagrada, honrando a própria biografia e encerrando no próprio centro (com suas “dores e delícias de se ser quem se é”) a razão maior da existência. Entretanto a sombra do autoritarismo e de um egocentrismo muitas vezes doentio estão sempre à espreita. Oxalá ele saiba domá-los e pô-los a seu serviço, não o contrário.
Torço por ele, que parece se assumir integralmente e ter a competência necessária para o tamanho da empreitada que decidiu encarar. Que saiba honrar seu posto.
por enquanto, ainda não absorvi inteiramente a vitória de obama. levo um tempo pra entender tudo. sou lento…
de qualquer forma, a primeira impressão que me fica é a alegria de bonner e de toda a equipe da globo ao cobrir as eleições lá nos isteites. percebi a utilização dessa nova tendencia de trazer ao (tele)espectador a emoção que o próprio reporter está sentindo.
sinto tb uma euforia que ainda não sei dizer se excessiva. parecia um show de michael jackson nos anos oitenta. entendo por hora o poder simbólico da cor da pele de obama e espero que isso transceda.
sobre lobão… ah gente, é o lobão, né??? figura folclórica que a gente ouve e dar risadas. e quando fica chato, é só trocar o canal…
no seriado “the L world” teve uma cena que me chamou a atenção. tem uma das moças (tina) que depois de um longo relacionamento gay, encontra um cara e decide se casar com ele. as amigas passam a chamá-la de straight, mas com significado pejorativo. a personagem papi, ao ver as amigas debochando de tina por ter virado straight, atacou: isso é preconceito de preconceito…
nunca entendi o termo “entendido” utilizado pelos gays brasileiros. entendidos em quê? essa intolerância de boa parte dos gays com os bisexuais é incompreensível.
Desculpa mudar um pouquinho do assunto. acabei de levar um susto…
A Jandira Feghali foi nomeada por Eduado Paes para a secretaria de cultura do Rio de Janeiro. Agora a cultura irá para o brejo, naturalmente.
bjs.
O admirável mundo novo, não o que pensou Aldous Huxley, mas o mundo fantástico descoberto por Colombo, as terras promissoras que o “velho mundo” almejava conquistar, hoje se revela em toda sua rebeldia jovem De imaginar que os primeiros negros que imigraram para a América eram apenas para servir seus senhores e nada mais. Ao meu ver, o grande conquistador da historia de Obama foi seu pai que saiu lá do vilarejo queniano para cursar uma universidade no Havaí e acabou conquistando a mãe dele, mulher americana, com toda sua negritude africana, mostrando ao filho que uma pessoa pode alcançar todo aquilo que desejar, ate mesmo a presidência do pais mais cobiçado do mundo os Estados Unidos da América. Mais do que a imposição de uma raça miscigenada (ou raças globalizadas), típica nos paises das Américas Obama representa a força e determinação humana e, pessoalmente, representa minha geração. Fruto da década de 60, que nas Américas ficou marcada na historia contemporânea mundial como a década de grandes revoluções musicais, políticas, culturais, repressões e liberações, e isso para mim tem sabor de infância, e a gente cresceu no meio desta confusão toda, no meu caso, sem entender bem as estórias de que os comunistas queriam comer todas as criancinhas, ou o que a copa de 70 tinha a ver com a política, ao mesmo tempo que a mini saia era tão legal, e a mini blusa também, e o novos baianos chegavam em São Vicente e vinham com uma promessa de mudanças também revolucionarias, na verdade, tive um contato muito próximo com eles nessa ocasião, eu com meus 12/13 aninhos, dar mamadeira e banho no bebe de Baby Consuelo foi o maximo, eles eram tão irreverentes, tão libertários, pareciam muito com meus amigos ripes da época, o Jorginho e o Davi e custava acreditar que iriam se apresentar no Ilha Porchat Club, tão socialite! Mas, voltando ao assunto, fiz questão de pontuar estas coisas porque não vejo Obama somente como o mulato americano que conquistou a presidência dos EUA mas como um cara de 47 anos e, isso me parece igualmente importante. As vezes fico na minha fantasia imaginando o assombro que o “admirável mundo novo” causa no “velho mundo” que o descobriu, já parecia muito um torneiro mecânico Lula comandando um pais como o Brasil, depois um índio Morales comandando a Bolívia e agora um mulato de 47 anos Obama comandando um das maiores potencias do planeta. Vou falar pra vocês uma coisa, é bem isso que eu gosto nas Américas, este gosto pela inovação, esta miscigenação, esta coragem maravilhosa de mudar tudo num repente. Pena que os grandes pensadores, filósofos, poetas, músicos, escritores e outros que marcaram suas épocas não possam estar aqui presentes para ver tudo isso, da mesma forma, pena que o pai de Obama não esteja mais presente no mundo dos viventes para ver o que representou o seu ato. Parabéns Obama e também a todos seus eleitores. E viva a democracia! Enquanto escrevia estava aqui escutando musicas diversas e, inusitadamente, quando termino começa a tocar Amanhã na voz de Caetano…, genial! Daí a gente chora mesmo.
Exequiela: Obrigada pela dica já fui atrás e vi algumas coisas de Daniel Pipi Piazzolla, não conhecia, muito legal mesmo, vi também uma entrevista dele onde ele conta sobre sua vocação e porque escolheu a bateria como sendo seu instrumento principal, mesmo sabendo tocar piano desde os 4 anos de idade. Como a gente aprende por aqui!
Roberto você é o detentor de muito poderes mesmo, mas, penso que já se deu conta disso não? Imagina ai a curiosidade que você aguça quando fala que agora tem algumas pessoas queridas do blog como amigos no teu orkuto-circuito. Poderosíssimo mesmo! Obrigada pela dica viu!
Teteco tenho visto aqui pela tv que a chuva não anda perdoando muito a tua querida Sardenha, toda cheia de água da chuva e do mar, uma coisa incrível e triste, e eu que pensava que estas coisas só aconteciam por ai, fico boba de ver como a gente se engana na vida com esta falta de visão global, mas sigo aprendendo muitas coisas. Ah! sempre que vejo o noticiário da Sardenha não tem mais como não pensar em você, é gostoso como a gente vai aos poucos se vinculando as pessoas. Vero?
Nelson a gente nunca se falou entre a gente mas eu já vi que temos muita coisa em comum com relação a gosto musical, desde Bob Dylan e muitos outros que você coloca ai pra nossa querida Heloisa e que vou xeretando também. Algumas vezes pensei em comentar alguns de seus comentários que achei tão precisos e concisos, mas, ao mesmo tempo não teria nada que acrescentar porque você já tinha falado tudo. Gosto muito do seu humor. Olha estou fazendo um textinho para te ensinar como chegar ate o orkuto-circuito viu!
Nobile José olha fui pesquisar este negocio do “entendido” para ver se eu também entendia isso de uma vez por todas, porque na minha imaginação, entendido seria sinônimo de homossexual (mas acho também que este termo seria fora de moda nos dias de hoje, diria que é um termo meio quadrado, ou ultrapassado), descobri inclusive que mesmo no mundo gay existem controvérsias sobre este termo, este debate se deu para a realização da cartilha do governo para ser distribuída durante a parada gay em São Paulo, se quiser “curiosar” ta ai o link.
http://gaybrazil.com.br/notas.asp?Categoria=Radar&Codigo=1770
Beijos a todos
Caetano também acho que já tivemos antes deles um presidente mulato:o FHC.Mas sempre foi muito diferente ser negro por lá.Pobres e negros sempre tiveram muito mais respeito como cidadãos.Digo em termos de educação,assistência social,cuidados básicos.Raça pura nunca existiu e nunca poderá existir desde que exista a verdade da possibilidade de fusão.As ascendências sempre serão inconsistentes a nível investigativo do tempo.Então racismo é utópico.Acredite e se conforme com ele quem o quizer.
a negra linda de olhos azuis chorando, gordinha, também foi a que mais me tocou, acho que chorei ali, com ela…que mulher linda e que mistura linda. Obama é branquinho, Obama é pretinho, é nós…mas o pau vai comer.
Caetano,
O problema é; e se Obama não começar agradando, será que poderemos ver um Ku Klux Khan renascendo?
Enfim…
O que fica de interessante é vermos que a “maior” nação do mundo é agora uma território do mundo; um negro, filho de muçulmano é atual presidente norte americano. Barbaro né?
Abs
o japones estava sentado à mesa falando que adorava as frutas, os sucos cariocas. Era apaixonado por maracujá, passion fruit…mas porque passion frut?…ah, caetano sabe porque, caetano sabe tudo…caetano ouviu e na hora explicou o porque da coisa, do nome passion fruit…não lembro agora mas a história é bacana e se pudesse contava pra vcs…eu por exemplo agora fico pensando de onde vem mulato, qual a origem disso, não me soa bem esse nome não sei porque, prefiro preto, negão…mas mulato, não sei…caetano sabe.
Decididamente, o day after da euforia americana e mundial - fora a voz dissonante da Rússia - não parece muito animador. Um artigo do NY Times aborda a primeira tarefa de Obama: diminuir as expectativas criadas pelo entusiasmo inesperado.Low expectations?
http://www.nytimes.com/2008/11/06/us/politics/06expect.html?hp
Caetano, não há muita relação com o post mas é importantíssimo: você conhece alguma música brasileira - uma que seja - com nome de homem, composta por mulher e com temática amorosa?
Como as milhares de músicas compostas por homens, com nome de mulher e temática romântica.
Há algum exemplar disso em nosso cancioneiro? Não sei se outra pessoa saberia a resposta. Tenho medo de perguntar para o Chico Buarque e ele inventar alguma coisa na hora, imputando autoria à Júlia da Adelaide, irmã do Julinho.
LABI ESCREVEU:
“Não gostei dos comentários de Salem sobre Lobão.Se você é amigo de Lobão, Salem, imagino como seria se fosse inimigo. Eu nunca vi Caetano falar assim de Gil, de Gal ou de João Gilberto. Isto sim é amizade.”
Oi Labi. Sou amigo do Lobão e por isso mesmo emito a opinião sobre o desgaste de seus depoimentos sem constrangimento. Digo isso a ele pessoalmente sem nenhum problema. Como emito duras opiniões e também recebo dos caras que considero amigos meus. Ah! se amizade fosse só elogio! Que saco, né!
Outra coisa: Caetano já emitiu e recebeu opiniões adversas do Lobão. E também já mandou elogios e recebeu. Relacionamentos são assim mesmo. Do contrário, seriam uma chatice.
Lobão tem musculatura emocional pra aguentar coisa muito pior do que a minha humilde opinião publicada num blog.
Esqueci de uma coisa, LABI:
Olha só o que você mandou também naquele coment:
“Vamos deixar Lobão em paz gente boa. Ele não participa deste blog. Ele não vai responder. E além do mais, Lobão não tem nada a ver com este post. O blog precisa ser mais coerente na mediação dos comentários. É ruim ver ataques gratuitos a outras pessoas. Geralmente este blog não tem isso.”
Bom… se todo mundo que fosse assunto por aqui tivesse que participar do blog, teríamos que chamar o Obama, o Fidel, a Ivete Sangalo, o Lula, ressuscitar Noel e trá lá lá..
Ao meu ver não fiz um ataque gratuito. Comentei um outro coment da Ana que nos sinalizou com o link.
Ao meu ver coments como o da Ana é que enriquecem o papo. Todos estão enviando links, trocando idéias livremente sem esse papo de tudo ter que ser a respeito do POST do Caetano. Não somos comentaristas do que o Caetano diz. Colocamos a conversa pra correr.
Você conversa em botecos com moderador? Sai com amigos com moderador? Namora com moderador?
Você disse que “sempre que tiver falatório deste tipo aqui no blog eu ficarei do lado dos mais fracos.” Ora, o Lobão é forte pra cacete!
Quanto ao “Chama a Preta Gil pra dar um jeito no Salem.” , gostei. Mas queria mesmo é ser seu amigo Labi, mas sem tanta moderação.
Puxa!! , Não sei mesmo o que fazer para ter um comentário meu aqui. Estou com todos , simbolicamente Obama é o máximo , por tudo eu sempre quis ele (como todos nós) , mas pressinto (como Gil) que “o pau vai comer”. Aliás , também mandei uma mensagem super elogiosa para o e-mail da GG , comemorando o excelente Banda Larga Cordel, mas não tive resposta. Me prometi que esta seria a última
Também fiquei emocionada com Obama, e adorei o fato dele ter filhas pequenas, com certeza esse fato vai conduzir Obama por caminhos diferentes. Chorei com o discurso e parece que ainda não caiu a ficha…
Exequielinha, legal essa coisa de “tupperware party” e engraçada. vocês usam o termo “consolador”, aqui no BR é mais conhecido como “consolo” ou “vibrador”.
Alguns participantes não gostaram de que se haja comentado sobre o Lobão e sobre o Nélson Motta, mas, como asseverou o Salem, há nomes que naturalmente se entremeiam nos comentários. Não se trata de um “processo judicial”, em que se haja de propiciar o exercício da ampla defesa e do contraditório. O que houver de vir por contrariedade a uma idéia virá, como de fato veio, em moldes naturais. Quando eu deparo com o Lobão referindo-se a João Gilberto e a Chico Buarque, com indisfarçável animosidade, eu tenho a impressão de que ele julga a crítica em si como uma forma de autovalorizar-se. Se o João gravou aquela música, o notável intérprete não o fez na tentativa de apropriar-se daquela, devido à pretensão de torná-la melhor ou mais vendível. Lobão, em uma particular leitura da opinião, pareceu ver a gravação da música por João como uma tentativa de fazê-la mais audível ou mais bem cantada. Não seria nada disso. Lembro-me de um comentário do Caetano acerca de uma invectiva do Merchior (?) contra ele: aquela história do “intelectual de miolo mole”. Caetano, então, respondeu mais ou menos desse modo: - Não é tão ruim assim! Seria pior se eu fosse um “intelectual do miolo duro”! O nosso Caetano deixou o “hômi” em palpos-de-aranha. Tratou-se de uma resposta bem-humorada e bastante sagaz (não sou puxa-saco, além de Caetano não carecer de encômios de minha parte). Naturalmente, há de manter-se equilíbrio em tudo, a tal ponto que se evitem opiniões bombásticas, as mais das vezes cáusticas e erosivas. Para quê?! Soam como autopromoção em cima dos outros.
Nossa sao 2:00 am e o relogio do blog esta marcando tres horas e meia a mais!
Quando um Obama exausto começou seu discurso, sem ao menos ensaiar um sorriso aliviado pela vitória, pensei, triste, na paranóia que seria para ele ser o primeiro presidente negro nos EUA, mas esse pensamento logo se tornou uma euforia quando Jesse jackson aparece na televisão aos prantos e foi difícil não chorar e não chorar muito,
Caetano e Exequiela,
Teteco, ri muito da história do David de Michelangelo! E por que será que o curador achou que incitava só os gays? As mulheres, não?
Pois é Damasceno
Há os que defendam um certo protecionismo na cultura. Ou seja: artistas podem criticar políticos, mas não devem criticar artistas. Essa confusão nasce de uma coisa boa: há um respeito no ambiente da música popular maior do que outros segmentos. Os artistas da canção brasileiros costumam se visitar com menos preconceito. trufo olímpico e histórico do Tropicalismo.
Mas, infelizmente, alguns levam isso como premissa ética politicamente-correta. Isso desmerece o gesto Tropicalista que não tem nenhum coorporativismo em sua gênese. Pelo contrário. É o movimento mais crítico (no melhor sentido da palavra) às algemas da MPB do B.
O que seria da nossa canção sem a rivalidade de Noel e Wilson Baptista. A falsa rivalidade entre Chico e Caetano, nascida de um mal-entendido e responsável por um bem-entendido histórico. Algumas declarações retumbantes de Tim Maia, outras de Raul Seixas também desafiaram o coro dos contentes.
Caetano é PHD nisso e já sabe fazê-lo com um puta humor. Mas também faz. O que é ótimo.
E é aí que o Lobão tem até razão e se manifesta quando fala da Máfia do Acarajé. Ele percebe uma cumplicidade no mundo da MPB que o irrita. O problema é que essa percepção foi se cronificando e embaçou sua imagem. Ficou com o papel de “do contra” que acaba sendo “a favor”. Ele é telentoso e muito inteligente, mas não renova a sua retórica. Isso que chamei de “chatice”. É datado.
No fundo Lobão adora João ter gravado Me Chama. Tenho absoluta certeza. Mas não pode dar o braço a torcer. Não se livra do personagem.
A melhor polêmica de todas é aquela que travamos com a gente mesmo. Devemos nos desdizer a vontade, nos contradizer sem medo. O artista é um auto-provocador. A manutenção do discurso pronto transforma a ARTE em folclore.
Heloisa: Pero ellos SI tienen un nombre para su país: Estados Unidos de América. Lo que digo yo es que nosotros tenemos la opción de llamarlos “americanos”, “norteamericanos” o “estadounidenses” (o estadunidense uds.). Deberíamos elegir “estadounidense” por el simple hecho de que acota más al nombre (lo q dije en el comentario anterior). No dejemos de usarlo porque suena “feo”. Imagínense si los países o continentes fuesen marcas comerciales o registradas. Flor de juicio le podríamos haber hecho a los estadounidenses por apropiarse del nombre del continente!
Cambiando abruptamente del tema recurrente…………….
En fin, este tema da para mucho eh! No me imagino ahora diciéndole a nuestro esposo o novio o amante o…: “Estoy súper histérica! Me voy a al ginecólogo a que me haga unos masajes”
Robertiño: Sí, me imaginé que los mencionabas por eso pero no pude dejar de comentar…
Laureano: OK, ok!! Te prometo por mi Dios Caetano que voy a verme varios videitos de Drexler.
QUEM FAZ A HISTÓRIA
Não sei quem falou, em outra página (nesta, dei rastreada agora com ajuda de um robôzinho embutido em meu computador, e nanica de nada), sobre certa “brancura” que já estaria sendo identificada subjazendo à negritude de Obama… Há até um meio de sair pelo blogue procurando isso através do milagre que é pressionamento das teclas Ctrl+f. Só que é muito demorado. E é uma pena que o robô-buscador embutido no blogue (emcima, na canto direito) só rastreie ou indexe o conteúdo das postagens de Caetano…
Mas olhem, mirem - vejam: Não sou da turma que torce contra, não. Só quero fazer com que saia mais e mais cachorros do mato de nosso pensamento…
Pois e então!
E eu não havia dito a Caetano, em outro momento e página, algo sobre uma entrevista dele, especialmente dada pra sair durante a reativação frustrada (na década de 1980) da Revista Ângulos aqui da Bahia (famosa na década de 1960 pela participação constante de Glauber, e esporádica de Caetano)? Como eu já disse, a entrevista foi contrabandeada prum jornalzinho alternativo do qual eu era co-editor. Encontrei-a nesta manhã em meus arquivos históricos!
Em certo momento dela, pasmem, não é que Caetano fala de uma certa “brancura” que ele identificava em Gilberto Gil! Mas acalmem-se! Isso não me deixou assim tão intrigado, porque Gil, desde a canção Oriente em diante, em muito de sua obra já tornara-se, verdadeiramente, um dos meus principais gurus-guris.
Como, curiosamente, a entrevista contém muito mais pontos reverberando com o contexto histórico atual, e é reveladora por demais do pensamento político caetânico, e ainda do panorama cultural brasileiro desde a Bossa Nova, o Cinema Novo e a Tropicália que ele veio a desenvolver em Verdade Tropical, não resisto. Eu insisto. Eu insisto. Eu insisto.
A qualquer momento, vou trazê-la por inteiro pra ele se lembrar e todos vocês saboreá-la nesta página. Não é tão grande, nem comporta uma boa coleção de parágrafos catatômicos, quanto e como Verdade Tropical. E só vou republicar as respostas, tá?
N.B.: Vou pedir a alguém que se dispõe, esporadicamente, a sofrer a dor e a gozar a delícia de se deixar escravizar por mim, pra digitar o texto. Assim que esse maravilhoso trabalho forçado for terminado, a entrevista surgirá aqui.
Tuzé, meu ídolo e elfo da música greco-baiana - os shows no Gamboa não param de rodar e rodar em câmera lenta dentro da minha cabeça! -, seu silêncio significa que não aceita meu convite de parceria pra composição da canção “Peter Pã”? Eu só teria algum tato pra letra, nada mais.(Triste idéia minha. Gilliat inclusive já declinou de me colaborar com a letra…)
Assim que eu puder, voltarei na outra página (”ZAMBUJO…) com mais uma comentação geral, na qual convocarei todos a pegar lá de vez o Expresso em direção ao comentário 2222! [Aquela postagem de Caetano é inesgotável tematicamente, e há uma plêiade de interações que de minha parte eu condenaria minha alma se não a lançasse na bruta flor do querer de as realizar.]
A eleiçao de um negro (na verdade, um mulato, como bem disse Caetano) para presidente dos EUA não é o fim do mundo!!
Fim do mundo é um James Bond louro. E que não come a bond-girl…
PS: um país como o Brasil eleger um torneiro-mecânico é muito mais “histórico” que os EUA elegerem um mulato mauricinho, com todo respeito ao Obama. Mas é oba-oba demais para um Obama só.
antonio schultz, sem dúvida este é um blog a frente do seu tempo, em todos os sentidos….
aos demais: Sinto muito, mas, para aqueles que não prestaram atenção, informo que a barrinha no topo da tela mudou para 80%. O FIM ESTÁ PRÓXIMO!!!!!
O termo “America” faz parte do nome completo dos Estados Unidos, então não vejo problema em utilizar “americanos”. Não são os únicos americanos; mas são americanos. Estadunidense eu acho péssimo, parece nome de time de futebol.
Oi, Pessoal, um recado: neste sábado, domingo e segunda, sempre à meia noite, no SESC-TV (Net, canal 137), exibição dos filmes de José Agrippino de Paula. De quebra, entrevistas com Jorge Bodanzky, Hermano Penna, José Roberto Aguilar, Solange Farkas, Jotabê Medeiros, Rubens Machado e Walter Silveira, todos falando sobre a obras cinematográfica e a vida de José Agrippino de Paula.
esta questão moreno mulato negro…..peloamordedeussss gente …discutir cor de pele ainda á esta altura do campeonato é perda de tempo…os desafios reais dos eua e do mundo passam ao largo desta questão faz tempo á par do simbolismo da eleição de obama que esperemos nós não traduza o mesmo que ocorreu aqui com a gente e lulla.
miriam sinta-se a vontade para expiar sempre e pricipalmente comentar sempre…é conversando que a gente aprende e reflete e acrescenta…obrigado pelas palavras carinhosas…heloisa não vai ficar com ciumes rsrsr…
por favor contextualize que “rainbow” de sinatra apesar da palavra entendido rsrsrsrs ter sido discutida aqui não tem qualquer conotação que não seja a heterosexual rsrsrsr.
semana obama de musica apresenta:
http://www.youtube.com/watch?v=1vxVyaYuGYE
uma curiosidade, o filme Orfeu dirigido pelo frances Camus que ganhou Cannes e o Oscar em 59, exibido a Obama pela mãe dele em 1980, traz pela primeira vez o Brasil, no caso o Rio de Janeiro filmado a cores. vale a visita, no mínimo…é pré bossanovista e contribuiu pra mitologia do Rio. É o outro lado do rio, Godart fica na outra margem…olhando sem entender nada a negra “recebendo o santo”…a mãe de Obama 30 anos depois fez questão de mostrar esse filme, estrangeiro, para seu filho, hoje o presidente americano…é lindo demais, vamos rever o filme?
Se Obama é negro o Lula também é?
-Passada rápida, antes de postar a prometida entrevista:
Que massa! Sinto um humour e ironia patafísicos no ar… em toda a forma com se desenovela esse papo! Esse papo tá qualquer coisa para além do que o dialogismo ou a polifonia bakthtinianos pudessem teorizar!
Se não mudar a ordem dos cmts., o parágrafo final de Salem no de n. 94 é para mim o mais irretocável que já li em todo o blogue - definidor do espírito da trupe dos mais ávidos artistas e demais infocaetanautas que embarcaram em cada postagem que rolou até aqui. Nando, você poderia me dar uma pista sobre em qual mina encontrar mais matéria cristalina dessas em que sua alma se gemina! Bruno Guimarães, sobre a seta com a maldita porcentagem de sobrevida que nos resta, ainda expressarei, com toda a minha fúria, palavras que estou remoendo, ao Heer-mano AND Caetano!
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Helô & Exequielinha, estou relendo Vereda Tropical, ops, digo, Verdade Tropical, e não é que o Caetanino, lá, já conseguiu ser insuperavelmente poético sobre a ‘problemática’ denominação? E o fez logo na Introduçao, num paralelo magnífico em relação ao nome “Brasil”. Como ele não se relê, transcrevo pra ele e vocês (salivai-me, ó deuses, de meus erros de digitação):
“…Os Estados Unidos são um país sem nome - América é o nome do continente onde, entre outros, os estados de colonização inglesa se uniram, e a mera designação da união desses estados não constitui uma nomeação -, o Brasil é um nome sem país. Os colonizadores ingleses deixaram a impressão de ter roubado roubado o nome geral do continente para o país que fundaram. Os portugueses não parecem ter chegado a fundar um país propriamente, mas deram um jeito de sugerir que não aportaram a uma parte da América e sim a uma totalidade absolutamente outra a que chamaram de Brasil.”
-Mas MUITO mais vale voltar pro livro e reler, no contexto, o panorama-paraleo completo de onde extraí o trecho. É demais: o escriba Caetano parece ali um Pero Vaz que nos desencaminha! (Estou frito, comecei ontem, e não consigo parar de relê-lo: Livro total. Vascular. Visceral…)
p.s.: Helô, o que Zizek diz (no link que eu postei) sobre a “elaboração” do significado da crise mundial, e o artigo “Obama Aides Tamp Down Expectations” que você nos trouxe, botam-me pra pensar - agudo - feito Guimarães Rosa fazia ao mastuto do Riobaldo!
Oi Labi
Você não precisa pedir desculpas. Não foi destemperada, nem equivocada, não. Foi sincera. E eu respondi, não pra polemizar. Só pra mostrar que posso ser amigo de alguém discordando, sem nenhum problema. E deixei claro, que quero ser seu amigo desse jeito. Pode continuar discordando. Quando você disse que gosta de ficar do lado dos mais fracos, tive uma vontade danada de ser bem fraquinho só pra ser acolhido pela sua doçura.
beijo
Fernando
Sei lá porque a minha resposta à Labi caiu antes do seu coment já aceito pela moderação. Às vezes parece que a ORDEM está progredindo meio desordenada.
Laurene , obrigado pela informação…
Aliás porque será que a SescTv e o Canal Brasil são muito melhores que essa bodega de TV Brasil, que custa um dinherão??
ACHEI !!!! aquela bendita gravação em VHS do especial de TV comemorativo dos 50 anos de Caetano. Acabo de postar Cabelos Brancos/Mané Fogueteiro. E Também , atendendo a pedidos, Clever Boys Samba e mais algumas raridades para quem não teve a sorte, ou é muito novinho(a), de assistir.
PS. Eu também sou novinho. Tenho só 42.
Caetanistas, vejam o artigo de Vitor Hugo e a partir dele convido à reflexão geral: será que este blog, reunindo tanta gente maravilhosa e amante deste país, não poderá ser a centelha de um movimento que empolgue todo o Brasil com vistas a instaurar uma nova política, cujo líder poderá ser o próprio Gabeira?
Gabeira presidente
Domingo, 26 de outubro. Depois das 19h, as urnas do Rio de Janeiro já não permitiam dúvidas ou ilusões sobre a escolha do peemedebista Eduardo Paes para prefeito da cidade. Uma das redes nacionais de TV começa a transmitir sons e imagens do salão de conferências de um hotel da Zona Sul, à espera da entrevista coletiva do verde Fernando Gabeira, para reconhecimento da derrota. Mesmo na agitação geral da entrada do candidato, dá para ouvir o grito do fundo da sala, captado com nitidez pelo microfone em cima da mesa: “Gabeira Presidente!”.
Na Bahia, de onde acompanhava o anticlímax da eleição carioca, deu para ver também o ar de sobressalto exibido por Gabeira, diante da palavra de ordem. Reação, aparentemente, causada pela descarga de eletricidade que costuma percorrer a espinha em momentos assim. O impacto é visível igualmente no rosto de alguns integrantes do grupo de aliados e amigos que acompanhavam o candidato, naquele momento dos mais complicados para qualquer político, por mais sereno e sem ambição que ele seja.
Mais tarde comento com alguns colegas de profissão e amigos mais próximos, em Salvador, o episódio do grito “Gabeira presidente”, que passou batido nas perguntas da coletiva. Até onde sei, não mereceu também referência específica nos noticiários daquela noite nas rádios e tevês, nem nas matérias sobre o “day after” da votação, nos jornais impressos de segunda-feira. Ouvi de alguns: “este fato é irrelevante”. Outros completaram: ninguém “de bom senso” pode imaginar Gabeira aventurando-se em disputa presidencial, pois ele acaba de sair das urnas com a sua eleição de Senador praticamente garantida, pelo Rio de Janeiro. E, se forçar um pouco, de governador em 2010.
Ainda assim fiquei “meio encucado”, para usar expressão tão cara e familiar aos sobreviventes dos anos 60. Só senti algum alívio quando deparei esta semana com uma enquete no Blog do Noblat e, principalmente , ao ler o artigo “O voto que não dei”, assinado por Carlos Heitor Cony, na edição da Folha de S. Paulo, dois dias depois da apuração do mais empolgante pleito municipal de 2008.
Cony revela não ter comparecido à sua secção eleitoral para cumprir o chamado “dever cívico” de votar, no último domingo. Tudo bem. Caetano Veloso, um dos mais destacados cabos eleitorais de Gabeira na campanha, também não votou no segundo turno - a constatação coube ao incansável repórter do CQC, Felipe Andreolli, que passou horas de plantão sob um sol de ferver miolos, na frente do prédio onde vota o artista, até o derradeiro votante, e o autor de “Sem lenço nem documento” não apareceu. Estava na Itália cumprindo compromisso profissional, como se saberia depois.
No texto primoroso de seu espaço na página de Opinião da Folha, Cony dá justificativa mais prosaica para a sua ausência. Disse que votaria nos dois candidatos que se apresentaram ao eleitorado carioca, mas a lei proíbe esse gesto de solidariedade e reconhecimento, e seu voto seria anulado. “Queimando etapas, preferi ficar em casa”, explica.
O escritor e jornalista, apesar da abstenção, exalta a mensagem positiva dada mais uma vez ao Brasil pelo eleitorado do Rio de Janeiro, “ao escolher um prefeito tradicional em termos políticos, jovem, preparado administrativamente para o dia-a-dia inglório de uma cidade cheia de encantos mil, mas de problemas também mil. Em seguida, o justo reconhecimento de que a grande novidade mesmo foi o candidato derrotado, que trouxe uma idéia nova em termos eleitorais.
“Sem experiência de executivo, pensador em horário integral”, Gabeira, segundo o autor de “O Ato e o Fato”, um dos livros de textos básicos da minha formação profissional, explicitou uma proposta conceitual para o debate político. “Perdeu eleitoralmente, mas ganhou politicamente”, constata com precisão o articulista.
Mas onde eu quero chegar mesmo é em outra conclusão emblemática do texto publicado na Folha. O autor confessa que se fosse obrigado a votar domingo passado, com uma arma nas costas, teria votado em Paes para prefeito, mas guardaria Gabeira - “prefeito ele seria um desperdício” - para votar na próxima sucessão presidencial. “Não estaria votando num candidato, muito menos num partido ou ideologia. Estaria votando numa visão nova de encarar a sociedade e o Estado”.
Na mosca, Cony! “Gabeira Presidente!” A esperança continua!
Glauber, nem se trata de música “cantada”, mas COMPOSTA por mulher, com nome de mulher, e com temática amorosa.
Procurei - e muito -, mas não encontrei nada na música brasileira.
Achei várias com nome de homem e temática amorosa, mas compostas por outros homens (como “Rubens”, do Premê).
Mas é incrível esse deserto. Cadê uma mulher compositora para fazer uma música para um homem com nome de homem dizendo que o ama ou, sei lá, não o ama mais?
http://www.youtube.com/watch?v=7W59uAhthw0
http://www.youtube.com/watch?v=19IGKkE4eGQ
Um oferecimento de Labi Barrô, louca para ouvir o resultado final da Obra em Progresso
A melhor coisa que já li aqui é o comentário 110 da Ladi Barrô. É claro que esse comentário só existiu por causa da generosa idéia da obra em progresso, dos inteligentes visitantes e, principalmente neste último pôste, da limpidez do raciocínio e escrita do Fernando Salem. Tudo muito bonito e emocionante. Confesso que não me emocionei tanto com a vitória do Obama. Gosto dele ser mulato, gosto da diferença, mas humildade não tem cor e a Ladi Barrô, que é um arco-íris, tá aí pra provar.
Pergunta-queixa: por que ainda não temos aqui sequer a letra de Menina da Ria?
Notícia-brinde: semana que vem sai o DVD do filme Doces Bárbaros (o original) do Jom Tob Azulay!
A presença de TUZÉ enriquece nossos comments.
Para Exequiela e a quem interessar, postei Caetano cantando Mano a Mano com o auxilio divino de Jacques Morelembaun. Segue o link:
http://www.youtube.com/watch?v=pOSMAW541ug
Caro Salem,
De fato, intui-se, mesmo na própria crítica do Lobão a João Gilberto, uma espécie de satisfação não verbalizada nos moldes de um elogio. Por outro lado, se existe uma personagem,não no sentido do fingimento propositado ou da dissimulação, mas no de uma condição necessária à manutenção de uma certa imagem pública, eis maior razão de compreender o Lobão mais como um ser derrisório do que como um crítico mordaz. Aliás, eu assisti, há poucos dias, a uma entrevista dele no programa do Zé do Caixão, havendo-me surpreendido até o tom conciliador, porém sempre cáustico mesmo nas entrelinhas. Ri bastante das histórias do centro de umbanda. Eu só não concordo em que ele seja, não raro, um borquirroto, mas eu tenho a impressão de que ele tem propósito - pessoal ou artístico?! - em tudo isso.
Tudo bem! Tudo bem! Gabeira presidente será maravilhoso.
Acontece que a campanha do Eduardo Paes foi marcada por vários crimes eleitorais, dos mais leves aos mais agressivos… É injusto para o Rio aceitar um resultado desses, simplesmente porque é mentiroso, esse resultado é uma farsa. Milícias, lanchinhos, panfletos com mensagens ridicularizando o Gabeira, etc. O Paes tem um carrinho de processos no TRE. Será que será julgado? Claro que não, pois perdemos para a politicagem, para os conchavos e as boquinhas. Se Eduardo Paes for impugnado o governo estadual sairá manchado e Lula dirá que não viu e nem soube de nada.
Eu e mais um monte de gente não estamos aceitando isso, já fomos para rua na sexta passada (5 mil pessoas) e iremos novamente no próximo dia 17/11 (Candelária, 12h). Não queremos mais esse tipo de política. Não vamos mais nos calar. Vamos gritar, dançar, sorrir de verdade e caminhar exigindo justiça. Já mostramos que não somos um bando de gabeiristas inconformados com o resultado, agora vamos fazer valer a ética.
Tem uns errinhos de português mas foi causado pela empolgação, pelo grito que ficou durante anos sufocado. Abaixo a ditatura do sorriso amarelo, chega de conformismo.
http://www.pro-democracia.com
Qué es ese aire de despedida?
En mi computadora la barrita se clavó en 70%.
LeAozinho: Cómo es la onda? Este blog tiene que cerrarse cuando la barrita llegue al 100%? Noooo!! Decime que no!!
Lucesar
Obrigado pelos links. Por essa e por outras que este blog é colossal!
Serra da Boa Esperança na voz do Caetano me levou às lágrimas.
Valeu
Salem
Bem curiosa a indagação sobre a ausência de nomes masculinos como título de canções compostas por mulheres. Só consegui lembrar de uma: “Itamar é”, que Alzira Espíndola fez para o Itamar Assumpção. Mas não serve porque não é de amor (pelo menos não parece ser), é de admiração, amizade; e eles eram realmente muito amigos, parceiros.
Roberto Joaldo de Carvalho,
Levando ao pé da letra tua perguntafirmação, senti vontade de te recomendar enfaticamente um livrinho chamado “Breve Conto Sobre o Anticristo”, do pensador, poeta e místico russo Vladimir Soloviev, Ed.Antroposófica - se é que já não o conheces. Levando ainda mais ao pé da letra: meu sustentáculo e meu alimento estão na Astrologia e na Antroposofia - sem prejuízo de Literatura, Música, Filosofia, Cinema e conversas de esquina, boteco e blog. Mais do que em qualquer destas coisas, no olhar dos meus filhos.
Uma vez mais, obrigado pelo carinho e pelas delicadíssimas palavras.
Afetuosamente,
Gravataí, não consigo parar de pensar no assunto desde que você comentou.Será que até hoje nenhuma compositora, absolutamente nenhuma, resolveu homenagear um amado dessa forma? Por que será? Ah, se eu soubesse fazer música…!
Labi e Salem: vocês se desentenderam, se explicaram, e acabaram por resolver tudo de forma elegante, com palavras extremamente carinhosas. Que aula para Caetano e para mim, que não conseguimos resolver tão bem nossas pendengas! Vocês só podem ser pessoas muito lindas. Beijos.
Enquanto isso, o post anterior avança de forma incontrolável: já ultrapassou muito o 202. Talvez as pessoas estejam querendo aproveitar os últimos 20% do blog até a última gota.
Caetano,
Parabéns!!! Você conseguiu escrever um post com apenas 14 linhas (incluindo o ps). Inacreditável!!!
rsrs
Mestre Damasceno
Sábias palavras sobre Lobão! Sim… ele tem mesmo propósitos artísticos e pessoais que impõem respeito. E mais… é mestre em causos engraçados! Suas desavenças contadas no âmbito pessoal e coloquial são deliciosas. Só me incomodo com esses ciclos de debates, palestras, diálogos impertinentes, onde artistas dão comidinha na boca dos jornalistas. Caem na tentação da “frase de efeito” que vai virar teaser e manchete. Do mesmo modo que algumas celebridades adoram a câmera de um paparazzi, outras adoram o bloquinho de um jornalista pronto pra publicar mais uma frase pseudo-polêmica. É uma keito de fazer oposição bem ao gosto da situação.
Você escreve com muita elegância!
Pessoas,
como assim o blog termina quando findar o disco? Né possível!!
Um lindo final-de-semana a todos e juízo moçada.
A compositora Isolda fez a linda música OUTRA VEZ para seu marido morto, MILTINHO. Não pôs o nome dele no título da música e quem gravou foi Roberto Carlos, por isso, talvez a maioria não saiba disso. Não tem nome de homem no título, mas é música de mulher falando do amor a um homem. Já é progresso…
Descobri porque os comments estão saindo fora de ordem… é o horário de verão. Acabei de postar depois do 130 e meu comment ganhou o número 127. É que na Bahia não tem horário de verão. Só pode ser.
Oi, Pessoal. Vitor: fui eu quem indiquei a tal rádio, que escuto sempre. Beijos.
Caetano: hoje vi Obama se definir como vira-lata, dizendo que quer um cachorrinho mestiço para as filhas. Se ele tiver usado o termo “mongrell”, é o mesmo termo que deu origem ao complexo de vira-lata brasileiro. Ele surgiu quando um viajante norte-americano veio ao Brasil e falou da “fearful mongrell aspect of the most of the population”: o aspecto assustadoramente mestiço do povo. Esse depoimento correu mundo. O fato é que Obama se definiu não como black mas como algo como mulato.
Outra: Caetas, onde eu poderia ler uma crítica sua dos anos 50 ao Barravento e ao Orfeu, por exemplo? Vc republicou suas críticas de juventude?
Dileto Salem,
Grato pela referência ao texto, a qual eu acolho por incentivo à continuidade partipativa. Recordo-me, nesse entremeio, das alusões do trespassado Bruno Tolentino a Caetano. Sempre exageradas, as críticas daquele pareciam ressentir-se de um grau de equilíbrio. O Bruno olvidava-se de que a cultura se mostra polissêmica e irrestrita à dimensão acadêmica ou intelectual. Ha fenômeno cultural na fricção dos seres em inter-relações subjetivas. O mesmo se dava relativamente às críticas do Tolentino a Wilson Martins e vice-versa. Dentre os renomados críticos de literatura brasileiros, segundo eu compreendo, somente o Antonio Cândido se manteve um tanto à parte dessas contendas, transparecendo respeitável sobriedade intelectual. A meu juízo, a crítica, por mais azeda que se nos afigure, deve carregar em si um “toque” de equilíbrio, sob pena de ser desvirtuada. Por óbvio, momentos existem em que nos descoroçoamos e perdemos a diretriz, razão por que, em postagem anterior, eu afirmei não ser o excêntrico a própria anarquia ou antonomia. Eu posso não gostar de alguém ou recusar-me a admirá-lo, mas não posso, a bem da verdade, reduzi-la a pó, quando ela, evidentemente, tem efetivo contributo para a cultura pátria, cultura essa entendida por Tolentino como a dos vestíbulos universitários e das carteiras acadêmicas. Parabéns pelas opiniões sempre equilibradas e sadias, caro Salem. Amplexos.
Doce Vampiro, Banho de Espuma e “Meu bem você me dá água na boca”, tb são de Rita Lee, fala de amor para um (uns) homem (ens)… inominável. “José” tem tema romântico, é de Rita? Vale?
é verdade, o brasil eh prafrentex, mas parece-me que na musica popular, existe certo tabu nesse sentido. nao consigo encontrar uma musica composta por mulher para um homem com o nome dele no titulo, como se nao fosse de bom tom, ou esteticamente aceitavel. interessante, isso…
Lucesar!! Mil Gracias!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Hace mucho que quería escuchar esta versión. Esta en la lista de canciones del show de obraemprogresso y la pedí acá pero como decimos en Arg, no me dieron bola. Podrían haber puesto alguna con Morelenbaum….
Me gustó la versión con la cadencia brasilera. Del LeAozinho ya dije bastante (quizás no lo suficiente o quizás demasiado). Morelenbaum es un GENIO y lo demuestra en esta canción.
Seguro que ya viste a la Gata Varela cantándola pero paso el link para los que quieren escuchar a la mejor cantante de tango (para mí): http://www.youtube.com/watch?v=SdYivfEu2FM
Y la letra: otro pobre guapito despechado y amurado.
Bem a propósito de nomes masculinos em canções de mulheres e bem ao gosto de algumas garotas daqui, Rita Lee tem uma canção chamada PETER PAN.
As mulheres são mais espertas. Fazem canções de amor que servem pra vários musos. Os homens, não: engessam a canção a um nome que, às vezes, nem é o da homenageada (o Tom e o Chico já confessaram fazer isso) e despertam o ciúme de suas mulheres ou até mesmo daquela que queriam , talvez, conquistar com a canção. Ponto pras mulheres!
Pois é Heloísa, também não sei porque o curador encanou que “um pinto grande ereto na réplica do David” de Michelangelo poderia “incitar” somente os gays e não, também, as mulheres. “Bo”.
Exequiela, você me/nos surpreende. Você é cem vezes melhor que o Maradona. Beijos!!!
Exequiela: já ouviste Caetano recitando El tango, de Jorge Luis Borges, com música de Astor Piazzola? Está no disco “Astor Piazzola-El tango”, de Gidon Kremer. Vale muito a pena procurar. Digo pela segunda vez: tinha que ter um player aqui pra que a gente pudesse mostrar essas belezas.
(cont.)
Caro Damasceno
Meu texto é um tanto vulgar perto diante da fluidez da tua reflexão. É preciso que a gente saiba separar a função do crítico, como sujeito reflexivo que mergulha nas produções científicas, literárias ou artísticas, para dissecá-las, analisá-las e reencontrá-las num outro registro, que não o do produtor do conteúdo visitado. Esse é um indivíduo essencial. Ele traz novos parâmetros objetivos e subjetivos à obra. Gente como Antonio Cândido tem sensibilidade e suporte acadêmico para essa difícil missão.
Acontece que passamos a chamar de crítico aquele sujeito que que julga ou maldiz, ou elogia, apenas por deter um espaço dado, nem sempre meritório. Os artistas têm uma espécie de atração e repulsa a esses sujeitos. Se elogiam, mesmo escrevendo mal ou com bases duvidosas, eles são provedores de felicidade e satisfação. Se metem o pau, são uns “incompetentes” ou “despreparados”. Nós artistas temos de fato um comportamento mimado.
Nelson Motta, por exemplo. É um bom cronista, autor de boas letras, simpático à boa produção musical, antenado e tudo mais. Mas não é crítico. Quando se mete a fazê-lo desliza entre o encantamento e a comparação fácil.
Como no glorioso futiba, todos os brasileiros são meio técnicos em música popular. Isso é até bacana. Mas também é resultado da lacuna deixada pela incompetência intelectual dos nossos críticos jornalistas.
É aí que caras com sagacidade e inteligência como o Lobão surfam à vontade e presenteiam os seguradores de bloquinho com frases “pára-choque de caminhão” que os deixam excitados.
Tais frases, via de regra, viram as manchetes entre aspas dos artigos publicados pelos jornalistas. Parece que nesse momento, os artistas se fazem de críticos e dizem: “olha só o que você poderia escrever seu trouxa. Se é pra ser crítico, sou melhor do que você”. Uma romântica senhora tentação, como diz o samba.
Compositores populares são grandes frasistas e dão um banho nesses caras. Mas correm o risco de morder a isca e engolir o anzol. Não se dá parceria a jornalista.
As canções deslumbrantes de Dolres Duran foram escritas para homens. Dizem que algumas para o próprio Tom Jobim. Canções de amor escritas por mulheres com nomes de homens são raríssimas em toda parte, não só no Brasil. Gostei das lembranças. Eu tenho uma “José”, mas não sou mulher e não se trata de uma canção “romântica”.
Fiquei apaixonado pelo tema tanto quanto Heloísa, que é injusta consigo mesma e comigo quando diz que não conseguimos discutir com elegância e carinho. Como assim? Eu achei tudo cheio de graça e doçura. E continuo.
GABEIRA PRESIDENTE.
E “Lobão tem razão”.
- A ENTREVISTA DE CAETANO VELOSO DADA NA TENTATIVA DE REATIVAÇÃO DA REVISTA ÂNGULOS EM 1983 -
Como eu anunciei no cmt. 96, estou trazendo a entrevista, que só publicamos três anos após, isto é, em 1986. Lembro de ter escutado mais de uma vez as fitas com a gravação e que numa audições fui responsável pela conferência com a fala transcrita. Minha edição para este blogue se concentrou mais em não transcrever declarações desacompanhadas de um argumento minimamente desenvolvido, mas que mesmo assim foram publicadas. Cito, como exemplo: “a gente não pode falar sobre música e ficar botando a música como determinada pelas forças sociais e pelas interpretações sociológicas”. Houve outros casos assim, por exemplo, sobre a juventude baiana, os americanos do norte etc. É bem possível que Caetano se lembre de por intermédio de quem a entrevista foi conseguida, a quem foi dada naquele verão de 1983, e não sei se lembrará sobre as circunstâncias pelas quais certas declarações não foram desenvolvidas.
O texto saiu em pílulas ao longo de três números da publicação alternativa “O Canibal” (inspirada na antropofagia de Oswald de Andrade!), que circulou no meio universitário da UFBA na década de 1980, e desde lá só constando as respostas de Caetano. Curiosamente, no ano seguinte à publicação que fizemos, conseguimos entrevista também com Gabeira que reverbera em importantes pontos com esta - por isso, em outro momento, também a postarei aqui.
Ei-la (os intertítulos, em caixa alta, foram feitos agora por mim):
-POLÍTICA & SOCIEDADE
“Quando falavam em Revolução, eu realmente tinha medo. Eu era um menino de classe média e filho de funcionário público. A idéia de uma luta armada era muito distante de meu repertório de desejos profundos. Eu não posso ser tão alienado a ponto de falar numa coisa só porque acham que tá certo, que é bonito. Eu me acho suspeito para falar contra porque não era o meu gênero.”
“Uma parte da elite que estava namorando o resto da população e ficava meio fantasiando uma idéia de revolução amedrontou, de certa forma, porque acenou com a possibilidade de haver pelo menos reformas e uma mudança estrutural menos elitizante. Isso assustou. Uma para-esquerda estava meio no poder. Aí veio o golpe.”
“Você não tinha o direito de dizer que era contra o governo militar porque havia o pressuposto de que todo o mundo era contra mesmo. Quem tinha tribuna, lugar para se expressar, ficava numa posição de contra meio inexplicada. Foi legal o Glauber falar coisas a favor do golpe de 64 porque liberou, violentou esse pacto esterilizante.”
“Acho que nesse ambiente de elite, e periferia da elite, sem dúvida nenhuma houve uma abertura considerável; mas também o golpe, tudo, a pobreza brasileira, quer dizer, a gente que esteve sendo desprezada, está desprezada através de todos os períodos históricos e por todos os sistemas e governos. Eu vejo é isso. Eu acho que 64 é uma coisa assim para que não houvesse o risco de isso se modificar. Isso que sempre foi.”
“Eu não acho que a elite brasileira seja uma verdadeira elite. São os fracos unidos para manterem a fraqueza. Uma coisa mesquinha para manter o Brasil dentro do esquema de submissão à economia internacional, para manter uma vidinha bunda-mole.”
“Ser de esquerda é uma das sofisticações da elite brasileira. Um país muito pobre onde as pessoas são de esquerda, são de ultra-esquerda, e de esquerda da esquerda. A elite são 58 pessoas, o resto é gado.”
“Na verdade, eu sou elitista. Eu tenho uma tendência muito aristocratizante. Um elite que impõe belas e fortes coisas deve se impor.”
“As revoluções devem ser feitas quando necessárias e imprescindíveis. Eu desconfio delas e acho que não são melhores que as outras coisas. Você vive o tempo todo como se a vida real não valesse nada. Uma coisa ideal que, quando aquilo acontecer, tudo será verdade, mas aqui nada é verdade.”
-CINEMA NOVO & TROPICALISMO
“O pessoal do Cinema Novo, como eles tinham de ficar em contato direto com a indústria, ou com a criação de uma indústria, eles eram bem sabidos quanto a isso. Eles deixavam o CPC [Centro Popular de Cultura] e os músicos populares, todo o mundo, numa posição artesanal e paternalista, sem enfrentar a barra de um pensamento capitalista mais moderno que o Cinema Novo tinha que ter. Eles eram de esquerda, mas tinham esse conhecimento. Eles foram, na verdade, de uma certa forma, sobretudo por causa do Glauber, o qual soube viver e expressar isso, infelizmente ainda de uma maneira muito de mártir, se botando nessa encruzilhada dessa situação, aqueles que tiveram a visão da coisa da modernidade industrial e da situação trágica do Brasil: do produtor de cultura ser de esquerda e saber, ao mesmo tempo, reconhecer a modernidade do capitalismo e querer implantar uma indústria. Era uma situação bandida e trágica que acabou influenciando e determinando o aparecimento do que em música, e a partir da música para outras coisas, se apelidou de Tropicalismo.”
“Um artigo do Roberto Schwarz fala que o tropicalismo era uma coisa do moderno e do arcaico, uma velha coisa brasileira. Mas esse lance não vinha acontecendo. O arcaico e o moderno acabam, assim, justapostos na temática das canções tropicalistas, exatamente porque a gente estava pondo na ordem do dia esses dois assuntos para as pessoas que faziam música popular e consumiam cultura no país.”
“O Tropicalismo chegou assim, um pouco com o contato mais ou menos brutal com essas realidades. Por um lado, o reconhecimento da ausência da maioria das pessoas na determinação da vida brasileira. Por outro, um elitismo estéril, um elitismo mesquinho e puramente defensivo. A gente sentia a necessidade da presença do povo, mas da presença do povo mesmo, do povo real. Não do operário de Lênin, operário que não é ele mesmo, que só é representado por Lênin e pela célula do Partido. Queríamos a presença do operário mesmo. Aquele que quer comprar uma geladeira e não fazer a revolução. Esse era o operário real.”
-AMOR, SEXO & AMIZADE
“Me disseram que as minhas canções de amor não se parecem com canções de amor. O amor é uma coisa nebulosa, um saco de gatos. Eu não gosto de suas temáticas. A amizade e o sexo são coisas mais universais. Como é que gregos e romanos se amavam A. C.? Os índios amam? Sexo eles fazem. É o amor, então, judaico-cristão! E o cristianismo é apenas uma forma de reafirmação do judaísmo.”
-’PRETITUDE’ & ‘BRANQUITUDE’ COMO COLORAÇÃO SOCIAL
“O Gil é preto mas era mais rico do que eu. Teve automóvel desde menino. Eu sou pobre – ele é rico – de origem. O Gil é mais branco do que eu, na formação, porque era da elite mais econômica: filho de profissional liberal, de um médico bem sucedido.”
aah, se não me engano, os carpenters tmb gravaram “fernando”, essa perola kitsch.
SALEM: o pior é que o lado chacrete que acomete muitos artistas acaba levando para seus trabalhos uma antipatia do público que deveria permanecer no ambito, digamos, pessoal. Acho “A Vida é Doce” um dos grandes discos brasileiros de todos os tempos, não sei se você concorda. Mas aposto como muita gente não vai querer nem chegar perto de nada do Lobão por conta das suas declarações.
Pois é, Roberto Riobaldo, aí eu pego a matutar aqui: a crise indica o despertar do sonho americano ou sua continuação? E as expectativas que Obama tenta diminuir se relacionam a qual das opções? Mire e veja: sei o que o mundo quer desse governo, mas não o que o povo americano quer. Embora eu queira muito pensar que Obama não foi eleito só pela crise - e levando em conta que Zizek fez a análise de uma possível vitória republicana -, um medinho de nada espreita bem no fundo do meu pensamento. Não podia o senhor, caminhante do sertão de fora e de dentro da gente, que anota tudo nesse caderninho aí, ajeitar minhas idéias embaralhadas num inteiro do entendimento?
Lucesar, obrigada por nos presentear com a maravilha de ‘Serra da Boa Esperança’ com Caetano e D.Canô. Quase chorei também, porque minha mãe sempre gostou - e ainda gosta - de cantar essa música linda.
Caetano, onde andarás nesta tarde vazia, tão clara e sem fim…? Beijos, que nunca retribuis em língua nenhuma - quem sabe em esperanto?
Salem, eu tinha certeza que gostaria, assim como gostará do que postei hoje.
Para Salem:
http://www.youtube.com/watch?v=xrmaf4jSchc
E também para Heloisa não ficar com ciúmes de Exequiela, postei, pensando nela, nosso herói cantado Cole Porter(Get Out of Town):
http://www.youtube.com/watch?v=TrlQyzB7vdw
E para Teteco, Caetano cantando Ave Maria no Morro:
http://www.youtube.com/watch?v=N9bjRQSRhV8
“Canções de amor escritas por mulheres com nomes de homens são raríssimas em toda parte, não só no Brasil”.
Indeed. Mas em inglês me vêm logo à mente, de cara: “Last Time I Saw Richard”, com Joni Mitchell; “Henri Darger”, com Natalie Merchant; “I Really Loved Harold”, com Melanie; “John, I Love You”, Sinéad O’Connor. Com certeza deve ter mais algumas.
Esqueci de agradecer Exequiela pelo Grossário, um primor. Essa menina, como no xadrez, pensa vários lances a frente. Já que Salem lembrou Assis, segue “Fez Bobagem” cantada por Deus:
http://www.youtube.com/watch?v=XC4j3XbcrOs
Oi teteco telecoteco
Quando escrevi “Algumas declarações retumbantes de Tim Maia, outras de Raul Seixas também desafiaram o coro dos contentes.” fiz um trocadilho, do contrário usaria as aspas. Tim e Raul não “desafinaram” o coro dos contentes, mas desafiaram no sentido de provocar com frases desafiadoras pra casta intocável da MPB.
Quando não posta e não aposta num assunto perdemos um tanto do tônus. Embora, ache que os comentários de Joaldo, Nelson, Exequiela, Heloisa e tantos outros cyber-amigos cuidem de manter e aperfeiçoar o tom desse blog: informação com açúcar e com afeto. Polêmica com respeito. Dissonância com harmonia sofisticada. E o prazer de escrever, é claro, que tem sido o grande desrecalque promovido por esse espaço.
Será que Caetano terminou de gravar as vozes? O tal dos 80% dá mesmo uma emoção. Novembro é começo de uma grande sexta-feira. A eleição de Obama, Felipe Massa perdendo o mundial na última curva. Há algo de “final” na atmosfera.
Mas Assis Valente pode nos ajudar a sublimar a sensação:
A Obra fica pronta, mas o Progresso nunca acaba.
- Concordo com Gilliat, o blog precisa de um player. Eu gostaria postar “O Amor”.
Glauber: é mesmo, então a versão de Perla para “fernando” não vale. Rosinha de Valença não fez alguma canção com nome de homem? Dolores Duran; certo, Caetano disse que ela teria feito canções pro Tom Jobim, mas não citou seu nome..então também não vale.
Bruno
Lobão tem razão: Chico Buarque é parnasiano. Ainda bem.
bom, agora me dêem licença que eu vou ali desatinar no choro dos cantantes. volto. abraço sincero a todos.
muito do que tem acontecido aqui eh panis et circense. se colocar um “s” depois, fica mais interessante, não? haha
gentes…
não sei se vou ser muito do contra, mas tou gostando desse movimento de término. acho que quando sabemos que algo tem prazo pra acabar nos entregas e dedicamos mais. com mais vigor e apreço.
só consigo pensar nos coros do Tudo Passa qd leio sobre os 100%. pode até virar outra coisa depois, mas tou gostando desse cheirinho de término…
http://br.youtube.com/watch?v=Avmzfj5wPOQ
e direto lá de sua terra Caetano!
correção:
http://www.youtube.com/watch?v=eoca1Jb33Ts
Caetano você já foi visitar Dona Canô este ano? Eu a vi dizendo no filme de Bethânia: Bethânia sempre vem aqui, Caetano é que aparece pouco. Olha aí…
Labi Barrô, intrigada com essa história.
Lobão tem razão, quando não, é engraçado.
bjs.
quiero comentar algo de AMOR, SEXO & AMIZADE pero quiero tener un poco más de tiempo y ahora estoy en la pileta con el calor húmedo de BS AS.
T-T-co: Epa… nunca me compararon con el 10. JA!! Viste que ahora lo tenemos de DT de la selecciòn de FUCHIBOL (como dicen uds).
Lucesar: Me olvidé de los Fabulosos… que van a tocar en diciembre. Para los que no lo conocen: una de las voces más atractivas Vicentico-oh!!!! http://www.youtube.com/watch?v=fPNX9BL5v1w (estoy con una conexiòn chotísima así que no sé si el video está bien porque no lo ví)
Gilliatt: Sì!!! Ahora que tengo la letra, la voy a volver a escuchar. Gracias!!!!
LeAoZinHo: Conociste a Piazzolla? Contanos dale!
Es un placer enviarles los glosarios y mostrarles un poco de mi Buenos Aires Amado. Cuando pueda voy a hacer unos videos caseros para que conozcan esas callecitas de Buenos Aires (desde mi visiòn).. que tienen ese no sè què, viste? Mientras tanto les paso un video q hice de la marcha gay… el video no està muy bueno pero bue… se hace lo que se puede. Quería sacar fotos pero estaba oscuro y salieron horribles (no tengo la cámara verde). Despuès de lo que puse, no lo van a querer ver pero en el minuto 2:30 entra un garoto gostoso bailarín (a mi càmara le gustò!) http://www.youtube.com/watch?v=7sKhTN7qIN0
This was written by Denise Rich, the wife of the controversial American billionaire Marc Rich. After falling asleep on a plane going from the US to Switzerland, she dreamt the song, after which she woke up and started singing it before quickly writing it down.
CONSEGUI!!!
Oi Lucesar
fiquei curiosíssimo pra ver e ouvir Caetano cantando Judiaria do Lupcínio, mas o link está com algum problema. O youtube abre, mas a telinha fica inativa.
envie novamente se não vc vai fazer uma judiaria comigo.
abraço
salem
Aê Bruno
Saravá pro pequeno Vinícius!
abraço
salem
Puxa vida… “o ponto de equilíbrio”. O elogio me desequilibrou. Quase caí da cadeira. Não me sinto com esse papel, nem o pretendo, mas a percepção do Caetano me deixou feliz.
Quanto ao Lobão e suas razões, acho que vale a pena vocês assistirem a esse depoimento dele. Tem Ivete e Claudia Leitte no que ele discorre sobre o showbizz. Depois, digam o que vocês pensam:
http://www.youtube.com/watch?v=ZiThjenzYdo&NR=1
Oi, Roberto, Caetano e pessoal: adorei a entrevista. Um dos grandes assuntos do Schwarz é essa justaposição de arcaico e moderno, nem tanto de Caetano. O tropicalismo foi mais um apelo à necessidade da modernização, né? É pobre pensar assim, tão simplesmente: preto ou branco, esquerda ou direita, essa esquematização pobre implodida por Nietzsche.
Parece que Brasil Ano 2000 era citado, indiretamente, naquele artigo do Schwarz que parece citado aí em cima, Cultura e Crítica 64-69, não? Num artigo que li do Cacaso, ele conta que o texto do Schwarz, originalmente, dizia que o método Paulo Freire era tropicalista! E Cacaso apontou isso e Schwarz tirou! Como disse Caetano e é verdade tropical, o tropicalismo veio em sentido contrário a esse método.
A versão instrumental de Coração Materno que apareceu nesse filme foi linda, uma alegoria: passava quando falavam sobre uma cristaleira na casa de uma família, uma cidade em ruínas e alagada, a família lutando com garfos e facas enormes, toda uma paisagem de sonho, sonho de Sueli Batom, de Labi Barrô.
Enfim, Schwarz é contra a vanguarda tropicalista porque acha que a vanguarda é ele. Muita gente manifesta-se negativamente em relação a verdade tropical até hoje: o poeta Rick Aleixo disse nos anos 90 que Caê e Gil estão “mortos”, ou seja, não são mais experimentais. Agora Rick mesmo indica esse blog, símbolo da vida da nova obra de Caetas.
Glauber
Esse papo de música independente X música dependente é que eu acho datado. Eis o Lobão que eu gosto:
http://www.youtube.com/watch?v=iJrS40pbibc&NR=1
abçs
salem
abraço aí nesse pessoal todo que gosta de ver o sol nascer.
Eu acho que o Lobão se vendeu, sim. Não que vender-se seja “bom” ou “ruim”, sei lá, mas houve, de fato, uma venda. Não há como negar isso.
E essa venda é inequívoca quando comparada ao discurso feito por ele poucos anos antes, com aquele proselitismo de centro acadêmico universitário.
Disse que não aceitaria fazer coletânea - topou fazê-lo e, não obstante, fez da maneira mais manjada, um ACÚSTICO!
Disse que todos os discos deveriam ser numerados - topou lançar sem numeração. Disse que não lançaria por grande gravadora - topou lançar. Disse um monte de coisas e, na prática, as desdisse em troca de grana.
Estão todos com medo de Lobão ou o quê?
Ele que arque com o ônus da própria contradição! Se ele encontra argumentos bonitos pelos quais tenta escapar desse labirinto, ok, ótimo. Mas o problema é dele.
Pela lógica, é inescapável. Parece que há um certo pudor em falar de Lobão. Parece que falar o óbvio é “careta”. Parece que falar o óbvio é “óbvio demais” e, por isso, é “errado”.
Então todos dão uma opinião “diferente” para fugir daquilo que é nítido e claro, como na roupa nova do rei nu.
Acho que o Lobão está rindo de todos vocês. Não sei se o rock errou. E nem sei se o Lobão entrou numa grana boa, porque o acústico é muito ruim. O do Caetano, de 1986 - gravado pela Nonesuch e lançado aqui em 1990 - é muito mais bonito e doce e tem “O Pulsar” daquele jeito lindo e “Terra” com o arranjo bonitinho.
Lobão pôs os meninos do “Cachorro Grande” porque são contratados de seu próprio selo. É o Lobão-lobinho sentado, com aquele monte de cordas indecifráveis e um vocal que se traveste de rebelde mas, em verdade, é a desafinação real resultante da impossibilidade de cantar.
É um disco ruim, feito talvez por necessidade. Não é uma história bonita. Alguns aqui tem medo, outros o defendem por amizade.
Eu não tenho nada a ver com isso. Mas é engraçado ver Lobão na condição de vidraça e as pedras em potencial com medinho de triscar o vidro…
xi, a URL foi errada… era http://www.gravataimerengue.com.br (arruma aí, vai… :))
http://www.youtube.com/watch?v=vfdfwQF2A10
SISTER SLEDGE
Hey Frankie
Frankie
Frankie
Fernando Salem,
mais um indício que o mundo está perto do fim:
além de louro, de não comer a bond-girl, o último James Bond também não fala “Bond, James Bond”…rs.
Tudo que o Caetano canta fica lindo, de Cole Porter a Wando, de “minha perereca quer voar” a “eu não me arrependo de você”.
Só não entendo porque ele insiste em dizer que não é um grande cantor. Será porque é um compositor fora-de-série? Será que ser bom demais em uma coisa abafa o talento em outra?
Sei não, mas gostaria de ouvir Caetano cantando mais. Quem sabe assim o mundo não acaba?
Lilu
Por causa das referências em “Verdade Tropical”, fui há pouco buscar detalhes sobre Torquato Neto no google e descubro que hoje (09/11) é data de nascimento dele. Sabia Caetano? Vi no youtube parte de um programa feito em homenagem a ele por uma TV de Teresina que traz depoimento do pai de Torquato, dizendo que ele “voltou” e vive com ele no Piauí. A propósito, é verdade que Cajuína (AMO a música) é fruto de um encontro seu com um pai nordestino -talvez piauiense, não sei- que lhe deu uma flor de presente, em homenagem ao filho que era fã seu e morreu dias antes de um show que vc faria por lá?
Hoje, depois de ler os comentários sobre a polêmica do Lobão, visitei o blog do Antonio Cicero e lá encontrei essa frase de Voltaire:
“Não basta gritar, é preciso não ter razão.”
Foi uma coincidência curiosa.
O comentário do Cicero (que obviamente nada tem a ver com o Lobão) é imperdível, vejam porque:
http://antoniocicero.blogspot.com/search/label/Voltaire
Hoje, depois de ler os comentários sobre a polêmica do Lobão, visitei o blog do Antonio Cicero e lá encontrei essa frase de Voltaire:
“Não basta gritar, é preciso não ter razão.”
Foi uma coincidência curiosa.
O post do Cicero (que obviamente nada tem a ver com o Lobão) é imperdível, vejam porque:
Caetano, quando irá colocar as versões de incompatilibidade de gênios? e qual a importância de diferenciar o mulato do negro, além das definições óbvias? Se puderes me ensinar mais essa, te agradeço.
PS - 1: concordo com o jornalista do “A Tarde”, Obama é muito elegante. Para mim, extremamente elegante. Super simpático.Carismático. Ainda que eu não saiba exatamente a diferença entre democratas e republicanos - desculpem-me a ignorância -, torço por ele.
Ingrácia, o “pai nordestino” que deu a rosa ao Caetano é o pai do próprio Torquato Neto, poeta fundamental na explosão do movimento tropicalista. O ” se acaso a sina do menino infeliz não se nos ilumina…” da letra da canção se refere ao fato de Torquato ter tido uma vida turbulenta e cometido suicídio, acho que em 1972, no dia de seu aniversário. Pra mim, Cajuína é uma das melhores canções de Caetano, música e poesia.
Caetano, infelizmente não posso socorrê-lo com relação à canção da Celly (ela gravou mesmo, mas não identifico o(s) compositore(s). Como ela gravava muitas versões, aparentemente trata-se de mais uma).
Mas, nem tudo está perdido!!! Olha do que lembrei!:
Gravataí, vai para o trono ou não vai?!?!?!
Outro dia ouvi João Jorge do Olodum dizer que o próximo projeto do Olodum é eleger um prefeito em Salvador. Pode parecer estranho. Eu mesmo já vi o Olodum participar de várias campanhas políticas(segundo o próprio João Jorge, o Olodum tem uma afinidade natural com os opositores da ditadura, época em que o bloco surgiu). Ele se referia a eleger um prefeito negão. E continuou dizendo que da mesma maneira que Obama é fato novo nos EUA(a entrevista foi antes do dia 4/11) esta possível candidatura seria fato novo em Salvador. Acho que ele quis dizer e eu concordo que Salvador nunca teve um prefeito negão. Seja ele negro, ou negro-mestiço, ou mulato. João Henrique é mulato? Certamente é mestiço. Os antecessores: Mário Kertesz, Lídice e Imbassaí na Bahia são vistos como brancos. ACM e Manoel Castro também. Temos uma liderança constante no poder em Salvador que agora é vice prefeito e que sem dúvida é negro: Edvaldo Britto. Ele, como Celso Pitta não é visto como um representante dos negões. Por que? Será que é porque eles surgiram ao lado dos opressores da época da ditadura? Talvez por que se enquadrem no modelo do preto de alma branca tão comum entre nós. Quer dizer: não encaram as questões que têm relação com o fato de o Brasil tem tido uma escravidão tão pesada. Machado é igual? Penso que não. Mas essa discussão vai depois. Obama é igual? Penso que não. Na sua trajetória, ele sempre teve de se posicionar sobre esta questão. Inclusive apresentando seu ponto de vista de defesa da mestiçagem. Os nossos mulatos no poder não tiveram uma trajetória que passasse por uma discussão desta questão. Obama se apresenta contra as cotas, mas a favor das ações afirmativas por exemplo. Os nosso mulatos no poder o que propuseram ou propõem? Para mim no nosso caldeirão teremos negões no poder quando questões desta natureza estiverem em evidência. Pensando no slogan que diz que imagem é tudo, a aparência física importa. Por aqui, porém, falta discurso, ação afirmativa. Talvez por isto o Ile Aiye alguns anos atrás tenha colocado o presidente Lula na sua fantasia de carnaval como uma liderança negra. Para vocês Lula é negão? Perguntado sobre isto Vovó sabiamente respondeu: Pergunte a ele, o Ilê já tinha se posicionado
Olha quem anda blogando por aí também e eu não sabia:
http://tomze.blog.uol.com.br/
Tom Zé! Deixei um comentário lá, perguntando se ele conhecia o blog de Caetano. Será que ele aparece por aqui?
Salem:
Os meus comentários também têm saído com números anteriores aos últimos publicados, mesmo antes de ser aceito pela moderação. Hermano tem alguma explicação pra isso? (Se não tiver, vou admitir que é obra da mais inexplicável natureza e começar a usar esses números pra algum jogo. E se eu ganhar pago um coco no Leblon pra todo mundo aqui.)
Nando, adorei a lista de canções em inglês feitas por mulher com nome de homem e tema romântico. Pensei que na música americana haveria. Mas só me vio à mente uma dúvida se Joni Mitchel não escrito uma.
Glauber, adorei sua apresentação de credenciais para mostrar o embasamento de suas escolhas críticas. Você foi muito firme e, decididamente, muito mais erudito no assunto do que eu. Sinceramente, dá prazer discutir com alguém assim.
Alguém falou em “Fankie”: lembrei logo de uma balada que foi super hit aqui no início dos 60: “Frankie querido, nunca me deixe, meu amor”. Era uma versão de música americana? Era cantada por Cely Campelo? Nando, você que sabe à beça, socorra-nos.
Que linda essa música “Frankie”, André! Gostei muito, não acho que o amor adolescente - exposto na composição - seja menos ‘culto’. Talvez, ao contrário, seja o mais bonito e sincero. E é uma música bonitinha demais!
E o Caetano poderia ter um blog mesmo depois de terminada a Obra em Progresso, não? Poxavida, Caetano! Olha que beleza é isso aqui
Como assim 5:25 pm ????
Tem alguma coisa errada no relógio ou Caetano está “literalmente” e/ou “fisicamente” à frente de nosso tempo?
http://www.youtube.com/watch?v=Tz5ZRPd2dX8
abraço a todos.
Caetano, se não me falha a memória, a canção a que voce se referiu, gravada pela Celly Campelo, é do Neil Sedaka. Vamos ver se o Nando confirma.
Como é bom assistir a vida passar. Aprender com ela. Ver como tudo isso é belo. Hoje o Torquato faria 64 anos? Tenho um filho de 28 que se chama Tiago porque o pai dele era fã de Torquato. Por onde andará o Tiago que inspirou o nome do meu? O que perdeu o pai com 3 anos. Mas que pode ver o pai vivo em tantas lindas canções que ele deixou. Falar nisso, alguém me manda a letra da Juliana que não tô conseguindo achar?
Isso mesmo! Frankie, de Neil Sedaka e Howard Greenfield.
Não achei a gravação da Celly Campelo, mas a original da Connie Francis:
http://vids.myspace.com/index.cfm?fuseaction=vids.individual&videoid=29095953
Nando e Caetano;
quem responde pra vcs é Tony Campello, irmão da saudosa e querida Celly ( ambos aqui de Taubaté):
“Sim, Frankie foi gravada por Celly Campello no lp ‘Broto Certinho’ e era, de fato, a versão de uma canção americana”.
Joyce tem ao menos duas composições com nomes masculinos: “Moreno” (o marido dela é o fabuloso baterista Tutty Moreno) e “Antonio”. E ainda tem uma “Abrace Paul McCartney por mim”!!!
Senhor moderador, acho uma injustiça. Publiquei um comentário absolutamente pertinente, de acordo com o post, e foi simplesmente ignorado. O comentário era este:
O que há de errado nele? Fico sem saber o que pensar.
blog do toinzé, o homem dos 5 cerebros?? que joia! obrigado, C.
Esta frase, copiada no site de Caetano Veloso, subliminarmente embute uma manifestação do racismo reverso.
Acho que foi esta a lição que o povo estadunidense deu ao mundo.
Sei que ele é expontâneo, mas a expontaneidade dele obedece a uma ordem “muito louca”.
Grato pela atenção!
Raul Bertolucci
Olha aí! Feita e gravada pela Dulce Quental, no disco Délica de 86.
BOSSA DO BAYARD (Dulce Quental)
Nando, a Adriana Calcanhoto não vai, ela já ESTÁ no trono, qualquer que seja o trono, ainda que um só para ela. Quando leio aqui que “A Vida é Doce” é uma das “mais belas coisas dos últimos tempos” e em seguida ouço, por exemplo, um disco recente da Adriana Calcanhoto, fico pensando se estamos todos vivendo os mesmos “últimos tempos”.
Creio que não. Há um descompasso aí.
Essa da Dulce Quental é ótima, mas caberia u m chiste com Bayard, que é nome de loja de artigos esportivos
As conversas daqui são tão boas e bonitas. Vai ser triste o fim do blog. Já é triste pensar no fim do blog. O Hermano deveria criar alguma coisa para pôr no lugar, para quando o Caetano não quiser/puder mais escrever…
Uma Caetanoweb2.0. Que tal, Hermano? CaetanOvermundo?
Lobão não estava nem aí pra Me Chama ser gravada pelo João, que por sua vez nem tinha pensado nisso. A produção do disco da novela queria Me Liga dos Paralamas, mas o destino quis Me Chama e aconteceu tudo que aconteceu…era aniversário do Lobão e tudo seria também um presente pra ele…é o destino, é o destino…a bela música foi para o quadro na galeria imortal, a grosseria de Lobão também, João nunca mais cantou a música…Caetano Veloso na Academia Brasileira de Letras!
Alô Pessoal!:
En forma de agradecimiento por todos los links postados aquí (bueníssimos todos), quisiera presentarles algo made in Uruguay, ella es prima de Jorge Drexler; espero que les guste.
http://www.myspace.com/anaprada
Caê, recuerdas que te prometí contarte sobre la venida a Mdeo.de nosso amado Gilberto Gil!?.
te mando beijos no teu coraçao. VERO;(claro!!por supuesto,… de VERÓNICA); e te “quero” sempre más… Até pronto.
muito bom blog beijos byington.
Bingo!
Marisa Monte compôs GENTILEZA, cujo título (embora não pareça) é o nome do profeta:
abçs
salem
Sem duvida uma grande perda para o mundo é o que representa a morte de Miriam Makeba, conhecida em todo o mundo como “Mama África” e famosa no Brasil pela música “Pata Pata”, faleceu na madrugada de domingo (9) para segunda-feira vítima de uma parada cardíaca depois de ter participado em um show a favor do escritor Roberto Saviano, ameaçado de morte pela máfia, na região de Nápoles. Para rever…
Chove Chuva…
http://www.youtube.com/watch?v=GemqUlXe1Jw
http://www.youtube.com/watch?v=kCc61z9IFu4
Paul Simon & Miriam Makeba - Under African Skies
http://www.youtube.com/watch?v=yLVhjdzEszU
Paul Simon - Under African Skies - Para quem quiser acompanhar a musica:
Beijos pra todos!
caetano, hermano, salem, nando, gil, merengue e todos os outros amigos aqui,
ontem à noite descobri mais uma obra prima esquecida dos 60s. não dá pra acreditar no quanto eh bom. o nome da banda eh “stained glass” [1966-69]. banda de san jose, california. na capa do vinyl, o trio está enforcado, como “strange fruits”. putz!
e nunca acaba, toda semana descubro na net sons ingleses, americanos, brasileiros que não tiveram muita notoriedade, coisas incríveis. minha preferência eh pelo período 66-69, os psychedelic years, swingin’ london, verão do amor e tal.
às vezes fico aqui imaginando quê que tinha na água que essa geração bebia, haha…
acho que havia muito a ser criado, experimentado + uma excelente formação + contato com LSD + situação político-social, sei lá. caetano, fale um pouco sobre isso, se puder. claro que de lá pra cá muita coisa boa aconteceu, mas os late-60s ainda me parecem imbatíveis, ao menos na música pop.
Joie de vivre!
Mas essa história que já estão comentando sobre o fim do blog é verdade mesmo? Quando a barrinha lá em cima chegar a 100% acaba?
Miriam Makeba! Que mulher bonita, forte, negra, linda! Grande perda…
Me acordé una canción con nombre de hombre, escrita por las Blacanblus (un grupo de mujeres bluseras de aquí) pero no sé si es de amor (aunque la letra diga la palabra “amor”)… me parece que es de sexo, vale igual? Igualmente…me imagino con mi cabecita voladora que entre la morena y el mulato vino el sexo, depués llegó la amistad y por último el amor.
Maxi
Maxi - chop chop chorobu Maxi
Maxi - chop chop chorobu Maxi
Maxi - chop chop chorobu Maxi
Estou me sentindo um replicante com essa barra de porcentagem.
A percussão na música dos Stones foi mesmo fruto da vinda de Jagger ao Brasil!
Glauber, em retribuição à sua bela dica, alguns nomes menos comuns para seu deleite: The Left Banke, Seatrain (estes produzidos pelo grande George Martin!) e Young Marble Giants (”Colossal Youth” é proto-PJ Harvey fase “Dry”, uns 20 anos antes!).
Caetano,
no post anterior, você escreveu sobre muitos artistas interessantes. Você conhece o Júpiter Maçã? É um portoalegrense que, agora está meio detonado por abso de álcool e drogas, tem tiodo dificuldade de faze bons shows, mas seu disco “Uma tarde na fruteira” ((muito influenciado pelo tropicalismo) é um oásis no desrto que tem sido a criação do pop brasileiro dos últimos anos. Consulte seus jovens músicos. Beijo do Ricardo, de Porto Alegre.
Glauber,
Se você gosta do período late 60s dá uma olhada nesse vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=yR72OWWVJ4U
Já o conhece? É muito provável. Mas, pelo menos nesse caso: “vale a pena ver de novo” (rsrs).
Teria a percussão da Bahia dado palpite, lá atrás, no que há de melhor do rock and roll? Alguém aqui sabe algo sobre isso?
Abraços em todos.
O Lobão é aquele primo-problema que arruma confusão nas festas de final de ano, de quem todos gostamos, e no fim das contas sabemos que faz tudo aquilo para chocar (sem deixar de amar a todos). No finzinho da festa, cobre-nos de abraços e beijos, quase aos prantos.
É uma rebeldia bonitinha, não tenho dúvida. Mas às vezes acho que há um certo receio de se lhe dizer certas coisas - como se ele próprio não fosse um dos mais agressivos polemistas do país.
Dizem que Caetano é chato - eu não acho -, mas nunca se pôs em dúvida sua obra e qualidade musical. Essa é a verdadeira riqueza do artista.
O resto é a analogia da festinha de família, mesmo. E o Caetano acho que é aquele primo sempre mais bonito e talentoso do qual o primo “rebelde de mentirinha” morre de inveja (sem deixar de amá-lo).
Por que sempre falamos “afro-isso”, “afro-aquilo”, mas nunca identificamos qual o país da África do qual veio determinado negro? O politicamente correto exige que se diga “afro-brasileiro”, mas não parece uma concessão ao escravagismo?
Porque a África é imensa e o negro do Brasil não é apenas “afro-brasileiro”, mas talvez “congo-brasileiro”, “angolano-brasileiro” ou algo do gênero. Ou quando um branco nasce na África ele é denominado “euro-congolês” ou “américo-angolano”?
Às vezes parece que essas denominações dão a volta completa em busca da ‘terminologia menos agressiva’ e acabam por adotar uma expressão muitas vezes pior que qualquer outra espontaneamente adotada pelas pessoas.
A vitória de Obama quase que imediatamente aliviou a vergonha que nossa elite branca sentia de Lula. Graças a Deus o EUA agora tem um presidente mais negro que o nosso…Agora os apresentadores dos canais a cabo já não apresentam o leve ar de desprezo, expresso com uma sutil contração da comissura labial, com que finalizam as notas sobre Lula. Os da TV aberta não têm sutilidade…
olivia byington passou por aqui?? que joia, sou fan. beijo pra ela. e pro francis, que eh gênio total!
abraço a todos.
E como o assunto é US uma coisa parecida rola nas boates de Vegas com aquelas meninas da califórnia curtindo uma de “doidas por uma noite”. De fato lá me parece mais que o personagem entrou de propósito.
O que vcs acham? é musica sem fronteira ou é a classe média imitando a felicidade de morro?
Estou pensando em fundar um grupo de afirmação branca da Boca do Rio em Salvador.GABBR
Nos bairros pobres de Salvador a discriminação aos brancos não é de hoje, a eleição de Obama já preocupa os moradores com teor <40% negro.
Bem verdade que Obama “graças a Deus” me parece sensato nesse ponto. (Menos hoje que antes da eleição).
A palavra “reparação” que anda muito citada por aqui no cu do mundo assusta…
Lobão sempre se disse o traidor…Lobão tem razão.
ói, não confundi as duas olivias não, hein! sou fan das duas! byington começou cantando rock, e muito bem. byington rocks!
Oi Teteco, obrigada pelo esclarecimento. Já derramei lágrimas mil ao ouvir e ao repassar a versão que conhecia da origem de Cajuína..
Caetano, Obama é mulato mesmo, e se ele morasse na Bahia nos anos sessenta e quisesse frenquentar o Bahiano de Tenis teria que esconder o cabelo duro com aquele corte senâo ele não entrava no granfino Club de Salvador. Um beijo
Raul Bertolucci
seu coment deu uma refresco e uma impulsão em meu pensamento, pois a eleição de Obama estava me fazendo pensar em coisas semelhantes a muitas que vc escreveu.
sou de pele branca, fina, quase leite, quase transparente, com veias aparentes…
mas uma vez, qd ensaiava uma parte de um negro espiritual, a capella, fui surpreendida por um fato que nunca esqueci, e que sempre guardei no coração com carinho, e um tanto de agradecimento. eu ensaiava em uma parte da sala onde alguma pessoa ouviu minha voz, mas não me viu. e quando essa pessoa me enxergou comentou algo assim, com um tanto de espanto: eu achava que vc era negra! por causa do timbre da sua voz!
hoje em dia, estudo em outra área com um argentino radicado em new york que tem um firme grupo de trabalho em porto alegre, no sul. tenho amigos e pessoas com quem trabalho, com vinculos profundos, no rio. estou começando a estudar também com outro professor que conheci em erechim, minha cidade natal (cidade de terra e nome indígena caracterizada pela imigração de povos europeus-conhecida por Capital da amizade ou terra dos povos). ele é sergipano, mas vive na Dinamarca há 38 anos. e esse fim de semana, participei de espetaculos anuais de um grupo de folclore polones chamado jupem, em seu aniversario de 40anos, que mantem laços profundos com a polonia, e com o qual já dancei, há uns 20 anos atras, por grande parte do brasil. encontrei meus amigos com quem suava pra realizar espetaculos com muitos sorrisos contruidos com a ajuda e empenho de todos que participavam (sem restrição de raças). havia e há tarefa e lugar pra todos. desde os mais antigos de 40 anos atrás, até as crianças de 6,7 e 8 anos (inclusive minhas filhas). e fomos assistidos ontem pelo encantador, carinhoso e criativo Hermeto Pascoal, que vem da outra ponta do brasil, e que pelo visto deve ter gostado muito (o que também me gerou um estado de gratidão por estar no palco, nesse momento, 20 anos depois, com meus amigos de juventude e minhas filhas).
e não tenho nenhuma atividade fora do comum que me leve a viver assim, tenho até muitas mais situações e conexões pra exemplificar isso. e usando internet apensa como ponto de apoio! o maxio que me aventuro nela é aqui no blog, e no meu material na rede.
pois acredito que essa é a nossa realidade como raça. é presente e futuro. creio que não há como voltar atrás.
e apenas 1 vez me disseram que era dificil estabelecer uma comunicação comigo, ou algo tipo, existiam problemas por causa de “diferenças culturais”…ao que eu respondi e tentei deixar bem claro que não acredito em diferenças culturais e raciais. aliás, sou branquela que sabe sambar e com certeza ficaria feliz de me “perder em tambores do olodum, nos maracatus, tambores mineiros, ou nas cores africanas”. ou muitas outras coisas que não faço idéia que existam.
acredito em diferenças de funcionamento de energias e estruturas corporais, densas e sutis, as vezes mais nos pés, as vezes mais na cabeça… diferenças de caráter, não entre raças, mas entre pessoas. e em todos esses exemplos que citei, sempre havia uma conexão, um fio perfeito alinhavando todos esses encontros. tanto que eles seguem firmes na teia de minha vida.
Obama me lembra isso tudo. e muito do que Raul escreveu aí acima. e me dá esperanças de muitas descontruções que ainda poderão existir nesse simbolismo de sua imagem. e fazemos parte disso. do fato, da imagem e dos reflexos.
bj.
Beijos e abraços!
“Me disseram que as minhas canções de amor não se parecem com canções de amor. O amor é uma coisa nebulosa, um saco de gatos. Eu não gosto de suas temáticas.”
Caetano, isso ainda vale? Porque você pode não ter muitas, mas tem uma das mais belas canções de amor que eu conheço - ou estou confundindo com sexo? Corrija-me se eu estiver errada, então:
Essas palavras não tem explicação, de tão lindas. Já disse e repito: é também mais que uma idéia louca ter você ao meu alcance aqui, mesmo virtual. Ainda que não concorde que nossas discussões terminem - quando terminam - sempre de forma delicada, pois às vezes você me ignora, ou responde com frases secas. Mas quando você se mostra inesperadamente carinhoso, aí não tem jeito - me derrete e me reconquista com seu refinamento. Por isso eu continuo também.
Dresden Dolls, um duo interessante, faz uma música na linha cabaret punk – Kurt Weil e o já citado Bertold Brecht são referência. São cidadãos dos EUA, Boston, e acho que ela compõe as canções – a que interessa ao thread das canções de mulheres para homens, ao menos, é só dela. É ótima, e sexy, e… muito perversa. Ela é a Amanda Palmer.
Missed me (Amanda Palmer/The Dresden Dolls)
http://www.youtube.com/watch?v=BpeWHPtviFQ
uma curiosidade: venho do rock, mas tenho “jobindo” tatuado no meu antebraço direito, com aquela fonte bacana de caligrafia. tipo, jobindo a vida e tal…entao, o meu equivoco em esquecê-lo naquele comentario eh imperdoavel. saudade de tom.
abraço a todos, pessoas bacanas.
UM PAPO JÁ QUASE QUALQUER COISA QUE DENTRO DE MIM MEXE E…
Oi, Iaurene, tenho o maior interesse nesse lance da visada de Schwarz acerca da Tropicália. Acho que lá na outra página, assim que eu falar em breve - mas com atraso tamanho - um tiquinho mais sobre vanguardas, roçarei também nesse assunto, ainda mais por conta do oxímoro pronunciado ali pelo querido e impagável Marcos Lacerda, “vanguarda sudesenvolvida” - ainda não sei com referência a quê (seria mesmo em relação ao tropicalismo?).
Iaurene e Rosana Tibúrcio, vocês não poderiam me passar um e-mail (localize-o em meu perfil no meu blogue) contando algo mais que saibam sobre o “nome em si” dessa usina cindida de poesia & crítica, que é o Altino Caixeta? Necessito!
xxx
Um papo também com as triguesas que já me aconteceram, ou melhor, essas três naus que se abalaram desde a Hélade caetânica e já aportaram em meus mares orkutianos:
Exequiela, de repente, como um fenômeno daquele de A Rosa Púrpura do Cairo, eis que a sua Paquita invade-me o escritório e se enrosca em minhas pernas, afagando-me com uma argúcia felina tal, que salva-me por uns instantes lindos de meu afogamento cotidiano.
Miram Lucia, você que parece se deixou fisgar um taquinho pelo Michel de Montaigne lá no orkuto-circuito - e sumiu da minha página -, se não quiser partir logo para os ‘Ensaios’, em que ele se pinta e se repinta como um homem de um mundo ainda sempre novo ao menos para mim, pode pegar atalho lendo “A evanescência canônica da verdade”, que é o capítulo sobre esse genial existencialista francês, mais veraz do que Sartre o foi capaz, contido em O Canône Ocidental, do Harold Bloom.
Helô, minha Andorinhadiorim, o andarilho Zizek aceitou convite de Riobaldo para vir ter com ele no fundos de todos os matos brasileiros - onde o aguarda com um saco de risos pendido do braço -, quando, afinal, discorrerão sobre a latitude mulata de Obama no comando da sociedade e do poderio imperial americano, e ainda sobre esse capítulo do amor que você indagou ao mulato Caetano.
Eu também não gosto do amor, mas que amor me “pegou”, ah, como pegou!
____
Para quem curtiu ou está ainda curtindo a saborosa entrevista de Caetano postada por mim mais acima, dada há duas décadas e meia, reitero que ainda trarei aqui pra todos nós uma do Gabeira, que fizemos três anos após. O intuito é um só, é o de que a gente possa sondar agora como esses dois titãs de nossa cultura e política já reverberaram-se sobre pontos instigantes em outras eras. Aguardem-me.
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Vejo que na postagem à frente desta, Caetanino afirma sim que logo que o disco seja lançado esta infonavelouca chegará ao fim. Não entendo como - logo ele! - não vê que nenhuma obra chega completamente ao fim. Não percebe que o disco novo é também uma dobra desta obraemprogroresso.com.br? Ainda bem que toda obra grandiosa se desdobra - ganhando existência nova em todos nós, em vocês e em mim.
Em todo caso, vamos comemorar o fim! Heermano e Allinmedia me esperem só mais um poquinho, enquanto salvo este blogue inteirinho! Convoco todos a um festim apocalypso, no espírito da variação que escrevi sobre obra de Rosalvo Gurgel:
http://estreladecentauro.blogspot.com/2007/09/reveillon.html
N.B.: “a festa mambembe para rastejar pela vida afora” do poeminha pode ser entendido também assim: Um convite para ingressarmos na IMPERTINÁCIA - uma revista web viva, ou seja, a nave que estou projetando para lançar no espaço sideral internético, construída com 75% de tecnologia nacional, e que será ejetada de - já reconhecida internacionalmente - plataforma nordestina, localizada no Rio Grande do Norte, com apoio poético-institucional fundamental de nossa Força Aérea:
http://www.clbi.cta.br/
A cajuína amorosamente liga-nos à lonjura de um Brasil aleitado pelo negro musicista e homérico que embala Caetano.
Arde também um lusa recordação, onde moram claves heróicas que fazem do Brasil sempre uma esperança.
A canção “de felicidade” - Lindeza - mencionada por Heloísa, sempre a vi como uma declaração para uma criança, não sei se pelo disco ter saído quando um dos filhos do Caetano, acho que o Zeca, ter nascido; provavelmente fiz a associação com aquela canção “Boas Vindas” daí, Lindeza ter ficado em minha psiquê como uma declaração de amor a um filho…
Eu já entrei na campanha pra 2010, fiz uma camiseta e usei pela primeira vez no show do R.E.M.
http://www.flickr.com/photos/marcelonoah/3010206549/
A hora de começar é agora, GABEIRA PRESIDENTE!!!
Olha so que maravilha gente…estou com o ingresso comprado( são apenas 195) para uma apresentação de Maria Bethânia na Pupileira da Santa Casa da Misericórdia,dia 10/12 onde ela recitará poemas do Padre Antonio Vieira, cantará músicas sacras e outras coisitas mais…uma loucura né? E de quebra ja assegurei tbem o de Mercedes Sosa,28/11 no TCA e dia seguinte nosso querido colega de comentários,ministro, compositor, cantor e amigo de Caetano rssss, Gil,…overdose de delícias…Aviso: Não vendo , não empresto e não dou…bjbjbjs…farei comentários rsrss