O Guarani (30/12/2008)

O GUARANI
30/12/2008 5:28 pm

Fui com Tom e Cezar Mendes ao cinema ontem. Tom adora comédia e filmes falados em português (inclusive dublados: aos 8, 9 anos ele perguntava, ao ouvir canções ou diálogos de filmes em inglês: “pai, a gente tem que ouvir essa língua horrorosa?”). Ele queria ver “Se eu fosse você 2″ - tinha visto o 1 comigo e tinha adorado. Adoramos esse 2 também. Mas o importante é que foi no Espaço de Cinema Glauber Rocha, projeto de recuperação do Cine Guarani, sonhado por Cláudio Marques (acho que foi esse o nome que me disseram) e tornado realidade com a participação do Unibanco. Entrar no saguão e ver que os painéis de Carybé estão lá intactos foi comovedor. Quase todos os filmes que mais amo foram vistos pela primeira vez nesse cinema. Ele se chamava Guarani e, quando Glauber morreu, Antônio Carlos Magalhães mudou-lhe o nome para Cine Glauber Rocha - e pôs uma reprodução do grafismo de Rogério Duarte para o cartaz de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” na frente. A homenagem era mais do que merecida: quando eu ia às matinais dominicais do Guarani, Glauber excitava a inteligência da cidade para o cinema e desprovincianizava Salvador. Nos artigos do Diário de Notícias, nas palestras pra lá de informais feitas antes de algumas projeções do Clube de Cinema de Walter da Silveira e, finalmente, nos filmes que passou a fazer, Glauber lançou o cinema consciente na Bahia e o cinema brasileiro no mundo. De forma indelével. Vi “Deus e o Diabo” lá. “Rocco e seus irmãos” e “No balanço da horas”. E a Praça Castro Alves é o ponto de vista ideal para a Baía de Todos os Santos e para o Carnaval. O Guarani se transformou agora num Centro Unibanco de Cinema Glauber Rocha com vista para a baía. Tem café, livraria, quatro salas com equipamento de som e imagem de primeiríssima e decoração elegante. Vou voltar lá na primeira semana de 2009, sem Tom, para ver “Gomorra”, que está na sala 1.

Cezar Mendes é um músico de nascença. Sem ter estudado com ninguém, ele ensina a todos. Ouve as harmonias e as reproduz sem nem pensar. Todos o conhecem dos trabalhos com Marisa Monte, sobretudo de sua partcipação nos Tribalistas. Também com Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes em trabalhos fora dessa banda-piada, que é o que, como os Doces Bárbaros, os Tribalistas foram em princípio. Cezar (é assim, com Z, que ele foi registrado) ama bossa nova e as grandes canções americanas dos anos 30. Mas foi ele a anunciar, na cerimônia do Prêmio Multishow no Theatro Municipal do Rio, a força artística de Pitty. Senti emoção muito forte ao ouvir o disco do Portishead com ele. Sem interesse por rock ou música eletrônica, Cezinha foi ficando impressionado com as relações entre as linhas melódicas cantadas pela Gibbons e as ondas de acordes que desenham riffs de gosto expressionista. Ele não perdia nem sequer um lance musicalmente interessante que pintasse. Comentou junto comigo o que havia de notável, surpreendente ou agradável na música desse grupo curioso. Cezinha é de Santo Amaro. Quando eu estava no fim da adolescência ele ainda era menino. Seu irmão, Roberto, é merecidamente famoso pela limpidez cristalina com que aborda (e transforma) todos os toques de chula e samba-de-roda do Recôcavo. Mas Cezar é o cara da sensibilidade harmônica. E do visceral bom-gosto musical. Ele não gosta de carnaval. Mas não deixa de perceber a musicalidade de uma cantora de trio se ela a possui. Ele gostou mais de “Zii e Zie” do que de “Cê”.

Perguntaram o que leio. É sempre sem método. Agora achei um posfácio de Luís Felipe de Alencastro na edição de bolso do “Coração das Trevas” de Conrad e aproveitei para ler a novela na lindíssima tradução de Sergio Flaksman (que, aliás, para meu orgulho, é avô dos meus netos). Por causa disso, peguei o exemplar de “Under Western Eyes”, que me tinha sido dado por Paulo César Sousa (uma das pessoas de quem mais gosto nesse mundo - e que é um grande tradutor de Nietzsche e de Freud, além de Brecht e outros alemães) e estou lendo, assombrado, essa história apaixonante que é, também, uma visão amarga sobre a Rússia - e uma profecia (que soa como uma reflexão a posteriori) sobre o Leninismo-Stalinismo. No meio tempo, olho a história da poesia brasileira de Alexei Bueno. O que ele diz sobre os poetas concretos de São Paulo no paralelo que faz entre estes e os parnasianos é simplesmente abominável. Sob qualquer ponto de vista. Aliás, já na introdução, embirrei com o português desse poeta respeitado e erudito. Sei não. Parece coisa ruim. Falo do que estou lendo esta semana. Não sobre o que li ao longo dos anos. Talvez depois. Feliz Ano Novo.



237 Comentários sobre o Post “O GUARANI”

  1. andrea disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 3:05 pm

    Um filme não é só um filme, é o lugar onde ele foi visto também, com quem ele foi visto, como você falou. a memória traz isso tudo junto.
    sobre a leitura, também não tenho regra http://cadernodadea.blogspot.com/2008/12/disse-que-estou-lendo-5-livros-de-uma.html
    Paulo César Souza é um grande cara, apesar de não conhcê-lo, mas sópelo trabalho com os textos do Nietzsche, ufa!! já mostra quem ele é!! Feliz ano novo!

  2. joana disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 3:05 pm

    caets

    vc pode e deve se orgulhar de muitas coisas.
    inclusive de zii e zie, até sem comparar com outros trabalhos, porque comparações são terreno as vezes desnecessário, e tudo o mais
    esse tipo de coisa é como vc poder olhar nos olhos dos seus filhos, e sem que nenhuma palavra precise ser dita, vc tenha certeza da felicidade deles, com seu corpo inteiro, com os dois olhos.

    difícil é qd esse pequeno momento dos olhos, desmonta muitas “verdades” a respeito do que acreditamos ser tão sólido e bem construído.

    bons olhares pra vcs todos, aqui no blog, nesse novo ano que está nascendo.

  3. Fernando Salem disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 3:45 pm

    No verão de 2006 em Salvador fui ver Roberto Mendes. Ele trouxe uma mulherada linda de Santo Amaro pra cantar com ele. Eram negras chiques.

    No centro do palco, rodeado de bons músicos, Roberto tem aquele ar de quase “não-músico”, musicista, pensador. Mas quando o som começou a comer o seu modo de tocar violão me chamou atenção.

    Roberto beliscava as cordas ao modo de Gil, mas com levadas muito singulares e síncopas grudadas na chula. Fiquei impressionadíssimo como a cada samba, uma levada diferente se fazia nescer daquele violão tão bem tocado.

    Roberto se mantinha sereno, sério, com alguns sorrisos marotos sempre voltados aos músicos que o acompanhavam.

    Na sequência do show, que foi muito bonito, assistimos a um documentário sobre a trajetória de Roberto no Recôncavo. Nunca fui à Santo Amaro, mas fiquei com uma impressão única e original daquela região. Havia algo de cultura regional e um certo eruditismo. Uma atmosfera de alta sofisticação nas falas dos habitantes tão sabedores da história local. Depois dessa enxurrada de informações sobre a chula, o samba de roda e o Recôncavo, fui falar com Roberto, que foi elegante, sério e receptivo.

    Ao voltar a SP, por coincidência, minha mulher colocou o CD Circuladô no drive do carro e re-escutamos (usei o hífen ao gosto dos unificadores) Boas Vindas. Era uma outra canção. Novos sentidos se mixaram à letra que evoca a ancestralidade e o futuro.

    Marinheiro Só também teve de ser convocada. Araçá Azul com Dona Edith. E lá fui eu redescobrir Caetano filtrado pelo som da chula que ainda inundava meu cérebro.

    A música comigo funciona assim. Entra, fica e vai embora. Quando algo acontece, ela é reconvidada. E volta diferente pra reconhecer a vida.

    E eu digo que ela é gostosa.

    beijo na testa

    salem

  4. Lucesar disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 4:22 pm

    A obra de Cætano , dentre todos os compositores que conheço, é a mais influenciada pelo cinema. Além de ter atuado, dirigido, críticado amadoristicamente, ter suas músicas como fonte de inspiração e de ter feito a trilha sonora de vários filmes, Cætano é sobretudo um cinéfilo apaixonado.
    Um clip de Cætano falando da sua ligação , desde a infância , com o cinema:

    Cætano & Cinema:

    http://www.youtube.com/watch?v=tnisR_sfWpc

  5. Guido Spolti disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 4:27 pm

    Caetano, fico contente em saber o que cê tá lendo. Depois da sua crítica ao “olhar” o livro de Alexei Bueno, dá vontade de conferir o seu “simplesmente abominável” do paralelo do autor com concretista/parnasianos; haja tempo para tudo isso; dias atrás ganhei, a pedido, o livro do Mangabeira “o que a esquerda deve propor”. O livro “reflexivo a posteriori” sobre o Leninismo-Stalinismo tem tradução em português?

    Caetano! Antes de encerrar o blog do “obra”, deixa uma listinha pra gente de livros lidos que você leu ao longo dos anos, seria bem legal!

    Feliz Ano Novo (para todos)!

  6. Paulo Osório disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 4:29 pm

    Insisto: Quem gosta do Portishead adora Massive Attack.

    “Gomorra” é um bom filme (italiano) sobre a Mafia…

    Feliz Ano Novo a todos

  7. Andre Avellar disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 4:31 pm

    Lembrando do projeto paralelo Tribalistas que tem a participação de Cezar, gostaria tanto que o vc inclui duas canções suas que foram feitas, possivelmente, por encomenda: “Pecado Original” e “Mortal Loucura” que sei não é de sua autoria, mas nao deixa de ser fantástica a sua dobradinha com Wisnik e a participação do Carlinhos Brown. Aliás, vc, ou melhor, senhor tem pensando nos shows de divulgação do novo album para 2009?
    Feliz Ano Novo

  8. Miriam Lucia disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 4:56 pm

    Novo Post oba….

    Não vi o filme nem o 1 e principalmente o 2 porque estando na Itália não dá, mas vi no youtube o trailer do 2 muito engraçado mesmo! Mais o Tony Ramos é muito bom e a Gloria Pires, o elenco é muito bom, realmente tem muito para dar certo… aquela piadinha de “ainda pego aquele ursinho de todinho” é de rir mesmo porque o que eu já vi por ai de brincadeiras com este corpo peludo do Tony Ramos, o Daniel Filho foi genial nessa sacada.

    Caetano se você quiser ver estas entrevistas com Salviano acho que seria legal, a qualidade da imagem não é lá essas coisas mas o som esta bom, é uma entrevista recente num programa de tv chamado Matrix depois que saiu um boato sobre um possível plano para matar o Saviano em dezembro deste ano, não sei se te interessa mas… vou postar, pelo menos tentar! Feliz 2009 e para a família toda, beijo especial a Maria Bethânia a irmãzinha de Caetano. Como vi que tem algumas cenas do filme não sei se seria interessante ver os vídeos antes ou depois do filme, embora sejam raras, mas tem gente que não gosta, eu tenho que avisar, não é?

    Parte 1

    http://www.youtube.com/watch?v=4Vrwc1JwVuQ&NR=1

    Parte 2 muito interessante

    http://www.youtube.com/watch?v=Dm_9zdBm0dA

    Parte 3

    http://www.youtube.com/watch?v=ibj0sqYVJBc&feature=related

    Parte 4

    http://www.youtube.com/watch?v=kLcU2Iasxbo&feature=related
    Parte 5

    http://www.youtube.com/watch?v=cxYhtWG7a9I

    Parte 6

    http://www.youtube.com/watch?v=JiIwr852_6o&feature=related

    Parte 7 e ultima

    http://www.youtube.com/watch?v=JeI5DS2xfWc

  9. Marlúcio disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 5:39 pm

    Caetano, mui grato por ter atendido a meu pedido para falar sobre suas leituras. Era mesmo sobre o que você está lendo que eu queria saber, mas, se desejar, será ótimo saber o que já leu (!). Não acho Alexei Bueno nem erudito nem poeta, no máximo um versejador (fazedor de versos) bem mediano e de cultura obitusa. O livro dele sobre “poesia” é a coisa mais indigente que li na vida sobre o assunto. Mas não quero saber dele , não, quero sua opinão sobre outros livros e escritores, mais dignos desse nome.
    Sou baiano como você e adoro cultura erudita e popular, de Gustav Mahler e Godard à axé music. Amo o carnaval de Salvador, embora more no Rio e faça algum tempo que lá não vou nessa época.
    Grato, novamente, quero mais! Grande beijo.

  10. Julio Vellame disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 5:43 pm

    Salém, lindo seu comentário sobre a Bahia e Roberto Mendes.
    Baiano que sou fico feliz demais.

    Ontem passei pela estrada que desce de Muritiba para Cachoeira no caminho de volta para Santo Amaro.

    Vc precisa ver e depois tomar uma para sentir.

  11. tyrone medeiros disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 5:56 pm

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    Caetano segue o link de um video do You Tube, onde tem você com Brown e Marisa [ anos 90 ] - ilustrando assim a citaçao dos Tibalistas nesse post.

    http://www.youtube.com/watch?v=-hhx8Jpejiw

  12. Lucas Jorio disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 6:03 pm

    Caetano, certa vez você falou sobre um excesso de vírgulas que causou mal terrível ao português brasileiro, fiquei intrigado com isso, comecei a reparar mais e achei que esse seu post, principalmente no final, tem mais vírgula do que o normal. Não acho que ficou excessivo, hora nenhuma, tornou seu texto mais calmo (não que os outros sejam enfurecidos).
    O tema “o que será das esquerdas no mundo” anda te perturbando ou é conincidência? Embirro com “Leninismo-Stalinismo”, ainda mais em letras maiúsculas, não acho que Lênin seria tão terrível quanto Stálin e não acho que Stálin continuou Lênin.
    Dei para meus pais de natal o DVD de você com Roberto, eles amaram antes de ouvir. A alegria de minha mãe veio junto com uma confusão, ela ama o rei (que acho que deve ser com letra minúscula) e achou que era o show de final de ano na Globo na íntegra. Eles foram militantes de esquerda marxistas-nacionalistas, até hoje lamentam no fundo a revelação do terror na União Soviética e têm mais de 300 discos de vinil, nenhum internacional! Conhecem quase nada de música não brasileira e quase tudo que é brasileiro. Fiquei de ver depois, não gosto tanto de bossa nova quanto eles.
    Ler sem método não é um dos prazeres do artista, se dar ao luxo de não se especializar tanto?
    Feliz Ano Novo

  13. Clarinha disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 6:03 pm

    Caetano
    Acabei de ler Verdade Tropical, vi e senti aquela doce criança que cantou lindamente Tom Jobim com o Roberto.O livro tem um conteúdo de uma ternura incrível.
    Falando em livros,gostei de um pedido que lhe foi feito para deixar uma listinha dos seus melhores através dos tempos.Muitos já sei,Como Clarice,e outros tantos pois você em Verdade Tropical os enumera.
    Bem,mais uma coisa,já que estou nesta Caetanave aproveito para querer saber de seu sono,já que li muitas vezes a respeito dele,e se solucionou e hoje é um caso resolvido.
    Beijos a todos dessa nave,feliz ano novo para o Titã Caetano,Hermano,Nando,Glauber,Miriam,Exequiela,Joaldo

  14. Gravataí Merengue disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 6:53 pm

    A melhor parte é essa do Tom sobre a língua inglesa! Genial!!! Não há qualquer patrulhamento político ou ideológico, é o gosto legítimo de uma criança cujo ouvido não tolera a língua horrorosa! Talvez hoje ele até goste das músicas cantadas em inglês, né? Mas entendo como é isso, eu também não gostava dos filmes legendados, quando criança; achava uma porcaria aquilo tudo.

    O Tom é o máximo! E ele votando, então? A forma decidida pela qual escolheu a versão de número 2! Excelente!

  15. Gravataí Merengue disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 6:54 pm

    Ah, claro! E feliz ano novo :)

  16. ADRIANO NUNES (ASTRIPASDOVERSO.BLOGSPOT.COM) disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 6:58 pm

    CAETANO,

    Indubitavelmente, PAULO CÉSAR LIMA DE SOUZA é o maior tradutor de Filosofia alemã. Suas traduções de NIETZSCHE são sublimes. É uma pessoa de raros beleza e discernimento.
    Sobre POESIA e POÉTICA, não conheço ninguém melhor, atualmente, para discutir tais temas, que ANTONIO CICERO E JOSÉ MIGUEL WISNIK. O livro FINALIDADES SEM FIM, do ANTONIO CICERO, é uma dádiva da modernidade brasileira, uma amplidão-além para quem quer entender “ARS POETICA”. Seus textos são claros, compreensíveis, sem apresentar argumentos vagos, servem mesmo ao que vieram. O livro SEM RECEITA do ZÉ MIGUEL é outra maravilha contemporânea, “uma pérola aos pouco” e para poucos!
    Aliás, recentemente, no blog do ANTONIO CICERO, houve várias discussões sobre NIETZSCHE e sobre POESIA,com comentários inteligentíssimos por parte dos leitores, bem argumentados. Claro, que as contra-argumentações de CICERO são fantásticas, sempre esclarecedoras.

    ABRAÇO FORTE!
    ADRIANO NUNES.

  17. ADRIANO NUNES (ASTRIPASDOVERSO.BLOGSPOT.COM) disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 7:03 pm

    CAETANO,

    SE O CEZAR MENDES AQUI É COM “Z”, O PAULO CÉSAR É COM “S”, MAS O SEU “SOUZA” É MESMO COM “Z” E NÃO COM “S”!!!!

    FELIZ ANO NOVO!
    ADRIANO NUNES.

  18. glauber guimarães disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 9:01 pm

    que beleza, que maravilha. feliz ano novo, caetano veloso.

  19. Fernando Salem disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 9:08 pm

    Vellamíssimo

    Gozado você me chamar de Salenzinho Paz e Amor no seu comentário do outro post. E em seguida, achar lindo o meu comentário sobre a o Recôncavo aqui nesse post.

    Muita gente me chama de Salenzinho aqui em SP, principalmente as meninas. É bom. Mas, “paz e amor” é a primeira vez. A expressão “paz e amor” como apelido ressurgiu com o suposto amolecimento ideológico do Lula. E aqui, ao que parece, você “insinuou” (bem ao sabor de Caetano/Heloísa) que eu suavizo a questão do axé, como se tivesse uma posição conciliadora, apaziguadora. Não é verdade. Não elogio o axé pela minha possível vocação “paz e amor”. Elogio em guerra declarada ao preconceito provinciano, ao medo de ser feliz e à falsa oposição entre música de massa e música “boa” feita por entendidos.

    Tenho absoluta certeza que há um elo entre o que escutei com amor no show de Roberto Mendes e o axé. Possivelmente nem ele reconheça isso. O que não me incomodaria. Aliás, não me incomoda alguém não gostar de axé. Me incomodam os discursos panfletários em nome da “boa” música que usam o axé como argumento. Isso eu combato. E combate não tem nada a ver com paz. Tem a ver com amor.

    De todo modo, gosto do “paz e amor” de raiz hippie, embora seja posterior à minha gênese. Sou um tanto herdeiro desse negócio todo.

    Beijo pacífico e amoroso na testa

    salem

  20. Miguel disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 9:25 pm

    Feliz Ano Novo! As novas músicas são muito boas!
    Adoro “Sem cais” e todas…

  21. Heloisa disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 9:48 pm

    Caetano, este blog tem sido uma alegria só comparável à felicidade de ouvir seu canto. O que desejo a todos aqui, além de um Ano Novo muito, muito feliz, é que você continue sendo nosso presente diário em 2009. Sei que é sonho, mas tudo bem - a esperança é um dom que eu sempre tive em mim.
    Que sua mente instigante e seu imenso coração encontrem promessas de prazer e felicidade suficientes para suprir o ano inteiro.

    Um brinde a todos nós!

  22. glauber guimarães disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 10:54 pm

    pessoal,
    como também não consegui ver os vídeos de salem no link que ele passou primeiro, procurei no youtube. quero ver os outros.

    …………

    salem,
    lí seu comentário lá no outro post. sim, o problema não é só na bahia. valeu, compadre, você é jóia!

  23. Teteco dos Anjos disse:
    Dezembro 30th, 2008 at 11:41 pm

    O que mais gosto no Glauber Rocha é que ele era, além de brilhante e talentoso, muito louco. “Lanço meus demônios pra cima do mundo, não quero que habitem em mim”, disse ele. Sua arte, seu próprio exorcismo, feito com uma camera na mão e tantas idéias na cabeças. Divino.
    Acho que tais demônios ou arcanjos caracterizam o “cinema consciente na Bahia” e o cinema brasileiro mundo afora, pelas mãos de Glauber. Na minha opinião (ah, sim, informo que não entendo muito de cinema), ele foi e é o maior cineasta brasileiro. “Barravento” foi um choque pra mim, assim como “Deus e o Diabo..” e “Terra em Transe”.

    Há muito tempo, talvez 20 anos atrás, lia-se no muro de um cemitério em Sampa:

    “DEUS MORREU”
    ass: Nietzsche

    E logo mais a frente, no mesmo muro, com outra grafia:

    “NIETZSCHE MORREU”
    ass: Deus

    Depois de ler as duas máximas, passei a me interessar por Nietzsche e por Deus. O primeiro, um filósofo maluco. O segundo, quiçá um poeta concreto maluco ( dizem que ele é também espirituoso). Concreto??? Sim, olhem as coisas, as estrelas estancadas no absoluto nada. Concreto e misterioso. Deus e Nietzsche, dois figuras que eu adoro.
    E Nietzsche disse: “Só poderia crer num Deus que soubesse dançar”. Óbvio que ele se opunha ao sisudo Deus das leis irascíveis, duro que nem carvalho. Ele certamente não estava falando das palmeiras que dançam na brisa da manhã e exalam o Deus dançante e sempre bondoso, o qual eu acredito.

    Concordo com o Tom. Sempre achei o inglês uma língua horrorosa. I don´t have complete control abouth the english, but I like it. Ual…daria um belo refrão de rock.
    Acho “sim” muito mais bacana que “yes”. O tal do “go fuck” é horrível. Prefiro nossas oscilações entre “sifu” ou “sífu”. E também gosto mais de “obrigado” do que “thank you”.
    Ah, sim, o inglês é muito mais dinâmico e como tal, muito mais fácil que o português e demais línguas latinas. Mas, eu gosto de não ser fácil, eu gosto de ser latino, eu gosto de ser uma flor do lácio.
    Inglês é horroroso mesmo. Alemão é neurótico demais.

  24. Clarinha disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 12:02 am

    Apesar de não escrever”coments”sinto que faço parte desta nave desde quando a conheci,lá pelos meados de Agosto quando aconteceu o grande,”divino e maravilhoso” show em homenagem a Ton Jobin. Caetano para mim era cultura,desde minha adolescência,o grande poeta e cantor,.E que poeta!.Sempre o vi grande,um Titã,e o conheço há muito……………..Mas não era esse esse louco amor.Era mais cultura .Tinha de conhece-lo como a Chico e outros,mas sempre optei mais por Caetano.
    Mas foi após o encontro dos dois titãs homenageando Tom que caetaneei até o âmago de meu ser.A música brasileira e os músicos brasileiros tem do que se orgulharem.Nunca antes tinha visto ou ouvido coisa mais bela!
    Caetaneando entrei na nave e não quero dela sair.
    Por favor,façamos da Caetonave uma casa,não quero ser tripulante nem passageiro dela.Passageiro passa,não quero passar quero ficar,estar,ser,continuar sempre dentro para comer Caetano com roupa e tudo,principalmente de terno “apertado”.Quero tudo desse “menino Deus”e desse “rei-rainha”de nossa música.Será que Caetano pode ser minha rainha pois já tenho meu rei Roberto Carlos.Adoro reis e rainhas,remete aos contos de fada que ouvia quando criança.
    Através deste “blog”,o primeiro que participo (lendo e comendo e não comentando)descobri sabores tão doces e que não engordam.Muito lindo tudo!.E as pessoas,algumas gosto muito,outras menos,mas gosto da maioria das que por aqui passam e deixam seus rastros iluminados(não tive coragem de deixar o meu,não sei se por medo ou preguiça,mas acho que foi medo mesmo pois segurança não é meu forte!)Foi muito bom conviver nestes meses com gente culta e inteligente e quantos talentos! Como o Brasil é grande!E Caetano, existe ou é um sonho meu?

    Grande poeta Joaldo,adorei conhece-lo!
    Rafael Rodrigues,Esqueça um pouco da política e olhe a beleza do mundo e a sua principalmente!
    Foram tantas emoções e tanta gente bela que não lembro mais…………………..

    Que o ano que está por chegar seja melhor de todos

  25. Julio Vellame disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 12:05 am

    CAETANO, pergunta chata de fã:

    - dando continuidade a esse coisa do que vc tá lendo, quais os sites que vc freqüenta? (jornais, blog e afins)

  26. Sandro Lobo disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 8:35 am

    Caetano,
    Toda vez que chega o verão e o senhorito começa a circular pela cidade a gente tem esses “flans”, como diz um amigo meu que é ator: parece que foi um vento doce que passou, no Porto da Barra, agora no Unibanco, sempre no Rio Vermelho, na Ademar de Barros. A gente redescobre Salvador nessas noites, adora quando se esbarra em você e, desculpe dizer que eu sei que não tem nada a ver com você isso, fica parecendo que nos faz um favor. Como quando escreve para A Tarde desancando o prefeito e dizendo palavras muito duras de quem se importa com a merda desta cidade. Ficamos felizes por esse lugar em que você se coloca. Aí passa o verão, você vai embora e a cidade volta a um marasmo terrível. Antropofagia movida à pagodemania e egotrip-latria baseada em batidões de prata, moda bizarra e qualquer motor importado. Muita pobreza espiritual querendo ser riqueza material a qualquer custo; polícia feia, mortes horrendas, povo patético. Uma falta de assunto e um cheiro acribundo terrível no ar. Não é porque você tá indo embora, tampouco só porque o verão tá indo embora, claro. Queria que Salvador não estivesse morrendo, mas ela está morrendo a cada ano, e cada vez mais rápido. Fisicamente e também na sua alma ex-mestiça. Agora só negra (de qual negritude?). Depois da afirmação vem o quê? O silêncio, a negação, a deformação? Dá uma olhadinha nessa Bahia de São Salvador - que é diferentíssima do sul do Estado, você bem sabe - e me diz o que acha. Tá um decalque do “Ó paí, ó”, do qual foi tirado toda a graça e humanidade (falo daquele seriado da TV Globo, não o da Globo Filmes). Não sei se há saída. Parece que é uma daquelas quarentenas áridas que nem a da década de 70 até meados dos anos 80. Acabou Caymmi, acabaram Verger, Caribé, Amado, Mirabeau, miloutros, e até Zélia acabou. E - tirando um ou outro sujeito como Ganzelevitch, que saiu lá dos Marrocos pra lutar quase sozinho por uma identidade cultural aqui - não apareceu nada novo com a mesma importância e densidade, ou devo estar procurando no lugar errado? Ou devo estar procurando a Bahia errada? Ou será que é no tempo que me equivoco? Não sei. Tu acaso sabes? Beijos. Feliz Ano Novo. Faça-nos uma nova canção que nos dê alguma chave disso tudo. O “Haiti” demorou de sair, mas capturou um frame importante da história soteropolitana. Até!

  27. Vianna Vana Caravana disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 9:19 am

    “Coração das Trevas” é bem cinematográfico,né?”Gomorra” é cru e lento.Cruelento mesmo.Tudo tão Brasil ali fora algo do estilismo do figurino italiano.Interessante o Cezar Mendes.Me fez pensar em toda aquela desarmonia urbanística que Salvador contém e um algo oculto,um fluxo piroplástico subterrânio ordenhoso parecer sempre prestes a emergir por ali.Caetano,Hermano e hermanos:Cores,Flores e Amores…Por um próximo ano mais romântico menos competitivo sem termos que fazer guerras até o fim do mundo para vencermos crises de ilusão.Que seja possível inventar Paz com Paz,deixar de lado as condições e os condicionamentos e o maior preconceito que é achar que depois da tempestade deva vir bonanças.(Crêdo,quanta ilusão heim Pastor Vianna?)

  28. Nando disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 9:23 am

    Heloísa, noite passada sonhei que estávamos (você e eu) numa aula de “teoria literária”, num lugar mais parecido com uma adega e bastante escuro, com aquelas velas ou lampiões nas paredes. Não me pergunte como eu sei que era você, mas era você. O clima na aula era bem agradável e na saída chovia bastante.

    Bem, último post: belíssimo Novo Ano a todos, boa saúde e ótimas realizações.

    Deixo uma frase do Frank Zappa:

    “Se você acabar com uma vida tediosa e miserável porque você ouviu seus país, seus professores, seu padre ou alguma pessoa na televisão, dizendo para você como conduzir a sua vida, então a culpa é só sua e você merece.”

  29. Fernando Salem disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 2:32 pm

    A todos

    Esse blog começou em julho. Muita coisa rolou de lá pra cá. Pessoalmente, vivi no final de agosto a difícil perda do meu pai. Durante o mês de julho, quando ainda torcia pela sua recuperação, e depois, nos meses que sucederam a sua morte, frequentar esse espaço virtual funcionou como uma espécie de trégua pra minha tristeza. Um abrigo, mesmo. Isso já basta pra dizer quanto me afeiçoei a esse projeto, a todos que o constróem, visitam e especialmente a Caetano, que nos surpreendeu com atenção detalhista e uma participação que foi muito além do que é comum. Caetano não se comporta como um ídolo apenas que dá satisfação aos seus fãs. Fez deste blog mais um cantinho da sua vida cheia de atividades. Não diria que foi generoso apenas, porque percebo o prazer que tem ao se manifestar e conversar com todos por aqui.

    Tem sido mesmo um privilégio desfrutar desse passeio multi-temático (vou de hífen).

    Obra em Progresso é a prova incontestável de que quem vê a web como espaço frio e solitário está por fora.

    Joaldo cuidou de expressar a poesia dessa empreitada. Nando se tornou meu amigo sem amiguismo, não me poupando de desavenças como um verdadeiro amigo faz. Glauber se mostrou um cara, a um só tempo, ousado e zeloso com o afeto. Gil bateu forte sem fazer dor. Joana brincou comigo como uma irmãzinha. Heloisa me fez calar e observar. Castello chegou devagarinho e ocupou. Vellame acendeu luzes. Miriam foi uma âncora. Gravataí soltou o verbo sem medo. Hermano moderou e desmoderou. Tyrone, Teteco, Guido, Lucesar, Carolina e todo mundo que não citei, porque falo de memória, são seres presentes no meu imaginário de 2008.

    Uma festa de arromba a todos!

    Feliz 2009!

    beijos nas testas

    salem

  30. gil disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 5:30 pm

    Aí galera! Felizes Novidades! vamos juntos fluindo no blog Caetano maior acontecimento cultural do ano…Hermano Répi niu ier! Salém, kiss my ass ( ehehe…) abração cumpadre, valeu hein…prepare-se, vem mais por aí…Joaldo taradão nosso poeta baiano, BondGirl portenha, Heloísa mineirinha na cozinha cheia de livros, glauber que tem um puta nome e uma banda que merece pintar mais, Nando, Castelão, e eu vou esquecer dos nomes de quem eu mais admiro é claro, gravataí com tudo, miriam, guido e julio, toda galera, todo mundo junto…cheers!!! Caetano! tô na tua…viva Yemanjá a Rainha do Mar!

  31. Rafael Rodriguez disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 5:47 pm

    “A música comigo funciona assim. Entra, fica e vai embora. Quando algo acontece, ela é reconvidada. E volta diferente pra reconhecer a vida.”

    Salem, é como também ocorre comigo. Assim como qualquer coisa escutada ou lida.
    *************************************

    Falando em Glauber, lembrei daquele livro do Luiz Carlos Maciel, “Geração em transe: memórias do tempo do Tropicalismo”.
    *************************************

    “Rafael Rodrigues,Esqueça um pouco da política e olhe a beleza do mundo e a sua principalmente!”

    Clarinha, cê tá certa. Mas nunca deixei de ver a beleza do mundo e por isso mesmo senti a necessidade de me envolver com esse mundo.

    Estou em minha cidade natal, tenho ido a praia com chuva ou com sol (é bonito ver a pessoas com guarda-chuvas nas mãos e os pés nas ondas). Anteontem fui, chovia pacas e o sol começava a se revelar, surgiu então um arco-íris que ia da areia ao horizonte do mar-infinito. ou o contrário. vinha do infinito do mar até a beira.
    Era imenso e lindo!
    *************************************

    Tenho lido vários livros sem um método claro, todos juntos variando com o horário ou humor, ao mesmo tempo que não consigo terminar as leituras… São capítulos lidos aos poucos, palavras perdidas, fragmentos de vida. É gostoso ler assim, alguma coisa me acontece e me impede de continuar as leituras.
    Os útimos livros que devorei de uma só vez foram os do Reinaldo Arenas (A velha Rosa, O Porteiro, Antes que Anoiteça).Teminava um e procurava o outro - li os três em menos de uma semana;lia quase que o dia inteiro e dormia com eles.
    *************************************

    FELIZ ANO NOVO!
    *************************************

    bjs.

  32. paloma regina, rio disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 5:50 pm

    > mexericos da palominha

    clarinha (cmt24) tá pra lá de marrakesh … e disse: “quero ficar … sempre dentro (?) para comer (?) Caetano com roupa e tudo, principalmente de terno “apertado” (???). Quero tudo desse “menino Deus” e desse “rei-rainha” (?) de nossa música.”

    estou chocada com a audácia dessa ‘clarinha toda pura’ … por que ‘apertado’ está entre aspas ? ela viu alguma ‘coisa’ que eu tinha o dever de ver no dvd, e não vi ?

    caí na gargalhada. tinha mais : “E Caetano, existe ou é um sonho meu?”

    existe, e é nosso, querida, nosso ! e eu bem precisava desse ‘gancho’ para um texto sobre “masculinidade” de caetano …

    caíram na minha tela duas capas da ‘revista do rádio (e TV)’ de 1968, semanário ícone-de-época com a programação das emissoras de rádio e televisão, mais as fofocas do mundo artístico em geral, os famosos ‘mexericos da candinha’.

    em uma das edições, há 40 anos atrás, a manchete na capa pergunta : “quem é o amor de martinha ?”. a foto mostra a própria martinha, mui sorridente, abraçando quem? : caetano veloso.

    na outra edição, a capa apresenta nara leão, que usa uma coroa de ‘princesa’ (deve ser do concurso entre cantoras que era patrocinado pela revista), é abraçada por quem? : caetano veloso, cabeludésimo. e a manchete conclama: “separado famoso casal de cantores”.

    caetano, esse pegador existiu ?

    eram divertidas, e úteis, essas insinuações de comprometimento com várias mulheres, na imprensa da época, que, por mais rasteira que pudesse ser, formava opiniões ? era contra-cultural estar em revistas de fofocas ?

    este tipo de publicidade não desvirtua o propósito da arte ?

    > trilha sonora de época - letra do “rei” roberto descreve padrão visual e comportamental “rebelde” da jovem guarda de 68

    ” a Candinha vive a falar de mim em tudo
    diz que eu sou louco esquisito e cabeludo
    que eu não ligo pra nada que eu dirijo em disparada
    acho que a Candinha gosta mesmo é de falar
    ela diz que eu sou maluco e que o hospício é o meu lugar
    mas a Candinha quer falar

    a Candinha quer fazer da minha vida um inferno
    já está falando do modelo do meu terno
    e que a minha calça é justa que de ver ela se assusta
    e também a bota que ela acha extravagante
    ela diz que eu falo gíria e que é preciso maneira
    mas a Candinha quer falar

    a Candinha gosta de falar de toda gente
    mas as garotas gostam de me ver bem diferente
    a Candinha fala mas no fundo me quer bem
    e eu não vou ligar pra mexericos de ninguém
    mas a Candinha agora está falando até demais
    porém ela no fundo sabe que eu sou bom rapaz
    e sabe bem que essa onda é uma coisa natural
    e eu digo que viver assim é que é legal
    sei que um dia a Candinha vai comigo concordar
    mas sei que ainda vai falar
    mas sei que ainda vai falar
    mas a Candinha quer falar ”

    > 2009

    desejo um novo ano cheio de erros, acertos, e outros processos evolutivos; alegria e tranquilidade, geradas pela pacificação dos desejos; saúde e bem estar, e muita disciplina para mantê-los !

    desejo continuar zoando por aqui, repartindo pensamentos inconclusos, conclusões precipitadas e precipitações irônicas, sem levar nada muito a sério, que o mundo pouco o merece !

    desejo com papel, plástico, imagem e som pintar e bordar e recortar e colar, recriar, remixar, renascer !

    e desejo a todos aqui, que obtenham tudo que almejam da prática e do aprimormento de seus dons e talentos !

    abrs e bom ano a todos
    paloma

  33. Luiz Castello disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 6:17 pm

    A Despedida do Ano.

    Ta difícil continuar participando do OeP.
    De uns posts pra cá,pelas minhas contas, de cada 3 comentários que eu envio 1 vai pro lixo.
    Virei o Castello 3 em 1.
    Em média eu comento,dia sim dia não.No post anterior só 2 comments foram aprovados.
    O pior é que eu comparo o que escrevo com o que é postado e não vejo nada que justifique.

    É chato estar na casa de alguém que à cada 3 passos que a gente dá,chama nossa atenção “não pode isso,não pode aquilo,não senta aqui,não vai pra lá,e tarará tarará ”.
    É desagradável e eu digo insuportável pra mim,depois de 3 meses de blog,ainda ficar tentando adivinhar o que agrada e o que desagrada aos moderadores.É auto-censura braba,e um retrocesso histórico na minha vida.
    Também não quero ficar enchendo o saco de ninguém,reclamando toda hora.
    Prefiro me retirar.

    Longe estou,de imaginar que minha resolução terá 0,001% do alvoroço que Heloisa (que abraço gostoso ela me mandou !) causou quando,por outros motivos anunciou sua retirada em algum post do passado.Tenho um apurado senso de ridículo.
    ( na ocasião,meu apelo para que ela ficasse, tb foi limado).

    O que acontece é que pra mim a moderação virou um porre, e eu parei de beber há 16 anos.
    - Vejam como é rica e caleidoscópica a língua portuguesa: “a moderação virou um porre”.

    Mas antes – como minha mãe me educou direitinho - quero agradecer à Hermano-Caetano pelos inesquecíveis e belos momentos que me proporcionaram.
    Um beijo fraterno em todos os amigos(as)que são o tesouro maior que encontrei nessa internética ilha.
    Quem sabe eu fique olhando pelo buraco da fechadura.Acho meio difícil.Vai pintar a vontade de escrever,e voltar a dúvida se a tesoura vai entrar em ação…

    O “aguardando moderação” virou uma guilhotina apontada para minhas mãos - estou exagerando um pouquinho,mas é só um pouquinho…
    Deveras,deu um tílti sério de repressão na minha cabeça.
    Na minha humilde opinião,tirando os insultos e os ataques de natureza preconceituosa,que eu não consigo visualizar aqui entre nós,tudo mais devia ser proibido proibir.

    Acho que,esse foi o primeiro comentário mau humorado que eu fiz.
    Ainda bem que é o último.

    A gente se vê na Impertinácia.
    Luiz Castello.

    _____x_____

    PS : Salem,seu emocionante comment 29,quase fez eu desistir da minha decisão.
    Vou ter de trocar o olho da fechadura…

  34. anonymous disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 6:18 pm

    Caetano, além de assistir ao Gomorra (que é um filme importante, mas muito chato - inclusive com mensagem de alerta à humanidade e coisas do gênero) tem de assistir ao “Il Divo”, filme novo do Paolo Sorrentino sobre o Giulio Andreotti.

    Esse sim é um filme brilhante, uma aula sobre como fazer um filme sobre politica. Tem uma cena otima, com musica do Renato Zero, cantor que vc deve conhecer: http://www.youtube.com/watch?v=JOu5czo-Irw

    Dá para ver o trailer aqui: http://www.youtube.com/watch?v=u4GQVse8jyg

    A Italia escolheu Gomorra em vez de “Il Divo” para representar o pais no Oscar, decisão errada na minha opiniao.

  35. Luiz Carias disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 6:22 pm

    Ola a todos os Blogueiros de Plantão, li, e afirmo e concordo que o cinema nacional e filmes falados em portugês têm se destacado a cada ano que passa, e se firmando cada ano mais no mundo.
    A noca safra de atores que revelamos a cada ano é algo impressionante, e me crê a pensar que não somos mais só o país tropical de música e samba, mas sim somos o país que aos poucos está evoluindo culturamente, o que é muito bom.
    Também amo filmes em Português, e gosto de poucos filmes americanos. Uma indústria que me surpreendeu nos últimos anos é a indústria asiática Bolyood (Índia), segundsa maior indústria de cinema do mundo só perdendo para a de Holyood.
    Gostaria de rever ou ver pois não vi só ouvi falar dos filmes de Glauber Rocha.
    O filme Nacional que muito me empolga e emociona é o cinema falado, pois é de uma riqueza espôntanea de linguas, e culturais, que me deixa de certa forma estranhando porque filmes como este foram produzidas em quantidades mínimas.
    O Quatrilho um filme que Caetano fez a trilha, muito me emociona ver nossos atores vivenciando o que nossos colonizadores italianos fizeram e fazem poelo nosso país.
    Algo explêndido e lindo.
    è isso por hoje…obrigado por tudo e um ótimo ano a todos nós.
    Que 2.009 seja bem melhor que 2.008 foi.
    Abrasços, Luiz Carias.

  36. Robson disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 6:23 pm

    Feliz Ano Novo, Caetano!!!
    Grande alegria, ter vc aqui, poder ler vc sempre que quiser, muito, sempre!! Grande bem!!!
    Axé!!!!
    Carinho!!
    (Todo o bem para Canôzinha, 2009 de mais força, luz, bem toda a saúde pra ela!!!)
    Robson

  37. joana disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 7:31 pm

    pois eu já havia desejado um bom ano pra vcs, queridos parceiros de caminhada internética…

    mas foi depois que postei que vi o vídeo do salem, informação, e fiquei marcada o suficiente pra olhar aquele branco todo e desejar todas aquelas sensações pra vcs. pq me imaginei ali dentro Salem, tipo vc tava. e vc ter colocado um pocuo da sua história pessoal me faz lembrar que também usei o blog como via de encontrar algumas alegrias pra coisas da minha vida que também precisavam de trégua. obrigada pela possibilidade no espaço.

    desejo todos naquele imenso branco brilho, em 2009…In formação…

  38. Julio Vellame disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 10:08 pm

    Salenzinho,

    Chorei para burro com suas palavras, sobre seu pai e a função desse lugar de conversa (o blog) na sua vida.

    Eu nunca choro e acho que agente só chora quando o que a gente lê tem a ver com agente mesmo.

    Esse blog tb para mim é um escape da minha vida burra e careta, tenho muita inveja de vcs….

    Julio Vellame

  39. nelson disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 11:01 pm

    gente….

    faço das palavras de heloisa minhas palavras.

    canções,beijos,palavras e musica pra todos…

    encontrei este blog por acaso e desde seu inicio
    fiquei irremediavelmente tentado a participar…
    não costumo participar de blogs…..

    aqui só encontrei gente como a gente
    só felicidade, alegria, papo instigante e fonte inesgotavel de informações bacanas tudo emoldurado por esta figuraça que é caetano ….tive o prazer de ser respondido por ele e por hermano alem de conversar com pessoas lindas e reais ainda que em um espaço virtual…

    não vou falar dos momentos dificeis que passei este ano …fatos irreversíveis…mas este blog e as pessoas que o fazem já tem meu carinho e minha admiração…especiamente aquela que é o acontecimento do blog e para quem todas as canções são contextualizadas rrsrsrsr…sempre rsrsrsrs

    bjs pra todos

    segue uma canção neste momento em que as esperanças são renovadas mesmo diante da ausencia de determinadas pessoas que vão estar sempre em minha mente e coração…

    2009 we need to change ….keep on moving ….only god , love and music shows the truth

    http://www.youtube.com/watch?v=GMrUUaG8Bt0

  40. Rosana Tibúrcio disse:
    Dezembro 31st, 2008 at 11:18 pm

    Olá moçada, novo post, novo ano e eu feliz demais por ter conhecido este blog. Bendita seja minha paixão pelo Programa do Jô e achar que castigo era perder um que tivesse o Caetano. E em uma quinta-feira, se não me engano, cansada por demais, passei no site da “grobu” antes de me deitar e li que Caê ia lá. E o cansaço se foi, assim…”ex abrupto”. E assisti ao programa, gravei e anotei o endereço do Obra em progresso. Daquele dia em diante, virei quase outra. Ainda extremamente cansada, mas vindo sempre por aqui e com muita sede, sempre e sempre.
    Tão lindas pessoas conheci neste espaço, muitas delas no meu orkut já e assim eu posso observar e paparicar mais de pertinho. É bom, Caetano nos une.
    Por meio do Obra senti vontade e vou ainda, reler o Verdade Tropical, comprei uma nova versão de Grande sertão: veredas, pois a minha tinha sido destruída pelas traças (Helô, Roberto, grata).
    E quanto ao Caetano, eu que já era motivo de piadinha por essa paixão platônica, imensa e imutável, ganhei o DVD dele com o Roberto e mil artigos avulsos em meu e-mail.
    E quanto ao Obra, de tanto falar, tanto falar meu DVD “noites do norte” que comprei há um ano atrás tem sido tocado mais amiúde por aqui, e pela minha pititinha (tá, ela tem 19 anos).
    Acho lindo isso deu passar para ela esse carinho e admiração que sinto pelo meu ídolo. Se a minha grandona morasse aqui comigo certamente estaria ouvido também, e muito, Caê… mas ela se encarrega de me dar coisas dele.
    ADOUUUUUUUROOO este blog. Grata sempre serei ao Caê e a todos os fãs dele de quem me tornei fã. A todos que foram citados pelo Salem e ao Salem também…não me esquecendo de Labi.
    Cadê Labi? Sinto tantaaaaaa falta dela. A todos o meu abraço e carinho sincero.
    Um lindo e promissor 2009, de todo coração.
    AMO.

  41. eXequiela - Pra LeAozinho disse:
    Janeiro 1st, 2009 at 12:46 am

    LeAozinho> quiero decirte…..

    EU TE ADOROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

    No solo por tu música-voz-palabras sino también por haber creado este Blog que hizo que Brasil se insertara en mi corazón.

    FELIZ AÑO NUEVO A TODOS.

  42. Paulo Farias disse:
    Janeiro 1st, 2009 at 3:11 pm

    Querido Caetano:

    Tenho uma dúvida aqui dentro de mim e só você poderia ajudar. Sei que estou fora de tópico,
    mas acho que o que vou lhe perguntar muita gente gostaria de saber.
    Por ocasião daquele discurso seu - inflamado e indignado - durante o festival em que você cantava É Proibido Proibir. Vaias e discurso. De repente você diz: “Deus está solto”. Reza o dito popular que a voz do povo é a voz de Deus. No caso de sua frase “Deus está solto” era o reconhecimento do adagio popular, ou tinha uma outra significação que me foge à compreensão?
    Agradeço-lhe se responder. Tem meu e-mail caso prefira utiliza-lo.
    []´s

  43. Caetano Ignacio - afilhado de D. Canô. disse:
    Janeiro 1st, 2009 at 4:30 pm

    Bom dia (a qualquer momento), xará!

    Quero parabenizar-te, a você e a todos os que compuseram este blog (especialmente Hermano, que conheço), pois este espaço aumentou a temperatura das mornas e muito politicamente corretas discussões culturais, sociais e até políticas, as que tenho visto no país - não li todas as crônicas, mas adoro teu estilo contundente e mosaical!

    Tenho muito orgulho de carregar este nome, de ser santoamarense e de, por isso, poder identificar-me com tudo o que você representa como pessoa generosa (pelo que sei) e como uma das maiores figuras da música popular mundial de todos os tempos!

    Gostei especialmente desta crônica por motivos já previsíveis: Cezar e Roberto - amigos, ‘tios’ e ídolos; e pela deferência ao Cine Glauber, de que muito quero aproveitar.

    É isso.

    Abraços de todos aqui de casa!
    E um feliz, amoroso, saúdável e evolutivo 2009!

    Axé!

  44. Silvio Caldas disse:
    Janeiro 1st, 2009 at 11:01 pm

    As mudanças ortográficas estão valendo a partir de hoje.
    Onde eu errava antes na aplicação de hífens e acentos,continuarei errando agora,na mesma aplicação sôbre palavras que ficaram diferentes na grafia.
    Tudo bem.Ano novo.Vida nova.
    Sinto-me gratificado por terem atualizado minha ignorância.

    abs
    Silvio

  45. gil disse:
    Janeiro 1st, 2009 at 11:32 pm

    Castelão, vc enriquece o ambiente, deixar-nos aqui sem suas palavras seria subversão…mas eu te digo, também fiquei muito puto quando vi impedido de circular meu pitaco no ambiente…revi o que escrevera e achei uma puta covardia, quando olhei de novo, pensei melhor e …porque nãO? participar do blog também pode ser um exercício de modéstia e humildade…ser moderado é o máximo, mesmo que a gente a princípio discorde…agora mesmo, mandei um feliz ano novo especial para o Nando e…cadê? Pra mim isso era de muita importância, mas não tem essa de pra mim…Castelão, quem é do mar não enjoa marinheiro…não temos tanta importância assim, releve e fica com a gente que precisamos de vc, pode crer. Castelão, 2009 e vc aqui com a gente. Força!

  46. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 1st, 2009 at 11:33 pm

    Salem, big Salem, que comentário lindo o seu. Cheguei agora da roça, onde passei o ano novo perto das capivaras e das pessoas que amo, e me deparei com seu texto bonito e sincero aqui no Obra. E assim como o Vellame, me emocionei também. E concordo plenamente com você no que se refere ao Caetano e a todos nós que participamos deste trepidante & mirabolante OeP. E eu adoro vir aqui e ler as suas coisas, sempre tão equilibrado e inteligente, as coisas do Glauber, Joaldo e seus textos longos e incríveis, a Heloisa, Nando, Rafael, as mil Patrícias, a graciosa Exequiela, o Alemão, o Julio, Rosana, Nelson, Castello, Miriam e outros que vazaram agora na minha cabeça, mas todos tão queridos. E confesso meu irmão, não sei escrever como vocês não. Sou um mero arremessador de palavras nem sempre feliz. Ou nunca. Um escrevinhador mesmo. E me sinto honrado de estar nesta “Caetanave” com todos vocês. E aviso seriamente ao Caetano e ao Hermano que, quando este OeP acabar, vou começar a “beber” novamente…ouvindo Vicente Celestino..”tornei-me um ébrio”. Brincadeirinha.
    Salem, escuta, entrei no Obra como mais um fã de Caetano e me tornei fã de Salem também!!!

    Dica: estou lendo entusiasmado a biografia de Jack Kerouac, escrita por Yves Buin.
    Segundo muitos e muitos críticos literários, a vida de Kerouac foi mais importante que sua obra, altamente autobiográfica ( com ou sem hífen? já me confundo todo). Pode ser. Mas esse livro, lançado em pocket book pela L&PM, de Porto Alegre, é interessante pra quem, como eu, se interessa pelo submundo dos escritores beatnicks. Ele também dá uma visão nua e crua da sociedade americana do pós-guerra ( agora fui de hífen) e seus antiheróis anarquistas e rebeldes. É uma leitura legal, Buin vai fundo. E a tradução de Rejane Janowitzer, junto com Claudio Willer e Eduardo Bueno (Peninha), é a melhor que já vi no universo beatnick. Ah…a Malu Magalhães (a cantora) adora Kerouac.

  47. gil disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 3:20 am

    omo é lindo o dvd do rei e caetano…a entrevista ( em que pese uma única câmera e o Rei pra falar ter que quase quebrar o pescoço…um escândalo) é um escândalo ( agora no melhor sentido), emocionante. e tudo, a bossa, a jovem guarda, e a alegria de ouvir Roberto e Caetano juntos interpretando Tom…E o texto de Caetano ironizando reidiorédi…lavei a alma, saquei e pronto, deixa rolar…bacanérrimo tudo e deve ser o maior sucesso porq onde eu vou tem…Deus está vivo.

  48. Heloisa disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 5:31 am

    Castello, não nos deixe. Já é muito difícil pensar que isso aqui vai acabar. Outro abraço gostoso, para tentar te convencer. ;)

    Nando, que bom aparecer no seu sonho. Também queria sonhar com essa aula estilo Harry Potter.

    Paloma, Clarinha não escreveu ‘apertado1

  49. Heloisa disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 5:49 am

    Ops, que trapalhada eu fiz aqui! Continuando:

    Paloma, Clarinha não escreveu ‘apertado’ entre parênteses à toa: não sei se você viu, mas já comentaram aqui sobre o terno de Caetano parecer ‘apertado’ no show com Roberto.

    Gil e Rosana: inveja de vocês que estão se deliciando com o DVD. Quis me dar de presente de Natal, mas em todas as lojas de Belo Horizonte já tinha acabado - não deixaram nem unzinho para mim! :(

    Salem, bom saber que diminuímos um pouco sua tristeza - é surpreendente sentir este espaço virtual como um abrigo tão verdadeiro assim. Força, mestre!

  50. glauber guimarães disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 8:36 am

    castello fratello,
    lembro a você que às vezes, o que parece moderação é apenas tilt. “bug”, na linguagem internética. vá embora não, rapá. cê é bom demais de comentário, encare a moderação como um exercício zen. moderar não é fácil, é tarefa árdua e ingrata, porém necessária, para que as pessoas dêem o melhor de si.
    lembrei de você vendo o show de beth carvalho em salvador [pela TV], logo depois da virada. cousa mui linda! beth canta que é uma beleza…
    ói, se você se mandar daqui, também volto a beber! [todo mundo quer uma boa desculpa pra voltar a beber em período de festas, hahaha]

    …………………..

    soube que palavras como “vôo” e “pêlo” perderam o acento. colocar hífen em palavras que não tinham, também não me parece sensato. eu, hein…os portugueses devem estar fulos, não?

    ………………….

    vocês têem [soube que isso dançou também, né? ficou feio sem acento, mas ok] sido meus amigos mais chegados nos últimos meses. conviver com vocês diariamente é um acontecimento e tanto. um 2009 três mil e nove para todosss! labi barrô, ôoo, ôoo…labi barrô, ôoo, ôoo…

  51. glauber guimarães disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 11:05 am

    putz…o correto é vocês “têm”, “têem” ou “tem” agora?? deu branco. heloísa, help me! gramaticofobia, oh não!

  52. paloma regina, rio disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 11:37 am

    poxa heloísa, acho que sua frase [ Clarinha não escreveu 'apertado1 ] foi publicada pela metade, já que não está pontuada, como nas outras .

    mas observei que estando o [1] na mesma tecla que o [ ! ] então pode ter sido falha na digitação .

    ou talvez a confusão esteja entre o ['] e o ["], também room-mates de tecla, e ao lado da tecla [1] / [!] .

    então por todos estes motivos, a frase não fez sentido e eu não entendi seu comentário.

    abrs paloma

  53. Heloisa disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 11:39 am

    Parênteses no lugar de aspas? Acho que eu ontem ainda estava sob efeito etílico…

  54. Socorro disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 2:06 pm

    É mesmo muito bom ter o Glauber de volta. Gosto muito dos cinemas do circuito saladearte - Ufba, Museu, MAM, aliança francesa e Pelourinho - mas o antigo Guarani tem história e está na nossa memória afetiva, além de estar na Praça Castro Alves. Pra lembrar do gênio e da importância de Glauber Rocha, vejam o filme de Silvio Tendler, Glauber - libirinto do Brasil.
    Mas, Caetano, cê vai começar a escrever conforme as novas regras?

  55. Jose Antonio disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 3:30 pm

    Caetano,vi um Curta sobre o Cine Guarani e me emocionei com o Andre Setaro mais do que vivendo a época em que ele “filava” aulas para aprender a beleza do cinema.Beleza pura.

  56. Heloisa disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 6:25 pm

    Paloma, depois da confusão que eu fiz ainda deu para entender? Eu me atrapalhei toda, desculpe-me. Abraços também.

    Glauber, você e todos que leem e escrevem aqui têm (essa não mudou nada) sido bons amigos para mim da mesma forma. Que em 2009 vocês tenham grandes ideias para voos (não gosto - parece que as palavras estão soltas no ar) cada vez mais altos. E a partir de agora a gente se pela de calor, toma muito líquido, cozinha peras no micro-ondas numa fôrma ou forma, conforme o gosto. E, apesar de mexerem tanto em nossa amada língua, a gente não para de ser feliz. Para sempre.
    Não sou nenhum suprassumo em gramática, mas espero não sofrer nenhum contra-ataque.

    Um Ano Novo tranquilo e cheiinho de alegrias.

    Abraços desconsolados para todos.

  57. Guido Spolti disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 6:36 pm

    Adorei o lance de “masculinidade de Caetano” (Paloma Regina) (Eu sou homem, dia a canção)! Numa comunidade do Orkut que às vezes participo, postei sobre “as mulheres de Caetano Veloso”, mais no contexto do cancioneiro de Caetano! Adoro as Claras, Clarices, Solanges e Leilas, como adoro as mulheres que provocam “tempestades solares”.

  58. marcio junqueira disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 10:21 pm

    feliz ano novo pra geral!

    hoje voltando das praias do litoral norte passei por Salvador, e achei tão bom. Não gosto de Salvador. Quer dizer, não é que não goste, mas não consigo me sentir relaxado em Salvador, talvez seja uma impressão de quando eu era pequeno e ia com meus pais de Feira de Santana para lá. achava os predios muito altos, as pessoas estranhas, todo mundo muito soltoe falando de uma maneira que eu não me reconhecia. enfim. nunca consegui me aprofimar verdadeiramente da cidade da Bahia, apesar de ja ter vivido coisas maravilhosas nela e de achar bacana ir de vez em quando nele. mas de vez em qaundo mesmo, pq com tres dias eu ja acho tudo ruim. os soterapolitanos me parecem todos contratados pela bahiatursa, acho a musica muito alta na ruas, sei lá. fico irritado. mas hoje foi diferente. vinha claminho da praia ja pensando no tumulto que ia ser enfrentar salvador, mas que nada. foi otim, como moqueca e vi paisagem linda na ponta do Humaita, na ribeira. depois fui dar uma volta no Centro e voltei para casa. agora ligo o computador e tem essa declaração de amor do Caetano feita para a cidade, fico mais esperto.
    o cezar mendes, eu saco desde o disco “aquele frevo axé” da Gal, onde ele tem musica com você (Caetano) e acho que sozinho também, ou com Brow. Mas não sabia que ele era irmão do Roberto. Roberto é foda mesmo, me amarro no som e na figura dele. Tranquilo, como uma guardião (que na verdade é assim que eu transo ele).
    Caetano, abandone esse livro do alexei Bueno agora. Esse cara é exatamente o tipo de gente que vai cuspir no axe, no rock e outras tantas coisas que podem nos trazer alegria. Ele é do bonde daquela galera chata leitora de Eliot que manda no “Poesia Sempre”, que acha que poesia só pode ser feita com materias nobres. uma vez vi um palestra dele, em que ele esculhambava o pessoal da “poesia marginal” do Rio, sendo que só uma parte do discursso dele era direcionado ao trabalho dessas pessoas.
    não tenho interesse. igual adiscutir axé. a vida tem tanta coisa bonita para se aproveitar, inclusive o axé, que deixo quem não quiser gostar arrotando sua superioridade. eu quero é comer com coentro! Salem falando sobre isso é perfeito.
    o Paulo Cesar é realmente maravilhoso. Além de um fodastico tradutor é (ou era) muito gostoso. No “cinema falado” ele recitando o texto do Mann na praia, é uma delicia. Em diversos sentidos.
    joaldo, ta anotado sua sugestão do barzinho. vamos lá sim, depois te mando meus numeros todos de contato pelo orkut.
    exequila, lindinha mando ano novo pelo orkut tb e eu achei lindo. alegria smuitas para você. rafael para vc também, ia mandar scrap pravc, mas falo por aqui mesmo pq sei que vc lê sempre. no mais beijinhos
    ps: para quem não tá na Bahia, mas quer curtir o que ão para de tocara qui, vá ouvir o pagode do “kuuro” do fantasmão. o hermano ja tinha falado dele tem um tempo, mas aqui todo dia o dia todo. é divertido.

  59. eXequiela ... antimoderada disse:
    Janeiro 2nd, 2009 at 10:24 pm

    Qué feo que se vaya Luiz Castello… qué feo que se vaya cualquiera del Blog, no? Aunque no me parece que Castello amenace con irse para que le supliquemos que se quede…digo: no te vayas!!! Igualmente comprendo MUY BIEN tus razones Luiz… aunque podemos tener la esperanza de que algunos mensajes relevantes y revelantes no son borrados adrede sino que simplemente se pierden en el espacio cibernético. Eso pasa también eh!!

    Mi crítica a este Blog es que la moderación no es justa ni objetiva. Hay miles de mensajes que no siguen las reglas del Blog (con esto no digo que haya que borrarlos… algunos son míos así que ojito con borrarlos!) y estoy segura de que se han borrado mensajes que todos hubiésemos amado leer. Entonces si las reglas no se aplican a todos los mensajes, es muy entendible la frustración de Castello y de muchos otros habitués de OeP-

    Sí, como dice Glauber, la tarea de moderación debe ser muy difícil pero … pero … pero… no creo que “el moderador” tenga ese poder especial para que demos lo mejor de nosotros. Menos cuando la moderación provoca que “dejemos de dar”.

    Hay una delgada línea entre “moderador” y “censor”.

    Moderación no rima con “Zii e Zie” (o sí?).

  60. Gilson disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 12:24 am

    Interessante: Aqui em santos, acabamos de recuperar e reinauguarmos uma casa de teatro antiga, mas muito importante chamada: Teatro Guarani. Que coincidência?

  61. glauber guimarães disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 1:29 am

    gil,
    meu nome, além de homenagem, é um eufemismo! explico. meu pai sugeriu igor, no que meu avô materno protestou:

    - “nome de comunista na minha família, nunca!”

    fiquei sem nome definido até o dia do nascimento. à caminho da maternidade, papai viu uma manchete de jornal que perguntava:
    “por que não, glauber?” [glauber rocha havia dito que não voltaria ao brasil].
    colocou o dedo na vírgula, mostrou pra minha mãe e estava decidido. substituíram o nome russo pelo nome de um subversivo local! eufemismo, hahaha

    adoro essa história que é a cara da geração caetânica.

    e alguém me falou que glauber significaría “aquele que crê”. creio que vou à janela fumar um cigarrette…inté!

  62. paloma regina, rio disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 2:01 am

    mico. comentário humorado fora de ordem vira mico. ai que mico, desculpe, heloísa. vai para o manual.
    o que achei mesmo interessante foi a sincronia de apertados que descrevi no meu comentario

  63. Gravataí Merengue disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 3:37 am

    Caetano! Glauber! Viram isso? “Sem Essa, Aranha!”, “Meteorango Kid”… Tudo lançado em DVD!

    O link a seguir é para assinantes da Folha: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0301200906.htm

    Muito bom!

  64. Gravataí Merengue disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 3:38 am

    Salem, que mensagem linda.

    Um beijo pra você, cara. Felicidade aí e força. Bom 2009.

  65. glauber guimarães disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 7:08 am

    heloísa,
    adorei os exemplos. cê é demais. “voos” é realmente esquisitão. godbless saravá…

  66. Jose Antonio disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 10:23 am

    O Glauber devia parecer uma figura incandescente para quem o viu vivo como você,Caetano,ou o Paulo Francis;mas nenhum dos seus filmes eu considero superior aos Saltimbancos Trapalhões:um sucesso de bilheteria que não fechava os olhos para a realidade social brasileira e,ao mesmo tempo,era movimentado divertido e bonito..A canção Hollywood do Chico Buarque resume bem isso.O filme resolvia bem equação industrial do cinema que tanto afligia a genialidade do Glauber.É como dizia Paulo Francis:Hollywood,a americana, não era nada mais que a melhor fábrica de brinquedo para adultos de boa memória.Para mim,continua sendo.Já devo ter visto o Homem de Ferro(Downey Jr.) umas dez vezes.

  67. glauber guimarães disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 1:11 pm

    gravata,
    que notícia sensacional. vou comprar “meteorango kid”, you bet!

    ………………..

    caetano,
    cadê ocê? sentimos falta de suas palavras instigantes. certamente, falo por todos. e aí, news?

  68. paloma regina, rio disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 1:46 pm

    feriados, blog morno …. vamos, quem pode, abastecer essa caldeira …

    gosto de palavras, era craque em prefixos e sufixos no primário, e foi com eles, certamente, que entendi o que hoje se chama ‘remixagem’.

    remixar, fazer trocadilhos, anarquizar. dentro do im-possível sou anarquista : vivo bem, esbarrando o mínimo possível nas regras que me incomodam impostas por outro alguém.

    a jornalista edna savaget, já falecida, tinha um programa vespertino na tv, anos 70, no rio. um dia, a companhia telefônica local anunciou o acréscimo do ‘2′ no número dos telefones, passando os números a ter 7 algarismos. lembro, eu vi, a apresentadora, que gostava de dizer umas “verdades” ao vivo, achou aquilo ridículo, iria confundir a cabeça das pessoas, que era falta do que fazer, blá, blá, e, sugeriu a todos os seus tele-espectadores não discar com o novo algarismo !!! não é maravilhoso ? era absurdo, mas era uma jornalista com atitude !

    pegando carona na idéia da edna, sugiro uma alforria temporária para o rigor gráfico ultrapassado da nossa língua: uma micareta ortográfica. ninguém está errado, cada um no seu quadrado !

    e que venha logo o esperanto - remix linguístico definitivo.

    abrs paloma

  69. Roberto Joaldo de Carvalho disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 1:54 pm

    LUIZ CASTELLO, VOLTA PRAQUI E PRAMIM, NUM SONHO LINDO, EM QUE TEUS OLHOS APAREÇAM - FEITO DOIS SÓIS SORRINDO!

    -escrevo isto - em tom apelativo, por que não? - pra complementar o que te disse por e-mail ontem, e animado pelo que diz mais acima a nossa profeta do amor, Exequiela

    P.S.: SALEM and TETECO - eu tenho tanto pra dizer a vocês, e com palavras no Orkut a Salem já iniciei a fazer. Teteco você se lembra bem o que te disse no Orkut há várias e várias semanas sobre os teus textos? Acrescento que seus escritos me lembram Leminski:

    “eu
    quando olho nos olhos
    sei quando uma pessoa
    está por dentro
    ou está por fora

    quem está por fora
    não segura
    um olhar que demora

    de dentro do meu centro
    este poema me olha”

    E é isso o que importa!

    _____

    MÁRCIO JUNQUEIRA,

    Adorei o seu comentário auto-complacente sobre Salvador: em nosso encontro, vou te contar qual foi a minha reação ao conhecer a capital baiana aos 14 anos de idade, saído do interior de todos os meus matos!

  70. Paulo Farias disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 4:13 pm

    Relendo Verdade Tropical verifiquei, no capitulo dedicado a É Proibido Proibir, sua verdade sobre aquele dia e sobre como nasceu a canção. Na questão da estética creio que ela muito contribuiu para que não rolasse qualquer simpatia: o modo de trajar incompreendido (não era próprio daquela época essa tal compreensão, nem pela esquerda, nem pela direita), cabelos quase blak power (era algo chocante). Enfim, naquele dia quem estava “endemoniado” era o canto e não a platéia. Concluo, que, por uma ato falho, ao ver o público reagir de forma tão inesperada, no cume da sua indignação “malcriada” e “endemoniada” asseverou que Deus estava solto. Seria um reconhecimento mesmo de que a voz do povo é a voz de Deus. Acredito que a minha dúvida foi sanada.
    []´s

  71. ju disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 7:15 pm

    Irresistível a versão (2) de „incompatibilidade de gênios”. Tenho escutado repetidamente.
    Estou lendo, por prazer , “Verdade Tropical” – uma cadência… : muitas vezes mal consigo parar.
    Beijos, um ano novo saudável e feliz para todos!
    Ju

    ps.: quem dera ter lembranças guardadas do cinema Guarani …

  72. Julio Vellame disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 7:19 pm

    REFORMA ORTOGRÁFICA

    Para os Caetano-blogueiros (ups! Caetanoblogueiros) calouros vou logo avisando: O sistema aqui é bruto! Vacilou na ortografia, dançou.

    Para fixar minha própria aprendizagem e também fazer um serviço de utilidade geral (for dummies) seguem as mudanças:

    Alfabeto:
    O alfabeto ganha três letras (k, y e w)
    Antes: 23 letras
    Depois: 26 letras

    Trema:
    O trema cai, de vez, em desuso, exceto em nomes próprios e seus derivados. Grafado nos casos em que o “u” é átono e pronunciado (que, qui, gue, gui), o sinal não será mais utilizado nas palavras da língua portuguesa.
    Antes: lingüiça, conseqüência, freqüência
    Depois: linguiça, consequência e frequência

    Hífen:
    O sinal não poderá ser mais usado quando a primeira palavra terminar com vogal e a segunda começar com consoante.
    Antes: anti-rugas, auto-retrato, ultra-som
    Depois: antirrugas, autorretrato, ultrassom

    O hífen também não deve ser grafado quando a primeira palavra terminar com letra diferente da que começar a segunda
    Antes: auto-estrada, infra-estrutura, auto-retrato
    Depois: autoestrada, infraestrutura, autoretrato

    O sinal deverá ser usado quando a palavra seguinte começa com b, h, r, m, n ou com vogal igual à ultima do prefixo
    Antes: anti-imperialista, super-homem, inter-regional, sub-base
    Depois: anti-imperialista, super-homem, inter-regional, sub-base

    Outro caso que se faz necessário o uso do hífen é quando a primeira palavra terminar com vogal ou consoante igual à letra que começar a segunda
    Antes: microônibus, contraataque, microondas
    Depois: micro-ônibus, contra-ataque, micro-ondas

    Acento agudo:
    Os ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas não serão mais acentuados
    Antes: jibóia, apóio, platéia, européia
    Depois: jiboia, apoio, plateia, europeia
    * As palavras herói, papéis e troféu continuam sendo acentuadas porque têm a ultima sílaba mais forte

    O acento some também no “i” e no “u” tônicos quando vierem depois de ditongo em palavras paroxítonas
    Antes: feiúra, bocaiúva, cheiínho
    Depois: feiura, bocaiuva, cheiinho
    * O acento permanece se o “i” ou o “u” estiverem na ultima sílaba, a exemplo de Piauí e tuiuiú

    Na letra “u” dos grupos que, qui, gue e gui o acento também deixa de existir
    Antes: apazigúe, enxágüe, averigúe
    Depois: apazigue, enxague, averigue

    O acento diferencial também some em alguns casos
    Antes: pára, péla, pêlo, pólo, pêra
    Depois: para, pela, pelo, polo, pêra
    * O acento diferencial não deixa de ser usado em pôr (verbo) / por (preposição) e pôde (pretérito) / pode (presente). Fôrma também continua sendo acentuada para ser diferenciada de forma.

    Acento circunflexo:
    O acento circunflexo some nas palavras terminadas em “êem” e “ôo”
    Antes: crêem, vêem, lêem, enjôo
    Depois: creem, veem, leem, enjôo

    Caso mesmo assim você seja pego por Heloísa ou Caetano, vale usar dos recursos finais e argumentar que as modificações somente serão obrigatórias apartir de 2012 ou que a fonética não mudou e você estava parodiando o caso do sifu.

  73. Rosana Tibúrcio disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 7:29 pm

    Heloísa,
    jura que não achou o DVD do Caê e Roberto? Owww dó!! Eu havia gravado o show que passou na Globo e também a entrevista feita pela Patrícia Poeta (que no fantástico - acho - foi editada), mas original é ouuuutra coisa, né? A gente lê as coisinhas todas.
    Quer que eu olhe se tem aqui pra você? Tinha, acredite quem quiser - logo aqui, no interior. Se sim me diga que faço isso e dou um jeito de te mandar.
    Agoraaaa, vontade de gritar com seu texto cheio de exemplos das mudanças havidas. (queria ter sido eu a elaborá-lo). Detestei o voo sem acento e gostei do micro-ondas com hífen.
    Merreca, pois nunca consegui aprender todas as regras que havia e vem essas tais mudanças agora, eu já tão velhinha. urghhh…

    Minhas gentes,
    Hilário, mas eu pego contando coisas daqui do Obra como se eu visse/sentisse todos vocês bem pertinho, como se eu fosse amiga de infância, inclusive do Caetanooooo…
    Não viaja, Rosana!!!

  74. glauber guimarães disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 8:42 pm

    aah, relaxem…em 2012, segundo as profecias mayas, o mundo, como o conhecemos, acaba. é em dezembro, um calor dos diabos! pena que nem vai dar pra ver o último RC especial de fim de ano…
    só comprem imóveis em lugares altos e que cuculcán nos proteja! hahaha [brincadeira, pessoal].
    hermano, não fui eu que escreví isso, foi um espírito e-galhofeiro.

  75. Paulo Osório disse:
    Janeiro 3rd, 2009 at 11:19 pm

    Vellame,

    só acrescentar o seguinte:
    . Existe uma excepção para uma das regras do uso de hífen, que tem a ver com o prefixo co. Neste caso escrever-se-à, por exemplo, coobrigação, coocorrente (não tem muito sentido mas penso que é assim! puta-que-pariu).
    . o hífen também desaparece nas ligações da preposição de, com as formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo haver: hei de, hás de, hão de.
    . os meses do ano começam com minúscula: janeiro, fevereiro…Bem como os pontos cardeais.

    De qualquer forma, ainda bem que vocês é que estão tendo este problema e não eu…

  76. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 3:42 am

    Joaldo, eu sou fã de Leminski (Catatau, Distraídos Venceremos etc.). Generosidade sua comparar meus textos com os dele. Grazie. Mas, sinceramente, ele está muito muito muito acima. É vero!!!

    Glauber, que coincidência, ainda hoje um amigo me falava dessa suposta “profecia maia” ( com y ou com i ??) que vai mudar o mundo em 2012. Eu estava em Campos do Jordão, acima de 2 mil metros..bem alto né. E frio, mesmo no verão. Creio que estarei seguro por lá. Mas, enfim, não acredito em nadinha disso também rsrsrs.

    O Glauber Rocha gostava de filmes de cowboy, por isso curtia filmar cangaceiros. Terminei de ler a biografia de Kerouac e estou lendo a história de Billy The Kid, o mais ousado criminoso do velho oeste americano, escrita por Pat Garret, o xerife que o matou numa emboscxada mexicana, aos 21 anos. Tenho certo fascínio por criminosos assim, como The Kid e Lampião, que se tornaram lendários e ultrapassaram os limites da bandidagem e são quase heróis no imaginário geral do povo. Não me entendam mal, sou absolutamente contra o crime e a criminalidade, contra todo tipo de violência e brutalidade. Estou me referindo aos “lendários”, que através da transformação do tempo e do imaginário coletivo se tornaram fábulas.
    Mal escrito ( claro, Garret não tinha nenhum talento literário), o opúsculo sobre The Kid é interessante por nos mostrar ( o que já sabíamos) como eram sanguinários e alucinados os homens da costa oeste-sul dos EUA por volta de 1880, por aí, e como não tinham nenhum apreço por índios e mexicanos.
    O próximo livro desse estilo que irei ler conta a história dos dez maiores piratas de todos os tempos, entre eles uma mulher, Mary Reed. Não, ela não é parente do Lou Reed. É um livrinho muito doido da Martin Claret Editores. Tá vendo Hermano & Hermanos, meu espírito punk, o qual alimentei na juventude me persegue até hoje…mas, só por curtição.

    eu sou valente Billy The Kid
    sou bandoleiro que nem Lampião
    mas não mando bala
    te mando uma canção

    mas só você pra me derrubar
    com um só tiro desse teu olhar
    e uma saraivada
    de palavras ígneas

    eu sou pirata, cruel Mary Reed
    sou bucaneiro no mar do desejo
    mas não faço pilhagem
    só quero teu beijo

  77. gil disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 4:48 am

    o novo prefeito carioca, que antes dizia que traria shows estrangeiros para a Cidade da Música, agora diz que ela ficará fechada por seis meses…e quem viu babou, achou lin da, emocionante a Cidade da Música no Rio de Janeiro, eu já fiz algumas visitas de longe, que espetáculo. O novo acadêmico jornalista foi a estréia e disse maravilhas da Casa. Como seria bacana ver ali Roberto e Caetano e quem sabe filmados novamente e direito, pra sempre, com película cinematográfica, tudo de novo, e de novo…ahhhh, a Cidade da Música. É um absurdo privar a cidade deste magnífico equipamento, não politicagem que justifique isso, a monumental Cidade da Música pertence a cidade, e já! Cidade da Música JÁ! ( enquanto isso a pauta do Teatro Municipal está totalmente lotada, porque não dividir a programação?). E tem aqueles que dizem que chegar na Barra é muito difícil, que ali a Cidade da Música está mal colocada, quando não teem mais o que dizer especulam…pois o Credicard Hall ( argh…que nome horrível…) está bem ali do lado com shows recebendo todo mundo a tanto tempo, porque a Cidade da Música não teria o mesmo desempenho? Conversa da contra polítikca. É preciso abrir logo a Cidade da Música e todos os homens de bem dessa cidade devem se comprometer com isso. Esse papo furado de orçamento estourado é mesquinharia de quem só vê tudo pequeno, de quem gosta de olhar pra Rocinha e reclamar, Bilbao criou um novo ponto turístico no mundo construindo um museu, o Rio de Janeiro merece outra Cidade da Música e uma nova ponte Rio Niterói.

  78. Luiz Castello disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 6:24 am

    A volta dos que não foram !

    1. Hermano Demasiado Humano,
    É inadequado e injusto associar a ideia da censura (detesto essa palavra) à voce e sua briosa equipe.
    Se em algum momento deixei vazar tal absurdo peço-vos que me perdoeis.
    Uma unanimidade inteligente,é essa que reconhece que,sem você,nada do que colhemos ou plantamos na infocaetanave,seria possível.
    Humildemente vos peço que acolheis a sugestão de um velho morubixaba :
    Temos somente 20% de sobrevida no OeP.Moderar pode deixar de ser uma árdua tarefa pra se transformar na dança das galinhas.
    Basta passar os olhos e não tendo baixarias nem ataques preconceituosos,deixar o povo ir atrás do trio elétrico,sem cordão de isolamento.

    Caro Hermano,confie mais na nossa capacidade de auto-crítica.Todos dão o melhor de si.Ninguém quer fazer feio no blog do Caetano Veloso.
    Cada palavra nossa cai gota a gota do coração,mesmo que numa leitura apressada,possa parecer abobrinhas,bobagens ou trivialidades.

    Nossos comments carregam no seu núcleo,uma poderosa carga de energias emocionais,capaz de romper e re-estruturar qualquer categoria epistemológica.
    Um abraço fraterno
    Do Castello.

    2. Gil meu amigão,gente finíssima,
    Aceitar com humildade as rejeições do blog e da vida é barra.Vou tentar por em prática seu sábio conselho.
    Muita força em 2009.

    3. Teteco,
    você saca do coldre a expressão “arremessador de palavras” e tem coragem de dizer que não é um bom escrivinhador ?
    Deixa de ser cara de pau,bróder…he he

    4. Exequielita,
    Se Hermano no hablase español,eu traduziria o que voce escreveu e assinaria embaixo.
    A moderação foi a pedrinha na minha chuteira aqui no blog.Bom que seja assim.
    No dia que criarmos alguma coisa 100% perfeita,a aventura humana da existência vai perder um pouco da graça.
    Bezitos.

    5. Heloisa,
    receba meu afetuoso abraço impregnado do mineiríssimo “Uai”.
    (Gostou do tritongo ?)

    6. Joaldo meu poeta,
    os beliscões estão de volta.

    7. Glauberóvsky,
    também tenho nome de artista.Minha mãe escolheu pra homenagear um cantor da terra dela, que era mineira,e que fazia sucesso na época : Luiz Cláudio.
    Ele gravou lindamente minha música preferida do Caetano “Onde nasci passa um rio” do disco que tb é o meu favorito “Domingo”.
    E pode tirar o cavalinho da chuva,que se depender de mim jamais voltarás a encher a cara…he he.
    Meu abraço zen,e falando no seu Glauberês : vamoquivamo.

    8. Começo de ano,primeira página dos jornais mostrando as novas velhas caras da vereança do R.J.
    Alguns dos eleitos(as) estão sendo investigados(as),por envolvimento com as milícias.
    Sem falar no novo prefeito,que no dossiê que recebi,na época das eleições,era acusado do mesmo envolvimento com milícias,fora alguns processos e liminares.
    Querido Gil,o que vai ser do nosso amado Rio de Janeiro nas mãos dessa gente ?

    Uma das vereadoras foi eleita quando estava na cadeia.Saiu do xilindró direto para o Palácio Pedro Ernesto pra ser empossada.

    E depois,ainda tem gente que critica,dizendo que o sistema carcerário não recupera ninguém…

    Abraços amplos gerais e irrestritos d’O Fugitivo,
    Luiz Castello.

  79. Roberto - toturado pelo amor - Joaldo disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 3:05 pm

    Se ela assim
    só torturasse um poeta,
    nem assim ele a trocaria
    por dinheiro e glória.

    Pois nada há
    com que eu me importe mais
    afora o som de teu nome
    e a pessoa que - bailando, bailando -
    há por detrás

    ______

    SOBRE A REVITALIZAÇÃO DO ‘CINE’ GLAUBER ROCHA, SOBRE PÔR EM “CENA” O CINEMA EM LARGA ESCALA NA BAHIA, E SOBRE O MAIS QUE CRUZAR A MINHA MENTE E CORAÇÃO

    Ainda estou no antes chamado Sertão de Tocós, onde há anos não fico durante a passagem do ano, depois de acompanhar o desenrolar no final da tarde de ontem de uma tempestade violentíssima que começou só com ventos e somente bem depois se transformou numa chuva torrencial por mais de duas horas (uma dádiva para o lugar que passava por uma dessas prolongadas estiagens), quando então resolvi me entregar ao sono, mas levantei próximo à meia-noite e voltei à web, para outras alamedas virtuais, onde, além de nesta OeP, venho colhendo outras amoras para a minha existência - prefiro dizer, minha consistência (nada sou, contudo consisto).

    Eu queria pensar um pouco a revitalização do Cine Glauber Rocha, a princípio no contexto do último Ciclo Glauber ocorrido no ano passado. O Ciclo se deu num local de difícil acesso para quem não tem carro ou não pode pagar um táxi, na Sala de Arte do Museu de Arte Moderna, que fica no Solar da Unhão, uma peróla engastada numa colina à beira da Baía de Todos os Santos - e redundou nisso: foi esvaziado!

    Espero que na gestão do espaço pelo Unibanco haja sensibilidade para que, além de futuros ciclos com as obras de Glauber poderem atrair e abrigar um público maior, dada a localização excelente na Praça Castro Alves, admitir variadas mostras cinematográficas anuais ali.

    E também que a programação diária refuja ao previsível, que já se denotou com a exibição, na reabertura do espaço, de “Se eu fosse você 2″: um filme que facilmente teria muitíssimas outras opções de sala para sua exibição, o que acaba retirando a possibilidade de pôr em pauta outros filmes de gabarito que, pelos mais variados fatores, não conseguem romper a barreira da distribuição.

    O critério para a manutenção em franca atividade do espaço precisa se basear no retorno financeiro com obras que bem podiam fazer tilintar as bilheterias em outros circuitos ou salas?

    Tenho tentado disseminar, como produtor cultural, através de um protótipo de projeto que idealizei, uma articulação intensa entre cinema e educação, através de filmes licenciados pela Programadora Brasil, para disseminar o gosto pelo cinematografia brasileira, e trabalhar pela formação rápida de platéias em salões improvisados e com exibição baseada em reprodução digital (DVD) e mediante projetor data-show.

    Uma entidade civil licencia um acervo de 40 filmes para exibição sem limite de sessões por 2 anos ao preço de R$ 600,00. Destina a gestão desse acervo a uma comissão cultural de um bairro ou escola, que monta um blog com informação sobre os filmes, incentivando através da web a composição da programação e inclusive abrindo enquete para definir a própria seqüência de filmes.

    Essa comissão cultural se articula com grandes escolas públicas e quaisquer escolas privadas para que suas direções, integradas ao professorado, possam estimular a ida ao cinema mediante uma relação de troca com a estudantada: vá a uma sessão e ganhe um ponto em todas as avaliações da unidade letiva! Um ponto, indistintamente: basta comparecer, e comprovar a ida com o canhoto da entrada.

    Há ainda farto material selecionado para a escola saber lidar com o fato e trazer o universo de referências que o estudante vai assimilar vendo os filmes para a sala de aula. Aqui em Salvador, eu destaco um projeto belamente implementado no ano passado, que não é meu, mas de uma gente muito querida: o Projeto Lanterninha.

    Mas tem sido muito lento articular essa história toda. Os passos têm de ser mais largos. Comecei a fazer isso há algum tempo em cidades do interior, a exemplo da minha terra natal.

    Estive intentando o mesmo, para me estender mais num exemplo, em Santo Amarro, e fui lá justo atraído pela diversidade de equipamentos culturais que a cidade singularmente comporta. Só não consegui falar com a direção do Teatro Caetano Veloso, que fica fora da sede, num distrito. A receptividade ao ideário e à forma para a criação rápida de platéias foi boa, mas a inapetência dos ‘atores sociais’ locais em se articularem para iniciar um circuito cineclubista é flagrante, ese repete em quase todas as localidades em que, a convite ou não, apresentei o propósito.

    Cinema para gerar papo, discussão acalorada, debate cultural, preencher a vida de entretenimento e informação e tornar as atividades escolares e a vida nos bairros mais vívidas e ligadas à nossa gente e ao país… Tão fácil começar a fazer isso, a partir desses acervos licenciados a preços tão módicos e através do formato digitalizado que portabiliza como nunca a exibição dos filmes em qualquer canto ou até ao ar livre!

    Até o início do segundo semestre do ano passado, para ficar ainda com o exemplo de Santo Amaro, terra de Caetano, e emblema dessa situação de falta de uma política cultural de exibição cinematográfica alternativa, saibam que um equipamento ímpar em todo o interior do Estado, como é caso do Teatro Dona Canô, com uma pauta na maior parte do tempo livre, somente tinha exibido, e numa única oportunidade, Florbela e o Prisioneiro!

    ____

    Teteco, o lance de Leminski em teus textos: é que teus escritos, a despeito de estilhaçar fragmentos de idéias, percepções e vivências para diversos lados, parecem ter um centro - que me olha!
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    A quantidade de vivências paralelas também por outras bandas virtuais com pessoas conhecidas através daqui, e caminhando sempre, no meu caso, para encontros pessoais, em que conhecerei sempre e sempre mais um infocaetanauta, tem sido um enriquecimento para a minha vida sem igual, e agregará um valor extraordinário para o brotar da Impertinacia - a revista web viva que nascerá inspirada na OeP.

    Por conta da OeP, eu tenho conseguido me integrar a uma turma que, repito o que disse páginas atrás, quero que role por toda a vida!

    Meu coração tem se enchido de alegrias e estesias ao estar conhecendo tão caras pessoas. E o mais maravilhoso: a oportunidade humana ímpar, atiçada pela distância que faz um jogo atrativo incutindo nas pessoas o intuito de estar mais próximas e desnudar-se (a distância erotiza as relações!) - de apreciar como é a dor e a delícia de ser de um punhado adorável de seres: e participar mesmo que remotamente, se ao lado estivesse, de suas vidas!

    Amo isso que está me acontecendo. Já disse: adoro divisar outros eus. Nunca vi minha capacidade nesse sentido mais aguçada quanto agora. Eu tenho ampliado minha própria vida com isso.

    Fantástico que isso comigo tenha se intensificado somente a partir da participação no Blog de Caetano Veloso, idealizado pelo Hermano Vianna.

    Os manos têm poder e podem fazer muito ainda a diferença com essa infocaetanave se acolherem os conselhos saborosos do Castello!

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    Viva a fraternidade que nos é inspirada pela avidez e o gosto de estar aqui conosco do Castello!

    Castello, a Impertinacia nasce e se alimenta do desejo, é claro, de fazer diferente - mas sem deixar de perpetuar o que já alcançamos aqui, a exemplo de em sua companhia.

  80. Roberto - toturado pelo amor - Joaldo disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 3:13 pm

    …os manos podem nos fazer a todos irmos mais longe com o tempo que resta desta OeP se atentarem igualmente para a poesia libertária de Exequiela…

    -Um primeiro domingo do ano repleto de gostosuras a todos!

  81. Roberto - o amor me pegou - Joaldo disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 7:59 pm

    Caetano, eu estou fora de Salvador e só retorno amanhã. Eu teria adorado ir para a reinauguração desse espaço que eu tanto curti na década de 1980, e que tanto lastimei quando entrou em decadência.

    Olha, o Projeto Lanterninha não é meu, como eu mesmo afirmo acima. E eu o destaquei pelo indiscutível e superior mérito em relação aos poucos implementados nessa área ainda precária de retomada do cineclubismo na Bahia.

    Não houve e não há - nem mesmo o meu protótipo de projeto implementado em alguns lugares vem a ser tão bem sucedido - algo parecido com o Lanterninha. Conheço a turma e estou me inspirando no trablho dela e penso em estabelecer uma parceria com sua equipe para eu poder dar mais concretude ao meu “protótipo” de cineclubismo - que se baseia, como dito, na formação rápida de platéias a partir das escolas, e através dessa relação de troca da ida a uma sessão de cinema por um ponto indistintamente em todas as avaliações de uma unidade letiva.

    Para quem mais quiser conferir, clicando no nome do Projeto Lanterninha no meu comment anterior, pegue uma caroninha para o seu espaço web, e vejam se não é, mesmo, algo inspirador!

    Ah, eu quase sempre troco Lisbela por Florbela. Já cometi essa gafe antes!

    Beleza pura isso: que seu irmão seja o atual Secretário de Cultura lá em Santo Amaro. Eu o conheci pessoalmente no Terno de Reis da sua mãe há três anos - e é bem possível que eu retorne para a mesma festa este ano. Vamos lá, comigo, Marcio Junqueira?

    E diante dessa sua força, Caetanino, vou chamar a trupe do Lanterninha para se associar comigo e a gente apresentar a Rodrigo um modelo personalizado de cineclubismo que leve em conta as características tão ímpares de Santo Amaro em relação a outras cidades baianas.

    Eu retorno a esse tema do fomento ao cinema, assim como começo a desbordar outros temas deste post que me instigam, a qualquer momento.

    Obrigado, mano!

  82. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 8:17 pm

    “Hermano Demasiado Humano”…é boa demais. Que trocadilho!!! Que “Castello”!!!

    Hum…confesso que a expressão “arremessador de palavras” eu a vi num texto do Allen Ginsberg sobre a poesia maluca do Gregory Corso( autor de “Feliz Aniversário da Morte”, “Gasolina” “Lady Vestal”, entre outros.
    Tá vendo Castello, sou um mero compilador de brilhantes idéias alheias. Mas, ainda bem que são brilhantes!!!
    Caetano, você já citou os beatnicks numa canção ( “Ele me deu um beijo na boca”). Mas, se puder, diga uma coisa; você gosta da literatura “Beat”?

    Digo; Kerouac, Burroughs, Ferlinghetti, Ginsberg, Lamantia, Rexroth, Corso, Snider etc.

    Tá legal Joaldo, eu aceito o argumento!!! Leminski fields forever. E muito obrigado mesmo irmãozinho!!!

    Estava ouvindo agora João, Caetano e Gil cantando juntos “eu sou amante da gostosa Bahia porém, pra cantar seus encantos serei baiano também”. Lindo lindo. E me deu uma vontade louca de ser baiano. Abri a janela e só vi prédios e avenidas…Ah, estou em Sampa. Mas, com licença, sou realmente um paulista meio baiano, um paulista meio nordestino. Posso???

    “Dá licença de gostar um pouquinho só/ a Bahia eu não vou roubar..tem dó”.

  83. Caetano Veloso disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 9:03 pm

    Joaldo,
    “Se eu fosse você 2″ está na sala 2. Na sala 1 está “Gomorra”, que mesmo amigos nossos aqui do blog acharam “lento” ou “seco” ou “cru”. “Se eu fosse você” nnao é ruim e tem a vantagem dupla de atrair gente peara o espaço e dar lugar a um filme brasileiro. Ganhando força, o Espaço Glauber Rocha será até um super cineclube. Mas o interessante é seu Projeto Lanterninha. Acho que o teatro Dona Canô só exibiu “Lisbela e o prisioneiro” ( e não “Florbela…”) porque os produtores instalaram equipamento de projeção lá para isso. Quanto a Santo Amaro, fale com Rodrigo Veloso, que a partir de agora será o secretário de cultura da cidade.

  84. Márcio Ulisses disse:
    Janeiro 4th, 2009 at 11:14 pm

    Que legal ter esse contato semanalmente com vc Caetano!
    No seu último post, ri muito ao saber que vc assiste aos videos do Hermes e Renato no youtube, o que adorei pois é uma coisa que dividimos - assisto sempre e riu muito com aqueles malucos.
    Outra grande paixão que dividimos é o cinema. e outro dia estive comentando com um amigo como está interessante a nova produção de filmes brasileiros na qual chegamos à conclusão de que em grande parte isso se deve ao fato de hoje adotarmos o jeitão Norte-americano de fazer cinema. E tentando mais uma vez estabelecer contato, ouso em perguntar: assististes Um sonho de liberdade? e Tomates verdes Fritos? Estes estão com certeza entre os meus 10 favoritos. conheço muito pouco do cinema europeu e talvez por isso minha referência e preferência estão nos filmes da terra do Barack. Um grande abraço, meu querido, e um feliz ano novo pra todos nós com muita aparição e repercussão de Zil e Zie!

  85. Paulo Farias disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 12:21 am

    As tradicionais jornadas de cinema, quase todas coordenadas por Guido Araújo, poderiam acontecer neste novo (e antigo) espaço de e do cinema em Salvador. Também ali poderia renascer o hábito dos encontros de cinefilos que chegaram a conhecer (ou não) o trabalho de Walter da Silveira.
    Glauber foi uma figura emblemática, com ar dominador e com uma certa virilidade intimidadora. A genialidade dele sempre esteve próxima da loucura. E foi fazendo loucuras que ele se tornou genial. Pena que não tenhamos mais o CACIQUE ali do lado do atual espaço. Também é triste olhar o edificio de A Tarde e verificar que está arruinado. Não basta revitalizar o cinema, mas toda uma área, incluindo a antiga Rua Chile. O Cine Teatro Jandaia ficou ao Deus dará.
    Ah, tem muita gente que diz que o Caetano frequentava o antigo cinema Olimpia, da Baixa dos Sapateiros, o que não seria verdadeiro. Acho que este Olimpia, Caetano sequer chegou a conhecer. Asa matinés dele era, naturalmente, em outro cinema Olimpia, talvez o do Rio.
    []´s

  86. Julio Vellame disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 12:22 am

    Joaldo, sem conchavos (a palavra mais correta seria conscesões, estou usando conchavos para pirraçar Glauber :-) nenhum projeto pode ir para frente pois ir para frente significa agradar muitos e muitos sempre tem muitos gostos diferentes.

    Concordo com vc, acho que o filme “Se eu fosse você 2″ tem um enredo bobo e copiado contudo não é a pior opção de conscessão. As crianças gostam, eu que tenho uma filha de 10 sei como é isso…..

    Estou muito curioso para ir no novo Glauber, vou lá essa semana sem falta. Na última reforma meu pai (que era ou é artista plástico) pintou uma parte da lateral, lembranças de infância….

  87. Julio Vellame disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 12:25 am

    concessão e concessões (ups!)

  88. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 2:14 pm

    Nossa meu pc deu o maior pânico aqui, desde o dia 30 estou na luta com ele e somente hoje consegui finalmente resolver o problema sem ter que formatar o que foi muito bom!

    Caro Salem assim você desmorona a gente, fiquei tão emocionada que você nem imagina, eu ainda que tenho um instinto materno exacerbado fiquei super tocada com teu depoimento. Foi em plena primavera quando comecei minhas aventuras nesse blog embora já acompanhasse na espreita ainda não tinha me manifestado mas, um tal de encarnação me deixou louca e não resisti e rasguei verbo, e o Salem veio que veio e, o Caetano fez uma declaração de afeto ao Salem e ele se derreteu e dali pra cá a gente só foi amarrando os afetos todos, numa experiência impar.

    Fiquei muito feliz pela tua consideração a minha pessoa! Você sempre foi muito especial, e muito espirituoso, dotado de uma inteligência vivaz.

    É sempre muito triste quando “perdemos” uma pessoa muito próxima, mais sempre acredito num plano maior e divino, procuro pensar sempre em coisas belas e amenas. Espero que você seja muito feliz! Obrigada pelo teu carinho. Um abraço fraternal!

    Humm!!! Errei na hora de escrever Saviano mais isso já foi o que importa é que os links da entrevista entraram, não é?

    Luiz Castello eu entendo o que você diz mais tem horas que penso que tem alguma coisa que impede a mensagem de entrar, eu mesma tive algumas que não entraram nem para a moderação embora se tentasse reenviá-las acusasse que a mensagem já tinha entrado, tanto que algumas delas eu dividi e fui colocando somente o que dava, pelo que já li por ai isso não é uma exclusividade deste blog me parece que tem alguns critérios pré-estabelecidos na programação que causam este tipo de coisa, mais não sei dizer o que é ao certo. Ate entendo que as vezes da esta sensação de indignação porque a gente lê algumas mensagens que falam as mesmas coisas, mais veja, usam palavras diversas. Quando uma mensagem nem entra para a moderação, isso é ao lado do teu nome não aparecer (aguardando moderação) tenta reeditar o texto e postar, ok? Mais já vi voce por ai então ta bom!

    Beijos a todos

  89. Evangelina Maffei disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 4:43 pm

    Para aqueles que gostam de ouvir versões de canções de Caetano, achei um trabalho gráfico e musical interessante: “Letra: As canções do exílio de Caetano Veloso” de Sylvio de Oliveira (RJ 18.11.56) Designer e músico.
    O Livro/CD inclui 14 faixas entre as quais podem-se ouvir nesses endereços:

    http://www.mp3tube.net/musics/Sylvio-de-Oliveira-Maria-Bethania/172172

    http://www.mp3tube.net/musics/Sylvio-de-Oliveira-Shoot-me-dead/172173

    Foi editado pela 2AB Editora em 2008.

    Faixas do CD:
    IF YOU HOLD A STONE / MARIA BETHÂNIA / LONDON, LONDON Música incidental: Na baixa do sapateiro (Ary Barroso) / A LITTLE MORE BLUE Música incidental: Cuesta abajo (Gardel e Lepera) / THE EMPTY BOAT Música incidental: Clarice (Caetano Veloso/Capinan) / NINE OUT OF TEN / NEOLITHIC MAN / TRISTE BAHIA / NOSTALGIA Música incidental: Rock around the clock (Freedman/Deknight) / YOU DON’T KNOW ME Música incidental: Debaixo dos caracóis dos seus cabelos (RobertoCarlos/Erasmo Carlos) / IN THE HOT SUN OF A CHRISTMAS DAY Música incidental: Odara (Caetano Veloso) / SHOT ME DEAD / LOST IN THE PARADISE / IT’S A LONG WAY Música incidental: Nada será como antes (Milton Nascimento/Ronaldo Bastos)

  90. Alemão disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 4:44 pm

    Que bom voltar e reencontrar (com hífem, sem hífem, sou redator mas ainda não me liguei nas novas regras… regras???) a todos.

    Fica Castello,
    um cara que está há 16 anos sem beber tem muito a nos embriagar.

    Teteco,
    fui à Ubatuba passar o fim de ano, que aventura! Nunca mais passarei em frente a São Luiz sem pensar em ti. Estará por lá em janeiro? Quem sabe uma escapadela da estrada pra tomar uma brejinha com o amigo?

    No mais, uma passagem de ano com trilha de Orlando Silva, coletânia de 35 a 42, emocionando um Tio de 84 anos.

    2009 promete.

    Palestina free já!

    Beijos paulistanos a todos!

  91. Julio Vellame disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 6:20 pm

    La frontière de l’aube (A Fronteira da Alvorada)

    Ví e gostaria de comentar:

    Fotografia instrutiva para qualquer um que tenha máquina em casa: enquadramento perfeito sem aquela coisa certa de Goudart, cortes (no enquadramento) duros e sempre como elementos antisimétricos para quebrar o tédio. Preto e branco com aquela textura legal de quando se aproveita o verde das foto coloridas para fazer o preto e branco.
    Bonito mesmo. As cenas demoram bastante para vc ficar entendendo o quadro.

    Para quem não curte foto deve ser um tédio. O enredo é meio assim assim…

    Vale a graça dos cabelos dos franceses sempre despenteados e outra coisa incrível é que aparece um espírito no filme e a “visage” seria considerada de outro mundo em qualquer filme no mundo (até alemão, eu acho) contudo nesse filme o cara vê o espirito e pensa “o que essa informação do meu inconsiente quer dizer?” muito engraçado mesmo, coisa de francês.

  92. Roberto - o cinema também me fisgou - Joaldo disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 7:19 pm

    CAETANO

    Eu não vi ainda o filme, até porque estava no interior desde o Natal e até ontem. Pelo que sei da ‘matriz’ (e não entenda com a expressão que eu conote de antemão qualquer negatividade nisso) de onde ele saiu, deduzi que na reinauguração do Espaço se exibiu um filme previsível - mas prevísível (basta reler o meu penúltimo comment) no sentido do retorno comercial que essa obra, por ‘opção’ (e também esta expressão não a carrego a priori de tintas pejorativas), com a “máxima competência em marketing” para si reclama. Tanto que meu argumento seguiu no sentido de que isso - terei de me citar - “acaba retirando a possibilidade de pôr em pauta outros filmes de gabarito que, pelos mais variados fatores, não conseguem romper a barreira da distribuição”.

    A menção ‘outros filmes de gabarito’ no trecho - esperava que traduzisse que eu não repilo a existência e exibição do filme em questão, nem a sua matriz, nem a sua previsibilidade comercial.

    Então, eu não disse mesmo que “Se eu fosse você” - que eu não vi nem o primeiro - seja um filme ruim. Quanto a ele ter o mérito de atrair gente para o espaço e - deduzo do que você diz - ajudar a consolidá-lo, o seu argumento é válido mas para mim não é bom - de minha parte preferia ver “Se eu fosse você” numa Sala também mais previsível, nos Shoppings da cidade, ou, por exemplo, no Aeroclube: e que a coordenação de programação do Espaço Glauber tivesse da parte do Unibanco liberdade de selecionar ‘outros filmes de gabarito’, refriso, com problemas - flagrantes - de distribuição!

    VELLAME

    Tenho conhecimento do importante trabalho de seu pai!

    Olha, pelo que eu disse acima ao Caetanino, compreenda que não posso concordar contigo sobre você concordar comigo quanto a esse filme ser ruim.

    Quanto a essa sua afirmação de que os projetos - de fomento à exibição do cinema numa escala mais larga - não irem à frente por necessitarem sempre fazer concessões e participar de conchavos, eu creio que deva ser parte de uma mesma realidade aqui na Bahia e em outros lugares e não apenas para a Sétima Arte. Mas, no meu caso, não consigo implementar uma cena cineclubista à altura de meus maiores anseios enquanto produtor cultural e cidadão por outros motivos mais cruciais: pela dispersão política e mental (cognitiva mesmo) generalizada em que se encontram professorado e estudantada.

    O meu protótipo de projeto, mesmo quando pensado para ser gerido por um núcleo de pessoas de algum bairro, e não diretamente por estudantes e professores, não tem como deixar de focar a escola pública e/ou particular mais próxima como potencial formadora de platéias renováveis para os filmes.

    Pode ser implementado inteiramente pela sociedade civil (embora não descarte a parceria com entes públicos), e como parte do modelo de sustentação financeira do espaço, até sugerida pela própria turma da Programadora Brasil, admite a exploração de uma lanchonete e de uma pipoqueira industrial no local - sem jamais cobrar ingresso para o acesso ao ’salão’ de exibição!

    Ocorre que os “atores sociais’ mais relevantes para dar corpo a esse acontecimento, a começar, pois, pelo professorado e a terminar com a estudantada, a primeira classe em grande escala fazendo há milênios de conta que ensina, e a outra, com o passar dos anos, cinicamente sendo levada a fazer de conta que estuda, refletem uma postura derrotista: ou não aceita a implementação dizendo que “não adianta fazer”, ou, quando a aceita, em seguida reclama de ter de se responsabilizar pela gestão financeira e cultural do espaço (”dá trabalho!”). E o pior, que podia ser o melhor, acham que ‘trabalho voluntário’ não dá “lucro”!

    O buraco, meu caro, é muito mais embaixo, e entulhado de destroços. Mas eu penso que deve se construído um caminho de superação.

    Por isso me encantei com a metodologia do Projeto Lanterninha - fortíssima fonte de inspiração! Temos que aprender algo com essa turma que fez um trabalho pioneiro o ano passado aqui em Salvador: e também saber os percalços defrontados!

    Retorno a qualquer momento sobre esse tópico resumindo e oferecendo uma seleta de links sobre iniciativas bem bacanas em fomento à formação de platéias, articulação Cinema-Educação, e mais projetos de Cinema itinerante que há algum tempo andei pesquisando estarem rolando pelo país e que são inspiradores para que em algum momento - que tarda! - haja uma decisão política de maior grandeza não somente dos dois “atores sociais” que mencionei, como de outros segmentos da sociedade civil, e dos agentes estatais educacionais e culturais mais diretamente implicados quanto ao assunto.

    Falta coragem, Vellame, para fazer as coisas ser de verdade: que o Brasil, numa certa esfera da realidade, ultrapasse o Brasil-Colônia ainda impregnado em boa parte de nossas instituições, e legado na mentalidade fatalista-derrotista de uma massa incrível de gente.

    P.S.: Eu não pude participar (tive de viajar par assistir meu pai por motivação de saúde), embora inscrito para defender as minhas idéias e o meu protótipo de cineclubismo, do I Encontro Estadual de Cineclubes aqui da Bahia, ocorido em Lençois, na Chapada Diamantina, no último trimestre. Mas vou chamar alguém que foi do Projeto Lanterniha para vir aqui dar um depoimento.

    PAULO FARIAS

    Você, a começar pela menção à Jornada Internacional de Cinema da Bahia, e a lembrança do empenho - eu adjetivarei sempre como: desmesurado - de Guido Araújo (nunca me esqueço da primeira Jornada a que fui, de cara me batendo já com um filme que flertava com uma das minhas maiores paixões,a literatura, baseado no conto A Casa Tomada, de Cortázar, e filme tão bom que ainda hoje rola na minha cabeça, e me fez apaixonar de vez por filmes na ‘fronteira’ com a literatura), faz um panorama de coisas que nós, daqui de Salvador, bem que podemos e devemos aprofundar, valorar, rever, a fim de aproveitar para sugerir idéias, aproveitando o espaço deste blog - que possam estimular mais e melhores acontecimentos pra cidade! Vamos aproveitar o atual post de Caetano e chamar mais gente daqui pra soltar uns verbos?

    _____

    LUEDI (grafei correto?), infocaetanautas, em especial, de FEIRA DE SANTANA e de SALVADOR, montarei página com roteiro de serviços, espaços e manisfestacões culturais das duas cidades e a agregarei, através de uma aba, à Impertinacia: a revista web viva com inspiração nesta OeP que brotou no meu orquideário e já vem se transformando, em fase de preparação do pré-piloto a qualquer instante, em obra aberta, mediante a parceria, em variados níveis, com um amado time daqui de obreiros em progresso. Queria o e-mail de vocês pra desenvolver detidamente a proposta dessa página de serviços e de roteiro cultural e receber sugestões. Quanto à própria Revista web, acompanhem que o lançamento possivelmente se dará, no devido tempo, aqui mesmo na OeP!

  93. alotroladode(l)río disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 7:33 pm

    querido caetano:
    saiba que por lo menos uma fâ em París, que hoje acordou branco e preto por causa da neve, esqueceu casi o frío ouvindo sua voz que cantava a
    “Misterio de Afrodite” só para ela (era o ipod…).Uma beleza.
    Obrigada por todo.
    Feliz ano novo!

  94. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 7:34 pm

    Alemão,
    eu estive em São Luiz do Paraitinga, Ubatuba, Caraguá e depois subi até Campos do Jordão..tudo entre o Natal e o ano novo. Que trânsito hein, que congestionamento!!!

    Por falar em São Luiz, lá é terra de Elpídio dos Santos, compositor de várias trilhas dos filmes de Mazzaroppi, que morava e tinha estúdio de cinema em Taubaté. De um lado Lobato escrevendo sobre Jeca Tatu, de outro Mazzaroppi representando o Jeca na telona..veja como em Taubaté somos todos Jecas orgulhosamente, com erre retroflexo e tudo o mais. Bem, São Luiz do Paraitinga é famosa por seu típico carnaval de marchinhas, só “marchinhas”, produzidas pelos muitos músicos da própria cidade. Elpídio é autor da famosa…”fiz uma casinha branca lá no pé da serra pra nós dois morar…”, gravada por muitos, entre eles o Almir Sater e Sérgio Reis.
    Já prestigiaram as marchinhas de São Luiz os prestigiados Chico César, Lenine, Zeca Baleiro, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Tom Zé, Arrigo Barnabé, Ceumar, entre outros. São Luiz do Paraitinga ( 9 mil habitantes), com seus casarões da época dos barões do café, foi considerada a “mais caipira das cidades paulistas”. Fica a beira da rodovia Oswaldo Cruz ( ah..esse também nasceu lá..ia me esquecendo) no meio do trajeto entre Taubaté e Ubatuba. Se os paulistas não têm o Olodum balançando o Pelô, temos as maravilhosas marchinhas com docê tom caipira em São Luiz.

    Segundo a revista Veja, é o “quinto” melhor carnaval de rua do Brasil, no páreo com Rio, Salvador, Olinda e Recife. Ano passado, cerca de 200 mil pessoas estiveram em São Luiz nos quatros dias de Carnaval..um número assustador para uma cidadezinha do interior. Mas, quem estiver em São Paulo e quiser conferir, vale a pena. São vários blocos animadíssimos e bandas tocando no coreto da praça canções próprias e belas. Vejam o trecho desta letra do “Paranga”;

    “São os anjos que cantam no céu
    Sereia que canta lá no mar…
    Nós viemos para a terra só para cantar…

    No carnaval eu quero soltar minha voz”

    Lindo né?!

    Os blocos mais famosos são: “Juca Teles do Sertão das Cotias”, “Bloco do Caipira”, ” Pé na Cova”, “Maricota”, “Balacobaco”, “Bloco do Lençol”, “As melindrosas”, “Bicho de Pé de Catuçaba”.
    Maiores informações com Galvão Frade, secretário de cultura da cidade, ou com a cantora Susana Salles, da secretaria de estado da cultura. Solta o bicho…São Luiz do Paraitinga..a folia tá chegando!!!

  95. glauber guimarães disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 7:42 pm

    alemão,
    orlando silva é muito classe, cara. gosto pra caramba. saca o mário reis? francisco alves, lúcio alves, dick farney, todos grandes cantores, cada um a seu jeito. o caetano é muito bom imitando o estilo desses cantores antigos. ele saca cada nuance, os sotaques.

    ………………

    vellame,
    valeu a provocação, dei umas risadas aqui. abraço procê, compadre.

    ……………..

    caetano,
    “rodrigo veloso”. palavras instigantes, sem dúvida. espero e acredito mesmo que ele fará um belíssimo trabalho lá em santo amaro. desejo-lhe toda sorte, que nunca é demais…

  96. Julio Vellame disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 9:52 pm

    Joaldo, obrigado pela resposta educativa!

    E a resposta é mesmo a educação.

  97. Pina disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 9:56 pm

    Ainda nao li o que tem ai, estou na tv com a paquena, eh soh pra dizer que percebi uma pergunta sobre o que desencadeia certas reaçoes.
    Eu nao pude entender o significado do que Julio Vellame cmt.86. disse.
    O primeiro paragrafo é algo de bem estranho e o segundo ainda mais, fico incapacitada de qquer entendimento ao ler algo assim.

  98. Lucesar disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 9:57 pm

    Oscar Wilde dizia que a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida. Será?
    .
    Três atores do filme “Gomorra” foram presos na Itália acusados de pertecerem à …
    .
    Esse é o “post” mais baiano do OeP !!!
    .
    Meus três últimos comments foram guilhotinados ou se perderam na rede, contudo, antes tarde do que nunca, Feliz Ano Novo a todos.

  99. Pina disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 11:04 pm

    Espero que o que eu escrevi pouco antes se leia com ironia.
    ‘Nenhum projeto pode ir pra frente pois para ir pra frente significa agradar muitos e muitos sempre tem muitos gostos diferentes.’ Isso é exigencia?
    ‘”Se eu fosse vc 2″ tem um enredo bobo e copiado(o que é isso?????,estao falando isso de quem??? é alguem importante para mim?) contudo nao é a pior opçao(???)…de conscessao’. O que é?

  100. ju disse:
    Janeiro 5th, 2009 at 11:46 pm

    apenas a matéria viva era tao fina…

  101. Fernando Salem disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 12:35 am

    Cá estão novamente os progressistas na perigosa oposição entre o cinema de massa (blockbuster) X cinema de “arte” (sempre descartei esse termo). O velho papo lembra o axé X a “boa” música.

    Assim como na música popular, o cinema de bilheteria é recorrentemente visto com preconceito. Isso aconteceu injustamente com “2 Filhos de Francisco”. Não estou aqui avaliando a comédia “Se Eu Fosse Você 2″. Vi o “1″ e gostei o suficiente para rir e entender o seu alcance, embora não seja um filme inesquecível.

    Acho bom que filmes de alcance popular fiquem lado a lado em salas com filmes mais ousados. Há bons filmes populares e maus filmes “de arte”. E vice-versa.

    Aqui em SP, a programação do Espaço Unibanco faz esse tipo de justaposição com bons critérios. É possível vermos um bom filme-cabeça europeu sendo exibido em uma sala ao lado de um filmão de sucesso. Isso não é “consceção”, como aqui foi erroneamente escrito! Isso é “com sessão” para todos. É bom. Assim como, no SESC Pompéia você pode ver o Cauby Peixoto na chopperia e o Strike no teatro, na mesma noite.

    Não acho bom pro cinema que os filmes mais experimentais e atrevidos do ponto de vista da linguagem se confinem a espaços alternativos. Cinema de garagem.

    Posso ser novamente visto como um unificador, mas reitero que meu prazer está na diferença.

    Me emocionei essa semana ao assistir ao DVD dos Doces Bárbaros com um puta som remasterizado. Cinema.

    beijo na tela

    salem

  102. Paulo Farias disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 1:38 am

    Guido Araújo é uma figura que tem idéias arrojadas, que tem compromisso com o avanço da roda da História. Gosto dele. Recordo que - nos tempos da ditadura - obtinha alguns filmes censurados para projeta-los na UFBA, contrariando “orientações” de alguns grupos de esquerda, através de um pessoal ligado a ele, em termos de cinema. Consegui exibir para platéias diminutas, alguns documentários muito interessantes. Tudo pago do meu bolso. Havia aquela coisa de uma quase clandestinidade para se obter os filmes, considerados subversivos em um tempo que a ditadura estava num “Balança mais não cai” e já caindo pela força do povo. Do clamor das ruas.
    Eu sempre fui muito ignorante em termos de arte. Certa feita, na ante sala do gabinete do saudoso Ernest Widmer, dei pra chacoalhar dos óleos sobre tela que decoravam tal ante sala. Certamente um dos ouvintes transmitiu a ele minhas baboseiras. Veio a SBPC em Salvador e Ernest Widmer, Eliane Azevedo e mais alguém de muita expressão cujo nome me falha à memória, apresentaram ótimas palestras. Foi surpreendente ver Ernest Widmer, na sua incomensurável simplicidade, própria dos gênios (considero Caetano um gênio, seria dispensável dizer isto, porque é piegas e tem um tom bajulador chato) começou explanando que muita gente via determinados quadros como se fosse um cego e nada via nas telas. E tudo que eu andei falando ele foi demolindo com revelações surpreendentes, numa verdadeira aula de arte. Perdi minha cegueira naquele momento, tal como Tommy, naquela ópera de rock, após mergulhar na piscina e ao sair daquele mergulho vislumbrando com os olhos tuda beleza que a luz do sol nos irradia. Passei a ver o que antes minha cegueira não permitia. Foi uma aula magnífica. É excelente conviver em meios intelectuais de toda natureza e gênero. A sétima arte está no meu coração desde criança.
    Bem, vc faz referência a um conto que não li do Julio Cortazar e também do filme inspirado na obra dele, que também não assisti. Uma pena! Deve ter sido impressionante. Já assisti muitos filmes de arte com a mesma ignorância que me nutria antes da aula de Widmer. Interessante, a Bahia teve Widmer, personalidade internacional de vulto, e muito pouca gente sabia que ele vivia entre nós.Temos um Pierre Bastianelli e pouca gente o conhece. Temos uma das melhores escolas de música e de teatro do Brasil e pouca gente reconhece. Pois minha ignorância, logo que Glauber andou lançando seus primeiros filmes, me fez não gostar da arte cinematográfica de Glauber, como me fez não gostar do padrão desafiador da estética de Caetano (não do cabelo longo, pois eu o possuía)… Bergman, em Gritos e Sussurros me fez sair do cinema como um completo idiota. Refiro-me à minha ignorância pois bem sei que ainda temos milhares de pessoas que ignoram que ignoram e que precisam aprender a gostar de filmes de arte com uma técnica próxima do que Walter da Silveira e outros intelectuais intentaram, em Salvador, no ano de 1952, época em que preconizavam o Guarani como um cinema voltado para a arte e ao cineclubismo. O projeto lanterninha, o respeitável Instituto Anísio Teixeira (que assisti o seu começo através do esforço da filha de Anízio e com apoio de H Lima)e muitas outras entidades e personalidades, podem fazer alavancar este impulso inovador e “renascentista” do cineclubismo tendo como sua sede o próprio Cine Glauber Rocha. Creio no sucesso desta iniciativa, como sede do cinema fixo. Quanto ao cinema móvel isso vai depender muito da pedagogia a ser instituída para cair no agrado das massas e não apenas da estudantada. Gostei muito das suas idéias, como gostei de saber que Rodrigo Veloso será o Secretário de Cultura em Santo Amaro, cujo arquivo público estava em uma situação tão degradante que sequer quis manusear antigos jornais que lá se encontravam. O prefeito da época (teria sido Genebaldo?) parecia desconhecer o que é arte e cultura. Santo Amaro tem tantas coisas que podem ser explorada e Caetano (Rodrigo, também) sabe disso e não é só o cinema. Ali é a terra do maculelê, não o maculelê já descaracterizado, em que os cajados utilizados pelos escravaos foram substituídos pelos facões. O uso do facão faz do maculelê uma arte quase próxima da dos samurais. Santo amaro é terra guardiã de muito folclore, de muita história, era a nossa segunda capital. Há uma rivalidade entre Santo Amaro e Cachoeira sobre o Dois de Julho. Santo Amaro saiu na frente e Cachoeira, por possuir uma posição estratégica funcionou como um baluarte tático e estratégico para se evitar a penetração portuguesa no Recôncavo, mas era em Santo Amaro que tudo acontecia e fluía. Adoro Cachoeira e reconheço o valor histórico patrimonial dela, mas Santo Amaro (com o casario descuidado) é a nossa segunda cidade em história.
    Quanto arrodeio para chegar aonde você espera. Poderia poupar todos deste texto longo, pouco aprazível para uma época que reclama concisão, não é mesmo? Caio no terreno da prolixidade, não tenho jeito. A concisão que fique para os revisores de textos e para os críticos. É bom ter a pena leve e sair escrevendo. Pois bem, acho que podemos desencadear um grande movimento em defesa da implantação do Projeto em pauta. Podemos atuar em vários níveis, da imprensa ao nível político (pena que eu não sinta certa firmeza no prefeito atual, mas quem sabe ele se torna sensível, como foi Dr. Oswaldo Veloso Gordilho em 1952). Vejo muitas semelhanças entre 1952 e o agora. Vamos deslanchar sua idéia, que parece quase unânime - que não seja unânime para não ser como Nelson Rodrigues salientava, não é mesmo? Mas que tenha adeptos atuantes e uma imprensa (não na sua totalidade) cúmplice da idéia e atuante, também. Uma carta elaborada aqui neste blog e endereçada às autoridades de todos os Executivos pode ter um bom resultado. Refiro-me ao apoio a certas idéias aqui lançadas, como a do Caetano e as do Projeto Lanterninha, para que, desta feita, não fiquemos em 1952. Se formos capazes de aprender as lições e erros do passado, certamente sairemos vitoriosos. Conte comigo e com a minha capacidade de atuar nos bastidores. Sou muito tímido. Vamos fazer da Bahia um referencial para o Brasil. Perdoe meu entusiasmo pela sua idéia, mas vamos fazer renascer tudo que pode florescer e dar bons frutos. Vamos soltar os verbos, sim!
    []´s

  103. Paulo Farias disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 1:46 am

    Desculpe-me, Roberto Joaldo. Escrevi muito e esquici de colocar o destinatário. Agradeço-lhe a referência feita.
    Forte abraço []´s

  104. Aline Miranda - www.outrasbagatelas.blogspot.com disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 5:58 am

    Isso de cinema me deixa um pouco frustrada, porque de férias na casa dos meus pais em Cabo Frio só há um cinema, com duas salas. Queria te visto Vicky Cristina Barcelona (Caetano, você o viu?), Feliz Natal, Romance… Eu amo filme brasileiro, sempre gostei,desde pequena. Mas voltando às salas, não me queixo pq sei que cinema é artigo de luxo, mas acostumada a Niterói e Rio, sinto falta dos centros culturais… Essa semana quero ver Se eu Fosse Você 2. Sim, está aqui =] E Tony Ramos e Glória Pires são f*das!!

    Um mar de boas energias para todos em 2009.
    ABçs.

    [e rafa, você tá todo dia mesmo na praia, chova ou faça sol!acho bonito.]

  105. Judith disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 7:20 am

    Hola gente!

    Como presente de año nuevo les dejo un llink que pueden postear en sus blogs o paginas personales con un compiladito que les preapare con temas que han sido parte de los distintos cd de Caetano, desde sus inicios a la presente fecha:

    http://www.myflashfetish.com/video-playlist/431612

    Besos a todos!!!!

    Ju.-

  106. Judith disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 7:34 am

    Podrán “observar” a través de su sentido auditivo, como ESA VOZ es inigualable e inmutable a través de las décadas….( aunque sea inmutable para quien sólo escucha con el corazón) no hay canción interpretada por Caetano y su voz que no haga sentir transmisión de emociones, de pasiones e intensidades, sea allà por los 60 como ahora

    saludos

    ju

  107. Aline Miranda - www.outrasbagatelas.blogspot.com disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 7:44 am

    Caetano, você já viu esse vídeo “A história das coisas” ?
    beijos.
    http://br.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E&eurl=

  108. Maria disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 9:54 am

    Que bacana Caetano,essa dica do Espaço Glauber Rocha. Estou em Salvador , depois de oito dias em Ouro Preto (MG). Vou lá visitar.
    Você falando de Glauber Rocha, lembrei-me do momento em que conheci a Odete Lara, foi comovente ver aquela senhora, completamente linda. Tínhamos acabado de ouvir uma palestra do Mestre Zen Ryotan Tokuda, no Rio, quando falei para ela: Odete Lara, a musa do Cinema NovO? Ela riu e disse: quem é você? - Sou sua fã! muito legal esse encontro.

    Em Ouro Preto encontrei um poeta mineiro concretista. Impressionante. Ele não fala: uai, nó! e nem núu!, mas mantém um jeito mineiro concreto. Escreverei uma poesia dele no meu orkut (maria do carmo pignata)

    Feliz Ano Novo para todos

    Maria

  109. Alemão disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 10:21 am

    Teteco,

    Muito bom esse painel cultural do Vale (lembro do slogan do jornal Valeparaibano: vale o que vale o vale, quem será que criou essa pérola?).

    Falei sobre o Campello de São Luiz do Paraitinga com meu velho, em Ubatuba, e ele matou na hora: deve estar envolvido com o movimento musical da cidade. Legal, muito legal.

    Renato Teixeira também é do pedaço, não?

    Glauber,

    Grandes cantores. Dick Farney, o Farnésio Dutra, cantava algumas trilhas da minha infância (Copacabana princesinha do mar…). Em 2008 assisti a um show de bolso de Claudette Soares e pude falar isso pra ela. Foi emocionante.

    Fiz um pequeno play list pros velhinhos na virada do ano. Caymmi, Orlando Silva e Paulinho da Viola. Quando tocou Oração da Mãe Menininha, com Bethânia e Gal, meu tio não se aguentou: “essa é minha música. Quando ouço, baixa o santo. Saravá!”.

    Vejam que lindo:
    http://www.youtube.com/watch?v=bG5nsvrP5l4

    É bom ser do rocknroll, também soul. Mas melhor ainda é ter muitas praias pra descansar.

    Grande 2009 a todos!

  110. Alexander Canale disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 11:24 am

    Não sei se queres falar sobre isso, mas algo que me intriga é Antonio Carlos Magalhães. Como ele, uma pessoa que colecionava péssimos adjetivos, colocaria o nome de “Cine Glauber Rocha”? Essa dicotomia sempre me surpreendeu.

    Assisti a “Se Eu Fosse Você 2″ e ri bastante. O propósito foi atingido.

    Ganhei o “Verdade Tropical” de natal. Não comecei a ler ainda porque estou em uma fase mais tranqüila (com trema). Estou sempre 10 anos defasado. Aliás, minha dica de leitura é “Canalha”, de Fabrício Carpinejar.

  111. Celso de Carvalho disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 11:28 am

    Caetano, só pra mandar um nome que possa inspirar algumas palavras suas:
    Miécio Caffé
    Feliz 2009!

  112. glauber guimarães disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 11:55 am

    hahahahhaha…sensacional, alemão. eu também adoro fazer umas playlists bacanas em festas da família. como tenho muita coisa antiga, o pessoal da velha guarda aqui, adora. agora mesmo, tô escutando clara sverner tocando chiquinha gonzaga…cousa mui agradável! e o bigode carlosgomesco tá crescendo, uma beleza! inté, minha gente…

  113. Jose Antonio disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 12:04 pm

    Repito:A equação cinema de massa x cinema de arte já foi resolvida em filmes como Os Saltimbancos Trapalhões.A lição sabemos de cor.Só nos resta aprender.

  114. Nando disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 3:53 pm

    Salem,

    Com o que o Caetano falou aqui mais algumas passagens do Verdade Tropical me dou quase por satisfeito quanto ao que ele pensa a respeito de axé music. Mas preciso dizer o seguinte:

    Em momento algum eu imaginei algo como axé versus “boa” música. Imaginei “boa” música versus “má” música. E axé versus axé.

    Estava aqui ouvindo Gil cantando “Banda Um” (com seu tempo quebrado, harmonia sofisticada, metais, enfim, uma super banda): fico absolutamente convencido de que é possível fazer música dançante, pra cima, sem abdicar da riqueza musical (meu sonho delirante é dançar música brasileira “de massas” de qualidade, algo como “Darling Dear” do Jackson 5, o melhor baixo elétrico do mundo, eterno mestre James Jamerson). “Quero que tudo saia como o som de Tim Maia”, não no sentido de perfeccionismo folclórico, mas de riqueza instrumental e vocal. Para isso é preciso interesse e incentivo, apoio.

    Minhas “broncas” com o axé são fruto de amor pela minha terra e por (quase) tudo que de lá emana, como falei várias vezes. Só isso.

    Reduzir tudo a “axé versus ‘boa’ música” é uma maneira confortável de você estar em paz com as coisas que você pensa (e, em termos de diversidade, respeito, acesso a todos etc, eu concordo inteiramente), mas dizem pouco a respeito das coisas que eu (e o Glauber e os outros “confusos” que apareceram por último no post em que Caetano nos deu um “talk to my hand” e vazou pra este) tentamos abordar.

    Mas não, não pretendo retomar o tema, em hipótese alguma. Já foi.

    Quanto a “2 Filhos de Francisco”, vi bons comentários mesmo entre quem abomina música “sertaneja”. Creio que as opiniões favoráveis ao filme sejam maioria, não? O filme é bom, sem dúvida.

    Grande abraço,

  115. Julio Vellame disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 4:52 pm

    Glauber, vc tem orkut? se junte a comunidade do blog

  116. Julia Debasse disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 5:15 pm

    Acho estranho como, de uns anos para cá, o termo “parnasiano” virou quase uma espécie de xingamento, e o parnasianismo passou a ser visto como um movimento de gente chata, careta e enfadonha. Isso tudo é besteira de quem não leu Olavo Bilac para ler Haroldo dos Campos, e acha que ambas leituras não podem conviver no vasto armazém das maravilhas nacionais.

  117. Herculano Neto disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 6:53 pm

    Ao citar Cezar Mendes lembrei imediatamente de Santo Amaro e da lembrança que tenho por ter visto recentemente O CINEMA FALADO. Santo Amaro não é mais a mesma, sei que dirá que não é mais a mesma há muito tempo, mas a violência com origem no narcotráfico já invadiu os seus becos, principalmente nas regiões periféricas onde traficantes desfilam pelas ruas empunhando armas impunemente, fazendo no mangue um rascunho do Cidade de Deus. Sequestros relâmpagos, assaltos, tiroteios, acerto de contas… O que víamos no noticiário hoje bate sem pudor nas nossas portas. Bom, talvez nada disso seja novidade, e realmente não é. O curioso é que independentemente do costumeiro descaso das autoridades os jovens andam fascinados com esses senhores e sua ostentação de poder, como se fossem verdadeiros herois, é quase uma nova era do cangaço, onde bandidos eram idolatrados. Não moro mais em Santo Amaro, não por isso, mas a última vez que lá estive a cerveja desceu com mais amargor.

  118. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 7:01 pm

    Hoje aqui se comemora o dia da Befana entao ai vai um pouco de estórias:

    Tem muitas estórias populares em torno da “befana” uma delas é que os Reis Magos não encontravam a estrada então perguntaram a uma velha que encontraram no caminho e apesar da insistência ela não quis sair de casa para ajuda-los, depois ficou de consciência pesada então preparou uma cesta de doces e saiu em busca da criança que os Magos falaram, e ao ver uma lareira parou e deu os doces as crianças na esperança de que alguns deles fosse o menino Jesus, e seguiu fazendo isso para se fazer perdoar. Tem muitas versões das musicas que se cantam para a “befana” eu gostei mais desta dai:
    La befana vien di notte (a bruxa vem de noite)
    con le scarpe tutte rotte (com os sapatos estragados)
    porta un sacco pieno di doni (porta um saco cheio de presentes)
    che regala ai bimbi buoni (que entrega a crianças boas)
    Uma outra estória da “befana malvada” que gosto muito esta relacionado a uma vassoura pequena de um material semelhante a piaçava que é colocada nas portas das casas para impedir que ela entre. Diz a lenda que a befana, que somente aparece a noite, não pode ver uma vassoura que quer contar os fios, então ela ao chegar e se deparar com a vassoura perde a noite toda contando estes fios, e nunca termina antes do amanhecer, daí nunca entra na casa.
    Hoje em toda a Itália se fez a comemoração da befana, muitas pessoas vestidas de bruxas pelas ruas dando doces para as crianças, alguns brinquedos, tudo uma grande festa…, eu particularmente, não me senti muito feliz hoje, entre uma noticia de festa e outra, vem as noticias de Gaza e as crianças sofrendo ali, confesso que chorei ao ver o noticiário. Fico indignada como os adultos podem ser tão cruéis! Paz no mundo!!!

    Beijos a todos

  119. Ricardo de Alcântara disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 7:30 pm

    Salem,

    concordo com você em tudo que falou sobre a oposição Cinema de Massa X Cinema de “Arte” (na verdade, não gosto de nenhum dos termos, massa e arte, colocados assim), mas tento entender o que alguns aqui disseram, principalmente o Joaldo, da seguinte maneira: um filme tão alardeado, tão propagado, tão vendido (no sentido de marketing), não deveria ser o filme de abertura de um espaço tão importante, independentemente do valor estético do filme, já que a própria reabertura do espaço poderia vender um filme com menos poder de penetração (outra expressão horrorosa).

    Mas concordo com Caetano, consolidar o espaço com a presença do público é o mais importante, e nesse sentido a escolha do filme faz sentido.

    Particulamente, eu adoro filmes sem “gabarito”, gosto de blockbuster e achei “Se eu fosse você 2″ divertido. Isso não me desqualifica de cinema e de figuras como Fellini, Bergman, Kubrik, irmãos Coen, irmãos Dardenne, Glauber Rocha, entre tantos outros com mais “gabarito”.

    Como na música, é possível gostar de opostos (se é que eles existem) sem se perder. Nos espaços de hoje (vide internet) todo cabem, o importante é dar acesso. Uma vez dentro é só dialogar.

    Abraços e feliz 2009 para todos!

  120. carolina disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 7:35 pm

    Eu iria apenas falar que tb quero ver gomorra mas depois de ler o comentário de Salém sobre esse espaço chorei (eu sou uma manteiga derretida!)…
    Amo obraemprogresso e por sua causa amo mais ainda caetano!

  121. Guilherme Ginane disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 8:12 pm

    Olá pessoal,
    por Caetano já ter comentado aqui, algumas vezes, sobre o novo trabalho do Rodrigo Amarantes ( ex Los Hermanos ), gostaria de compartilhar com vcs, uma entrevista dele para edição atual da Revista Trip. Na minha humilde opnião, achei ótima.

    http://revistatrip.uol.com.br/173/negras/home.htm

    espero que gostem. beijos.

  122. paloma, rio disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 8:32 pm

    candinha se assustou com o volume do roberto … clarinha se excitou com o volume do caetano … labi-cha sumiu !

    dedicado a labi :
    http://www.youtube.com/watch?v=UT1bUjQ2aGs&NR=1

    abrs paloma

    ps: ‘maysa’ é egoísta, deslumbrada, bebe e fuma demais … nota 7,5 .. tive que tomar ar no pantanal …

  123. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 10:01 pm

    cadê a Labi?

  124. Fernando Salem disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 10:42 pm

    Nandíssimo

    Não escrevi o comentário a respeito da oposição tão reincidente por aqui entre cultura de massa e alta cultura, pensando em você. Não teria significado reacender o tema com um propósito pessoal.

    Aliás, não tive a pretensão de reacender um debate. Achei que seria positivo fazer o paralelo entre o cinema e a música, pra mostrar que esse é um tema que parece estar no útero desse blog, assim como é parte constante da tensão da obra de Caetano e de seus pensamentos.

    Escrevi usando o termo “progressistas” no plural e me incluindo nesse coletivo. Isso porque não me sinto à parte dessa interessante discussão. Só me incomodo quando ela se reduz a um raciocínio binário. É aí que costumo entrar pra dar pitaco.

    Não é só o cinema e a música que têm motivado essa discussão. No teatro, há muito disso também. Tenho amigos atores que refutam a TV, como se fosse um veículo menor, com menos peso cultural. Há gente que vê oposição entre o trabalho de um grande ator em uma novela das 8 e no palco.

    Engraçado, que escrevo isso enquanto ouço a voz de Patrícia Pillar vinda da TV, num trabalho que provavelmente vai entrar pra sua história como atriz. Um trabalho popular.

    Paulo Autran costumava se queixar da TV, sobretudo do tempo que ela consumia em detrimento do seu desejo de fazer teatro. Mas quando se entregava às câmeras era de um talento incomum.

    Acho bacana que um filme popular aqueça o projetor do Espaço Glauber Rocha. Seria um tanto pedante se isso acontecesse com um filme “pra poucos”. Não me parece a cara de Salvador, um espaço ser inaugurado com uma atmosfera elitista.

    Melhor que ele se estabeleça magnetizando as platéias. Se fosse no século passado provavelmente teríamos Mazzaropi, ou Oscarito e Grande Otelo, ou Dercy nos cartazes.

    Agora, se o Cine Glauber ficar só no popularesco e no blockbuster, aí sim vale discutir a natureza do local.

    Por enquanto, apenas notei que há uma interessante semelhança nos comentários aqui postados a respeito do assunto e a velha discussão do axé. E pelo que vi, você não havia falado sobre isso.

    Não gosto de levantar defuntos. Só os evoco quando podem contribuir.

    beijo na testa

    salem

  125. Heloisa disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 10:54 pm

    Caetano já não gosta mais de mim
    Mas eu gosto dele mesmo assim
    Que pena, que pena…

  126. glauber guimarães disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 11:09 pm

    ok, eu confesso: os implacáveis genes indígenas só me permitem pequenos arroubos castroalvescos. no máximo, um carlos gomes em início de carreira bigodística, haha

    …………………

    caetano,
    passei aqui agora, pra deixar o link do blog sobre cinema do mestre andré setaro. parece bem divertido:

    http://setarosblog.blogspot.com/

    vorto!

  127. Ricardo de Alcântara disse:
    Janeiro 6th, 2009 at 11:16 pm

    ERRATA

    Eu quis dizer “isso não me desqualifica como apreciador de cinema e de figuras como…”

  128. Renato Pedrecal disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 12:41 am

    Recentemente li que uma das causas para termos tantos grupos de heavy metal (principalmente na década de 80) em Belo Horizonte (dos quais o Sepultura é o representante mais bem sucedido mundialmente) é o proverbial conservadorismo da cidade.

    Por analogia devemos esperar sempre que saia algo surpreendente de Salvador ou da Bahia, tomando por base um saudável desprezo conceitual pela axé music. Ou uma sua assimilação esteticamente criteriosa. Assim como em Goiânia (terra dos horrorosos sertanejos) está uma das cenas mais interessantes do rock independente nacional.

    A tropicália amava a bossa nova negando-a. Os Sex Pistols rasgavam camisas do Pink Floyd - mas Johnny Rotten dizia que na verdade amava a banda, era tudo (necessária) pose.

    Como diz uma canção do PIL (”Rise”), “A raiva é uma (forma de) energia”.

    Saudações a todos

  129. nelson disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 12:46 am

    parafraseando heloisa ….

    heloisa não gosta mais de mim
    mas eu gosto dela mesmo assim
    que “trema” que “trema”

    poesia da canção em forma escalonada rsrsrsr
    ela ainda é a minha pequena
    eu vou é cantar
    a mão rsrsrsrsrsrs

    http://www.youtube.com/watch?v=tvScd-m2sBw

  130. glauber guimarães disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 2:20 am

    putz, julia debasse tem toda razão no que disse a respeito do parnasianismo. sou mais do modernismo, aquele pessoal da década de 20, mas cada coisa tem seu valor.

    ………………..

    miriam,
    cê já ouviu falar da “pisadeira”? é como a cultura popular, os antigos, chamam um fenômeno cientificamente denominado “catalepsia projetiva”. minha mulher tem. é uma coisa louca, acontece durante o sono, valha-me deus…hahaha. dá uma olhada aqui:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Pisadeira_(Folclore)

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Catalepsia_projetiva
    ………………….

    minha opiniãozinha de melda sobre a nova série da globo:
    maysa foi uma cantora fenomenal e tinha uma personalidade incrível. o primeiro capítulo da série estava aquém de sua história e do talento do próprio jaime monjardim. o maior problema que percebi, foi cast [fora a atriz que faz a própria maysa, claro. mas acho difícil que ela possa evitar que a série seja uma espécie de "maysa for dummies"].
    não que os atores sejam ruins, é que eles não deveriam estar ali. talvez se saiam melhor fazendo comédia, não sei. foi decepcionante pra mim. figurino, trilha e locação, perfeitos [nisso eles não erram nunca]. mas tem aquela coisa de primeiro capítulo, tudo meio corrido. espero que essa minha opinião mude. só pelas canções, já vale a pena assistir. que voz!

  131. glauber guimarães disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 2:48 am

    pô, esqueci de dizer que gostei bastante dos atores que interpretam ronaldo bôscoli e andré matarazzo. desculpem não saber os nomes. o capítulo de hoje foi bem melhor que o de ontem!

  132. Luiz Castello disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 6:49 am

    Miriam Lúcia,
    Não seja injusta com os adultos que matam criancinhas na Faixa de Gaza,ou em Bagdá, ou em qualquer outra faixa dessa linda estrela azulada.

    Esses homens que espalham corpos dilacerados de anjinhos pelas ruas,diante dos olhos atônitos do mundo,são homens tementes à Deus,que freqüentam suas igrejas em domingos ensolarados e depois vão passear com as suas criancinhas,correndo entre canteiros pra mostrar sua alegria.

    Pense nos milhões de dólares que o complexo militar industrial bélico movimenta.
    Ou será que custou uma “mariola”aqueles foguetinhos teleguiados,que os jornais nacionais apresentam em detalhes,como se fôssem o game da hora ?
    Se produz,tem que vender.Se vender tem que usar.Usando tem que repor.Pra repor precisa comprar de novo,e aí,as fábricas produzem mais e o ciclo recomeça.

    Se o combustível que alimenta esse mega-show business,criado por homens tementes à Deus, são corpos de anjinhos dilacerados, espalhados pelas ruas,o que fazer ?

    A gente tambem vive reclamando de tudo,né ?

    Como diria Dom Corleone “não é nada pessoal,é só uma questão de negócios”.

    Um abraço,
    banhado em lágrimas.
    Luiz Castello.

  133. glauber guimarães disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 7:16 am

    vellame,
    não tenho orkut.

  134. Julio Vellame disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 10:30 am

    Nando,

    Gostaria de comentar sobre seu comentário 114 de ontem.

    Achei que quando vc fala que é possível fazer “música dançante, pra cima, sem abdicar da riqueza musical” significa, em termos, que vc considera a música dançante algo num patamar abaixo. É isso mesmo que vc pensa ou eu entendi errado? Outra coisa, quando vc vai para a timbalada por exemplo consegue ficar sem dançar?

    Se vc vai numa apresentação interativa com o público no aspecto da dança sentir vontade de dançar ou não para mim é o que define se a música é BOA ou NÃO. Entendo a dança do povo embaixo como uma parte do próprio espetáculo de quem tá em cima.

    RESUMO: Dominguinhos para mim é melhor do que Chimbinha por que Dominguinhos chama meus instintos para o xinxo muito mais que Chimbinha. Aí (apesar de não ser bonito de se ver) eu danço.

    Me lembrei agora de “se ela dança eu danço” que explica tudo que eu disse muito melhor….

    Saudações soteropolitanas

  135. paloma, rio, disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 11:47 am

    droga, La vai uma chalana, Bem longe se vai, Navegando no remanso Do rio Paraguai, droga, perdi o barco … vou ter que ficar com o monjardim velho, globo-pasteurizado, com o olho arregalado da mãe-clone e com essa fumaceira fora de moda …

    se é pela música, não é melhor ouvir cd ? que vida idiota? afinal qual o problema de maysa? por quê a fossa se a moça teve tudo na vida?

    primeiro foi o bentinho-clown. agora a maysa-cover. qual reputação será vitimada pela próxima produção global?

    ah, já sei … a dos indianos.

  136. gil disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 12:16 pm

    cadê Caetano?

  137. Nando disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 2:02 pm

    Julio Vellame,

    Perdoe a indelicadeza, mas já disse tudo o que podia sobre o assunto. Se você tiver paciência e tempo, dê uma olhada nos posts anteriores. Mas não considero que música dançante esteja num patamar abaixo de outros tipos de música, claro que não. E amo a Timbalada.

    Abraço!

    ***

    No geral acho bom que o “Se eu Fosse Você 2″ esteja no Glauber Rocha. Está quebrando recorde de bilheteria em todo o país; que faça sucesso também no Glauber.

    Só não sei é se o espaço terá força para competir com os cinemas de shopping, apesar de toda a infra que o Caetano citou. Talvez o público fiel do “cinema de garagem” (adorei, Salem!) ajude a mantê-lo, mais adiante.

    Só espero é que os velhos problemas de estacionamento e segurança, crônicos à área (e ao resto do país, com os insuportáveis furtos e os não menos insuportáveis “guardadores de carro” - aka flanelinhas) sejam tratados com cuidado.

  138. Alemão disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 3:20 pm

    Paloma,

    Não concordo com sua frase “por quê a fossa se a moça teve tudo na vida?” Não acho que tristeza, a fossa, o olhar crítico tenham a ver com condição social.

    O que gosto em Maysa é da coragem do Jayme Monjardim. Torço para dar certo.

    Glauber,

    o blog do Setaro é muito bom. Além de saber tudo de cinema, o cara ainda é grande admirador do Jerry Lewis (que já vi que vc também curte). Li alguns posts do Setaro falando sobre a obra dele, suas parcerias com Dean Martin e Frank Tashlin e sua fase solo, que tem em O Professor Aloprado seu grande filme.

    E como diria Fred 04: trabalho, trabalho, trabalho, trabalho…

  139. Paulo Farias disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 4:24 pm

    Roberto Joaldo,

    Estou tentando me inteirar de como andam as coisas - na área de cinema - em Salvador. Soube que Guido Araújo esta remontando o clube de cinema em Salvador. Algumas pessoas acham um “anacronismo” e não creem na disciplina dos mais jovens. Todos vibram com o espaço Glauber Rocha e eu ainda não fui lá, pra ver “in loco” tudo, de forma minudente. Falaram em painéis de Carybé, inteiros (ou seriam do Juarez Paraíso? não me recordo mais)
    Pithon, durante o período em que esteve à frente de vários cinemas, colocou (ou contratou) Juarez para fazer vários painéis… Nossa cultura iconoclasta fez com que perdessemos muitas obras de arte. Os cinemas Art 1 e Art 2, que foram do pai de Adler Paz (premiado recentemente) tinham painéis de Juarez e foram destruídos pelo pessoal que comprou os espaços. O antigo Tupy, onde ocorreu a estréia de 2001, uma Odisséia no Espaço, com folheto explicativo sobre o filme (ajudando o povo a entender o filme, didaticamente) e um óculos especial, de papel, distribuido aos assistentes, tinha lindos painés do Juarez Paraíso e foram, igualmente, destruídos. Somos exceção dentro de uma cultura iconoclasta. Uma conhecida achou um Pancetti no lixo da casa dos pais dela.
    Voltando ao cineclubismo, talvez fosse interessante conversar com Guido Araújo (acho que ele não é uma unanimidade no meio cinematográfico. Aliás, aqui na Bahia, não existe muito essa coisa da unanimidade, porque o baiano não é burro. Podem nos chamar - até - de preguiçosos (o que não somos), mas não somos burros. Creio que se já existe algo posto em execução, devemos evitar o paralelismo. É preciso cutucar muita gente vinculada ao cinema para que as coisas aconteçam e a Bahia merece fazer acontecer muita coisa, não apenas na área musical, que a sétima arte engloba.
    O projeto lanterninha tem tudo para dar certo e vai dar. O ceticismo que impera se deve muito à nossa dependência financeira junto aos poderes públicos. Tudo que se relacione às artes requer investimentos altos, embora avaliemos os custos de maneira tímida.
    O Reitor da UFBA é um camarada que tem uma cabeça muito boa,do século atual (ainda tem muita gente vivendo e pensando como se estivesse no 19) e ele poderá se engajar e ajudar no que for possivel. Tem muito mais gente nos bastidores e isso faz com que as coisas aconteçam. Gostaria de lhe ouvir (lendo seus comentarios aqui) e saber sobre de que forma podemos atuar… Sob sua coordenação creio que vamos voar.
    {]’ s

  140. Paulo Farias disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 4:46 pm

    Roberto,
    Acabo de escrever e, ao ler o que enviei, verifico um texto seu, logo abaixo do meu. Li seus comentarios e acabo de ler o mais recente. Muita coisa não acontece, aqui, por falta de uma coordenação e de uma equipe que seja atuante. Aquela coisa antiga da divisão do trabalho/tarefas, mas com alguém coordenando, sem acumulos de função, mas de modo que uma coisa possa interegair com outra, sem embaraços de qualquer natureza. Não penso em voos altos (veja a questão antiga do analfabetismo no Brasil. Na Bahia houve tentativas exemplares de erradicar este mal, mas quando vamos à prática, tudo fica quase impossivel. Ai caimos no ceticismo e na apatia e passamos a nos desinteressar pelas coisas. Após este comentario seu algumas coisas se tornaram mais claras, mas preciso que me lance um pouco mais de luz (sem cameras) para começarmos a acionar pessoas comprometidas com a sétima arte. Numa rápida analise o que acha do Cine Clube que Guido está recriando? A autoria do projeto agora é conhecida, o que é muito bom. Mas é preciso fomentar as ações fora do blog e, por isso, encareço-lhe, que comece a “dar as ordens”, quero dizer, coordene o que você já conquistou em apoio. Quero ficar nos bastidores, mas gostaria que você fosse dando toques pra ver o que cada um de nós poderá fazer para ajudar. Oxalá este comentário chegue antes de um outro seu. Gostei da Epifânias e goteirismos.
    []´s

  141. paloma, rio, disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 6:04 pm

    não acho corajoso o monjardim e, pelo que vi da minissérie, acho mesmo um desrespeito à memória de uma (sua) mãe. por que tão realista? o mundo é realista. arte é abstração. um musical seria menos insosso e mais curioso …

    ô alemão (cmt138), eu torço SEMPRE para que TUDO dê certo NA VIDA. a globo não precisa desta torçida. eles só querem que eu compre o sabão em pó do patrocinador. aliás, sobre dar ou não certo, sempre achei uma coisa esquisita na frase “o brasileiro não desiste nunca!” tema de campanha ufanista. isso não quer dizer : ‘o brasileiro não acerta nunca!’ ?

    não somos assim uma brastemp de coragem … brasileiros somos safos ou jeitosos, dependendo apenas da verba.

    o diretor “transgrediu”, encantou e ainda encanta, justamente pela audácia, principalmente em mostrar cenas de natureza, longas e relaxantes, em ‘pantanal’. ‘low definition’, preto e branco, fora de foco, com chuvisco, esticado e no sbt - nada abala a magnitude da obra : é muito bom o resultado!

    por outro lado, ‘nosso povo’ comenta mais sobre ‘a atriz (sem nome) que é a cara da maysa’ do que sobre alguns valores que a própria maysa possa ter disseminado durante sua breve vida. estes, sim, deveriam estar presentes desde a primeira cena.

    e na personagem ‘maysa’, o único problema que constato é aquele que aflige a maioria dos ricos e bem sucedidos. a falta do que sofrer!

    abrs paloma

  142. Roberto - impertinaz - Joaldo disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 6:11 pm

    CAETANINO

    Já conversei com a idealizadora do Projeto Lanterninha, Maria Carolina, e de pronto ela foi receptiva ao meu convite de nos associarmos, compartilhando metodologia e ideários, pra procurarmos oficialmente Rodrigo Veloso, na Secretaria Municipal de Cultura de Santo Amaro, e, havendo interesse efetivo, formularmos projeto contendo modelo de cineclubismo personalizado, que, segundo penso, deve levar em conta a diversidade de espaços de sua terra natal, como o Museu do Samba, o Teatro Dona Canô, e o Teatro que leva o seu nome, no distrito de Oliveira de Campinhos, promovendo com isso o surgimento de um circuito plural de exibição de filmes, e adotando ainda a programação de sessões noturnas ao ar livre, periodicamente num logradouro principal, e, em caráter especial, até seguindo itinerante por bairros da sede e comunidades do interior do município.

    Maria Carolina está intensamente envolvida, no momento, na produção – como integrante da equipe - do filme Capitães de Areia: e somente atribuo a esse motivo não ter aportado ainda aqui para nos dar um depoimento sobre o seu tão bem concebido Projeto Lanterninha e o que rolou no I Encontro Estadual de Cineclubes, conforme pedi.

    Como estabelecimento educacional local pioneiro para a formação rápida e em grande escala de platéias, através da citada relação de troca (um ponto em todas as avaliações da unidade letiva por uma ida a uma sessão de cinema), penso no Teodoro Sampaio, que já andei visitando o ano passado e sondando a sua Direção para esse fim. E o acervo de filmes será baseado, de início, é claro, exclusivamente no licenciado através da Programadora Brasil.

    Já postei mais acima, para quem mais quiser conferir, os links da Programadora Brasil e do Projeto Lanterninha

    P.S.: Devo ir ao Terno de Reis de sua mãe, no sábado, e você estando ou não por lá, farei um breve pré-contato com Rodrigo em prol disso. Mas não ache, Caetano, caso eu te veja, que me comportarei contigo, seja como tiete gotejante, seja como o Nando – nada de platonias nem epifanias à distância, de parte a parte, por favor: também sou um Peter Pão em pessoa! Ah, atentendo um pedido que me é irresisistível, levarei especialmente a usted un besito de nossa musa leodulceferina, poeta da expressão libertária do pensamento, profeta do amor, e estrela amarela de nuestra América, a cantante argentina Exequiela!

    MARCIO JUNQUEIRA - vamos ou não vamos juntos?

    RICARDO DE ALCÂNTARA

    Você expressou de modo mais feliz do que pude o meu sentimento quanto à exibição de “Se eu fosse você 2″ durante a reabertura do Cine Glauber. Eu teria preferido, por exemplo, e seria mais emblemático para esse Espaço e a ocasião, ver O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, do próprio Glauber, que passou por um trabalho de restauração de seus negativos e de digitalização digno de mais alta nota!

    PAULO FARIAS

    Temos sido aqui em Salvador - e o mesmo eu posso dizer num grau maior quanto à Feira de Santana - avessos à discussão cultural: meçamos isso por quantos de nós estamos vindo a este blog soltar alguns verbos sobre o tema. Adoraria encontrar mais gente entusiasmada como você: com a simples semeadura de idéias numa página como esta. Obrigado pela apreciação de meu e, já digo, nosso ideário!

    Mas não podemos fazer isso acontecer de uma hora para outra em grande escala, nem na Capital, muito menos pelo interior baiano. O massacre cultural, e o derrotismo diante da adoção, incremento ou até da mera manutenção de iniciativas socioculturais - tudo isso precisa ser superado, através da criação de um ambiência diversa, que gere motivação, a começar política, e que crie modelos gerenciais eficazes para a implementação duradoura de alternativas como essa do cineclubismo. Se não, veja o que acontece: se cria a alternativa, e, dentro de meses, ou no máximo até o ano seguinte, ela deixa de ser adotada - pelos seu próprios agentes ou atores sociais!

    Sabe, eu, como apreciador pessoal da Sétima Arte, sou extremamente mais feliz depois que pipocaram as Salas de Arte em Salvador. Freqüento esse circuito, quando não viajo, a cada dois ou três dias, passeando entre a UFBa (cuja sala eu encontro quase sempre vazia, o que é um paradoxo em se considerando que dentro de uma Universidade), o Pelourinho, o Solar do Unhão, o Corredor da Vitória, e a Ladeira da Barra (onde, na pequena e charmosa sala da Aliança Francesa, ou fora das sessões na Creperia acima, com uma bela vista pro mar espremida por tantos prédios, eu “mais” me acho).

    JULIO VELLAME

    A respeito da articulação Cinema-Educação e inclusive da formação técnica na aréa de Cinema e audiovisual em geral, eu andei coletando informação, útil não apenas para o protótipo de cineclubismo que imagino e implmento, como para esboçar no futuro projetos em matéria de educação também eminentemente profissional na área. Compartilhar isso contigo e todos os interessados que aterrissarem neste blog, através deste link:

    http://etepaba.blogspot.com/

    DIAMANTINO SALEM

    Não penso que o meu espanto quanto à escolha de um dos dois filmes para a reabertura do Cine Glauber exemplifique um caso dessa oposição entre cinema de massa e cinema de arte. Em meu discurso, eu não atribuo a priori a qualidade de mau ao cinema de massa e de bom ao cinema de arte. Há bons e maus filmes de arte e comerciais, como você muito bem concluí. Várias vezes eu saí de uma Sala durante a exibição de um filme com pretensão artísticas e pifiamente realizado. O que jamais me aconteceria com “Se eu fosse você 2″ porque, antes mesmo de vê-lo, sei que por seguir uma fórmula consagrada, eu sinto que me manteria na poltrona até o final.

    Olha, para exemplificar com um só caso especialíssimo que me vem à memória agora, quando ainda contávamos aqui em Salvador com o Cine Teatro Maria Bethania, no Largo da Mariquita, bairro boêmio do Rio Vermelho, com capacidade para uma platéia mais vasta do que muitas Salas atuais nos Shoppings, cheguei a ver o cinema praticamente lotado durante toda uma Mostra da Nouvelle Vague durante um final de semana inteiro, começando desde a sexta.

    Não vejo como um critério necessário que sempre haja na programação um filme de forte apelo comercial para consolidar um Espaço e mantê-lo financeiramente viável. Acho que, se já há salas mais do suficientes para filmes com retorno comercial previsível, pode-se e deve-se fazer de uma Sala alternativa uma alternativa real para a exibição de obras barreiradas pelo sistema de distribuição tradicional. Um público cativo, próprio, aficcionado a essas obras fora do circuito fácil, acaba se formando, penso que sim, e se renovando em quantidade suficiente para a sustentação financeira do espaço.

    Quando eu morei em Sampa, entre 1990-93, eu ia muito à Cinemateca, em Pinheiros, e ao Veneza, no Bexiga - ainda não existiam os Espaços Unibanco de Cinema. E, a despeito de não se adotar esse critério misto que você afirma ser a tônica do Unibanco, nunca fui a uma sessão esvaziada.

    Também não vejo que o meu espanto signifique que eu preconize para o Espaço reaberto e que passou a ser gerido pelo Unibanco aqui em Salvador a programação, durante as suas sessões normais ou diárias, exclusivamente de filmes experimentais e atrevidos sob qualquer aspecto e ainda não testados pelo público - situação que só creio admissível nos acasos especialíssimos de Mostras e Festivais!

    Um beliscão acaricioso na bunda pra ti e pra todos os infocaetaunáuticos!

  143. Roberto - impertinaz - Joaldo disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 6:25 pm

    -eis o link correto para uma cena do Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro, de Glauber:

    http://www.youtube.com/watch?v=YxcZ5iwAoA4

  144. Mauro Bellesa disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 6:48 pm

    Como não achei nenhum lugar para enviar ums sugestão para o novo disco do Caetano, escrevo aqui como comentário de um post:

    Acho que o Caetano deveria incluir no novo disco uma canção do J-Pop (pop japonês).

    Poderia ser uma das canções do anime “Naruto” ou mesmo uma das músicas dos grupos KAT-TUN ou An Cafe. Ou alguma outra coisa bacana que eles têm feito por lá.

    Mas deveria ser gravado em japonês, é claro.

  145. glauber guimarães disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 7:23 pm

    sim, paloma, pela música é melhor ouvir o CD. tem toda razão. os indianos serão massacrados, you bet. houve um tempo em que se fazia boas novelas e mini-séries. que coisa…

    a net veio para consolar os inconsoláveis. fora dela, eis o reinado do cretino fundamental! os donos-do-mundo, normatizando e banalizando a coisa toda. como disse um dia mr. lennon: “gimme some truth”.

  146. Maria disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 7:30 pm

    Oi Caetano,adorei conhecer o Espaço de Cinema Glauber Rocha. Não deu para assistir à “Se eu fosse você 2″, porque cheguei atrasada para a sessão das 16h e a p´róxima seria somente às 19h.
    Então, aproveitando o meu último dia em Salvador, preferi subir ao Pelourinho. No caminho, um popoqueiro me falou: pois é moça, aqui é o país da invenção, depois de ter comentado sobre a idéia de vender pipoca doce povilhada com coco ralado.
    Mais na frente, no Terreiro de Jesus, parei para comprar colares de sementes.
    - Como é o seu nome?, perguntei para o vendedor
    - Aristóteles.
    - Grande filósofo! comentei.
    - Não moça. Eu sou um grande camelô.
    Nossa, amei Salvador, mais uma vez.

    aquele abraço para os baianos e todos desse blog

    Maria

  147. glauber guimarães disse:
    Janeiro 7th, 2009 at 9:03 pm

    só pra ilustrar meu comentário anterior, lennon em estúdio, gravando “gimme some truth”, do álbum “imagine”:

    http://www.youtube.com/watch?v=zGmOwAHAIJ0

    a letra:

    GIMME SOME TRUTH [lennon]

    I’m sick and tired of hearing things
    From uptight, short-sighted, narrow-minded hypocrites
    All I want is the truth
    Just gimme some truth

    I’ve had enough of reading things
    By neurotic, psychotic, pig-headed politicians
    All I want is the truth
    Just gimme some truth

    No short-haired, yellow-bellied, son of Tricky Dicky
    Is gonna mother hubbard soft soap me
    With just a pocketful of hope
    Money for dope
    Money for rope

    I’m sick to death of seeing things
    From tight-lipped, condescending, mama’s little chauvinists
    All I want is the truth
    Just gimme some truth now

    I’ve had enough of watching scenes
    Of schizophrenic, ego-centric, paranoiac, prima-donnas
    All I want is the truth now
    Just gimme some truth

    No short-haired, yellow-bellied, son of Tricky Dicky
    Is gonna mother hubbard soft soap me
    With just a pocketful of hope
    It’s money for dope
    Money for rope

    Ah, I’m sick to death of hearing things
    from uptight, short-sighted, narrow-minded hypocrites
    All I want is the truth now
    Just gimme some truth now

    I’ve had enough of reading things
    by neurotic, psychotic, pig-headed politicians
    All I want is the truth now
    Just gimme some truth now

    All I want is the truth now
    Just gimme some truth now
    All I want is the truth
    Just gimme some truth
    All I want is the truth
    Just gimme some truth

  148. Fernando Salem disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 1:04 am

    CRISTALINO JOALDO

    Não posso deixar de dizer que sua límpida argumentação é bem mais consistente do que a minha cansada dialética. É verdade mesmo que as Mostras de Cinema aqui em SP abarrotam as salas deixando uma nítida impressão de que tantos filmes aparentemente ‘não comerciais” teriam vida muito mais longa.

    Como também é verdade que a busca pela nova música em espaços nem tão alternativos está cada vez mais intensa em todas as capitais. E mais verdade ainda é o inegável fato de que as muitas produções cinematográficas e musicais do meinstream voltadas claramente para o sucesso de borderô têm se revelado fracassos retumbantes.

    É hora de acabar com burra fronteira entre a arte marginal (o tal cinema de garagem) e a obviedade das vendas. O relativo sucesso da barata produção de O Cheiro do Ralo foi um passo nessa direção.

    Tenho que concordar com você quando aponta que espaços como o Glauber devem ter uma vocação mais ousada. Talvez o meu antigo ranço com a palavra “alternativo” tenha influenciado o meu pensamento tão recorrentemente dissonante com o que parece ser destinado aos mundinhos.

    Mas a verdade é que o mundão não é mais o mesmo. E o tanto que você já refletiu e projetou sobre o assunto faz da sua foto-gramática bem mais cintilante que a minha fatigada militância pela quebra do preconceito com a indústria.

    Isso é doença velha minha adquirida durante a Jovem Guarda e os filmes do meu amado Jerry Lewis. Fui castigado cruelmente pela minha tendência vista à época como reacionária. E ainda padeço desses espasmos. Mas você tem razão total!

    beijo cristalino

    salem

  149. Silvano (Salvador-BA) disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 2:00 am

    Prezado Caetano,

    Pelo que se sabe, a Prefeitura de Salvador aprovou o polêmico projeto que permite a construção de um prédio na Ladeira da Barra (Judiciário se pronunciou a favor da construtora), na melhor vista de Salvador, justo na encosta que se situa acima do Yacht Clube da Bahia e do Cemitério dos Ingleses, impedindo que se tenha acesso visual à entrada da Baía de Todos os Santos. Um prédio naquele espaço é um crime contra a cidade, mutilando-a definitivamente, não acha?

  150. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 2:36 am

    ECCE HOMO…
    ah
    camaradas
    vou meio na onda do Salem
    ( se me pemitem )
    uma coisa
    bem pessoal.

    acabei de tomar um pé na bunda de um gata maravilhosa, pela qual eu estava realmente envolvido, ainda mais que ela vinha com tantos adereços que me desbundam; lual a beira-mar, festas do interior, signo de leão com ascendência em escorpião, amor aos animais ( que nem Brigitte Bardot), revolta contra o aquecimento global ( que nem Al Gore?) e olhos negros como as noites sem luar.
    e aqui estou, choramingando minha dor (nunca mágoa) no OeP, começando o ano com um desfalque em meu coração e correndo o risco de ser chutado também pelo Hermano.
    Hermano, piedade, deixa eu chorar aqui minha dor…as pessoas aqui parecem tão reais ( e são) e tão próximas que pareço desabafar no ombro de um amigo.
    mas eu vou fundo..é isso aí…pra foder com tudo estou relendo “Noites Brancas” o fabuloso opúsculo do fabuloso crepúsculo de Dostoiesviski. mas, enfim, tudo bem. a vida é assim e eu já sou louco e crescidinho o bastante pra saber que tudo está em contínuo movimento. “a tristeza é senhora, desde que o samba é samba é assim” meus irmãos.
    ainda bem que existe o Obra. ainda bem que existe o Caetano, que é doido e brilhante ao ponto de abrir aqui espaço para os mais delirantes e deliberados cidadãos deste “mondo bizarro”, “dentro da noite velóz”, “nas cinzas das horas”, “paraísos articificiais”, “on the road”…forever!!!

    baci!!!

  151. gil disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 3:08 am

    pô. mas assim também não né…o poeta taradão resolveu fazer prestação de contas no blog e finalizou dando beliscão na bunda de quem? acaricioso??? francamente…estava engraçadinho fazendo poesia pra BondGirl mas assim já é um pouco demais né não? …segura a onda…

  152. eXequiela ... oh...so quiet...? disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 3:51 am

    Ah Joauuuuuuuuuuuuuudo. Vos sos el profeta del Todo… todito… Todo. “O Profeta”.

    Ha estado haciendo un calorrrrrrrr en BA (Buenos Aires)!! Comparable solo con el de BA (Bahía)!! Pero claro… el calor en BA (Buenos Aires) siempre está acompañado de humedad… a diferencia del de BA (Bahía)…?

    Glauber!! Me parece que tengo Catalepsia astral.
    Anoche me visitó LeAozinho en un sueño!!!!… Me dio un mensaje para algunas de las mujeres de OeP. Abajo encontrarán las palabras teXtuales (sí, me habló en español aporteñado… los sueños son así, notarán algunas vocales de más que agregué yo).
    LeAozinho falou:
    Carolina, Siempre leo tus lindos comentarios y acá te cito para enviarte un besooooooooo.
    Vero, Soy tuyoooooo. Y te envío un besooooooo.
    Heloisa, Gosto muitoooooo de você (esto lo dijo en portugués para ver si surgía algún tema gramatical para discutir con Helo) Um beijoooooo.

    A mí me dijo que me adoraba tanto como lo adoro yo a él. Eeeeeeeeeeeeeeeepaaaaaaaaa (el “epa” lo agrego yo).

    LeAozinho… no me desmientas… los sueños… sueños son.

    ***************
    QUIET…….. LOVE
    Dos canciones con la palabra “quiet” (quietud, calma, paz, serenidad, tranquilidad; reposo) relacionada al amor.
    Quiet Love: para mí, una de las canciones de amor más tiernas. El amor de una mujer por un sordomudo y su forma de comunicación a pesar de las barreras.
    “It´s oh so quiet” de Bjork. El amor interruptor de quietud… esa quietud molesta-.

    Interesante, no? El amor que brinda paz (esa paz que no molesta).. y permite amar en silencio en “Quiet Love” y el amor que interrumpe esa insoportable quietud en “It´s oh so quiet”
    Me parece que con las brillantes interpretaciones de Liza Minnelli y Bjork no hace falta saber inglés para entender/comprender estas canciones.
    It´s oh so quiet
    http://www.youtube.com/watch?v=26GlmgxR29c
    Quiet Love
    http://www.youtube.com/watch?v=0mFFqgYU4Bk

  153. Caetano Veloso disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 5:18 am

    Acho que no Espaço de Cinema Glauber Rocha há 4 salas. Só uma exibe “Se eu fosse você 2″. A 1 exibe “Gomorra”. As outras duas, não sei.

    Dois dias sem internet aqui em casa. Voltou agora.

    Me encantó el sueño de Exequiela.

    Gosto muito de você, Heloisa (sem acento agudo, coisa que sempre pus por vício: me pego escrevendo Antônio Cícero e Antônio Cândido. Eles tampouco têm esses acentos, embora a regra fosse os nomes próprios acentuarem-se como as palavras comuns - mas respeitamos as certidões de nascimento…).

    Joaldo, nos vemos em Santo Amaro? Falemo-nos.

    Gil, tou aqui.

    Fui à livraria Saraiva comprar os CDs do Fantasmão, do Parangolé, do Psirico e do Pretobom.

    Amanhã posto?

  154. Luiz Castello disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 7:00 am

    O Cachambi.

    O cine-teatro Cachambi,de priscas eras,aqui do meu bairro,teve um final infeliz.
    Virou sacolão.
    O prédio é lindo e tombado pelo patrimônio histórico,mas hoje em dia os tomates e abacaxis é que estão em cartaz.
    A rapaziada cabeça, da área,vem articulando pra transformar em centro cultural,mas falta vontade política pra viabilizar o projeto.As velhas enrolações de sempre.

    Foi no escurinho desse cinema – onde peguei pela primeira vez na mão de uma namoradinha – que eu aprendi a assistir e gostar de filmes com princípio meio e fim.
    O meu mundo virtual cotidiano,era enquadrado em 20 polegadas,e em preto e branco.
    Impossível para as gerações dos anos 80 pra cá, entender o que eu sentia,quando dava de cara com aquela telona technicolor.
    Sem falar no alucinante jogo de luzes,acompanhado por variadas notas de gongo,que antecediam as matinées de domingo.

    Pra homenagear os cinéfilos do blog,e especialmente, à memória de Seu Mário,idealizador do Cine Cachambi,um sonho que seus herdeiros “sacoleiros” não quiseram alimentar (tenho certeza que o”Cinema Paradiso”foi inspirado no Seu Mário) deixo esse link,onde a música e a sétima arte – que são a tônica do blog,como bem assinalou mestre Salem - se encontram na interpretação daquele que nos tempos modernos,ainda é considerado seu maior gênio.

    Luzes ! Câmeras ! Ação !

    http://br.youtube.com/watch?v=_du8fjUN0Kg

  155. Nando disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 7:37 am

    Paloma,

    Por que seria desrespeitoso à memória da Maysa mostrá-la como ela foi? Eu o filhinho deveria mistificar a mamãe como exemplo de bom comportamento?

    Se “pra música, melhor ouvir cd”, para o Pantanal, melhor ir até lá, não?

    [sempre achei uma coisa esquisita na frase “o brasileiro não desiste nunca!” tema de campanha ufanista. isso não quer dizer : ‘o brasileiro não acerta nunca!’ ?]

    É verdade. Comporta também um “não aprende nunca”. Ou “não desiste - até acertar”. Somos isso tudo mesmo. Rudes, bondosos, teimosos, erráticos etc. Boa.

    [por outro lado, ‘nosso povo’ comenta mais sobre ‘a atriz (sem nome) que é a cara da maysa’ do que sobre alguns valores que a própria maysa possa ter disseminado durante sua breve vida].

    Que valores?

    [e na personagem ‘maysa’, o único problema que constato é aquele que aflige a maioria dos ricos e bem sucedidos. a falta do que sofrer!]

    Pois é, Paloma. Zizi Possi também disse que achava que “depressão é coisa de quem não tem um tanque para lavar roupas”, até ser acometida por uma.

    Abraço

  156. Guido Spolti disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 11:27 am

    Pro Renato PedrecaL, excerto da canção do Milton/Brant(?):

    RAIVA ME AJUDA QUE MORTE É SOLIDÃO.

    O lance de “alta cultura” e “baixa cultura” é mesmo duvidoso, o que não impede o aprimoramento de cada artista, grupo de artistas, enquanto novos modos criativos, imaginativos de arte. Eu mesmo adoraria ouvir um “breganejo” mais suavizado, algo como o que Bethânia fez com a canção “È o Amor” dos “2 filhos de Francisco”, acho linda a trilha sonora com Caetano e Bethânia; é mesmo bobo este lance de bom e ruim, mas não dá pra simplesmente jogar no lixo (mesmo que já seja lixo), é preciso reclicar, ou melhor é preciso circular, circularidade cultural, circuladô cultural é o grance lance, “o pé na índia a mão na África, o pé no céu a mão no mar” É PROIBIDO PROIBIR´A MARAVILHA E A MARMELADA DA MÚSICA BRASILEIRA, giro total dos pés à cabeça.

  157. lucre disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 1:55 pm

    Caetano, Caetano, Caetano. Antes que nada le deseo a Ud. un muy felíz año.

    Como puede observar, hoy SI me estoy dirigiendo a Usted directamente, aplicando la distancia inevitable que el Usted (Ud.) interpone entre dos
    personas. Paso a explicarle el por que de mi actitud. Aclaro que esto está fuera de tema y con el asunto de la censura que se ha estado tratando por aquí quizá no pase la moderación y no llegue a leer lo que escribo. ¡Qué “malito”
    que resulto ser voce!. Una repartiendo amor a los cuatro vientos, partiendo mi corazón en 2, yendo de un “amor” al “otro” , diciéndole a uno que es el Nº 1 y al otro que también es el Nº 1, diciéndole a uno que el otro es “el otro” y al
    otro que el otro es realmente “el otro” , “chusmeteando” de aquí para allá (lo
    que resultó muy divertido por cierto), sacando tiempo que me falta para mandar “regalos” a mis dos amores, mandándole saludos a uno para el otro (y viceversa), diciéndole a uno lo maravilloso que es el otro ( y viceversa), en fin, como dije, repartiendo amor a toneladas y resulta que me enteré por un pajarito que mis dos amores estuvieron juntos las últimas horas del 2008 y las primeras del 2009, pasándolo de maravillas y conversando de cosas muy interesantes por cierto.

    ¿Al menos le mandó saludos de Lucre como yo le pedí?. Espero que se haya acordado, sino de mi nombre, por lo menos de comentarle que
    una admiradora uruguaya le mandaba saludos a través suyo. ¿Y “el otro” (el otro es realmente el otro, se lo juro Señor Caetano o Cae como lo llama “el otro” le mandó saludos míos?. Espero que ambos “otros” hayan cumplido con mi pedido.

    Al “otro” no le puedo preguntar si cumplió porque me prometí a mi misma no escribir más a su página. Es que luego de 4 años de escribir a “nadie” ya me empecé a sentir medio estúpida y decidí cortar por lo sano anunciando mi muerte virtual en esa página para el 3l/12/2008.

    Efectivamente esta ocurrió con el fin del año pero ahora de a ratos estoy arrepentida de
    haber decretado mi muerte pero ya está hecho y por desgracia no creo en la resurrección. Ya no me tengo que repartir entre los dos, ahora estoy 100% para Usted, o eso era lo que pensaba hasta hoy. Pero luego de enterarme por el pajarito de esto que le conté ya no se que pensar. Es que me siento aquí también un estúpida y quedé muy enojada con voce. ¿No pudo comentar nada, ni
    un poquito?. Bueno, ya se que comparte mucho de su vida con los fans y que no tiene porque contar todo pero…. bueno, no se, ya se me está pasando el enojo y cuando termine de escribir esto creo que ya no estaré más enojada.

    En realidad cuando me enteré me puse a reír como una loca, no lo podía creer, fue muy fuerte y totalmente inesperado. Ya le comenté que todos estos años me hice una “película” fantástica y que Ud. tuvo una participación muy importante por cierto pero era a través mío o “del otro”, o de las revistas, diarios, discos o “whatever”.

    Pero cuando Ud. hizo su aparición estelar aquel día diciendo “ Lucre, DB y …” haciendo de Ud. mismo fue demasiado y le comenté a “nadie” que
    ni en mis más locos sueños me hubiera imaginado tenerlo a Ud. en “persona”.
    Fue espectacular y ahora que lo pienso fue también el principio del fin de mi película. No lo había pensado hasta ahora. ¡Ud. fue el culpable del fin!. Si, ¿cómo podía continuar una vez que Ud. apareció en “persona”?.

    A partir de su irrupción en mi “película” comenzó mi idea de terminarla. Le cuento que para
    mi es un “guión” fantástico, una mezcla de géneros descomunal y con tantos “actores”, muertos y vivos que ya ni me acuerdo de todos. Nombro a los principales: los 2 “otros”, Lucre, Flora, Daniella y Verónica como actrices principales, Angel Rama y Marta Traba como “fantasmas” principales e íntimos amigos de la protagonista, Darcy Ribeiro, García Márquez , Cortázar, Rulfo y Vargas Llosa como amigos de Angel y Marta, Galeano y Marco Polo como amigos de voce, Luis Gonzaga y su Asa Branca como canción de Galeano y Elena, Ronald Reagan y su gobierno por tratar tan mal a Angel Rama, Reinaldo Arenas como enemigo declarado de Angel Rama, Julian Shnabel por su vinculación con Arenas, el loro o papagayo de Darcy que murió ahogado en la piscina de Trouville en su exilio Montevideano, el uruguayo ( aunque pocos lo saben) I. Ducasse más conocido como Conde de Lautreamont y sus “Cantos de Maldoror”, Serge Gainsbourg, Beth
    Gibbons, Lou Reed y Laurie Anderson, Drexler, mi adorado Eduardo Mateo y su amado (con el su me refiero a Mateo aunque se que también es su amado) Joao Gilberto, Rita Lee, mi adorada Marisa Monte y “millones” de brasileros más, Paul Klee, Mondrian, Félix González-Torres, Max Ernst y su “Una semana de bondad” , Andy Warhol, Rauschenberg, Cavalcanti, Roberto Magalhaes, Ivan Serpa, Portinari y el resto de mi “Diccionario das Artes Plásticas no Brasil” que tengo aquí a mi lado, Sarkozy y la primera dama, Vila-Matas y mi gran gran amiga Sophie Calle, Walt Disney, el Pato Donald y Mickey, Cindy Sherman, Paul Simon,
    Fellini, los tupamaros, Fidel, Cuba, Marx, Barthes, la generación beat,Cassandra, Hermes y varios amigos griegos más, etc. etc .

    Es que puedo seguir horas y horas ya que estoy hablando de un guión que ya lleva 4 años de
    elaboración pero no quiero aburrir.

    Como Ud. puede observar Sr. Caetano Veloso, ha participado con gente muy conocida pero también con desconocidos que le dieron un toque especial a mi peli. Mientras escribí todo esto se me ocurrió el mejor final de todos y es el
    siguiente:

    Salvador, ciudad que adoro por cierto y que siempre asociaré con Ud.y ahora con mi amigo Joaldo al que le debo unas palabras que ya le enviaré al igual que a Exequiela.

    Últimos minutos del año 2008, los dos “otros” están juntos conversando y el diálogo es el siguiente:

    Otro Nº 1: Ah, “otro”, casi me olvido, hay una fan uruguaya que me pidió que te mandara saludos si te veía por ahí. Se llama Lucre o algo así, no me acuerdo.
    Otro Nº 2: NS/NC (no sabe/ no contesta)
    Otro Nº 1: Che, “otro”, me escuchaste o estás sordo. Te dije que te manda saludos y que hace años que escribe en tu página y me dijo que yo soy el Nº 1.
    Otro Nº 2: Ok.
    Otro Nº 1: ¿Nada más?. Bueno, yo le voy a mentir y le voy a decir que le mandaste saludos ¿ta?.

    El otro Nº 1 se queda pensando en lo “raro” que es el otro Nª 2 , y como es eso de que no puede escribir una canción en cualquier lado. Si, es “raro” este tipo piensa el otro Nº 1. Pobre Lucre piensa el otro Nº 1.

    El otro Nº 2 piensa que como el otro Nº 1 le puede comentar esa estupidez y cree recordar que alguien le comentó que había una “loca” que escribía desde hacía años en español pero no está muy seguro. También piensa como el otro Nº 1
    puede escribir una canción en cualquier lado. ¡Qué desorganización, por favor!, piensa el Otro nº 2.

    Mientras los dos “otros” piensan en sus pensamientos dan las 12 de la noche, cambiamos de año y los dos “otros” comienzan pensando en la pobre Lucre que en ese preciso momento se moría virtualmente en un remoto lugar , en un pequeño
    país cuyo nombre causó la risa de Bart o de Homero en un capítulo de Los Simpsons cuando decían Uruguay , what?. You´re gay?. En fin, ¿No es maravilloso este final?

    Bueno, otra versión podría ser:

    Lucre pasa Fin de año en casa de unos amigos. Alrededor de las 2 de la mañana caen a la casa de otros amigos llegados de Bélgica hace pocos días. No son más de 10 personas. Conversan, toman algo y de pronto el “belga” pone el “Rei Momo”porque dice que hace años que no lo escucha. Todos miran a Lucre porque obviamente todos sus amigos y familiares saben de sus amores musicales. Lucre
    se ríe y no dice nada pero se inquieta por como comenzó el año en materia musical. El 2/1 está trabajando y escucha en la radio “Wanted for life” de DB y BE. Se pega un susto terrible. Nunca escuchó nada de DB en la radio, sólo de TH. Viene el fin de semana y todo tranqui en la playa. El lunes 5/1 pero a otra hora vuelve a escuchar el mismo tema y ya cree que está alucinando pero es
    tal el impacto que lo comenta en el foro de el otro nº 2. El 6/1 no trabaja. El 7/1 nuevamente en el trabajo escucha la radio, otra estación y ahora el tema es uno muy conocido de TH. Acá cree que realmente se volvió loca o que alguien le
    está tomando el pelo. A ese lugar no va más de 3 horas por día y desde que comenzó el año 2009, los 3 días hábiles que hubieron, el otro Nº 2 se le
    aparece sin ella llamarlo. Llega a su casa, cocina, sale a caminar, se conecta y se entera de lo que comenté. EL asunto ya es de “miedo”, parece una película de terror y decide escribir al otro Nº 1 para que se le vaya el miedo. Primero
    está enojada con los dos “otros” pero al final se le pasa. Termina de escribir casi a las 5 de la mañana pero no puede conectarse por problemas con la red y manda esto a las 10 de la mañana, luego de dormir sólo 3 horas por culpa de los acontecimientos relatados.

    Bueno, Señor Caetano, me despido de Ud. ¿Se enteró que en Buenos Aires apareció la versión original de “Metrópolis” de F.Lang?. Al principio estos alemanes no lo creían, cómo podía ser una cosa así. Yo sólo vi la versión musicalizada por G. Moroder. ¿Ud. cree que yo pueda elaborar otra versión de mi película a pesar de estar muerta virtualmente?.

    Estoy preguntándome a mi misma, no se lo estoy preguntando a Ud. aunque suene como una pregunta. Es mi estilo, me pregunto y me contesto yo misma.

    Ya vio lo que ocurrió cuando Ud. me contestó ¡hizo que decidiera terminar con el otro Nº 2 y ahora estoy arrepentida. ¡Voce es el culpable!.

    Bueno, me despido. No creo que esto pase
    la moderación pero igual el intento vale la pena. Nos veremos Sr. Caetano por cierto. Lo sigo de cerca. Me despido con 20 besos y ahora si 100% suya,
    Lucre

  158. Nando disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 4:09 pm

    Errata: “OU o filhinho devera mistificar blablabla”, obviously.

    *

    Leo com asc em Scorpio, Teteco? Deve ser um feitiço, essa mulher, magnetismo puro. Mas pense que se uma pessoa incrível se foi, ela também perdeu alguém incrível. Azar o dela também e bola pra frente. Viva o luto mas não se consuma por ele, beleza? Abraço.

    *

    Para quem estiver pouco interessado em mais do mesmo, algumas sugestões: FLEET FOXES e VAMPIRE WEEKEND; visitem o myspace dos caras, amei os primeiros principalmente, prova cabal de que tem gente nova que sabe olhar para trás, aprender com quem fez bonito e acrescentar algo novo.

    E não deixem de conhecer, daqui de BH, a divina Alda Rezende!

  159. Fernando Salem disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 4:36 pm

    Cacilds Teteco

    Tua gata extraordinária parecia excessivamente extraordinária. Nelson Rodrigues diria que prefere as ordinárias! As beldades engajadas parecem querer proteger o mundo do aquecimento global, mas se esquecem de nos aquecer. Defendem os animais e não cuidam de nós, pobres bípedes ou trípedes, mamíferos inquietos e inseguros. Somos presas fáceis. Mas parece que você é um bicho dócil, que quer virar fera. É hora de reequilibrar o ecossistema. Recupere o fôlego e vá em busca do alimento. Aqui você sempre terá o ombro, o balcão com o garçom amigo e o respeito de quem já calejou o popozão. Adoro as mulheres. Sempre me dei melhor com elas do que os homens. Mas talvez por isso mesmo, conheço bem os efeitos arrasadores do desprezo feminino.

    As meninas daqui podem te ajudar também.

    Beijo na testa (sem chifres)

    salem

  160. gil disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 6:04 pm

    Nunca vi um ano ser tão mal recebido como este 2009, o ajuste americano na ordem mundial virou tudo de cabeça pra baixo, muito mais profundo que o 11 de setembro das torres é o conserto das finanças e da economia mundial nas vidas de todos no planeta. Guerra e desemprego, reprecificação planetária, falências, quanto vale a vida?
    Ao lado disso a eleição de Obama, o sistema revalorizando a ética, a moral e os costumes. É preciso reconstruir a ética do sistema e das instituições para ajustar e preparar um novo momento de expansão e bonança. O poder tem que ser digno para que se tenha esperança de melhorar a vida. Como vamos lidar com essas transformações? Qual o papel que teremos e afinal, o que queremos? A juventude novamente tem que ser chamada pra linha de frente, mas com que bandeiras? Um novo período de competição entre as nações, revalorização nacionalista, todo mundo tratando de olhar para seu quintal de modo a ter força para influir globalmente. Reconstrução dos Estados Nacionais. Onde está nossa chance nesse contexto? Nossa democracia tem nos permitido avançar, nossa vocação para a liberdade até onde pode nos levar? Ordem e Progresso poderá ser de fato nosso mote para o futuro? Queremos Ordem e Progresso? O que faremos com nosso exotismo e vulgaridade? Caetano e Roberto sob a inspiração de João e Tom embalaram nosso fim de ano, será isso uma previsão? Uma predisposição para enfrentar esse ano tão maldito? Onde vamos fundar nossas atarações…e que som elas terão? Vamos lá pessoal!

  161. Julia Debasse disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 7:05 pm

    Bem legal a sonzeira dos Teclas Pretas, Glauber!

    Gente, não sabia que aqui era tão de boa. Bacana.

  162. Julio Vellame disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 7:22 pm

    Paloma, por que nossas mães não podem ser HUMANAS DEMASIADAS HUMANAS? e as mães dos outros podem?

  163. Julio Vellame disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 7:24 pm

    CAETANO, por falar em MÃE, rolou uma emoção na minha pela sua lembrança e ela tá te chamando com o meninos para um Carurú.

    julio.vellame@ge.com

  164. Leni David disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 7:45 pm

    Olá Cae ! Posso lhe chamar assim ? Esse é o meu jeito carinhoso de dizer o quanto gosto de você.
    Sou freqüentadora assídua do seu Obra em Progresso, desde que o descobri, no dia em que você deu uma entrevista para o Jô em meados do ano passado; mas, por incrível que pareça, nunca deixei um comentário. Me contentava em ler seus posts e os comentários dos mesmos. Hoje, finalmente, decidi comentar pois, como você, quase todos os filmes que mais amo foram vistos pela primeira vez naquele cinema. Foi muito emocionante reencontrar aquele espaço restaurado e entregue aos baianos. Saí de lá tão enternecida e em tão alto astral, que fui até o elevador tomar um sorvete de tapioca com coco na Cubana – para lembrar dos velhos tempos – pois o Belvedre também desapareceu. Fiquei e estou feliz.
    Gostei de saber que Roberto Mendes tem um irmão tão músico quanto ele. Por cause disso vou ouvir Pitty, que ainda não conheço, pois se você diz que ele é bom e que gostou dela, acredito piamente.
    Quanto a Alexei Bueno eu o conheci na UEFS em Congressos de Literatura e Lingüística, em duas ocasiões diferentes. Mas já que você falou em poesia, aqui na minha cidade vive um poeta que eu adoro, tanto a pessoa quanto a poesia que ele faz e até me apropriei de alguns versos que ele escreveu: “Um dia ainda vou viver de brisas, vou colher nuvens no meu jardim”. Trata-se de Antônio Brasileiro. Você o conhece? Gostaria muito de saber, pois na minha opinião ele é um dos maiores poetas brasileiros contemporâneos. Amei deixar essa mensagem. Um abraço forte!

  165. Nando disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 8:16 pm

    Paloma, “humilde análise” mas não o suficiente para esconder o veneninho escorrendo pelo canto da boca, darling.

    Nem sempre o país vivenciou ondas de esportes radicais, caminhadas, ricota e preocupações com colesterol, ácido úrico e triglicérides. Nem só de pão integral vive o homem. Um pouquinho de contexto histórico não iria lhe fazer mal. Por que julgar o que não se compreende? Não seria melhor tentar procurar mais a fundo razões para possíveis desvios (ou radical rejeição a modelos) de comportamento?

    Sim, o parentesco entre Maysa e Cazuza é absolutamente pertinente, embora sua intenção tenha sido obviamente a de depreciá-los. De resto, se tiramos cigarros e biritas da bossa nova, do samba, do jazz, do blues e de um monte de outros gêneros, muita gente boa vai pro saco.

    Uma das pérolas do livro do Midani é quando ele conta que os amigos, ao final da farra, diziam para o Vinícius: “Fala a verdade, cá pra nós, você fez ‘Eu Sei Que Vou Te Amar’ foi para a birita, não foi?, não foi pra mulher nenhuma, foi pra birita!, fala a verdade!”, e o Vinícius morria de rir.

    Superar, transcender isso tudo é necessário - neste ponto eu concordo contigo. Atirar pedras, jamais. O que me espanta é que décadas depois sua reação seja a mesma de quem a apedrejava.

    Não devemos andar para trás - o macaco impede, como dizia Nietzsche.

    Holds,

  166. Julio Vellame disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 8:55 pm

    Joaldo, obrigado pelo link com as informações.

    Tenho interesse particular em fotografia de cinema mas estou tb adorando saber o que tá rolando e participar.

    Se não como epistemólogo das artes com vc, pelo menos como usuário.

  167. Roberto - beliscador impertinaz - Joaldo disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 9:49 pm

    TELECOTECO

    Está aí a prova! Você consegue, de seus ‘estilhaços’ verbais, engendrar em algum lugar um “centro”. E, voltando a brincar como aquele poema [anti?(narciso)] do Leminski, um “centro”… que me olha! - e que olhou pro Salem também!

    No meu caso, meu amigo, nem tomei um pé na bunda, nem dei pontapé na bunda de ninguém. Veja comigo. Apenas desferi uma beliscada - acariciosa - no bumbum do diamantino e, por tabela, na bundinha de todos os infacaetaunautas…

    E a GIL não agradei!

    Gil, eu sou tarado em tanta gente daqui e de fora! - uns mais, uns menos, outros por demais.

    Sabe, sou tarado em gente que já brilha (Caetanino), que se prepara para acender a sua estrela na carreira grandiosa que é a música (Exequiela Goldini), em gente que não está podendo brilhar por algum desvão existencial (…), ou socioeconômico e cultural (p. ex.: os sem-cinema).

    Eu bem que podia - quem sabe, um dia? - ser tarado ni você!

    Olha, eu faço poesia não somente para a gata mais oxigenadamente extraordinária que já aportou nesta infocaetanave. Eu faço poesia sob variado pretexto e a mais gente endereço.

    Nunca leu - só para citar uns nomes - minha poesia para Heloisa? Nem para Joana? Nem para Vero? Nem para Miriam Lucia? Nunca leu minha poesia para Gilliatt? Nem para Salem? Nem para Marcos Lacerda? Nem para Nando? Nem para Glauber? Nem para Luiz Castello?

    Nunca leu a minha poesia magmada no Guimarães Rosa e no próprio Caetano?

    Procure-me, mire-me, veja-me ainda por outras alamedas virtuais. Eu sou poeta e profeta de ser assim, no todo, em toda parte: todita! Assim como me pinta la amarilla leodulceferina!

    EXEQUIELA

    Eu não conhecia ainda essa canção de Bjork: a canção não é boa - é demais! E eu fiquei embasbacado. Para mim, depois de uns momentos ou intervalos de quietude, tudo passa a ser uma questão de manter a coluna ereta, a mente inquieta e o coração intranqüilo

    Usted, como comigo já o disse Javi, além da Tigresa, cantada por Caetanino muitos anos atrás, para mim é o maior emblema, sim, de uma estirpe fulgurante de mulheres, celebrada pelo mano em outra canção - ouça isso, Teteco, e sofra (purgue a sua dor):

    Gatas Extraordinárias

    SALEM

    Estarei me abalando para o sudeste a qualquer momento, a fim de providenciar em Sampa um escritório (que quero que seja o principal) para a empresa à frente da publicação de nossa Impertinacia (parece que o nome vai sair sem o acento mesmo). E quero te conhecer, consumir-te, celebrar-te pessoalmente. Eu sei que você resiste - seu… seu diamante!

    LUCRE

    Eu te deixo esta exclamação, emprestada de Manoel de Barros, em lugar de um beijo: usted vem de onde a beleza nasce!

    CAETANINO

    Sim - já já nos encontraremos e nos falaremos -, se estiver certo, como me informaram quando retornei esta semana a Salvador das festas de fima de ano, que o Terno de Reis de Dona Canô será sábado. Aguarde-me aí em Santo Amaro!

    Muito provavelmente, você será o segundo infocaetanauta que eu conhecerei pessoalmente!

    O primeiro, e único, até aqui, LENARTEI, que revi ontem, despediu-se de Salvador hoje - passará por Minas pra da um beijo em sua moreníssima linda namorada Lída, que conheci no nosso primeiro encontro, e voltará em definitivo pra Porto Alegre.

    Volta para lá com uma missão - escrever um post pra uma das primeiras edições da Impertinacia sobre a experiência recente de ter participado da rave Universo Paralelo aqui na Bahia, não só curtindo parte do barato, como atuando durante o evento junto ao coletivo Redução de Danos, que vê o uso e o usuário de drogas como seres verdadeira e demasiadamente humanos.

    Prestem atenção no que ele escreveu páginas atrás nesta OeP sobre o assunto. Vale a pena! E aguardem-no na Impertinacia: uma revista web viva - muito viva.

    Excelente viagem, LENARTEI! Sucesso na sua carreira acadêmica em Ciências Sociais, e em tudo o mais! E segue com um dos meus inocentinhos beliscãozinhos!

    ___

    Em Araci, sertão sisaleiro, a FESTA DE REIS, totalmente diversa do Terno de Dona Canô, no ultimo 6 de janeiro foi marcada por uma enorme ausência, com a morte prematura de Raimunda do Boi, a principal entusiasta dessa tradição em minha terra. Vou youtubar pela primeira vez um vídeo - e vai ser o de gravações em VHS com ela, pro nosso Canal de vídeos da futura Impertinacia. Pedirei quanto a isso o auxílio luxuoso de nosso mago do YouTube, LUCESAR.

  168. Julio Vellame disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 10:15 pm

    Leni, muito boa dica do corretor ortográfico com as novas mudanças que ví em seu blog. Já baixei!
    Ferramenta indispensável para o blog de Caetano

  169. paloma, rio, disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 10:17 pm

    oi vellame, oi nando e quem estiver acompanhando minha humilde análise sobre a arte da emoção e a produção artística de massa, através da minissérie “maysa”.

    teria abandonado esse discurso se considerasse inoportuna minha manifestação neste post, mas como em outros comentários estão sendo debatidos assuntos relacionados à criação de salas de cinema, roteiros, etc, acho mais que necessário opinar sobre o que será projetado.

    vou resumir então tudo o que eu disse sobre a minissérie com uma sugestão de título : “maysa, minha mãe cazuza!

    abrs paloma

  170. nelson disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 10:42 pm

    agora eu vou filosofar
    a lá tim maia
    saudoso tim maia

    a quase palavra é nada
    e o quase nada é a palavra subentendida mas ainda palavra…rsrsrsrs

    vem cá só entre a gente :

    porque a ultima palavra sobre a correta grafia das palavras , até sair o vocabulario ortografico da lingua portuguesa pela ABL EM MARÇO, é de um imortal?

    imortal ainda tem a ultima palavra, palavra final sobre as palavras?palavra é construção ou imposição?

    bjs com o som da brisa do rio vermelho,
    e o sabor de muqueca da dadá de siri catado
    caetano se delicie com a gastronomia da dadá por mim….

    alias caetano qual é a boa em termos gastronomicos
    na bahia hoje?

  171. glauber guimarães disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 10:52 pm

    teteco, só as mães são felizes…hahahaha

  172. glauber guimarães disse:
    Janeiro 8th, 2009 at 11:05 pm

    gil,
    cuidado com o discurso camisa verde. cê tá quase lá. bom, meu 2009 começa com uma faixa nova no myspace do teclas. inda num tá pronta, falta últimos retoques de mixagem. gravei entre natal e reveillon, logo tenho que agradecer a vocês todos[!], a inspiração e a transpiração [e a trans-piração!]. obrigado mesmo, minha gente.

  173. gil disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 1:09 am

    camisa verde? camisa preta? camisa vermelha? descamisado? que papo é esse? eu quero saber…poeta taradão, pode ser que agrade começar o ano com um beliscão na bunda, ok, acaricioso, pode ser o “must” baiano do verão, vá lá, se a moda pega depois da boquinha na garrafa, fio dental, vem aí! o beliscão, uma ataração…eheheh…tá lindo astrobaldo, vamo que vamo, o Carnaval tá aí, oi skindô oi skindô, beliscão. não há maldição nem crise, não há desgraça que aplaque nosso espírito carnavalesco, Lula está mergulhado no verão da ilha e nós com ele, marisia total. aperta o verde e confirma. a produção caiu, a balança degringolou, não tô nem aí, beliscão. o mundo está congelando mas aqui um calor do cão. as bombas fabricam anjinhos, vamos lavar nossas escadas, celebrar nossa miséria. eu gosto do filme mas não gostei de ver Vinícius pelas tabelas nem do depoimento do Chico lembrando das manhãs etílicas do poetinha, devassidão, isso não interessa pra ninguém. Lembro da capa da Veja quando Elis nos deixou, e de uma entrevista de Caetano a um baianinho bacaninha que distribuia “um cheiro”( cadê ele? ele era muito bacana)indignado com aquela “porcaria” de revista, lembro Caetano falando para os filhos da Elis, do quanto ela era para todos nós. Não gostei de ver o poetinha naquelas circuntâncias. Vinícius é imenso, eu lia “Para Viver um Grande Amor” pra Santinha, era o nome dela ( Lidia, meu primeiro amor, talvez). A gente brinca com tudo na maior irresponsabilidade. Dá um close na cara dele, berrava Glauber. Ainda tem aquele sorvete de fruta em Salvador? Tem pitú na ilha do lado de lá? Vc já viu o Dvd Roberto e Caetano?…não sabe o que está perdendo.

  174. Caetano Veloso disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 2:22 am

    Julio Vellame, diga a Lurdinha que eu quero vê-la sim. Como fazemos?

  175. nelson disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 2:32 am

    é pra perder o rumo no bom sentido….

    http://www.youtube.com/watch?v=tAv1FDpdnmE

  176. nelson disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 2:41 am

    é pra achar o rumo no bom sentido…..

    http://www.youtube.com/watch?v=ol3Ula4HemQ

  177. Fernando Salem disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 2:58 am

    Tem música pra tudo. Música serve pra muita coisa.

    Me lembro que no ano de 86 quando gravava um álbum no estúdio nas Nuvens, o produtor português Paulo Junqueiro me falava de um livro sobre psico-acústica que estava lendo. Adorava ouvi-lo falar dos truques embutidos nas músicas. Alguns conscientes, outros não.

    Decidi que não leria o livro com medo que não fosse tão bom quanto os relatos do Paulo. Entre eles, o de um programador de repertório de música ambiente de supermercados. Uma das suas técnicas era simples: música calma com supermercado cheio pra aplacar a ansiedade de encerrar as compras e ir embora. E múscia agitada com o supermercado vazio pra aumentar a excitação e a vontade de comprar. Entre as explicações detalhadas das playlists, explicações bio-químicas sobre o efeito de encadeamentos harmônicos e ritmos sobre nossos cérebros desavisados.

    Mas a coisa que mais me chamou atenção numa dessas explicações do DJ das prateleiras era que costumava tocar a mesma música 7 ou 8 vezes seguidas. Assim, nos livrava da sensação de que o tempo estava passando.

    Me lembro que entrei em um Pão de Açúcar naquela semana e pus atenção. Ouvi “Sônia” na voz de Leo Jayme seguidas vezes. O supermercado estava vazio. Tive certeza naquele momento de que o muito do que pensava sobre músicas era pouco perto do que ela fazia distante dos meus pensamentos.

    Pois é. Essa semana fui com a Fernanda e a minha filha a um hotel chique em uma belíssima praia na Ilhabela. Caixas Bose espalhadas pela praia espalhavam um suave som lounge impondo a trilha sonora dos bonitinhos e bonitinhas que bebiam champagne pela manhã.

    Podia reconhecer cada groove das coleçøes de loops que trouxe em CDs de Amsterdã. Os samplers eram todos reconhecíveis também. Os graves faziam o chão da praia tremer. E as músicas eram longas, longas, se misturando ao vai e vem das ondinhas tímidas. Senti tédio e uma certa vergonha de ver natureza tão intimidada pela forte presença sonora do techno que se impunha aos poucos com mais volume e maior intensidade ritmica.

    Talvez o mesmo acontecesse se estivesse em um hotel no nordeste. Mudaria só o repertório. Mas a repetição infernal daquele tecno-jazz-lounge me fez recordar da psico-acústica do Paulo Junqueiro.

    Quando era moleque aprendi a não gostar da Maysa muito rápido. Por conta da oposição que eu mesmo criara entre a Bossa Nova e o sambas canções afossados. Mais tarde descobri que essa oposição existia mesmo.

    Hoje, ela não faz tanto sentido. Não estou assistindo a minissérie com atenção, mas estou escutando Maysa com a sua voz maravilhosa entrando pela noite, apagando os resíduos de areia das músicas daquela tecno-praia de paulistas.

    Além da psico-acústica e da bio-química, o tempo faz grandes mudanças em nós, nas músicas e nos efeitos que elas nos causam.

    Se o meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar.

    Beijos nas testas

    salem

  178. glauber guimarães disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 3:08 am

    salem,
    “se meu mundo cair, eu que aprenda a levitar” [josé miguel wisnik]

    não é genial? a música é belíssima. união perfeita entre música e letra. e tem essa desconstrução ou reconstrução em cima de “meu mundo caiu”…putz!

  179. Vero (Uruguay) disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 4:33 am

    Oi! Pessoal,
    Más de siete días sin Internet, es que están concertando la antena del servicio, y la conexión es muito “fraquinha”, el tiempo para estar conectado es muy breve, hoy parece que dura un poquinho mais, entao vou aproveitar antes que me desenchufen. Ya estaba com muita saudades de vocês, y principalmente de meu “Caetano mio”.

    A mí también me encantó tu sueño Exequiela…me lo hiciste virtualmente realidad??!!,…Caetano mío, disse: “Me encantó el sueño de Exequiela”…(será pués una “confirmación?, afirmación? o declaración?” para…(”Vero, soy tuyoooooo. Y te envío un besoooooo). Oh! Qué emoçao e eu que estou tan carente últimamente!. Bueno como tu bién dijiste…”los sueños….sueños son”. Son el espíritu de la realidad, con las formas de la mentira; que también representan sucesos de…deseos, aspiraciones “personales”,…y pienso que para que se te cumplan esos “sueños” por lo general nunca dependen en su totalidad de uno mismo, pueden llegar a depender de “cosas”, “circunstancias”, “de un Yo”, “o hasta de terceras personas”,(por aquello de dar un “empujoncito” al sueñito en algún momento o en el momento justo). Y si soñamos fue con realidades.
    Gracias Exequiela, y que continúen siempre tus renovados “sueños” y te dedico esta frasecita: “Durmiendo sueño lo que despierto sueño. Y mi soñar es continuo”.

    Lucre,
    Me gustó tu “película”, ya tengo el título, a ver que te parece: “Lucre e seus “dois” outros…más otros”. Perdóname el atraso de retribuirte tu saludo; después cuéntame por dónde vives, yo soy de “Solymar”, te mando un beso.

    Caetano Mío
    Adoro la poesía…”tuya, mía”, me encantaría leer ese livrinho que estais “olhando”, História da poesía brasileira, me gustan mucho algunos de los poetas citados allí, como por ejemplo: Cecilia Meirelles, cuando en una oportunidad ella se define: “Nao sou alegre/nao sou triste/eu sou poeta. Bello y de un conocimiento profundo de sí mismo y del “ser”.

    Yo a menudo me encuentro en ese “estado”, también escribo mis “garabatos”… con la poesía defendemos nuestros ideales, nuestras pasiones, nuestras rebeldías , nuestras libertades y “sueños”.

    No tomo a la poesía como un pensamiento de desahogo circunstancial y sí como una actitud contestataria ante nuestro tiempo.
    Los poetas ejercen ese poder para comunicar una visión que puede ser de acuerdo al sello personal de cada autor. Y nunca es falsa o manipuladora, los poetas… no confrontan, proponen, y su fin es el respeto, el apoyo y la libertad a la creación.

    Poesía…. emoción estética de mi alma, reflejo de vida(real)… un sentimiento puro y profundo. (Joaldinho dedico para ti, poetinha beliscador…).

    Caetano mío, por esa inexorable razón te dedico mis humildes “palavrinhas”, más éstas:
    “Cuando me hiciste otra, te dejé conmigo”.Eu.

    Beijos enormes no teu coraçao. Verónica,hoje vai completo,con “acento”,por el acento nomás …te dou de presente(rs).

    Ah! Pessoal… e não deixem de sonhar.Beijos no seus corações.

  180. eXequiela ... onironauta disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 6:09 am

    AYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY

    Joauuuuuudo y LeAozinho juntos en Santo Amaro, BA el sábado y yo tan lejos en BA!. Por qué? Por qué? Por qué? No entiendooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.
    LeAozinho: por favor aceptá gustoso el besito que te envío con Joauuuuuuuudo.

    Hoy me obligué a dormir una siesta para ver cómo seguía ese momento onírico con leAozinho. Como no tenía mucho tiempo para soñar y tengo esa facilidad onironaútica le dije a mi mente-cuerpo: “al carajo con la fase 1, 2, 3, 4 del sueño!!! vamos directamente a la fase REM!!” Y así fue: cerré los ojos y ahí estábamos LeAozinho y yo… y de pronto……quién apareció en el sueño?? Joauuuuuuuuuuudo… y dónde estábamos los tres?? En Santo Amaro!!!!!!! No puedo contar el sueño porque un sentimiento de represión/autocensura me invade (no debo, no debo). El único tip que puedo dar es que luego de lo ocurrido en mi sueño, “Santo Amaro” pasaba a llamarse “Amaro-oh!”. Sí señor!, primera ciudad a la que le agregaban una interjección y un signo de exclamación!. Y como si fuera poco, también se vieron obligados a suprimir la palabra “Santo”, espero no ofender a ningún religioso con mi sueño pero es que después de ese acontecimiento no daba para que siga con la palabra “Santo”. No daba, nao!
    Cuento los último 5 segundos del sueño: una lengua empezaba a lamerme justo tres centímetros, tres milímetros por debajo de mi orejita derecha y empezábamos a sentir un ronroneo así: rrrrrroooonrrrrrrrrrroooneoooo-oh!!!!! Pero me desperté!!!!!!!!! Y a quién tenía al lado?? A mi gatita Paqui!!! Lamiéndome y ronroneando…. mi gatita dulzona demais!!!!! Viu? La consciencia se mezcla con la inconsciencia de una manera!

    Desde ya pido perdón a LeAozinho y Joauuuuuuuudo si se sintieron que formaron parte de un sueño en el que no pidieron estar. Soy onironaútica pero no puedo controlar tanto a mis sueños…. porque son eso: sueños.

    *************
    Teteco – T-T-quiño- Pele!!!!!!!!
    Te mando um beijiño…. y te digo: SUFRI!… No te queda otra… hay que pasar los momentos de sufrimiento, aceptar el dolor. Acá te espero en Buenos Aires…. para la Magical Mystery Tour que quita todo penar!!!!!!!!
    *********
    Lucre: No te mueras nunca!!!!!!!! Hasta que no haya muerte clínica, tenés el poder de resucitar!! Y cuando te das cuenta de ese poder…. sabés que??: ya no te morís nunca más!!!! Te lo digo yo que ya alguna vez me morí en el pasado. Che, no te pusiste a pensar que quizás los que murieron fueron “los otros” y no vos???

  181. glauber guimarães disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 9:05 am

    gil,
    é que senti um lance nacionalista/ufanista/plínio salgado/TFP no que você falou. e eu tenho horror a essa coisa. fofos fuzis. aah, não sou de esquerda, nem de direita. sou livre. como um táxi.

  182. Delmar Ribeiro disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 11:13 am

    Prezada Evangelina (sobre o post 89)
    Por alguma razão não consigo acessar os links que voce postou, mas fiquei bastante curioso. Se o cantor for quem eu estou pensando, ele é sensacional - gravou ha alguns anos um cd com releituras maravilhosas de músicas de Madonna, em inglês, mas com ritmos brasileiros. É um trabalho brilhante. Alguém tem aí alguma outra referênmcia sobre esse novo trabalho com músicas do Caetano? Ou você, Evangelina, poderia confirmar esses links?
    Grato
    Delmar

  183. Guido Spolti disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 11:18 am

    O Glauber “roubou” minha fala. Adoro a canção do Wisnik:

    se meu mundo caiu
    então caia devagar
    não que eu queira assistir
    sem poder evitar
    (..)
    ter o mundo nas mãos
    sem tem mais
    onde se segurar
    (…)
    se meu mundo caiu
    eu que aprenda a levitar

    Esta canção (como outras tantas, Libra, por exemplo) é demais.

    Adorei a “deformação” do Roberto - beliscador impertinaz - Joaldo da canção do Walter Franco.

    As minisséries da Globo, geralmente não gosto tanto, aquelas “do Ariano Suasssuna”, por exemplo, me entediam, mas não penso que Maysa esteja tão ruim, mesmo porque acho louvável mostrar esta transição das “canções melodramáticas”, para um novo esboço musical bossanovado, especialmente para demonstrar um pouco da trajetória do Ronaldo Bôscoli, citar nomes como os de Silvio Caldas, Elizeth Cardoso, e por tantas outras coisas, pela influência da cantora numa Angela Roro. Como é bom ouvir a Angela cantando: todos acham que eu falo demais, e que ando bebendo demais…

  184. gil disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 12:30 pm

    Não tem Roberto e Caetano no ITUNES…cadê, cadê, cadê…alô alô juventude no poder, se nem eles estão qual a sua chance? eu quero o meu ITUNES!!! eu não quero roubar, eu quero fazer a roda girar porque eu tenho projetos e sonhos, eu também tenho. nós queremos participar…cadê, cadê, cadê? é uma indignidade omitir a música brasileira na plataforma do comércio internacional de música. nós queremos comerciar também…estamos vivos e sonhamos. enquanto a bondgirl era lambida, qual era música que tocava? vamos beliscar com nosso som na orelha. cadê, cadê, cadê, oi skindô oi skindô. vamos derrubar esse muro antes que venham as bombas. não queremos bomba, repressão, queremos estar no bolo. alô alô realengo, onde está a juventude brasileira com Ipod na orelha?

  185. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 1:19 pm

    Salém, chorei de rir ( ou ri de chorar ) com seu comentário. Acho que agora vou de Nelson Rodriguês, tô preferindo as gatas ordinárias. As extraordinárias querem mesmo salvar o planeta, as tartarugas, o leão no Seringhetti e nos esquecem num buraco negro. Recentemente li na carroceria de um caminhão filosófico na Via Dutra: “Enquanto não encontro a mulher certa, vou me divertindo com as erradas”. E como você mesmo disse por aqui, existem músicas para tudo. Ouço três ou quatro músicas antidepressivas de manhã ( não tão cêdo), duas ou três músicas ansiolíticas de tarde e mais cinco ou seis antidepressivas de noite. E escrevo versos sem nexo, pois assim vejo o mundo agora. Ah…o Reginaldo Rossi também me deu a dica…as vezes um garçom grátis e sorridente é bem melhor que um psiquiatra caríssimo. Grazie fratello!!!
    Joaldo: querido, ainda bem que você vê um “centro” nas coisas que escrevo. Ando tão descentralizado e despedaçado, creio que você e Caetano poderão encontrar estilhaços de mim  até lá em Santo Amaro.
    Glauber: é meu irmão baiano, Cazuza sempre Cazuza..só as mães e as tartarugas marinhas são felizes. ÊTa mundo ingrato, o Drummond falava de um certo bicho da tristeza até nas laranjas.
    Nando, você há de convir comigo; leão com ascendência em escorpião foi demais pro meu pobre coração descompassado. Sou também escorpião, mas com ascendência em aquárius, o que me leva para os caminhos de Prometeu entre os deuses do Olimpo.
    Exequiela: só de pensar que vou te ver em Buenos Aires em março próximo já tenho três tipos lindos de iluminações. E seu carinho, sorella mia, me faz levitar como um Buda, um Krisna, um canto cristalino de Exequiela no myspace. Besitos!!!
    Obrigado a todos.”Hasta la vitória siempre!!!  Viva la revolucion!!!”

  186. Julio Vellame disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 3:33 pm

    absolutely delicious your dream Exequiela!

    Just like your sound!

    Freud was right in 1900: All of ours dreams represent desires!

  187. glauber guimarães disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 4:13 pm

    hahahahhaha
    teteco,
    a piada das tartarugas marinhas foi demais, cara…força, irmão!

    ……………

    joaldo,
    não poderei ir à santo amaro. minha família vai, como sempre. uma amiga vai cantar lá, sandra simões [figuráça!]. dê um abraço em caetano e rodrigo veloso por mim, please!

    …………..

    lisandro,
    lembro que salem fez parte dessa banda que você mencionou. terei errado?

    …………..

    gil,
    ouvi dizer que o itunes está vindo para o brasil. será? procure saber aí…

  188. Alemão disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 4:53 pm

    Salem,

    o Paulo Junqueiro foi o produtor dos primeiros discos do Ira!, não foi? Mudança de Comportamento, grande disco. Lembro de um show no teatro do Masp, em 85 ou 86. O Ira! era uma bela banda ao vivo. E acho que sua atitude influenciou bastante na guinada rock dos Titãs. Não sei, sempre tive essa impressão.

    Mais tarde, o Ira! gravaria o Psicoacústica, para muitos seu melhor trabalho. Mais uma vez, a influência do Junqueiro.

    O que gostava também no som do Ira! é algo que acho que você já falou sobre os rocks do Caetano: preocupação em não abafar a voz e nem deixá-la muito acima dos instrumentos. Acho que já ouvi Caetano falar que descobriu que o segredo (para o rock) é cantar nos buracos, nos vazios. É isso mesmo ou tô viajando?

    Falou-se muito em rock brasileiro aqui: sul, Bahia… mas quero deixar registrado a importância do rock paulista dos anos 80. Bandas como Ira!, Titãs, Ultraje, Voluntários da Pátria, Musak, Mercenárias, Lagoa 66, Gueto, Fabrica Fagus, Violeta de Outono, Fellini, Clínica, Akira S e as Garotas que Erraram, Azul 29 (era isso?), Zero…

    Aeroanta, Rádio Clube, Radar tan tan, Madame Satã, Dama Shock, Rose Bombom…

    Saudades!

  189. lisandro disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 5:25 pm

    Olá Salem,
    Você fez parte da banda que tocava no programa do Marcelo Rubens Paiva - no começo dos anos 90 na TV Cultura de São Paulo?

  190. Roberto - entre o belo e o amaro - Joaldo disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 5:37 pm

    EMBAIXADA PARA O TERNO DE REIS DE DONA CANÔ AMANHÃ NA SANTO AMARO DA PURIFICAÇÃO

    Aos infocaetanautas soteropolitanos que desejarem seguir conosco numa Topic-Navelouca, saindo amanhã, sábado, às 18:30, de lá do lado do lado de lá do Hotel da Bahia, no Campo Grande, queiram contatar nosso querido embaixador Zé Carlos pelo 71 8886-1980 - custo da tarifa de embarque e retorno de apenas R$ 25,00!

    Últimos vagas! Vagas já reservadas, dependendo de confirmação hoje, pra Glauber Guimarães and Nando.

    Quererei ir em companhia de dois amados primos, Eliomar Góes and Elenita Pinho (esta, ainda a confirmar presença, cultíssima empresária local que apoiará ao lado de outros patrocinadores o lançamento da revista web Impertinacia).

    E penso que lá encontrarei André Itaparica e sua turma do campus da Universidade Federal do Recôncavo em Cachoeira - que foi quem me convidou a conhecer a beleza dessa festa há três anos.

    Aguardamos, ansiosamente, a confirmação da chegada, a tempo de ir conosco como minha convidada especial, vinda de uma Capital ainda mais escaldante, o Rio de Janeiro, da garota Impertinacia, a orquideante infocaetanauta Ana Claudia Lomelino, que ja esteve em Santo Amaro em outra ocasião, relizando uma bem pessoal Magical Mystery Tour!

    -Ana Claudia na foto pra capa de lançamento (em breve) da Impertinacia - pra quem ainda não a viu quando a postei páginas atrás desta OeP:

    http://www.flickr.com/photos/analomelino/3046415287/sizes/l/in/set-72157606128159186/

    _______

    Exequiela, de minha parte não há nada que me impeça, e mesmo tal poder jamais eu teria quanto aos sonhos de seu sono, de freqüentar estes teus mais oníricos desejos comigo ao lado do Caetanino. Eu até sinto algum gosto nisso: um gosto matizado por ciúmes - sou um tiquinho masoquista, não já te disse?

    Apenas acho que só porque usted deve ter levado em conta o que acontece do encontro, se colocados numa mesma toca, como essa toca depravadita de teus sonhos, entre um centauro de treva e luz (euzito!) e um leão de fogo (o mano!) - que somente a isso atribuo a sua auto-censura em relação ao conteúdo sonhado! Mas, suponho, o meu encontro real com o Caetanino se dará em lugar público e à vista de todos! E todos os presentes seremos salvos!

    Já quanto a sonhar de olhos bem abertos, ora, ora, sua leodulceferina eXTasiante, como eu memso queria estar nesta cena em lugar da Paquita que surge ronroneante aproximando-se de tua orejita, centímetro a centímetro, milímetro a milímetro, e [...] {…} (…) - coroando ainda tudo isso com algo que eu, acendedor de estrelas, sei fazer acontecer and apreciar: {*}!

    ______

    Caetanino, estou levando pra ti, até agora, antes de fechar a edição definitiva de pedidos e intenções:

    -um beliscão meu acaricioso (não dói!) em tua bundita;
    -aquele abraço, de tantos que eu conheço e a apreciam, em Dona Canô;
    -un besito da bela and fera Exequiela (onde, aonde?);
    -um beijo de Vero em teu coração (que darei em teu peito com a palma de minha grande mão);
    -um e-mail de Judith (que estou imprimindo) contendo palavras mais acariciosas que o meu beliscão!

    Ninguém mais, além das hermanas acima, quer me fazer um pedido? Heloisa…

  191. Guido Spolti disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 6:22 pm

    Joaldo, integro-me espiritualmente na Navilouca e mando mil beijos ao Caetano e a todos aqui “do ponto equidistante entre o atlântico e o pacífico”, com cheiro de Morro São Gerônimo e águas de cachoeiras, onde Caetano já pisou, trilhou, guiou o pessoal da banda Cê, sob o “cinema transcendental” desta terrinha em que vivo.

  192. Fernando Salem disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 6:52 pm

    ALEMÃO

    É isso aí. O Paulo Junqueiro junto ao Paulo Miklos e o Vítor Farias produziu o álbum da minha banda Clínica. Um trabalho meteórico de baixa vendagem, embora a música Trauma tenha ficado 2 semanas em primeiro lugar na saudosa Rádio Fluminense do Rio. Essa canção também estava na novela Sassaricando do Silvio de Abreu.

    O Clínica durou pouco. Era uma dupla (eu e o guitarrista Tuba) que com a participação de Pedro Gil (na batera). Leo Gandelman (sax), Jorjão Barreto (teclados) e André Jung (percussão) gravamos um disco de sopetão em 20 dias lá no Nas Nuvens.

    Na época estava compondo com o Tuba e o Miklos, que sem muita pretensão, levou a demo ao Liminha. O doido nos chamou pra gravar. A banda nem nome tinha. Fizemos algo difícil de reproduzir ao vivo. Foi divertido. Mas na época eu não tinha vocação pra ficar fazendo playback em troca de Chacrinha e sair por aí tocando de graça. Tinha filho pra sustentar. E ambições musicais. Era uma sinuca. Ou a banda estourava, ou não. Assim foi com muitas das bandas que você citou. O Gueto é uma das que eu mais gostava. Os Mulheres Negras e o Luni também são contemporâneos dessa investida da WEA. O bom é que formamos uma bela turma. Mais tarde, com a Marisa Orth (Luni) e o André Abujamra (Mulheres Negras) eu fundei o Vexame.

    LISANDRO

    Sim. Eu fui o diretor musical da Banda Fanzine que integrava o talk-show do Marcelo Rubens Paiva na TV Cultura.

    Só espero que a moderação entenda que estou respondendo a coments da moçada. Não estou distribuindo currículo, não. He.

    Há muito tempo não vejo o Paulo Junqueiro. Ouvi dizer que tinha voltado pra Portugal. Na época em que ele co-produziu o Clínica, namorava a Paula Toller e íamos ao cinema juntos.

    Ele, assim como eu e o Liminha, éramos calvos precoces e sonhávamos com o milagre de um tal de minoxidil que prometia fazer nascer cabelo no deserto.

    Tenho saudades de Pedro Gil e me emocionei muito ao ver o Gil no Faustão falando abertamente do que é perder um filho.

    TETECO

    Gostei da idéia de canções anti-depressivas e/ou ansiolíticas. Evite a Maysa no começo da noite.

    beijo nas testas queridas

    salem

  193. Léo Costa disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 6:53 pm

    Caetano, já leu o livro de um cara chamado Ricardo Cury? O nome do livro é Para Colorir;
    Cury é de Salvador, baterista da brincando de deus e de outras bandas daqui.
    Entre as cronicas do livro, tem uma que é sobre um encontro que o autor teve com você, em uma viagem de avião pro carnaval de Recife.
    Me diverti muito.
    Abraço.

  194. Evangelina Maffei disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 7:42 pm

    Prezado Delmar,
    O cantor é o mesmo que fez as versoes de Madonna no CD Outra Música em 2000.
    Os links estao corretos.

    Tente assim: http://world.yahoo.com
    e procure Sylvio de Oliveira

    Tem mais outra música:

    http://www.mp3tube.net/br/musics/sylvio-de-oliveira-In-the-hot-sun-of-a-christmas-day/172174/

    Sorte!!!!

  195. Nando disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 7:51 pm

    Impertinaz Joaldo,

    Infelizmente não poderei comparecer ao imperdível evento porque não estou em Salvador. Mas se o fosse, teria que me precaver com algum anti-beliscation forévis protector Tabajara por sobre a cueca, de modo a fugir desta saúva incurável em que você parece ter se convertido.

    E caso vocês acabem comendo algum crepe pelas redondezas, espero que tenham melhor sorte que eu, da última vez que estive em Santo Amaro: como o prometido crepe de queijo e goiabada só dava mostras de queijo, queixei-me à prestativa atendente:
    -Oi!, o crepe de queijo e goiabada só tem queijo?
    -Vai comendo que a goiabada aparece já-já, viu?

    Bem, até hoje espero a goiabada!

    Esta foi uma das muita aventuras vividas em Santo Amaro, terra boa de gente maravilhosa.

    Meu “recado” é um beijo no céu da noite dessa cidade do interior!

  196. gil disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 8:03 pm

    grauber, vamos lá grauber…vc está sentindo muito hein, alô alô astrobaldo, beliscão no garoto. a gente ouve o que quer ouvir, eu sei.outro beliscão, se liga mané…Obama é que é Nacionalista e a gente aqui entupido de preconceitos e atrasos. Eu sou nacionalista quando vivo pra ver fila na porta do show da tua banda. Glauber, a Rocha!, dizia que o pior filme brasileiro era melhor que o melhor filme estrangeiro…o nome dele é Glauber A Rocha! Não vou tanto nem tão longe, é preciso muito muque pra dizer o que ele disse, mas aquilo me fez pensar quando eu ouvi…e eu senti o que ele disse, na pele, no sangue…vamos fazer um exame de sangue cumpadre. A juventude é linda e não é nada também, o mundo é velho Grauber.
    Me ufano das minhas dúvidas, quero dividi-las com vc meu bróder, sou da turma desafinada, fui amamentado por Pelé, Garrincha, Caetano, Gil, A Rocha!, e sou filho de João. Fiz do Rock, Brasil. Foi lindo Caetano chamar Gil de meu amor no Faustão. Ele me deu um beijo na boca. A origem do Estado, da família e da propriedade privada já está lido, não acredito em TFP, nem em plínio. Sou brasileiro como Maria Bethânia, Gal Costa, Rita Lee e Elis Regina. ordem e progresso está escrito na bandeira e eu não sei porque isso foi parar ali, mas corre no meu sangue. Independência ou morte eu aprendi nos bancos escolares e a gente cantava o hino. Viajei com Pink Floyd, Stones, Credence, e o escambau e vou capitular só pra vc agora: o disco novo do King of Lion é demais…caguei pra eles. Eu quero ver água encanada na Rocinha onde mora minha empregada.
    e eu também tenho horror a essa coisa, toda essa coisa, essa contra política que é despejada goela abaixo dos graubers da minha terra. liberdade era uma calça velha desbotada, já temos essa liberdade, eu vi a cara do bicho, Gil e Caetano…bem, leia as Verdades Tropicais again. Já temos liberdades agora temos que decidir o que faremos com ela meu cumpadre. beliscão. os meninos gritavam , não sou, eu não sou, eram titãs. eu posso ser de qualquer lado que esteja do nosso lado. Vamos nessa Glauber, cadê?

  197. glauber guimarães disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 8:09 pm

    gil,
    se o que eu disse não procede, desconsidere. se procede, reconsidere. seu glauberrochismo não me causa espécie. não herdei do meu xará apenas o nome. talk to my HEAD. sou o autor de atrás do trio elétrico.

  198. lucre disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 8:15 pm

    VERO

    Encantada. Me gustó el posible título de la película. Te cuento que estos 2 “otros” me han enloquecido bastante. Mi aparición por acá, en “persona”, porque ya hacía un par de semanas que seguía esta OeP fue gracias al Otro Nº 2 (David Byrne). Cuando Caetano lo nombró me decidí a escribir. Imaginate cuando me enteré que el Otro Nº 1 (Caetano) y el otro Nº 2 pasaron juntos fin de año. ¡Casi me muero!. De ahí mi “enojo” con Caetano. ¡No comentó nada!. Pero ya se me pasó el enojo. Espero que no te enojes por lo de “100% tuya” dedicado a Caetano. Al menos no usé el Caetano mio tan tuyo por cierto. En realidad sigo siendo un 50% de él porque a pesar de decretar mi muerte virtual, mi corazón todavía no se acostumbró y lo sigo compartiendo entre los dos “otros”. Ya me acostumbraré. Espero que estés bien, noto cierta tristeza en tus palabras cuando escribis. Se como ayuda en malos momentos tener algo, alguien, algún lugar como este, inventado, idealizado o lo que sea para “conversar” y distraerse. Un beso grande. Ah, soy de Montevideo.

    EXEQUIELA

    ¡Me encantaron tus sueños por cierto y gracias por no querer mi muerte!. Si leiste lo que escribí para Vero comprenderás como te entiendo cuando te imaginas a Caetano y Joaldo juntos. Igual lo repito porque me encanta. ¿Vos entendes que mis dos amores, los dos “otros” estuvieron juntos en Salvador celebrando fin de año, juntos los dos “otros” que mi “piel” siempre tendió a juntar?. Cuando me enteré no lo podía creer. Bueno, confieso que de mi película no conté todo, hay algunas partes que omití por cierto, represión que le dicen, pero estoy pensando en que me des una mano en caso de que decida continuar con mi “guión”. Tengo otros finales más divertidos en mi mente pero no concuerdan con los que logro escribir, con los que mi mano escribe. ¿Porqué será?. No estoy segura de resucitar todavía, no se. Por ahora estoy sufriendo una especie de síndrome de abstinencia horrible sólo por pensar en que no voy a escribir más. Es que me divertía un montón. Me asustó eso de que quizás los “otros” sean los que estén muertos. Ahora me acuerdo de la película “Los Otros” y me quedé pensando en tu comentario. Me di cuenta que no dije que he “hablado” de ti, de Vero, de Joaldo, de Heloisa , de Salem en la “casa” de David Byrne y ni siquiera se los comenté. Hay varios más que también he recordado, que han estado presentes pero no los nombré uno por uno. Bueno, tengo razón en estar enojada con Caetano ¿no?. Pero ya se me pasó. Me da cosa chusmetear algo que él no comentó pero si estás interesada en saber como pasó fin de año Caetano podes buscar David Byrne journal y lo sabrás (idem para Vero y los que quieran saber, of course).

    En definitiva el otro Nº 2 lo posteo en su página y cualquiera lo puede leer. No es ningún secreto y no estoy haciendo nada malo por cierto. Please, please, Caetano, no se enoje. Yo no soy egoísta y comparto la información que obtengo de mis actividades detectivescas con el resto de sus mujeres y hombres que andan por acá. Soy re re re buena a pesar de lo mal que Ud. me trató al mantener en secreto este hecho trascendental de mi vida virtual, hecho que no me mató del corazón por poquito.

    JOALDO

    ¡Joaldo!, por favor, no me dejes afuera. No seas como Caetano. Por favor, decile que le mando 20 besos, que más ya es una exageración, que igual lo sigo queriendo. ¡Lastima que Brasil está tan caro para nosotros!. Hace 3 años por estas fechas estábamos por partir para Salvador. Hubiera estado muy bueno conocer a alguien de allí para conocer mejor la ciudad. Estuve también en el 2004. Una pena que Joaldo no existía en mi vida en ese entonces. Estoy segura que mi esposo también sabría apreciar tus cualidades. Quizá el año que viene, pero no se, creo que nuestra vida de viajantes está llegando a su fin. La maternidad, postergada hasta ahora está golpeando la puerta con insistencia, eso del reloj biológico que le dicen. Bueno, quizá el año que viene aparezca por allí con una Lucrecita o un Lucrecito, quien sabe. Soñar no cuesta nada por cierto pero lo veo difícil. El 16/1 salgo de vacaciones y estoy a mil por eso no he contestado nada con respecto a lo de Impertinacia pero lo sigo teniendo presente y a la vuelta estableceré un contacto mayor. Por ahora me despido y lo mejooooooor del mundo para vooooceeeeee (esto con tantas oooooo y eeeeeeeee es para que no extrañes a Exequiela). 25 besos para ti y mucha suerte.

    Estoy por postear esto y leo en el último comentario que murió Dona Edith do Prato. Me emocionó mucho porque hasta ayer no sabía quien era. Ayer fue el primer día que escuché algo de ella en la radio de David Byrne. Ella moría casi en el mismo momento en que yo la conocía. Me encanta. Saludos dona Edith, donde quiera que voce este.

  199. carolina disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 8:59 pm

    Fiz um exercício de ler mais atentamente os comentários e depois uma leitura flutuante pra ver o que mais me chamava a atenção.
    E eu que sempre escrevo com o coração agora resolvi postar com a razão.
    # O tema que vem me despertando entre comentários é O EMBATE entre a Arte e a arte.
    Eu não entendo de música como Nando e outros que passeiam por esse lugar, mas fico confortável pra falar de subjetividade.
    Sim o julgamento estético tem ligação estreita com a nossa subjetividade essa por sua vez é uma trama complexa que tem uma de suas raízes na experiência.
    Li um comentário que se referia a Goiânia (meu berço) como um lugar de sertanejos horrorosos.
    Vejam: a música sertaneja permeou a minha infância, eu consigo ver o “bule de café em cima do fogão. Fogão de lenha”, porque nas manhãs de domingo minha vó sintonizava a rádio e preparava o café (no fogão de lenha) cantarolando esses versos.
    Exite então uma experiência que me remete a um lugar afetivo da minha memória e que influencia meu julgamento a respeito de uma determinada obra.
    Esse é um exemplo de como a minha expeiência consciente me ajuda escolher do que gosto.
    Mesmo quando percebo argumentos racionais a respeito de arte ainda consigo firmar conexões subjetivas nesse julgamento. Quem estudou música teve experiências que eu não tive com harmonias e melodias e que a evidenciam nuances que não encontram ressonância em minha experiência.
    Em suma, a arte é uma necessidade subjetiva do ser humano e por isso não pode ser contida. O que é bom e belo pra mim, pode ser feio e bom para outro ou ainda feio e ruim.
    Como disse Adriana Calcanhoto:
    “EU NÃO GOSTO DE BOM GOSTO, EU NÃO GOSTO DE BOM SENSO,NÃO GOSTO DE BONS MODOS, NÃO GOSTO.
    EU GOSTO DOS QUE TEM FOME, DOS QUE MORREM DE VONTADE, DOS QUE SECAM DE DESEJO, DOS QUE ARDEM!”
    ____________________

    Passei 6 dias no RJ e vou escrever no meu blog sobre RJ - SP espero ser mais rápida que caetano ehehheheh
    ________________________

    Joaldo,
    que inveja do seu dia de Reis!!! Vc vai ver D. Canô e quem sabe tietar Caetano…

  200. carolina disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 9:07 pm

    Ainda bem que Castello ficou!!!!!!!
    Outra coisa que ficou foi o cinema, poucos posts sobre o que caetano lê e muitos sobre o que ele vê!

  201. Emerson Leal disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 9:11 pm

    Morre dona Edith do Prato.

    http://www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=1047087

  202. Coisa disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 9:43 pm

    Minha casa esta linda e limpa, fui eu quem limpou. Um astral delicioso ser feliz.

    Seus venenos sao detectados a kilometros.

    “Eu vivo para ver fila na porta do show da tua banda.” Tem gente que nasce pra ficar por fora. Cada um tem a vida que merece.

    A palavra EMBATE é para mim a palavra mais importante afetivamente falando. Tive uma vez que explicar esse EMBATE em frances e nao consegui.
    Fico muito feliz em ALGUEM reconhecer o VALOR do EMBATE.

    Como é bom qdo vc escreve usando mais os miolos e menos a emoçao, menos vitima do sentir. Eu gosto tbém qdo vc esta vitima do seu sentir, é bonitinho,mas é um alivio ler essa GRANDE lucidez!!!!!!

    um beijo muito carinhoso
    C

  203. Cristofa disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 10:20 pm

    Vou la no BiBi tomar um mega lanche! b

  204. joana disse:
    Janeiro 9th, 2009 at 11:59 pm

    também tenho recado pra Caetano:
    mande a ele um “sopro de borboletas”, da testa ao alto da cabeça.
    mas esse, assim, na intenção, dedico não só a ele,mas também a todos que por aqui passam suas mãos, e seus olhos.

    explico-me. e uso para isso um trecho do que estou desenvolvendo para minha primeira participação na Impertinácia, Joaldo.

    “Da diversidade impermanente.”

    mais uma vez, como tantas outras, estava de casa em casa. fazendo muitos esforços, procurando focar e concentrar mente e energias para ir estabelecendo um chão. neste dia, terminadas minas tarefas neste momento, coloquei-me de novo a fechar as malas e esperando que da próxima vez possa voltar para ficar.
    nesse dia um bom estímulo era lembrar que estava saindo rapidamente pois um Lama Butanês estava chegando de sua viagem ao Uruguai onde havia passado o último vez consagrando as estátuas de um templo lá. o que sempre significa muitos mantras, orações e bençãos espalhadas aos ventos.
    e mesmo nesse contexto o Lama é especialmente uma pessoa comum. alguém que ao sentar no sofá da sala para olhar televisão comunica sempre muitos sorrisos, apesar do cansaço e da dificuldade de comunicar qualquer palavra, quando muito algumas frases e palavras básicas em inglês.
    da sala, quando percebi, já estávamos no Café Majestic cercados de muitas pessoas. nenhuma eu conhecia, fui conhecendo e sendo conhecida no passar dos minutos que foram construindo horas. alguns amigos de amigos que estavam ali por companhia. um casal de italinos, ele trabalhando aqui, ela encantada com o Brasil, lembrando de como percebe Milão (sua residência) como uma cidade para enrrugar a face inteira em comparação com o que ela havia visto aqui em Porto Alegre. em Salvador, no Rio ou Maranhão. meu grande amigo, quase um pai, que sempre me ensina sobre relações, sobre os judeus, sobre o Rio de Janeiro, encontrando links com outros na mesa, pois falavam de música. e ele abria com o coração e a emoção, como são características de seu peito já rasgado, sobre sua amizade com raul Seixas, sobre quando fundou junto com Elis Regina uma pequena produtora, sobre as dúvidas dosamigos a respeito desua morte. lembrou de ter conhecido Moreno pequenininho, onde outros na mesa já o conheciam e encontravam pontos de convergência nos carinhos e admiração a Domenico, Kassin e Pedrinho. porque em relação a música, o máximo que conseguíamos dizer era: eles fazem. absolutamente “fazem”, e não precisa dizer mais nada.
    ali, enquanto ouvia sobre o tempo que Mário Quintana residia no que já havia sido esse glamuroso hotel, olhavamos um pouco adiante para enxergar o apartamento que Josué Guimarães ocupava.assim, vizinhos. josué e mário, mário e josué. falávamos do som das teclas que daria pra ouvir por ali. carregados nos ventos.
    e entre um movimento ou outro vi a cena que mais me chamou a atenção. enquanto o Lama olhava algumas fotos de alunos do budismo uma borboleta pequena, marrom comum, insistia em voar e circular pelo seu rosto. em em gestos rápidos, precisos e perfeitamente inseridos em sua observação das fotos e conversas com as pessoas, o Lama apanhava a borboleta em sua mão, aproximava a mão de sua boca e sussurava. mantras e bençãos. então, esticava seu braço pela frente do corpo e jogava a mão para trás soltando a borboleta. e se ela, ou outra, voltasse, fazia igual. quantas vezes fosse preciso, num sopro sussurro acalenta dor.
    e eu iria embora novamente, esperando o momento de poder retornar. ”

    leve intenções como esses “sussurros”, Joaldo.para caetano, para vc e para todos dessa “nave”

    Glauber

    não respondi pq fiquei uns dias ocupada: amei suas músicas. queria te dizer aqui no blog! vc já disponibilizou por aqui aquilo que recebi? pras pessoas do blog, além do myspace? pois tou pedindo! coloque aqui aqueles links. me fez muito feliz!vc é muito lindo. obrigada. saudações pra sua família!

  205. Fernando Salem disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 1:56 am

    Cacilds

    Adoraria pegar carona nessa cauda da navelouca. Vai ser bonito. Com Joaldex, Glaubito e Nandíssimo. É de dar inveja das boas! Joaldo, te aguardo em breve em SP, onde encarnarei o anfitrião com minha cueca protetora anti-beliscos. Abracem Caetano por mim.

    Boa viagem.

    beijos nas testas

    salem

  206. ;-) disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 2:10 am

    Tinha um homem tocando piano num restaurante, cantando uma música tão linda, mas tão linda… E o rapazinho apaixonado ouvindo aquilo, achando-se doente porque via o cara que ama em todos os lugares…

    Procurei a música e para a minha surpresa topei com a sua voz. Foi a única versão com voz masculina que eu encontrei.

    Não consigo parar de ouvir.

  207. Rosana Tibúrcio disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 2:47 am

    Como assim: o Lalo vai se encontrar com Caê???? [é, sou íntima...rs]
    Aiiiii… mande um beijo meu prele?
    Teteco, eu socaria a moça que gosta de bicho. Onde já se viu???
    Achei feia a sugestão para o nome da minissérie: deselegante por demais.
    Bom frisar que sou mãe e sofro, infelizmente. Penso que não deveríamos, isso é uma judicação… hehehe
    Estou adorando Maysa e depois do capítulo de hoje, minhas filhas e eu assistimos o “Por toda minha vida”, com Nara Leão… Contadinho lá também a história das alianças e entrevista com a imprensa.

    Por onde anda a Labi, minhas gentes? E Heloisa?
    Estava saudosa de todos daqui, e não fiquei dois dias sem net, como Caê… só presença de filha grande, há mais de dois dias, preenchendo tudo…
    BOMMMMM!!!
    beijocas e lindo sábado, moçada.

  208. gil disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 7:04 am

    tem gente que nasce pra ficar por fora…e cada um tem a vida que merece…
    essa é pra tocar no rádio?
    vamos refletir essas sentenças…
    tóuque to mai rédi…
    eu não tô nem aí
    eu não tô nem aqui…
    tem gente que nasce
    gente é pra brilhar
    cada um tem a vida que merece?

  209. gil disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 7:07 am

    salem, cadê vc?

  210. gil disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 8:30 am

    Paulo Emílio Salles Gomes…foi ele.

  211. Jose Antonio disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 9:40 am

    Um trecho aconchegante do setarosblog sobre o Cine-Theatro Guarany:…” Ao contrário das salas atuais, todas iguais, os cinemas do pretérito possuem estilo, cada um com um toque diferente, uma decoração especial, e o Guarany, neste particular, é, para mim, o mais atmosférico. Antigamente, o espaço, frente a esta sala exibidora, chamava-se Largo do Teatro, porque o Guarany também tem um proscênio no qual se encenavam peças aclamadas muitas vezes oriundas do eixo Rio-São Paulo. Assim, a atmosfera do cinema começa na sua entrada, com o cheiro de seu ar condicionado. A sala de espera, um recanto para se ficar vendo os cartazes e as fotos dos filmes que vão a seguir e que em breve estão em cartaz. Além de sua sofisticada bombonière – é desse modo que todos se referiam àquele pequeno espaço onde se vendem dropes, chicletes, chocolates, com todos arrumados em filas indianas ou, mesmo, militarmente ordenados.

    A sala de projeção se divide entre a platéia – lugar mais privilegiado – e um balcão, cujo acesso se faz por duas escadas laterais. Na primeira, antes do palco, um espaço para orquestra. E, de hábito naqueles bons tempos, que não voltam mais, quando o filme começa, antes que as cortinas fossem abertas, luzes coloridas se revezam enquanto se ouve um trecho de ‘O Guarany’, de Carlos Gomes. É o sinal de que a função iria se iniciar. Antes, no entanto, enquanto se espera a sessão, o gongo anunciador, a partitura musical do filme a ser apresentado é dada aos ouvidos dos presentes para uma melhor familiarização, um esquentamento, por assim dizer. Fica-se, então, a olhar os índios em fila da parede do lado direito pintados por Carybé, assim como os peixinhos enfileirados do lado esquerdo. Há, portanto, uma atmosfera especial, e o cinema estabelece-se, à maneira do teatro, como uma função”.

  212. Nando disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 10:44 am

    Carolina,

    Há várias maneiras de se relacionar com Música.

    Uma delas é estritamente emocional, afetiva. É a que você relata em suas lembranças;

    Outra é técnica, didática; é um olhar sobre a “música para músicos” ou estudantes de música, profissionais ou amadores-amantes;

    Outra é histórica, dentro de uma perspectiva crítico-musical. Que importância têm tais e tais artistas em determinada época e contexto; que méritos ou deméritos; que contribuições significativas etc;

    Outra é histórica, mas dentro de um outro contexto, não necessariamente musical mas humano, dentro da história de um povo; é o que faz um (historiador como) Eric Hobsbawn citar artistas ligados à cultura popular em seus trabalhos;

    E uma outra ainda seria transcendente ou espiritual, a partir de uma contribuição à história da humanidade, artistas que contribuem com maior logenvidade porque tocam em temas mais amplos e que interessam a muita gente; e também pela capacidade de certo tipo de música em elevar (ou não) nosso estado de espírito, como foi citado aí como “música anti-depressiva” e tal, é isso aí mesmo, há uma influência enorme naquilo que ouvimos (conscientemente ou não). Tem um livro muito interessante do Egberto Gismonti que narra seu encontro com os índios e de como o contato com a música indígena mexeu com ele e com seus valores “acadêmicos”, vale muito a pena.

    Foram as que me ocorreram agora, só para exemplificar.

    A relação emocional e afetiva com a Música é intocável (assim como a transcendente), porque diz(em) respeito a uma relação desenvolvida de modo estritamente individual. Quanto às outras, há campo aberto para debates.

    Abraço!

  213. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 12:25 pm

    Viva Dona Edith do Prato !!!

  214. Julio Vellame disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 1:33 pm

    Carolina, muito massa seu comentário sobre Goiânia.

    Vou sempre lá e gostaria de ir em Goiás velha ver a antiga capital.

    Botei uma foto de umas panelas lindas de cobre no meu orkut para lembrar do barro da estrada, da música linda, e que eu acho boa sertaneja (olha o ato falho de separar linda de boa), pamonha e principalmente do carinho dos Goianos que gostam de ser carinhosos até para aumentar a distância da dureza das W3s….

    Não tem o link para seu blog.

    haaa, vou colar na corda louca de Joaldo.

  215. Julio Vellame disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 2:46 pm

    - Julio, se vc não tinha gostado porque está chorando?

    Por que só tinha escutado wave e não o disco todo….

    Roberto cantando Dolores me derrubou….

  216. Fernando Salem disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 2:50 pm

    Oi Gil

    Voltei hoje da Ilhabela. A ilha é perto, mas a música é invariavelmente lounge, com o perdão do trocadilho. Cheguei em SP hoje e já me enfurnei do estúdio. Se alguém por mim, diz que fui por aí.

    beijo na testa

    salem

  217. Fernando Salem disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 2:51 pm

    “se alguém PERGUNTAR por mim, diz que fui por aí”

    Nunca falamos do Zé Ketti por aqui. Quem é que não se lembra da jaqueira da Portela?

  218. glauber guimarães disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 4:24 pm

    pessoal,
    olha que confusão:
    alguém faz uma crítica ao pop-sertanejo, esse que tem tantas referências de música country americana, que vende milhões e toca nas rádios. daí, outra pessoa responde, fazendo uma defesa da música sertaneja, já essa, a de raiz [moda de viola, inezita barroso, irmãs galvão, tonico & tinoco]. como se fossem a mesma coisa. pois não é. são dois estilos bem distintos.
    o mesmo acontece com o forró:
    alguém critica o mastruz com leite. daí vem outro e defende o forró [dominguinhos, gonzagão, etc]. são coisas diferentes. ruído na comunicação.
    outro exemplo:
    alguém critica a axé music e outro defende a música de carnaval baiana. há que se fazer uma análise mais apurada e ver que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa! o diabo mora nos detalhes. pra que se possa dialogar, é preciso separar o joio do trigo. caso contrário, é ruído em cima de ruído. que também é legal, mas como minha vó dizia:
    “tudo demais é sobra”.

    sigamos em frente, minha gente!

  219. ju disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 5:03 pm

    Linda a evidencia que Oswald de Andrade há quase um século - com o respeito que só o reconhecimento de seu próximo pode vislumbar:

    Pronominais

    Dê-me um cigarro
    Diz a gramática
    Do professor e do aluno
    E do mulato sabido
    Mas o bom negro e o bom branco
    Da Nação Brasileira
    Dizem todos os dias
    Deixa disso camarada
    Me dá um cigarro

    Vício na fala

    Para dizerem milho dizem mio
    Para melhor dizem mió
    Para pior pió
    Para telha dizem teia
    Para telhado dizem teiado
    E vão fazendo telhados

    um abraco solidário a todos,
    ju

    ps. continuo escutando cajuína… que linda!

  220. C disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 5:14 pm

    Joana,
    é muito amoroso e lindo o sussurro que fala, que canta a diversidade impermanente, e o que seria dos atomos se eles nao pudessem dançar?
    Mas… qual musica? Ah, nao poderia dizer, é muito secreto.

    Gil,
    “Efeito Casimir”, flutuaçoes no vacuo, alteraçao das pressoes em forças quase inercia de atraçao. Para mim aqui ha a repugnancia de dinamicas atrativas, vou ao buraco negro a ter que pensar quem brilha mais.

    Nando, ha varias maneiras de se relacionar com Musica e para mim o SILENCIO é a Musica possivel aqui.

  221. Roberto - doceamaro - Joaldo disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 6:14 pm

    A todos os amigos queridos da OeP, estou atento a tudo acima, ao carinho que me dedicam, e ao carinho que - quanta responsa isso! - querem e confiam em que eu expresse fielmente ao Caetanino em nome de vocês.

    Estou levando somente duas coisas impressas: o e-mail de Judith e este belíssimo comment-críptico de Joana!

    Tudo o mais que me pedem - acima, pelo Orkut, pelo MSN, por e-mail - está aqui (bato o peito) eletrocardiagrafado e não esquecerei de transmitir, nem que seja por vibração, e ainda como menção, ao mano. Não será, por exemplo, possível dar todos os beijinhos no Caetanino solicitado por Lucre, não - mas farei como se seguissem juntos com o besito enviado por Exequiela e o beijo no coração enviado por Vero!

    Bom, também não sei quanto tempo terei de contato com Caetano, e até desejo estar com ele com mais tempo, em outra ocasião, por conta, sobretudo, de fatos relacionados com o lançamento da Impertinacia - uma revista web que fundirá blog, chat, fórum de discussões e rede social ou comunidade virtual, e que não se conceberia sem a experiência que vivenciamos durante esses meses a bordo desta infonave. Gostaria de reforçar pessoalmente a ele um convite de participação para que nos brindasse com o principal texto da edição 1.

    Saibam todos que estarei indo para uma das festas principais da terra dele e a estrela da noite é a Dona Canô, a pessoa que mantém vívida essa tradição popular! Não só Caetano, como Rodrigo, e toda a família, devotarão, naturalmente, a sua principal atenção a acarinhar a sua mãe e abrilhantar uma festa que é organizada diretamente por eles.

    E, para mim, é uma ocasião sempre singular, do ponto de vista do enriquecimento ou da troca cultural. Pois a festa de reis no Recôncavo é muito diversa da do meu sertao araciense onde nasci.

    Vellame, basta me ligar pro celular que em poucos instantes nos achamos!

    Obrigado Salem and Joana pela estima, e saibam que a minha estima em relação a vocês é sempre crescente!

    Um belo final de semana a todos!

  222. Mario Simões disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 7:44 pm

    Estive no espaço UNIBANCO - GLAUBER ROCHA (creio que é esta a nova denominação do cinema) para matar minha curiosidade. Fiquei encantado. Olhei quase tudo. Não vi os paineis de Carybé (aode estão?), nem os lustres de Mario Cravo, nem mais os paineis laterais. Li alguma referência, salvo engano, de Júlio Vellame, sobre um trabalho do pai no antigo Guarani/Glauber Rocha e fiquei curioso em saber se ele é parente do saudoso Ivo Vellame,
    figura simpática, sorridente, com o biotipo de um norte-americano. Contaram-me - faz muitos anos - que ele havia falecido, não sei se isto é uma verdade.
    O cinema aparenta luxo sem ostentação. Ainda falta alguma coisa na sala (ou salão de espera). O atendimento na lanchonete ainda não é nota dez, mas vai melhorar. A livraria é muito boa e especializada em livros de arte. O preço dos ingressos varia conforme o dia da semana escolhido para ir ao cinema. Rampa para deficientes físicos pude verificar. Um Bistrô que me parece ainda vai ser inaugurado. O elevador nos revela algo interessante: tem 10 números para subir e o elevador só chega ao quinto. Creio que o projeto - se bem sucedido - poderá ser ampliado, ou algo mais está projetado para o futuro.
    O Espaço - me parece - pertence (ou pertencia?) à Prefeitura Municipal, ou governo estadual. Foi feito um comodato?
    Do terraço tem-se uma visão panorâmica da Baía de Todos os Santos, com a ilha de Itaparica ficando “careca” (sem os cabelos verdes da mata devastada). Melhores vistas só do antigo palacio dos esportes e do terraço do arruinado prédio do jornal A Tarde (totalmente largado à toa, sem uma utilidade, sem uma função, “esperando a morte chegar”. Acho uma falta de sensibilidade dos proprietários (disseram-me que pertence a uma rica senhora)deixarem um prédio daquele porte sem uma utilidade qualquer. A Igreja da Barroquinha, há anos em reforma (um trabalho penoso e arrastado, talvez pela falta de remessa de verbas, ou, sei lá o que mais)está ficando bonita (novinha em folha). Não sei se na escadaria reformada - do acesso que comunica a parte baixa da barroquinha, com a parte alta do UNIBANCO GLAUBER ROCHA - respeitaram o passado histórico, deixando afixada uma lápide, em marmore, bem antiga. É deslumbrante olharmos do terraço e voltarmos o olhar para o que fica acima do Teatro Gregório de Matos. Podemos ver torres de várias Igrejas (Desterro, Santana, Mouraria), O Forum Ruy Barbosa, O QG do Exército (a área em derredor deste sítio é severamente protegida, tal qual a do II Distrito Naval (quem se lembra do problema que foi pra Prefeitura fazer uma passagem que fosse ao encontro da Av. do Contorno? Foram áreas fortificadas, com muitas obras de fortificações que nós, iniciantes em arquitetura, não enxergamos?. Vale à pena ir a estes cinemas apelidados de “caixa-de fósforo”. Não gosto muito de ficar sentado nas primeiras carreiras, preferindo ficar distante - o suficiente - da tela. O ar condicionado está bem regulado (no meu entendimento). Notei que existe, do outro lado, na saida da subida da ladeira da Montanha, dois estacionamentos privados e que na área em que ficava um quiosque, na parte lateral do UNIBANCO - GLAUBER ROCHA (o Banco poderia abrir mão desse comercial e deixar apenas o nome de Glauber). Finalizo dizendo que assisti Gomorra, um excelente filme, com a velha temática dos filmes de mafiosos, com a feição atual e que não deixa de ser uma denúncia muito bem fundamentada, sobre uma das organizações mafiosas que operam na Itália e que possuem inúmeras ramificações pelo mundo. O enrredo é muito fácil de entender e os personagens são muito interessantes, do contador da máfia (que fica entre a cruz e a espada no momento em que se estabelece uma guerra intestina de grupos, aos 2 garotos ingênuos que se julgavam espertos demais. O magnifico trabalho do Guri e o envolvimento dele com a máfia… Os dramas pessoais do estilista e do contador são bastante interessantes e ambos os atores desempenham seus respectivos papéis de modo extraordinário. Tem gente que entende o filme como um documentário, outros acham que é complicado de entender porque o diretor do filme, o roteirista, não fizeram o desnecessário elo de ligação entre as personagens. Só isso. Parece que são histórias fragmentadas e vividas em volta do submundo do crime. O elo entre as personagens existe e passa quase que de modo imperceptivel. Mesmo assim, para entender o filme não é necessário buscar as tradicionais vinculações entre personagens. O filme retrata, no meu entendimento, vários aspectos (todos dramáticos) do que é a vida e o meio social em que estas organizações operam, além de revelar outras tantas coisas e - intimamente fiquei satisfeito em ler as últimas legendas do filme e que nos deixa muito claro a face oculta da organização mafiosa e a falsa cara beneficente da mesma. Bonito filme que passa sem percebermos o tempo passar. Uma beleza. Foi premiado em Cannes?
    Bem, não estou me valendo de nenhuma ortografia, passada, nem presente. Escrevo o que me vem à mente e ciao.

  223. Mario Simões disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 7:58 pm

    A pressa é inimiga da perfeição, mesmo! Digo : as personagens e não os personagens. Os estacionamento privado pode suprir a necessidade do cinema, enquanto o estacionamento lateral do novo Glauber é insuficiente. Sobe-se através de uma rampa, mau feita, na calçada, quase na frente do cinema. Isso mesmo, você pode subir o meio fio com seu carro e estacional na lateral do cinema. Cuidado para não cair na escada dos sanitários subterrâneos do antigo Cacique. Outros erros deixo pra trás. Se me compreendem, não me obscureçam. Fui !

  224. Nando disse:
    Janeiro 10th, 2009 at 11:45 pm

    Caetano, sem querer ser chato e já sendo: Freud está aí no post entre alemães mas hoje ele seria considerado tcheco e na época era meio austríaco, meio húngaro (Freiberg, Moravia).

    Por falar no assunto, você se refere a Nick Cave em sua canção que fala em “algum cantor de rock alemão” e em Pixote mas ele é australiano.

    Tô falando porque sei que você gosta de citar a naturalidade e nacionalidade das pessoas e tal, fica aí o registro.

    Abraço!

  225. glauber guimarães disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 1:29 am

    verdade, nando. falar nisso, eu piro nessa música de caetano. das minhas preferidas pela música, pela letra, pelas interferências do arto lindsay. o “alemão” na letra, serve melhor à rima. além de que, no filme, é como se aquele cantor [cave] fosse o estereótipo do cantor de rock alemão, daquela fase berlin industrial e tal. sempre tive um interesse grande por essa canção, “os outros românticos”. cheguei a me perguntar “será que à época caetano não sabia que nick cave não era alemão?”. acredito que sabia, mas só o homem é que pode nos responderrr…

  226. Claudia Vieira disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 2:32 am

    CAETANO,
    . Quase todos os filmes que mais amo foram vistos pela primeira vez nesse cinema. Ele se chamava Guarani e, quando Glauber morreu, Antônio Carlos Magalhães mudou-lhe o nome para Cine Glauber Rocha - e pôs uma reprodução do grafismo de Rogério Duarte para o cartaz de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” na frente.

    ACM E GLAUBER ROCHA, ALÉM DE VOCÊ E A TURMA DA TROPICÁLIA DENTRE OUTROS…

    SAUDADES DA NOSSA BAHIA ARTÍSTICA E CULTURAL DE ANTES.

  227. Fernando Salem disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 4:16 am

    Hoje revi João da Bahiana no filme Saravah tocando seu prato ao lado de Baden. Resolvi rever Caetano e Moreno em Prenda Minha juntos com Moreno no prato e mostrei a minha mãe de 84 anos que chorou. Isso fiz por mim, pela minha mãe conhecedora do samba e por Dona Edith. Desejo que essa emoção tão profunda vivida ao lado da minha mãe que viu Pixinguinha e que vio Caetano cantando Drão e que viu Moreno e que viu Adão ao lado de Walter Salles seja o tantinho de bom astral que que psicografo agora ao meu cristalíssimo Joaldo em sua viagem poética ao Recôncavo.

    Beijo na testa da Bahia

    salem

  228. paloma, rio, disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 4:31 am

    “… há que se fazer uma análise mais apurada e ver que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa! o diabo mora nos detalhes …” do glauber (cmt218)

    sabe quem disse isso tb, há exatos 50 anos atrás? ma-ysa mon-jardim : nossa ma-rilyn mon-roe monrena e cheiona! e no japão!

    “so sad, so sad, sometimes she feels so sad …”

    pois é, uma das boas coisas do youtube, do dvd, e em breve da (hd)tv é a pausa. ou o slow. ou parar e voltar e ver outra coisa, ou parar e voltar e ouvir outra coisa.

    eu acho que pouca gente faz isso, e quem foi no youtube ouvir “meu mundo caiu” não prestou atenção no que rolou antes da apresentação, e ficou gravado, depois de 50 anos, na história.

    1959, maysa foi à tv japonesa. na cena a cantora está ladeada por 2 apresentadores japoneses, um deles o tradutor. não existe público aparente, mas maysa está tensa e segurando um cigarro aceso (claro!!!), apesar de não o fumar.

    o apresentador local pede para maysa falar um pouco de sua biografia (sic) e ela diz que está feliz em ser a primeira cantora brasileira no japão! ele então comenta que, por coincidência, naquela semana tinha sido lançado “orfeu negro”, filme brasileiro no qual aparecia cenas do carnaval no brasil.

    eles queriam saber se o carnaval era aquilo mesmo que mostrava o filme, porque “as pessoas aqui se entusiasmaram muito com o ritmo do samba !…”

    maysa parece inchar, traz o cigarro para a frente da câmera, futuca as unhas umas com as outras, baixa a cabeça e coma a voz meio nervosa dispara : “como sou EU que vou cantar aqui, é preciso fazer um ligeiro esclarecimento: o carnaval no rio é realmente aquilo (no filme); mas o tipo de samba que eu canto não tem ABSOLUTAMENTE nada a ver com o carnaval!”

    imagine a cara dos coitados dos japas: o tradutor diz então: “sim, senhora”, como se estivesse a dizer “senhor! sim, senhora!” e traduz para o outro o que ela disse. saem de fininho, sem cumprimentá-la. (não se faz isso no japão. muito menos para a primeira cantora brasileira num palco japonês)

    ou seja : eu acho que a embaixada entregou MAYSA, mas os japoneses tinham encomendado MULATA! … é, glauber, o diabo, na terra do sol, nascente, mora nos detalhes.

    abrs paloma

    ps: a orquestra desafina, maysa não sabe o que fazer no palco … é triste e patético ! teria sido de propósito? uma orquestra japonesa desafinaria?

  229. Ubaldo disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 5:05 am

    Lá em cima alguém escreveu sobre a chegada do narcotráfico em Santo Amaro. A coisa chegou a um nível insuportável. Em quem devemos confiar senão em Deus? Estamos vivendo - o Brasil inteiro - em uma cidade de Deus. Gomorra mostra o que é mais ou menos o nosso mundo do crime sem que precisemos fazer uma transposição mecânica. Fico triste em tomar conhecimento dessas coisas.
    Resta-me sonhar por uma nova humanidade, uma civilização de verdade e no nascimento do novo homem, liberto dos vícios e deformações do mundo em que estamos inseridos.
    Abraços

  230. glauber guimarães disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 7:31 am

    caetano,
    minha mãe, meu padrasto e uma pá de gente da família acaba de chegar aqui, vindos da festa em santo amaro. todos felizes pra caramba, disseram que foi lindo, animado, que tiraram fotos contigo, coisa e tal, hahaha

    aah, é verdade, viu? vivo uma vida bastante reclusa, vez em quando dou uma saída pra comprar cigarros e pegar um filme na locadora. tenho lido bastante, visto muitos filmes, compondo, brincando com a filhota, trabalhando no PC, coisas caseiras. mas acredite, estava lá com dona canô em espírito.

    agradeço a você e aos seus, por receber todo mundo tão bem. a vida é boa!

  231. Luiz Castello disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 1:38 pm

    Sweet Carolina.

    Meu 2009 começou mau.
    Nessa época de festas e fim de ano, a psicosfera do planeta costuma ficar sobrecarregada de emoções,que depois transformam-se em tempestades psicológicas,que dasabam encima da gente,de uma maneira nem sempre positiva.

    A light resolveu, de uma hora pra outra,promover um apagão no meu cash bancário.
    E mais de 25 anos de música,parecem insuficientes pra livrar-me de decepções profissionais.
    Quando vi meus comments serem barrados,um após outro,pelo funil seletivo dos critérios,hermanêuticos ou cibernéticos (jamais saberemos) pirei de vez.

    Mas,fiquemos relax,doce Carolina,está tudo sob controle,o sol voltou a brilhar de mansinho,e já-já,as crianças estarão correndo pelo jardim.

    Voce tem notado,como o pessoal ta arrebentando no blog ?
    Os textos andam tão legais de conteúdo e escrita,que tenho preferido acompanhar mais do que pitacar.
    Quando Heloisa,Labi e minha priminha Marilia,voltarem das férias,aí é que vai bombar de vez.

    Influenciado por sua (re) leitura atenta fiz uma tour pelos posts do OeP,e percebi muita coisa que havia antes me escapado.
    No principio Hermano interagiu com os obreiros,Caetano abordava temas polêmicos; Fidel,a canção aparentemente racista de Noel,eleições,Obama…e outras pessoas interessantes ,que deixaram de afixar seus comentários nos murais da Infocaetanave.
    Havia mais música e entrevistas sobre o show e as gravações.

    Passando os olhos aqui na cobertura do prédio OeP, vi uma referencia ao Leninismo-Stalinismo,e deu vontade de falar alguma coisa.
    Vou engarrafar a mensagem e arremessar nas águas Hermano-Caetanicas,quem sabe no próximo comment…

    Um beijo fraterno em você e no Alemão amigo,que são os anjos que faltavam eu agradecer,por terem rufado suas asinhas,à favor da minha convivência na nave.
    Isso dá um conforto `a alma,que vocês nem podem imaginar !!!!!

    Castello.

    P.S. No momento em que eu pensei mandar a tal mensagem leninista-stanilista,pintou um post novo,então fica arquivado.

  232. Nando disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 4:22 pm

    Ok, Paloma, embora eu acredite mais que hoje ser brandy, a saúde demande. Mas “vida idiota”, não. Vidas não são idiotas, só as pessoas. Também não sou amiguinho do diretor mas posso defendê-lo. Sou o autor de atrás do trio elétrico.

    Obrigado.

  233. paloma, rio, disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 5:10 pm

    ola mediação:
    como já tem novo post acho que só volta aqui quem está com algum assunto pendente … eu não tinha lido o cmt165 do nando e apesar de ninguém estar nem aí, eu queria responder, rapidinho …

    1. do mesmo veneno que mata, se faz o soro que cura; não sou amiguinha (quem pratica amiguismo) do diretor e posso criticar as “falhas” que me impediram de curtir a minissérie, que pena;

    2. não tenho nada contra o uso de álcool ou drogas, eu vivi bem os anos 80, aqui e em n.y., east village, troquei segredos com tipos como julio barroso e lobão, sei de tudo sobre arte estimulada, na qual talvez até acredite; hoje, ser branda, a saúde demanda;

    3. não há nada de raivoso em meus humildes cmts, menos ainda de depreciativo; e nem precisaria, enquanto mulher e sua mãe, o diretor se incumbiu disso: colocou humanidade, cheio de “falhas e clichês” num outrora mito! isso é legal?

    4. documentário é uma coisa, ficção é outra, e manoel carlos é pior ainda.

    obrigada
    abrs paloma

  234. Julio Vellame disse:
    Janeiro 11th, 2009 at 5:29 pm

    Mário Simões,

    Ivo é de fato falecido, irmão de meu pai, Humberto.

  235. Mario Simões disse:
    Janeiro 12th, 2009 at 12:02 am

    Prezado Julio Vellame:

    Grato pela sua resposta. Ivo Vellamme, seu tio, foi uma grande personalidade. Sempre alegre, apesar da idade espelhava e irradiava jovialidade. Simpático, com ar de gringo. Muito produtivo e carismático. Sinto muito a perda dele e associo-me, neste momento, a dor que o povo de Santo Amaro sente pela irreparavel perda de D. Edith. Creio que existe uma outra dimensão e que o que denominamos vida e morte são estágios para chegarmos a ela.A Caetano e família transmito meus sentimentos pela perda desta valorosa santo-amarense (é assim que se escreve agora? não sei!). Como disse alguém mais acima, “Viva D. Edith!”

  236. carolina disse:
    Janeiro 12th, 2009 at 3:05 am

    Glauber,
    Meu comentário se referia muito mais ao julgamento estético da música (com a ilustração da minha ligação pessoal com o sertanejo) do que com estilos em questão.
    Fico incomodada com o eterno retorno do tema Arte boa x Arte ruim.

    Nando,
    te citei porque sempre fico perdida no meio dos seus conhecimentos musicais ehehe (atenção isso é um elogio).

    Julio,
    Fala que pamonha em Goiás é outra coisa, né?

  237. Nando disse:
    Janeiro 12th, 2009 at 9:27 pm

    Carolina, reflita comigo:

    É bom ler um livro mal escrito? Ver um filme com atores ruins? Apreciar um quadro mal feito?

    É bom morar numa casa feita por um péssimo arquiteto? Construída por um engenheiro incompetente? Ser tratada por um médico charlatão? É bom contratar os serviços de qualquer profissional e perceber que o sujeito é um incompetente?

    Agora me responda: por que com música seria diferente?

    Entendo que muita gente se importe quando seus artistas favoritos (quer porque sejam considerados “os melhores”, quer porque tenham importância afetiva e emocional independente de juízos de valor acerca da qualidade do seu trabalho) são criticados. Mas daí a não aceitar que existam critérios pelos quais estes mesmos artistas possam ser avaliados vai uma grande distância. Concorda?

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