O Guarani (30/12/2008)
O GUARANI |
30/12/2008 5:28 pm |
Fui com Tom e Cezar Mendes ao cinema ontem. Tom adora comédia e filmes falados em português (inclusive dublados: aos 8, 9 anos ele perguntava, ao ouvir canções ou diálogos de filmes em inglês: “pai, a gente tem que ouvir essa língua horrorosa?”). Ele queria ver “Se eu fosse você 2″ - tinha visto o 1 comigo e tinha adorado. Adoramos esse 2 também. Mas o importante é que foi no Espaço de Cinema Glauber Rocha, projeto de recuperação do Cine Guarani, sonhado por Cláudio Marques (acho que foi esse o nome que me disseram) e tornado realidade com a participação do Unibanco. Entrar no saguão e ver que os painéis de Carybé estão lá intactos foi comovedor. Quase todos os filmes que mais amo foram vistos pela primeira vez nesse cinema. Ele se chamava Guarani e, quando Glauber morreu, Antônio Carlos Magalhães mudou-lhe o nome para Cine Glauber Rocha - e pôs uma reprodução do grafismo de Rogério Duarte para o cartaz de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” na frente. A homenagem era mais do que merecida: quando eu ia às matinais dominicais do Guarani, Glauber excitava a inteligência da cidade para o cinema e desprovincianizava Salvador. Nos artigos do Diário de Notícias, nas palestras pra lá de informais feitas antes de algumas projeções do Clube de Cinema de Walter da Silveira e, finalmente, nos filmes que passou a fazer, Glauber lançou o cinema consciente na Bahia e o cinema brasileiro no mundo. De forma indelével. Vi “Deus e o Diabo” lá. “Rocco e seus irmãos” e “No balanço da horas”. E a Praça Castro Alves é o ponto de vista ideal para a Baía de Todos os Santos e para o Carnaval. O Guarani se transformou agora num Centro Unibanco de Cinema Glauber Rocha com vista para a baía. Tem café, livraria, quatro salas com equipamento de som e imagem de primeiríssima e decoração elegante. Vou voltar lá na primeira semana de 2009, sem Tom, para ver “Gomorra”, que está na sala 1. Cezar Mendes é um músico de nascença. Sem ter estudado com ninguém, ele ensina a todos. Ouve as harmonias e as reproduz sem nem pensar. Todos o conhecem dos trabalhos com Marisa Monte, sobretudo de sua partcipação nos Tribalistas. Também com Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes em trabalhos fora dessa banda-piada, que é o que, como os Doces Bárbaros, os Tribalistas foram em princípio. Cezar (é assim, com Z, que ele foi registrado) ama bossa nova e as grandes canções americanas dos anos 30. Mas foi ele a anunciar, na cerimônia do Prêmio Multishow no Theatro Municipal do Rio, a força artística de Pitty. Senti emoção muito forte ao ouvir o disco do Portishead com ele. Sem interesse por rock ou música eletrônica, Cezinha foi ficando impressionado com as relações entre as linhas melódicas cantadas pela Gibbons e as ondas de acordes que desenham riffs de gosto expressionista. Ele não perdia nem sequer um lance musicalmente interessante que pintasse. Comentou junto comigo o que havia de notável, surpreendente ou agradável na música desse grupo curioso. Cezinha é de Santo Amaro. Quando eu estava no fim da adolescência ele ainda era menino. Seu irmão, Roberto, é merecidamente famoso pela limpidez cristalina com que aborda (e transforma) todos os toques de chula e samba-de-roda do Recôcavo. Mas Cezar é o cara da sensibilidade harmônica. E do visceral bom-gosto musical. Ele não gosta de carnaval. Mas não deixa de perceber a musicalidade de uma cantora de trio se ela a possui. Ele gostou mais de “Zii e Zie” do que de “Cê”. Perguntaram o que leio. É sempre sem método. Agora achei um posfácio de Luís Felipe de Alencastro na edição de bolso do “Coração das Trevas” de Conrad e aproveitei para ler a novela na lindíssima tradução de Sergio Flaksman (que, aliás, para meu orgulho, é avô dos meus netos). Por causa disso, peguei o exemplar de “Under Western Eyes”, que me tinha sido dado por Paulo César Sousa (uma das pessoas de quem mais gosto nesse mundo - e que é um grande tradutor de Nietzsche e de Freud, além de Brecht e outros alemães) e estou lendo, assombrado, essa história apaixonante que é, também, uma visão amarga sobre a Rússia - e uma profecia (que soa como uma reflexão a posteriori) sobre o Leninismo-Stalinismo. No meio tempo, olho a história da poesia brasileira de Alexei Bueno. O que ele diz sobre os poetas concretos de São Paulo no paralelo que faz entre estes e os parnasianos é simplesmente abominável. Sob qualquer ponto de vista. Aliás, já na introdução, embirrei com o português desse poeta respeitado e erudito. Sei não. Parece coisa ruim. Falo do que estou lendo esta semana. Não sobre o que li ao longo dos anos. Talvez depois. Feliz Ano Novo. |
caets
difícil é qd esse pequeno momento dos olhos, desmonta muitas “verdades” a respeito do que acreditamos ser tão sólido e bem construído.
bons olhares pra vcs todos, aqui no blog, nesse novo ano que está nascendo.
No verão de 2006 em Salvador fui ver Roberto Mendes. Ele trouxe uma mulherada linda de Santo Amaro pra cantar com ele. Eram negras chiques.
No centro do palco, rodeado de bons músicos, Roberto tem aquele ar de quase “não-músico”, musicista, pensador. Mas quando o som começou a comer o seu modo de tocar violão me chamou atenção.
Roberto beliscava as cordas ao modo de Gil, mas com levadas muito singulares e síncopas grudadas na chula. Fiquei impressionadíssimo como a cada samba, uma levada diferente se fazia nescer daquele violão tão bem tocado.
Roberto se mantinha sereno, sério, com alguns sorrisos marotos sempre voltados aos músicos que o acompanhavam.
Na sequência do show, que foi muito bonito, assistimos a um documentário sobre a trajetória de Roberto no Recôncavo. Nunca fui à Santo Amaro, mas fiquei com uma impressão única e original daquela região. Havia algo de cultura regional e um certo eruditismo. Uma atmosfera de alta sofisticação nas falas dos habitantes tão sabedores da história local. Depois dessa enxurrada de informações sobre a chula, o samba de roda e o Recôncavo, fui falar com Roberto, que foi elegante, sério e receptivo.
Ao voltar a SP, por coincidência, minha mulher colocou o CD Circuladô no drive do carro e re-escutamos (usei o hífen ao gosto dos unificadores) Boas Vindas. Era uma outra canção. Novos sentidos se mixaram à letra que evoca a ancestralidade e o futuro.
Marinheiro Só também teve de ser convocada. Araçá Azul com Dona Edith. E lá fui eu redescobrir Caetano filtrado pelo som da chula que ainda inundava meu cérebro.
A música comigo funciona assim. Entra, fica e vai embora. Quando algo acontece, ela é reconvidada. E volta diferente pra reconhecer a vida.
E eu digo que ela é gostosa.
beijo na testa
salem
Cætano & Cinema:
http://www.youtube.com/watch?v=tnisR_sfWpc
Caetano, fico contente em saber o que cê tá lendo. Depois da sua crítica ao “olhar” o livro de Alexei Bueno, dá vontade de conferir o seu “simplesmente abominável” do paralelo do autor com concretista/parnasianos; haja tempo para tudo isso; dias atrás ganhei, a pedido, o livro do Mangabeira “o que a esquerda deve propor”. O livro “reflexivo a posteriori” sobre o Leninismo-Stalinismo tem tradução em português?
Caetano! Antes de encerrar o blog do “obra”, deixa uma listinha pra gente de livros lidos que você leu ao longo dos anos, seria bem legal!
Feliz Ano Novo (para todos)!
Insisto: Quem gosta do Portishead adora Massive Attack.
“Gomorra” é um bom filme (italiano) sobre a Mafia…
Feliz Ano Novo a todos
Novo Post oba….
Não vi o filme nem o 1 e principalmente o 2 porque estando na Itália não dá, mas vi no youtube o trailer do 2 muito engraçado mesmo! Mais o Tony Ramos é muito bom e a Gloria Pires, o elenco é muito bom, realmente tem muito para dar certo… aquela piadinha de “ainda pego aquele ursinho de todinho” é de rir mesmo porque o que eu já vi por ai de brincadeiras com este corpo peludo do Tony Ramos, o Daniel Filho foi genial nessa sacada.
Caetano se você quiser ver estas entrevistas com Salviano acho que seria legal, a qualidade da imagem não é lá essas coisas mas o som esta bom, é uma entrevista recente num programa de tv chamado Matrix depois que saiu um boato sobre um possível plano para matar o Saviano em dezembro deste ano, não sei se te interessa mas… vou postar, pelo menos tentar! Feliz 2009 e para a família toda, beijo especial a Maria Bethânia a irmãzinha de Caetano. Como vi que tem algumas cenas do filme não sei se seria interessante ver os vídeos antes ou depois do filme, embora sejam raras, mas tem gente que não gosta, eu tenho que avisar, não é?
Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=4Vrwc1JwVuQ&NR=1
Parte 2 muito interessante
http://www.youtube.com/watch?v=Dm_9zdBm0dA
Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=ibj0sqYVJBc&feature=related
Parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=cxYhtWG7a9I
Parte 6
http://www.youtube.com/watch?v=JiIwr852_6o&feature=related
Parte 7 e ultima
http://www.youtube.com/watch?v=JeI5DS2xfWc
Ontem passei pela estrada que desce de Muritiba para Cachoeira no caminho de volta para Santo Amaro.
Vc precisa ver e depois tomar uma para sentir.
Caetano segue o link de um video do You Tube, onde tem você com Brown e Marisa [ anos 90 ] - ilustrando assim a citaçao dos Tibalistas nesse post.
http://www.youtube.com/watch?v=-hhx8Jpejiw
A melhor parte é essa do Tom sobre a língua inglesa! Genial!!! Não há qualquer patrulhamento político ou ideológico, é o gosto legítimo de uma criança cujo ouvido não tolera a língua horrorosa! Talvez hoje ele até goste das músicas cantadas em inglês, né? Mas entendo como é isso, eu também não gostava dos filmes legendados, quando criança; achava uma porcaria aquilo tudo.
O Tom é o máximo! E ele votando, então? A forma decidida pela qual escolheu a versão de número 2! Excelente!
Ah, claro! E feliz ano novo
CAETANO,
CAETANO,
SE O CEZAR MENDES AQUI É COM “Z”, O PAULO CÉSAR É COM “S”, MAS O SEU “SOUZA” É MESMO COM “Z” E NÃO COM “S”!!!!
que beleza, que maravilha. feliz ano novo, caetano veloso.
Vellamíssimo
Gozado você me chamar de Salenzinho Paz e Amor no seu comentário do outro post. E em seguida, achar lindo o meu comentário sobre a o Recôncavo aqui nesse post.
Muita gente me chama de Salenzinho aqui em SP, principalmente as meninas. É bom. Mas, “paz e amor” é a primeira vez. A expressão “paz e amor” como apelido ressurgiu com o suposto amolecimento ideológico do Lula. E aqui, ao que parece, você “insinuou” (bem ao sabor de Caetano/Heloísa) que eu suavizo a questão do axé, como se tivesse uma posição conciliadora, apaziguadora. Não é verdade. Não elogio o axé pela minha possível vocação “paz e amor”. Elogio em guerra declarada ao preconceito provinciano, ao medo de ser feliz e à falsa oposição entre música de massa e música “boa” feita por entendidos.
Tenho absoluta certeza que há um elo entre o que escutei com amor no show de Roberto Mendes e o axé. Possivelmente nem ele reconheça isso. O que não me incomodaria. Aliás, não me incomoda alguém não gostar de axé. Me incomodam os discursos panfletários em nome da “boa” música que usam o axé como argumento. Isso eu combato. E combate não tem nada a ver com paz. Tem a ver com amor.
De todo modo, gosto do “paz e amor” de raiz hippie, embora seja posterior à minha gênese. Sou um tanto herdeiro desse negócio todo.
Beijo pacífico e amoroso na testa
salem
Um brinde a todos nós!
…………
Há muito tempo, talvez 20 anos atrás, lia-se no muro de um cemitério em Sampa:
E logo mais a frente, no mesmo muro, com outra grafia:
Que o ano que está por chegar seja melhor de todos
CAETANO, pergunta chata de fã:
- dando continuidade a esse coisa do que vc tá lendo, quais os sites que vc freqüenta? (jornais, blog e afins)
“Coração das Trevas” é bem cinematográfico,né?”Gomorra” é cru e lento.Cruelento mesmo.Tudo tão Brasil ali fora algo do estilismo do figurino italiano.Interessante o Cezar Mendes.Me fez pensar em toda aquela desarmonia urbanística que Salvador contém e um algo oculto,um fluxo piroplástico subterrânio ordenhoso parecer sempre prestes a emergir por ali.Caetano,Hermano e hermanos:Cores,Flores e Amores…Por um próximo ano mais romântico menos competitivo sem termos que fazer guerras até o fim do mundo para vencermos crises de ilusão.Que seja possível inventar Paz com Paz,deixar de lado as condições e os condicionamentos e o maior preconceito que é achar que depois da tempestade deva vir bonanças.(Crêdo,quanta ilusão heim Pastor Vianna?)
Heloísa, noite passada sonhei que estávamos (você e eu) numa aula de “teoria literária”, num lugar mais parecido com uma adega e bastante escuro, com aquelas velas ou lampiões nas paredes. Não me pergunte como eu sei que era você, mas era você. O clima na aula era bem agradável e na saída chovia bastante.
Bem, último post: belíssimo Novo Ano a todos, boa saúde e ótimas realizações.
Deixo uma frase do Frank Zappa:
“Se você acabar com uma vida tediosa e miserável porque você ouviu seus país, seus professores, seu padre ou alguma pessoa na televisão, dizendo para você como conduzir a sua vida, então a culpa é só sua e você merece.”
A todos
Esse blog começou em julho. Muita coisa rolou de lá pra cá. Pessoalmente, vivi no final de agosto a difícil perda do meu pai. Durante o mês de julho, quando ainda torcia pela sua recuperação, e depois, nos meses que sucederam a sua morte, frequentar esse espaço virtual funcionou como uma espécie de trégua pra minha tristeza. Um abrigo, mesmo. Isso já basta pra dizer quanto me afeiçoei a esse projeto, a todos que o constróem, visitam e especialmente a Caetano, que nos surpreendeu com atenção detalhista e uma participação que foi muito além do que é comum. Caetano não se comporta como um ídolo apenas que dá satisfação aos seus fãs. Fez deste blog mais um cantinho da sua vida cheia de atividades. Não diria que foi generoso apenas, porque percebo o prazer que tem ao se manifestar e conversar com todos por aqui.
Tem sido mesmo um privilégio desfrutar desse passeio multi-temático (vou de hífen).
Obra em Progresso é a prova incontestável de que quem vê a web como espaço frio e solitário está por fora.
Joaldo cuidou de expressar a poesia dessa empreitada. Nando se tornou meu amigo sem amiguismo, não me poupando de desavenças como um verdadeiro amigo faz. Glauber se mostrou um cara, a um só tempo, ousado e zeloso com o afeto. Gil bateu forte sem fazer dor. Joana brincou comigo como uma irmãzinha. Heloisa me fez calar e observar. Castello chegou devagarinho e ocupou. Vellame acendeu luzes. Miriam foi uma âncora. Gravataí soltou o verbo sem medo. Hermano moderou e desmoderou. Tyrone, Teteco, Guido, Lucesar, Carolina e todo mundo que não citei, porque falo de memória, são seres presentes no meu imaginário de 2008.
Uma festa de arromba a todos!
Feliz 2009!
beijos nas testas
salem
Aí galera! Felizes Novidades! vamos juntos fluindo no blog Caetano maior acontecimento cultural do ano…Hermano Répi niu ier! Salém, kiss my ass ( ehehe…) abração cumpadre, valeu hein…prepare-se, vem mais por aí…Joaldo taradão nosso poeta baiano, BondGirl portenha, Heloísa mineirinha na cozinha cheia de livros, glauber que tem um puta nome e uma banda que merece pintar mais, Nando, Castelão, e eu vou esquecer dos nomes de quem eu mais admiro é claro, gravataí com tudo, miriam, guido e julio, toda galera, todo mundo junto…cheers!!! Caetano! tô na tua…viva Yemanjá a Rainha do Mar!
“A música comigo funciona assim. Entra, fica e vai embora. Quando algo acontece, ela é reconvidada. E volta diferente pra reconhecer a vida.”
“Rafael Rodrigues,Esqueça um pouco da política e olhe a beleza do mundo e a sua principalmente!”
Clarinha, cê tá certa. Mas nunca deixei de ver a beleza do mundo e por isso mesmo senti a necessidade de me envolver com esse mundo.
bjs.
> mexericos da palominha
clarinha (cmt24) tá pra lá de marrakesh … e disse: “quero ficar … sempre dentro (?) para comer (?) Caetano com roupa e tudo, principalmente de terno “apertado” (???). Quero tudo desse “menino Deus” e desse “rei-rainha” (?) de nossa música.”
estou chocada com a audácia dessa ‘clarinha toda pura’ … por que ‘apertado’ está entre aspas ? ela viu alguma ‘coisa’ que eu tinha o dever de ver no dvd, e não vi ?
caí na gargalhada. tinha mais : “E Caetano, existe ou é um sonho meu?”
existe, e é nosso, querida, nosso ! e eu bem precisava desse ‘gancho’ para um texto sobre “masculinidade” de caetano …
caíram na minha tela duas capas da ‘revista do rádio (e TV)’ de 1968, semanário ícone-de-época com a programação das emissoras de rádio e televisão, mais as fofocas do mundo artístico em geral, os famosos ‘mexericos da candinha’.
em uma das edições, há 40 anos atrás, a manchete na capa pergunta : “quem é o amor de martinha ?”. a foto mostra a própria martinha, mui sorridente, abraçando quem? : caetano veloso.
na outra edição, a capa apresenta nara leão, que usa uma coroa de ‘princesa’ (deve ser do concurso entre cantoras que era patrocinado pela revista), é abraçada por quem? : caetano veloso, cabeludésimo. e a manchete conclama: “separado famoso casal de cantores”.
caetano, esse pegador existiu ?
eram divertidas, e úteis, essas insinuações de comprometimento com várias mulheres, na imprensa da época, que, por mais rasteira que pudesse ser, formava opiniões ? era contra-cultural estar em revistas de fofocas ?
este tipo de publicidade não desvirtua o propósito da arte ?
> trilha sonora de época - letra do “rei” roberto descreve padrão visual e comportamental “rebelde” da jovem guarda de 68
> 2009
desejo um novo ano cheio de erros, acertos, e outros processos evolutivos; alegria e tranquilidade, geradas pela pacificação dos desejos; saúde e bem estar, e muita disciplina para mantê-los !
desejo continuar zoando por aqui, repartindo pensamentos inconclusos, conclusões precipitadas e precipitações irônicas, sem levar nada muito a sério, que o mundo pouco o merece !
desejo com papel, plástico, imagem e som pintar e bordar e recortar e colar, recriar, remixar, renascer !
e desejo a todos aqui, que obtenham tudo que almejam da prática e do aprimormento de seus dons e talentos !
A Despedida do Ano.
_____x_____
Caetano, além de assistir ao Gomorra (que é um filme importante, mas muito chato - inclusive com mensagem de alerta à humanidade e coisas do gênero) tem de assistir ao “Il Divo”, filme novo do Paolo Sorrentino sobre o Giulio Andreotti.
Esse sim é um filme brilhante, uma aula sobre como fazer um filme sobre politica. Tem uma cena otima, com musica do Renato Zero, cantor que vc deve conhecer: http://www.youtube.com/watch?v=JOu5czo-Irw
Dá para ver o trailer aqui: http://www.youtube.com/watch?v=u4GQVse8jyg
A Italia escolheu Gomorra em vez de “Il Divo” para representar o pais no Oscar, decisão errada na minha opiniao.
pois eu já havia desejado um bom ano pra vcs, queridos parceiros de caminhada internética…
mas foi depois que postei que vi o vídeo do salem, informação, e fiquei marcada o suficiente pra olhar aquele branco todo e desejar todas aquelas sensações pra vcs. pq me imaginei ali dentro Salem, tipo vc tava. e vc ter colocado um pocuo da sua história pessoal me faz lembrar que também usei o blog como via de encontrar algumas alegrias pra coisas da minha vida que também precisavam de trégua. obrigada pela possibilidade no espaço.
desejo todos naquele imenso branco brilho, em 2009…In formação…
Salenzinho,
Chorei para burro com suas palavras, sobre seu pai e a função desse lugar de conversa (o blog) na sua vida.
Eu nunca choro e acho que agente só chora quando o que a gente lê tem a ver com agente mesmo.
Esse blog tb para mim é um escape da minha vida burra e careta, tenho muita inveja de vcs….
Julio Vellame
gente….
faço das palavras de heloisa minhas palavras.
canções,beijos,palavras e musica pra todos…
não vou falar dos momentos dificeis que passei este ano …fatos irreversíveis…mas este blog e as pessoas que o fazem já tem meu carinho e minha admiração…especiamente aquela que é o acontecimento do blog e para quem todas as canções são contextualizadas rrsrsrsr…sempre rsrsrsrs
bjs pra todos
segue uma canção neste momento em que as esperanças são renovadas mesmo diante da ausencia de determinadas pessoas que vão estar sempre em minha mente e coração…
2009 we need to change ….keep on moving ….only god , love and music shows the truth
http://www.youtube.com/watch?v=GMrUUaG8Bt0
LeAozinho> quiero decirte…..
EU TE ADOROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
No solo por tu música-voz-palabras sino también por haber creado este Blog que hizo que Brasil se insertara en mi corazón.
FELIZ AÑO NUEVO A TODOS.
Querido Caetano:
Bom dia (a qualquer momento), xará!
Quero parabenizar-te, a você e a todos os que compuseram este blog (especialmente Hermano, que conheço), pois este espaço aumentou a temperatura das mornas e muito politicamente corretas discussões culturais, sociais e até políticas, as que tenho visto no país - não li todas as crônicas, mas adoro teu estilo contundente e mosaical!
Tenho muito orgulho de carregar este nome, de ser santoamarense e de, por isso, poder identificar-me com tudo o que você representa como pessoa generosa (pelo que sei) e como uma das maiores figuras da música popular mundial de todos os tempos!
Gostei especialmente desta crônica por motivos já previsíveis: Cezar e Roberto - amigos, ‘tios’ e ídolos; e pela deferência ao Cine Glauber, de que muito quero aproveitar.
É isso.
Axé!
Castelão, vc enriquece o ambiente, deixar-nos aqui sem suas palavras seria subversão…mas eu te digo, também fiquei muito puto quando vi impedido de circular meu pitaco no ambiente…revi o que escrevera e achei uma puta covardia, quando olhei de novo, pensei melhor e …porque nãO? participar do blog também pode ser um exercício de modéstia e humildade…ser moderado é o máximo, mesmo que a gente a princípio discorde…agora mesmo, mandei um feliz ano novo especial para o Nando e…cadê? Pra mim isso era de muita importância, mas não tem essa de pra mim…Castelão, quem é do mar não enjoa marinheiro…não temos tanta importância assim, releve e fica com a gente que precisamos de vc, pode crer. Castelão, 2009 e vc aqui com a gente. Força!
omo é lindo o dvd do rei e caetano…a entrevista ( em que pese uma única câmera e o Rei pra falar ter que quase quebrar o pescoço…um escândalo) é um escândalo ( agora no melhor sentido), emocionante. e tudo, a bossa, a jovem guarda, e a alegria de ouvir Roberto e Caetano juntos interpretando Tom…E o texto de Caetano ironizando reidiorédi…lavei a alma, saquei e pronto, deixa rolar…bacanérrimo tudo e deve ser o maior sucesso porq onde eu vou tem…Deus está vivo.
Castello, não nos deixe. Já é muito difícil pensar que isso aqui vai acabar. Outro abraço gostoso, para tentar te convencer.
Nando, que bom aparecer no seu sonho. Também queria sonhar com essa aula estilo Harry Potter.
Paloma, Clarinha não escreveu ‘apertado1
Ops, que trapalhada eu fiz aqui! Continuando:
Paloma, Clarinha não escreveu ‘apertado’ entre parênteses à toa: não sei se você viu, mas já comentaram aqui sobre o terno de Caetano parecer ‘apertado’ no show com Roberto.
Gil e Rosana: inveja de vocês que estão se deliciando com o DVD. Quis me dar de presente de Natal, mas em todas as lojas de Belo Horizonte já tinha acabado - não deixaram nem unzinho para mim!
Salem, bom saber que diminuímos um pouco sua tristeza - é surpreendente sentir este espaço virtual como um abrigo tão verdadeiro assim. Força, mestre!
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soube que palavras como “vôo” e “pêlo” perderam o acento. colocar hífen em palavras que não tinham, também não me parece sensato. eu, hein…os portugueses devem estar fulos, não?
………………….
vocês têem [soube que isso dançou também, né? ficou feio sem acento, mas ok] sido meus amigos mais chegados nos últimos meses. conviver com vocês diariamente é um acontecimento e tanto. um 2009 três mil e nove para todosss! labi barrô, ôoo, ôoo…labi barrô, ôoo, ôoo…
putz…o correto é vocês “têm”, “têem” ou “tem” agora?? deu branco. heloísa, help me! gramaticofobia, oh não!
poxa heloísa, acho que sua frase [ Clarinha não escreveu 'apertado1 ] foi publicada pela metade, já que não está pontuada, como nas outras .
mas observei que estando o [1] na mesma tecla que o [ ! ] então pode ter sido falha na digitação .
ou talvez a confusão esteja entre o ['] e o ["], também room-mates de tecla, e ao lado da tecla [1] / [!] .
então por todos estes motivos, a frase não fez sentido e eu não entendi seu comentário.
abrs paloma
Parênteses no lugar de aspas? Acho que eu ontem ainda estava sob efeito etílico…
Caetano,vi um Curta sobre o Cine Guarani e me emocionei com o Andre Setaro mais do que vivendo a época em que ele “filava” aulas para aprender a beleza do cinema.Beleza pura.
Paloma, depois da confusão que eu fiz ainda deu para entender? Eu me atrapalhei toda, desculpe-me. Abraços também.
Um Ano Novo tranquilo e cheiinho de alegrias.
Abraços desconsolados para todos.
Adorei o lance de “masculinidade de Caetano” (Paloma Regina) (Eu sou homem, dia a canção)! Numa comunidade do Orkut que às vezes participo, postei sobre “as mulheres de Caetano Veloso”, mais no contexto do cancioneiro de Caetano! Adoro as Claras, Clarices, Solanges e Leilas, como adoro as mulheres que provocam “tempestades solares”.
feliz ano novo pra geral!
Qué feo que se vaya Luiz Castello… qué feo que se vaya cualquiera del Blog, no? Aunque no me parece que Castello amenace con irse para que le supliquemos que se quede…digo: no te vayas!!! Igualmente comprendo MUY BIEN tus razones Luiz… aunque podemos tener la esperanza de que algunos mensajes relevantes y revelantes no son borrados adrede sino que simplemente se pierden en el espacio cibernético. Eso pasa también eh!!
Mi crítica a este Blog es que la moderación no es justa ni objetiva. Hay miles de mensajes que no siguen las reglas del Blog (con esto no digo que haya que borrarlos… algunos son míos así que ojito con borrarlos!) y estoy segura de que se han borrado mensajes que todos hubiésemos amado leer. Entonces si las reglas no se aplican a todos los mensajes, es muy entendible la frustración de Castello y de muchos otros habitués de OeP-
Sí, como dice Glauber, la tarea de moderación debe ser muy difícil pero … pero … pero… no creo que “el moderador” tenga ese poder especial para que demos lo mejor de nosotros. Menos cuando la moderación provoca que “dejemos de dar”.
Hay una delgada línea entre “moderador” y “censor”.
Moderación no rima con “Zii e Zie” (o sí?).
Interessante: Aqui em santos, acabamos de recuperar e reinauguarmos uma casa de teatro antiga, mas muito importante chamada: Teatro Guarani. Que coincidência?
- “nome de comunista na minha família, nunca!”
adoro essa história que é a cara da geração caetânica.
e alguém me falou que glauber significaría “aquele que crê”. creio que vou à janela fumar um cigarrette…inté!
Caetano! Glauber! Viram isso? “Sem Essa, Aranha!”, “Meteorango Kid”… Tudo lançado em DVD!
O link a seguir é para assinantes da Folha: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0301200906.htm
Muito bom!
Salem, que mensagem linda.
Um beijo pra você, cara. Felicidade aí e força. Bom 2009.
O Glauber devia parecer uma figura incandescente para quem o viu vivo como você,Caetano,ou o Paulo Francis;mas nenhum dos seus filmes eu considero superior aos Saltimbancos Trapalhões:um sucesso de bilheteria que não fechava os olhos para a realidade social brasileira e,ao mesmo tempo,era movimentado divertido e bonito..A canção Hollywood do Chico Buarque resume bem isso.O filme resolvia bem equação industrial do cinema que tanto afligia a genialidade do Glauber.É como dizia Paulo Francis:Hollywood,a americana, não era nada mais que a melhor fábrica de brinquedo para adultos de boa memória.Para mim,continua sendo.Já devo ter visto o Homem de Ferro(Downey Jr.) umas dez vezes.
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feriados, blog morno …. vamos, quem pode, abastecer essa caldeira …
gosto de palavras, era craque em prefixos e sufixos no primário, e foi com eles, certamente, que entendi o que hoje se chama ‘remixagem’.
remixar, fazer trocadilhos, anarquizar. dentro do im-possível sou anarquista : vivo bem, esbarrando o mínimo possível nas regras que me incomodam impostas por outro alguém.
a jornalista edna savaget, já falecida, tinha um programa vespertino na tv, anos 70, no rio. um dia, a companhia telefônica local anunciou o acréscimo do ‘2′ no número dos telefones, passando os números a ter 7 algarismos. lembro, eu vi, a apresentadora, que gostava de dizer umas “verdades” ao vivo, achou aquilo ridículo, iria confundir a cabeça das pessoas, que era falta do que fazer, blá, blá, e, sugeriu a todos os seus tele-espectadores não discar com o novo algarismo !!! não é maravilhoso ? era absurdo, mas era uma jornalista com atitude !
pegando carona na idéia da edna, sugiro uma alforria temporária para o rigor gráfico ultrapassado da nossa língua: uma micareta ortográfica. ninguém está errado, cada um no seu quadrado !
e que venha logo o esperanto - remix linguístico definitivo.
abrs paloma
LUIZ CASTELLO, VOLTA PRAQUI E PRAMIM, NUM SONHO LINDO, EM QUE TEUS OLHOS APAREÇAM - FEITO DOIS SÓIS SORRINDO!
-escrevo isto - em tom apelativo, por que não? - pra complementar o que te disse por e-mail ontem, e animado pelo que diz mais acima a nossa profeta do amor, Exequiela
P.S.: SALEM and TETECO - eu tenho tanto pra dizer a vocês, e com palavras no Orkut a Salem já iniciei a fazer. Teteco você se lembra bem o que te disse no Orkut há várias e várias semanas sobre os teus textos? Acrescento que seus escritos me lembram Leminski:
E é isso o que importa!
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MÁRCIO JUNQUEIRA,
Adorei o seu comentário auto-complacente sobre Salvador: em nosso encontro, vou te contar qual foi a minha reação ao conhecer a capital baiana aos 14 anos de idade, saído do interior de todos os meus matos!
ps.: quem dera ter lembranças guardadas do cinema Guarani …
REFORMA ORTOGRÁFICA
Para os Caetano-blogueiros (ups! Caetanoblogueiros) calouros vou logo avisando: O sistema aqui é bruto! Vacilou na ortografia, dançou.
Para fixar minha própria aprendizagem e também fazer um serviço de utilidade geral (for dummies) seguem as mudanças:
Caso mesmo assim você seja pego por Heloísa ou Caetano, vale usar dos recursos finais e argumentar que as modificações somente serão obrigatórias apartir de 2012 ou que a fonética não mudou e você estava parodiando o caso do sifu.
Vellame,
De qualquer forma, ainda bem que vocês é que estão tendo este problema e não eu…
Joaldo, eu sou fã de Leminski (Catatau, Distraídos Venceremos etc.). Generosidade sua comparar meus textos com os dele. Grazie. Mas, sinceramente, ele está muito muito muito acima. É vero!!!
Glauber, que coincidência, ainda hoje um amigo me falava dessa suposta “profecia maia” ( com y ou com i ??) que vai mudar o mundo em 2012. Eu estava em Campos do Jordão, acima de 2 mil metros..bem alto né. E frio, mesmo no verão. Creio que estarei seguro por lá. Mas, enfim, não acredito em nadinha disso também rsrsrs.
o novo prefeito carioca, que antes dizia que traria shows estrangeiros para a Cidade da Música, agora diz que ela ficará fechada por seis meses…e quem viu babou, achou lin da, emocionante a Cidade da Música no Rio de Janeiro, eu já fiz algumas visitas de longe, que espetáculo. O novo acadêmico jornalista foi a estréia e disse maravilhas da Casa. Como seria bacana ver ali Roberto e Caetano e quem sabe filmados novamente e direito, pra sempre, com película cinematográfica, tudo de novo, e de novo…ahhhh, a Cidade da Música. É um absurdo privar a cidade deste magnífico equipamento, não politicagem que justifique isso, a monumental Cidade da Música pertence a cidade, e já! Cidade da Música JÁ! ( enquanto isso a pauta do Teatro Municipal está totalmente lotada, porque não dividir a programação?). E tem aqueles que dizem que chegar na Barra é muito difícil, que ali a Cidade da Música está mal colocada, quando não teem mais o que dizer especulam…pois o Credicard Hall ( argh…que nome horrível…) está bem ali do lado com shows recebendo todo mundo a tanto tempo, porque a Cidade da Música não teria o mesmo desempenho? Conversa da contra polítikca. É preciso abrir logo a Cidade da Música e todos os homens de bem dessa cidade devem se comprometer com isso. Esse papo furado de orçamento estourado é mesquinharia de quem só vê tudo pequeno, de quem gosta de olhar pra Rocinha e reclamar, Bilbao criou um novo ponto turístico no mundo construindo um museu, o Rio de Janeiro merece outra Cidade da Música e uma nova ponte Rio Niterói.
A volta dos que não foram !
Uma das vereadoras foi eleita quando estava na cadeia.Saiu do xilindró direto para o Palácio Pedro Ernesto pra ser empossada.
E depois,ainda tem gente que critica,dizendo que o sistema carcerário não recupera ninguém…
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SOBRE A REVITALIZAÇÃO DO ‘CINE’ GLAUBER ROCHA, SOBRE PÔR EM “CENA” O CINEMA EM LARGA ESCALA NA BAHIA, E SOBRE O MAIS QUE CRUZAR A MINHA MENTE E CORAÇÃO
Ainda estou no antes chamado Sertão de Tocós, onde há anos não fico durante a passagem do ano, depois de acompanhar o desenrolar no final da tarde de ontem de uma tempestade violentíssima que começou só com ventos e somente bem depois se transformou numa chuva torrencial por mais de duas horas (uma dádiva para o lugar que passava por uma dessas prolongadas estiagens), quando então resolvi me entregar ao sono, mas levantei próximo à meia-noite e voltei à web, para outras alamedas virtuais, onde, além de nesta OeP, venho colhendo outras amoras para a minha existência - prefiro dizer, minha consistência (nada sou, contudo consisto).
Eu queria pensar um pouco a revitalização do Cine Glauber Rocha, a princípio no contexto do último Ciclo Glauber ocorrido no ano passado. O Ciclo se deu num local de difícil acesso para quem não tem carro ou não pode pagar um táxi, na Sala de Arte do Museu de Arte Moderna, que fica no Solar da Unhão, uma peróla engastada numa colina à beira da Baía de Todos os Santos - e redundou nisso: foi esvaziado!
Espero que na gestão do espaço pelo Unibanco haja sensibilidade para que, além de futuros ciclos com as obras de Glauber poderem atrair e abrigar um público maior, dada a localização excelente na Praça Castro Alves, admitir variadas mostras cinematográficas anuais ali.
E também que a programação diária refuja ao previsível, que já se denotou com a exibição, na reabertura do espaço, de “Se eu fosse você 2″: um filme que facilmente teria muitíssimas outras opções de sala para sua exibição, o que acaba retirando a possibilidade de pôr em pauta outros filmes de gabarito que, pelos mais variados fatores, não conseguem romper a barreira da distribuição.
O critério para a manutenção em franca atividade do espaço precisa se basear no retorno financeiro com obras que bem podiam fazer tilintar as bilheterias em outros circuitos ou salas?
Tenho tentado disseminar, como produtor cultural, através de um protótipo de projeto que idealizei, uma articulação intensa entre cinema e educação, através de filmes licenciados pela Programadora Brasil, para disseminar o gosto pelo cinematografia brasileira, e trabalhar pela formação rápida de platéias em salões improvisados e com exibição baseada em reprodução digital (DVD) e mediante projetor data-show.
Uma entidade civil licencia um acervo de 40 filmes para exibição sem limite de sessões por 2 anos ao preço de R$ 600,00. Destina a gestão desse acervo a uma comissão cultural de um bairro ou escola, que monta um blog com informação sobre os filmes, incentivando através da web a composição da programação e inclusive abrindo enquete para definir a própria seqüência de filmes.
Essa comissão cultural se articula com grandes escolas públicas e quaisquer escolas privadas para que suas direções, integradas ao professorado, possam estimular a ida ao cinema mediante uma relação de troca com a estudantada: vá a uma sessão e ganhe um ponto em todas as avaliações da unidade letiva! Um ponto, indistintamente: basta comparecer, e comprovar a ida com o canhoto da entrada.
Há ainda farto material selecionado para a escola saber lidar com o fato e trazer o universo de referências que o estudante vai assimilar vendo os filmes para a sala de aula. Aqui em Salvador, eu destaco um projeto belamente implementado no ano passado, que não é meu, mas de uma gente muito querida: o Projeto Lanterninha.
Mas tem sido muito lento articular essa história toda. Os passos têm de ser mais largos. Comecei a fazer isso há algum tempo em cidades do interior, a exemplo da minha terra natal.
Estive intentando o mesmo, para me estender mais num exemplo, em Santo Amarro, e fui lá justo atraído pela diversidade de equipamentos culturais que a cidade singularmente comporta. Só não consegui falar com a direção do Teatro Caetano Veloso, que fica fora da sede, num distrito. A receptividade ao ideário e à forma para a criação rápida de platéias foi boa, mas a inapetência dos ‘atores sociais’ locais em se articularem para iniciar um circuito cineclubista é flagrante, ese repete em quase todas as localidades em que, a convite ou não, apresentei o propósito.
Cinema para gerar papo, discussão acalorada, debate cultural, preencher a vida de entretenimento e informação e tornar as atividades escolares e a vida nos bairros mais vívidas e ligadas à nossa gente e ao país… Tão fácil começar a fazer isso, a partir desses acervos licenciados a preços tão módicos e através do formato digitalizado que portabiliza como nunca a exibição dos filmes em qualquer canto ou até ao ar livre!
Até o início do segundo semestre do ano passado, para ficar ainda com o exemplo de Santo Amaro, terra de Caetano, e emblema dessa situação de falta de uma política cultural de exibição cinematográfica alternativa, saibam que um equipamento ímpar em todo o interior do Estado, como é caso do Teatro Dona Canô, com uma pauta na maior parte do tempo livre, somente tinha exibido, e numa única oportunidade, Florbela e o Prisioneiro!
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A quantidade de vivências paralelas também por outras bandas virtuais com pessoas conhecidas através daqui, e caminhando sempre, no meu caso, para encontros pessoais, em que conhecerei sempre e sempre mais um infocaetanauta, tem sido um enriquecimento para a minha vida sem igual, e agregará um valor extraordinário para o brotar da Impertinacia - a revista web viva que nascerá inspirada na OeP.
Por conta da OeP, eu tenho conseguido me integrar a uma turma que, repito o que disse páginas atrás, quero que role por toda a vida!
Meu coração tem se enchido de alegrias e estesias ao estar conhecendo tão caras pessoas. E o mais maravilhoso: a oportunidade humana ímpar, atiçada pela distância que faz um jogo atrativo incutindo nas pessoas o intuito de estar mais próximas e desnudar-se (a distância erotiza as relações!) - de apreciar como é a dor e a delícia de ser de um punhado adorável de seres: e participar mesmo que remotamente, se ao lado estivesse, de suas vidas!
Amo isso que está me acontecendo. Já disse: adoro divisar outros eus. Nunca vi minha capacidade nesse sentido mais aguçada quanto agora. Eu tenho ampliado minha própria vida com isso.
Fantástico que isso comigo tenha se intensificado somente a partir da participação no Blog de Caetano Veloso, idealizado pelo Hermano Vianna.
Os manos têm poder e podem fazer muito ainda a diferença com essa infocaetanave se acolherem os conselhos saborosos do Castello!
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Viva a fraternidade que nos é inspirada pela avidez e o gosto de estar aqui conosco do Castello!
Castello, a Impertinacia nasce e se alimenta do desejo, é claro, de fazer diferente - mas sem deixar de perpetuar o que já alcançamos aqui, a exemplo de em sua companhia.
…os manos podem nos fazer a todos irmos mais longe com o tempo que resta desta OeP se atentarem igualmente para a poesia libertária de Exequiela…
-Um primeiro domingo do ano repleto de gostosuras a todos!
Caetano, eu estou fora de Salvador e só retorno amanhã. Eu teria adorado ir para a reinauguração desse espaço que eu tanto curti na década de 1980, e que tanto lastimei quando entrou em decadência.
Olha, o Projeto Lanterninha não é meu, como eu mesmo afirmo acima. E eu o destaquei pelo indiscutível e superior mérito em relação aos poucos implementados nessa área ainda precária de retomada do cineclubismo na Bahia.
Não houve e não há - nem mesmo o meu protótipo de projeto implementado em alguns lugares vem a ser tão bem sucedido - algo parecido com o Lanterninha. Conheço a turma e estou me inspirando no trablho dela e penso em estabelecer uma parceria com sua equipe para eu poder dar mais concretude ao meu “protótipo” de cineclubismo - que se baseia, como dito, na formação rápida de platéias a partir das escolas, e através dessa relação de troca da ida a uma sessão de cinema por um ponto indistintamente em todas as avaliações de uma unidade letiva.
Para quem mais quiser conferir, clicando no nome do Projeto Lanterninha no meu comment anterior, pegue uma caroninha para o seu espaço web, e vejam se não é, mesmo, algo inspirador!
Ah, eu quase sempre troco Lisbela por Florbela. Já cometi essa gafe antes!
Beleza pura isso: que seu irmão seja o atual Secretário de Cultura lá em Santo Amaro. Eu o conheci pessoalmente no Terno de Reis da sua mãe há três anos - e é bem possível que eu retorne para a mesma festa este ano. Vamos lá, comigo, Marcio Junqueira?
E diante dessa sua força, Caetanino, vou chamar a trupe do Lanterninha para se associar comigo e a gente apresentar a Rodrigo um modelo personalizado de cineclubismo que leve em conta as características tão ímpares de Santo Amaro em relação a outras cidades baianas.
Eu retorno a esse tema do fomento ao cinema, assim como começo a desbordar outros temas deste post que me instigam, a qualquer momento.
Obrigado, mano!
“Hermano Demasiado Humano”…é boa demais. Que trocadilho!!! Que “Castello”!!!
Digo; Kerouac, Burroughs, Ferlinghetti, Ginsberg, Lamantia, Rexroth, Corso, Snider etc.
Tá legal Joaldo, eu aceito o argumento!!! Leminski fields forever. E muito obrigado mesmo irmãozinho!!!
Estava ouvindo agora João, Caetano e Gil cantando juntos “eu sou amante da gostosa Bahia porém, pra cantar seus encantos serei baiano também”. Lindo lindo. E me deu uma vontade louca de ser baiano. Abri a janela e só vi prédios e avenidas…Ah, estou em Sampa. Mas, com licença, sou realmente um paulista meio baiano, um paulista meio nordestino. Posso???
“Dá licença de gostar um pouquinho só/ a Bahia eu não vou roubar..tem dó”.
Joaldo, sem conchavos (a palavra mais correta seria conscesões, estou usando conchavos para pirraçar Glauber nenhum projeto pode ir para frente pois ir para frente significa agradar muitos e muitos sempre tem muitos gostos diferentes.
Concordo com vc, acho que o filme “Se eu fosse você 2″ tem um enredo bobo e copiado contudo não é a pior opção de conscessão. As crianças gostam, eu que tenho uma filha de 10 sei como é isso…..
Estou muito curioso para ir no novo Glauber, vou lá essa semana sem falta. Na última reforma meu pai (que era ou é artista plástico) pintou uma parte da lateral, lembranças de infância….
concessão e concessões (ups!)
Nossa meu pc deu o maior pânico aqui, desde o dia 30 estou na luta com ele e somente hoje consegui finalmente resolver o problema sem ter que formatar o que foi muito bom!
Caro Salem assim você desmorona a gente, fiquei tão emocionada que você nem imagina, eu ainda que tenho um instinto materno exacerbado fiquei super tocada com teu depoimento. Foi em plena primavera quando comecei minhas aventuras nesse blog embora já acompanhasse na espreita ainda não tinha me manifestado mas, um tal de encarnação me deixou louca e não resisti e rasguei verbo, e o Salem veio que veio e, o Caetano fez uma declaração de afeto ao Salem e ele se derreteu e dali pra cá a gente só foi amarrando os afetos todos, numa experiência impar.
Fiquei muito feliz pela tua consideração a minha pessoa! Você sempre foi muito especial, e muito espirituoso, dotado de uma inteligência vivaz.
É sempre muito triste quando “perdemos” uma pessoa muito próxima, mais sempre acredito num plano maior e divino, procuro pensar sempre em coisas belas e amenas. Espero que você seja muito feliz! Obrigada pelo teu carinho. Um abraço fraternal!
Humm!!! Errei na hora de escrever Saviano mais isso já foi o que importa é que os links da entrevista entraram, não é?
Luiz Castello eu entendo o que você diz mais tem horas que penso que tem alguma coisa que impede a mensagem de entrar, eu mesma tive algumas que não entraram nem para a moderação embora se tentasse reenviá-las acusasse que a mensagem já tinha entrado, tanto que algumas delas eu dividi e fui colocando somente o que dava, pelo que já li por ai isso não é uma exclusividade deste blog me parece que tem alguns critérios pré-estabelecidos na programação que causam este tipo de coisa, mais não sei dizer o que é ao certo. Ate entendo que as vezes da esta sensação de indignação porque a gente lê algumas mensagens que falam as mesmas coisas, mais veja, usam palavras diversas. Quando uma mensagem nem entra para a moderação, isso é ao lado do teu nome não aparecer (aguardando moderação) tenta reeditar o texto e postar, ok? Mais já vi voce por ai então ta bom!
Beijos a todos
http://www.mp3tube.net/musics/Sylvio-de-Oliveira-Maria-Bethania/172172
http://www.mp3tube.net/musics/Sylvio-de-Oliveira-Shoot-me-dead/172173
Foi editado pela 2AB Editora em 2008.
Que bom voltar e reencontrar (com hífem, sem hífem, sou redator mas ainda não me liguei nas novas regras… regras???) a todos.
No mais, uma passagem de ano com trilha de Orlando Silva, coletânia de 35 a 42, emocionando um Tio de 84 anos.
2009 promete.
Palestina free já!
Beijos paulistanos a todos!
La frontière de l’aube (A Fronteira da Alvorada)
Ví e gostaria de comentar:
Para quem não curte foto deve ser um tédio. O enredo é meio assim assim…
Vale a graça dos cabelos dos franceses sempre despenteados e outra coisa incrível é que aparece um espírito no filme e a “visage” seria considerada de outro mundo em qualquer filme no mundo (até alemão, eu acho) contudo nesse filme o cara vê o espirito e pensa “o que essa informação do meu inconsiente quer dizer?” muito engraçado mesmo, coisa de francês.
CAETANO
Eu não vi ainda o filme, até porque estava no interior desde o Natal e até ontem. Pelo que sei da ‘matriz’ (e não entenda com a expressão que eu conote de antemão qualquer negatividade nisso) de onde ele saiu, deduzi que na reinauguração do Espaço se exibiu um filme previsível - mas prevísível (basta reler o meu penúltimo comment) no sentido do retorno comercial que essa obra, por ‘opção’ (e também esta expressão não a carrego a priori de tintas pejorativas), com a “máxima competência em marketing” para si reclama. Tanto que meu argumento seguiu no sentido de que isso - terei de me citar - “acaba retirando a possibilidade de pôr em pauta outros filmes de gabarito que, pelos mais variados fatores, não conseguem romper a barreira da distribuição”.
A menção ‘outros filmes de gabarito’ no trecho - esperava que traduzisse que eu não repilo a existência e exibição do filme em questão, nem a sua matriz, nem a sua previsibilidade comercial.
Então, eu não disse mesmo que “Se eu fosse você” - que eu não vi nem o primeiro - seja um filme ruim. Quanto a ele ter o mérito de atrair gente para o espaço e - deduzo do que você diz - ajudar a consolidá-lo, o seu argumento é válido mas para mim não é bom - de minha parte preferia ver “Se eu fosse você” numa Sala também mais previsível, nos Shoppings da cidade, ou, por exemplo, no Aeroclube: e que a coordenação de programação do Espaço Glauber tivesse da parte do Unibanco liberdade de selecionar ‘outros filmes de gabarito’, refriso, com problemas - flagrantes - de distribuição!
VELLAME
Tenho conhecimento do importante trabalho de seu pai!
Olha, pelo que eu disse acima ao Caetanino, compreenda que não posso concordar contigo sobre você concordar comigo quanto a esse filme ser ruim.
Quanto a essa sua afirmação de que os projetos - de fomento à exibição do cinema numa escala mais larga - não irem à frente por necessitarem sempre fazer concessões e participar de conchavos, eu creio que deva ser parte de uma mesma realidade aqui na Bahia e em outros lugares e não apenas para a Sétima Arte. Mas, no meu caso, não consigo implementar uma cena cineclubista à altura de meus maiores anseios enquanto produtor cultural e cidadão por outros motivos mais cruciais: pela dispersão política e mental (cognitiva mesmo) generalizada em que se encontram professorado e estudantada.
O meu protótipo de projeto, mesmo quando pensado para ser gerido por um núcleo de pessoas de algum bairro, e não diretamente por estudantes e professores, não tem como deixar de focar a escola pública e/ou particular mais próxima como potencial formadora de platéias renováveis para os filmes.
Pode ser implementado inteiramente pela sociedade civil (embora não descarte a parceria com entes públicos), e como parte do modelo de sustentação financeira do espaço, até sugerida pela própria turma da Programadora Brasil, admite a exploração de uma lanchonete e de uma pipoqueira industrial no local - sem jamais cobrar ingresso para o acesso ao ’salão’ de exibição!
Ocorre que os “atores sociais’ mais relevantes para dar corpo a esse acontecimento, a começar, pois, pelo professorado e a terminar com a estudantada, a primeira classe em grande escala fazendo há milênios de conta que ensina, e a outra, com o passar dos anos, cinicamente sendo levada a fazer de conta que estuda, refletem uma postura derrotista: ou não aceita a implementação dizendo que “não adianta fazer”, ou, quando a aceita, em seguida reclama de ter de se responsabilizar pela gestão financeira e cultural do espaço (”dá trabalho!”). E o pior, que podia ser o melhor, acham que ‘trabalho voluntário’ não dá “lucro”!
O buraco, meu caro, é muito mais embaixo, e entulhado de destroços. Mas eu penso que deve se construído um caminho de superação.
Por isso me encantei com a metodologia do Projeto Lanterninha - fortíssima fonte de inspiração! Temos que aprender algo com essa turma que fez um trabalho pioneiro o ano passado aqui em Salvador: e também saber os percalços defrontados!
Retorno a qualquer momento sobre esse tópico resumindo e oferecendo uma seleta de links sobre iniciativas bem bacanas em fomento à formação de platéias, articulação Cinema-Educação, e mais projetos de Cinema itinerante que há algum tempo andei pesquisando estarem rolando pelo país e que são inspiradores para que em algum momento - que tarda! - haja uma decisão política de maior grandeza não somente dos dois “atores sociais” que mencionei, como de outros segmentos da sociedade civil, e dos agentes estatais educacionais e culturais mais diretamente implicados quanto ao assunto.
Falta coragem, Vellame, para fazer as coisas ser de verdade: que o Brasil, numa certa esfera da realidade, ultrapasse o Brasil-Colônia ainda impregnado em boa parte de nossas instituições, e legado na mentalidade fatalista-derrotista de uma massa incrível de gente.
P.S.: Eu não pude participar (tive de viajar par assistir meu pai por motivação de saúde), embora inscrito para defender as minhas idéias e o meu protótipo de cineclubismo, do I Encontro Estadual de Cineclubes aqui da Bahia, ocorido em Lençois, na Chapada Diamantina, no último trimestre. Mas vou chamar alguém que foi do Projeto Lanterniha para vir aqui dar um depoimento.
PAULO FARIAS
Você, a começar pela menção à Jornada Internacional de Cinema da Bahia, e a lembrança do empenho - eu adjetivarei sempre como: desmesurado - de Guido Araújo (nunca me esqueço da primeira Jornada a que fui, de cara me batendo já com um filme que flertava com uma das minhas maiores paixões,a literatura, baseado no conto A Casa Tomada, de Cortázar, e filme tão bom que ainda hoje rola na minha cabeça, e me fez apaixonar de vez por filmes na ‘fronteira’ com a literatura), faz um panorama de coisas que nós, daqui de Salvador, bem que podemos e devemos aprofundar, valorar, rever, a fim de aproveitar para sugerir idéias, aproveitando o espaço deste blog - que possam estimular mais e melhores acontecimentos pra cidade! Vamos aproveitar o atual post de Caetano e chamar mais gente daqui pra soltar uns verbos?
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LUEDI (grafei correto?), infocaetanautas, em especial, de FEIRA DE SANTANA e de SALVADOR, montarei página com roteiro de serviços, espaços e manisfestacões culturais das duas cidades e a agregarei, através de uma aba, à Impertinacia: a revista web viva com inspiração nesta OeP que brotou no meu orquideário e já vem se transformando, em fase de preparação do pré-piloto a qualquer instante, em obra aberta, mediante a parceria, em variados níveis, com um amado time daqui de obreiros em progresso. Queria o e-mail de vocês pra desenvolver detidamente a proposta dessa página de serviços e de roteiro cultural e receber sugestões. Quanto à própria Revista web, acompanhem que o lançamento possivelmente se dará, no devido tempo, aqui mesmo na OeP!
Segundo a revista Veja, é o “quinto” melhor carnaval de rua do Brasil, no páreo com Rio, Salvador, Olinda e Recife. Ano passado, cerca de 200 mil pessoas estiveram em São Luiz nos quatros dias de Carnaval..um número assustador para uma cidadezinha do interior. Mas, quem estiver em São Paulo e quiser conferir, vale a pena. São vários blocos animadíssimos e bandas tocando no coreto da praça canções próprias e belas. Vejam o trecho desta letra do “Paranga”;
No carnaval eu quero soltar minha voz”
Lindo né?!
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Joaldo, obrigado pela resposta educativa!
E a resposta é mesmo a educação.
…
apenas a matéria viva era tao fina…
…
Cá estão novamente os progressistas na perigosa oposição entre o cinema de massa (blockbuster) X cinema de “arte” (sempre descartei esse termo). O velho papo lembra o axé X a “boa” música.
Assim como na música popular, o cinema de bilheteria é recorrentemente visto com preconceito. Isso aconteceu injustamente com “2 Filhos de Francisco”. Não estou aqui avaliando a comédia “Se Eu Fosse Você 2″. Vi o “1″ e gostei o suficiente para rir e entender o seu alcance, embora não seja um filme inesquecível.
Acho bom que filmes de alcance popular fiquem lado a lado em salas com filmes mais ousados. Há bons filmes populares e maus filmes “de arte”. E vice-versa.
Aqui em SP, a programação do Espaço Unibanco faz esse tipo de justaposição com bons critérios. É possível vermos um bom filme-cabeça europeu sendo exibido em uma sala ao lado de um filmão de sucesso. Isso não é “consceção”, como aqui foi erroneamente escrito! Isso é “com sessão” para todos. É bom. Assim como, no SESC Pompéia você pode ver o Cauby Peixoto na chopperia e o Strike no teatro, na mesma noite.
Não acho bom pro cinema que os filmes mais experimentais e atrevidos do ponto de vista da linguagem se confinem a espaços alternativos. Cinema de garagem.
Posso ser novamente visto como um unificador, mas reitero que meu prazer está na diferença.
Me emocionei essa semana ao assistir ao DVD dos Doces Bárbaros com um puta som remasterizado. Cinema.
beijo na tela
salem
Isso de cinema me deixa um pouco frustrada, porque de férias na casa dos meus pais em Cabo Frio só há um cinema, com duas salas. Queria te visto Vicky Cristina Barcelona (Caetano, você o viu?), Feliz Natal, Romance… Eu amo filme brasileiro, sempre gostei,desde pequena. Mas voltando às salas, não me queixo pq sei que cinema é artigo de luxo, mas acostumada a Niterói e Rio, sinto falta dos centros culturais… Essa semana quero ver Se eu Fosse Você 2. Sim, está aqui =] E Tony Ramos e Glória Pires são f*das!!
[e rafa, você tá todo dia mesmo na praia, chova ou faça sol!acho bonito.]
Hola gente!
Como presente de año nuevo les dejo un llink que pueden postear en sus blogs o paginas personales con un compiladito que les preapare con temas que han sido parte de los distintos cd de Caetano, desde sus inicios a la presente fecha:
http://www.myflashfetish.com/video-playlist/431612
Besos a todos!!!!
Ju.-
Podrán “observar” a través de su sentido auditivo, como ESA VOZ es inigualable e inmutable a través de las décadas….( aunque sea inmutable para quien sólo escucha con el corazón) no hay canción interpretada por Caetano y su voz que no haga sentir transmisión de emociones, de pasiones e intensidades, sea allà por los 60 como ahora
saludos
ju
Em Ouro Preto encontrei um poeta mineiro concretista. Impressionante. Ele não fala: uai, nó! e nem núu!, mas mantém um jeito mineiro concreto. Escreverei uma poesia dele no meu orkut (maria do carmo pignata)
Feliz Ano Novo para todos
Maria
Teteco,
Muito bom esse painel cultural do Vale (lembro do slogan do jornal Valeparaibano: vale o que vale o vale, quem será que criou essa pérola?).
Falei sobre o Campello de São Luiz do Paraitinga com meu velho, em Ubatuba, e ele matou na hora: deve estar envolvido com o movimento musical da cidade. Legal, muito legal.
Renato Teixeira também é do pedaço, não?
Glauber,
Grandes cantores. Dick Farney, o Farnésio Dutra, cantava algumas trilhas da minha infância (Copacabana princesinha do mar…). Em 2008 assisti a um show de bolso de Claudette Soares e pude falar isso pra ela. Foi emocionante.
Fiz um pequeno play list pros velhinhos na virada do ano. Caymmi, Orlando Silva e Paulinho da Viola. Quando tocou Oração da Mãe Menininha, com Bethânia e Gal, meu tio não se aguentou: “essa é minha música. Quando ouço, baixa o santo. Saravá!”.
É bom ser do rocknroll, também soul. Mas melhor ainda é ter muitas praias pra descansar.
Grande 2009 a todos!
Não sei se queres falar sobre isso, mas algo que me intriga é Antonio Carlos Magalhães. Como ele, uma pessoa que colecionava péssimos adjetivos, colocaria o nome de “Cine Glauber Rocha”? Essa dicotomia sempre me surpreendeu.
Assisti a “Se Eu Fosse Você 2″ e ri bastante. O propósito foi atingido.
Ganhei o “Verdade Tropical” de natal. Não comecei a ler ainda porque estou em uma fase mais tranqüila (com trema). Estou sempre 10 anos defasado. Aliás, minha dica de leitura é “Canalha”, de Fabrício Carpinejar.
hahahahhaha…sensacional, alemão. eu também adoro fazer umas playlists bacanas em festas da família. como tenho muita coisa antiga, o pessoal da velha guarda aqui, adora. agora mesmo, tô escutando clara sverner tocando chiquinha gonzaga…cousa mui agradável! e o bigode carlosgomesco tá crescendo, uma beleza! inté, minha gente…
Repito:A equação cinema de massa x cinema de arte já foi resolvida em filmes como Os Saltimbancos Trapalhões.A lição sabemos de cor.Só nos resta aprender.
Salem,
Com o que o Caetano falou aqui mais algumas passagens do Verdade Tropical me dou quase por satisfeito quanto ao que ele pensa a respeito de axé music. Mas preciso dizer o seguinte:
Em momento algum eu imaginei algo como axé versus “boa” música. Imaginei “boa” música versus “má” música. E axé versus axé.
Estava aqui ouvindo Gil cantando “Banda Um” (com seu tempo quebrado, harmonia sofisticada, metais, enfim, uma super banda): fico absolutamente convencido de que é possível fazer música dançante, pra cima, sem abdicar da riqueza musical (meu sonho delirante é dançar música brasileira “de massas” de qualidade, algo como “Darling Dear” do Jackson 5, o melhor baixo elétrico do mundo, eterno mestre James Jamerson). “Quero que tudo saia como o som de Tim Maia”, não no sentido de perfeccionismo folclórico, mas de riqueza instrumental e vocal. Para isso é preciso interesse e incentivo, apoio.
Minhas “broncas” com o axé são fruto de amor pela minha terra e por (quase) tudo que de lá emana, como falei várias vezes. Só isso.
Reduzir tudo a “axé versus ‘boa’ música” é uma maneira confortável de você estar em paz com as coisas que você pensa (e, em termos de diversidade, respeito, acesso a todos etc, eu concordo inteiramente), mas dizem pouco a respeito das coisas que eu (e o Glauber e os outros “confusos” que apareceram por último no post em que Caetano nos deu um “talk to my hand” e vazou pra este) tentamos abordar.
Mas não, não pretendo retomar o tema, em hipótese alguma. Já foi.
Quanto a “2 Filhos de Francisco”, vi bons comentários mesmo entre quem abomina música “sertaneja”. Creio que as opiniões favoráveis ao filme sejam maioria, não? O filme é bom, sem dúvida.
Grande abraço,
Glauber, vc tem orkut? se junte a comunidade do blog
Acho estranho como, de uns anos para cá, o termo “parnasiano” virou quase uma espécie de xingamento, e o parnasianismo passou a ser visto como um movimento de gente chata, careta e enfadonha. Isso tudo é besteira de quem não leu Olavo Bilac para ler Haroldo dos Campos, e acha que ambas leituras não podem conviver no vasto armazém das maravilhas nacionais.
Ao citar Cezar Mendes lembrei imediatamente de Santo Amaro e da lembrança que tenho por ter visto recentemente O CINEMA FALADO. Santo Amaro não é mais a mesma, sei que dirá que não é mais a mesma há muito tempo, mas a violência com origem no narcotráfico já invadiu os seus becos, principalmente nas regiões periféricas onde traficantes desfilam pelas ruas empunhando armas impunemente, fazendo no mangue um rascunho do Cidade de Deus. Sequestros relâmpagos, assaltos, tiroteios, acerto de contas… O que víamos no noticiário hoje bate sem pudor nas nossas portas. Bom, talvez nada disso seja novidade, e realmente não é. O curioso é que independentemente do costumeiro descaso das autoridades os jovens andam fascinados com esses senhores e sua ostentação de poder, como se fossem verdadeiros herois, é quase uma nova era do cangaço, onde bandidos eram idolatrados. Não moro mais em Santo Amaro, não por isso, mas a última vez que lá estive a cerveja desceu com mais amargor.
Hoje aqui se comemora o dia da Befana entao ai vai um pouco de estórias:
Beijos a todos
Salem,
concordo com você em tudo que falou sobre a oposição Cinema de Massa X Cinema de “Arte” (na verdade, não gosto de nenhum dos termos, massa e arte, colocados assim), mas tento entender o que alguns aqui disseram, principalmente o Joaldo, da seguinte maneira: um filme tão alardeado, tão propagado, tão vendido (no sentido de marketing), não deveria ser o filme de abertura de um espaço tão importante, independentemente do valor estético do filme, já que a própria reabertura do espaço poderia vender um filme com menos poder de penetração (outra expressão horrorosa).
Mas concordo com Caetano, consolidar o espaço com a presença do público é o mais importante, e nesse sentido a escolha do filme faz sentido.
Particulamente, eu adoro filmes sem “gabarito”, gosto de blockbuster e achei “Se eu fosse você 2″ divertido. Isso não me desqualifica de cinema e de figuras como Fellini, Bergman, Kubrik, irmãos Coen, irmãos Dardenne, Glauber Rocha, entre tantos outros com mais “gabarito”.
Como na música, é possível gostar de opostos (se é que eles existem) sem se perder. Nos espaços de hoje (vide internet) todo cabem, o importante é dar acesso. Uma vez dentro é só dialogar.
Abraços e feliz 2009 para todos!
http://revistatrip.uol.com.br/173/negras/home.htm
espero que gostem. beijos.
candinha se assustou com o volume do roberto … clarinha se excitou com o volume do caetano … labi-cha sumiu !
abrs paloma
ps: ‘maysa’ é egoísta, deslumbrada, bebe e fuma demais … nota 7,5 .. tive que tomar ar no pantanal …
cadê a Labi?
Nandíssimo
Não escrevi o comentário a respeito da oposição tão reincidente por aqui entre cultura de massa e alta cultura, pensando em você. Não teria significado reacender o tema com um propósito pessoal.
Aliás, não tive a pretensão de reacender um debate. Achei que seria positivo fazer o paralelo entre o cinema e a música, pra mostrar que esse é um tema que parece estar no útero desse blog, assim como é parte constante da tensão da obra de Caetano e de seus pensamentos.
Escrevi usando o termo “progressistas” no plural e me incluindo nesse coletivo. Isso porque não me sinto à parte dessa interessante discussão. Só me incomodo quando ela se reduz a um raciocínio binário. É aí que costumo entrar pra dar pitaco.
Não é só o cinema e a música que têm motivado essa discussão. No teatro, há muito disso também. Tenho amigos atores que refutam a TV, como se fosse um veículo menor, com menos peso cultural. Há gente que vê oposição entre o trabalho de um grande ator em uma novela das 8 e no palco.
Engraçado, que escrevo isso enquanto ouço a voz de Patrícia Pillar vinda da TV, num trabalho que provavelmente vai entrar pra sua história como atriz. Um trabalho popular.
Paulo Autran costumava se queixar da TV, sobretudo do tempo que ela consumia em detrimento do seu desejo de fazer teatro. Mas quando se entregava às câmeras era de um talento incomum.
Acho bacana que um filme popular aqueça o projetor do Espaço Glauber Rocha. Seria um tanto pedante se isso acontecesse com um filme “pra poucos”. Não me parece a cara de Salvador, um espaço ser inaugurado com uma atmosfera elitista.
Melhor que ele se estabeleça magnetizando as platéias. Se fosse no século passado provavelmente teríamos Mazzaropi, ou Oscarito e Grande Otelo, ou Dercy nos cartazes.
Agora, se o Cine Glauber ficar só no popularesco e no blockbuster, aí sim vale discutir a natureza do local.
Por enquanto, apenas notei que há uma interessante semelhança nos comentários aqui postados a respeito do assunto e a velha discussão do axé. E pelo que vi, você não havia falado sobre isso.
Não gosto de levantar defuntos. Só os evoco quando podem contribuir.
beijo na testa
salem
ok, eu confesso: os implacáveis genes indígenas só me permitem pequenos arroubos castroalvescos. no máximo, um carlos gomes em início de carreira bigodística, haha
…………………
http://setarosblog.blogspot.com/
vorto!
ERRATA
Eu quis dizer “isso não me desqualifica como apreciador de cinema e de figuras como…”
Recentemente li que uma das causas para termos tantos grupos de heavy metal (principalmente na década de 80) em Belo Horizonte (dos quais o Sepultura é o representante mais bem sucedido mundialmente) é o proverbial conservadorismo da cidade.
Por analogia devemos esperar sempre que saia algo surpreendente de Salvador ou da Bahia, tomando por base um saudável desprezo conceitual pela axé music. Ou uma sua assimilação esteticamente criteriosa. Assim como em Goiânia (terra dos horrorosos sertanejos) está uma das cenas mais interessantes do rock independente nacional.
A tropicália amava a bossa nova negando-a. Os Sex Pistols rasgavam camisas do Pink Floyd - mas Johnny Rotten dizia que na verdade amava a banda, era tudo (necessária) pose.
Como diz uma canção do PIL (”Rise”), “A raiva é uma (forma de) energia”.
Saudações a todos
parafraseando heloisa ….
http://www.youtube.com/watch?v=tvScd-m2sBw
putz, julia debasse tem toda razão no que disse a respeito do parnasianismo. sou mais do modernismo, aquele pessoal da década de 20, mas cada coisa tem seu valor.
………………..
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pisadeira_(Folclore)
pô, esqueci de dizer que gostei bastante dos atores que interpretam ronaldo bôscoli e andré matarazzo. desculpem não saber os nomes. o capítulo de hoje foi bem melhor que o de ontem!
Esses homens que espalham corpos dilacerados de anjinhos pelas ruas,diante dos olhos atônitos do mundo,são homens tementes à Deus,que freqüentam suas igrejas em domingos ensolarados e depois vão passear com as suas criancinhas,correndo entre canteiros pra mostrar sua alegria.
Se o combustível que alimenta esse mega-show business,criado por homens tementes à Deus, são corpos de anjinhos dilacerados, espalhados pelas ruas,o que fazer ?
A gente tambem vive reclamando de tudo,né ?
Como diria Dom Corleone “não é nada pessoal,é só uma questão de negócios”.
Nando,
Gostaria de comentar sobre seu comentário 114 de ontem.
Achei que quando vc fala que é possível fazer “música dançante, pra cima, sem abdicar da riqueza musical” significa, em termos, que vc considera a música dançante algo num patamar abaixo. É isso mesmo que vc pensa ou eu entendi errado? Outra coisa, quando vc vai para a timbalada por exemplo consegue ficar sem dançar?
Se vc vai numa apresentação interativa com o público no aspecto da dança sentir vontade de dançar ou não para mim é o que define se a música é BOA ou NÃO. Entendo a dança do povo embaixo como uma parte do próprio espetáculo de quem tá em cima.
RESUMO: Dominguinhos para mim é melhor do que Chimbinha por que Dominguinhos chama meus instintos para o xinxo muito mais que Chimbinha. Aí (apesar de não ser bonito de se ver) eu danço.
Me lembrei agora de “se ela dança eu danço” que explica tudo que eu disse muito melhor….
Saudações soteropolitanas
droga, La vai uma chalana, Bem longe se vai, Navegando no remanso Do rio Paraguai, droga, perdi o barco … vou ter que ficar com o monjardim velho, globo-pasteurizado, com o olho arregalado da mãe-clone e com essa fumaceira fora de moda …
se é pela música, não é melhor ouvir cd ? que vida idiota? afinal qual o problema de maysa? por quê a fossa se a moça teve tudo na vida?
primeiro foi o bentinho-clown. agora a maysa-cover. qual reputação será vitimada pela próxima produção global?
ah, já sei … a dos indianos.
cadê Caetano?
Julio Vellame,
Perdoe a indelicadeza, mas já disse tudo o que podia sobre o assunto. Se você tiver paciência e tempo, dê uma olhada nos posts anteriores. Mas não considero que música dançante esteja num patamar abaixo de outros tipos de música, claro que não. E amo a Timbalada.
Abraço!
***
No geral acho bom que o “Se eu Fosse Você 2″ esteja no Glauber Rocha. Está quebrando recorde de bilheteria em todo o país; que faça sucesso também no Glauber.
Só não sei é se o espaço terá força para competir com os cinemas de shopping, apesar de toda a infra que o Caetano citou. Talvez o público fiel do “cinema de garagem” (adorei, Salem!) ajude a mantê-lo, mais adiante.
Só espero é que os velhos problemas de estacionamento e segurança, crônicos à área (e ao resto do país, com os insuportáveis furtos e os não menos insuportáveis “guardadores de carro” - aka flanelinhas) sejam tratados com cuidado.
Paloma,
Não concordo com sua frase “por quê a fossa se a moça teve tudo na vida?” Não acho que tristeza, a fossa, o olhar crítico tenham a ver com condição social.
O que gosto em Maysa é da coragem do Jayme Monjardim. Torço para dar certo.
Glauber,
o blog do Setaro é muito bom. Além de saber tudo de cinema, o cara ainda é grande admirador do Jerry Lewis (que já vi que vc também curte). Li alguns posts do Setaro falando sobre a obra dele, suas parcerias com Dean Martin e Frank Tashlin e sua fase solo, que tem em O Professor Aloprado seu grande filme.
E como diria Fred 04: trabalho, trabalho, trabalho, trabalho…
Roberto Joaldo,
não acho corajoso o monjardim e, pelo que vi da minissérie, acho mesmo um desrespeito à memória de uma (sua) mãe. por que tão realista? o mundo é realista. arte é abstração. um musical seria menos insosso e mais curioso …
ô alemão (cmt138), eu torço SEMPRE para que TUDO dê certo NA VIDA. a globo não precisa desta torçida. eles só querem que eu compre o sabão em pó do patrocinador. aliás, sobre dar ou não certo, sempre achei uma coisa esquisita na frase “o brasileiro não desiste nunca!” tema de campanha ufanista. isso não quer dizer : ‘o brasileiro não acerta nunca!’ ?
não somos assim uma brastemp de coragem … brasileiros somos safos ou jeitosos, dependendo apenas da verba.
o diretor “transgrediu”, encantou e ainda encanta, justamente pela audácia, principalmente em mostrar cenas de natureza, longas e relaxantes, em ‘pantanal’. ‘low definition’, preto e branco, fora de foco, com chuvisco, esticado e no sbt - nada abala a magnitude da obra : é muito bom o resultado!
por outro lado, ‘nosso povo’ comenta mais sobre ‘a atriz (sem nome) que é a cara da maysa’ do que sobre alguns valores que a própria maysa possa ter disseminado durante sua breve vida. estes, sim, deveriam estar presentes desde a primeira cena.
e na personagem ‘maysa’, o único problema que constato é aquele que aflige a maioria dos ricos e bem sucedidos. a falta do que sofrer!
abrs paloma
CAETANINO
Já conversei com a idealizadora do Projeto Lanterninha, Maria Carolina, e de pronto ela foi receptiva ao meu convite de nos associarmos, compartilhando metodologia e ideários, pra procurarmos oficialmente Rodrigo Veloso, na Secretaria Municipal de Cultura de Santo Amaro, e, havendo interesse efetivo, formularmos projeto contendo modelo de cineclubismo personalizado, que, segundo penso, deve levar em conta a diversidade de espaços de sua terra natal, como o Museu do Samba, o Teatro Dona Canô, e o Teatro que leva o seu nome, no distrito de Oliveira de Campinhos, promovendo com isso o surgimento de um circuito plural de exibição de filmes, e adotando ainda a programação de sessões noturnas ao ar livre, periodicamente num logradouro principal, e, em caráter especial, até seguindo itinerante por bairros da sede e comunidades do interior do município.
Maria Carolina está intensamente envolvida, no momento, na produção – como integrante da equipe - do filme Capitães de Areia: e somente atribuo a esse motivo não ter aportado ainda aqui para nos dar um depoimento sobre o seu tão bem concebido Projeto Lanterninha e o que rolou no I Encontro Estadual de Cineclubes, conforme pedi.
Como estabelecimento educacional local pioneiro para a formação rápida e em grande escala de platéias, através da citada relação de troca (um ponto em todas as avaliações da unidade letiva por uma ida a uma sessão de cinema), penso no Teodoro Sampaio, que já andei visitando o ano passado e sondando a sua Direção para esse fim. E o acervo de filmes será baseado, de início, é claro, exclusivamente no licenciado através da Programadora Brasil.
Já postei mais acima, para quem mais quiser conferir, os links da Programadora Brasil e do Projeto Lanterninha
P.S.: Devo ir ao Terno de Reis de sua mãe, no sábado, e você estando ou não por lá, farei um breve pré-contato com Rodrigo em prol disso. Mas não ache, Caetano, caso eu te veja, que me comportarei contigo, seja como tiete gotejante, seja como o Nando – nada de platonias nem epifanias à distância, de parte a parte, por favor: também sou um Peter Pão em pessoa! Ah, atentendo um pedido que me é irresisistível, levarei especialmente a usted un besito de nossa musa leodulceferina, poeta da expressão libertária do pensamento, profeta do amor, e estrela amarela de nuestra América, a cantante argentina Exequiela!
MARCIO JUNQUEIRA - vamos ou não vamos juntos?
RICARDO DE ALCÂNTARA
Você expressou de modo mais feliz do que pude o meu sentimento quanto à exibição de “Se eu fosse você 2″ durante a reabertura do Cine Glauber. Eu teria preferido, por exemplo, e seria mais emblemático para esse Espaço e a ocasião, ver O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, do próprio Glauber, que passou por um trabalho de restauração de seus negativos e de digitalização digno de mais alta nota!
PAULO FARIAS
Temos sido aqui em Salvador - e o mesmo eu posso dizer num grau maior quanto à Feira de Santana - avessos à discussão cultural: meçamos isso por quantos de nós estamos vindo a este blog soltar alguns verbos sobre o tema. Adoraria encontrar mais gente entusiasmada como você: com a simples semeadura de idéias numa página como esta. Obrigado pela apreciação de meu e, já digo, nosso ideário!
Mas não podemos fazer isso acontecer de uma hora para outra em grande escala, nem na Capital, muito menos pelo interior baiano. O massacre cultural, e o derrotismo diante da adoção, incremento ou até da mera manutenção de iniciativas socioculturais - tudo isso precisa ser superado, através da criação de um ambiência diversa, que gere motivação, a começar política, e que crie modelos gerenciais eficazes para a implementação duradoura de alternativas como essa do cineclubismo. Se não, veja o que acontece: se cria a alternativa, e, dentro de meses, ou no máximo até o ano seguinte, ela deixa de ser adotada - pelos seu próprios agentes ou atores sociais!
Sabe, eu, como apreciador pessoal da Sétima Arte, sou extremamente mais feliz depois que pipocaram as Salas de Arte em Salvador. Freqüento esse circuito, quando não viajo, a cada dois ou três dias, passeando entre a UFBa (cuja sala eu encontro quase sempre vazia, o que é um paradoxo em se considerando que dentro de uma Universidade), o Pelourinho, o Solar do Unhão, o Corredor da Vitória, e a Ladeira da Barra (onde, na pequena e charmosa sala da Aliança Francesa, ou fora das sessões na Creperia acima, com uma bela vista pro mar espremida por tantos prédios, eu “mais” me acho).
JULIO VELLAME
A respeito da articulação Cinema-Educação e inclusive da formação técnica na aréa de Cinema e audiovisual em geral, eu andei coletando informação, útil não apenas para o protótipo de cineclubismo que imagino e implmento, como para esboçar no futuro projetos em matéria de educação também eminentemente profissional na área. Compartilhar isso contigo e todos os interessados que aterrissarem neste blog, através deste link:
http://etepaba.blogspot.com/
DIAMANTINO SALEM
Não penso que o meu espanto quanto à escolha de um dos dois filmes para a reabertura do Cine Glauber exemplifique um caso dessa oposição entre cinema de massa e cinema de arte. Em meu discurso, eu não atribuo a priori a qualidade de mau ao cinema de massa e de bom ao cinema de arte. Há bons e maus filmes de arte e comerciais, como você muito bem concluí. Várias vezes eu saí de uma Sala durante a exibição de um filme com pretensão artísticas e pifiamente realizado. O que jamais me aconteceria com “Se eu fosse você 2″ porque, antes mesmo de vê-lo, sei que por seguir uma fórmula consagrada, eu sinto que me manteria na poltrona até o final.
Olha, para exemplificar com um só caso especialíssimo que me vem à memória agora, quando ainda contávamos aqui em Salvador com o Cine Teatro Maria Bethania, no Largo da Mariquita, bairro boêmio do Rio Vermelho, com capacidade para uma platéia mais vasta do que muitas Salas atuais nos Shoppings, cheguei a ver o cinema praticamente lotado durante toda uma Mostra da Nouvelle Vague durante um final de semana inteiro, começando desde a sexta.
Não vejo como um critério necessário que sempre haja na programação um filme de forte apelo comercial para consolidar um Espaço e mantê-lo financeiramente viável. Acho que, se já há salas mais do suficientes para filmes com retorno comercial previsível, pode-se e deve-se fazer de uma Sala alternativa uma alternativa real para a exibição de obras barreiradas pelo sistema de distribuição tradicional. Um público cativo, próprio, aficcionado a essas obras fora do circuito fácil, acaba se formando, penso que sim, e se renovando em quantidade suficiente para a sustentação financeira do espaço.
Quando eu morei em Sampa, entre 1990-93, eu ia muito à Cinemateca, em Pinheiros, e ao Veneza, no Bexiga - ainda não existiam os Espaços Unibanco de Cinema. E, a despeito de não se adotar esse critério misto que você afirma ser a tônica do Unibanco, nunca fui a uma sessão esvaziada.
Também não vejo que o meu espanto signifique que eu preconize para o Espaço reaberto e que passou a ser gerido pelo Unibanco aqui em Salvador a programação, durante as suas sessões normais ou diárias, exclusivamente de filmes experimentais e atrevidos sob qualquer aspecto e ainda não testados pelo público - situação que só creio admissível nos acasos especialíssimos de Mostras e Festivais!
Um beliscão acaricioso na bunda pra ti e pra todos os infocaetaunáuticos!
-eis o link correto para uma cena do Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, de Glauber:
http://www.youtube.com/watch?v=YxcZ5iwAoA4
Como não achei nenhum lugar para enviar ums sugestão para o novo disco do Caetano, escrevo aqui como comentário de um post:
Acho que o Caetano deveria incluir no novo disco uma canção do J-Pop (pop japonês).
Poderia ser uma das canções do anime “Naruto” ou mesmo uma das músicas dos grupos KAT-TUN ou An Cafe. Ou alguma outra coisa bacana que eles têm feito por lá.
Mas deveria ser gravado em japonês, é claro.
sim, paloma, pela música é melhor ouvir o CD. tem toda razão. os indianos serão massacrados, you bet. houve um tempo em que se fazia boas novelas e mini-séries. que coisa…
a net veio para consolar os inconsoláveis. fora dela, eis o reinado do cretino fundamental! os donos-do-mundo, normatizando e banalizando a coisa toda. como disse um dia mr. lennon: “gimme some truth”.
aquele abraço para os baianos e todos desse blog
Maria
só pra ilustrar meu comentário anterior, lennon em estúdio, gravando “gimme some truth”, do álbum “imagine”:
http://www.youtube.com/watch?v=zGmOwAHAIJ0
a letra:
GIMME SOME TRUTH [lennon]
CRISTALINO JOALDO
Não posso deixar de dizer que sua límpida argumentação é bem mais consistente do que a minha cansada dialética. É verdade mesmo que as Mostras de Cinema aqui em SP abarrotam as salas deixando uma nítida impressão de que tantos filmes aparentemente ‘não comerciais” teriam vida muito mais longa.
Como também é verdade que a busca pela nova música em espaços nem tão alternativos está cada vez mais intensa em todas as capitais. E mais verdade ainda é o inegável fato de que as muitas produções cinematográficas e musicais do meinstream voltadas claramente para o sucesso de borderô têm se revelado fracassos retumbantes.
É hora de acabar com burra fronteira entre a arte marginal (o tal cinema de garagem) e a obviedade das vendas. O relativo sucesso da barata produção de O Cheiro do Ralo foi um passo nessa direção.
Tenho que concordar com você quando aponta que espaços como o Glauber devem ter uma vocação mais ousada. Talvez o meu antigo ranço com a palavra “alternativo” tenha influenciado o meu pensamento tão recorrentemente dissonante com o que parece ser destinado aos mundinhos.
Mas a verdade é que o mundão não é mais o mesmo. E o tanto que você já refletiu e projetou sobre o assunto faz da sua foto-gramática bem mais cintilante que a minha fatigada militância pela quebra do preconceito com a indústria.
Isso é doença velha minha adquirida durante a Jovem Guarda e os filmes do meu amado Jerry Lewis. Fui castigado cruelmente pela minha tendência vista à época como reacionária. E ainda padeço desses espasmos. Mas você tem razão total!
beijo cristalino
salem
Prezado Caetano,
Pelo que se sabe, a Prefeitura de Salvador aprovou o polêmico projeto que permite a construção de um prédio na Ladeira da Barra (Judiciário se pronunciou a favor da construtora), na melhor vista de Salvador, justo na encosta que se situa acima do Yacht Clube da Bahia e do Cemitério dos Ingleses, impedindo que se tenha acesso visual à entrada da Baía de Todos os Santos. Um prédio naquele espaço é um crime contra a cidade, mutilando-a definitivamente, não acha?
baci!!!
pô. mas assim também não né…o poeta taradão resolveu fazer prestação de contas no blog e finalizou dando beliscão na bunda de quem? acaricioso??? francamente…estava engraçadinho fazendo poesia pra BondGirl mas assim já é um pouco demais né não? …segura a onda…
Ah Joauuuuuuuuuuuuuudo. Vos sos el profeta del Todo… todito… Todo. “O Profeta”.
Ha estado haciendo un calorrrrrrrr en BA (Buenos Aires)!! Comparable solo con el de BA (Bahía)!! Pero claro… el calor en BA (Buenos Aires) siempre está acompañado de humedad… a diferencia del de BA (Bahía)…?
A mí me dijo que me adoraba tanto como lo adoro yo a él. Eeeeeeeeeeeeeeeepaaaaaaaaa (el “epa” lo agrego yo).
LeAozinho… no me desmientas… los sueños… sueños son.
Acho que no Espaço de Cinema Glauber Rocha há 4 salas. Só uma exibe “Se eu fosse você 2″. A 1 exibe “Gomorra”. As outras duas, não sei.
Dois dias sem internet aqui em casa. Voltou agora.
Me encantó el sueño de Exequiela.
Gosto muito de você, Heloisa (sem acento agudo, coisa que sempre pus por vício: me pego escrevendo Antônio Cícero e Antônio Cândido. Eles tampouco têm esses acentos, embora a regra fosse os nomes próprios acentuarem-se como as palavras comuns - mas respeitamos as certidões de nascimento…).
Joaldo, nos vemos em Santo Amaro? Falemo-nos.
Gil, tou aqui.
Fui à livraria Saraiva comprar os CDs do Fantasmão, do Parangolé, do Psirico e do Pretobom.
Amanhã posto?
O Cachambi.
Pra homenagear os cinéfilos do blog,e especialmente, à memória de Seu Mário,idealizador do Cine Cachambi,um sonho que seus herdeiros “sacoleiros” não quiseram alimentar (tenho certeza que o”Cinema Paradiso”foi inspirado no Seu Mário) deixo esse link,onde a música e a sétima arte – que são a tônica do blog,como bem assinalou mestre Salem - se encontram na interpretação daquele que nos tempos modernos,ainda é considerado seu maior gênio.
Luzes ! Câmeras ! Ação !
http://br.youtube.com/watch?v=_du8fjUN0Kg
Paloma,
Por que seria desrespeitoso à memória da Maysa mostrá-la como ela foi? Eu o filhinho deveria mistificar a mamãe como exemplo de bom comportamento?
Se “pra música, melhor ouvir cd”, para o Pantanal, melhor ir até lá, não?
[sempre achei uma coisa esquisita na frase “o brasileiro não desiste nunca!” tema de campanha ufanista. isso não quer dizer : ‘o brasileiro não acerta nunca!’ ?]
É verdade. Comporta também um “não aprende nunca”. Ou “não desiste - até acertar”. Somos isso tudo mesmo. Rudes, bondosos, teimosos, erráticos etc. Boa.
[por outro lado, ‘nosso povo’ comenta mais sobre ‘a atriz (sem nome) que é a cara da maysa’ do que sobre alguns valores que a própria maysa possa ter disseminado durante sua breve vida].
Que valores?
[e na personagem ‘maysa’, o único problema que constato é aquele que aflige a maioria dos ricos e bem sucedidos. a falta do que sofrer!]
Pois é, Paloma. Zizi Possi também disse que achava que “depressão é coisa de quem não tem um tanque para lavar roupas”, até ser acometida por uma.
Abraço
Pro Renato PedrecaL, excerto da canção do Milton/Brant(?):
RAIVA ME AJUDA QUE MORTE É SOLIDÃO.
O lance de “alta cultura” e “baixa cultura” é mesmo duvidoso, o que não impede o aprimoramento de cada artista, grupo de artistas, enquanto novos modos criativos, imaginativos de arte. Eu mesmo adoraria ouvir um “breganejo” mais suavizado, algo como o que Bethânia fez com a canção “È o Amor” dos “2 filhos de Francisco”, acho linda a trilha sonora com Caetano e Bethânia; é mesmo bobo este lance de bom e ruim, mas não dá pra simplesmente jogar no lixo (mesmo que já seja lixo), é preciso reclicar, ou melhor é preciso circular, circularidade cultural, circuladô cultural é o grance lance, “o pé na índia a mão na África, o pé no céu a mão no mar” É PROIBIDO PROIBIR´A MARAVILHA E A MARMELADA DA MÚSICA BRASILEIRA, giro total dos pés à cabeça.
Caetano, Caetano, Caetano. Antes que nada le deseo a Ud. un muy felíz año.
Al “otro” no le puedo preguntar si cumplió porque me prometí a mi misma no escribir más a su página. Es que luego de 4 años de escribir a “nadie” ya me empecé a sentir medio estúpida y decidí cortar por lo sano anunciando mi muerte virtual en esa página para el 3l/12/2008.
En realidad cuando me enteré me puse a reír como una loca, no lo podía creer, fue muy fuerte y totalmente inesperado. Ya le comenté que todos estos años me hice una “película” fantástica y que Ud. tuvo una participación muy importante por cierto pero era a través mío o “del otro”, o de las revistas, diarios, discos o “whatever”.
Salvador, ciudad que adoro por cierto y que siempre asociaré con Ud.y ahora con mi amigo Joaldo al que le debo unas palabras que ya le enviaré al igual que a Exequiela.
Últimos minutos del año 2008, los dos “otros” están juntos conversando y el diálogo es el siguiente:
El otro Nº 1 se queda pensando en lo “raro” que es el otro Nª 2 , y como es eso de que no puede escribir una canción en cualquier lado. Si, es “raro” este tipo piensa el otro Nº 1. Pobre Lucre piensa el otro Nº 1.
Bueno, otra versión podría ser:
Bueno, Señor Caetano, me despido de Ud. ¿Se enteró que en Buenos Aires apareció la versión original de “Metrópolis” de F.Lang?. Al principio estos alemanes no lo creían, cómo podía ser una cosa así. Yo sólo vi la versión musicalizada por G. Moroder. ¿Ud. cree que yo pueda elaborar otra versión de mi película a pesar de estar muerta virtualmente?.
Estoy preguntándome a mi misma, no se lo estoy preguntando a Ud. aunque suene como una pregunta. Es mi estilo, me pregunto y me contesto yo misma.
Ya vio lo que ocurrió cuando Ud. me contestó ¡hizo que decidiera terminar con el otro Nº 2 y ahora estoy arrepentida. ¡Voce es el culpable!.
Errata: “OU o filhinho devera mistificar blablabla”, obviously.
*
Leo com asc em Scorpio, Teteco? Deve ser um feitiço, essa mulher, magnetismo puro. Mas pense que se uma pessoa incrível se foi, ela também perdeu alguém incrível. Azar o dela também e bola pra frente. Viva o luto mas não se consuma por ele, beleza? Abraço.
*
Para quem estiver pouco interessado em mais do mesmo, algumas sugestões: FLEET FOXES e VAMPIRE WEEKEND; visitem o myspace dos caras, amei os primeiros principalmente, prova cabal de que tem gente nova que sabe olhar para trás, aprender com quem fez bonito e acrescentar algo novo.
E não deixem de conhecer, daqui de BH, a divina Alda Rezende!
Cacilds Teteco
Tua gata extraordinária parecia excessivamente extraordinária. Nelson Rodrigues diria que prefere as ordinárias! As beldades engajadas parecem querer proteger o mundo do aquecimento global, mas se esquecem de nos aquecer. Defendem os animais e não cuidam de nós, pobres bípedes ou trípedes, mamíferos inquietos e inseguros. Somos presas fáceis. Mas parece que você é um bicho dócil, que quer virar fera. É hora de reequilibrar o ecossistema. Recupere o fôlego e vá em busca do alimento. Aqui você sempre terá o ombro, o balcão com o garçom amigo e o respeito de quem já calejou o popozão. Adoro as mulheres. Sempre me dei melhor com elas do que os homens. Mas talvez por isso mesmo, conheço bem os efeitos arrasadores do desprezo feminino.
As meninas daqui podem te ajudar também.
Beijo na testa (sem chifres)
salem
Bem legal a sonzeira dos Teclas Pretas, Glauber!
Gente, não sabia que aqui era tão de boa. Bacana.
Paloma, por que nossas mães não podem ser HUMANAS DEMASIADAS HUMANAS? e as mães dos outros podem?
CAETANO, por falar em MÃE, rolou uma emoção na minha pela sua lembrança e ela tá te chamando com o meninos para um Carurú.
julio.vellame@ge.com
Paloma, “humilde análise” mas não o suficiente para esconder o veneninho escorrendo pelo canto da boca, darling.
Nem sempre o país vivenciou ondas de esportes radicais, caminhadas, ricota e preocupações com colesterol, ácido úrico e triglicérides. Nem só de pão integral vive o homem. Um pouquinho de contexto histórico não iria lhe fazer mal. Por que julgar o que não se compreende? Não seria melhor tentar procurar mais a fundo razões para possíveis desvios (ou radical rejeição a modelos) de comportamento?
Sim, o parentesco entre Maysa e Cazuza é absolutamente pertinente, embora sua intenção tenha sido obviamente a de depreciá-los. De resto, se tiramos cigarros e biritas da bossa nova, do samba, do jazz, do blues e de um monte de outros gêneros, muita gente boa vai pro saco.
Uma das pérolas do livro do Midani é quando ele conta que os amigos, ao final da farra, diziam para o Vinícius: “Fala a verdade, cá pra nós, você fez ‘Eu Sei Que Vou Te Amar’ foi para a birita, não foi?, não foi pra mulher nenhuma, foi pra birita!, fala a verdade!”, e o Vinícius morria de rir.
Superar, transcender isso tudo é necessário - neste ponto eu concordo contigo. Atirar pedras, jamais. O que me espanta é que décadas depois sua reação seja a mesma de quem a apedrejava.
Não devemos andar para trás - o macaco impede, como dizia Nietzsche.
Holds,
Joaldo, obrigado pelo link com as informações.
Tenho interesse particular em fotografia de cinema mas estou tb adorando saber o que tá rolando e participar.
Se não como epistemólogo das artes com vc, pelo menos como usuário.
TELECOTECO
Está aí a prova! Você consegue, de seus ‘estilhaços’ verbais, engendrar em algum lugar um “centro”. E, voltando a brincar como aquele poema [anti?(narciso)] do Leminski, um “centro”… que me olha! - e que olhou pro Salem também!
No meu caso, meu amigo, nem tomei um pé na bunda, nem dei pontapé na bunda de ninguém. Veja comigo. Apenas desferi uma beliscada - acariciosa - no bumbum do diamantino e, por tabela, na bundinha de todos os infacaetaunautas…
E a GIL não agradei!
Gil, eu sou tarado em tanta gente daqui e de fora! - uns mais, uns menos, outros por demais.
Sabe, sou tarado em gente que já brilha (Caetanino), que se prepara para acender a sua estrela na carreira grandiosa que é a música (Exequiela Goldini), em gente que não está podendo brilhar por algum desvão existencial (…), ou socioeconômico e cultural (p. ex.: os sem-cinema).
Eu bem que podia - quem sabe, um dia? - ser tarado ni você!
Olha, eu faço poesia não somente para a gata mais oxigenadamente extraordinária que já aportou nesta infocaetanave. Eu faço poesia sob variado pretexto e a mais gente endereço.
Nunca leu - só para citar uns nomes - minha poesia para Heloisa? Nem para Joana? Nem para Vero? Nem para Miriam Lucia? Nunca leu minha poesia para Gilliatt? Nem para Salem? Nem para Marcos Lacerda? Nem para Nando? Nem para Glauber? Nem para Luiz Castello?
Nunca leu a minha poesia magmada no Guimarães Rosa e no próprio Caetano?
Procure-me, mire-me, veja-me ainda por outras alamedas virtuais. Eu sou poeta e profeta de ser assim, no todo, em toda parte: todita! Assim como me pinta la amarilla leodulceferina!
EXEQUIELA
Eu não conhecia ainda essa canção de Bjork: a canção não é boa - é demais! E eu fiquei embasbacado. Para mim, depois de uns momentos ou intervalos de quietude, tudo passa a ser uma questão de manter a coluna ereta, a mente inquieta e o coração intranqüilo
Usted, como comigo já o disse Javi, além da Tigresa, cantada por Caetanino muitos anos atrás, para mim é o maior emblema, sim, de uma estirpe fulgurante de mulheres, celebrada pelo mano em outra canção - ouça isso, Teteco, e sofra (purgue a sua dor):
Gatas Extraordinárias
SALEM
Estarei me abalando para o sudeste a qualquer momento, a fim de providenciar em Sampa um escritório (que quero que seja o principal) para a empresa à frente da publicação de nossa Impertinacia (parece que o nome vai sair sem o acento mesmo). E quero te conhecer, consumir-te, celebrar-te pessoalmente. Eu sei que você resiste - seu… seu diamante!
LUCRE
Eu te deixo esta exclamação, emprestada de Manoel de Barros, em lugar de um beijo: usted vem de onde a beleza nasce!
CAETANINO
Sim - já já nos encontraremos e nos falaremos -, se estiver certo, como me informaram quando retornei esta semana a Salvador das festas de fima de ano, que o Terno de Reis de Dona Canô será sábado. Aguarde-me aí em Santo Amaro!
Muito provavelmente, você será o segundo infocaetanauta que eu conhecerei pessoalmente!
O primeiro, e único, até aqui, LENARTEI, que revi ontem, despediu-se de Salvador hoje - passará por Minas pra da um beijo em sua moreníssima linda namorada Lída, que conheci no nosso primeiro encontro, e voltará em definitivo pra Porto Alegre.
Volta para lá com uma missão - escrever um post pra uma das primeiras edições da Impertinacia sobre a experiência recente de ter participado da rave Universo Paralelo aqui na Bahia, não só curtindo parte do barato, como atuando durante o evento junto ao coletivo Redução de Danos, que vê o uso e o usuário de drogas como seres verdadeira e demasiadamente humanos.
Prestem atenção no que ele escreveu páginas atrás nesta OeP sobre o assunto. Vale a pena! E aguardem-no na Impertinacia: uma revista web viva - muito viva.
Excelente viagem, LENARTEI! Sucesso na sua carreira acadêmica em Ciências Sociais, e em tudo o mais! E segue com um dos meus inocentinhos beliscãozinhos!
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Em Araci, sertão sisaleiro, a FESTA DE REIS, totalmente diversa do Terno de Dona Canô, no ultimo 6 de janeiro foi marcada por uma enorme ausência, com a morte prematura de Raimunda do Boi, a principal entusiasta dessa tradição em minha terra. Vou youtubar pela primeira vez um vídeo - e vai ser o de gravações em VHS com ela, pro nosso Canal de vídeos da futura Impertinacia. Pedirei quanto a isso o auxílio luxuoso de nosso mago do YouTube, LUCESAR.
oi vellame, oi nando e quem estiver acompanhando minha humilde análise sobre a arte da emoção e a produção artística de massa, através da minissérie “maysa”.
teria abandonado esse discurso se considerasse inoportuna minha manifestação neste post, mas como em outros comentários estão sendo debatidos assuntos relacionados à criação de salas de cinema, roteiros, etc, acho mais que necessário opinar sobre o que será projetado.
vou resumir então tudo o que eu disse sobre a minissérie com uma sugestão de título : “maysa, minha mãe cazuza!
abrs paloma
vem cá só entre a gente :
porque a ultima palavra sobre a correta grafia das palavras , até sair o vocabulario ortografico da lingua portuguesa pela ABL EM MARÇO, é de um imortal?
imortal ainda tem a ultima palavra, palavra final sobre as palavras?palavra é construção ou imposição?
teteco, só as mães são felizes…hahahaha
camisa verde? camisa preta? camisa vermelha? descamisado? que papo é esse? eu quero saber…poeta taradão, pode ser que agrade começar o ano com um beliscão na bunda, ok, acaricioso, pode ser o “must” baiano do verão, vá lá, se a moda pega depois da boquinha na garrafa, fio dental, vem aí! o beliscão, uma ataração…eheheh…tá lindo astrobaldo, vamo que vamo, o Carnaval tá aí, oi skindô oi skindô, beliscão. não há maldição nem crise, não há desgraça que aplaque nosso espírito carnavalesco, Lula está mergulhado no verão da ilha e nós com ele, marisia total. aperta o verde e confirma. a produção caiu, a balança degringolou, não tô nem aí, beliscão. o mundo está congelando mas aqui um calor do cão. as bombas fabricam anjinhos, vamos lavar nossas escadas, celebrar nossa miséria. eu gosto do filme mas não gostei de ver Vinícius pelas tabelas nem do depoimento do Chico lembrando das manhãs etílicas do poetinha, devassidão, isso não interessa pra ninguém. Lembro da capa da Veja quando Elis nos deixou, e de uma entrevista de Caetano a um baianinho bacaninha que distribuia “um cheiro”( cadê ele? ele era muito bacana)indignado com aquela “porcaria” de revista, lembro Caetano falando para os filhos da Elis, do quanto ela era para todos nós. Não gostei de ver o poetinha naquelas circuntâncias. Vinícius é imenso, eu lia “Para Viver um Grande Amor” pra Santinha, era o nome dela ( Lidia, meu primeiro amor, talvez). A gente brinca com tudo na maior irresponsabilidade. Dá um close na cara dele, berrava Glauber. Ainda tem aquele sorvete de fruta em Salvador? Tem pitú na ilha do lado de lá? Vc já viu o Dvd Roberto e Caetano?…não sabe o que está perdendo.
Julio Vellame, diga a Lurdinha que eu quero vê-la sim. Como fazemos?
é pra perder o rumo no bom sentido….
http://www.youtube.com/watch?v=tAv1FDpdnmE
é pra achar o rumo no bom sentido…..
http://www.youtube.com/watch?v=ol3Ula4HemQ
Tem música pra tudo. Música serve pra muita coisa.
Me lembro que no ano de 86 quando gravava um álbum no estúdio nas Nuvens, o produtor português Paulo Junqueiro me falava de um livro sobre psico-acústica que estava lendo. Adorava ouvi-lo falar dos truques embutidos nas músicas. Alguns conscientes, outros não.
Decidi que não leria o livro com medo que não fosse tão bom quanto os relatos do Paulo. Entre eles, o de um programador de repertório de música ambiente de supermercados. Uma das suas técnicas era simples: música calma com supermercado cheio pra aplacar a ansiedade de encerrar as compras e ir embora. E múscia agitada com o supermercado vazio pra aumentar a excitação e a vontade de comprar. Entre as explicações detalhadas das playlists, explicações bio-químicas sobre o efeito de encadeamentos harmônicos e ritmos sobre nossos cérebros desavisados.
Mas a coisa que mais me chamou atenção numa dessas explicações do DJ das prateleiras era que costumava tocar a mesma música 7 ou 8 vezes seguidas. Assim, nos livrava da sensação de que o tempo estava passando.
Me lembro que entrei em um Pão de Açúcar naquela semana e pus atenção. Ouvi “Sônia” na voz de Leo Jayme seguidas vezes. O supermercado estava vazio. Tive certeza naquele momento de que o muito do que pensava sobre músicas era pouco perto do que ela fazia distante dos meus pensamentos.
Pois é. Essa semana fui com a Fernanda e a minha filha a um hotel chique em uma belíssima praia na Ilhabela. Caixas Bose espalhadas pela praia espalhavam um suave som lounge impondo a trilha sonora dos bonitinhos e bonitinhas que bebiam champagne pela manhã.
Podia reconhecer cada groove das coleçøes de loops que trouxe em CDs de Amsterdã. Os samplers eram todos reconhecíveis também. Os graves faziam o chão da praia tremer. E as músicas eram longas, longas, se misturando ao vai e vem das ondinhas tímidas. Senti tédio e uma certa vergonha de ver natureza tão intimidada pela forte presença sonora do techno que se impunha aos poucos com mais volume e maior intensidade ritmica.
Talvez o mesmo acontecesse se estivesse em um hotel no nordeste. Mudaria só o repertório. Mas a repetição infernal daquele tecno-jazz-lounge me fez recordar da psico-acústica do Paulo Junqueiro.
Quando era moleque aprendi a não gostar da Maysa muito rápido. Por conta da oposição que eu mesmo criara entre a Bossa Nova e o sambas canções afossados. Mais tarde descobri que essa oposição existia mesmo.
Hoje, ela não faz tanto sentido. Não estou assistindo a minissérie com atenção, mas estou escutando Maysa com a sua voz maravilhosa entrando pela noite, apagando os resíduos de areia das músicas daquela tecno-praia de paulistas.
Além da psico-acústica e da bio-química, o tempo faz grandes mudanças em nós, nas músicas e nos efeitos que elas nos causam.
Se o meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar.
Beijos nas testas
salem
não é genial? a música é belíssima. união perfeita entre música e letra. e tem essa desconstrução ou reconstrução em cima de “meu mundo caiu”…putz!
Yo a menudo me encuentro en ese “estado”, también escribo mis “garabatos”… con la poesía defendemos nuestros ideales, nuestras pasiones, nuestras rebeldías , nuestras libertades y “sueños”.
Poesía…. emoción estética de mi alma, reflejo de vida(real)… un sentimiento puro y profundo. (Joaldinho dedico para ti, poetinha beliscador…).
Beijos enormes no teu coraçao. Verónica,hoje vai completo,con “acento”,por el acento nomás …te dou de presente(rs).
Ah! Pessoal… e não deixem de sonhar.Beijos no seus corações.
AYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY
Desde ya pido perdón a LeAozinho y Joauuuuuuuudo si se sintieron que formaron parte de un sueño en el que no pidieron estar. Soy onironaútica pero no puedo controlar tanto a mis sueños…. porque son eso: sueños.
O Glauber “roubou” minha fala. Adoro a canção do Wisnik:
Esta canção (como outras tantas, Libra, por exemplo) é demais.
Adorei a “deformação” do Roberto - beliscador impertinaz - Joaldo da canção do Walter Franco.
As minisséries da Globo, geralmente não gosto tanto, aquelas “do Ariano Suasssuna”, por exemplo, me entediam, mas não penso que Maysa esteja tão ruim, mesmo porque acho louvável mostrar esta transição das “canções melodramáticas”, para um novo esboço musical bossanovado, especialmente para demonstrar um pouco da trajetória do Ronaldo Bôscoli, citar nomes como os de Silvio Caldas, Elizeth Cardoso, e por tantas outras coisas, pela influência da cantora numa Angela Roro. Como é bom ouvir a Angela cantando: todos acham que eu falo demais, e que ando bebendo demais…
Não tem Roberto e Caetano no ITUNES…cadê, cadê, cadê…alô alô juventude no poder, se nem eles estão qual a sua chance? eu quero o meu ITUNES!!! eu não quero roubar, eu quero fazer a roda girar porque eu tenho projetos e sonhos, eu também tenho. nós queremos participar…cadê, cadê, cadê? é uma indignidade omitir a música brasileira na plataforma do comércio internacional de música. nós queremos comerciar também…estamos vivos e sonhamos. enquanto a bondgirl era lambida, qual era música que tocava? vamos beliscar com nosso som na orelha. cadê, cadê, cadê, oi skindô oi skindô. vamos derrubar esse muro antes que venham as bombas. não queremos bomba, repressão, queremos estar no bolo. alô alô realengo, onde está a juventude brasileira com Ipod na orelha?
absolutely delicious your dream Exequiela!
Just like your sound!
Freud was right in 1900: All of ours dreams represent desires!
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Salem,
o Paulo Junqueiro foi o produtor dos primeiros discos do Ira!, não foi? Mudança de Comportamento, grande disco. Lembro de um show no teatro do Masp, em 85 ou 86. O Ira! era uma bela banda ao vivo. E acho que sua atitude influenciou bastante na guinada rock dos Titãs. Não sei, sempre tive essa impressão.
Mais tarde, o Ira! gravaria o Psicoacústica, para muitos seu melhor trabalho. Mais uma vez, a influência do Junqueiro.
O que gostava também no som do Ira! é algo que acho que você já falou sobre os rocks do Caetano: preocupação em não abafar a voz e nem deixá-la muito acima dos instrumentos. Acho que já ouvi Caetano falar que descobriu que o segredo (para o rock) é cantar nos buracos, nos vazios. É isso mesmo ou tô viajando?
Falou-se muito em rock brasileiro aqui: sul, Bahia… mas quero deixar registrado a importância do rock paulista dos anos 80. Bandas como Ira!, Titãs, Ultraje, Voluntários da Pátria, Musak, Mercenárias, Lagoa 66, Gueto, Fabrica Fagus, Violeta de Outono, Fellini, Clínica, Akira S e as Garotas que Erraram, Azul 29 (era isso?), Zero…
Aeroanta, Rádio Clube, Radar tan tan, Madame Satã, Dama Shock, Rose Bombom…
Saudades!
EMBAIXADA PARA O TERNO DE REIS DE DONA CANÔ AMANHÃ NA SANTO AMARO DA PURIFICAÇÃO
Aos infocaetanautas soteropolitanos que desejarem seguir conosco numa Topic-Navelouca, saindo amanhã, sábado, às 18:30, de lá do lado do lado de lá do Hotel da Bahia, no Campo Grande, queiram contatar nosso querido embaixador Zé Carlos pelo 71 8886-1980 - custo da tarifa de embarque e retorno de apenas R$ 25,00!
Últimos vagas! Vagas já reservadas, dependendo de confirmação hoje, pra Glauber Guimarães and Nando.
Quererei ir em companhia de dois amados primos, Eliomar Góes and Elenita Pinho (esta, ainda a confirmar presença, cultíssima empresária local que apoiará ao lado de outros patrocinadores o lançamento da revista web Impertinacia).
E penso que lá encontrarei André Itaparica e sua turma do campus da Universidade Federal do Recôncavo em Cachoeira - que foi quem me convidou a conhecer a beleza dessa festa há três anos.
Aguardamos, ansiosamente, a confirmação da chegada, a tempo de ir conosco como minha convidada especial, vinda de uma Capital ainda mais escaldante, o Rio de Janeiro, da garota Impertinacia, a orquideante infocaetanauta Ana Claudia Lomelino, que ja esteve em Santo Amaro em outra ocasião, relizando uma bem pessoal Magical Mystery Tour!
-Ana Claudia na foto pra capa de lançamento (em breve) da Impertinacia - pra quem ainda não a viu quando a postei páginas atrás desta OeP:
http://www.flickr.com/photos/analomelino/3046415287/sizes/l/in/set-72157606128159186/
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Exequiela, de minha parte não há nada que me impeça, e mesmo tal poder jamais eu teria quanto aos sonhos de seu sono, de freqüentar estes teus mais oníricos desejos comigo ao lado do Caetanino. Eu até sinto algum gosto nisso: um gosto matizado por ciúmes - sou um tiquinho masoquista, não já te disse?
Apenas acho que só porque usted deve ter levado em conta o que acontece do encontro, se colocados numa mesma toca, como essa toca depravadita de teus sonhos, entre um centauro de treva e luz (euzito!) e um leão de fogo (o mano!) - que somente a isso atribuo a sua auto-censura em relação ao conteúdo sonhado! Mas, suponho, o meu encontro real com o Caetanino se dará em lugar público e à vista de todos! E todos os presentes seremos salvos!
Já quanto a sonhar de olhos bem abertos, ora, ora, sua leodulceferina eXTasiante, como eu memso queria estar nesta cena em lugar da Paquita que surge ronroneante aproximando-se de tua orejita, centímetro a centímetro, milímetro a milímetro, e [...] {…} (…) - coroando ainda tudo isso com algo que eu, acendedor de estrelas, sei fazer acontecer and apreciar: {*}!
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Caetanino, estou levando pra ti, até agora, antes de fechar a edição definitiva de pedidos e intenções:
Ninguém mais, além das hermanas acima, quer me fazer um pedido? Heloisa…
Joaldo, integro-me espiritualmente na Navilouca e mando mil beijos ao Caetano e a todos aqui “do ponto equidistante entre o atlântico e o pacífico”, com cheiro de Morro São Gerônimo e águas de cachoeiras, onde Caetano já pisou, trilhou, guiou o pessoal da banda Cê, sob o “cinema transcendental” desta terrinha em que vivo.
ALEMÃO
É isso aí. O Paulo Junqueiro junto ao Paulo Miklos e o Vítor Farias produziu o álbum da minha banda Clínica. Um trabalho meteórico de baixa vendagem, embora a música Trauma tenha ficado 2 semanas em primeiro lugar na saudosa Rádio Fluminense do Rio. Essa canção também estava na novela Sassaricando do Silvio de Abreu.
O Clínica durou pouco. Era uma dupla (eu e o guitarrista Tuba) que com a participação de Pedro Gil (na batera). Leo Gandelman (sax), Jorjão Barreto (teclados) e André Jung (percussão) gravamos um disco de sopetão em 20 dias lá no Nas Nuvens.
Na época estava compondo com o Tuba e o Miklos, que sem muita pretensão, levou a demo ao Liminha. O doido nos chamou pra gravar. A banda nem nome tinha. Fizemos algo difícil de reproduzir ao vivo. Foi divertido. Mas na época eu não tinha vocação pra ficar fazendo playback em troca de Chacrinha e sair por aí tocando de graça. Tinha filho pra sustentar. E ambições musicais. Era uma sinuca. Ou a banda estourava, ou não. Assim foi com muitas das bandas que você citou. O Gueto é uma das que eu mais gostava. Os Mulheres Negras e o Luni também são contemporâneos dessa investida da WEA. O bom é que formamos uma bela turma. Mais tarde, com a Marisa Orth (Luni) e o André Abujamra (Mulheres Negras) eu fundei o Vexame.
LISANDRO
Sim. Eu fui o diretor musical da Banda Fanzine que integrava o talk-show do Marcelo Rubens Paiva na TV Cultura.
Só espero que a moderação entenda que estou respondendo a coments da moçada. Não estou distribuindo currículo, não. He.
Há muito tempo não vejo o Paulo Junqueiro. Ouvi dizer que tinha voltado pra Portugal. Na época em que ele co-produziu o Clínica, namorava a Paula Toller e íamos ao cinema juntos.
Ele, assim como eu e o Liminha, éramos calvos precoces e sonhávamos com o milagre de um tal de minoxidil que prometia fazer nascer cabelo no deserto.
Tenho saudades de Pedro Gil e me emocionei muito ao ver o Gil no Faustão falando abertamente do que é perder um filho.
TETECO
Gostei da idéia de canções anti-depressivas e/ou ansiolíticas. Evite a Maysa no começo da noite.
beijo nas testas queridas
salem
Tem mais outra música:
http://www.mp3tube.net/br/musics/sylvio-de-oliveira-In-the-hot-sun-of-a-christmas-day/172174/
Sorte!!!!
Impertinaz Joaldo,
Infelizmente não poderei comparecer ao imperdível evento porque não estou em Salvador. Mas se o fosse, teria que me precaver com algum anti-beliscation forévis protector Tabajara por sobre a cueca, de modo a fugir desta saúva incurável em que você parece ter se convertido.
Bem, até hoje espero a goiabada!
Esta foi uma das muita aventuras vividas em Santo Amaro, terra boa de gente maravilhosa.
Meu “recado” é um beijo no céu da noite dessa cidade do interior!
VERO
Encantada. Me gustó el posible título de la película. Te cuento que estos 2 “otros” me han enloquecido bastante. Mi aparición por acá, en “persona”, porque ya hacía un par de semanas que seguía esta OeP fue gracias al Otro Nº 2 (David Byrne). Cuando Caetano lo nombró me decidí a escribir. Imaginate cuando me enteré que el Otro Nº 1 (Caetano) y el otro Nº 2 pasaron juntos fin de año. ¡Casi me muero!. De ahí mi “enojo” con Caetano. ¡No comentó nada!. Pero ya se me pasó el enojo. Espero que no te enojes por lo de “100% tuya” dedicado a Caetano. Al menos no usé el Caetano mio tan tuyo por cierto. En realidad sigo siendo un 50% de él porque a pesar de decretar mi muerte virtual, mi corazón todavía no se acostumbró y lo sigo compartiendo entre los dos “otros”. Ya me acostumbraré. Espero que estés bien, noto cierta tristeza en tus palabras cuando escribis. Se como ayuda en malos momentos tener algo, alguien, algún lugar como este, inventado, idealizado o lo que sea para “conversar” y distraerse. Un beso grande. Ah, soy de Montevideo.
EXEQUIELA
¡Me encantaron tus sueños por cierto y gracias por no querer mi muerte!. Si leiste lo que escribí para Vero comprenderás como te entiendo cuando te imaginas a Caetano y Joaldo juntos. Igual lo repito porque me encanta. ¿Vos entendes que mis dos amores, los dos “otros” estuvieron juntos en Salvador celebrando fin de año, juntos los dos “otros” que mi “piel” siempre tendió a juntar?. Cuando me enteré no lo podía creer. Bueno, confieso que de mi película no conté todo, hay algunas partes que omití por cierto, represión que le dicen, pero estoy pensando en que me des una mano en caso de que decida continuar con mi “guión”. Tengo otros finales más divertidos en mi mente pero no concuerdan con los que logro escribir, con los que mi mano escribe. ¿Porqué será?. No estoy segura de resucitar todavía, no se. Por ahora estoy sufriendo una especie de síndrome de abstinencia horrible sólo por pensar en que no voy a escribir más. Es que me divertía un montón. Me asustó eso de que quizás los “otros” sean los que estén muertos. Ahora me acuerdo de la película “Los Otros” y me quedé pensando en tu comentario. Me di cuenta que no dije que he “hablado” de ti, de Vero, de Joaldo, de Heloisa , de Salem en la “casa” de David Byrne y ni siquiera se los comenté. Hay varios más que también he recordado, que han estado presentes pero no los nombré uno por uno. Bueno, tengo razón en estar enojada con Caetano ¿no?. Pero ya se me pasó. Me da cosa chusmetear algo que él no comentó pero si estás interesada en saber como pasó fin de año Caetano podes buscar David Byrne journal y lo sabrás (idem para Vero y los que quieran saber, of course).
En definitiva el otro Nº 2 lo posteo en su página y cualquiera lo puede leer. No es ningún secreto y no estoy haciendo nada malo por cierto. Please, please, Caetano, no se enoje. Yo no soy egoísta y comparto la información que obtengo de mis actividades detectivescas con el resto de sus mujeres y hombres que andan por acá. Soy re re re buena a pesar de lo mal que Ud. me trató al mantener en secreto este hecho trascendental de mi vida virtual, hecho que no me mató del corazón por poquito.
JOALDO
¡Joaldo!, por favor, no me dejes afuera. No seas como Caetano. Por favor, decile que le mando 20 besos, que más ya es una exageración, que igual lo sigo queriendo. ¡Lastima que Brasil está tan caro para nosotros!. Hace 3 años por estas fechas estábamos por partir para Salvador. Hubiera estado muy bueno conocer a alguien de allí para conocer mejor la ciudad. Estuve también en el 2004. Una pena que Joaldo no existía en mi vida en ese entonces. Estoy segura que mi esposo también sabría apreciar tus cualidades. Quizá el año que viene, pero no se, creo que nuestra vida de viajantes está llegando a su fin. La maternidad, postergada hasta ahora está golpeando la puerta con insistencia, eso del reloj biológico que le dicen. Bueno, quizá el año que viene aparezca por allí con una Lucrecita o un Lucrecito, quien sabe. Soñar no cuesta nada por cierto pero lo veo difícil. El 16/1 salgo de vacaciones y estoy a mil por eso no he contestado nada con respecto a lo de Impertinacia pero lo sigo teniendo presente y a la vuelta estableceré un contacto mayor. Por ahora me despido y lo mejooooooor del mundo para vooooceeeeee (esto con tantas oooooo y eeeeeeeee es para que no extrañes a Exequiela). 25 besos para ti y mucha suerte.
Estoy por postear esto y leo en el último comentario que murió Dona Edith do Prato. Me emocionó mucho porque hasta ayer no sabía quien era. Ayer fue el primer día que escuché algo de ella en la radio de David Byrne. Ella moría casi en el mismo momento en que yo la conocía. Me encanta. Saludos dona Edith, donde quiera que voce este.
Morre dona Edith do Prato.
http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1047087
Minha casa esta linda e limpa, fui eu quem limpou. Um astral delicioso ser feliz.
Seus venenos sao detectados a kilometros.
“Eu vivo para ver fila na porta do show da tua banda.” Tem gente que nasce pra ficar por fora. Cada um tem a vida que merece.
Como é bom qdo vc escreve usando mais os miolos e menos a emoçao, menos vitima do sentir. Eu gosto tbém qdo vc esta vitima do seu sentir, é bonitinho,mas é um alivio ler essa GRANDE lucidez!!!!!!
Vou la no BiBi tomar um mega lanche! b
explico-me. e uso para isso um trecho do que estou desenvolvendo para minha primeira participação na Impertinácia, Joaldo.
“Da diversidade impermanente.”
leve intenções como esses “sussurros”, Joaldo.para caetano, para vc e para todos dessa “nave”
Glauber
não respondi pq fiquei uns dias ocupada: amei suas músicas. queria te dizer aqui no blog! vc já disponibilizou por aqui aquilo que recebi? pras pessoas do blog, além do myspace? pois tou pedindo! coloque aqui aqueles links. me fez muito feliz!vc é muito lindo. obrigada. saudações pra sua família!
Cacilds
Adoraria pegar carona nessa cauda da navelouca. Vai ser bonito. Com Joaldex, Glaubito e Nandíssimo. É de dar inveja das boas! Joaldo, te aguardo em breve em SP, onde encarnarei o anfitrião com minha cueca protetora anti-beliscos. Abracem Caetano por mim.
Boa viagem.
beijos nas testas
salem
Tinha um homem tocando piano num restaurante, cantando uma música tão linda, mas tão linda… E o rapazinho apaixonado ouvindo aquilo, achando-se doente porque via o cara que ama em todos os lugares…
Procurei a música e para a minha surpresa topei com a sua voz. Foi a única versão com voz masculina que eu encontrei.
Não consigo parar de ouvir.
salem, cadê vc?
Paulo Emílio Salles Gomes…foi ele.
Um trecho aconchegante do setarosblog sobre o Cine-Theatro Guarany:…” Ao contrário das salas atuais, todas iguais, os cinemas do pretérito possuem estilo, cada um com um toque diferente, uma decoração especial, e o Guarany, neste particular, é, para mim, o mais atmosférico. Antigamente, o espaço, frente a esta sala exibidora, chamava-se Largo do Teatro, porque o Guarany também tem um proscênio no qual se encenavam peças aclamadas muitas vezes oriundas do eixo Rio-São Paulo. Assim, a atmosfera do cinema começa na sua entrada, com o cheiro de seu ar condicionado. A sala de espera, um recanto para se ficar vendo os cartazes e as fotos dos filmes que vão a seguir e que em breve estão em cartaz. Além de sua sofisticada bombonière – é desse modo que todos se referiam àquele pequeno espaço onde se vendem dropes, chicletes, chocolates, com todos arrumados em filas indianas ou, mesmo, militarmente ordenados.
A sala de projeção se divide entre a platéia – lugar mais privilegiado – e um balcão, cujo acesso se faz por duas escadas laterais. Na primeira, antes do palco, um espaço para orquestra. E, de hábito naqueles bons tempos, que não voltam mais, quando o filme começa, antes que as cortinas fossem abertas, luzes coloridas se revezam enquanto se ouve um trecho de ‘O Guarany’, de Carlos Gomes. É o sinal de que a função iria se iniciar. Antes, no entanto, enquanto se espera a sessão, o gongo anunciador, a partitura musical do filme a ser apresentado é dada aos ouvidos dos presentes para uma melhor familiarização, um esquentamento, por assim dizer. Fica-se, então, a olhar os índios em fila da parede do lado direito pintados por Carybé, assim como os peixinhos enfileirados do lado esquerdo. Há, portanto, uma atmosfera especial, e o cinema estabelece-se, à maneira do teatro, como uma função”.
Carolina,
Há várias maneiras de se relacionar com Música.
Uma delas é estritamente emocional, afetiva. É a que você relata em suas lembranças;
Outra é técnica, didática; é um olhar sobre a “música para músicos” ou estudantes de música, profissionais ou amadores-amantes;
Outra é histórica, dentro de uma perspectiva crítico-musical. Que importância têm tais e tais artistas em determinada época e contexto; que méritos ou deméritos; que contribuições significativas etc;
Outra é histórica, mas dentro de um outro contexto, não necessariamente musical mas humano, dentro da história de um povo; é o que faz um (historiador como) Eric Hobsbawn citar artistas ligados à cultura popular em seus trabalhos;
E uma outra ainda seria transcendente ou espiritual, a partir de uma contribuição à história da humanidade, artistas que contribuem com maior logenvidade porque tocam em temas mais amplos e que interessam a muita gente; e também pela capacidade de certo tipo de música em elevar (ou não) nosso estado de espírito, como foi citado aí como “música anti-depressiva” e tal, é isso aí mesmo, há uma influência enorme naquilo que ouvimos (conscientemente ou não). Tem um livro muito interessante do Egberto Gismonti que narra seu encontro com os índios e de como o contato com a música indígena mexeu com ele e com seus valores “acadêmicos”, vale muito a pena.
Foram as que me ocorreram agora, só para exemplificar.
A relação emocional e afetiva com a Música é intocável (assim como a transcendente), porque diz(em) respeito a uma relação desenvolvida de modo estritamente individual. Quanto às outras, há campo aberto para debates.
Abraço!
Viva Dona Edith do Prato !!!
Carolina, muito massa seu comentário sobre Goiânia.
Vou sempre lá e gostaria de ir em Goiás velha ver a antiga capital.
Botei uma foto de umas panelas lindas de cobre no meu orkut para lembrar do barro da estrada, da música linda, e que eu acho boa sertaneja (olha o ato falho de separar linda de boa), pamonha e principalmente do carinho dos Goianos que gostam de ser carinhosos até para aumentar a distância da dureza das W3s….
Não tem o link para seu blog.
haaa, vou colar na corda louca de Joaldo.
- Julio, se vc não tinha gostado porque está chorando?
Por que só tinha escutado wave e não o disco todo….
Roberto cantando Dolores me derrubou….
Oi Gil
Voltei hoje da Ilhabela. A ilha é perto, mas a música é invariavelmente lounge, com o perdão do trocadilho. Cheguei em SP hoje e já me enfurnei do estúdio. Se alguém por mim, diz que fui por aí.
beijo na testa
salem
“se alguém PERGUNTAR por mim, diz que fui por aí”
Nunca falamos do Zé Ketti por aqui. Quem é que não se lembra da jaqueira da Portela?
sigamos em frente, minha gente!
Linda a evidencia que Oswald de Andrade há quase um século - com o respeito que só o reconhecimento de seu próximo pode vislumbar:
Pronominais
Vício na fala
ps. continuo escutando cajuína… que linda!
Nando, ha varias maneiras de se relacionar com Musica e para mim o SILENCIO é a Musica possivel aqui.
A todos os amigos queridos da OeP, estou atento a tudo acima, ao carinho que me dedicam, e ao carinho que - quanta responsa isso! - querem e confiam em que eu expresse fielmente ao Caetanino em nome de vocês.
Estou levando somente duas coisas impressas: o e-mail de Judith e este belíssimo comment-críptico de Joana!
Tudo o mais que me pedem - acima, pelo Orkut, pelo MSN, por e-mail - está aqui (bato o peito) eletrocardiagrafado e não esquecerei de transmitir, nem que seja por vibração, e ainda como menção, ao mano. Não será, por exemplo, possível dar todos os beijinhos no Caetanino solicitado por Lucre, não - mas farei como se seguissem juntos com o besito enviado por Exequiela e o beijo no coração enviado por Vero!
Bom, também não sei quanto tempo terei de contato com Caetano, e até desejo estar com ele com mais tempo, em outra ocasião, por conta, sobretudo, de fatos relacionados com o lançamento da Impertinacia - uma revista web que fundirá blog, chat, fórum de discussões e rede social ou comunidade virtual, e que não se conceberia sem a experiência que vivenciamos durante esses meses a bordo desta infonave. Gostaria de reforçar pessoalmente a ele um convite de participação para que nos brindasse com o principal texto da edição 1.
Saibam todos que estarei indo para uma das festas principais da terra dele e a estrela da noite é a Dona Canô, a pessoa que mantém vívida essa tradição popular! Não só Caetano, como Rodrigo, e toda a família, devotarão, naturalmente, a sua principal atenção a acarinhar a sua mãe e abrilhantar uma festa que é organizada diretamente por eles.
E, para mim, é uma ocasião sempre singular, do ponto de vista do enriquecimento ou da troca cultural. Pois a festa de reis no Recôncavo é muito diversa da do meu sertao araciense onde nasci.
Vellame, basta me ligar pro celular que em poucos instantes nos achamos!
Obrigado Salem and Joana pela estima, e saibam que a minha estima em relação a vocês é sempre crescente!
Um belo final de semana a todos!
A pressa é inimiga da perfeição, mesmo! Digo : as personagens e não os personagens. Os estacionamento privado pode suprir a necessidade do cinema, enquanto o estacionamento lateral do novo Glauber é insuficiente. Sobe-se através de uma rampa, mau feita, na calçada, quase na frente do cinema. Isso mesmo, você pode subir o meio fio com seu carro e estacional na lateral do cinema. Cuidado para não cair na escada dos sanitários subterrâneos do antigo Cacique. Outros erros deixo pra trás. Se me compreendem, não me obscureçam. Fui !
Caetano, sem querer ser chato e já sendo: Freud está aí no post entre alemães mas hoje ele seria considerado tcheco e na época era meio austríaco, meio húngaro (Freiberg, Moravia).
Por falar no assunto, você se refere a Nick Cave em sua canção que fala em “algum cantor de rock alemão” e em Pixote mas ele é australiano.
Tô falando porque sei que você gosta de citar a naturalidade e nacionalidade das pessoas e tal, fica aí o registro.
Abraço!
verdade, nando. falar nisso, eu piro nessa música de caetano. das minhas preferidas pela música, pela letra, pelas interferências do arto lindsay. o “alemão” na letra, serve melhor à rima. além de que, no filme, é como se aquele cantor [cave] fosse o estereótipo do cantor de rock alemão, daquela fase berlin industrial e tal. sempre tive um interesse grande por essa canção, “os outros românticos”. cheguei a me perguntar “será que à época caetano não sabia que nick cave não era alemão?”. acredito que sabia, mas só o homem é que pode nos responderrr…
ACM E GLAUBER ROCHA, ALÉM DE VOCÊ E A TURMA DA TROPICÁLIA DENTRE OUTROS…
SAUDADES DA NOSSA BAHIA ARTÍSTICA E CULTURAL DE ANTES.
Hoje revi João da Bahiana no filme Saravah tocando seu prato ao lado de Baden. Resolvi rever Caetano e Moreno em Prenda Minha juntos com Moreno no prato e mostrei a minha mãe de 84 anos que chorou. Isso fiz por mim, pela minha mãe conhecedora do samba e por Dona Edith. Desejo que essa emoção tão profunda vivida ao lado da minha mãe que viu Pixinguinha e que vio Caetano cantando Drão e que viu Moreno e que viu Adão ao lado de Walter Salles seja o tantinho de bom astral que que psicografo agora ao meu cristalíssimo Joaldo em sua viagem poética ao Recôncavo.
Beijo na testa da Bahia
salem
“… há que se fazer uma análise mais apurada e ver que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa! o diabo mora nos detalhes …” do glauber (cmt218)
sabe quem disse isso tb, há exatos 50 anos atrás? ma-ysa mon-jardim : nossa ma-rilyn mon-roe monrena e cheiona! e no japão!
“so sad, so sad, sometimes she feels so sad …”
pois é, uma das boas coisas do youtube, do dvd, e em breve da (hd)tv é a pausa. ou o slow. ou parar e voltar e ver outra coisa, ou parar e voltar e ouvir outra coisa.
eu acho que pouca gente faz isso, e quem foi no youtube ouvir “meu mundo caiu” não prestou atenção no que rolou antes da apresentação, e ficou gravado, depois de 50 anos, na história.
1959, maysa foi à tv japonesa. na cena a cantora está ladeada por 2 apresentadores japoneses, um deles o tradutor. não existe público aparente, mas maysa está tensa e segurando um cigarro aceso (claro!!!), apesar de não o fumar.
o apresentador local pede para maysa falar um pouco de sua biografia (sic) e ela diz que está feliz em ser a primeira cantora brasileira no japão! ele então comenta que, por coincidência, naquela semana tinha sido lançado “orfeu negro”, filme brasileiro no qual aparecia cenas do carnaval no brasil.
eles queriam saber se o carnaval era aquilo mesmo que mostrava o filme, porque “as pessoas aqui se entusiasmaram muito com o ritmo do samba !…”
maysa parece inchar, traz o cigarro para a frente da câmera, futuca as unhas umas com as outras, baixa a cabeça e coma a voz meio nervosa dispara : “como sou EU que vou cantar aqui, é preciso fazer um ligeiro esclarecimento: o carnaval no rio é realmente aquilo (no filme); mas o tipo de samba que eu canto não tem ABSOLUTAMENTE nada a ver com o carnaval!”
imagine a cara dos coitados dos japas: o tradutor diz então: “sim, senhora”, como se estivesse a dizer “senhor! sim, senhora!” e traduz para o outro o que ela disse. saem de fininho, sem cumprimentá-la. (não se faz isso no japão. muito menos para a primeira cantora brasileira num palco japonês)
ou seja : eu acho que a embaixada entregou MAYSA, mas os japoneses tinham encomendado MULATA! … é, glauber, o diabo, na terra do sol, nascente, mora nos detalhes.
abrs paloma
ps: a orquestra desafina, maysa não sabe o que fazer no palco … é triste e patético ! teria sido de propósito? uma orquestra japonesa desafinaria?
aah, é verdade, viu? vivo uma vida bastante reclusa, vez em quando dou uma saída pra comprar cigarros e pegar um filme na locadora. tenho lido bastante, visto muitos filmes, compondo, brincando com a filhota, trabalhando no PC, coisas caseiras. mas acredite, estava lá com dona canô em espírito.
agradeço a você e aos seus, por receber todo mundo tão bem. a vida é boa!
Sweet Carolina.
Mas,fiquemos relax,doce Carolina,está tudo sob controle,o sol voltou a brilhar de mansinho,e já-já,as crianças estarão correndo pelo jardim.
Castello.
P.S. No momento em que eu pensei mandar a tal mensagem leninista-stanilista,pintou um post novo,então fica arquivado.
Ok, Paloma, embora eu acredite mais que hoje ser brandy, a saúde demande. Mas “vida idiota”, não. Vidas não são idiotas, só as pessoas. Também não sou amiguinho do diretor mas posso defendê-lo. Sou o autor de atrás do trio elétrico.
Obrigado.
1. do mesmo veneno que mata, se faz o soro que cura; não sou amiguinha (quem pratica amiguismo) do diretor e posso criticar as “falhas” que me impediram de curtir a minissérie, que pena;
2. não tenho nada contra o uso de álcool ou drogas, eu vivi bem os anos 80, aqui e em n.y., east village, troquei segredos com tipos como julio barroso e lobão, sei de tudo sobre arte estimulada, na qual talvez até acredite; hoje, ser branda, a saúde demanda;
3. não há nada de raivoso em meus humildes cmts, menos ainda de depreciativo; e nem precisaria, enquanto mulher e sua mãe, o diretor se incumbiu disso: colocou humanidade, cheio de “falhas e clichês” num outrora mito! isso é legal?
4. documentário é uma coisa, ficção é outra, e manoel carlos é pior ainda.
Mário Simões,
Ivo é de fato falecido, irmão de meu pai, Humberto.
Prezado Julio Vellame:
Grato pela sua resposta. Ivo Vellamme, seu tio, foi uma grande personalidade. Sempre alegre, apesar da idade espelhava e irradiava jovialidade. Simpático, com ar de gringo. Muito produtivo e carismático. Sinto muito a perda dele e associo-me, neste momento, a dor que o povo de Santo Amaro sente pela irreparavel perda de D. Edith. Creio que existe uma outra dimensão e que o que denominamos vida e morte são estágios para chegarmos a ela.A Caetano e família transmito meus sentimentos pela perda desta valorosa santo-amarense (é assim que se escreve agora? não sei!). Como disse alguém mais acima, “Viva D. Edith!”
Carolina, reflita comigo:
É bom ler um livro mal escrito? Ver um filme com atores ruins? Apreciar um quadro mal feito?
É bom morar numa casa feita por um péssimo arquiteto? Construída por um engenheiro incompetente? Ser tratada por um médico charlatão? É bom contratar os serviços de qualquer profissional e perceber que o sujeito é um incompetente?
Agora me responda: por que com música seria diferente?
Entendo que muita gente se importe quando seus artistas favoritos (quer porque sejam considerados “os melhores”, quer porque tenham importância afetiva e emocional independente de juízos de valor acerca da qualidade do seu trabalho) são criticados. Mas daí a não aceitar que existam critérios pelos quais estes mesmos artistas possam ser avaliados vai uma grande distância. Concorda?