Lula Pena Bamor Labi (12/02/2009)
LULA PENA BAMOR LABI |
12/02/2009 9:25 am |
Labi ilumina tudo com sua graça. Mas não gostei de Baraka não. E será que eu escrevi que música na praia devia ser proibido? Meu Deus! Perdão, Labi. Seu amigo diplomata assintomático tem sintomas de diplomata. Houve quem escrevesse aí que Assis Valente não era diplomata, mas eu li numa biografia dele, escrita por um casal de espíritas, que tudo podia ser explicado pelo fato de, em outra encarnação, alguém ter sido do sexo oposto. Assis Valente se suicidou. O texto dele num livro em tributo a Carmen Miranda, editado pouco depois da morte dela, é de rachar o coração. Muitos outros escrevem longos elogios: ele apenas diz que quando ela foi para os Estados Unidos a vida dele acabou. Ontem Ronney Argollo e Eduardo Melo, ambos de 22 anos, foram expulsos do Shopping Iguatemi por terem se beijado na boca. Eles estavam com a amiga Ísis Santos, também de 22 anos, conversando, na Alameda das Griffes, no terceiro piso. Fizeram denúncia na 16a delegacia, na Pituba, contra o segurança Itamar, que os expulsou, e contra o Shopping. A Tarde diz que Ronney chamou a atenção do guarda para a lei municipal que proíbe homofobia - número 5275/97, sancionada pelo então prefeito Antônio Imbassahy. Itamar declarou que famílias que passavam poderiam ficar constrangidas. A direção do Shopping apresenta a mesma justificativa. Graciliano Ramos conta que, preso pela ditadura Vargas num navio, se recusava a comer comida feita por um pederasta. Olavo de Carvalho escreveu que ele tinha todo o direito de sentir-se assim. Ninguém pode discordar disso. Mas daí Graciliano nenhum pode passar, digo eu. O que não digo, Labi, é que os ancestrais dos nossos ancestrais merecem mais respeito do que o povo de hoje. Só perguntei se eles não merecem respeito nenhum. De minha parte, acompanho com paixão as mudanças sintáticas, semânticas e melódicas das sucessivas gerações de gente iletrada com que tenho contato. E de gente letrada também. Melódicas? O aspecto que mais me fascina na fala dos jovens cariocas hoje - fala vinda das favelas - é a música meio cigana, meio cearense, ascendente, das frases ditas pelos traficantes, pelos meninos que fazem malabarismos nos sinais - e pelos meus filhos. A cantora que mais me interessou nas últimas semanas foi Lula Pena. Uma portuguesa de voz grave e violão eletrificado que canta como um poeta. O Pituaço, que é como a torcida do Bahia chama o estádio de Pituaçu, é bonito pra caramba. E ver a Bamor é experiência única. A Bahia é o único lugar onde se vê futebol com samba-reggae. E as palmas sincopadas que a galera bate? Só a elegância sutil de Bobô - que rima perfeitamente com a risada de Andy Warhol: gente do passado, lembra de “O rock errou”?, e das rimas de Rita em “Esse tal de Roque Enrou”?, também: conhecem rima toante, poesia espanhola, J.C. de Mello Neto? - a elegância de Bobô, eu dizia, por si só, já valeria uma ida ao novo estádio (que o governo de Jaques Wagner entrega à cidade com naturalidade suficiente). Mas o povo de Salvador naquele lugar, sob aquela luz e reagindo com aquele suingue, é luxo só. Tive enormes saudades de Tom. Ele teria adorado. O jogo, o Bahia contra o Poções (time da cidade de mesmo nome, próxima a Conquista, me dizem), foi bom. Começou morno e parecia que ia continuar assim. Mas eu acho que os jogadores do Bahia perceberam que os poçõenses não estavam a fim de levar uma goleada igual à que tinham levado do Vitória (acho que 6 a 0) e reuniram forças e animação para fazer um gol em cada tempo. Os interioranos marcavam homem a homem - e não desistiram de lutar mesmo depois de alvejados. Mas o Bahia conseguiu fazer jogadas bonitas. Mas estas (como é tão freqüente no futebol) não foram as que produziram os gols. Os gols foram surpresas excitantes e algo desconectadas da lógica do jogo. Pensei muito no livro Veneno Remédio, de Zé Miguel Wisnik. E saí feliz. Faz mais de semana que li a resposta de Tarso Genro a Merval Pereira, do Globo. Aprendi que os atletas cubanos não quiseram asilo brasileiro e, com planos de ir para a Europa, pediram para serem reenviados a Cuba. Assim, a simetria que busquei entre o caso deles e o de Battisti não funciona. E como na verdade me faz mais mal pensar que dois atletas tivessem sido entregues a possíveis perseguidores políticos do que que um condenado por crimes talvez políticos achasse asilo, em suma, que alguém fosse castigado do que alguém deixasse de sê-lo, retiro o que disse aqui há uns dois posts atrás. Heloísa, comecei tentando ser inventivamente confuso (o que sempre nos protege de exibir nossas reais confusões) mas voltei a querer raciocinar e caí no meu velho estilo enrolado. |
Meu Deus, jamais pensei que fosse viver para ler uma resenha do Caetano sobre futebol. E ainda resume um jogo tão poeticamente?! Só aqui mesmo, um oferecimento exclusivo do OeP. Esse é para imprimir.
Caetano, Poções é uma cidade muito lindinha, agradável e acolhedora, como tantas do sudoeste baiano!
Agora, os cubanos não desejarem ficar no Brasil porque tinham planos de ir para a Europa… passando por Cuba?!?! Para pegar objetos de uso pessoal, talvez? Fácil e cômodo transferir a burrice aos outros. A não ser que existam provas das declarações dos cubanos, penso exatamente como Caetano uns dois posts antes.
Sei não, costumo duvidar de coisas assim, como duvido das pesquisas (vocês conhecem alguém que já tenha sido consultado? Algum amigo do amigo do amigo, ao menos? Eu não. Nunca fui consultado nem nunca soube de ninguém que o tenha sido.
Caetano, seu lindo texto sobre o bahia me enche de alegria matinal (que não é coisa pouca).
Obrigado por ser bahia e baiano.
Cada vez que ouço o argumento imbecil de que a torcida do bahia é povo e que quem é classe média deve torcer pelo vitória sinto uma pontada no peito.
Bora baêa!!
Caetano menino!!!
O estádio de Pituaçu (Roberto Santos)está mesmo uma beleza pura!O tricolor baiano, seus torcedores e o estado da Bahia merecem tal presente! E você também parece que foi presenteado ontem!!!Uma camisa do bahia com seu nome gravado nas costas!!!!UAU!!!!!O negócio é vestir ela logo-logo, domingo contra o Feirense, outra promessa de espetáculo em Pituaçu, que convenhamos está um pitelzinho!
Um abraço caloroso meu Rei!!!!
HERMANO. ESSA QUE VALE
Fico aqui me perguntado. Como será que Caetano assiste a uma partida de futebol? Que leitura seus olhos fazem da gramaática (grama + tática)?
Meu filho maior, o Felipe, frequenta estádios comigo desde pequeno. Mas jamais olhava a bola. Às vezes me fazia perguntas que me irritavam. Não via o mesmo jogo que eu via. Qualquer sinal vindo da arquibancada, um pipoqueiro cantando, uma ave pousando na grama, um goleiro do outro lado de cócoras, tudo “desviava” a sua atenção da bola. Mesmo assim, ele adorava ir ao estádio. Não se importava tanto com o resultado, que pra mim era a essência.
Felipe cresceu e até hoje é assim. Ontem ele me disse que o bacana de uma Copa do Mundo no Brasil, seria se a gente recebesse um estrangeiro na nossa casa. Achei surpreendente.
Já com a Bebel, a minha filha mais nova, é diferente. Ela joga bola toda a semana e entende tudo de tática. Fanática, costuma descer a Serra comigo, pra assistir aos jogos do Santos na Vila Belmiro.
Bebel viu a estréia de Robinho contra o Botafogo do Rio (2 a 0) em 2002. Ela é pé-quente e torce como eu. De olho na pelota. Reclama da arbitragem e escuta os jogadores no vestiário pelo rádio do carro, quando voltamos a São Paulo.
Bebel entrou em campo no colo de Elano num Santos X São Caetano em 2004. Chorei.
O jeito de ver o jogo da Bebel e o outro jeito do Felipe se somam. É uma alegria quanto tenho os dois ao meu lado na arquibancada. Fernanda, minha mulher, não gosta de futebol. Gosta de me ver gostar. Por isso, às vezes vai ao estádio pra me assistir gritando e rir da minha insanidade.
Faz pouco tempo que aprendi a não me deprimir na manhã seguinte a uma derrota do Santos. Graças ao Felipe. Posso me lembrar das outras coisas bonitas e engraçadas que rolaram, além da bola.
Gosto da crônica esportiva atual. Os caras do Sport TV são superiores à média. Mas adorava as mesas redondas de antigamente. Aquele clima de circo, polêmica e quebra-pau.
Meu padrinho de casamento Marcelo Fromer participou do programa Mesa-Redonda na Gazeta. Ele ficou perplexo ao ver que os caras acompanhavam o IBOPE minuto a minuto, em realtime.
Uma vez o IBOPE estava baixo e o Chico Lang o cutucou e cochichou: “que ver essa porra subir?” Na sequência interrompeu o Roberto “exclamação” Avallone e disse: “meu querido Avallone, gosto muito de você, mas você só fala bobagem!” “Você não entende bulhufas de futebol!” Avallone, astuto, chamou os comerciais: “daqui a pouco a gente volta pra saber o que essa anta do Chico Lang vai dizer sobre a minha pessoa!”.
Comerciais entram. IBOPE subindo. No estúdio, Avallone e Chico se mijam de rir. Chico diz que nem sabe o que vai dizer. Na volta do break, um quebra-pau fake entre os dois farsantes.
Prefiro esse clima de circo aos comentaristas que insistem em fazer poesia com futebol. Nelson Rodrigues sim, sabia tudo.
Mas nos anos 80, Armando Nogueira inventou o off poético com textos rocambolescos que ele chamava de crônica, numa tentaiva bizonha de imitar Nelson. Pedro Bial seguiu essa linha em todas as copas. São crônicas apelativas que dão ao futebol um falso tom romântico. Não que não haja romance entre a bola e os pés. Mas Nelson Rodrigues via o drama, a comédia e o jogo real. Mas Armando (que me parece um cara legal) e Bial (que também é boa-praça) fazem textos que me constrangem.
Não gosto de quem mete muita poesia no futebol. Pra fazê-lo tem que ser craque. José Roberto Torero é craque de letra e bola.
Wisnik vai além. É um meia-armador de lançamentos profundos. Não poetiza. Trata de entender tudo com amor e visão de jogo teórica. Ele bate um bolão.
Gil e Caetano pouco falam de futebol. Adoro escutar Caetano cantando “do tempo que Lessa era goleiro do Bahia. Um goleiro, uma garantia”.
Caetano não mete poesia no futebol, talvez porque perceba que o jogo é pra ser jogado. Os Novos Baianaos jogavam e compunham futebol. Que alegria!
João Cabral não meteu poesia no futebol. Meteu o futebol na poesia. E Ademir da Guia era a sua musa.
Mesmo assim, adoraria saber como Caetano interpreta um jogo de bola. Afinal sou torcedor fanático de tudo que ele faz. E convenhamos, ele faz golaços com sua testa certeira.
E é nela que dou um beijo agora. Como os beijos dos jogadores que comemoram um gol. (Quando os tchecos fizeram isso na Copa de 70, o mundo se escandalizou).
na testa
salem
Caetano,
Alguém, em outro post, já falou da timidez em comentar aqui em meio a pessoas que além de serem também conhecidas, parecem ser próximas de você. No entanto, leonino como você,vou em frente.
Gosto dessa sua confusão, sempre presente em tudo o que você faz, porque liquidifica tudo, nos dá continuidade, não nos deixa quietos.É disso que eu gosto, não ficar quieto.
Ah!O preconceito!Contra qualquer coisa - judeus,árabes,homossexuais, música, cultura,drogas,ateus,negros, amarelos, prostitutas, síndrome de Down - ou seja, o que for diferente de quem domina.Desafiar o “statu quo” é para poucos.Eu sou muito pessimista nessa questão, pelo menos no nosso tempo.Os avanços são mínimos, embora já tenhamos avançado muito.É certo que na perspectiva histórica, de 60 para cá os passos foram enormes, mas ainda falta coisa pra caramba e como falta!Parto do princípio que só a democracia nos propicia os avanços.È um processo lento, de construção contínua.Bom, não foi à toa que existiram pessoas iluminadas que pagaram com as suas vidas ou privação delas como Oscar Wilde, Giordano Bruno,Galileu, para citar os mais recorrentes.
Li sobre você e Bobô no jogo Bahia x Poções e imediatamente me lembrei da sua rima que considero um dos melhores achados de todos os tempos que é Bobô com Andy Warhol.Adoro isso e gosto de futebol, da festa.A letra de “Esse tal de roquenrou” é do Paulo Coelho.Gosto muito!
Tudo que possa balançar pilares da sobrevivência da raça humana vai gerar violência.Tem-se discutido muito porque o mundo melhorou e ser humano não.Talvez porque jamais deixara de ser ávido e o potencial peculiar de gerar ilusões conflituantes e multifacetadas entre seus semelhante incomoda e assusta sua fome de ser eterno.O racional é apenas sobreviver.Mata-se sempre por medo!Mesmo a mulher em suas conquistas não esconde que o mais prazeroso de sua luta que foi ser mais competitiva.Acho uma gracinha quando dizem que não existe mais homem no mundo.Seria grosseiro e não verdadeiro responder que mulheres também podem não estar existindo mais.O homossexualismo é grande e tão complexa ilusão que a possibilidade sua existência tão cedo pousar levemente num mundo violentado por exemplo pelo monoteísmo atual é ínfima.Saramago foi tudo quando disse que a Bíblia é um livro muito violento.Mas é o mais popular…
Gostei de dizerem la em baixo num redonel de gosto pessoal que as putas belorizontinas são adoráveis.Entendo,eu e tia Hilda Furacão!Mas que música mineira é essa que tem que ter uma cara,uma órbita fixa tangível com o estático,com o uníssono.Desconheço!Samuel Rosa e Negra Li andam cantando a balada da hora isso eu sei!Labi Barrô não esqueci o sucesso que voce fez naquele debate virtual com o Lô.O cara só respondia suas perguntas,aliás excelentes mas muito levezinhas.Gosto dele mais melancolíssimo e sério como Clube 1 e no disco solo do ‘tênis”.Mas foi sobre isso que ele não me passou a bola.Talvez aqueles tênis não devam existir mais.
Espero que não façamos da palavra da hora: “Anacronismo” o que fizeram a pouco tempo atrás com a palavra da hora anterior:”Factóide”,usada num tom covarde indiscriminado preconceituoso extremo.
Abraços e vejo se apareço mais por aqui, virtualmente falando.
Segue abaixo o poema de João Cabral de Melo Neto para Ademir da Guia (o Divino).
beijo na testa do divino
salem
Nandeleza
Ufa! Finalmente li todos os links que você enviou a respeito da questão da erotização “precoce”.
Há coisas bem interessantes. Gostei da matéria sobre a pesquisa da Academia Americana de Pediatria. Aquela que atesta que cenas de apelo erótico influenciam o comportamento sexual dos adolescentes.
Nela, a questão da gravidez na adolescência está muito bem colocada. Mas me fez pensar: censurar resolve? Ou estamos diante de uma adequação cultural. Não acho que um adolescente deva ser privado de assistir a uma cena erótica. Estamos diante do Zéfiro virtual. Porém, concordo que a disponibilização de tantas imagens propõe novas formas de discutir os efeitos da desrepressão. Uso essa palavra, porque também vejo um lado positivo na apreciação juvenil de cenas eróticas.
Outra coisa que gostei de saber foi sobre a 4ª Cúpula Mundial sobre Mídia para Crianças e Adolescentes. Conheço a Beth Carmona, presidente da ONG Midiativa, trabalhamos na TV Cultura na época que fiz o Castelo Rá Tim Bum e o Fanzine. É uma pessoa atenta.
Conto aqui um pequeno causinho da minha infância:
Vi pela primeira vez uma foto com um close de penetração numa revistinha que ganhei de um amigo. Tinha 10 ou 11 anos. Amei aquela imagem! Foi um belo presente.
Ao chegar em casa não sabia onde guardar a revistinha. Olhei as prateleiras do meu quarto e vi a coleção Grandes Personagens da Nossa História (que colecionei em fascículos comprados na banca).
Resolvi guardar dentro de um dos livrões e escolhi a página dedicada a Zumbi (assim não me esqueceria onde mocosei o bagulho, afinal naquela História, Zumbi era o ÚNICO negro).
À noite, fui chamado pela minha mãe pra uma conversa na sala. Meu pai estava lá, emrubrecido, tímido. Minha mãe então disse:
-Fala pra ele, Vidal!
Meu pai gaguejava de constrangimento. Com dificuldade, ele disse:
-Sua mãe fez uma faxina no quarto e encontrou uma revistinha de sexo.
Me lembro de não ter ficado envergonhado. E disse:
-Tá bom. E daí?
Silêncio.
Depois de um tempo, minha mãe disse:
-E daí que eu e o seu pai “achamos” que isso não leva nada.
O papo terminou aí. No nada. Fui pro quarto com a certeza de que meu pai estava cumprindo ordens. É obvio que aquilo levava a alguma coisa.
Mas do quê eles estavam falando. De masturbação? De sexo sem amor?
Até hoje, não sei bem a resposta. Sei que aquela revistinha me foi útil, como talvez uma cena do Big Brother pode ser útil a um garotão excitado de hoje.
Quanto à dança, não li nada que me convença. Gretchen não fez mal à minha geração. Não posso supor que Claudia Leita faça mal à molecada de hoje.
A mini-saia da Wanderléa me excitou durante a Jovem Guarda. Sou grata a ela, assim como sou grato ao meu amigo que me deu aquela revistinha deliciosa.
Chico Buarque diz que a coisa mais importante da sua primeira ida a Paris com seus pais foi ver “peitinhos e peitões” em tudo quanto é lado.
Vai aqui uma letra do Chico que ilustra bem o nosso papo:
AS ATRIZES
beijo na bunda
salem
Luna Pena e Rodrigo Leão http://www.youtube.com/watch?v=W-IEmDWtbOA
Rodrigo Leão musicando o fabuloso documentário Portugal Retrato Social de António Barreto: http://www.youtube.com/watch?v=nSYl2ocJQi4&feature=related
Um exemplo de um episódio desse fabuloso documentário: http://www.youtube.com/watch?v=uIdke2gFink&feature=related
EL GOL
El gol es el orgasmo del fútbol. Como el orgasmo, el gol es cada vez menos frecuente en la vida moderna.
Hace medio siglo, era raro que un partido terminara sin goles: 0 a 0, dos bocas abiertas, dos bostezos. Ahora, los once jugadores se pasan todo el partido colgados del travesaño, dedicados a evitar los goles y sin tiempo para hacerlos.
El entusiasmo que se desata cada vez que la bala blanca sacude la red puede parecer misterio o locura, pero hay que tener en cuenta que el milagro se da poco. El gol, aunque sea un golecito, resulta siempre goooooooooooooooooooool en la garganta de los relatores de radio, un do de pecho capaz de dejar a Caruso mudo para siempre, y la multitud delira y el estadio se olvida de que es de cemento y se desprende de la tierra y se va al aire.
EL FANATICO
El fanático es el hincha en el manicomio. La manía de negar la evidencia ha terminado por echar a pique a la razón y a cuanta cosa se le parezca, y a la deriva navegan los restos del naufragio en estas aguas hirvientes, siempre alborotadas por la furia sin tregua.
El fanático llega al estadio envuelto en la bandera del club, la cara pintada con los colores de la adorada camiseta, erizado de objetos estridentes y contundentes, y ya por el camino viene armando mucho ruido y mucho lío. Nunca viene solo. Metido en la barra brava, peligroso ciempiés, el humillado se hace humillante y da miedo el miedoso. La omnipotencia del domingo conjura la vida obediente del resto de la semana, la cama sin deseo, el empleo sin vocación o el ningún empleo: liberado por un día, el fanático tiene mucho que vengar.
En estado de epilepsia mira el partido, pero no lo ve. Lo suyo es la tribuna. Ahí está su campo de batalla. La sola existencia del hincha del otro club constituye una provocación inadmisible. El Bien no es violento, pero el Mal lo obliga. El enemigo, siempre culpable, merece que le retuerzan el pescuezo. El fanático no puede distraerse, porque el enemigo acecha por todas partes. También está dentro del espectador callado, que en cualquier momento puede llegar a opinar que el rival está jugando correctamente, y entonces tendrá su merecido.
EL HINCHA
Una vez por semana, el hincha huye de su casa y asiste al estadio.
Flamean las banderas, suenan las matracas, los cohetes, los tambores, llueven las serpientes y el papel picado; la ciudad desaparece, la rutina se olvida, sólo existe el templo. En este espacio sagrado, la única religión que no tiene ateos exibe a sus divinidades.
Aunque el hincha puede contemplar el milagro, más cómodamente, en la pantalla de la tele, prefiere emprender la peregrinación hacia este lugar donde puede ver en carne y hueso a sus ángeles, batiéndose a duelo contra los demonios de turno.
Aquí, el hincha agita el pañuelo, traga saliva, glup, traga veneno, se come la gorra, susurra plegarias y maldiciones y de pronto se rompe la garganta en una ovación y salta como pulga abrazando al desconocido que grita el gol a su lado. Mientras dura la misa pagana, el hincha es muchos. Con miles de devotos comparte la certeza de que somos los mejores, todos los árbitros están vendidos, todos los rivales son tramposos.
Rara vez el hincha dice: «hoy juega mi club». Más bien dice: «Hoy jugamos nosotros». Bien sabe este jugador número doce que es él quien sopla los vientos de fervor que empujan la pelota cuando ella se duerme, como bien saben los otros once jugadores que jugar sin hinchada es como bailar sin música.
Cuando el partido concluye, el hincha, que no se ha movido de la tribuna, celebra su victoria; qué goleada les hicimos, qué paliza les dimos, o llora su derrota; otra vez nos estafaron, juez ladrón. Y entonces el sol se va y el hincha se va. Caen las sombras sobre el estadio que se vacía. En las gradas de cemento arden, aquí y allá, algunas hogueras de fuego fugaz, mientras se van apagando las luces y las voces. El estadio se queda solo y también el hincha regresa a su soledad, yo que ha sido nosotros: el hincha se aleja, se dispersa, se pierde, y el domingo es melancólico como un miércoles de cenizas después de la muerte del carnaval.
Salém, adorei mais uma vez seu depoimento e me animei para dar o meu.
Certa feita meu compadre e músico Henrique Rebouças veio me visitar com um cara que eu não gostava muito e que gostava nada de mim.
Na época morava eu na ladeira do Pepino bem perto da Fonte Nova.
Resolvemos ir ao jogo do Bahia. Que descobrimos ia rolar pelos torcedores passando. (considerando que nenhum dos 3 era assíduo em estádio, foi algo inusitado)
Pois na hora do gol do Bahia (que ganhou a partida contra sei lá quem) foi um abraço geral entre nós.
No dia seguinte Henrique me ligou dizendo que inusitadamente nosso colega passou a desenvolver uma simpatia por mim. O brother disse que “Julio até que é um cara legal”
No estádio nem nos falamos, foi somente a magia tricolor que tranquiliza os corações como diz a canção.
Depois, num livro de Antônio Risério, aprendi que o Esporte Clube Bahia foi o primeiro campeão Brasileiro em cima do Santos (no maracanã?!) e que aceitou pretos jogando muito antes do Vitória.
Lí também no livro de Caetano que ele fez a seguinte declaração no último show antes do exílio:
“E viva ao Esporte Clube Bahia!”
O futebol pode até ser mais um ópio para o povo, mas diz muito sobre nós mesmos.
Bora Baêeea!!
Dia: 15/02
Horário: 20h30
No domingo, dia 15, o baiano nascido em Juazeiro (BA) será homenageado no “Mosaicos – A Arte de João Gilberto”. O documentário musical – dirigido por Nico Prado e com narração de Rolando Boldrin – mostra a trajetória artística do cantor, recuperando no acervo da TV Cultura imagens de shows e algumas de suas (raras) entrevistas, a exemplo de três programas intitulados “Especial João Gilberto”, gravados nos anos de 1978, 1983 e 1994, nos quais ele apresenta clássicos de seu repertório, como “Brasil Pandeiro” (Assis Valente), “Tim tim por tim tim” (Geraldo Jacques/Haroldo Barbosa) e “Desafinado” (Newton Mendonça/Tom Jobim). Outros destaques do material de arquivo são: um encontro de João Gilberto com Tom Jobim, em São Paulo, captado pelas câmeras do programa “Metrópolis” em 1992; um trecho da apresentação do violonista no Carnegie Hall de Nova York, em 1962, no concerto que lançou a Bossa Nova no exterior; uma conversa do músico com o programa “Vitrine” de 1994; e ainda imagens do curta-metragem “Brasil”, dirigido por Rogério Sganzerla em 1983, registrando o encontro de Caetano Veloso, Gilberto Gil e João Gilberto.
http://www.atarde.com.br/videos/index.jsf?id=1072093
Luiz Carias.
Nando,não é bem assim dar asilo aos cubanos e depois deixá-los ir para onde bem quiserem.O Brasil não pode fazer o papel de um “atravessador”.Essas coisas são muito sérias,complexas e exigentes de muita responsabilidade.Tarso genro é grande cara.
Oi, Caetano não torcia pro Bahia?
Olavão não tem base não, como dizemos aqui em Minas. Já ouvi dizer que existe um artigo dele acusando o Bill Clinton de ser um agente do PC chinês e que está no site dele. Eu vi outro inacreditável que dizia que Clinton e Bush são fruto de uma conspiração gramsciana mundial. Pode um trem desse. Aqui, Labi é demais dá conta mês, hein!
E liberdade para o Battisti! Berlusconi com essa de chamar de assassino o pai da moça que queria deixá-la morrer foi o fim.
( valeu Hermano…queria mesmo falar só com vc…não tinha pertinência, grato pelo cuidado.)
Eu gostava muito de futebol. mas agora só torço pelo o Politheama. o resto é venda de craques.
PS, ainda aprecio uma pelada.
PELADA
E por falar na associação Futebol-Música ;
Deu no Globo esporte.com 06/02/09 :
No final da reportagem,em resposta às desconfianças,que segundo ele, são muitas, Pelé relembra parcerias de sucesso como compositor.
- As pessoas esquecem que eu tenho músicas gravadas com o Sergio Mendes, Wilson Simonal, Wando, Elis Regina, com o Gilberto Gil, o Jair Rodrigues. Até a Maria Alcina gravou música minha - afirma.
Tenho dúvidas sôbre o que é mais esdrúxulo :
Querido Caetano,
Comentei duas outras vezes no OP, mas me senti um peixe fora d’agua em meio a todas as discussões que se desenrolam por aqui, então achei que não escreveria mais para, com certeza, continuar lendo: além do dono do blog ser apaixonante e escrever sobre assuntos interessantíssimos, há outras figuras tambem muito interessantes por aqui.
O OP, como já havia dito, parece um clube de amigos e todas as réplicas, tréplicas, e outras “éplicas” ficam circulando nesse grupo: um comenta a fala do outro (que, por sua vez, comentou a do primeiro) e esclarece pontos da sua própria fala, ou seja, uma boa conversa de bar que nunca termina. Pouco espaço para os novos visitantes… ☹
Bem, mas não deu para ficar quieta. Acabei de chegar de Marrakech onde escutei Caetano no meu pensamento pelas ruas ocre/rosadas como se fosse anos 70 - que cidade mágica, aliás. Cheguei do aeroporto ontem à meia noite, abri o computador, li o seu último post e fiquei tão encantada que soube imediatamente que escreveria sim, uma vez mais.
Não conheço, devo admitir, o trabalho de David Byrne, mas saber que ele está namorando Cindy Sherman e que a levou à Boipeba e à Salvador foi divino. Sou uma artista visual que adora Sherman. Nao li os tantos comentários ao post mas pude perceber que não se tocou no assunto, ou seja, os frequentadores de OP definitivamente não se interessam por arte contemporânea (Oops! Desculpas se eu estiver enganada…).
Cindy Sherman, como disse Caetano, fotografa a si própria não fazendo autos-retratos mas um trabalho com personagens femininas e algumas de suas imagens são tão provocadoras e passíveis de identificação… quase que o próprio inconsiênte que ela traz à tona. Foi a primeira a trabalhar com fotografias em tamanhos monumentais e é uma das figuras que ajudou a integrar a fotografia definitivamente à arte contemporânea. Cindy é uma estrela do mundo da arte contemporânea, uma entidade; é linda, sensível e me inspira o tempo inteiro. Que homem bacana que deve ser o David Byrne!
Então hoje eu acordei e fui ao blog escrever meu comentário e encontrei o novo post e fiquei emocionada. A maneira como você descreveu o “Pituaço” e a partida de futebol foi de uma doçura inacreditável.
Como alguem falou aí em cima, eu tambem estou muito feliz por esse blog existir. Há tantos assuntos que precisam ser tratados de uma forma nova sobre a Bahia e o Brasil e eu te amo por você fazer isso aqui. Você consegue ser incrivelmente amoroso, moderno e clarividente.
Beijo!
P.S. Ah, queria dizer que tambem acho música (alta, especialmente) na praia uma coisa lamentável…!
Incertezas cercam a origem de José de Assis Valente. Desde o local de seu nascimento, constando na certidão Campo da Pólvora, na Bahia, e que ele garantia ter sido entre Bom Jardim e Patioba, na mesma Bahia. Sabe-se que o dia do nascimento foi 19 de março de 1908, mas quanto ao pai, há controvérsias. Assis dizia ser filho de José de Assis Valente (fato que o tornaria Júnior), mas sua certidão de nascimento e uma meia-irmã informam ser o pai desconhecido. A mãe chamava-se Maria Esteves Valente.
Aos seis anos, foi raptado por um certo Laurindo que, achando “injusto um menino tão perspicaz viver em ambiente tão pobre”, pediu para que a família Canna Brasil, de Alagoinhas, o criasse. Tudo correu bem até que o casal mudou-se para o Rio de Janeiro, deixando o menino na Bahia. Encaminhado para um hospital, passou a viver ali como lavador de frascos da farmácia.
Em 1917, Assis se mudou para Bonfim, onde se tornou responsável pela farmácia do hospital. Invejosos, os farmacêuticos locais enviaram uma receita contendo poderoso veneno para ser por ele aviada. Leu a fórmula, recusou-se a prepará-la e seu prestígio cresceu. Mas a glória durou pouco: declamou um poema anticlerical em uma quermesse e foi destituído do cargo.
Passava um circo pela cidade, e o menino a ele se uniu, como comediante. Percorreu o Estado e, em Salvador, abandonou o circo, iniciando curso de prótese dentária e se empregando como desenhista em uma revista até que resolveu tentar a sorte no Sul. Desembarcou no Rio de Janeiro no final dos anos 20. Em seguida, já trabalhava como auxiliar de protético e, em pouco tempo, montava consultório próprio. Como desenhista das revistas Shimmy e Fon-Fon, aproximou-se do meio artístico. Conheceu Heitor dos Prazeres em 1932, que, ao ouvir suas primeiras músicas, incentivou-o a compor. Entre ser protético ou compositor, Assis ficou com as duas. Batucando na bancada do consultório, poesia e melodia nascendo juntas.
No mesmo 1932, Araci Cortes grava Tem francesa no morro, e ele conhece sua maior intérprete, Carmen Miranda, que grava Etc. e Good bye boy . Compõe Boas Festas, gravada por Carlos Galhardo, e Cai, cai, balão, (com Aurora Miranda e Francisco Alves), ambas sucessos até hoje. O Bando da Lua grava Brasil pandeiro. Para Assis, foi a década de glória, que terminaria com a ida de Carmen - acompanhada pelo Bando da Lua para os Estados Unidos, em 1939. Antes de partir, a cantora gravaria Camisa listrada. O compositor perdeu a intérprete e o conjunto vocal favoritos.
Obra completa
Abre a boca e fecha os olhos, samba, 1933; Acabei a paciência, samba, 1933; Acorda, São João, marcha, 1934; Adivinhação, marcha, 1937; Alegria (c/Durval Maia), samba, 1937; Alegria de palhaço, marcha, 1951; Amanhã eu dou, samba, 1942; Amor de bamba, samba, 1933; Ao romper da aurora (c/Leandro Medeiros), samba, 1936; Apresentação, samba, 1956; Arara (c/Leandro Medeiros), marcha, 1938; Armei a rede (c/Arsênio Ottoni), baião, 1951; Badaladas, marcha 1935; Bate palma pra mineira, samba, 1945; Batuca no chão (c/Ataulfo Alves), batucada, 1945; Beijinhos, marcha, 1933; Bis… (c/Lamartine Babo), marcha, 1944; Boa-noite, marcha, 1935; Boas festas, marcha, 1933; Bola preta, marcha, 1938; Boneca de pano, samba, 1950; Brasil pandeiro, samba, 1940; Cadê você, meu bem, samba, 1934; Cai, cai, balão, marcha, 1933; Cai, sereno, batuque, 1939; Camisa listada, samba-choro, 1937; Cansado de sambar, samba, 1937; Cirandinha, marcha, 1936; Com água na boca, marcha, 1957; Coração bateu demais, samba, 1942; Coração que não entende, samba-choro, 1939; Dança do beliscão (c/Júlio Zamorano), marcha, 1949; Deixa comigo, samba, 1939; Deixa está, jacaré (c/Pedro Silva), marcha, 1937; Deixa isso pra lá (c/Alvinho), samba, 1956; Deixa o passado, samba, 1938; Deixe de ser palhaço, marcha, 1935; O delegado mandou (c/Osvaldo Gouveia), samba, 1953; Desprezado sonhador c/Júlio Zamorano e Osvaldo Gouveia), samba, 1953; O dia morreu (c/Oliveira Freitas), samba, 1936; O dinheiro que ganho, samba, 1951; Dona Florinda, samba, 1944; E bateu-me a chapa, samba, 1935; É do barulho (c/Zequinha Reis), marcha, 1935; É duro de se crer?, samba, 1933; É feio, mas é bom, samba, 1940; E o mundo não se acabou, samba-choro, 1938; É ordem do rei (c/Castor Vargas), samba, 1951; E por causa de você, ioiô, samba, 1934; É sacrifício demais (c/Leandro Medeiros), samba, 1939; Ela disse que dá, samba, 1942; Elogio da raça, marcha, 1933; Esquece tudo (c/Milton Valente), samba, 1940; Este samba foi feito pra você (c/Humberto Porto), samba, 1935; Etc., samba, 1933; Eu vivia no morro, samba, 1936; Fala, meu pandeiro, samba, 1936; Felismina, marcha, 1933; Fez bobagem, samba, 1942; Foi pouco, samba, 1938; A folia já chegou, marcha, 1938; Good Bye, Boy, marcha, 1933; Gosto mais do outro lado, marcha, 1935; A infelicidade me persegue, samba, 1936; Isso não se atura, samba, 1935; Já é de madrugada (c/Carlos Perry), samba, 1935; Já que está deixa ficar, samba, 1940; Jacaré, te abraça, samba, 1944; Um jarro d’água, samba, 1939; Jeannette (c/Lamartine Babo), marcha, 1936; José do rancho, rancheira, 1952; Lamento, samba, 1958; Levante o dedo, marcha, 1934; Liii… Liii, marcha, 1944; Lulu, marcha, 1934; Madame, samba, 1945; Mais um balão, marcha, 1935; Mangueira (c/Zequinha Reis), samba, 1935; Marcolina, Marcouna, marcha, 1934; Maria boa, samba, 1936; A Maria é a maior (c/A. Godinho e Júlio Zamorano), batucada, 1954; Me segure…, samba, 1943; O meu não dá, samba-choro, 1951; Minha embaixada chegou, samba, 1935; Minha intenção (c/Nelson Petersen), samba, 1937; Motivos musicais, samba, 1946; Não é proceder (c/Harold White), samba, 1935; Não quero não, batuque, 1938; Não sei pedir seu coração, marcha, 1932; Não sei se é (c/Leandro Medeiros), samba, 1938; Nega!, marcha, 1933; Negócios de família, marcha, 1936; Ninho desfeito (c/Hortênsio de Aguiar), samba, 1951; Nobreza, samba, 1939; Noite azul, marchinha, 1941; Novela (c/Leandro Medeiros), samba, 1937; Ô…, marcha, 1936; Oba! oba!, samba, 1937; Oi, Maria, samba, 1933; Olha a direita, marcha, 1933; Olhando o céu todo estrelado, marcha, 1935; Onde canta o sabiá (c/José Carlos Burle) samba, 1948; Pão de açúcar (c/Artur Costa), samba, 1934; Pão-duro (c/Luís Gonzaga), marcha, 1946; Para onde irá o Brasil?, samba, 1933; Patrulha musical, samba, 1948; Pedacinho de amor, samba, 1935; Pensei que pudesse te amar, samba, 1935; Pequena endiabrada (c/Leandro Medeiros), marcha, 1940; Põe a chave embaixo, marcha, 1933; Por causa de você, samba, 1937; Pra lá de boa, marcha, 1933; Pra que amar, samba, 1934; Pra que você me tentou (c/Nelson Petersen), samba, 1939; Pra quem sabe dar valor, samba, 1933; Procurando a Josefina, fox, 1946; Quando eu queria você (c/Milton Amaral), marcha, 1934; Que é que a Maria tem, samba, 1937; Quem dorme no ponto é chauffeur, batucada, 1944; Quem duvidar que apareça, samba, 1942; Querer bem (c/Penélope), samba, 1951; Quero um samba (c/Júlio Zamorano), samba, 1948; Recadinho de Papai Noel, marcha, 1934; Recenseamento, samba, 1940; A rosa e vento, samba, 1970; Sai de baixo (c/Álvaro da Silva), marcha, 1956; O samba começou, samba, 1937; Sapateia no chão, samba, 1934; A saudade me viu, samba, 1935; Se a gente… quando gostasse, samba, 1933; Se você deixar, marcha, 1937; Sem você não há prazer, samba, 1936; A semana findou, samba, 1950; Sinos da Penha, samba, 1934; Só conheço uma, marcha, 1937; Sodade furadeira (c/Abreu Júnior), toada, 1955; Sou da comissão de frente, samba, 1934; Tão grande, tão bobo, marcha, 1934; Té já, marcha, 1935; Té logo, sinhá, samba, 1943; Tem francesa no morro, samba, 1932; Tenho raiva do luar, marcha, 1934; Tive que me mudar, samba, 1949, Triste verão, marcha, 1935; Tristeza (c/Zequinha Reis), samba, 1937; Uva de caminhão, samba, 1939; Vem comigo (c/Jocelino Reis), marcha, 1936; Vestidinho de iaiá, marcha, 1943; A vida é boa… (c/Herivelto Martins e Francisco Sena), marcha, 1934; Viva a Penha (c/Jovaldo Dantas), batucada, 1955; Você quer ser livre desse mundo (c/Roberto Azevedo), samba, 1936; Vou espalhando por aí, marcha, 1935.
Fonte:http://cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/assis-valente_04.html
sobre o beijo dos meninos, o argumento do segurança e dos donos do shopping é que é o sintoma: famílias que passavam podiam ficar constrangidas.
ainda que a mente apavore o que ainda não é MESMO velho, fico constrangido com famílias que ainda pensam assim.
quando adolescente acreditei que quando eu me tornasse um adulto esse tipo de questão já estaria resolvida, que as pessoas seriam apenas sexuais, sem os prefixos hetero, homo, bi, pan, flex.
minha monografia de final de curso foi sobre união entre pessoas do mesmo sexo. claro que custei para achar um professor para me orientar. ele mal olhou o trabalho. tirei sete. mas isso era em 1999.
achei de fato que em 2009 a coisa estaria em outro pé. mas não está.
espero que meus filhos possam no futuro ver dois homens se beijando e isso não ser nenhum a-c-o-n-t-e-c-i-m-e-n-t-o a não ser o simples fato de dois homens estarem se beijando.
e só.
ps: salem, tb não gosto do termo opção sexual. acho muito vestibulando. prefiro conduta sexual, acho que descreve melhor. beijo na festa!
Oi, pessoal, corrigindo: achei que o Caetano torcia para o Vitória…
O cozinheiro do Graciliano bem que poderia responder para ele: “sou bom cozinheiro, sinhô, se eu cozinho, todo mundo come!” Fica a sugestão de um conto, crônica ou post…
Oi, pessoal: Caetano não torcia para o Vitória?
O cozinheiro do Graciliano bem que poderia responder para ele: “sou bom cozinheiro, sinhô, se eu cozinho, todo mundo come!” Fica a sugestão de um conto, crônica ou post…
Salem,
Estou entendendo seu ponto de vista. Vou tentar elaborar melhor o que quero dizer, volto depois.
***
Uma das jogadas mais fantásticas que já vi na vida foi com o Dadá Maravilha, o peito-de-aço, o único que, além do beija-flor e do helicóptero, pa(i)rava no ar:
Fonte Nova lotada, jogo do Bahia (contra quem? Santa Cruz, naquele 5 x 0? Miseravelmente não lembro). Sei que Dario, atacante festejado pela sua torcida tricolor, pegou a bola no campo de ataque e saiu driblando todo mundo… em direção ao seu próprio gol!!! Nunca vi tamanho desespero numa torcida, os caras gritavam: “Dadá! Dadá! Que porra é essa, Dadá! É pra lá! É pra lá! Pro lado de lá, Dadá!”. Achei que os caras fossem ter um ataque cardíaco ali mesmo. Pois bem, Dario driblou todo mundo e recuou a bola ao goleiro do Bahia. Os caras davam uma gargalhada nervosa, incrédulos.
Já procurei em toda parte este lance, se alguém por acaso o localizar, por favor poste aqui pra gente!
Uma outra jogada inesquecível foi a roubada de bola de Ronaldo (então atacante do Cruzeiro) do goleiro (do Bahia) Rodolfo Rodriguez, aproveitou a cochilada e saiu pro abraço.
Hermano vi quase todos os vídeos que você colocou os links, a percussão da musica Alviverde de Jun Miyake muito interessante, Turn Back também tem um som que me lembrou muito o Brasil. Escutei todas as musicas que estavam ali no myspace. Senti vontade de fazer alguns comentários sobre a musica oriental, alguma coisa que li sobre a percepção dos sons instrumentais e os sons da natureza, ou ainda um certo compromisso em harmonizar tudo isso, mais nem sei muito sobre o assunto. Adorei tudo isso.
Gostei muito dos vídeos de Robert Wyatt, creio bem que Sea Song escutaria passeando descalça pela praia num dia calmo com pouco sol. Uma viagem!
Este link foi o único que não vi porque não deu certo
http://www.youtube.com/watch?v=jVyDd-jmqH
Mais fui navegando por ali e vi alguns outros trabalhos dele que gostei muito também.
Obrigada foram horas de grande calmaria, beijos
Muito bom poder ler seu post novo, Caetano, falando de futebol e de outros assuntos, poucas horas depois do jogo no novo estádio de Pituaçu. Adoro a combinação música e futebol - no Brasil não há como ignorá-la. Salem, entendo perfeitamente o gostar de ir ao estádio de seu filho, tão diferente do seu. O meu também era um pouco assim. Recordo que, desde as primeiras vezes na Fonte-Nova, me chamou atenção o pessoal da charanga, do sambão, pois havia muitos que, não importando o resultado do jogo, tocavam o tempo todo de costas para o campo! Aquilo era inexplicável e ao mesmo tempo mágico para mim. Será que ainda é assim? As arquibancadas da Fonte-Nova durante os jogos do Bahia me pareciam um dos poucas ocasiões (as outras eram/são as ruas de Salvador durante o carnaval) em que você tinha um verdadeiro caldeirão social na cidade, com gente das mais diversas idades e origens, pagando muito, pouco ou nada, se misturando, se igualando. Uma beleza! Manter esse espírito e ao mesmo tempo profissionalizar o futebol é um desafio tão grande quanto profissionalizar o carnaval de Salvador sem que este perca a espontaneidade. Mas é possível! Um abraço!
Glauber,
Where are you, vampire?
http://www.youtube.com/watch?v=UCrYkPgEkIM
E tem tudo a ver escutar pagode baiano nas praias da Bahia.
Não ter som também é bom. Somente o canto de Iemanjá girando seu vestido rendado.
Outra experiência gostosa é ir à praia com um mp3 player. Já caminhei pela beira do mar escutando a 4ª obra dos Los Hermanos. Uma trilha gostosa e marítima.
Uma vez tomei banho na praia de Ipanema com música eletrônica, o chão tremia - tudo tremia. Parecia uma viagem. Foi bom e ruim.
Bjs.
*Bom saber que o Rio continua lindo, fez sol de manhã (vi o amanhecer pela janela do avião, uma linha vermelha no horizonte; mansamente pintou as nuvens que serviam de estrada. Tudo entre o céu e o céu).
** Depois volto para falar dos meninos no shopping.
Salém, você é santista, então?
Santista como o autor de “Veneno Remédio”, citado por Caetano, e como eu mesmo. Aliás, foi justamente a geração de Robinho que atraiu o olhar intelectual desse talentoso artista para o futebol, dando a base afetiva necessária para a gestação da obra.
Comprei o livro no fim do ano passado durante uma palestra do Wisnik na UFSC e estou degustando aos poucos. O que posso adiantar dessa leitura é que tenho a impressão de ser imprescindível aos amantes do futebol e sedentos de entender o Brasil.
Pra terminar, a letra de uma canção infantil que compus recentemente em torno do tema. Abraço a todos de comunidade caetanística:
O dedão do craque (Silvio Mansani)
Será mesmo que é o Caetano que escreve todos esses textos?
Será mesmo que ele lê todos os posts?
Deus seja louvado…
E pra completar, meu querido santista como eu Fernando Salem nos brindou com um texto belíssimo.
Deveria ser publicado além das esferas dos comentários do blog. Me emocionei!
Vida longa à Caetano Veloso!
Beijo
Ton
Poxa! A primeira vez que vi bobô jogar fiquei encantado, e não sabia como falar de um jeito explicito daquelas imagens. ficava chateado porque nem um comentarista dava tanta ênfase aquele brilho de bobô. até então ouvi aquela canção de caetano dizendo o que eu queria dizer. aí eu pude pensar - eu não estooou sozinho!
EL ARBITRO
El árbitro es arbitrario por definición. Éste es el abominable tirano que ejerce su dictadura sin oposición posible y el ampuloso verdugo que ejecuta su poder absoluto con gestos de ópera. Silbato en boca, el árbitro sopla los vientos de la fatalidad del destino y otorga o anula los goles. Tarjeta en mano, alza los colores de la condenación: el amarillo, que castiga al pecador y lo obliga al arrepentimiento, y el rojo, que lo arroja al exilio.
Los jueces de línea, que ayudan pero no mandan, miran de afuera. Sólo el árbitro entra al campo de juego; y con toda razón se persigna al entrar, no bien se asoma ante la multitud que ruge.
Su trabajo consiste en hacerse odiar. Única unanimidad del fútbol: todos lo odian. Lo silban siempre, jamás lo aplauden.
Nadie corre más que él. Él es el único que está obligado a correr todo el tiempo. Todo el tiempo galopa, deslomándose como un caballo, este intruso que jadea sin descanso entre los veintidós jugadores; y en recompensa de tanto sacrificio, la multitud aúlla exigiendo su cabeza. Desde el principio hasta el fin de cada partido, sudando a mares, el árbitro está obligado a perseguir la blanca pelota que va y viene entre los pies ajenos. Es evidente que le encantaría jugar con ella, pero jamás esa gracia le ha sido otorgada. Cuando la pelota, por accidente, le golpea el cuerpo, todo el público recuerda a su madre. Y sin embargo, con tal de estar ahí, en el sagrado espacio verde donde la pelota rueda y vuela, él aguanta insultos, abucheos, pedradas y maldiciones.
A veces, raras veces, alguna decisión del arbitro coincide con la voluntad del hincha, pero ni así consigue probar su inocencia. Los derrotados pierden por él y los victoriosos ganan a pesar de él. Coartada de todos los errores, explicación de todas las desgracias. Los hinchas tendrían que inventarlo si él no existiera. Cuánto más lo odian, más lo necesitan.
Durante más de un siglo, el árbitro vistió de luto. ¿Por quién? Por él. Ahora disimula con colores.
EL LENGUAJE DE LOS DOCTORES DEL FUTBOL
Vamos a sintetizar nuestro punto de vista, formulando una primera aproximación a la problemática táctica, técnica y física del cotejo que se ha disputado esta tarde en el campo del Unidos Venceremos Fútbol Club, sin caer en simplificaciones incompatibles con un tema que sin duda nos está exigiendo análisis más profundos y detallados y sin incurrir en ambigüedades que han sido, son y serán ajenas a nuestra prédica de toda una vida al servicio de la afición deportiva.
Nos resultaría cómodo eludir nuestra responsabilidad atribuyendo el revés del once locatario a la discreta performance de sus jugadores, pero la excesiva lentitud que indudablemente mostraron en la jornada de hoy a la hora de devolucionar cada esférico recepcionado no justifica de ninguna manera, entiéndase bien, señoras y señores, de ninguna manera, semejante descalificación generalizada y por lo tanto injusta.
No, no y no. El conformismo no es nuestro estilo, como bien saben quienes nos han seguido a lo largo de nuestra trayectoria de tantos años, aquí en nuestro querido país y en los escenarios del deporte internacional e incluso mundial, donde hemos sido convocados a cumplir nuestra modesta función.
Así que vamos a decirlo con todas las letras, como es nuestra costumbre: el éxito no ha coronado la potencialidad orgánica del esquema de juego de este esforzado equipo porque lisa y llanamente sigue siendo incapaz de canalizar adecuadamente sus espectativas de una mayor proyección ofensiva hacia el ámbito de la valla rival.
Ya lo decíamos el Domingo próximo pasado y así lo afirmamos hoy, con la frente alta y sin pelos en la lengua, porque siempre hemos llamado al pan pan y al vino vino y continuaremos denunciando la verdad, aunque a muchos les duela, caiga quien caiga y cueste lo que cueste.
“Não gosto de música” dijo LeAozinho?? Malucooooooooooo. Decir que no te gusta escuchar música. Noooooooooooo… NO diga eso!!!! La música tiene sentimientos señor… no la lastime así!!!!!! Rectráctese LeOncito lOcO, antes de que sea tarde!!
Yo escucho música todo el tiempo…. solo la odio cuando se convierte en “ruido molesto”. Será que para leAozinho la música es “ruido molesto” en varias situaciones? Pero no diga que no le gusta caetánicamente (categóricamente), nao!! Solo puedo estar en silencio cuando estoy durmiendo… mis sueños ya son demasiado sonoros y/o ruidosos… Cuando estoy con los sonidos de la naturaleza no me gusta NADA la música alta… más que nada porque me parece que ya bastante jodemos a los animalitos como para estar contaminándolos con “ruido”.
También existe el amor a primera vista con algunas canciones, y en otros casos es amor a segunda vista o tercera vista, etc. Algo así le pasó a David Byrne con Zii e Zie, no? Yo me enamoré a primerísima vista de “Por Quem” (insisto que me hace acordar a alguna canción de The Beatles o Macca), a segunda vista de “Cor Amarela”, a tercera vista de “Falso Leblon” y a cuarta vista de “Tarado…”. De las demás no me enamoré. Me gusta la polémica de “Base de Guantánamo”: al final queda el nombre en español o portugués? Es una canción que todavía no se sabe si se le está yendo el tren … qué bien le hubiera hecho a esa canción que salga el CD cuando Obama decidió cerrar la Base. También me enamoré a primera vista de “Minhas Lágrimas” cuando la escuché en el Gran Rex. Cé me parece un disco redondo en el sentido de que transmite “una historia” que se va contando con cada canción. En “Zii e Zie” no entiendo la historia detrás del disco pero tampoco me muero por entender…. Solo siento que las canciones no se relacionan la una con la otra… hasta el título parece “descolgado”. Es mi percepción del progreso simplemente. No quiero ser prejuiciosa porque falta escuchar y sentir la obra terminada.
Olá, Caetano. Sou Ronney Argolo, um dos envolvidos nesse caso chato de homofobia no Shopping Iguatemi de Salvador.
Concordo com o que observou. Uma coisa é a ideologia pessoal de cada um, outra é querer impor isso aos outros, algo que Graciliano nenhum pode fazer.
Divulgamos o caso para ajudar a evitar que aconteça outras vezes. Lutamos pela liberdade individual consciente, para que todo mundo tenha direito de ser o que é e o que quer. Gay, hétero, bissexual, preto, amarelo, judeu, índio, enfim. Pelo direito de ser.
Nesta sexta-feira (12/2), às 15h, o Grupo Gay da Bahia vai organizar um “beijaço” na frente do Iguatemi.
Eu e Leonardo não iremos, tememos por nossa integridade física caso nossa imagem vá para a TV. Além disso, temos receio de que atrapalhe a ação judicial que vamos mover. Mas apoiamos a iniciativa do GGB e torcemos para que muita gente apareça.
Por fim, gostaríamos de corrigir algumas informações do post. O nome do meu namorado é Leonardo Melo, não Eduardo Melo. E não fomos expulsos do shopping e sim ameaçados de expulsão.
O segurança disse que, se insistíssemos na “conduta inadequada” (entenda-se por beijos discretos enquanto conversávamos com nossa amiga Ísis), iríamos ter que nos retirar.
Assim que ouvimos isso, procuramos a supervisão da segurança, fizemos a queixa interna e fomos para a delegacia. Tomamos as providências que podíamos antes que nos fizessem passar por mais constrangimentos.
É isso. Abraços,
Ronney
Caetano,
Tive vontade de falar ao Glauber (eu acho) em alguns posts anteriores sobre uma revelação a partir da música Reconvexo. Mas era lance de catarse e já se falava sobre outras coisas. Agora, depois da referência a Bobô e a Andy Warhol, eu tenho de contar. Na minha infância, ouvia a música na voz de Bethânia e me apavorava porque coincidiu com a época em que se vivia na cidade a lenda da Mulher de Branco (essas histórias vão e voltam). Não sei porque razões, eu acreditava que era a Mulher de Branco quem cantava a sua música, da mesma forma que eu pensava ser a Regina Duarte a cantar Brasil (Vale tudo) e Betty Faria, Coração do Agreste (Tieta). Pois bem, passados os anos de pavor, eu me apaixonei por Reconvexo. Mas tinha uma questão desmedida (para o adolescente de então): as areias do Saara sobre automóveis de Roma? Caetano é maluco! Eu pensava. Eis que um dia, já na idade adulta e livre do grilo de antes, me chega às mãos uma edição da revista Cientific American: uma foto com os carros em Milão cobertos de uma poeira muito amarela. Meus Deus, não é possível! Pensei. Tratava-se de um episódio climático comum à cidade numa determinada época do ano, em que as areias (não necessariamente as do Saara) tornam-se mais volumosas, cobrindo ruas e carros. Você é mesmo Cheque-Mate. Catarse pura!
Neyde L.,
A labuta quase diária e presente neste blog de pessoas como Salem, Castello, Ledy (cadê ele?)e Júlio vellame são verdadeiros compêndios de arte contemporânea. Choro só de pensar que Andy Warhol nos deu Basquiat de modo tão casual. Vai um artigo que publiquei na Agulha - Revista de Cultura no qual investigo os diálogos entre a obra de Nelson Magalhães Filho, artista visual baiano, Basquiat, Pollock e os Beatniks.
http://www.revista.agulha.nom.br/ag58filho.htm
Deu vontade de reler as crônicas futebolísticas do Nelson Rodrigues.
Té breve!
Wesley
PELOTA AL MEDIO
Vamos’ arriba con la fé pa’l segundo tiempo que mal que estamos jugando, no se puede creer. Aquel loco, aquel de pelo cortito, nos baboseó nos metió pechera, así que leña con él. Vamos perdiendo, eso nos pasa por ser giles, por salir a buscar empates, no podía ser, hay que salir de vuelta, a meter, a arrancar con fuerza a morder, a barrer, al rincón de las arañas o a la “B”.
Al túnel muchachos, al túnel del tiempo adentro muchachos, metiendo y metiendo. Al túnel muchachos vamo’ a sorprender de punta y para arriba y escuchen bien hay que inflar la red que el viento está soplando y nos viene bien pa’ romper la red, pa’ romper la red, pa’ romper la red.
Vamo’ arriba, vamo’ arriba con todo, vamo’ arriba con todo pa’ el enfrentamiento abransé, abransé, por favor juntensé, tuya y mía, tuya y mía mi amor, tuya y mía, la pelota en el piso, la pelota volando, achicando la cancha, agrandando, por la misma, siempre por la misma, y cambiando, cambiando…
Entreala, jugala, pisala, amasala, tocala, mostrala, pensala, la cabeza levantada, la mirada siempre allá y vos golero, guambia que cae mojada, centro foward no haga pavadas, muestrelé su calidad. Mirá al puntero mirá, con una pierna quebrada, va a jugar igual y no pasa nada, aunque lo maraca supermán, hay que ganar y ganar o ganar porque es nuestra el alma del Uruguay heredera del diablo de Maracaná.
Al túnel muchachos, al túnel del tiempo, adentro muchachos, metiendo y metiendo, al túnel muchachos, no hay más pa’ perder, que’l viento está soplando y nos viene bien, pa’ romper la red, de punta y para arriba y escuchen bien, trasmite Solé, de punta y para arriba qué bien, va a jugar Gardel, de punta y para arriba qué bien, va a sonar Pelé, de punta y para arriba que bien, juega Tacuabé, de punta y para arriba qué bien, capitán Don José, de punta y para arriba qué bien, ahí va a entrar Andrés…
a romper la red, a romper la red. (Jorge Lazaroff). (Música dedicada a todos los “futboleros”), como yo.
LUCRE:
Lucre, y después…yo le respondería…en “lengua castellano Yorugua” estas sinceras y sentidas palabras:
CAEMÍO, conversamos…tuya? y mío!…o no es necesario?. Beijo na “alma”.
Caetano, meu caro, você caiu na delícia do teclado das letras gostosas novamente. Escreveu “há tantos dias atrás”. Veja aí…
Um beijo.
na verdade… “há tantos posts atrás” o que dá na mesma
http://www.myspace.com/cassionobre
bom, se não foi ele, vale a pena ouvir, qualquer modo. inté!
Quando criança cheguei fazer futebol de salão. O professor sabendo que eu não jogava nada, me colocava de back. Eu adorava ser back. Teve um dia que fiz um golaço, ninguém acreditou. Bati a falta, a bola foi rolando devarga e torta, todos olhavam para ela de tão engraçada que dançava… e de repente, gol. Sai correndo para o meio do campo com a cara amarrada, todo marrento. O time perdeu de cinco a um; aquele um era meu!
bjs.
Vc Caetano sabe isto melhor que ninguém pois está entre os gênios da arte !!!
valeu”"
Um beijo na boca em público pode ser constrangedor para quem está olhando, mesmo que seja heterossexual, se for sexual demais é exibicionista, mais comum entre adolescentes do que entre pessoas adultas. O segurança poderia apenas pedir aos jovens para acabar com a exibição pública, expulsar os dois por causa de um beijo é exagerado. Será que o segurança iria expulsar duas mulheres? Iria expulsar um casal heterossexual? E o juiz que ler o processo contra o shopping? É homofobia reprimir o beijo homossexual num lugar público? A decisão de expulsar os dois homossexuais foi do shopping ou do segurança usando o seu pequeno poder? Qual a punição?
Há um caso na Ilhabela parecido com o de Cesare Battisti, trata-se de Pierluigi Bragaglia conhecido como Paolo, dono de chalés e uma marina, um pacato cidadão, tem família no Brasil, e todo mundo fala que é uma pessoa boa e legal, acusado na Itália de terrorismo de extrema-direita, crimes que cometeu antes de completar 18 anos, está a espera de extradição, inimigo de Battisti, que era de extrema-esquerda, na guerra de esquerda e direita da década de 70, Bragaglia lutava pela ala da direita, era um neo-fascista. Será que Tarso Genro vai agir com dois pesos e duas medidas? Os casos são muito parecidos.
Voltando à questão da homofobia, acredito que se fosse um casal hétero se beijando, os guardas não tomariam conhecimento.Aliaś concordo com a Cristina aí em cima que diz que os muito jovens gostam de se beijar e acariciar em público e não vejo nenhum mal nisso não, para qualquer par de sexos. Mas o que me deixou muito mal nessa semana foi o ataque de skinheads a uma garota brasileira na Suiça, marcando em seu corpo, a canivete, com as iniciais do partido neo-nazista deles.A brutalidade por si só já é devastadora, mas pior ainda foi a polícia Suiça dizer que a moça pode ter se auto-flagelado. Ou seja, intolerância com o diferente em qualquer circuntância, de orientação sexual, cultura, cor, credo e tudo o mais é inaceitável!
Caetano, levei algumas horas para entender que seu comentário não era sobre o post, e sim a resposta a uma provocação minha.
Castello, essa boneca fala, desfala, fala de novo, se enrola, se contradiz - mas no final sussurra palavras tão cristalinas que acordam até meus neurônios mais desatentos.
Futebol? Só na Copa do Mundo, como a Exequiela. Mas a memória não apaga o Mineirão lotado, as bandeiras, a alegria de ver o Cruzeiro e, principalmente, a birra com a torcida do Atlético.
Gravataí, que bom você ter voltado. Já ia perguntar por onde você andava.
Ronney pode ficar pasmo mais isso aconteceu comigo a muito anos atrás quando estava no mercado modelo em Salvador com meu namorado, nos beijamos e em 1 minuto 2 guardas municipais se aproximaram e nos deram 2 opções ou parássemos de nos beijar ali (também fez a mesma alegação de que tinham famílias e crianças no local) ou teríamos que sair, optamos pela 2, afinal estávamos em pleno “love” e o nosso negocio era dar beijinhos mesmo. Isso daí aconteceu a muitos anos atrás, confesso que pensei que o mundo já tinha evoluído um pouco mais, afinal, as crianças e as famílias vêem diariamente senas muito mais picantes que beijos na TV, não é? Você sabe que aqui na Itália aconteceu um episodio muito semelhante em Roma em 2007? E também fizeram o mesmo que você disse que irão fazer ai, fecharam a rua onde aconteceu esta represaria e foi a noite do “beijaço” gay, coloco ai os links com as noticias. Ah! Inclusive irão repetir o feito dia 14 que aqui se comemora o dia de San Valentino que seria o nosso dia dos namorados.
http://www.rainews24.rai.it/notizia.asp?newsid=72347
http://www.libero-news.it/adnkronos/view/56635
Caetano não vou concordar com você com relação ao que o ministro falou, sinto muito mais não posso, se eu tivesse escutado da boca dos atletas na época (pelo que li não tem nada dessa estória contada ai) poderia ate dar razão, mais nessas alturas do campeonato, onde o ministro vem sido cobrado exatamente por este fato ele aparecer com esta versão (que diga-se de passagem tem alguma coisa a ver com um discurso do Fidel na época) não cola. Mesmo assim, uma coisa são pessoas que tem liberdade de ir e vir falarem, outra coisa são pessoas que não as tem. Quem somos para avaliar o que é bom ou ruim para as pessoas? As pessoas tem que ter o direito de optarem por suas próprias vidas, levando em conta que estes Cubanos queria uma chance de ganhar dinheiro, porque não? Todos queremos, não é? Porque a eles se tem que negar este direito, este desejo? Não acho justo. Por outro lado concordo com você que não podemos comparar os 2 casos sobre a questão do pedido de asilo, porque os atletas não cometeram crime nenhum, me parece também injusto coloca-los no mesmo balaio. Desta forma também retiro a comparação que fiz no post que tratou sobre este assunto.
A Cristina falou algo que se andam comentando por aqui também, sobre o caso de Pierluigi Bragaglia, veja bem aqui todos pensam que ele tem que pagar também pelos seus crimes, não tem esta de ser de direita ou de esquerda, esta ai a noticia publicada aqui dia 8.
http://www.ilmattino.it/articolo.php?id=45688&sez=ITALIA&npl=N
Não quero dar a minha opinião pessoal sobre estes casos, estou aguardando os acontecimentos, pela lógica o ministro vai ter que dar o asilo político ao outro também, e assim, como parecia ficção nos filmes em que os bandidos diziam “vamos fugir para o Brasil” coisa que sempre abominei, quem sabe se torna uma realidade.
Beijos
Caetano, Pituaçu é Samba Reggae, mas o Barradão é rock and roll.
Oi Silvio
Pelo menos o teu divertido Ronaldinho só precisou de um ortopedista. O duro é quando tem que enfrentar o nutricionista.
beijo no dedão
salem
Caetano, sobre Assis Valente: onde está este texto que ele escreveu sobre Carmem Miranda? Tenho também muita vontade de ler essa biografia dele, vc me surpreendeu ao informar que foi feita por espíritas. Bem, mas acho que deve dar pra ignorar as opiniões dos biógrafos, que fizerem referência a isso, né? Assis é foda, muito foda. Queria ver Tatit lançando mão da semiótica para analisar “Boas festas”, as imbricações entre melodia e letra. Taí um desafio bom!
Igor é santista!
Agora ele é tão meu amigo quanto o amigo do Henrique Rebouças é amigo do Vellame!
Viva o futiba!
beijo praiano
salem
Bom dia a todos os blogueiros de plantão,
Gostaria de apresentar aqui a todos os posts divinos que li aqui, e adorei os posts de Salém, um poeta profundo.
Hoje to a fim de expor minhas idéias de mogo genérico e profundo, relembrando coisas do passado,e do presente.
Voltando a cd´s dos anos 70, 80,90 e os mais recentes de Caetano.
Falar sobre futebol é sempre algo complicado porque envolve a massa, envolve paixão, sentimentos fortes e intensos que habitam em nosso ser, em nossa alma, e ao qual nós ficamos alegres, tristes, revoltados, com o resuktado ou com o futebol apresentado dentro de campo.
Dunga para mim, não tem perfil e não merece ser técnico de uma seleção que precisa de alguém com um perfil vitorioso, critewrioso, e que vá por si e não pela imprensa. A imprensa que convoca a seleção, não o Dunga.
Também gostaria de salientar que a banda que mais entende de música e de futebol é a banda mineira Skank, que não só veste a camisa de seus club´s, como já fizeram e gravaram canções sobre este tema.
Caetano me surpreende a cada dia com seus posts atuais, bonitos e sinceros, em referência a todos os assuntos.
Vamos comentar a canção um índio feita há décadas atrás, que hoje está atual, mesmo se passando um bom tempo dela feita, uma visão que transcedeu pelos anos e é atual até hoje, bem como as canções, Coração Vagabundo, que a mim têm muito a ver no conteúdo com Por Quem, falam de um amor perdido que passou por meus sonhos sem dizer adeus, e esbarra no final, de minhas lágrimas por quem… gosto de fazer essas junções musicais.
Quero um baby seu, misturado a Não enche, a Odeio, são obras divinas, e as quais eu rio muito quando ouço porque soam bonitas, mesmo sendo músicas com um tema forte, e complexo para se lidar.
Trilhas de cinema e de novela, A voz amada, Tieta, O estrangeiro, Você não me ensinou a te esquecer, A cor amarela, Genipapo Absoluto, etc…são canções lindíssimas ao qual idolatro.
Amo também a Lua de são Jorge, Todo errado, Tarado, e Tarado ni você, canções saudosistas mais bonitas.
Salém eu sou Tarado Ni você, um dia aprenderei a escrever bonito como você, e a ser um cara tão culto e intelectual como você, pois te admiro demais.
Labi, também quero ter essa missa simpatia que tu tem, pois tu tem um jeito cativante que mexe com a gente, e to atrás do livro que tu indicou, mais é complicado de se achar.
Bom por momento é isso, saudodo abraço a todos,
Luiz Carias.
O dia em que a Bahia foi mais carioca.
http://www.youtube.com/watch?v=ibSbwY-ccg0&feature=related
Castello.
Apesar do nosso “mestre de obras” estar 90 graus adiantado para a vida de vigília as emoções do blog estão sendo para mim bem matinais.
Emerson Leal, temos que ir, é claro, ao BA X VI dia 22. Ainda não fui ao Pituáço, estou ancioso. Vou comprar nossos ingressos antecipados para não correr riscos. Me avisa.
Cristina, vc sabia que em Salvador, ainda hoje, muitas vezes gritamos aos casais (de qualquer idade) - Chupa Caetano! quando eles estão se beijando em público? denota, eu acho, a vanguarda sexual do nosso cantor e compositor favorito.
Caetano, vc sabe mais sobre esse coisa do “chupa Caetano”?
Heloísa, tenho trabalhado muito, e por isso acabo não tendo tempo de ler com atenção todos os comentários - mas sim apenas os textos.
Da outra vez, acho que você se lembra, comentei um assunto sem atentar para o quanto debatido aqui, apenas para o que lia/ouvia na imprensa e nas ruas e quase entrei numa enrascada.
Mas, sempre que dá, apareço. Sinto saudade daqui e, principalmente, onde estiver o trabalho do Caetano eu estarei atrás para ouvir/ler/saber. E gostar.
Carias querido tente achar o livro na Editora Boa Nova (www.boanova.net). Qual livro você recomenda a Labi? Eu leio de tudo, se eu não entender eu pergunto. Comigo não tem essa não, eu não nasci sabendo!
Gente a Clarinha sumiu! Será que ela ficou brava com a tchurma? Fala alguma coisa ae Clarinha!
Labi Barrô, tinindo trincando (com Baby CONSUELO)!
Luiz Carias
Dizem que a primeira tentaiva de suicídio de Assis Valente foi desencadeada por uma dívida cobrada por Elvira Pagã, uma sexy simbol do Teatro de Revista.
No dia da sua morte, Assis Valente foi ao escritório de direitos autorais, na esperança de conseguir uma grana.
A falência é um dos grandes mitos do suicído. No Japão, ainda rola com frequência.
Em 1941, ele tentou novamente se matar saltando do Corcovado e foi amortecido pelas árvores.
Não acho que Valente tenha se matado só por “conta” apenas de dívidas. Aliás, sempre acho essas explicações pouco convincentes pra uma atitude tão complexa.
Alguns acham o suicídio um ato de covardia, outros de coragem. Mas Assis era Valente.
O curioso é que a canção brasileira com a maior ironia a respeito do infortúnio e da desgraça é dele: “E O Mundo Não se Acabou”. Uma canção sobre a fantasia dramática e apocalíptica, aplacada pela realidade. Um pouco a la Orson Welles, o anúncio de que o mundo vai se acabar provoca atitudes insólitas. E no final, o mundo não se acaba.
É meio assim mesmo que sublimamos as nossas fantasias desastrosas. Mas no final, o mundo de Assis se acabou.
Com Herivelto Martins ele compôs um samba chamado “A Vida é Boa”.
Mas um dos versos mais belos que compôs é cheio de melancolia (Boas Festas):
Assis se matou com a minha idade (47). Suponho que na época isso significava ser bem mais velho do que hoje. E bem mais Valente.
Caetano,
Que bom te ver em campo, dando mais brilho ao espetáculo!
Abraço do Blog SEMPRE BAHIA!
Hoje ouvi de um cara que corrigiu a professora por ter falado “numa”, e ela ficou em dúvida - eu disse - ela está certa - sem ter falado que ouvira de caetano a melhor aula.
pois Labi e Heloisa fiquem sabendo que o emblema e o equipamento do Cruzeiro é praticamente igual ao do meu Belenenses!!!!!!!!!!!!!
Uma citação do tricolor Caetano sobre a Fonte Nova, feita no Pasquim em 05/11/69: “Here comes the sun dizem os Beatles - FERRO NA BONECA, grita a torcida do Bahia na Fonte Nova, no meio da Ladeira da Fonte das Pedras. Fonte Nova, o sol rei, it’s all right. It’s all right”
Hi, Caetano!
Thanks for the “shout out” on the previous thread. You’re right that I don’t have a lot to say about many of the discussions here. I love words and language, but mostly in relation to expressing a particular idea or feeling that I want to convey. In the abstract … hmmmm. What can I say??
I’m glad that you enjoyed the visit of your friends David Byrne and Cindy Sherman. I just had a dear friend from Sri Lanka come to visit me. The Gates Foundation brought her to Seattle for a meeting, and she was able to take a short flight across the mountains to come visit me.
She is my “twin” on the other side of the world. We think so much alike. It was so wonderful to have her around. We talked and talked and talked, about 12 hours a day. She wants me to come visit her in Sri Lanka next. She thinks I can save the money in a year or so. Right. I’ve wanted to go to Brazil for 30 years. I’ve been saving every month for 4 years, and I just now barely have enough for the plane ticket. Sri Lanka is not in my immediate future.
So not knowing when we would see each other again, parting was anything but “sweet sorrow.” I learned (again) that I really don’t know myself very well at all. The morning of her departure, I kept telling myself that I wouldn’t even cry at the airport. I had been so happy with her visit, but I was looking forward to getting my normal life back, too. Well, of course, I cried. She started it. Once she started sniffing, I was lost. It was a very sad scene at the airport security gate.
When I got out to my car, I had a cassette in the tape deck. Your music was playing, which was very good. Your voice has always been very comforting for me. I doubt that you’d be very happy to hear that. You probably want people to think “raw, sexy, and hot” when they hear your voice. Well … curses, foiled again. For me, your voice is kind and consoling. It was very welcome. Thanks for that!!
I hope you’ve survived Friday the 13th without mishap. Happy Valentine’s Day (tomorrow)!
Estávamos, eu e minha mulher, assistindo Caetano recentemente na tv, acho que no show com Roberto, quando ela sentenciou: O tempo foi generoso com Caetano!
Será que minha esposa estava certa?
O Caetano de hoje tá mais charmoso?
Pensei num clipe com Caetano através dos anos, a trilha sonora só poderia ser Oração ao Tempo e acho que o “Deus Tempo” retribuiu.
Meninas e meninos do OeP, assistam e opinem!
Botafogo no Rio e Ponte Preta em SP, que sina!
Olá a todos.
É preciso mais Kassin.
O meu amigo Jacinto disse que o Tropicalismo fez 100 anos na segunda-feira, 9 de fevereiro: aniversário de Carmen Miranda.
Gostamos mais dos nossos avós do que Tom Zé possa imaginar.
O Post mais bonito de Caetano foi na morte de Dona Edith. O comentário mais bonito foi um de Labi (não sei onde), alguns de Sálem, e um do baiano Quito Ribeiro falando do filme sobre Wally.
Sem Cais é demais. Viva Pedro Sá.
Sigo o progresso da obra desde o começo, o único jeito de acompanhar a torrente impensável de comentários é deixar-me levar por ela, é bom. Sou sempre ultrapassado. Ultrafuturo.
Enquanto João Gilberto não vem a Lisboa - Caetano escreveu e disse que isso seria um grande acontecimento da Língua Portuguesa - João Donato vai ao Porto, e eu não vou faltar e nem Joyce vai conseguir desfocar esse acontecimento outro da Língua Portuguesa.
Será que há alguém em Portugal que tenha visto Donato por dentro?
Carmen Miranda baixou em mim.
Adentro.
Beijo nas testas tostadas, à la Sálem.
Tomás
salve Caetano!
cara, fiquei sabendo que você vai abrir o carnaval de Recife, parabéns véio, você merece essa honra. Espero que você divirta-se bastante também por lá!
sou de lá e hoje moro em SP, mas estarei no carnaval no Recife se tudo der certo aqui no “trampo”!
imagino que você já deve ter um repertório bem pensado para o show, mas queria te sugerir duas músicas suas, que além de eu gostar bastante, acho que seriam surpresas boas no teu show no Marco Zero.. mas fica a vontade ae ehehe, a casa é sua, peixe!
depois de ver no youtube, tive a impressão de ter ouvido esta música antes, em um filme. Não sei se estava na trilha, mas no roteiro com certeza. Pelo menos a cena mais viva que tenho do filme na cabeça é uma sequencia com as três travestis no Bois du Bologne, duas delas brasileiras, fumaça, trapaça, tudo aquilo.. filme ótimo, do Sébastien Lifshitz, Wild Side.
falow, vê se torce para não me segurarem aqui no job, rs.., que aí eu vou lá te ver!
abração, fui
Salém olha que engraçado, o amigo do Henrique Rebouças estava lendo meu comment e commentou tb. Emerson Leal.
beijos indiscretos e indiscriminados para todos!!!
mais beijos!!!
Muito mais constrangedor que qualquer beijo carregado de fortes caríssias foi ver homens mijando pelas paredes, nos postes, atrás dos banheiros químicos… Muitos fazendo questão de mostrar seus falos aos transeuntes. Isso sim deveria deixar qualquer família constrangida.
Gosto de ver meninas se beijando, também meninos com meninos e meninas com meninos. Ou todos juntos. Acho bonito e se está em público tem mais é que ser visto e contemplado.
Não sei se Ronney Argollo e Eduardo Melo passaram dos limites, o peso do preconceito me faz acreditar que não. Vale ressaltar a coragem dos dois e o conhecimento da palavra que nos defende ou deveria, a lei.
bjs.
Miriam, não digo que creio na história oficial da volta dos atletas a Cuba. Apenas achei que minha oposição simétrica não valia.
Pois é, Gravata, há uns posts atrás. Ou não há? Eu teria evitado se me tivesse dado conta, mas acho intrigante quando corrigem isso: será que esses dias que há não estão lá atrás? Posts então… Ou estarão na frente?
Heloisa, eu pensei que estava falando sobre o post mesmo. Cê pensa que era onda tirada com seu comentário de “confuso”. Mas eu achei que já tinha respondido tão totalmente com “confuso é o mundo”!…
Ola meus amigos blogueiros de plantão, venho através deste me pronunciar que achei bonito e forte á bessa o que os gays da BAhia protagonizaram esta tarde em frente a um shopping de Salvador de se beijar em público.
Segundo o que li, um segurança, impediu que um casal gay, se beijasse em público em um shopping em Salvador, e hoje como em tom de revolta 10 casais gays se uniram, e se beijaram em praça pública em frente ao shopping, em uma forma de dizer a sociedade preconceituosa e vulgar que vivemos hoje, estamos aqui e não vamos mais aceitar essa onda de preconceito.
Bonito pra cáraleo essa atitude, e esse movimento que esse grupo fez, é disso que precisamos, ver, entender e respeitar sem julgar as pessoas, seja por sua escolha ou opção, seja por raça, credo, cor, e todos afins e adjetivos que queriam colocar aqui.
Espero que com esse movimento a sociedade branca e capitalista que domina o mundo, ponha a mão na consciência e veja que o mundo mudou, e que hoje em dia todos têm que ser respeitados e terem seus direitos iguaism, e a justiça t~em de prevalecer sempre.
Três travestis traçam perfis na praça. E agora tem que traçar em todos os locais, para dizer ao mundo, queremos respeito.
LAbi, hoje postei coisas interessantes em meu blog, se puder e se tiver vontade vê lá, todos que visitam lá também podem comentar e dizerem o que pensam, sobre minha pessoa em meu blog.
Hoje passou Closer Pewrto Demais, sempre que vejo esse filme, rio, choro e acho ele lindo, e a trilha com James Blunt é algo lindo, e há também uma canção brasileira no filme.
Por momento é isso, saudoso abraço, e beijos de língua,
Luiz Carias.
Vellame
Emerson é Leal. Assis é Valente. E Teteco é dos Anjos.
Gosto das amizades que surgem por identificações específicas. Torcer pro mesmo time. Gostar de pingue-pongue ou ser fã de Odair José. Fiz grandes amigos com esses recortes simples e sem muito papo-cabeça.
Tom Jobim era um cara assim. Os melhores amigos: o jornaleiro, o barman, o barbeiro… Essas amizades ganham uma profundidade imensa pois não têm os parâmetros rígidos da identificação puramente ideológica.
Nando
ainda não entendi seu comentário no final do post anterior quando você disse misteriosamente:
“Salem, tá biruta? Não falei com o Lacerda dando indireta pra você, não senhor”
Fiquei biruta mesmo! Do que cê tava falando?
Tô curiosíssimo!
natesta
salem
Beijar na boca de língua é um ato sexual, não é demonstração de carinho. Carinho seria abraçar, beijar no rosto, selinho nos lábios, pegar nas mãos, acariciar. Tem gente que reclama que os homossexuais estão ficando exibicionistas na era imagética. Nós vivemos numa época de mudanças profundas no comportamento humano, numa época de mutação da consciência, saímos da terceira para a quarta dimensão. Quando nasci, a tecnologia da imagem apenas engatinhava, era início da televisão, um simples eletrodoméstico que mudou os hábitos humanos. Enquanto estamos jantando vemos cenas tórridas de amor na TV. Sempre há polêmica sobre o beijo gay na novela das oito. Particularmente, sou radical, eu proibiria qualquer tipo de beijo na boca dentro de shopping, deste modo não há prática de discriminação e as pessoas não ficarão vexadas ao verem beijos na boca, sejam gays ou não gays.
Eu acho que ter preconceito a ponto de não comer algo feito por um homossexual é ignorância, nós temos que ultrapassar nossos preconceitos. Eu acho estranho, Olavo de Carvalho, que se diz filósofo, defender o direito à ignorância.
Com relação aos terroristas italianos, não sou radical, eu soltaria os dois. Na década de 70 havia luta armada no mundo inteiro, era algo que pertencia ao espírito daquela época. O Brasil resolveu a questão anistiando os terroristas, mas a Itália não perdoa, quer a extradição tanto de Battisti como do Paolo. Se vocês entrarem no Google e digitarem Paolo Ilhabela, aparecerá a propaganda de sua pousada. O que me intriga nestes terroristas da década de 70 , mais especificamente no Paolo, é que ele era nacionalista fascista, teve que deixar a Itália e se adaptou perfeitamente no Brasil onde adquiriu outra identidade, viveu pacatamente mais de 20 anos, até ser descoberto pela polícia italiana num telefonema para a mãe.
Caetano e gente do OemP,
Meio atrasada: acabei de assistir ao dvd “Doces Bárbaros”, maravilhoso!!!! Que coisa mais bela, mais pós (e trans) todas as coisas… Paixão total, a entrevista de Bethania, a exuberância de Gal, o psicodelismo de Gil, a vanguarda de Caetano, a juventude e a beleza de todos…! Sei que todos já viram e comentaram, mas eu moro fora do Brasil e tudo vira meio camara lenta… por exemplo, só agora começo, lentamente, a encontrar o ritmo desse blog…rs.
Wesley Correia,
Li seu artigo sobre Nelson Magalhaes, muito interessante. Embora não tenha dado para ver detalhes (vi outras imagens na internet), a pintura dele me parece ser bem expresionista, de uma intensidade dramática violenta, até, cheia de dor e de gozo inconsciêntes. É interessante notar que a pintura, que passou as duas últimas décadas meio que sufocada por outras mediums mais festejados na arte contemporânea, como a fotografia e a instalação, está vivendo um forte revival, nesses últimos dois anos; voltou a ser exuberante e tem conquistado de volta o espaço que havia perdido nos grandes salões e bienais.
Glauber,
Que bom que vc viu e gostou das fotos de Cindy Sherman; pessoalmente elas são muito impactante, não somente os “Untitled Film Stills”, seu primeiro trabalho em preto e branco, mas principalmente os “Centerfolds”, de 1980 (acho) cujas fotos medem 2m de largura, cada. Aliás, esse trabalho ela fez sob encomenda para a revista Artfoum, mas foi considerado tão constrangedor que não foi publicado; meses depois o Moma realizou uma grande exposição com as 12 fotos que mudariam para sempre a arte fotográfica contemporânea. Ela, basicamente, criou personagens representendo garotas antes ou depois de posar para fotos eróticas; a insegurança, o medo, a angustia (centerfold, significa o poster do meio, como o da Playboy)… Depois ela fez várias outras séries fantásticas, como os retratos históricos, mas os “Centerfolds” são incrivelmente chocantes e sedutoras.
Aliás, Glauber, eu fiquei curiosa com a exclamação depois do meu nome. Coincidência, acabei de assistir tbem a “Glauber, Labirinto do Brasil” - maravilhoso - e procurano textos sobre Glauber Rocha no Google, encontrei um artigo onde a primeira coisa que dizem - antes mesmo de dizer que ele era genial - é que o nome dele era muito estranho, apesar de referirem ao alemão do qual foi copiado. Sobre nomes, quantos nomes incríveis nesse blog, né? Os nomes próprios no Brasil são de uma riqueza… meu namorado me dizia que nunca viu nada mais pretensioso que nomear pessoas por Hércules, Aristóteles, Heitor, os nomes gregos, tão queridos no Brasil…rs. Aliás, Glauber é lindo!
Beijos!
(a viagem para Marrakech me deixou cheia de vontade de fazer muitas coisas boas nessa vida… Mas o que eu queria mesmo agora estar na praia agora e, no Carnaval, dançar transpagode, nada mais…!
Bobô jogou no São Paulo, o mais querido, e foi campeão paulista em 89. Foi uma grande contratação. Mas não foi, em campo, o mesmo craque do Bahia, apesar de manter a elegância, sempre sutil.
O verso “a elegância sutil de Bobô” é um achado. Traduz perfeitamente seu estilo em campo. Vi vários jogos de Bobô no Morumbi. Tinha uma cadência própria que destoava do ritmo sempre mais acelerado da equipe.
Talvez tenha sido isso. Bobô é daqueles jogadores que ditam o ritmo, a cadência e a forma de jogar de uma equipe (meio no estilo Ronaldinho Gaúcho). E no São Paulo, por tradição, o jogador é que deve se adequar ao esquema e não o contrário.
No Bahia havia um sistema Bobocêntrico, com a bola sempre girando ao redor do craque. No São Paulo ele era mais um, com cadência e elegância próprias.
Força a Bobô. Quem ama o futebol quer a Fonte Nova de volta lotada de energia.
Castello,
mestre João Nogueira, lindo, lindo, lindo.
Abraços paulistanos da garoa!
Caetano,nossa, não entendi nada mesmo.Devo estar ficando meio burra. Notei que o texto começa de uma forma e termina de outra, mas para mim ele passa de meio enrolado a bem claro. Por isso não pensei que você se referisse a ele. E nem ao comentário sobre ‘confuso’. Na verdade, pensei que você respondia à pergunta sobre um imanentista ter escrito “Cinema transcendental”. A gente não se entende mesmo. É pura neblina.
Gravataí, me lembro do fato sim,que me deixou muito chateada porque eu também comentei. Desculpe-me.
Essa eu acabei de ouvir no programa do Francisco Barbosa,levado ao ar pela rádio Tupi (RJ).
A imensa torcida do mengão,ainda inconformada porque Ronaldo foi jogar no Corinthians,depois de fazer declarações de amor eterno ao rubro-negro da Gávea,pretende “homenageá-lo” no dia 9/8,quando o timão vai enfrentar o flamengo no Maracanã.
Para isso,serão convidados “dez mil travecos”que terão a missão de zoar o fenômeno durante toda a partida.
Castello.
Cristina,
Ola a todos os blogueiros de plantão e não…
Caro amigo e blogueiroa Lacerda, podemos sim começar uma conversa sobre as canções que Caetano fez e gravou.
Amo aas regravações ou releituras de Caetano a obra de Tom, Ary, Chico, Gil, Mautner, etc… acho que Caetano tem um axé que poucos tem.
Ontem pela rede globo, passou uma reportagem sobre Salvador, e não citaram, Gil e Caetano, achei muito imbecil não citarem os ícones que trouxeram a Tropicália ao mundo e por consequência o ROCK.
Falaram sobre o mestre Dorival Caymi e o mestre Jorge Amado, agora sobre o gênio Caetano, não citaram nada, Nelson Motta, falou dos jovens e dos mortos, e esqueceu dos vivos e bons baianos.
Gostei das frases, Baiano não precisa ensaiar pois já nasce pronto e baiano não nasce estréia…rs
Frases bonitinhas á bessa.
Queria juntar num debate pra ver o que sairia dele, caetano x Jabor, e exporem seus pontos de vista sobre o governo atual no Brasil e nos Estados Unidos da América, será que algum dos presidentes sairia sem marcas…rs
Gosto de Obama, e creio que ele se dará bem nesse novo desafio, embora as barreiras que ele enfrentará não sejam fáceis, primeiro por ele ser norte americano, o que muitos mundialmente não aturam, e outra por ser negro, o que dificultará para ele, ainda mais em sua caminhada.
Odiava e odeio Bush, acho que ele não somou em nada e só contribui para o mundo ficar nessa situação, o Bush quebrou os Estados Unidos e consequentemente o mundo, com suas teorias idiotas de guerra e de vingança.
No Brasil não comento de política pois em meu antigo estado ganhou a oposição e sou crítico ferrenho a Roberto Requião, um ditador sobre pele de ovelha, se reelegeu por menos de 10 ,il votos, coisa lastimável. E de Lula prefiro não comentar, pois como a maioria é a favor, eucou contra, e não gosto e não concordo com a política pouco clara e estranha de Lula.
Agora falando em canção política, amo Juca Chaves e sua obra, de sátira, de modinhas e de piadas, o cara é outro gênio, só que no cenário político, já que não temos oque fazer ou como agir, temos que rir, e nos alegrar com o que a vida nos dá, e nos cobra.
Fora da Ordem, como Lacerda falou é linda,atual e fala de um mundo que está mais fora da ordem que nunca. Caetano tem um sexto sentido imenso a fazer canções como essa, um índio, três travestis, entre outras.
Tropicália se estivermos atentos a letra também é uma canção bonita e atual, vejamos alguns trechos dela…
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
Ainda temos que orientar o Carnaval, Temos quer organizar movimentos, e temos que ver crianças mortas seja por conta da Fome, do Tráfico, por abandono, etc.
É triste de escrever esta dura realidade que ainda nos ronda, e só aumenta, nunca diminui, algo lastimável.
Bom por momento é isso,
Saudoso abraço a todos, de língua,
Luiz Carias.
“retiro o que disse aqui há uns dois posts atrás”.
Caetano, a regra é clara: o verbo haver significando tempo decorrido dispensa o “atrás”. Você “disse aqui”, ou seja, está claro que se refere a uma ação passada; quando? há uns dois posts ou uns dois posts atrás, fim de papo. É o mesmo que subir pra cima ou descer pra baixo.
O que me intriga mesmo é a sua dita dificuldade com matemática: raciocínio lógico e capacidade de abstração você tem de sobra.
*
Salem, foi porque eu disse ao Lacerda algo sobre falar sem pesquisar, daí você falou com o Vellame algo como “deixo para quem pesquisa”, algo assim, achei que você estivesse me respondendo (equivocadamente), viagem minha, bobagem.
Duda Almeida não se desculpe, não é necessário um rascunho pra daí postar aqui, posta direto como muitos fazem, inclusive eu.
Fica bonito a escrita na hora, com o pensamento e sentimento definidos e verdadeiros, fica show!
E não parece ser superficial, onde você escolheu as palavras para postar, posta o que lhe vem a cabeça e joga suas idéias aí…
Bjus da hora pra você,
Luiz Carias.
Vellame tinha mesmo dito de coração, nos comments do post passado, que é favorável à castração das meninas em áreas da África e à proibição de uma dupla breganeja? Ou era só uma provocação para ver se alguém o acudia em sua (essa sim, sincera) busca desesperada pelo algoritmo moral?
Caetaníssimo
Que coincidência! O meu único beijo duramente reprimido em público também foi na Rua Augusta. Ironicamente, a Augusta sempre foi um local identificado com várias formas de “transgressão”. Foi ela que a Jovem Guarda elegeu como local oficial de paquera. É na Augusta que a prostituição paulista ganhou contornos de visibilidade e exibição com em Pigalle. Também é lá que se estabeleceram os restaurantes que acolhiam os atores do Oficina e do Arena. E hoje, é na Augusta que está o Studio SP, onde escutamos as novas bandas de SP e algumas do Brasil. Foi lá que vi o Doamor pela primeira vez.
Enfim, a Augusta nasce no epicentro sexual de Sampa, num castelo chamado Cult ao lado da Praça Roosvelt e termina no Jardins, onde moram Marta e Maluf em quase-castelos de verdade assexuados.
Meu beijo foi na Fernanda, minha mulher, quando a gente ainda namorava. Estávamos no Longchamp. Uma lanchonte frequentada por artistas, putas e bebuns. Nos beijamos sentados em frente ao balcão. O gerente nos separou com as duas mãos e disse:
-Aqui não!
E eu perguntei:
-Onde, sim?
Ele me respondeu:
-Na sua casa. Lá você faz o que quiser.
Disse a ele que gostava tanto do Longchamp que me sentia “em casa” naquele momento.
Ele colocou dois chopps na nossa frente. Pedi duas cocas. Ele riu.
Trouxe as duas cocas. Eu pedi a conta. Ele disse então:
-Não vai comer nada?
E eu respondi:
-Aqui não. Vou comer na minha casa. Lá eu como quem eu quiser.
Uma resposta um tanto chula. Mas a Fernanda gargalhou e isso me encheu de orgulho masculino.
No futebol, estamos nos cruzando bor vias inversas. Pelo que sinto, Tom tem trazido a sua atenção para o jogo. E Felipe tem me mostrado o tanto de riqueza que há no entorno de uma partida de futebol.
Gosto muito de meninas que entendem de futebol. Vi ontem uma matéria no Globo Esporte sobre o crescimento da presença feminina nos estádios. E como a grande maioria se maquia, se monta e arruma os cabelos durante horas antes de ir pras arquibancadas.
Achei lindas as imagens de mulheres de batom gritando, torcendo com fúria e xingando o juiz.
Vou com muita frequência ao estádio com mulheres e crianças. Não acho violento. A violência das torcidas está nas ruas. Na saída do estádio o clima nem sempre é bom.
Seria bonito de houvesse um beijaço na saída de um jogo. Assim os nossos dois temas se uniriam. Mulheres, homens, gays e beijo em público.
Será que “os polícia” iriam sair dando cacetada em todo mundo?
Torço mesmo por você!
Hoje revi Lisbela na TV com a Bebel. Achei o filme melhor do que quando vi no cinema. As falas de Furtado na boca de Selton são colossais.
Amanhã é dia de futebol e eu não tenho muito entusiasmo. Vou ver o Santos enfrentar o Bugre com meu amigo José Roberto Toreroe jogar pingue-pongue. Meu sonho é trazer o Nando pra uma tarde dessas aqui em casa. Já lhe enviei uma raquete via sedex.
beijo na testa
salem
Me expressei mal, Caetano.
Quis dizer que precisamos proibir hoje mesmo a violência contra as meninas. Nada melhor para um homem que uma mulher gozando. O caso da dupla de bonitões que tomam coca-light, como vc no sonho de EXquiela, foi só brincadeira.
Concordamos em tudo sobre sexo, apesar de minha praxis convencional.
Meu problema é com as razões… O pai de Mill (estou lendo a biografia enquanto “Sobre a liberdade” não chega pelo correio) acreditava na busca do prazer como algo maior e era radicalmente contra paixões, deixava os sentimentos se infiltrarem na razão mas não acreditava em excessos de nenhuma espécie. Ainda estou entendendo.
A esposa de Mill censurou muita coisa na autobiografia.
Querido Caetano,
Seus posts realmente sao infinitamente repletos de informacaoes interessantes- Eu estava assistindo umas entrevistas antigas suas no Youtube e decidi passar aqui para ler um pouqinho- matar a saudade da lingua Portuguesa, ja que vivo em Londres. Falando nisso, sera que voce volta aqui para tocar mais umas vezes? De qualquer jeito, achei essa a mais legal de todas, mesmo estando incompleta…
http://www.youtube.com/watch?v=dpOq9waMwik
Nao sei se voce ja assistiu de novo, mas ai esta. Um grande abraco para voce- Tenho orgulho de ser Baiano porque existem homems da sua tradicao e cultura.
Francois
Nandíssimo
Cê viajou mesmo! E forte! Escrevi com enorme sinceridade o meu “deixo para quem pesquisa” porque foi feito um comentário do Vellame (não foi do Lacerda).
Disse:
“Não sou “a favor da pré-definição biológica da sexualidade”, nem contra, nem muito pelo contrário. Pra mim a homossexualidade não deve ser reduzida a uma opção. O resto eu deixo pra quem pesquisa o assunto.”
Estava assim deixando claro que não me sinto credenciado para ser a favor dessa tal “pré-definição” bilógica por não manjar do tema.
Estranho, você achar que esse cometário tão verdadeiro fosse uma ironia dirigida à você. Passei algumas horas degustando e lendo as pesquisas que você me enviou. Isso porque tive um respeito gigantesco pelo seu cuidado em procurar fontes consistentes para calçar seus argumentos.
Jamais mando recadinhos pra terceiros embutidos em comentários diretos. Além de leviano, seria ineficiente como comunicação. Não rola.
No mais, repare: discuti diretamente com muita gente por aqui: Luedy, Igor e Carias tiveram que suportar meus textos duros. Jamais enviei recados indiretos.
Me surpreendi mesmo com a sua suposição.
Espero que ela seja fruto de um real afeto que você possa sentir por mim. Que caso exista, é mais do que recíproco.
beijo na testa
salem
Finalmente, Caetano é Bahia, ou Vitória ? Tá a maior confusão no bar e todo mundo quer saber. Quem souber sai da bolha. Eu vi ele cantar o hino do Bahia, mas afirmam que ele é Vitória, ou ele está tão confuso quanto o mundo (rs)?
Tchau
Me olvidé de decir que me gustaron muuucho las fotos de c.s (por respeto a los sentimientos de Lucre, ni la nombro)
Glauber: Escuché “cidade subtraída…” de Teclas Pretas. ADOREI! Escuché un “Que te vaya bien”?
Tanto leer de besos… y se metieron los besos en mis sueños….
FIN
Um jornal suíço diz que o Brasil é xenófobo. Eles estão loucos ou nunca vieram aqui. Como que um país de tamanha mistura de povos pode ser xenófobo???
Caetano e Heloisa, eu adoro esse lance de ser confuso. O mundo é, de fato, muito confuso. Eu sou tremendamente confuso e me amo assim mesmo. E amo vocês e suas confusões também.
Salém, axé colofé!!!
Rafael, beijos!!!
A torcida do “Mengão” não devia pegar no pé do Ronaldo não. Devia pegar no pé da diretoia do Flamengo. A direção do Corinthians agiu mais rápido e ficou com o fenômeno. Gosto tanto do futebol de Ronaldo, que mesmo sendo eu Palestrino, torço para que ele brilhe também no Corinthians.
Agora vou tomar um Lexotan e tentar dormir. Baci!!!
Caetano, querido, foi num show seu em Londrina (nos tempos que Londrina ainda fazia juz culturalmente ao seu FILO) da turnê de ‘Prenda Minha’ em 1998, quando eu tinha meus 8 anos, que, acompanhado de meus pais, aprendi a amar a música e, desde então, me dedicar profundamente a ela. Sou grato e jamais esquecerei essa pedra fundamental, aguardo Zii e Zie com ansiedade. Gostaria que algum dia você escrevesse sobre Zezé Motta que é, na minha opinião, uma cantora e intérprete de uma negritude e um colorido irresistíveis, tem um sorriso delicioso e uma voz fluida e aveludada. Ela não tem, de fato, a notoriedade como cantora que tem como atriz, pelo menos não na grande mídia e público, mas eu a amo e não sei qual a relação sua e dela… Curiosidade de fã. Um grande beijo e muita saúde.
Labi, Exequiela, Caetano, Heloísa, Jo-AL-DO!,
Quis acessar há mais tempo o blog O&P, mas ficou insuportavelmente difícil. lento… lento … … lento zzzzz. Já fiz coinvite pra a festa de Yemanjá em Cachoeira. Era só pra ratificar. Domingo: HOJE!!! Eru yabá!
… … … … ainda lent zzzzzzzz
Colofé! Olorun Adkpè ô!
Té brev…
Wesley
WESLEY, obrigado pelo convite!
Eu adoraria mas não posso estar hoje em Cachoeira. No primeiro semestre do ano passado, passei a trabalho várias vezes por lá e é um local que me incita: ainda falarei sobre isso se possível aqui mesmo neste blog. Conte-nos em detalhes, depois, tudo sobre a festa!
Olha, também voltei a ter problemas pra acessar a OeP. No Internet Explorer, este post não termina de carregar. Neste instante, consegui somente através do Firefox, mas se eu abro mais uma aba o bicho pega. Com o Gmail também aberto, por exemplo, trava o navegador! Não há como o suporte da Allinmedia nos dizer algo e sinalizar uma solução?
____________
Em breve, o link da IMPERTINÁCIA, uma revista web viva inspirada no especial encontro de pessoas e mentalidades que está rolando através desta OeP, estará sendo repassado pra todos os que aparecem já hiperlinkados aqui, mantendo pra si algum site, blog ou página web de referência que curta.
Estamos listando todas as páginas dos obreiros em progresso desde o momento do surgimento do blog da OeP!
Para estes - mas é claro que oportunamente aqui mesmo também o faremos para quem ainda não está interlinkado - divulgaremos desde logo o e-mail oficial de nossa revista eletrônica, a fim de que nos escrevam pra receber um convite especial pra acessá-la no exato dia e instante em que será lançada na webosfera.
Estamos finalizando detalhes da contratação da equipe (de Sampa) que montará o site, pra discutirmos, enfim, o piloto, não apenas com o conceitual, incluindo ainda o modelo de sustentação financeira, como eu pensava, mas também já o conteúdo da edição 1, e outros norteamentos e suleamentos quanto às iniciativas que serão agregadas à publicação, a exemplo de uma rádio web!
Agradecimento especial a CAETANO and HERMANO, que possibilitaram a gente despertar essas idéias a partir daqui, e a todos os infocaetanautas que por outras bandas virtuais têm se entusiasmado e colaborado com esse nosso orquideário!
Sempre refriso: será uma obra aberta!
Antes era bonito, y muy familiar ir a la “cancha”, no existían en mayor grado graves peligros; hoy está muy “bravo”, por causa de las rivalidades de las hinchadas. Uno, sabe que llega a la cancha, pero, no sabe muy bien si regresa “salvo” para su casa. Hayo tan lamentable esas ridículas “guerras de torcidas”, (armadas…sea arma de fuego o arma blanca), puede haber algún contra punto, claro, más de ahí a formarse guerras terribles es para mí inaceptable; algo que debería ser “disfrutable” como cualquier otro tipo de espectáculo, o juego, tenga que por lo general, “terminar” siempre en alguna tragedia. Hasta mismo ”fuera” del Estadio de futbol. Aquí las hinchadas han llegado a “destrozar” sus respectivas contrarias “sedes”. A tornado hacerse un horror. Barbarie total.
Familias que “pierden”, un “hijo”, un “padre”, un “amigo”…etc. confieso realmente que no voy a ninguna cancha, hoy por hoy, por causa de esa “violencia desatada” y absurda. Es necesario acabar con eso, de una vez por todas…pero no hay “autoridades” que valga, en fin. Por razones, prefiero asistirlo por la TV, cosa que de esta manera puedo observar: desde los carteles de propagandas….hasta las seductoras piernas, de un “jogador”. Diciendo las cosas como son: “ellas” (pernas) son bastantes sugestivas…eeehhh?…rsrs, al menos algunas pueden llegar a serlo, para unos “ojos” tendientes a una curiosa dispersión, (ojos curiosamente dispersivos) de su respectivo/a espectador/a. Se trata de divertirse no gente!?.
Pienso si, que lo que debiera PROHIBIRSE FUERA EL “DESHAMOR” porque su “ausencia” trae desunión y más CONFUSIÓN A ESTE DESORIENTADO MUNDO. En fin, da para mucho…pero por hoy es todo.
Con muito AMOR. Vero.
Fiquei triste como o quê com a intolerância do segurança-shopping-”sociedade baiana” em relação aos meninos. Sou heterossexual e respeito devidamente outras opções de se relacionar sexualmente (com restrições à tanatofilia, vista no filme “O Matador”, de Almodovar; pedofilia e necrofilia). Inclusive, penso que o narcisismo implica uma afetividade homossexual, porque sentir-se atraído, excitado(a) pela imagem refletida no espelho é desejar alguém do mesmo sexo.
Eu sou Bahia! Adoro pedalar em Pituaçu (vi a evolução da reforma)! O estádio é “mara”! - me amarrei na descrição do jogo. A torcida do Bahia significa pra mim uma das maiores declarações coletivas de amor e fidelidade que se pode haver.
Li a entrevista de Battisti à revista “Istoé” e me sensibilizei com sua luta. Aliás é a única vez que ele foi ouvido pela imprensa em toda essa novela. PAC, expropriações, denúncia, máfia, Berlusconi, perseguição, humanismo..
Abração.
Caetano,
Ola caríssimos blogueiros, hoje venho para derrubar toda e qujalquer estrutura que seja diferente da que penso como padrão.
Esse negócio de beijo de língua ser um ato sexual e só ser levantado essa questão depois de um beijo gay ser dado em público é algo extremamente brega e ultrapassado.
Quando eu questionei aqui juventude e homossexualidade me cruxificaram vivo por meus posts minha ideologia, e agora vejo que debatem abertamente o tema aqui, e diziam que a sociedade não era preconceituosa.
CAetano e Salém já foram reprimidos por beijar em públicon nos anos 70, eu nos anos 90 já fui reprimido por beijar em um shopping famoso de Curitiba, isso que estávamosdo lado de fora do Shopping, o segurança truculento chegoe falou, aqui não é motel, nem a casa da sogra pra um casal ficar se beijando, e olhe que não beijávamos ardentemente como em 4 paredes, beijávamos de forma cúmplce, e bonita.
Assim podemos ver que a sociedade continua da mesma forma, preconceituosa, arrogante, capitalista, e imbecíl.
Acho que o ato dos homossexuais na Bahia foi um ato de dizer, estamos cansados de ser destratados, vamos mudar essa realidade e fazer com que o pessoal nos aceite e desde já se acostume com nosso estilo.
Caetano gravou ele me deu um beijo na boca, música linda, e complexa, pode retornar agora que é moda, ou está virando moda.
De todos os temas esse é o mais delicado e complexo de se lidar, pois se trata de ser humano que recreminamos por seus atos e não ligamosao sentimento que os mesmos tem.
Está na hora de mudar suas idéias.
Araços a todos e de língua,
Luiz CArias.
Salem, eu sou meio noiado mesmo; desconfiado. O afeto é sincero. Só os abraços são falsos, como diria o Abujamra.
JOALDÍSSIMO
Que bom saber que a nave IMPERTINÁCIA aperta seus últimos parafusos pra decolar! Conte comigo e, mais uma vez, quando vier a Sampa, vamos nos ver.
beijo impertinente
salem
Interessante Teteco dizendo “tudo é sexo” e Cristina falando da timidez dos caiçaras de Ilhabela.
Vou com muita frequência à Ilhabela e consigo imaginar um beijo gay no Pier chocando muito mais os neo-paulistanos que fazem compras nas filiais das lojas caras, do que os caiçaras.
Há outras coisas que me chocaram na última vez que fui à Ilhabela: latinhas de cerveja na areia, som altíssimo nos carros e no bar à esquerda do Pier e preços exorbitantes na farmácia.
Claro que um beijo gay chocaria os caiçaras. Mas é assim que as coisas começam a deixar de ser “chocantes”. Do contrário, eles estariam isolados até hoje, numa espécie de demarcação das águas.
Quando Teteco disse que “tudo é sexo” me lembrei dele falando com tocante sinceridade sobre o que percebia na intimidade do PT. A minha geração politizada e os meus professores de História adoravam o bordão “todo ato é um ato político”. Achava essa uma frase de efeito. Embora, seu sentido fosse óbvio, sempre odiei ficar vendo política em tudo.
Teteco involuntariamente recriou a frase: “todo ato é um ato sexual”. Parece bem mais instigante, embora eu também não deseje ver sexo em tudo. Mas prefiro.
Fazer sexo é melhor que fazer política. Mas há quem goze com a política.
É muito esperável mesmo que o Zé Dirceu não gostasse das canções da Tropicália. Talvez mal conseguisse ver o tanto de política que havia ali. Imagino que ele gostasse de Vandré.
Quando eu era moleque havia aqui em SP um grupo musical que tocava covers de música latino-americana, chamado Tarancón. Ele fazia a trilha sonora da esquerda. Durante anos tive horror de escutar o timbre dos charangos e da flauta polifônica horizontal.
Amava apenas o tango argentino e só fui dar algum valor ao restante da música popular da Latino-América quando Milton cantou com Mercedes Sosa. Embora, ainda sentisse razoável constrangimento.
A idéia de uma música ‘de raiz”, preservada, folclórica, de resistência servia como uma luva ao pensamento anti-imperialista que vigorava.
E a idéia de uma música promíscua, “vendida” à indústria e com influências norte-americanas como a Jovem Guarda e o Triopicalismo era entendida como um gesto de adesão.
Sexo e Política nessas horas se aproximam.
in test
salem
Caetano, compreendi sim e te dei razão quanto a “simetria” quando eu disse: “Por outro lado concordo com você que não podemos comparar os 2 casos sobre a questão do pedido de asilo…, Desta forma também retiro a comparação que fiz no post…”. Talvez a razão desta confusão tenha alguma coisa a ver com o que você escreveu: “Aprendi que os atletas cubanos não quiseram asilo brasileiro…”, esta afirmação é que me levou a pensar que você teria concordado com o que o ministro respondera a Merval Pereira, do Globo. De qualquer forma, creio que não interpretei bem o que você escreveu, desculpe-me.
Quanto a passagem no Mercado Modelo, este meu namorado, que era baiano e morava em São Paulo a alguns anos, fazia uma observação muito semelhante com relação a este conservadorismo paulista, ele sempre dizia que na Bahia não era assim, por isso quando fomos chamado a atenção em Salvador, senti que ele ficou um pouco desapontado, mais não se deu por vencido, foi logo justificando que esta represaria deveria ter vindo de uma denuncia de um senhor muito velho, dono de uma das lojas, que ficava o tempo todo contando dinheiro, segundo ele, o tal senhor por pura inveja, por não ter uma pessoa para beijar, teria tramado contra a gente. Não sei se isso foi verdade, mais também não tinha importância alguma, me lembro que achei graça na forma que ele falou. Foi um dia maravilhoso, completo, que me deu material para escrever um belo conto, cheio de poesia, paisagens, magias, erotismo e sensualidade. Tenho paixão incondicional pela Bahia! E pelos baianos também. A expressão de afeto entre as pessoas é sempre lindo.
Beijos
Fui ver o vídeo da Bethânia e Rodrigo, e como é uma simpatia o Rodrigo, já o tinha visto em outros vídeos pelo youtube, este sorriso aberto e farto é sempre delicioso de se ver, coisas da família Veloso! Também andei vendo Pedrinha de Aruanda com Maria Bethânia, nossa quem ainda não viu tem que ver, Caetano cantando Tristeza do Zeca para mim foi inusitado e gostei muito, Dona Cano é sempre única.
Salem como o mundo é pequeno, estava lendo a respeito do Jaime Alem no myspace e vi que o grupo Tarancón também interpretou musicas de autoria dele, me chamou a atenção porque tinha acabado de ler o seu comentário. Esta coisa da flauta, de Tarancon, me fez lembrar do grupo Raízes de América.
http://www.youtube.com/watch?v=67AXSpq9mVE&feature=related
Rafael voltou com tudo, muitos passeios e muitas estórias, também acho gostoso musica na praia do jeito que você colocou, tem momentos para tudo, tem horas que você quer escutar as ondas, outras brincar numa roda de samba (praia me parece ter tudo a ver com isso), e ainda tem certas horas que escutar uma musica que a gente curte passeando pela praia é muito bom.
Cristina, particularmente, gosto muito desta forma, algumas vezes ate exagerada, de como os italianos expressam suas emoções, como eles se unem em determinados momentos, seja pela dor ou pela raiva, tem algumas vezes que parece um tsunami.
Penso que muitos italianos são conservadores, não somente os de “campanha” mais de certa forma muito os são. O Franco costuma dizer que aqui estamos na “barra da saia do Papa”, ou seja, aqui a igreja é quem controla e contribui para manutenção desta visão mais conservadora com relação ao comportamento humano, e o Santo Padre deixa isso bem claro em todos os seus sermões dominicais. Quando se pensa em fazer alguma lei que vá contra aos princípios morais da igreja, é uma loucura como se vê esta interferência, a igreja católica bombardeia abertamente, e muitas vezes impede que as “tais leis” cheguem sequer ao parlamento (união gay, divorcio em menos tempo, etc.), ou então, ao contrario, um exemplo recente disso a urgência em se aprovar uma lei para regulamentar ou impedir a eutanásia. Não quero com isso jogar a culpa do conservadorismo italiano na igreja católica, apenas estou apontando para um lado que penso ser importante, da mesma forma que não vejo somente aspectos negativos, tem um lado humano que gosto muito
Beijos a todos
Joaldo,
tenho alguns vinys do “tarancón”. quando criança vi muitos shows deles no TCA.
halter maia, que fez parte do grupo nos 70s [e também fez parte de outro grupo sensacional, o "quintaessência"] foi muito importante na formação de 3 dos 5 integrantes do teclas. mora até hoje aqui em salvador. grande músico.
olha o “quintaessência” aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=XbL45s8D7rA
e o “tarancón” com halter:
http://www.youtube.com/watch?v=PoEMraUFqfU
abraço hermano e hermanos!
Os espíritas, no livro editado pela Funarte, narram toda a vida de Assis Valente sem sequer mencionar sua homossexualidade, deixando muitos episódios como mistérios inexplicáveis (sumiços dele que duravam muitos dias, a nítida impressão que deixava nos amigos de, mesmo quando ainda solteiro, levar uma espécie de vida dupla…). Num apêndice, concluem o livro com uma reflexão que me lembrou o que Paulo Francis escreveu sobre Cole Porter quando, ao elegerem o repertório desse compositor, os ativistas que recolhiam fundos para a campanha contra a AIDS disseram de público que ele tinha sido homossexual: segundo Francis, como segundo o casal espírita, não há por que revelar esse tipo de segredo íntimo de quem o manteve guardado enquanto vivia. Acho que Millôr Fernandes citou outro dia uma frase gozadíssima de Somerset Mougham a respeito (algo sobre sobre ter sido discreto sobre sua própria veadagaem), mas Millôr estava mais fazendo mofa com a atitude de Maugham do que o contrário. Francis e os espíritas têm sua razão.Tirar as pessoas do armário depois de mortas parece aético. Gostei da biografia de Assis, chamo o casal que a escreveu de “os espíritas” porque não lhes lembro os nomes - e porque achei hilária a explicação final. Eles dizem que casos de homossexualidade se dão porque certas homens nasceram mulheres em vida passada e provavelmente tiveram vida sexual insatisfatória. Algo assim. Escrevi comentário irônico a respeito no texto do encarte de Tropcália 2. É que penso, tanto no caso de Porter quanto no de Assis, que a mesma opressão que os levou a esconder do público seus desejos e seus prazeres é que é defendida por esses observaodres conservadores. (Aliás, no caso de Porter a atividade homossexual não era escondida nem dos amigos nem de sua esposa nem de quem quer que vivesse no ou perto do ambiente do show business americano - New York ou LA - nos anos 30, 40, 50 e 60: ele escancarava e dava festas de super arromba.)
Salem,
Pensei, pensei e não cheguei a conclusão alguma sobre como reformular o que já havia falado antes. Talvez de maneira muito dispersa, talvez confusa, talvez assertiva demais. De qualquer sorte, tento melhorar:
Veja que você já colocou no papo os adolescentes, mas me refiro especificamente a crianças (que hoje, obviamene, amadurecem mais cedo - por que será?). Com adolescentes, é outro papo e tudo o que você falou procede.
Creio que estejamos todos de acordo com o fato de que problemas como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez prematura sejam, por si só, graves o suficiente para que não os ignoremos. Toda e qualquer manifestação pública (sobretudo ligadas a imagens e sons) que estimule estes fatos deveria ser considerada com cuidado.
Não ligo a exposição a música a nenhum fato - não há objetivo deliberado em atingir crianças da parte de ninguém. Citei o lance dos Mamonas, que tiraram os seios grandes e puseram as inocentes mamoninhas verdes após detectarem o fascínio das crianças com a banda. Mesmo eles sabiam que o terreno é delicado.
Rosana resumiu tudo numa frase simples e eficaz: tudo tem seu tempo.
Minha preocupação com relação às crianças baseia-se nos ciclos de desenvolvimento (setênios) e nas consequências que possam advir de uma inadequada alimentação anímica. Mas tenho consciência do quanto meu papo parece antiquado, de tão idealista que parece ser. Ao contrário do que disseram, não é manter as crianças num “limbo” (quem dera se todo limbo fosse como uma infância preservada). Cada setênio tem seus desenvolvimentos e é razoável que procuremos em cada um deles desenvolver o máximo de potencialidade possível. Imitação sem sentido não deveria fazer parte. As imagens eróticas (e também os sons) não são processadas como nos adultos, obviamente. Mas não devemos desprezar o fato de que elas fiquem guardadas no inconsciente (sabemos que prejuízos podem decorrer deste fato? - não num sentido moralista, num sentido de prejuízo ao desenvolvimento).
Além do mais, nem cheguei a entrar propriamente na análise musical: a excessiva presença do RITMO (como aqui no Brasil é empregado) por si só é algo que assusta no caso específico das crianças, pois ao contrário de levar “alegria”, leva atordoamento à formação da consciência. Os temperamentos (colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático) funcionam de acordo com critérios muito particulares. A saúde anímica e o desenvolvimento volitivo podem, sim, ser prejudicados pela audição excessiva de uma música pautada quase que exclusivamente na parte rítmica. As crianças respondem de maneira imediata ao ritmo e isto não é à toa, tem a ver com a formação dos seus órgãos internos. Nos temperamentos o ritmo é vinculado ao temperamento colérico; se quisermos terapeuticamente tratar uma criança desanimada, devemos prepará-la para o ritmo. Se utilizarmos o ritmo numa criança já muito desperta, será over. As crianças, normalmente, já são despertas; elas se vinculam ao ritmo por identificação e é por isso que deveriam ser preservadas dos seus excessos.
A melodia corresponde ao pensar, a harmonia ao sentir e o ritmo ao querer.
Bem, o tema é longo e infelizmente não tem como escrever pouco. Se houver interesse, vamos adiante.
Abraço,
talvez o que me fez ter coragem de comentar foi a surpresa que tive em ver Caetano falando de futebol..que coisa maravilhosa!!sou torcedor do sport clube do recife que recentemente ganhou um título nacional de futebol ( isso nos orgulhou muito)o mesmo sport time do coração de Ariano Suassuna paraibano que adotou Pernambuco como seu lar a anos!!!esse estado que tem Recife como capital onde Caetano vai abrir oficialmente o carnaval desse ano!!!!
SALEM and MARCOS LACERDA, aguardem, por e-mail, convocação pra vocês serem pilares da construção da IMPERTINÁCIA!
Já é quase Carnavaaaaaaaaaaaal:
Noite dos Mascarados
uma canção para todas as épocas!
Marcos Lacerda, em minha opinião, LIVRO é o melhor disco de sempre de Caetano
Oi, Caetano e pessoal.
Não acho o texto de Verdade Tropical confuso, não. Acho que em geral ele é ponderado: expõe uma tese, desenvolve uma antítese e com frequência a síntese é o leitor é que tem de fazer. Ele é rico porque deixa lacunas para que se entenda determinadas posições de diferentes formas e leituras.
Eu só acho que se o termo “aleijão” foi dado a esse r do dialeto caipira, seria melhor corrigir para retroflexo. Porque tem gente que pode chamar os falantes de “aleijados” a partir daí.
Salém: sobre Dirceu, ele disse que na época estava mais ligado em cinema e não curtia tanto a música. Os festivais surgiram muito como reação ao rock da Jovem Guarda, que ganhava muito espaços nas TV e nas rádios.
Tiveram aura de resistência cultural universitária. Os jovens dos CPCs iam aos festivais apoiar o Vandré, dentre outros. Os tropicalistas sabiam que parte do público ou até do júri não gostava, tanto que falavam em “invadir a praia dos emepebistas”.
HER-MANITO ESSE É O QUE VALE
Nandíssimo
Aqui em SP há muitas bandas mirins (de 4 a 10 anos) com trabalhos maravilhosos inteiramente calçados no ritmo. O Bate-Lata especialmente é a que mais amo. O ritmo é forte, intenso, mágico e os instrumentos lindos, todos feitos pelas crianças. A formação musical e corporal dos indiozinhos é essencialmente ritmica.
Aqui em Sampa tem também o Barbatuques que é um grupo de percurssão corporal integrado por jovens universitários e que é adorado pelo público infantil.
O ritmo é o motor da formação corporal e a sexualidade é UM dos ingredientes presentes nesse lindo processo de crescimento e maturação. Ver só a sexualidade nisso seria entrar num embaçódromo.
Você diz que: “hoje, obviamene, (as crianças) amadurecem mais cedo”. Não diria isso.
Diria que adolescem mais cedo e saem da adolescência mais tarde. O período moratório da adolescência, criado na modernidade, vem crescendo em todo planeta.
Há muitas hipóteses para o fenômeno. Gosto muito e recomendo o livrinho Adolescência de Contardo Calligaris.
Ali ele vai além do nosso papo (entender a precocidade sexual da molecada). Ele fala da “idealização” da adolescência como período desejável de prazer. Interessante que todos nós saibamos que, ao contrário de tal idealização exposta nos comerciais de TV, a adolescência é um período duro de roer.
A instituição do “ficar” é um avanço gigantesco! Um movimento natural e evolutivo de defesa do espaço sexual, do treino e da experimentação. Uma conquista da molecada! Pensemos no tabu do casamento/virgindade e comparemos com a situação atual.
O preço desse novo momento é alto mesmo. A gravidez na adolescência é uma das contas a pagar. Mas as pesquisas no Brasil mostram um fenômeno curioso: em números totais houve uma queda de adolescentes grávidas no último trênio, mas na classe média aumentou.
Misteriosamente, os adolescentes com maior acesso à informação, à prevenção e ao uso da camisinha é que estão surpreendendo nas estatísticas.
Será que é o hiper-estímulo sexual da mídia? Não acho.
Quanto aos pequeninos não sou tão fóbico não. Torço de verdade para que não virem mini-adolescentes precoces. Mas nem de longe vejo esse fenômeno de comportamento ligado à música.
No velho carnaval, homens vestidos de mulheres nunca foram interpretados como estimuladores da homossexualidade por exemplo.
As estatísticas podem se tornar amigas do preconceito. A interpretação delas é que é o bicho. Poucos fazem esse trabalho sem deslizar e cair na conclusão fácil.
No meu blog, escrevi um texto sobre a apresentadora mirim, Maísa. Gosto dela. Ela é o exemplo típico do telhado de vidro infantil. Pedagogos adoram execrá-la. Já antevêm uma adolescência problemática e uma vida adulta com muita droga e depressão.
Na mesma medida em que idealizamos a adolescência, diabolizamos a infância. Nós as vezes é que encarnamos o “boi da cara preta”.
Não acho que seria um problema se os Mamonas usassem os tais “peitões”.
Aquele brinquedinho que tem em todo Brasil com um padre que a gente aperta e vê nascer um pau enorme saindo da batina, por exemplo. Aquilo prejudicou ou prejudica a formação da sexualidade de uma criança? Eu duvido.
beijo na testa
salem
http://www.sistemaodia.com/noticias/istoe-o-plano-de-aecio-para-2010-o-psdb-nao-pode-ter-medo-11053.html
Ele, de fato, será candidato à presidência. Que medo….
“Liberdade, essa palavra”
E dá-lhe beijo!
Boa noite a todos os blogueiros de plantão.
Discordo de Paulo Osório, o melhor disco de sempre de Caetano, é sempre o próximo.
Livro é um álbum fascinante, mais há diversos cds, e dvd´s que são obra de arte de caetano.
Um deles, é C~e com linguagem atual e bonita, e com harmonias distintas de um cantor de mpb.
Obra em progresso também parece ser algo bonito e fascinante através das obras que já vimos e ouvimos aqui.
Minha curiosidade é maior que minha vontade de ficar quieto e perguntar qual das versões da Imcompatibilidade foi a mais votada?
Em suma qual a melhor música de Caetano, eu me identifico muito com uma, que diz exatamente como eu sou, e chamase Todo Errado.
Lendo ultimamente as notícias de Guantanamo, e da base que está sendo ou foi desativada, me parece que a canção de Caetano ecoou aos americanos e a Obama como um alerta de desrespeito ao ser humano que vivia lá sobre torutra e ameaça.
Caetano quebrou a barreira do oculto e mandou ver, foi show.
Semana que vem é carnaval e Caetano vai abrir o carnaval em Recife, vai ao Rio para ver a MAngueira, e vai a Salvador puxar o trio ó pai ó, que show.
Que sonoridade e estiçlo estranho a do psirico, pela primeira vez pude ouver, ver e estranhar o som, diferente de tudo que já ouvi, sei lá meio estranho e bonito a sonoridade.
Ultimamante tenho ouvido muita coisa diferente, desde FatBoy Slim a Mallu Magalhães, e de CAetano a Banda Vexame. To fundino a cuca.
Sou conta Hugo Chavez e Morales, presidentes ditadores que se aliarem a Fidel, poderão causar grandes estragos ao mundo e as Américas.
Nessa semana vi que ta na moda, a compra de músicas pela internet, o Paralamas estará vendendo seu novo álbum pela internet, acho essa moda cafona, e não sou a favor disto. Gosto é de cd, com capa, livreto do cd, e as fotos e letras que fazem parte da capa do cd.
Só baixo música da internet em último caso, e músicas que só me interessam por momentos. Se não gosto de todo o cs, ai baixo uma ou duas.
Sou compulsivo por dvd´s e shows em dvd´s, curto desde Maná, a Sidney Magal, acho bonito ter tudo original e conseguir fazer minha coleção de obras de arte e futuramente mostrar a meus filhos o gosto distinto e complexo que tenho de músicas atuais, antigas e futuras.
Bom por momento é isso, saudações a todos,
Luiz Carias.
Boa noite tava relendo uns posts aqui e não concordo com o que a Cristina falor de paulistas tímidos.
Não tenho a mesma visão que a Cristina teve ao relatar, que paulistas têm de certa forma pudor ao ver beijos e que caiçaras gays são tímidos.
Ha gays e tímidos em todos os cantos do mundo, uns são mais recatados outros mais abertos, e creio que Caetano destacou bem, antigamente havia muito mais preconceito e era muito mais coibido o ato ou ser, do que é hoje.
Há tempos vi na Folha de São Paulo Caetano chamando Paulo Francis de bixa amarga, em uma discussão ou uma crítica que francis fez a Caetano pelos shows em New York.
Acho que o segurança do shopping errou ao abordar e ao pedir para que o casal parasse de se beijar.
Joaldo visitei seu blog, espero que retribua a visita, quer dizer que tu é poeta então, gostei do que vi lá no blog, os poemas e tudo mais, pena que não tem como comentar, então comento por aqui, muito bacana a esfera de seu blog, gostei mesmo do que vi. Parabéns.
Estou com saudades de argumentar com Salém e provocá-lo ao extremo para cairmos naquela discussão bacana sobre pontos de vista.
Me sinto um andarilho no sederto, pois caminho e não vejo nada na imensidão, só areia e sol, e as idéias não surgem mais para nada. Acho que já estou delirando a ter uma paisagem única na testa, que diz Go alone.
Até breve a todos,
Luiz CArias.
Olá, Caetano!
Isso do “há (…) atrás” é mesmo controverso. Não acho que seja nada muito grave, mas a reiteração implica numa redundância, porque ao dizer “há”, flexionando o verbo haver, já se coloca a idéia do passado. O “atrás”, portanto, fica como apêndice pleonástico.
Seria como escrever: “o disco será lançado daqui a dois meses adiante” (desculpe o exemplo tosco).
Claro que para muita gente isso pouco importa, mas eu sou um desses bocós que cometem erros desse tipo (como quando escrevi “o óculos” e voltei aos comentários para ME corrigir). E às vezes noto que você também se policia.
As pessoas zombam de quem procura saber as formas corretas, sei disso. Mas não ligo, e acho que você também não liga.
Só espero que ninguém da Caros Amigos nos esteja policiando nesta conversa. Eles odeiam as normatizações lingüísticas e defendem o livre-conhecimento quase anárquico, embora adorem ostentar todos os títulos acadêmicos sempre que assinam um artigo.
Já reparou?
Beijos a todos.
(e não venha com esses olhinhos de bandido e sorriso santamarense dizendo que é há de “haver os posts”)
Sobre Assis Valente: Valeu, Caetano! Vou atrás desse livro, finalmente. Já havia lido sua menção a ele no encarte do Tropicália 2. Eu tinha, então, 13 anos. Li a expressão “clima de obscurantismo e subterfúgios”, como vc escreveu, e pensei “Porra, esse livro deve ser o diabo!”. Assis é foda.
Parêntesis: perdoem-me os palavrões; mas morando fora, percebi que talvez nós, baianos, xinguemos mais e mais naturalmente que os outros brasileiros. Aliás, já havia pensado sobre isso quando assisti a um jogo de futebol no Beira-Rio, em Porto Alegre: Inter/RS X Cruzeiro. Não ouvi UM xingamento sequer durante o jogo, e pensava: como é possivel?! De maneiras que: a conversa incrementada com alguns palavrões é sinal de que a gente provavelmente está à vontade. Mas é isso mesmo, morar fora é uma experiência legal pra gente se sentir bem mais pertencente ao lugar de onde viemos, por assim dizer.
Fecha parêntesis.
Dizia eu: Assis Valente é foda. “Meu moreno fez bobagem” é uma das coisas mais lindas do mundo.
Sobre Emerson: O meu xará foi um dos melhores goleiros, um dos melhores jogadores que eu vi em ação no Bahia; um grande ídolo. Lembro do grito ritmado da torcida (lá vem palavrão): Puta que pariu! É o melhor goleiro do Brasil! Ao que me consta, ele continua vivendo em Salvador, mesmo tendo deixado o Bahia e posteriormente o Vitória. De vez em quando eu o via pelas ruas de Salvador. Um brinde a ele!
Sobre beijo em público: rola muito isso aqui no Rio; casais nos muros, nos postes, nos bancos de praça, na praia, por toda a parte; trocando, além de beijos, abraços e muitas outras demonstrações de carinho. E acho isso absolutamente lindo, dá uma vontade bem grande de fazer a mesma coisa. Lembrei de uma música de Tom Jobim e Chico:
Juro que um dia eu vi um homem ser feliz
Mas… Só vejo pela rua beijos heterosexuais. Homossexuais, muito mais entre meninas e só em alguns locais específicos, como o Circo Voador.
Sobre Caetano: toquei outro dia pra minha namorada a Oração ao Tempo, que ela não conhecia, e foi um momento especialíssimo. De foder. Obrigado, Caetano!
Sobre Exequiela: seu jeito de escrever é muito lindo. Com todo respeito, um tesão. Como é tesão em espanhol?
Abraços!
Bueno, bueno. Creo que se aplicó la censura con algo que envié el viernes. Me conecté hoy lunes y no los veo. A decir verdad no lo comparto aunque esto es lo que deben pensar todos cuando le censuran algo. Eran algunos “cuentitos” de Eduardo Galeano acordes a los temas tratados por Caetano en este post. Uno refería al Mundial de 1950 y lo comenté en el post anterior, el de DB & CS por “miedo” y si se quiere también por diversión.
¿Porqué uno debe seguir rigurosamente los tiempos de Caetano?. Acepto que es su página y debo cumplir las reglas pero ¿no puedo ir para atrás y comentar en otros lugares, en fechas más viejas?. ¿Y si yo no quería que Caetano cambiara tan rápido de post y sigo escribiendo mis comentarios allí por los siglos de los siglos?. ¿Está prohibido?.Ya dije cantidad de veces que soy lenta y no miento. Recién este año comencé a usar celular por razones de fuerza mayor y mi primer mensaje de texto lo mandé hace más o menos un mes. En mi casa no hubo teléfono común hasta que cumplí 18 años, no tuve televisor como hasta los 12 años y el primero en colores lo compraron mis padres en el año 1992, recién en el año 2004 “descubrí” internet, jamás use el messenger o cosa parecida y hace como un mes que estoy por crearme una cuenta en Orkut para contactarme con Joaldo, Exequiela y Vero, estando todavía en veremos.
En fin, no me enojé por supuesto, pero me hizo gracia ya que si no fuera por esas 3 personas que nombré y por Caetano obviamente, diría que en esta OeP soy invisible. Sinceramente si yo me encontrara con esos mamotretos que mando tampoco me leería. Me agoto solo de pensarlo. Pero pienso que cada uno encuentra aquí su lugar, algunos haciendo amigos, otros entrando en polémicas interesantes, otros también escribiendo mamotretos y de todo como en botica.
¿Señor o señora?. ¿O los dos a la vez?. ¿O a veces él es ella, y a veces ella es él?. En las profundidades de la mar, nunca se sabe.
Bueno, los otros “cuentitos” me los reservo por las dudas para no ser amonestada nuevamente. Sinceramente el del Mundial del 50 me encanta y no se si a estas alturas es algo que siga teniendo tanta importancia en Brasil. Caetano ya había nacido pero era un niño cuando se jugó y la mayoría de los que lo vivieron vaya uno a saber donde están hoy en día pero que para muchos fue un día horrible, trágico, no hay dudas. Para las nuevas generaciones debe ser solo una anécdota de “viejos”, de la prehistoria.
Con respecto a los besos, bueno, me encantó como Caetano describió su beso censurado, beso de pareja de tiempo, de reafirmación de cariño. Recordaba la anécdota de Verdad Tropical pero creo que no había dado mayores detalles y me identifiqué totalmente con ese tipo de beso. Ando mucho en ómnibus y me ha pasado más de una vez que en el asiento de adelante haya alguna pareja (siempre jóvenes) que están en su mundo, perdidos en un beso interminable al que le sigue otro y luego otro y a decir verdad me empiezo a poner nerviosa y no se por que. No me molesta pero no me deja indiferente y miro de reojo de a ratos pero con cierta inquietud que muchas veces estoy segura que comparte mi compañero/a de asiento. Me vine calor, siento que mis mejillas se ponen coloradas y me digo ¿no se ahogarán?. Si voy con mi esposo, nos reímos, seguimos en lo nuestro, y pienso que el piensa que yo estoy pensando ¿te acordás?, y al mismo tiempo yo pienso que el está pensando ¿te acordás?.
En fin, nunca vi que reprimieran a nadie por esto. Ahora, parejas del mismo sexo no es muy común y tengo que hacer memoria. Recuerdo una pareja de chicas en la facultad que andaban de la mano pero nada más. Nunca tuve experiencias con chicas pero a decir verdad no me horrorizan como a veces escucho a algunos. Nunca se me dio pero no soy de decir ni loca, que asco.No. Es más, a veces entre nosotras (somos 4 amigas del alma) hacemos chistes sobre esto y decimos que deberíamos probar entre nosotras pero todo queda en el chiste.
Se ha hablado de personas del mismo sexo besándose pero también me parece que hay un tabú con respecto a los “mayores”. Que los jóvenes se besen, aunque sean de disitinto sexo, bueno, vaya y pase. Pero, ¿cuántos quisieran censurar, se horrorizarían y pondrían el grito en el cielo si se cruzan con un par de “mayores” (y no se a partir de que edad se es “mayor” para estas demostraciones en público) en un shopping lleno de gente?. Creo que esto para muchos, y específicamente para muchos “jóvenes” sería un “atentado violento al pudor”, algo desagrdable, esos viejos, por favor, que ridículos. No leí los comentarios y no se si alguien comento sobre esto.
Me incluyo quizás en los que se sorprenderían de por ejemplo ver a “mayores” en un ómnibus dándose un beso interminable de lengua. Me soprendería pero me encantaría al mismo tiempo y también me incomodaría un poco, supongo. Y ni que hablar si además de viejos son del mismo sexo. Bueno, esto ya sería “intolerable” para muchos, rozaría la depravación.
Bueno el asunto de los besos da para mucho por cierto. Yo puedo hablar de este tema con propiedad porque tengo gran experiencia. He besado en toda mi vida a ¡2 personas!. Ya dije que era lenta. Estoy esperando por el tercero pero no me decido. Tiene que ser alguien super recontra plus ya que esperé tanto tiempo pero sinceramente no aparece nadie super recontra plus para que me decida. Sigo esperando. Pero a no engañarse, no, no. En mi cabecita he dado cada besos que sólo de pensarlo me pongo nerviosa. Dejémoslo por acá.
VERO:
EXEQUIELA:
Que discreta que es Ud. mi amiga. Así me gusta. Usted entiende enseguida como se debe tratar a una mujer “herida”. ¿No son mejores las minúsculas en estos casos?. Pienso que concuerda conmigo. Y yo concuerdo con Usted en que las fotos están muy buenas pero sus primeros trabajos fueron realmente impactantes y abrieron un camino para las generaciones futuras de fotografos/as. Creo que Caetano se quedó corto cuando habló de c.s. Tampoco soy una necia y debo reconocer que es una gran artista y no me refiero a artista mujer, digo ARTISTA en general. Realmente es alguien que ha tenido una influencia inmensa en otros artistas, dicho por especialistas y hoy en día es considerada una “star” dentro del mundo del arte. Aunque estas “listas” siempre vienen elaboradas por “entendidos” del norte por cierto. Este tema da para mucho también y no es precisamente mi tema. Pero bueno, cuando le pregunté a mi esposo si conocía a cs. y me dijo que ¡cómo no la iba a conocer! tuve que aceptar que “existía” y acá estoy “herida” de muerte pero todavía con vida. Estuve pensando y en realidad Caetano debió haber escrito CINDY SHERMAN & david b. Esto hubiera sido lo más acertado y hubiera hecho justicia a las “importancias” e influencias actuales en el mundo de cada uno. Como ve mi querida amiga, hoy me atacó por el lado de la defensa de género. ¡Arriba las mujeres!. Y gracias por su consideración. Me pregunto porque hoy la he tratado de Usted. No sé, me salió así. Disculpe la formalidad. Y creo que nos parecemos, soy bastante “araña” y no me gusta que me toqueteen y besuqueen a cada rato. No, necesito mucho aire para respirar. Pero oh sorpresa, en mis sueños soy “otra”, a veces parezco un “chiclet”, depende del afortunado en cuestión. ¿Cual seré realmente?. No lo se.
Encontrei este artigo publicado em 13 de abril de 1989:
Achei isso o máximo, depois duvidei e voltei a gostar. No fundo, no fundo é isso. Ninguém precisa sair por aí dizendo que é hétero. Acho que a liberdade sexual samba para esse lado. A não necessidade de ser uma coisa ou outra, o não precisar proclamar para os quatro cantos aquilo que se é sexualmente quando se deseja amar, trabalhar, etc.
Prefiro o que os espíritas falam sobre esse assunto do que a negação imposta pela igreja católica e muitas evangélicas.
Deixo aqui um trecho da entrevista do Ney Matogrosso para a revista Piauí (maio de 2008):
“EU tinha horror a homossexuais, era um fantasma que me assombrava. O dormitório do quartel ficava fora do prédio principal. Numa noite quente, sem conseguir dormir por causa do calor, saí para uma varanda. Ali, vi dois remadores do quartel, homens másculos abraçados. Um estava sentado na mureta e o outro, em pé, encaixados num abraço que ia muito além de sexo. Tinha um amor ali. Era como se eles estivessem dentro de uma bolha, desligados do mundo. Vislumbrei o que eu temia. Pensava que um homem tinha que virar mulherzinha para namorar outro homem, e esse era o meu pavor. Quando vi dois homens fortes completamente entregues um ao outro, tive um choque. Me comovi com a verdade daquele amor, mas fiquei profundamente incomodado. Talvez ali eu tenha admitido a possibilidade de um outro caminho. Quando me lembrava dessa cena, pensava: nunca vou fazer só por fazer; vou fazer com quem eu encontre a possibilidade daquele amor.”
*Beijão para a Mirian, pro Teteco e para o Glauber.
Labi: nos meios guêis que conheço em Porto Alegre, “dar a Elza” significa “tomar emprestado sem avisar”. Ou roubar, digamos. Mas não é um roubar; acho que é mais uma coisa de cleptomania, sei lá. Algo mais elegante e não acintoso (?). Em Salvador, acho que ouvi isso de amigos guêis também. Mas nunca imaginei essa crase (dar à Elza), porque pra mim ninguém dava nada a Elza alguma. Se assim fosse, a coisa toda ganharia ares de Robin Hood, restando mais do que nunca descobrirmos quem é/foi Elza. Quando eu ouvia isso, era mais para se referir a alguém que estivesse agindo “tal como” Elza, tipo: “dar uma de Elza”. Enfim, a curiosidade persiste.
***
Mas esse assunto do shopping aí, bah… Vi a frase de um amigo no MSN, convocando para um “beijaço no igaytemi”, e já imaginei o que havia acontecido. Não é muito difícil… e o movimento é bem organizado em Salvador.
Não há dúvidas de que algumas demonstrações heteroafetivas também sejam reprimidas em locais públicos, quanto mais, as “ousadas”, e quanto mais, em locais ortodoxos, ou seja: onde o medo de amar se faz lei. Aliás, lembro agora de uma placa que vi num restaurante em Itabira, terra de Drummond, daquelas que proibia “entrar sem camisa”, “manifestações de afeto” e etc., mas com a maravilhosa justificativa: “(…)este é um ambiente de família”. Claro. Família e afeto, nada a ver. Serão os 80% de ferro nas almas, como escreveu o poeta? Bem, não é privilégio de itabirenses (aliás me fez muito bem a passagem por lá, cidade de gente acolhedora, em que pese aquele cartaz, rs).
E justamente por tudo isso, me parece óbvio: o segurança do shopping soteropolitano agiu daquela forma somente por se tratar de um beijo homoafetivo, sim. Espere aí — homoafetivo? Sim, isto existe! Que descoberta esta, a de uma sociedade homofóbica: as homossexualidades também querem sentir e trocar afetos! E, em meio aos rostos surpresos, que vêem muito mais “ousadia” (?) nos afetos homo do que nos héteros, acabamos por lembrar os padres - afinal, o pecado era todo “da carne”, meio desalmado (exceções a alguns padres libertináceos e não homofóbicos, como Boff).
Convivo em uma cidade (Porto Alegre) que, julgo eu, têm mais abertura à instituição do machismo e da heteronormatividade do que Salvador. Flagrar-se-iam mais facilmente homens e mulheres agindo como se estivessem sendo invadidos… por um afeto. E o que é mais triste: elas (as pessoas mais ou menos homofóbicas) estão, de fato, sendo invadidas por um afeto. Pessoas homofóbicas em geral têm mais dificuldade em perceber a afetividade implícita de uma libido correspondida. É como se fossem dois opostos: corpo e coração (ao invés do corpo/cérebro cartesiano). Há um quê de entender sexo como uma função: isso foi feito pra isso, não foi feito para aquilo. Sentir? (Não vou procurar na bíblia, mas será que deus também não ‘viu que era bom’, para além da função de conceber?)
Então:
Que seja um crime sentir medo de um afeto, convenhamos, já é algo bem absurdo. Mas, absurdamente, isso pode ser um bom dispositivo, diante de respostas mais violentas que certas pessoas amedrontadas protagonizam contra guêis, lésbicas e travestis. Algumas até matam, e não é nenhum brinquedo, é morte violenta mesmo, é pôr fogo, é esfaquear setenta vezes; não para matar, mas para acabar com tudo que simbolizava aquela vida. Então, já que estamos falando de vários absurdos dentro de um absurdo maior, e já que virou lei mesmo, nada como tratarmos essa questão (sempre que se têm a $orte de recorrer) através da boa e velha linguagem monetária, em cujos absurdos se farão entender, os (literalmente) mal-entendidos.
Diga-se de passagem: a Olaria, shopping/cervejaria metida a besta da Cidade Baixa de Porto Alegre, recebia de bom grado a presença cada vez maior de clientes guêis - desde que fossem bons consumidores. Aos guêis pobres, os seguranças é que faziam as vezes da recepção. A um certo ponto, não sei se rolou “beijaço”, mas houveram retratações por parte das pessoas e dos movimentos LGBT. Não quero parecer um marxista ortodoxo, mas as questões de classe persistem ainda diante das questões de liberdades individuais. Movimentos de lutas sobre o direito ao próprio corpo, como o feminista e o antiproibicionista (aborto ou usos de drogas) que o digam. É como no financiamento do Banco Mundial para ações no combate ao HIV no Brasil: a mão que afaga é a mesma que apedreja. Então, devemos “punir” com ações educativas, para o resgate da cidadania? No papel, é bonito. Mas me engana que eu gosto: não se resgata o que nunca se teve. Ação educativa, pra mim, é incentivar as pessoas diretamente atingidas (em especial as pobres) a lutarem pela jurisprudência, e fazerem valer, diante dos cegos e dos caretas, todos os seus direitos.
PS: Joaldo, seu impertinaz: o que você nos diz a respeito, enquanto advogado? rs
Abraços!