Oscar (25/11/2008)
OSCAR |
25/11/2008 8:32 pm |
Sou louco por Julie Taymor (Roberto Mangabeira me disse que o “Titus Andronicus” que ela fez com Anthony Hopkins é genial). Vi o “Rei Leão” na Broadway e achei bem bonito. Vi também, com a própria Julie, a montagem dela para “A flauta mágica” no Lincoln Center. Muito impressionante. Mas eu não tinha interesse em cantar a música para o filme e muito menos em ir apresentá-la no Oscar. Fiz por amizade a ela. Ir até Los Angeles, cidade que eu abominava, para fazer aquilo me parecia o programa mais furado do mundo. Julie insistiu com tanta doçura que não pude resistir. Mas tive que fazer esforço pra me concentrar e reaprender a canção (estou sempre fazendo muitas coisas e me enrolo). Uma vez lá, gostei. Não tanto no palco, mas na platéia e na cidade. Pela primeira vez não destetei Los Angeles simplesmente: dentro do teatro, em meio a tantas figuras que conheço desde menino (eu estava sentado ao lado de Joel Gray, logo atrás de Rita Moreno e Shirley Jones, e à frente de Mickey Rooney) e de celebridades do momento (Halle Berry é mais linda e mais escura pessoalmente, Nicole Kidman parecia ter a testa paralizada, Jeniffer Lopez faz cara de brava, adorei aquela moça que luta kung-fu no filme do super-herói cego, em que ela tem toda a graça do mundo e Ben Afleck nenhuma - toda essa gente ficava nas primeiras filas, assim como Merryl Streep, Barbara Streisand, Tom Hanks ou Pedro Almodóvar, que vinha cá atrás falar comigo e com Paulinha a cada intervalo), senti Los Angeles como um lugar real como nunca antes. Na rua, no hotel, nos restaurantes, a cidade parece um cenário desolado e precário; para lá dos tapetes vermelhos do Oscar, no coração do mundo da fantasia, tudo é real. O orgulho genuíno com que toda aquela gente se vê participando da história de Hollywood, toda a consistência dos conseguimentos (que impressionam muito quando tomados em conjunto: clips de homenagem, prêmios históricos a produtores, diretores e intérpretes), tudo dá um ar de solidez e saúde que a cena ridícula de mulheres de vestidos longos e homens de black-tie andando ao sol da tarde na entrada do teatro não poderia predizer: lá dentro é uma noite de gala verdadeira. De tal modo que, desde então, Los Angeles como que ganhou sentido para mim. Algum sentido. Mesmo as coisas que eu tinha adorado quando saí para ver o que interessa com Peter Sellars (o diretor de teatro e ópera de vanguarda, não o ator), quer dizer, as torres de Watts, uma igrejinha católica no bairro chicano, cheia de florezinhas cor-de-rosa na parede, a saída para o deserto de Joshua Tree (um dos lugares mais lindos onde já estive), um restaurante chinês em Downtown LA, mesmo então, nada se adensava numa cidade reconhecível. Com o Oscar, tudo se revelou surpreendentemente uno. Não sou muito fã da “Frida” de Julie. Não era um projeto dela: ela caiu ali de pára-quedas. Mas Salma Hayek é um amor total e o projeto era dela (houve uma disputa com Madonna, sei lá). Adorei Lila Downs. Ela tinha vindo ao Brasil para gravar a canção comigo aqui no Mega (onde estou agora mixando com Moreno, Pedro e Daniel). Ela é muito aplicada e canta muito bem. Eu estava na platéia, ao lado dela e de Paulinha, e alguns minutos antes de cantar alguém vinha nos chamar (e nossos lugares eram ocupados temporariamente por “aluguéis de bunda” ou “bundas de aluguel”: o teatro não pode aparecer na TV com nem uma só cadeira vazia). Fomos lá para os camarins, cantamos e voltamos para nossos assentos. Eu não dei muita importância ao fato de estar sendo visto por milhões de pessoas: eu não estava. Não era uma apresentação de algo meu, que me representasse. Fiz de bom grado, por amor a Julie (e a Eliot, marido dela, autor da música e trilheiro hollywoodiano), mas minha energia ficou mais voltada para observações antropológicas amadorísticas da vida em LA. Julie e Eliott são dos pouquíssimos americanos que mostraram entusiasmo com “A Foreign Sound”. Mas também eles foram ver o show (o que não aconteceu com os outros americanos interessantes que conheço): quando tinham só ouvido o disco não disseram nada. Ela e eu nos prometemos de vez em quando fazer alguma colaboração. Mas eu não me lembro da canção de “Frida”. Heloísa, “Burn it Blue” soa bonito. Mas eu não sei exatamente o que significa. As chamas azuis são mesmo mais quentes que as amarelas e vermelhas. Mas, além das conotações emocionais, musicais e culturais que a palavra “blue” tem em inglês, há uma sugestão do azul que supostamente queima como fogo nos quadros de Frida. |
abraços…
Cacilds, Caetano!
Se na Academia dos gringos você achou Nicole Kidman com a testa paralisada na terra do Oscar, o que acharia do bigode pintado do Sarney e do botox do Pitanguy na Academia Brasuca de Letras, aqui nas Terras de Oscarito? Terras da Vera Cruz! Atlântida! Beverly Rio!
Brincadeirinha cinematográfica…
Você em Los Angeles daria um puta filme legal. Tentei pegar carona e enxergar LA através da tua íris.
Cinema Falado é um filme bonito e falante. Cheio de amigos e contrapontos. Bonito mesmo. Mas falado.
Imagino você dirigindo um filme transpondo a tua experiência do olhar. Olhar o mundo e olhar cinema. Um filme para ser comido com os olhos. Com decupagem cinematográfica. Imagino agora teus enquadramentos. Suas experiências com a câmera. Travelings inesperados. Planos inusitados.
Cinema dá um trabalhão. É demorado. Deve dar preguiça pra quem tem a felicidade e a facilidade de fazer discos.
Mas você deve fazer um filme. Um curta, talvez. Curto e grosso. Seria bonito se nessas alturas, você experimentasse o cinema novamente.
Toda descrição que você fez de LA é cinema. Por vezes teu texto imagético e fragmentado também lembra cinema, embora você seja tão verbal.
Cinema Transcendental é o nome mais bonito que um disco poderia ter. E não é nome de música. É verso pinçado de música bonita também.
Você tem tantos amigos no cinema, atores, fotógrafos, produtores. Faça um filme…
abraços
salem
Nunca havia pensado nessa questão com “Diários de motocicleta” (nem no Abri/o despedaçado - de fato, a cacofonia é terrível). Espero que eu não pegue essa mania, minha vida já tem problemas demais
Mas, realmente, poderiam ter optado por “Diários de motociclistas”. Sei lá. As únicas motocicletas que fazem diários são aquelas do antigo desenho “Carangos e Motocas”, que viviam azucrinando um fusca vermelho.
Gostei demais do relato, e aproveito para falar de “A Foreign Sound”, que considero um disco maravilhoso, em especial pelas canções Diana e Come As You Are.
Essa, do Nirvana, causou certo alvoroço na boa e velha imprensa musical paulistana, com a qual já estamos todos - presumo - acostumados.
Alguns amigos, sem ouvir a canção, mas já tendo lido o que dela diziam os incontáveis artigos, tinham opinião formada (???).
Fiz um certo trabalho de formiguinha e fui mostrando, pouco a pouco, a cada um, os acordes deliciosos do baixo e a voz que se impunha cantando tão docemente a música de Kurt Cobain.
Um amigo, baixista e roqueiro empedernido, se disse impressionado com aquilo e me entendeu perfeitamente quanto à defesa que eu fazia. De forma irônica, insistia em dizer que “era mancada” regravar Nirvana, mas prosseguia rindo ao concordar que aquela gravação era ótima.
E é, mesmo, ótima.
Acho que esse disco sofreu por parte desses críticos bocós um pouco do que aconteceu com “A Luz de Tieta”, que é aquela necessidade de atacar Caetano Veloso a todo custo, sem uma análise verdadeira da beleza - ou, vá lá, da falta dela - no que diz respeito estritamente à obra.
E, Caetano, você estava muito bonito no palco do Oscar. Pode perguntar a todos que o viram: bonito, calmo, afinadíssimo! Melhor do que as piruetas e pirotecnias com que estamos acostumados nesse tipo de espetáculo.
Peço desculpas por discordar, mas ali era você, sim. Era uma coisa sua. Aquele canto é você. A música e o filme, talvez não. Mas ali, aquele músico no palco, aquilo é você. E não é pouca coisa, meu caro. Era àquilo que aplaudiram no final da canção.
hay historias de vidas que te atrapan, pero otras que simplemente no provocan la atracción suficiente como para querer profundizar. Con “Frida” me pasó eso exactamente, no llegó a “movilizarme”, es mi opinión, claro está.
Con respecto al significado del título de la canción Burn it blue…
http://www.youtube.com/watch?v=YTMSojPcF1g
A mi parecer se quiere relacionar con “la pasión”, no en el significado de una pasión sexual, sino artística. Burn it blue…Enciéndelo pasional….
Caetano, en tu voz, como siempre, suena, IMPECABLE
besos.
Ju.-
Caetano eu amei te ver no Oscar!
*eu não sei O nome…
Dilce Anádia
Caetano, Caetano, Caetano. Voce casi me mata del corazón. Cuando leí Caetano Veloso disse y luego lucre pegué un grito y juro que casi se me sale el corazón por la boca. Pero bueno, aquí estoy vivita y coleando. Anduve dando tantas vueltas para escribir algo (volveré a este asunto más adelante) que se me fueron los días y voce (no encuentro en el teclado la colita para hacerle a la c ) ya posteo algo nuevo y yo todavía en veremos. Pero cuando leí sobre el Oscar, sobre Frida me vino la inspiración. Recuerdo ver parte de la ceremonia y a voce cantando. Cuando era más chica adoraba estas transmisiones pero últimamente se me hacen un poco pesadas de más. También miré la que participó Jorge Drexler, gran admirador de Caetano por cierto. A mi me gusta mucho pero dentro del grupo de mis amigos no es aceptado 100%, algunos lo “odian” y otros lo “aman” . En fin, me reí con lo de “Diarios de motocicleta”. No me había puesto a pensar en el “significado” del título. ¿El diario de una motocicleta?. Je, je, Es que a veces repetimos “diparates” sin darnos cuenta y cuando alguien lo hace notar ahí recién nos damos cuenta. Otra cosa que me impresionó fue el comentario de los italianos con respecto a Fellini y a G. Massina. Yo pensaba que todos debían amarla. Realmente me impresionó pero luego comenté con alguien lo que voce dijo y pude entenderlo mejor. En fin, verlo a voce cantando siempre es un placer pero sinceramente la película Frida no me gustó nada de nada. Siempre tuve bastante fascinación con Frida y me gustó mucho el libro de Elena Poniatowska sobre ella. Elena es gran admiradora de Frida y lo otro que he leído de ella es también una biografía novelada sobre Tina Modotti, mujer que también me fascinó. Es que siempre he tenido una especie de fascinación por personas (o personajes) donde el activismo político es muy fuerte. Bueno, no siempre, también me fasciné de niña con Marie Curie pero creo que a mis 16 o 17 años deseaba ser una especie de Rosa Luxemburgo, etapa de mi vida donde me he definido como ”fundamentalista”. Bueno, ya “maduré” y amplié mis horizontes. Si esto no hubiera ocurrido, nunca hubiera podido llegar a decir que uno de mis amores musicales es alguien proveniente del norte, alguien norteamericano por adopción, que horror, por favor. Todo bien con un brasilero pero con un “gringo”, no, horrible, espantoso. Pero, repito, ya maduré y estoy más tolerante.
Volviendo a Frida, la película que si me gustó fue la versión de Paul Leduc. La vi en Cinemateca, hace años, en un cine que ya no existe y creo que hoy alberga (o albergó en algún tiempo) a una iglesia pentecostal de origen brasilero. Es muy común por estos lados que grandes cines de años, incluso alguno en la principal avenida de Montevideo, hoy sean la casa de estas iglesias. Por la época que la vi, todavía estaba en el liceo y me dedicaba a ir al cine, sola, al menos una vez a la semana. Esto lo hice durante un tiempo y con la mano en el corazón me “comí” cada bodrios que se me cerraban los ojos. Pero yo tenía que ir, me sentía la super culta, y era “fundamentalista” en todos los aspectos de mi vida por lo que al cine también tenía que ir a ver todo, aunque no entendiera nada. Ahora me río, luego volví a ver ciertas películas que ya no me aburrieron tanto. De Frida de Paul Leduc me acuerdo especialmente porque fue la única vez en mi vida que viví una situación fea en un cine. Recuerdo que se me sentó un tipo al lado (el cine estaba casi vacío) y empezó a moverse, a susurrar y a molestarme. Yo no entendía lo que me decía pero en una me levanté, le dije que se dejara de molestar, me cambié de lugar y el tipo salió despavorido. Hoy me asombro de mi reacción. No me dio miedo. En fin, la película la volví a ver años después y me siguió gustando. Pero la Frida de Salma H. la detesté, en ningún momento me creí la historia, ningún personaje me movió un pelo. Me pareció un cuentito “exótico” para cierto público, sin hondura dramática en ninguno de los personajes. No me aburrió por cierto pero no me gustó. Ni la vinculación de Caetano con la peli la salvó. Pero si recuerdo “Hable con ella” y la parte que Caetano canta. Ay, que emoción por dios. Tengo gravadas en la memoria las caras de Dario Grandinetti y Cecilia Roth escuchando cantar a Caetano.Y ahora esa misma persona, varios años después, dedicó un par de minutos a leer lo que escribí y a escribir: lucre, David Byrne y yo…. ¿No es increíble?. Todavía no caigo, como que me cuesta y me parece, esto sí, una película.
Volviendo a este tema. Luego que leí la respuesta, la imprimí y me guardé el papel. No le conté a nadie del asunto y esto tiene que ver con mi relación con internet, que es un asunto largo de explicar y que lo he hecho en el foro del “otro” . Es como una doble vida (me acuerdo que nombré “La doble vida de Verónica” cuando comenté de mis sentimientos, no por la trama de la película en si sino por el título) que nadie sabe. ¿Por qué hago esto?. No lo sé. Veamos, soy yo, lucre, la misma lucre que conocen todos pero al mismo tiempo soy otra que nadie conoce. He comentado cosas que quizás en el mundo “real” no lo he comentado con nadie, lo que me perturba un poco. ¿No es algo ridículo hablarle a una máquina como lo he estado haciendo en todos estos años?. El hecho de haber encontrado esta “obra en progreso” está cambiando un poco mi percepción sobre el asunto. Acá si hay un intercambio entre distintas personas e incluso participa el protagonista principal, y éste no es alguien que puede o no estar mirando todo pero desde otro lugar, una especie de “Gran Hermano” a lo Orwell, con las diferencias del caso por supuesto. Acá todos saben que el principal lee e incluso puede llegar a contestar y para mi esto es nuevo y cambia un poco las cosas. En mi caso este hecho me cohíbe bastante, me reprime si se quiere y no sería capáz de contar ciertas cosas que comenté en lo del “otro”, único lugar en que he escrito. Alguna vez comenté que lo importante quizás fuera la existencia de cierta probabiliadad de que el destinatario leyera lo que uno manda y no el hecho de que realmente lo lea. La incertidumbre esa acá se pierde y para mi es raro. Es un poco loco porque en definitiva deseamos con toda el alma que lean lo que escribimos pero cuando se da, no sé, como que cierta “magia” se pierde. Bueno, hablo por mi, no se como es en el caso de los demás. Que no se malinterprete lo que digo, me encantó que Caetano conteste, por Dios, todavía estoy medio shockeada y creo que me va a durar bastante tiempo, pero también digo que todavía me parece algo muy extraño. Como será que no pude contestar enseguida luego que Caetano me respondió. Es muy raro. También me sorprende la rapidez con que la gente se responde una a otra. Me considero totalmente lenta en este aspecto. Incluso hoy tampoco estaba “inspirada” para escribir y si no hubiera leído lo de Frida quizás no lo hubiera hecho, no sé. El fin de semana me fui a una playa y me di el primer día de playa y primer baño de la temporada que siempre es especial. Me llevé “VT” pero no pude leer nada ya que pasé mirando las fotos y pensando que esa persona que yo estaba mirando disfrazado para el Carnaval o en la Marcha de los Cien Mil había dedicado algunos minutos de su vida a prestar atención a lo que había escrito. Estaba como en babia y no se si fue por la respuesta, por el calor o por el sol, pero el asunto es que el domingo, cuando volví a Mdeo. tenía en el pecho, parte del cuello y los antebrazos un zarpullio horrible que me picaba espantosamente. Nunca fui alérgica y no se que me lo provocó. Todavía lo tengo pero estoy mejor. Yo pensaba que tanto hablé de la piel, de que mi asociación entre el “otro” y Caetano era una cuestión de piel que ahora mi piel me estaba queriendo decir algo y se me manisfestó de esta manera. Sea lo que haya sido me torturó un par de días. Espero que la reacción alérgica no haya sido por Caetano, no, imposible, esto sería horrible.
Bueno, bueno, no quiero entrar en eso de que es una “estrella” internacional y cosas por el estilo porque esto no es lo que me llama la atención del hecho. Esto no me deslumbra más de lo “normal”, es un persona común, con un trabajo especial, con un talento muy grande. Me impacta el hecho en sí, el contacto, a través de una máquina y por la historia que puede tener cada uno de los que aparecen por acá con esa persona.
Acostumbro a usar de señalador de libros, fotos, papeles, etc, cosas que encuentro a mano cuando empiezo a leerlo. En “Verdad T” tengo desde hace años dos papeles que no les había prestado atención hasta el sábado. Uno es un Bilhete de passagem rodoviárico de la Empresa Auto Viacao Progresso S/A de Recife a Natal, del 7/2/2006, hora 13:00 poltrona 26 y pagué R$ 43.35. El otro es un Cupom Fiscal de Travel Roupas Ltda., ubicado en Av. Gob. Agamenon Magalhaes Nº153 2ª piso LJ 346, Santo Amaro – Recife/PE y compre una blusa M/L a 25 R$ , de fecha 4/2/2006, 16:36:23 horas. Esto confirma que el libro me acompañó en las vacaciones del 2007. Me encanto. Esos días, y a esas horas yo estaba con el libro en mis manos o en la mochila y guardé los papelitos en él. ¿No es lo más extraño del mundo que años después esté escribiendo esto?. Hay que pensar que en mi caso, como en el de muchos/as por acá pasé períodos de profundo “enamoramiento” de Caetano. Si, es la cosa más loca del mundo.
Esta “obra en progresso” me produce una sensación extraña, perturbadora , con la percepción de una “realidad” distorsionada si se quiere, o no, quien sabe, con los cambios de números en los comentarios, las horas, la rapidez en las repuestas, los nombres que se repiten y nuevamente con el Caetano disse, que acentúa esta sensación. Me gusta imaginarme a la gente que está atrás de las máquinas escribiendo a mil y contestando. ¿Cuán sinceros son (somos)?. ¿Qué se esconde detrás de cada uno y que están viviendo en sus vidas en estos momento?. En fin, me fui de tema.
Con respecto al tema de David Byrne, me encantó saber lo del disco y el hecho que Caetano (acá me doy cuenta que no puedo dirigirme a él directamente, no puedo decir tu por ejemplo, pero si cuando digo voce). A ver intentémoslo nuevamente: Me gustó el hecho de que tu, (me resulta rarísimo, me da como vergüenza) pienses que la asociación que hago de los dos tiene su razón de ser. Espero con ansiedad ese disco y si algún día desaparece la copia que tu tienes (en realidad en el español rioplatense y especialmente en el uruguayo acá debería decirlo así: en la copia que vos tenés, si, me suena más natural) Nuevamente: si algún día desaparece la copia que vos tenés no te asustes que son ladrones que yo mandé para tenerlo cuando antes. No me quedó claro que el hecho de que vos no hayas mandado comentarios de los temas impida la salida del disco. No entendí esta parte. Vos decías algo así como “noa da para retomar…”. ¿El disco o los comentarios?. Espero que sean los comentarios. Sabía del concierto en el C.H. he visto fotos en lo del “otro” pero nunca escuché nada. No se quien más habrá versionado “The Revolution” , canción que también adoro . Pero en el cassette que le envié a mi amigo yo también cantaba esta canción así que ahora por lo menos en el mundo hay 3 versiones ciertas de esa canción. La del “otro”, la de Caetano y la de lucre. Me encanta, y también me gusta el número 3, uy, 3 que número por favor. Ya con más confianza, y dado que tenemos “amigos” en común me despido con un beso y un abrazo.
O filme Frida é muito bom. Muito vibrante, carnal, com o jeitão latino-americano. A falha do filme foi não explorar mais a canção. Antes de assistir Lisbela eu ainda não tinha gostado de Vôcê Não me Ensinou a te Esquecer, depois de ver o envolvimento da musica no filme, fiquei apaixonado por ela. E quanto ao Oscar, podem tocer o nariz à vontade mas todos querem chegar lá. É um evento tradicional, tem sua importância, como uma copa do mundo. E naquela noite amei ter esperado e ver mais uma vez o meu ídolo cantar.
caetano, vê-lo cantar na noite do oscar foi fantástico.e saber suas impressões sobre aquela “noite” a torna mais significante.lembro de vc falando sobre isso no programa do JÔ na época. o disco a foreing sound depois de fina estampa é um dos meus favoritos, aliás sua obra inteira é a minha favorita, abraço.
ah! quem sou eu? um estudante de cinema da ufrb universidade federal do reconcavo em cachoeira bahia.meus colegas de curso ja não aguentam mais. pra tudo tenho uma citação sua.
Hay algo más superficial, aburrido, acartonado, circense y mitómano que los Oscar? Não gusto, não!!!!! ZZZZZ… me duermo.
(Burn it out)
Y esto me remite a un tema que siempre está dando vueltas por mi cabeza: Amor+pasión (el orden de los factores altera el producto?). Para ustedes brasileros, se diferencia la pasión del amor?. Me llama MUCHO la atención que usen la palabra apaioxanarse para enamorarse. Allá en Brasil no hay pasión sin amor, y amor sin pasión? Y por qué namorada o namorado para novia o novio? Están siempre enamorados de sus namorados?
Totalmente off-topic mas eternamente on-qualquer-topic: vocês já viram o http://www.milcasmurros.com.br ?
Basta apenas gravar e pronto! É a maior leitura coletiva de uma obra literária. “Dom Casmurro” foi, digamos, ‘fatiada’ em mil pedaços, e cada trecho pode ser gravado por qualquer internauta. O meu é o de número dezessete:
http://www.milcasmurros.com.br/trechos/17
Será que o Caetano gravaria? Seria o máximo, né? Mas é coisa da Globo e tal, deve haver algum tipo de lance com contrato, essas coisas.
Eu achei a idéia genial, e faz parte daquele Projeto Quadrante, do diretor Luiz Fernando Carvalho, que já levou às telas “A Pedra do Reino” - e agora levará “Capitu”, baseado, por óbvio, em “Dom Casmurro”.
Vamos lá, moçada, gravem! E depois mandem os links pra gente conhecer a carinha de cada um…
Falando em Los Angeles, penso em “Asas do Desejo” Obra Prima de Wim Wenders com Bruno Ganz “arrepiante” aí fizeram aquela adaptação americanana agua-com-açúcar que foi “Cidade dos Anjos” (Brad Silberling) com Nicolas Cage “tenebroso”. Los Angeles definitivamente não é lugar para anjos, Berlin sim.
Heloisa, eu tinha As Férias… em Vhs, também dei muitas gargalhadas com “Monsieur Hulot”.
Acho hilário que o primeiro comment seja meu mesmo. Mas é só pra pedir desculpas pelos problemas redacionais do post (não são graves mas…) e para dizer ao Joaldo que sei o quanto Bandeira está brincando com Rosa naquele artigo, mas Bandeira escrever que por ele Rosa deixaria Diadorim homem até o fim é uma declaração que não devia ficar isolada, sumir sem eco. É uma idéia nítida que veio à cabeça do peta no calor da hora, depois da primeira leitura do romance. E é algo sobre quê meditar. Num certo sentido, Bandeira está dizendo ali que Diadorim é sempre homem, já que foi por ele coomo homem que Riobaldo se apaixonou. Rosa partiu de Mulan, a lenda chinesa (sim, a que virou filme da Disney), mas, além de haver aquele encontro de Riobaldo com o “menino” na outra margem do rio - possivelmente antes de Diadorim começar sua campanha de vingar o pai, que a leva a vestir-se de homem - , no livro de Rosa essa equivocação a respeito da identidade sexual da pessoa amada é fator essencial da estruturação da corda-bamba metafísica em que o personagem central atravessa o livro: o medo da perdição da alma, o (des)encontro com o diabo, a obsessão pelos detalhes, até a visão final do Rio de São Francisco que de tão grande se comparece, parece um pau grosso, em pé, enorme.
P.S.: na verdade eu queria gerenciar o post, editá-lo, consertando o que acho mal escrito e adicionando essa resposta ao R. Joaldo. Mas estou em Ribeirão Preto, sem meu computador e não sei entrar no admin do obraemprogresso a não ser por ele.
vou dormir que amanhã dou aula aqui em ribeirão. aula que vai online para mais de dez mil estudantes pelo brasil todo. e isso é parte da obraemprogresso. depois eu conto.
Caetano,
Carolina, adoro os filmes infantis que você postou. E acrescento ‘O pequeno polegar’, ‘Os três mundos de Gulliver’, ‘O grande amor de nossas vidas’…e mais um tantão. Delícia pura, que minha filha - que não é mais criança - e eu não nos cansamos de degustar.
Mio Caetano,
Por eso quiero que sepas que dentro de mis “cositas” seguras que “siento” tener en mi vida, “tú” te encuentras dentro de ellas. Gracias por darme la posibilidad de descartar la “decepción” y descepar la incógnita.
Te confieso que me aburre bastante asistir la entrega de los oscar, es una de las tantas existencialidades de esta vida taxativa, que me terminan durmiendo, en su percurso; el animador en cuestión(depende) los chistes(piadas)que hacen no me causan ninguna gracia, acabo no entendiendo nada y además muy largaaaaa!! la trasmisión, y todavía con los tantos cortes de tanda no aguanto mucho; en este caso te vi através de los flash informativos, ahí si fué que pare para verte. Es más, siempre, me “concentro” para verte. Por aquello de…”qué decirle a Caetano?”: Dígale que voy a estar “mirando” en dirección a él. Siempre.
Estoy de acuerdo contigo, en la expresión a la que te refieres “Diários de Motocicleta”, podría haberse llamado “Días de Moto”, y mi cabecita frondosa se hubiése imaginado lo que se plasmó en el fims, tengo otra opción esta si me gusta más: “Del otro lado del río”…(rs).En fin.
Caetano MIO, te puedo pedir un “autógrafo”?, virtual claro!, (rs). Beijos no coraçao. Vero.
Cinema é Diversão ?
Por que será que,de cada 10 filmes exibidos na telinha,11 são Made in USA ?
Por que será que seguem o mesmo esquema : perseguição de automóveis,tiroteios,onde são mostradas as ultimas novidades da industria armamentista,e os conflitos são sempre resolvidos à bala,com os adversários sendo eliminados sem nenhuma chance de acordo ???
Por que será que na telona,a coisa não difere muito da telinha,que é a grande sala de cinema do brasileiro médio entre os quais eu me incluo ?
Longe de querer dar uma de nacionalista babacuara(minha lista de filmes inesqueciveis tb está repleta de produções estrangeiras),mas será que a cinematografia nacional é tão ruim assim,que só lhe cabe o papel de coadjuvante ?
Apesar de bater cabeça para as dissertações eruditas,me acostumei a ver cinema como sinonimo de diversão popular.Talvez por eu ser um Zé do burro e não entender mesmo bulhufas sobre enquadramentos,pathos,e fotogramas,e desconhecer alguns dos diretores que são venerados por aqui.
Pra mim,a mais perfeita tradução do que vem a ser a curtição do cinema,é a imagem que eu guardo na memória,de minha mãe nas tardes de sábado diante da TV no meio da sala se escangalhando de rir com as estrepolias,caretas e pulinhos do Oscarito.
Sim,houve um tempo em que a TV exibia comédias musicais com Oscarito,Grande Otelo,Dercy Gonçalves,Zé Trindade,Emilinha,Adelaide,Marlene…
E viva Anselmo Duarte que ganhou a Palma de Ouro em 1962 com “O Pagador de Promessas”,da obra de Dias Gomes ! É um dos filmes da minha vida.
E qual seria o filme brasileiro que marcou a vida de vocês ?
Não é pra comentar sobre o Oscar não. Somente a incontrolável levada de “A Cor Amarela” que me faz dizer aqui ser ela a grande pedida para o carnaval, verão…será que até lá poderemos ouvi-la sem ter a necessidade de conexão? Todas as demais músicas me parecem de um frescor tropical incontestável. “Zii e Zie” para o verão já!
Lindo e presença sempre, Caetano, um abraço afoito.
Rafael,
Guimaraes nao deixou de dar algum toque ‘gay’ para o Grande Sertao.
mas ficou engraçado: ‘me ex falou que Diadorim não era homem, fiquei decepcionado, quase que arrasado mesmo, não consegui continuar com a leitura’.
fica a dica: Je Vous Salue, Marie [ do Godard ]
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=57403281
Caetano,
Tenho gostado muito da presença do cinema no blog. Dos seus comentários e das suas listas. Elas têm filmes adoráveis. “A Mundana”, de Billy Wilder, por exemplo. Gosto especialmente de Wilder e tenho revisto seus filmes agora em DVD.
Quando vi que você é louco por Julie Taymor, pensei em “Across The Universe”, que ela fez a partir das canções dos Beatles. Você já viu? A história é toda contada a partir das letras, e os personagens têm nomes retirados das músicas do quarteto (Jude, Lucy, Jojo, Prudence, Max). Gostei mais por causa da minha paixão pelos Beatles do que pelo meu amor ao cinema. De qualquer maneira, acho que é interessante ver o filme.
Uma listinha: “A Sombra de uma Dúvida”, de Alfred Hitchcock; “Cupido Não Tem Bandeira”, de Billy Wilder; “O Grande Golpe”, de Stanley Kubrick; “Esta Mulher é Proibida”, de Sidney Pollack; “Os Visitantes”, de Elia Kazan; “Paixões que Alucinam”, de Samuel Fuller; “No Silêncio da Noite”, de Nicholas Ray; “Chaga de Fogo”, de William Wyler.
Abraços, Sílvio Osias
Caetano: não tive tempo esta tarde para moderar o blog, então não estava publicando os comentários, e o seu ficou em décimo-nono…
editei o post, coloquei uns links…
engraçado, tenho pensado muito em Los Angeles: vi finalmente aquele filme Dogtown, sobre o nascimento da cultura do skate - mostra um outro lado da cidade - eu também não entendia Los Angeles (e como não dirijo, não sei me relacionar com cidades sem transporte público…) - mas uma vez fui lá e fiquei hospedado na casa do meu grande amigo Sandow Birk ( http://www.sandowbirk.com/ ), talvez o mais típico angelino (mesmo não tendo nascido lá) que conheço (aquele cara que nos pintou, conversando com Regina, Luiz e Kassin, naquele quadrinho que imita ex-voto mexicano que está na sua casa) - saí com ele para vê-lo surfar naquele pier maluco, fomos a vernissages de artes plásticas estilo Juxtapoz ( http://www.juxtapoz.com/ ), fomos a uma missa onde o padre benzia ( http://www.flickr.com/photos/torres21/sets/72157594218112527/ ) carros vintage e low-riders (onde fui apresentado ao meu herói Robert Rodrigues - http://www.lindgrensmith.com/search/rodriguez/index1.php ), fomos em muitos restaurantes mexicanos e coreanos, fomos à festa de um ano da incrível revista Giant Robot (dedicada a cultura pop asiática - http://www.giantrobot.com/ ), conheci vários grafiteiros chicanos - excelente viagem, excelente cidade
boa aula aí em Riberão Preto - por favor traga o vídeo da aula para a gente publicar aqui no blog também
minha lista
as chamas azuis são de são miguel e as chamas violetas de saint germain
tem também o primeiro a morte pede carona, pacto sinistro, qualquer um dos invasores de corpos, e edgar pera, é claro ( http://www.youtube.com/watch?v=qfesNDn56Do )
putz, a lista do hermano é o que há!!! dela não vi “raio verde”, “conversa na sicília” e “meteorango kid”. verei. sou ainda muito jovem, tenho muita vida pela frente, hahaha.
vô pensar numa listinha [noise, claro]. depois coloco aqui.
Glauber! O Meteorango Kid é citado, se não me engano, na música “O Cinema Novo” de “Tropicália 2″. E essa paixão do Hermano Vianna pela Cultura Pop Asiática me foi relatada pelo Alexandre Youssef. Também partilho disso, mas conheço muito pouco.
Sou viciadíssimo em Spectreman! Tanto que ele é um dos ícones do Sgt Peppers de meu blog - o ‘header’ ali do template. E Youssef, nesta última semana, comentou que Hermano havia dito algo sobre a presença do Spectreman ali.
Fiquei feliz não apenas pela coincidência do gosto em comum pela cultura pop nipônica, mas principalmente pelo fato de Hermano ter visitado meu espacinho
Um dia voltarei às veredas do Grande Sertão…
bjs.
Tem um filme brasileiro que não sai da minha memória, eu tinha uns 6 anos na época. Uns bonecos que falavam, tinha umas sereias também… esqueci o nome… esse filme é o primeiro em minha lista.
Super Xuxa Contra o Baixo Astral (foi o primeiro filme que vi num cinema, troquei um par de sapatos por um ingresso, foi no Cine Recreio em Cabo Frio).
Todos os filmes dos Trapalhoes até metade dos anos 90.
Lembro de ter chorado vendo “Um Lugar Chamado Nothnig Hill”.Comprei a trilha, muito boa.
Vale animação? “As Bicicletas de Belleville”
É muito difícil fazer uma lista dessas… são tantos… coloquei esses por estarem na ponta da memória e por serem mais conhecidos. É mais fácil ter livros cativos do que filmes… Vi uma entrevista de uma escritora brasileira(acho que foi a Bojunga) que dizia ter poucos amigos, assim como poucos livros queridos e relidos.
bjs.
adoro que as palavras sofram ou gozem mutações na boca do povo ou de seus bardos inspirados, o gene de Adão arremessando nomes sobre coisas permanece.
Salem: E não é que Caetano esta certo o Salem tem sempre razão! Quando escrevi sobre a academia brasileira de musica ate pensei que com o tempo poderia mesmo acontecer o mesmo que a gente vê que acontece com a ABL (quem sabe um dia ela fica mais democrática e a eleição de seus membros não venha atreves do voto direto dos leitores das obras, ou dos “experts”), mas, quando pensei nisso na verdade pensava no que falei posteriormente sobre o estudo da musica nas escolas, eu ainda peguei o finalzinho dos tempos que estudo de musica na escola era obrigatório, mas cá pra nós, era um porre ter que aprender somente os hinos, e era o hino nacional, o da bandeira, o da independência e por ai vai ((nada contra os hinos), a minha idéia era um pouco mais abrangente, era o estudo da musica popular brasileira, seus textos, sua importância histórica, isso como momento político, ou ainda como influencia no comportamento social, moda, consciência, politização, etc. Ao mesmo tempo, me parece obvio que teríamos que pensar num gosto musical abrangente e democrático, mas, me parece bem melhor do que ficarmos na ignorância musical que temos hoje. Culturalmente, para mim, a musica é tão importante quanto a língua de um povo, porque também através da linguagem musical se traduz os costumes e a historia de um povo, é a marca registrada de uma nação. O samba por exemplo é a marca registrada do Brasil, em qualquer lugar do planeta que a gente se encontrar se começar a tocar um samba você vai escutar… Brasil… Brasile, Brazil e por ai vai. Que me perdoem novamente os profissionais da área literária (que como já coloquei no meu primeiro comentário a este blog para mim é fundamental), mas, penso que a musica é muito mais expressiva, dentro da minha exposição acima, do que a literatura, talvez pela própria forma como é globalmente difundida. Não sei se me explico bem você tem muito mais habilidades e objetividade com as palavras do que eu.
Tudo isso me fez lembrar de uma reflexão que andei fazendo sobre estereotipo, criação e criatura. Quando falei do João Gilberto no meu ultimo comentário, coloquei a imagem dele de terno (sempre clássico), depois o violão, e pensando sobre isso viajei… quando é que uma tendência musical vira o próprio criador, para mim, e me corrijam se estiver enganada, a Bossa Nova é o João Gilberto, inclusive já escutei comentários assim, uma pessoa começa a dedilhar no violão uma musica da bossa nova e alguém diz: nossa isso daí é João Gilberto, porque tem a cara dele. Extrapolando um pouco, da mesma forma quando se vê uma pessoa tocando composições da tropicália, não é raro as pessoas dizerem: isso daí é Caetano, é Gil, é Novos Baianos, ao invés de dizerem que é tropicália e, por ai vai, o Hermeto Pascoal também tem esta marca com seu instrumental, entre muitos outros que viraram a própria criação musical. Li num trecho de Verdade Tropical sobre a observação de Caetano sobre a Banda de Chico, e embora o Chico tenha ate feito muitas obras magníficas, a banda sempre será a marca registrada dele, aqui na Itália eles adoram esta musica, penso que a acham alegre, se identificam com ela e não é raro escuta-la na TV.
Carlos “Alemão” Moura: Puxa vida como pude me esquecer do Mel Brooks adoro os filmes dele (rindo aqui), quando era criança adorava e tenho recordações gostosas daquela ingenuidade caipira do personagem criado por Monteiro Lobatos do Jeca Tatu muito bem representado por Mazzaropi.
Pedro Macunaima: Este Brasil è maravilhoso adoro a figura de Macunaíma, adorei a tua escolha e volta logo mesmo.
Gravataí Merengue: No Orkut, na minha opinião um ponto nosso de referencia, pelo menos ate o momento esta sendo mais o perfil da Exequiela, uma que o perfil dela é novo então lá seguramente você ira se deparar somente as pessoas do aqui do blog. Quando te escrevo não sei se o Roberto já te respondeu porque o blog é sempre muito dinâmico, então vou aguardar que ele te esclareça melhor as questões referentes ao projeto dele, mas não posso negar que vibrei com a tua adesão.
Beijos a todos!!!
Superxuxa contra o baixo astral foi a melhor citação até agora…..
Me fez lembrar de um episódio engraçadíssimo: Acredito que por estar embalado na onda do sucesso de “Sozinho”, que fez Cae estar em toda parte, vi uma vez em que ele esteve no programa da Xuxa. Cantou “Sozinho”, “Leãozinho” , etc… Depois, a apresentadora perguntou se era verdade que ele havia gravado UM disco cantando músicas infantis para seu filho, tendo ficado claro que o disco não seria comercial, mas destinado somente ao filho de Caetano (morramos de inveja, mortais).
Tendo o músico confirmado a gravação de tal disco, a apresentadora sapecou: E quando Sasha vai ouvir esse disco?. A genial resposta: Não sei, quem sabe um dia ele empresta pra ela?!
A propósito: Caetano, quando é que Vinicius (meu rebento que deve chegar na semana que vem) vai ouvir esse disco?
beijos a todos
Realmente depois da provocação do Hermano com Superoutro e Meteorango vou ter que soltar uma lista também.
memória recente:
Caetano,
Tenho visto todos os seus pitacos sobre coisas interessantes, experimentalismo musical e leitura e gostaria de te perguntar se você nunca teve vontade de experimentar com as histórias em quadrinhos fazer uma obra interessante. Pura curiosidade, apenas.
Abraços
Obra em Progresso, sei que essa é a idéia, mas mesmo assim arrisco-me a ficar Fora da Ordem (embora acho que não).
a) Assisti há pouco o “Pan-Cinema Permanente” (quem ainda não viu, vá antes que saia de cartaz; aqui em Sampa está apenas em um cinema; em um horário…).
b) Acabo de ver no jornal um estranhamento “Tom Zé X Caetano” (chato, isso).
c) O Cê tem uma levada rockeira que está presente em Jards Macalé. A levada rockeira de Jards é diferente, claro. Mas a convergência entre os dois me pareceu mais acentuada nesse último trabalho (tanto que Caetano, no show que deu em Sampa, dedicou, se não me engano, uma canção a Jards). Quando ouvi Caetano mencionando Jards Macalé em seu show, fui tomado por um sentimento de alegria. Se o estranhamento de hoje é com Tom Zé, o antigo entrevero com Jards parece superado (que o estranhamento com Tom Zé se desfaça no ar).
d) Voltar ao filme é voltar a Waly Salomão. Na contra-capa do cd Real Grandeza aparece um close de Jards e, ao fundo, uma foto fora de foco, em movimento, de Waly mas que lembra muito Caetano.
Delírio: pareceu-me uma idéia significativa nesse contexto ouvir “Olho de Lince” na voz de Caetano. E “Mel” na voz e violão de Jards. Waly, um elo.
PS: Vick Cristina Barcelona tem a cara de Woody Allen e, ao mesmo tempo, tem uma levada almodovariana que me pareceu um elogio simpático. Amei o filme.
Helô: tudo indica que a sequência dos filmes virá, ao menos foi o que o diretor deu a entender numa das entrevistas quando do lançamento do segundo volume. Segundo ele, Julie Delpy disse que se fossem fazer e se fosse ter cenas de sexo, “teriam que fazer logo”. Ao que ele complementou: “Imagina, ela está cada vez mais linda”. Talvez não tão em breve, mas acho muito provável!
A expressão original como a ouvi é “ficar com os dentes no quarador”: no Nordeste se usa muito “quarar” as roupas, que é lavá-las, ensaboá-las e deixá-las “quarando”, ou seja, descansando um tempo para que fiquem mais brancas ou mais vistosas, antes do enxágüe. Como não sei se é comum em outras partes do país, usei o varal
*
Dos filmes mais recentes o que mais me tocou foi “Na Natureza Selvagem” (Into the Wild).
Meu “filme nacional” favorito é “Festa”, de Ugo Giorgetti (por que insistimos em tratar filmes feitos no Brasil como um gênero específico? Já repararam que existem “suspense”, “comédia”, “drama” etc e também “filme nacional” (de um tipo só e que engloba todos os anteriores)? Na “minha” locadora existe ainda a parte de “Não-americanos”(?!) - e nem sei se os nacionais não estarem nela é sinal de distinção favorável.
Como surgiu o assunto sobre oriente e produção pop asiática, cito alguns filmes bem interessantes.
Contra a Parede (Gegen die Wand) de Fatih Akin (2004) é bem bonito e forte, mas sobretudo, pop; e tem um mundo oriental distante e profundo. No entanto, um universo misturado quase esquisito, mas não tão esquisito quanto os mangás, animes e golpes de kung fu.
Outra maravilha, por mais que a Folha de São Paulo diga o contrário, é o filme “O Arco” (2005) do Kim Ki-duk, lançado recentemente no Brasil em DVD. Este coreano é extremamente original e bonito. Tem uma singeleza sobrenatural. Mas não aquela singeleza esperada… Por ‘(c)olhões’ ocidentais, como os da Folha… Aliás, vale muito a pena assistir, dele também, “Time” (2006), “Breath” (2007) e Dream (2008), além, claro, de Primavera, Outono, Verão, Inverno, Primavera… (2003).
Outro ótimo diretor, este extremamente pop-coreano é Chan-wook Park que produziu a maravilhosa ‘Trilogia da Vingança’ –Sympathy for Mr. Vengeance (2002), Oldboy (2003) e Lady Vingança (2005)-. Estes filmes fazem parte daquela produção asiática profundamente pop, com roteiros extremamente hollydianos, mas com um olhar oriental absurdamente diferente de todo olhar norte-americano.
Abraços!
Aliás, Caetano, assisti ontem pela primeira vez seu filme, Cinema Falado. Adorei! Regina Casé com atuações soberbas, Moreno maravilhoso, seu irmão e João com chuva; coisa mais linda, a “poeira de estrela, nebulosa” em Santo Amaro, sua mãe cantando Noel como que em serenata, Thomas Mann, Gertrude, mar, aquela cena sobreposta e justaposta dos corpos negro e branco… Lindo, lindo, lindo!
ficou sem europeus a minha lista então:
olha a lista. alguns já citados aqui, até por mim, anteriormente:
………………….
versão brasileira, herbert richards…
Caríssimo Professor Caetano
Queria humildemente me qualificar como aluno ouvinte, vidente e olhante das aulas desaguadas no curso do ribeirão de pele preta. Estou sedento pra mergulhar nas águas e navegá-las por mares virtuais.
Acho que falo aqui em uníssono com os meus companheiros de pesca.
Publicar o teu curso seria uma reviravolta nas águas do blog, um tanto represado pela tensão do final de ano chegando.
Teríamos novos plots vindos da outra margem do rio.
beijo na testa do seu admirador abissal
Fernando Salem
Vejo duas formas do que podemos chamar de “cafona”. Uma que remete ao popular, ao autêntico e que fala diretamente às emoções,sem vergonha de ser o que é. A outra é a do Oscar, do Botox, a cafonice pretensiosa do falso, envergonhada de si mesma, que quer se ver como refinada mas só consegue ser “sofisticada”. Não admite entrar em contato com o sentimento rasgado e profundamente humano e procura de todas as maneiras desacreditá-lo. Esse tipo de cafonice fere com ainda mais intensidade o feminino e aí acabamos vendo atrizes que fazem paralizar sua expressão. São como bailarinas amputadas, cantoras emudecidas.
Alguns artistas são geniais em captar essa verdade intensa do sentimento humano e popular: Frida Kahlo, Fellini, Almodóvar são só alguns entre os que apareceram aqui aqui.
Salma Hayek produz a deliciosa série Ugly Betty, em que vejo algumas afinidades com o Vexame do Salem. Alguns vêem deboche nessas homenagens, mas quem disse que o amor não pode ser um pouquinho debochado? É outro jeito de entrar em contato com averdade da alma, e rir de si mesmo. Caetano, com sua gravação de “Coração Materno” (eu tinha uns 9 anos, sei de cor até hoje) me ensinou a olhar com respeito para o universo que a Francisca, baiana que cuidava de mim e de meus irmãos, sintonizava no radinho.
Saudade de Gil Gomes, um dos grandes contadores de histórias do Brasil.
O Professor Aloprado, Mazzaroppi, Um Convidado bem Trapalhão.
Miriam Lucia: Encontrei Roberto Joaldo no Orkut, estamos de conversa por lá e até dei pitacos numa comunidade dedicada a Caetano Veloso! Encontrei também o perfil de Exequiela, mas fiquei acanhado demais, sou tímido - embora aqui, por escrito, isso não seja talvez tão perceptível.
Caetano e Heloísa: Sabe o que era Ribeirão Preto nestes últimos dias? Um Caetano Veloso cercado de erres retroflexos por todos os lados!
Nando: Meu filme nacional favorito também é “Festa”! É o máximo, o máximo, mesmo! Gosto da história, e da não-história, e de Adriano Stuart, de Mautner (que lindo ele ali!), de tudo tão paulistano sem ser caricato, do Abujamra! Um filme lindo! E, em “Sábado”, o jogador de sinuca de Adriano Stuart aparece na última cena, repare!, quando Wandi Doratiotto volta à portaria, na exata última cena - ele (Stuart) passa na frente do prédio e acena ao zelador (Doratiotto).
Por fim, fica o link sobre aquele papo do Woody Allen cronista - finalmente foi ao ar o texto lá da revista online Mundo Mundano: http://www.mundomundano.com.br/v1/?com=secao_conteudo&secao=5&conteudo=262
Ah, Glauber: tenho a música de abertura de Spectreman em mp3. Mande-me um email lembrando disso e envio para você, caso não a tenha!
meu querido caetano,
como é bom poder tocar um instrumento, e o meu agora é o computador, essa coisa inexplicável e adorável, que permite trocar idéias com gente de todas as partes do mundo, e até com nossos ídolos, que estão logo aqui.
Não fossem os problemas sociais gerados pela insaciável e devastadora selvageria do sistema capitalista, afirmaria ser um privilégio viver em uma época de tantas transformações e avanços tecnológicos. Tudo tem seu preço, né?
Quero expor minha opinião Posso?
Na expressão ‘out of the blue’, algo inesperado, algo que vem do nada.
Nessa linha penso que “burn it blue” tenha a mesma conotação de eternidade, significando, portanto, queimar sem deixar vestígios, extinção.
O
Adorei o post, sobretudo suas descrições sobre Los Angeles! Nunca pisei em solo norte-americano e confesso que não tinha vontade! E o curioso é que meu lado “arquiteta” sentiu total ressonância com os lugares descritos por você e bateu aquela tremenda vontade de ir lá contemplar a igrejinha do bairro chicano! Sempre tive curiosidade, também, de saber suas impressões sobre a noite do Oscar em que você cantou. Fiquei muito emocionada quando te vi cantando na magnitude daquele palco, com aquela cenografia e iluminação que pareciam irreais de tão perfeitas; homenageando uma artista mexicana insuperável. Eu costumo dizer que gostaria de ter a alma mexicana, porque, definitivamente, amo o México e suas pessoas amáveis e simples! Ah, os norte-americanos ainda têm muito o que aprender com a amorosidade latina. E voltando ao seu post, aproveito para dizer que “A foreign sound” é um dos seus álbuns que mais amo! Sua interpretação para “Love me tender” é divina, assim como “Nature Boy”. “Come as you are” ficou surpreendente e genial. Adoro! Lembro de uma entrevista sua, na época do disco, em 2004 (senão me engano), na qual você dizia que, ali, estão músicas que você sempre cantava para os amigos e que eles pediam para você fazer um disco com elas! Só me resta agradecer a eles por terem insistido e a você, por atendê-los! Bjs daqui Minas, Vivi
Por ordem de comentários:
Carolina:
Incluo na sua excelente lista de infantis, Chic chic ban ban (o calhambeque voador).
E, sim, no post anterior, lá por volta do 290, Miriam citou Chaplin e suas comédias românticas.
Exequiela (te respondo en mi portuñol de la calabria):
Tambien no me gusta el Oscar. Pero, ôrre, o que me deixa mais puto é la seriedad com que nosotros torcemos por nossas películas e nossas estrelas.
Ou seja, nosotros lebamos este reunion mais a sério do que lo merecia. Não ganhou o Oscar, nem foi indicado, ok, lo filme continua maravijoso!
Un dia assistiremos el Galbán Bueno (és un locutor-personarrem ufanista de nuestras paradas): “É hoje, amigo, Tropa de Elite é Brasil no Oscar 2009!!!!”.
Luiz Castello,
Excelente comentário. Minha formação cultural tem influência total americana (cinema, hq, rock), daí meus filmes predominantemente americanos.
Mas citei Bandido da Luz Vermelha. Pra mim, dos que eu assisti, um dos maiores de todos os tempos, de todas as línguas, de todas as pátrias.
Ah, com todo o respeito, acho Cidade de Deus um filme totalmente americano.
Gravataí e Hermano,
Cultura pop nipônica + Grande Sertão Veredas = Princesa e o Cavaleiro - a história da Princesa Safiri (acho que era esse o nome). Alguém se lembra?
Beijos a todos!
As cidades nos respondem bem quando quando nos permitimos ao conforto e a intimidade de quem as habita.É sob-sobre o dinamismo de Los Angeles oeste-oriente-zen que foi possível Hollyood criadora de ilusão.O rio São Francisco morre ejaculando no atlântico.Fui a Bahia e Salvador tres vezes.Beirando a primeira margem da infância lembro apenas por retratos de família.De uma louca família muita amiga nossa baiana-judia-mineira fazendeiros de cacau em Ilhéus.Lembro da lembrança atormentada,traumática e duradoura de meu brother primogénito que pôde entrar em um museu em Salvador e vislumbrar as cabeças cortadas do bando de Lampião.A dois mezes atrás pude através da possibilidade da internet,ter contato com uma foto da cena horripilante que o coitadinho viu.Aquela instalação em empilhamentos tétricos…Impressionante o impressionismo mórbido estático de um trofel antigo do marquetismo baiano.Penso que a morte quando em Minas é mais viva.A morte da liberdade quando aconteceu com Tiradentes quando esquartejado e posto em cenários dos caminhos e dos abutres me parece mais amena.Aquelas cabeças afogadas em formol e confinadas em potes gigantes de vidro grosso…Tô fora!A segunda margem na pré-adolecência,ainda com a família.Uma maravilha!Um mar azul-profundo ainda sem sujeiras,mergulhos com peixinhos coloridos junto ao Porto da Barra.Meus primos moravam por lá e a intimidade com o lugar foi mais fácil.A terceira margem recente e sozinho…Cinco dias e seis amores.Quando no primeiro dia sai do hotel com lenço e sem documento costeando paredões junto ao mar e um banhista lá em baixo arreganhou sua arcada dentária de fera enjaulada para me amendrotar,experimentei um misto de dó e raiva.Já na Barra comentando a recepção da feroz pantera-negra,me aconselharam dar de face e esnobar toda vez que isso ocorrece.Mineiramente não disse que tinha atuado justamente assim.A Bahia não me engana nem me amedronta.Tudo ali avisa sobre os perigos.Embarca quem quer se deixar levar.Também me impressionou o estado de luto nos soteropolitanos nos dias que antecedem carnaval.Chamaram aquilo de estresse ansioso de véspera.Amei!
Pensava mesmo em solicitar ao Hermano a publicação da aula do Caetano (estou superesperando); Filmes, filmes, não lembro os nomes, gosto de coisas de Bergman (o rosto?); gosto de Metrópolis; A excêntrica família de Antonia; Beleza Roubada; Modigliano (chorei infinitamente); tem tanta coisa, Antes do amanhecer que é melhor que o outro; 91/2 de amor; praticamente tudo do Felini (adoro Satiricon); Tem um que que eu acho a coisa mais linda; costumo brincar e dizer sobre o menino: AQUELA CARA É O CORAÇÃO DE JESUS - Morte em Veneza - é uma obra de arte em movimento. Curto bastante o Cinema Falado (o Caetano aparece pouco no filme) Sou curioso por saber se o nu frontal, a cena do pênis mais exatamente é mesmo do Maurício Matar, alguém cogitou numa comunidade que seria do Caetano) Que importância tem isso?
Patrícia*
no outro post vc comentou perguntando em que estado era esse cineminha que o pessoal estava combinando,eu ía brincar com vc: em estado de êxtase, com todo esse repertório. mas depois desse coment do Hermano, da sua saborosa lista de filmes, pensei em me convidar pra um cineminha carioca na minha próxima ida ao Rio. quer ciceronear, Hermano? rs rs . vai uma pipoca aí, Patrícia?
a no dia que eu passar por Los Angeles, levo as dicas de vcs anotadas num caderninho: das missas, aos carros e restaurantes…
Hermano, sou menos de falar sobre, e muito mais de ouvir e agir a respeito. eu, solenemente, me convido pra vc ciceronar um filme em terras cariocas. fev tá bom pra ti? ( te passei um Oscar - abacaxi…) rs rs alguém mais se convida? rs
Caetano
beleza esse aulão! repassa algo aqui no blog. tou estudando, quem sabe dou sorte e aproveito algo nas minhas provas…tomara que esse povo consiga espremer de ti todo o suco que essa sua tropicália tem pra dar.
depois da lista do Hermano vi o qt o interior faz bem pra minha tranquilidade, e me defasa as idéias.
tá Hermano, cicerone de cinema é brincadeira, mas um café na livraria, tá valendo.
Boa lembrança! Pasolini, rumino tudo dele.
Fiquei encafifado com esse filme “Time”, tenho minhas dúvidas se ele é bom, parece um pouco bruto (não sei se é a melhor definição, é difícil de deglutir), mas gostei bastante - Parece que melhora do meio para o final. “Primavera, Outono, Verão, Inverno, Primavera…”, filmaço, só que tem uma hora que o diretor esgota com a paciência do espectator.
!”Ken Park” é inesquecível!
bjs.
Caetano quase cai da cadeira ao ler teu comentário! Aula em Ribeirão Preto, 10000 alunos da rede de ensino!!! E eu que tinha acabado de postar sobre isso para o Salem! E vejo que enquanto eu estava aqui buscando o caminho da escola o Caetano já estava lá fazendo a lição de casa. Bárbaro isso!!! Vibrei apaixonadamente!!! Tinha que ser você mesmo, você é genial sempre. Quem me dera poder assistir esta tua aula também! Já li que não sou sozinha o Hemano também ficou na curiosidade. Um beijo com todo carinho do mundo.
Cara Heloisa isso é a emancipação feminina (risos) tem os pros e contras, no meu caso foi ter que pagar a conta sozinha. Eu confundi os posts e acabei postando meu comentário com relação ao poste anterior aqui e ainda não tinha lido os seus comentários, mas ainda da tempo, você ira ver que eu postei o comentário sobre a importância das aulas de musica nas escolas e ainda nem sabia que o Caetano estava fazendo isso em Ribeirão Preto, enfim, posso chamar isso de sintonia. Você como educadora (sei que és bem mais que isso) deve estar orgulhosa também, depois a gente fica aqui gotejando e muita gente não entende o porque. Procure meu e-mail no teu orkut.
Exequiela me lembrei de uma coisa que não sei se você conhece ou já escutou falar: o baiano tem mania de mandar “um cheiro”, ao invés de mandar um beijo (não sei se você compreende: traduzindo a grosso modo: “enviar un olor”), mas, somente vim compreender o que seria este “cheirar” do baiano quando tive um namorado baiano legitimo. Achei interessante e muito marcante e, vamos ver se consigo tentar te explicar. Você sabe o beijo do esquimó que esfrega um nariz no outro carinhosamente? Pois bem, o baiano quando dá um cheiro, ele vai escorregando o nariz de forma muito macia e aspirando silenciosamente e bem devagar muito próximo da pele da gente, com um pouco de sensibilidade a pele fica toda arrepiada, daí ele se afasta um pouco para que a pele se recomponha e volta novamente a “cheirar”. Penso que se pode imaginar o que um “cheiro” destes é capaz de causar, mas o baiano tem esta particularidade. Mas da mesma forma que existem vários tipos de beijos existem também no modo baiano de “dar um cheiro”, o cheiro pra mãe, para os amigos, etc. mas sempre tive no “cheiro baiano” este ato de carinho.
Carolina: eu sou vidrada em filmes infantis, fora os que já citaram por ai: Pinoquio foi o meu filme de infância, O Velho e o Mar também, Topo Gigio (que assisti na Argentina quando era criança e chorei tanto de emoção), Madagascar, a Era do Gelo 1 e 2, O Rei Leão, Garfield, Robôs, na verdade da Disney não me lembro de nada que não goste, assisti recentemente Kun Fu Panda, Procurando Nemo, O Espanta Tubarões, Uma Cilada Para Roger Rabbit, Edward Mãos de Tesoura, Peter Pan, A Dama e o Vagabundo, Fievel, Castelo rá-tim-bum. Para falar a verdade dificilmente não gosto de filme infantil, me emociono ate hoje, choro mesmo, deixo fluir a criança que sempre trago dentro de mim.
Hermano me lembrei da primeira vez que assisti A Morte Pede Carona, eletrizante para não dizer horripilante, um outro que me causou a mesma sensação foi o Cabo do Medo, com Robert de Niro. Também me lembro a primeira vez que assisti Um Lobisomem Americano em Londres, eu estava sozinha no cinema, numa sala de projeção enorme do Paramount da Brigadeiro Luis Antonio, já na primeira cena do filme quando não aparece ninguém, tudo escuro no meio do nada e comecei a escutar os passos correndo e aquele o uivo te juro que eu queria sair correndo dali também, mais acabei ficando, e depois quase no final tem a cena no cinema, ai,ai,ai, eu fiquei grudada na cadeira, mas é isso o que vale, a sensação que o filme desperta e talvez por estar sozinha a tenha sentido muito mais intensamente. O mesmo aconteceu quando assisti na mesma sala e também sozinha uma reapresentação de Papillon o mar ocupava a tela gigantesca, muito lindo!
Um filme que me marcou Fanny e Alexander do Ingmar Bergman.
Beijos
só consigo lembrar desses agora! desculpem entrar atropelada…
Função Comment 28-Luiz Castello disse:
…”E qual seria o filme brasileiro que marcou a vida de vocês ?”
Abs
gentes, tou amando as listas. noemi, quito, glauber…demais
então lanço
Adoro quando vejo aqui alguns filmes que eu gosto muito e que só eu tinha postado (e, às vezes, nem eu ainda). É bom saber que tem mais gente que divide esses prazeres comigo:
Miriam, assim que soube da aula, fui logo desencavar na Internet que escola era essa de alunos tão sortudos. Tomara que a gente possa saborear essa aula aqui também!
Gravataí, quase não vi seu comentário no meio de tantos. Adorei a idéia do Caetano rodeado de erres retroflexos por todos os lados!
Paloma, gostei da sua interpretação para ‘Burn it blue’ também. Cheguei a entrar em um site americano onde as pessoas conversavam sobre o significado do título e, olha que engraçado: não chegaram a nenhum acordo. Alguém falou em chamas azuis também, outro falou sobre uma crença antiga ligada a um espectro (fantasma ou diabo), e outro disse que não dá para entender muita coisa em letra de música mesmo, que nem adiantava tentar. Descobri uma infinidade de sentidos para a palavra ‘blue’, além das que a gente já conhece - uma parece com a sua definição, só que no sentido de distância: ‘He disappeared off into the blue’. Até para ‘burn’ vi um significado diferente também: ‘brilhar’. Essa língua é muito louca mesmo. E, para completar, veja uma foto que encontrei. O nome dela? ‘Burn it blue’.
http://www.flickr.com/photos/pandemonium80/439486422/
Também acho Caetano, que tu deverias voltar a fazer cinema. Acho “Cinema Falado” um filme porreta, e jamais vi no cinema uma cena de nú frontal masculino feita com tanta arte, beleza e delicadeza como a tomada de Maurício Matar através do vidro do box do banheiro. Descobri Bola de Nieve numa ida a Cuba. Sei que tu o conheces bem. Por favor, faça uma filme sobre ele. Ou, repito, sugira a Almodóvar…Abraços.
Oi pessoal, lá vai a minha lista:
Caetano & Cinema:
Acho que assisti à uma entrevista, ou li, que Caetano desistiu de fazer “Irmão Sol, Irmã Lua” de Zeffirelli, quando no exílio, será ???
Judith, no comment 7, já deu o link, mas quem quiser assistir a apresentação do Caetano & Lila no Oscar/2003:
http://www.youtube.com/watch?v=AkSoNxK9YlE
…POESIA POIS É ROSA POIS É PROESIA - POIS É EM PESSOA
- Caetano -
Em comentário meu não publicado de primeira, que seria o de n. 40 no momento em que o postei hoje cedinho, eu, que sempre quero estar aqui - de um modo que permanece mais belo se inexplicado - usando as palavrinhas não mais ou unicamente como meios de designação, e sim ou principalmente como atos performativos de linguagem, fundindo poesia, amor, humor, e deixando a escrita se embalar por todos os ‘pathos’ que me acompanham, como se fossem deusezinhos de naturezas as mais distintas, até contraditórias, ou até diaboliquinhas, que fagulham em meus dedos ao toque do teclado, ou pelos lábios quando prefiro soprá-las – eu expressava a minha enorme emoção por você agora ter, enfim, contextualizado – magnificamente - aquele ponto que eu alfinetei, na página anterior, sobre uma certa política de identidade sexual que “torce” redutoramente pela macheza ‘genital’ de Diadorim.
Como voce foi tão feliz em repropor a questão, que repercute em matéria tão diadorinda para a vida de cada ser humano, e que Rosa soube figurar como verdade desconcertantemente rica e original - não redutível, acresço agora, só para dar mais um exemplo, à poderosa compreensão freudiana da sexualidade, que ainda é reconvocada como autoridade no assunto. Como você fez isso com grandeza tamanha, eu fiquei tão aeroplanado pro feliz, que o que cedinho escrevi, prometendo até voltar ao assunto outra hora, porque acho que mais gente iria se deixar tocar com isso – ora,a poesia daquele momento se perdeu, e eu não poderei resgatá-la agora nem em outro momento! Pois escrevi-a, diferentemente do que vinha fazendo nos últimos dias, direto no browser.
Já falei que os meus textos aqui são polissêmicos a um nível que às vezes sai exagerado –reconvocam, guardadas as minhas dimensões para com o que o fazia o próprio Rosa, o Sentido para voltar a se esbaldar diversas vezes no leito da Linguagem, flertando com as barreiras da Língua. Convidam à releitura. Eu mesmo, como já disse aqui, aprendo com eles quando os releio. E são quase sempre longos - porque são quase sempre performances que necessitam de uma duração maior e peculiar no tempo para se realizar. E foi uma forma que eu encontrei de escrever até mais rápido aqui - sem ter de parar muito minhas atividades habituais para ficar reeditando e reeditando os meus pensamentos.
E são apreciados a despeito ou por tudo isso. Teteco esta tarde o disse perante a mim no Orkut, como se adivinhasse que eu precisasse vir fazer o que eu estou fazendo agora aqui. Heloisa, como se adivinhasse igualmente que eu vinha aqui para este fim, também esta tarde disse-me lá que são “encantatórios” - e já sente a minha falta! Exequiela - uma pessoa já maravilhosa por sua própria linguagem natural e pulsação vital -, que vive o tempo inteiro em outra língua, teve dificuldades com o meu último texto “voador”, como ela disse, pelo justo fato de não dominar o português, mas mostrou-se, feito uma princesa Carmesina magnetizada diante dos torneios de galanteio verbal de um Tirant (falo em Tirant lo Blanc, de Joanot Martorell) toda prosa comigo,e naquele seu sotaque delicioso – disse quase assim: prossiga, Joauuudo! A ela prometi que em página interna do Orkut a ajudaria não a entender o que lhe escapou, mas a compreender – que é algo bem maior, porque compreender faz a gente ultrapassar o entender e assim se libertar de qualquer tirania de resolver tudo com base no entendimento.
E em lugar daquela poesia perdida para o que seria originalmente o meu primeiro cmt. nesta página, enquanto não volto ao assunto diadorindo da sexualidade humana, nem a outros assuntos desta OeP (que me transformam no peixinho ensaboado mais pulante que existe), quero manifestar o meu regozijo, Caetanino, pelo que você enviou acima para mim como pêssegos de sua voz, oferecendo uma poesia que nunca se perde. E que será o meu antecipado Cartão de Natal especial pra você - extensível a todos os queridos infocaetanautas:
o Guardador de Rebanhos – Parte VIII
…POESIA POIS É ROSA POIS É PROESIA - POIS É EM PESSOA
Link correto:
http://www.releituras.com/fpessoa_guardador.asp
Sabe Caetano depois de ler o que voce escreveu sobre Los angeles comecei a entender mais o que eu sentia por esse lugar e esse evento que é o oscar, sempre achei que se faziam muita “festa” com Los Angeles, acho que é por existir lá tanta gente que é famosa no mundo inteiro (por metro quadrado) e tambem acho que se paparicam muito a festa do oscar quando sabemos que é tudo uma forma de divulgação da cultura do cinema de lá e mesmo que peguemos uma carona no rabo do comenta da festa do oscar eu prefiro o brilho das nossas “estrelas” e eu adorei ter ver no oscar mas tambem amei ver voce cantando para toda minha gente aqui do Ceará lá no parque do Coco, na verdade eu amo ver voce se em qualquer lugar. Sim mas voltanto a falar em Los Angeles eu gosto muito das luzes desta cidade mas prefiro a clarida dos lapiões que iluminam o sertão do Ceará não tenho nada contra o glamur das grandes capitais mas o brilho da minha terra e o carrisma da minha gente me enraiza aqui para sempre mesmo que meus galhos se ramifiquem para outras terras estou fincado aqui no meu Ceará.Tem muita gente boa atuando em filmes bons mas tambem tem o contrario e a fabrica de sonhos de Los Angeles produz muito mas meu Brasil tambem tem muitos atores, autores, cantores e tudo mais que enche qualquer um de eterna alegria. Valeu Cae. abração Jô
Bom, como ja coloquei em outro comentário, esse blog está me acompanhado (pela tela, pela janela…) e ouvindo uma música do Milton a elegi como um possível hino a esse blog, segue o link:
A força do leão que exequiela relembra em todos seus comm, tem a citação de teteco (anjo suave), o pedido de Salém pra compartilharmos a lembrança do primeiro encontro com Caetano…
mas confesso, sem culpa, que é o cinema americano que me fala à alma, que fala a minha língua. de billy wilder a jack black. há algo ali que não encontro n’outro lugar.
na música, o sec. xx começa mesmo com stravinsky e o jazz [dixieland, ragtime, etc].
………………..
a foreing sound foi o primeiro disco de caetano que comprei, e gostei muito dessa roupagem pra músicas americanas. aliás, muita coisa ali só ouvi e gostei por causa do que fizeram nesse disco. os arranjos são bons demais pra se ouvir cozinhando algo lentamente, e bebericando um pouco de vinho (eu que nem sou de beber, nem de cozinhar muito…). imagina ouvir Diana assim! e “come as …” cortando vegetais! the man I love pós jantar, é tudo!
nando
Oi, Lucesar! Sobre “Irmão sol irmão lua”, Solano Ribeiro conta em “Prepare o seu coração, que quando estavam já com quase tudo acertado para fazerem o filme, Guilherme Araújo, na época empresário de Caetano, chegou com a notícia de que estavam livres, ele e Gil, para voltaram para o Brasil. E com palavras do próprio Solano, “as gravações para a trilha do filme foram programadas exatamente para os dias do carnaval. O carnaval da Bahia. Diante da nova realidade, qualquer outro compromisso teria menos importância. (RIBEIRO, p.155, 2003)” Abs daqui de Minas, Vivi
Ahora estoy en una encrucijada: te pido LeAozinho un cheiro bahiano? HMH, no sé. Si ya te cuesta tanto mandarme um beso, beijito, BESOTE, no me imagino lo que tendría que insistir para un cheiro bahiano. Mi energía es finita.
Joauuuuuuuuuudo: Te despertaste del sueño o terminaba ahí? Prosiga! Algo voy a entender/comprender, no se preocupe! (ya sabés que “no comprender” para mí va a ser un ejercicio).
No vi Cinema Falado, me gustaría verla.
PELÍCULAS INFANTILES
Compartilhando essa obsessão coletiva por cinema na telona, fiquei curioso pra saber como anda a relação de Caetano com a TV também.
Até agora pouco falamos sobre televisão. Caetano invadiu a TV brasileira nos anos 60 no programa “Essa Noite se Improvisa” num histórico embate com Chico Buarque. Os dois competiam pra ganha um Karman Guia cantando canções depois de ouvir uma palavra. Chico, ao que consta, trapaceava em grande estilo. Com malandragem, compunha canções de improviso, enganando o júri. Acho que li ou escutei o Caetano contar que ele ganhiu ma finalíssima quando a palavra era “garota”. Atacou de “Garota de Ipanema”. Acontece que “Garota de Ipanema, a despeito de seu título, não tem a palavra “garota” na letra.
Chico e Caetano fatiraram alguns Karman Guias na época.
Mais tarde, Caetano foi à Discoteca o Cassino do Chacrinha, atmosfera sintônica com a Tropicália.
Há algus dias vi Caetano nu YouTube cantando “A Filha da Chiquita Bacana” com os Trapalhões. É espetacular. Mussum, de quem sou fã. segura laranjas dentro de um sutiã, cantando “a quadrilha toda grita! Viva a filha da Chiquita”!
A TV mudou muito com os canais a cabo. Fico aqui pensando se Caetano já assistiu House ou Monk, séries das quais sou fã também. Se ainda gosta de ir cantar na TV.
No Circo do Edgard, pro qual escrevo roteiros, o senti à vontade cantando É Proibido Proibir acompanhado de surpresa pel guitarra genial de Lanny Gordin.
E aí, Caetano? Você ainda vê TV? O que te apetece? Ainda gosta de ir cantar e dar entrevista, independente das obrigações de divulgação de discos?
Qual é a TV do Caetano?
abraço
salm
Eu gosto do Charlie Kaufman, o roteirista. Exceto por “Confissões de Uma Mente Perigosa” - filme que ele próprio, influsive, refuta em razão da bagunça que o diretor fez (no caso, George Clooney).
Podem me espancar, mas a idéia central de “Budapeste”, romance de Chico Buarque, é mais bem executada em “Adaptação”, o roteiro de Kaufman - que antecede o livro em dois anos, se não me engano.
Gravataí, no texto acho que o Caetano quer dizer que não era ele “cantando para milhões” - porque na platéia local não havia tanta gente, só pela tv!
Sim, lembro do Adriano Stuart fazendo ponta no “Sábado”! Outro filmão do Giorgetti.
Helô, “Into the Wild” é esse aí mesmo! E dirigido com extrema delicadeza por Sean Penn.
Joana: “Tu tá fora da casinha” não conheço!
Salem: Sem querer ser chato mas já sendo, o automóvel da disputa entre Chico & Caetano não era o Gordini? A propósito: ainda terei um Karman Guia um dia, sou tarado por aquele carro!
Maravilhosa essa última lista de filmes da Exequiela.
Quanto a cafonice, tenho particular espanto por marchas de carro com bola de sinuca e com caranguejo. Alguns taxistas ainda usam. Antigamente usavam muito também aqueles ímãs com fotos dos filhos e os dizeres: “Não corra, papai”.
Non sono capace di comporre una lista dei film che mi sono piaciuti perché so che mi dimenticherei di alcuni ma sicuramente tra i miei preferiti ci sono:
altri mi verranno in mente quando ormai l’argomento sarà superato…. succede sempre così.
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Curiosamente em todas estas listas de filmes quase não há menção a filmes asiáticos. Nos últimos tempos a Europa tem dado muito mais atenção ao cinema oriental. Aqui ficam algumas sugestões de bons filmes:
Zhang Yimou: “Hero” “A casa dos Punhais voadores”, “A Tríade de Xangai”…
Kim Ki-Duk: “Primavera, Verão, Outono, Inverno…e Primavera”, “Samaritana”…
Wong Kar-Wai: “In the mood for love”, “2046″, …
Wang Xiaoshuai: “Xangai dreams”, “Bicicleta de Pequim”
Zhang Yan: “Shower”
Na verdade, Caetano e Zeffirelli, estão em Verdade Tropical no capitulo: Ame-o ou Deixe-o ( pág.458/459). O que teria acontecido se aquele inglês de olhos claros tivesse sido trocado pelo nosso mulato nato?
Roberto, dedico a você e tua alma de poeta:
Eu fico aqui quietinha acompanhando com precisão as Rosas do sertão que vocês ai vão debatendo com tanto conhecimento… e eu daqui, de tão longe do sertão, sinto uma nostalgia danada de lugares que nunca estive, mas que conheci nos livros, e foram tantos e, por não causar injustiça, ou “ciumada” prefiro me silenciá. Como gosto de Catulo da Paixão Cearense, você não pode imaginar!
Exequiela minha cara eu penso que você tem que perguntar pra ele, uma que não sei se ele concorda comigo, ou se o beijo dele tem o mesmo sentido. Quanto ao “topo” eu ri aqui de ver seu comentário, na verdade eu devia ter uns 6 anos na época, sempre fui “meia tontinha” ingênua, e isso foi a quase 40 anos atrás… mas foi também ali naquele filme que tinha um balão vermelho, que fugia e tinha os soldados marchando, na verdade, se analisar friamente acho que foi ate traumático… rindo muito mesmo.
Heloisa caríssima por falar em Grandes sertões, e ler estas questões sobre se é ou se não é, esta coisa de homem e mulher me fez lembrar de uma questão que não sei se você reparou mas aqui na Itália a relação homem/homem é de uma particularidade que nunca vi por ai. Os homens ao se encontrarem se beijam mais que as mulheres, e não é raro você ver 2 homens caminhando de braços dados, ou abraçados, ou de mãos dadas, isso mesmo entre os jovens, este comportamento masculino me chama a atenção porque sinto que ai no Brasil aquele negocio de “homem macho” acaba não permitindo que isso aconteça da forma natural como acontece por aqui, o que acho uma pena porque para mim as pessoas independentes do sexo, de parentesco, tendência sexual, deveriam se relacionar como seres entre seres, e esta aproximação, corpórea e afetuosa para mim é fundamental.
Beijos a todos!
Aí vai o link do encontro histórico de Caetano, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias…
abçs
salem
http://www.youtube.com/watch?v=kBsQDn9n5XE
Glauber(coment. 78), concordo que a grande contribuição artística dos EUA tenha sido o Jazz (e Jackson Pollock!). Mas a música do século XX nasceu muito antes de Stravinsky. Mahler, Bártok e, ainda além, Beethoven. (Apesar dos americanos quererem dar o ‘título’ a Charles Ives, corretor de seguros, compositor nas horas vagas).
Me lembrei que Caetano e Chico (os dois baluartes do Essa Noite se Improvisa) se reencontraram em grande estilo na TV ao comando da série Chico & Caetano, na Globo.
Alguns grandes momentos da música popular aconteceram ali: Caetano cantando Merda, Elza Soares, Piazzola, Tom e tanta gente.
Cadê a TVMPB?
Tivemos a grande Era dos Festivais, a Era do Jabá e agora um certo vazio.
A relação entre a TV e a música popular já foi bem mais intensa e nutritiva.
abraços
salem
Função Comment 28-Luiz Castello disse:
…”E qual seria o filme brasileiro que marcou a vida de vocês ?”
Parte I:Comment 65
Humberto Mauro. http://www.cinemabrasil.org.br/hummauro/index.html
Um bom dia para todos.
Falando-se em Chico Buarque, gostei muito do filme “Benjamin”, incluindo-se o clipe.
Adoro “Café da manhã em Plutão”.
Também curti ter visto o Caetano no Circo do Edgard.
“charles ives, corretor de seguros, compositor nas horas vagas”
jeezziiss…quanta injustiça, cara.
neste momento deve ter algum “compositor nas horas vagas”, em algum canto do brasil e do mundo, revolucionando a zorra toda, trancado dentro do quarto. xícaras e xícaras de café, maços e maços de cigarro…ya never know.
fazer arte não é ser profissional da arte. nem se pode medir o talento pelo volume da obra. se chico só tivesse feito “construção”, ainda assim estaría no olimpo da música brasileira, não? abraço, velho!
Insistindo,
Mais alguns filmes que me vieram a cabeça e marcaram minha infância / adolescência:
Abraço!
O único seriado que vi e revi foi “Anos Incríveis”. passava na TV Cultura e depois no Multishow. Eu era muito novo quando foi exibido na Cultura, achava bonito e tal… Mas quado revi no Multishow, eu já com os meus 20 e poucos anos, morando sozinho no Rio… era impossível não chorar no final dos capítulos. Chegava cansado do trabalho (era operador do 103 da antiga Telemar) e ligava a tv, a emoção vinha com tudo, me derrubava legal - mas era necessário e renovador para mim.
Hoje em dia vejo quando posso “Menino Maluquinho” na TVE, também me deixa bastante emocionado.
A Tv Cultura tinha uma programação maravilhosa, quando novo eu chegava da escola lá pelas 18 horas, ligava a tv na Cultura: era Glub-Glub, despois Castelo Rá tim Bum, tinha o desenho Mundo dos Sonhos, X Tudo, Mundo de Beckmam… depois uma série de contos de fadas,o horário das 20 horas era mais voltado para o público adolescente, As Aventuras de Tim Tim, Anos Incríveis, Confissões de Adolescentes. Não era exibido tudo isso na mesma época, variava.
Ótimas lembranças.
bjs.
Carolina: por nada, me pareció lindo que todos vieran ese link con Caetano y Lili.
sobre las pelìculas: Todos han mencionado alguna que me parece interesante. Pero no vi mencionada una infantil ( tenía 5 o 6 años cuando la vi en el cine), y salì llorando de la emociòn: ICO: EL CABALLITO VALIENTE).
Besos para todos!!!!
Mi querido Caetano: Dónde estás??????
Cacilds Nando
O prêmio era um Gordini mesmo! Parece que Caetano faturou alguns. O Karman Guia era meu carro favorito quando eu era pequerrucho. Talvez, seja por isso o ato falho. Um karma que me guia desde a infância!
Caetano sempre foi um cara de memória vitaminada. É impressionante como guarda frases, datas, nomes, sequências de filmes e letras de música. Por isso era bom no tal game-show.
E eu nem consegui me lembrar do nome do carro.
Mas de uma coisa eu não me esqueço: uma grande amizade não solta as tiras!
beijo na testa
salem
A TV inventa coisas novas, por meio de linguagens outras. Vejam, por exemplo, o que a DirecTV fez com Chico Buarque.
Tenho certeza de que ninguém duvida o quanto algo assim precisa ser feito com Caetano Veloso - desde que ele queira, é claro.
Um documento daquela grandiosidade, à altura de sua obra e também de sua grandeza, resgatando sua obra, seus momentos, divido em uma série de DVDs.
Puxavida! É a fusão de TV, DVD, CD e sei-lá-o-quê. É música.
Aliás, alguém comprou o DVD de “Phono 73″? Surpresa boa: o vídeo restaurado. Surpresa ruim: cortaram (nesse caso, no CD) o discurso de Caetano, que antecedia “A Volta da Asa Branca”.
Mas este que vos fala tem o CD antigo, com aquele sarro delicioso tirado da platéia “Não há nada mais Z do que um público classe A”.
Nem sempre é tão ruim ser consumista…
N.B.: este (quase) microcomment vai especialmente para: Gravataí, Teteco, Márcio Junqueira, Luiz Castello, Gilliatt, Salem, Nando, Marcos Lacerda, Pessoa, Bandeira, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Dorival Caymmi, João Gilberto, Gil, Chico Buarque and Exequiela, Miriam Lucia, Heloisa, Ana Claudia, Carol Maria, Suely R., Rosana Tibúrcio, Chris Apovian, Vero and Caetano & Hermano Vianna
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leodulceferina - a co-produção Brasil-Argentina “Sonho Meu” sequer foi de todo roteirizada, ou seja, o sonho apenas está começando: dei apenas, como eu disse, uma pausa, porque - com aquela trilhinha sonora embalada por Paulinha Toller - eu queria continuar sonhando-o um pouco mais, de olhos bem abertos… Não te abandonarei. Não me sussurres “ya sabés que ‘no comprender’ para mí va a ser un ejercicio” - não sabes que assim ficas mais e mais irresistível?
miriamilucíssima - obrigado pelo carinho constante e crescente, e como você me fez lembrar com essa dedicatória que em boa parte da minha adolescência eu organizava ‘torneios’ de cantadores e repentistas num Bar de minha família no interior baiano. Dou-te um troco, direto do computador da minha mente.
eu não curto seriados. é algo que não me atrai…
Nando
fui moderada ao te responder sobre o significado do “tu tá fora da casinha”. (tinha até trilha sonora na singela resposta) e claro aproveitei pra perguntar se vc conhecia outras dessas, derrapar as havainas, se fazer de leitão pra mamar deitado…deixa pra lá, né HERMANO! um dia te conto sobre o que uma moderação pode causar na vida de uma pessoa.
Hermano
preciso me divertir com o que participo nesses coments dessa Obra, senão, pela minha história, só teria lágrimas.
Miriam lucia
compactuo contigo a respeito das aproximações corpóreas e afetivas como algo fundamental, para os seres. me incomoda a falta de espontaneidade nesse âmbito e a tendência de julgar uma aproximação mais íntima como algo necessariamente, ou apenas sexual.
Caetano
bj
Pôoxa! O vídeo com os trapalhões foi direto no meu coração. Provavelmente aí comecei a ama-lo. Aproveito para consertar a história de “Como conheci caetano”. Sempre achei que tinha ido ao show dos Doces Bárboros na barriga, mas estive com minha mãe este fds e perguntei a ela como é que tinha sido. Aí ela disse que não foi o show dos Doces Bárbaros e sim o show de Caetano quando ele voltou do exílio, aquele com a flor no cabelo e que ao show dos Doces Bárbaros eu fui já nascida e pequinininha, eu e minha irmã, ela disse que houve uma certa driblagem na segurança do show pra gente entrar. Fiquei mais orgulhosa ainda.
Depois de ler esse post de LA, e tal, dei risada, porque vi que Moreno realmente tem razão. Traduzindo o “meu pai não gosta de nada”, ele é muito crítico de tudo e vendo com esse olhos fiquei rindo de “…melhor do que isso só mesmo o silêncio…”.
Filmes:
2.Acho arriscada,a sua afirmação quanto à música, do sec.xx começar com stravinsky e o jazz [dixieland,ragtime,etc]. Que eu saiba,não existem meios seguros e objetivos para se aferir tal coisa. Sstravinsky, eu passo batido,e o grande jazz desperta controvérsias intermináveis entre seus próprios“praticantes”quanto à sua definição ou indefinção.Melhor é ficar com Duke Ellington que dizia,”é tudo música.”Simpatizo com a ideia do jazz como conceito,uma maneira de se tocar os vários gêneros musicais… Agora olha só que interessante : os atributos jazzísticos da improvisação,interação em grupo, desenvolvimento de uma “voz individual”,e estar “aberto” a diferentes possibilidades musicais,podem ser encontrados num gênero musical Made in Brasil.”O Choro”. No comecinho do século xx,músicos se reuniam em New Orleans e Rio de Janeiro,pra fazer um som,parecidíssimo em termos de organização e desenvolvimento.Tanto no Choro quanto no Jazz encontraremos,sincopes,acompanhamento harmônico europeu,os contrapontos na região grave(a famosa baixaria)que deu ao mundo uma invenção genuinamente brasileira,e que tem sobre mim um poder hipnotizador : o violão de sete cordas. Houve inclusive um intercambio,com o choro sendo tocado por formações influenciadas pelas big-bands americanas,como a Orquestra Tabajara,e a inclusão de Tico-tico no Fubá em nada menos que cinco filmes americanos(eles tambem sabem o que é bom) com a gravação da organista Ethel Smith alcançando o hit parade. Se o Brasil ocupasse a mesma posição hegemônica dos Estados Unidos,os músicos do mundo inteiro estariam numa hora dessas reverenciando os Genios “Pixinguinha,Patápio Silva,Altamiro Carrilho,Luperce Miranda,Jacob do Bandolim,”e os feras do Jazz,provavelmente se referindo à sua fantástica musica como, o “Chorinho Americano”.
abraços.
Perdao mas acho frida chatissimo e o molina risivel de rivera.
A frida da salma e totalmente inverossimil pois salma e linda e firda feissima.
Filme com ou sobre musica e um problema e em geral sao estranhos pois ou os atores falam e cantam como nos musicais americanos o que produziu perolas como cantando na chuva ou sinatra com my funny valentine mas o fluxo narrativo sofre.
Ou entao temos produção como Round Midnight brilhante com sensibilidade e elegância do Tavernier. Acho um primor, a ponto de Dexter Gordon ter concorrido ao Oscar de melhor ator.
Herbie Hancock DIVINO E cool jazz na veia o tempo todo do filme.
Kind Of Blue, de Miles Davis , que em seu sexteto trazia músicos do quilate de John Coltrane, Bill Evans e Julian “Cannonball” Adderley estao na trilha ate como referencia.
Ron Carter, Tony Williams , Wayne Shorter, o baixista Billy Higgins, Cedar Walton, Dexter Gordon estao na trilha e pela primeira vez a trilha esta como um personagem = fluida, lenta e perfeita.
Chan’s Song (Never Said)” foi composta pelo Hanckok, sobreviveu e e lindissima.
O problema da maioria das trilhas e de sobrevida fora das CNTPs do roteiro e do filme ou entao o fato de que somente uma musica ou outra se salva naquele contexto imenso de sons e referencias.
Round e exemplo q me recordo de perfeicao e sobrevida total.
Ouvi outro dia, no entanto, o Estranho Amor do Romance na voz de Caetano e me impressionei com a ainda vitalidade e sobrevida da musica e da letra. Divino tambem.
Tambem tietei a iniciativa caetanica e gravar e cantar as perolas do cinema italiano classico e o quanto Felini e companhia sao encantadores e atemporais .
Tambem amo as trilhas do Moriconne e especialmente a Missao e o CD q o Yo Yo Ma gravou sobre isso.
No mais tenho de concordar com a Miriam , xara da minha mae e do Nelson q melhor q isso somente toque e interpessoalidade.
Mas veja q estranho .
Acho o Hermano um absurdo de inteligente , interessante e tudo de bom . Ja o vi em livraria, MAM, vernisage, show, festa, com sobrinho, sozinho, com gente etc. Mas ele nao me conhece e seria muuuito estranho aborda-lo.
Sou timidissima e acho q ele tambem e meio cool. Nao haveria interpessoalidade possivel a menos que pessoas comuns nos apresentassem . Acho punk rock de agressivo abordar alguem q sabemos quem e mas q nao nos conhece. Dai que a interpessoalidade e meio inviavel as vezes e podemos nos comunicar como aqui.
Meio como Nunca te vi e Sempre te amei um filme lindo sobre amor a distancia e interpessoalidades impossiveis
Miguilingüido, assim você me emociona além do suportável… Essa beleza de comment para todos nós fez meu coração bater meio estranho. E hoje ainda vi, por acaso, em uma de nossas páginas amigas, você se referindo a mim como sua linda Diandorinha! Sua capacidade de distribuir afeto me encanta, e eu descubro que não sei como agradecer a um encantador de pessoas - um carinho assim não cabe na palavra ‘obrigada’.
Também odeio ver o Oscar na TV. Mas lá dentro é forte sentir a verdade daquele pessoal. “Cinema é uma abreviatura de cinema americano”. Quando fui lá, era o primeiro Oscar pós-11 de setembro. 2002. Michael Moore ganhou por um filme super crítico da política americana. Ao discursar gritou mil coisas contra os EUA e repetia “Shame on you, Bush, shame on you”. Recebeu aplausos (a maioria do povo de Hollywood é “liberal” - isso lá nos EUA quer dizer “de esquerda”) mas também alguns grunhidos de reclamação (era em cima do atentado à torres gêmeas). Uma meia hora depois, Barbra Streisand entrou no palco e disse que se orgulhava do país dela pois nele era possível alguém como Moore dizer as coisas mais negativas contra o Estado e ainda xingar o presidente da república. Fazer um filme agredindo o poder oficial e ser premiado por isso.
Exequiela,
Ainda não vi La mujer sin cabeza. Mas gosto muito de La cienaga e Nina Santa. Lucrecia Martel sabe encenar, decupar(não sei se você entende esta palavra em português) e escrever diálogos muito bem.
La Cienaga tem uma dramaturgia inovadora e inimitável.Um dos melhores filmes que vi nos ultimos tempos.
os conceitos revolucionários no jazz foram criados nos EUA. não foi na áfrica, nem no brasil, nem no japão. e se materializou lá. e influenciou o mundo inteiro, incluindo joão gilberto e a bossa nova.
o que eu disse é que, pra mim, a maior contribuição americana para o sec. xx foi o jazz. não disse que é melhor que o samba, por exemplo [nossa maior contribuição, ao menos na música].
velhão, não me peça para ver filmeco só porque é filme brasileiro. seriados como “roma” da HBO são mais bem feitos que umas coisas que tenho visto por aqui. não sou nenhum expert, mas direção de ator tem sido um grande problema no cinema nacional [salvo exceções, claro].
negar a influência e o poder da cultura americana no sec. xx, ou fazer uma analogia entre o jazz e nosso maravilhoso chorinho, é um equívoco. existem semelhanças e diferenças conceituais entre eles.
adoro pixinguinha, altamiro carrilho, luperce miranda, jacob do bandolim…mas quem virou o mundo de cabeça pra baixo foi ellington, armstrong, jelly roll, etc, etc.
espero ter deixado clara a minha posição, desta vez. abraço sincero procê.
…………………..
“Para mim ele não era homem, não era mulher - Diadorim era neblina…”(lindo isso!)
Definir a sexualidade de Diadorim é o mesmo que culpar Capitu por um adultério que não temos certeza.
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Experiência coletiva por experiência coletiva, prefiro ir ao teatro ou em shows.
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Bjs.
Glauber, Luis: Y no nos olvidemos del ragtime, antecesor del Jazz: http://www.youtube.com/watch?v=oZXgmZ2eFR0
Me acordé de una discusión que leí sobre si existía un estilo jazzístico en una sonata de Beethoven. Es muy interesante!!! A quien le interese: Escuchen a partir del minuto 6: 57. Se puede decir q eso es JAZZ? http://www.youtube.com/watch?v=R9GYArGlM7g&feature=related
LeAOzinho: Sí, ahora que lo mencionás, me acuerdo muy bien del discurso de Moore. Muy valiente! Me gusta muchísimo Moore, ha hecho películas muy descriptivas de las miserias de EEUU: armas, 911, sistema de salud. Lo que dijo Streisand es ilusorio. Los actores estaban amenazados para que no hablen en contra de Bush. Por favor! Allá no se puede decir TODO lo que se piensa. No sé si ya lo conté pero cuando pasó lo de New Orleans, hicieron un show especial para recaudar fondos y uno de los presentadores que era un actor negro (no me acuerdo el nombre) dijo en vivo y en directo que Bush no se había preocupado por mandar ayuda a New Orleáns porque la población allí era mayoritariamente negra. Días después hizo una conferencia de prensa pidiendo disculpas por lo que había dicho. Por qué habrá sido? Arrepentimiento genuino causado por la libertad? MMMMMMMMHHHH.
outro artista sensacional, grande compositor, grande voz, é TITO BAHIENSE. seu disco ao vivo, “o enterro do samba”, é excelente. não sei o que falta para o brasil inteiro descobrir esse cara.
…………………….
Carolina
Bom saber que você gosta do House. É uma das melhores coisas que a TV americana produziu nas última décadas…
A propósito, querido Castello
Assim como a TV, o cinema americano é indústria. Produz coisas ruins, coisas boas e outras excelentes. A quantidade de filmes americanos citados nas listas é relativamente proporcional à quantidade de filmes produzidos pela indústria de lá.
Maria João
Que bom que você curtiu o Caetano com os Trapalhões. É bem interessante ver como Caetano ali é o elemento sinceramente tímido no meio da anarquia trapalhônica.
Podemos não fazer muito cinema (em quantidade) mas estamos começando a fazê-lo melhor. TV, não. Produzimos boa TV desde que o samba é samba, embora ela agora esteja numa baita crise.
abraços
salem
não conhecia, achei bem bacana e também a seu modo transamba:
http://www.myspace.com/letieresleiteamporkestrarumpilezz
- “Burn it Blue” soa bonito. Mas eu não sei exatamente o que significa. -
*Papo Blue*
(Dicionário de Símbolos - Jean Chevalier / Alain Gheerbrant - Mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. - José Olympio Editora - 3ª Edição)
Heloisa,
Carolina e Salem (que, pelo visto, gostam de séries): muitas delas são feitas por diretores super experientes, muito bons, mesmo. Foi-se aquele tempo dos “enlatados”, tal e coisa.
Claro, ainda há muito preconceito, sobretudo quanto ao fato de que são coisas feitas para o divertimento - como se houvesse algum erro em ligar a TV em busca disso.
“House M.D.” tem diálogos excepcionais, talvez possua os melhores roteiristas da atualidade. “The Unit”, por sua vez, conta com episódios escritos e boa parte deles dirigidos por David Mamet. Nos bons tempos de “The West Wing”, tínhamos o luxo de ver Martin Sheen dar aulas de interpretação a cada episódio. E assim por diante.
Quanto a “House”, do qual todos gostamos, recomendo que vejam também “The Mentalist”, cujo argumento vai aparentemente no mesmo sentido, mas lá pelas tantas caminha para outro lado, de forma inusitada, e muito bem sucedida - confiram, tenho certeza de que gostarão (não, não é uma série médica; e a similaridade com “House” é percebida lá pelo terceiro episódio, inclusive).
Mas, sem medo de ser feliz - ou sem o temor de ser execrado nesta pequena praça pública - confesso que meu favorito é mesmo “The Unit”. É pipoca pura. Que delícia!
Joaldo, você é gente boníssima, grato pelo “microcomment”.
Exequiela, querida, realmente não sei o que ocorre com o myspace. em fevereiro farei uma “magical mistery tour” em B.A. bjs!!!
Noite do Oscar na TV? eu prefiro a Hebe Camargo. bjs Hebe, sou teu fã. eu detesto cinema também. o melhor que já vi foi “Cinema Transcendental”, que é um disco.
Salem, caraca, esse trocadilho do Karman Guia foi “consideraaado mesmo mano”, como se diz aí na Barra Funda.
Emanuel Teles, curiosidade…alguma vez vc já pensou em assinar canções como Emanuel Teles? algo como, talvez… Julinho de Adelaide, ou Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis.
pra mim o maior filme de terror de todos os tempos é o exorcista. uma obra prima da década de setenta.
gosto também de o iluminado, do kubrick. mas o exorcista é bem melhor.
na verdade, gosto de tudo do kubrick, até quando ele é menos brilhante, como no caso do último - de olhos bem fechados.
kubrick era fotografo. seus filmes foram feitos a partir dessa ótica. dá a impressão que cada frame foi feito separadamente, cuidadosamente, especialmente, de forma artesanal.: o balé da gangue de laranja mecânica, os “stills” de barry lyndon, a valsa das espaçonaves em 2001, o travelling que acompanha o velocípede do guri iluminado, os planos gerais de spartacus…
burn it blue… é tb uma aliteração…
a capa de cinema trancedental é muito legal. parece que o mar é a tela a qual caetano, sentado na areia, o assiste.
sobre joão gilberto: violão tem isso. uma pessoa que compra umas revistinhas de banca com cifras, consegue arranhar. o rafael rabello conseguia humilhar (hehehehe). é o instrumento mais democrático de todos. até eu toco alguma coisa (inclusive, qualquer coisa). mas o que joão fez com o violão… foi único. e olha que custei pra perceber. ouvi muito até ouvi-lo de fato. já o achei desafinado, péssimo cantor, etc etc. mas num dia, de repente, joão preencheu meus ouvidos. aqueles acordes, tocados com precisão imperceptível, pareciam um uníssono de uma orquestra. foi incrível, já que eu ouvia uma gravação ao vivo só de voz e violão. parecia que ele cantava no meu ouvido, baixinho - como se sua voz viesse de dentro de mim.
sim caetano, melhor do que o silêncio, só joão.
O chorinho é patrimônio imaterial genuinamente brasileiro.
Uma curiosidade sobre o jazz: a extrema dificuldade na sua execução decorreria (também) da competição pelo “mercado de trabalho”: músicos europeus tentando ganhar a vida no mercado americano e sendo “barrados” pela manha dos caras que passaram, por exemplo, a omitir a terça nos acordes, de modo que nunca sabemos se o que eles querem ou pensam é um acorde maior ou menor; os pianistas fizeram muito isso; já os contrabaixistas (a gente tem mania de chamar baixo elétrico de contrabaixo, mas contrabaixo mesmo é aquele grandão, acústico, característico das orquestras e jazz bands) desenvolveram uma espécie de “fluxo de consciência” no instrumento que torna impossível saber “para onde” está indo o tema. Coisa de louco. É como dizem: no jazz a questão não é “o que”, é “como”. É o filosofar da música.
&
Salem, puxa que vídeo maravilhoso esse dos Trapa. Caetano parece tão à vontade e tão inserido na viagem dos caras, mesmo que algo tímido, mas com aquele sorrisão maravilhoso. Pura “Trapicália”!
Interessante observar como eles eram total e politicamente incorretos para os dias de hoje: o negro alcóolatra; o nordestino esfomeado/o bon vivant que tentava tirar proveito dos demais; o bonitão mulherengo, meio gigolô e que curtia uma vida fácil; o mineirinho ingênuo e infantilizado; todos meio vagabundos e “espertalhões” fracassados.
Rafael: me encantó lo que pusiste sobre el color azul. Para mí en “burn it blue” hay un juego importante con el hecho de que blue es triste en inglés. Si hay que traducirlo habría que elegir entre el simbolismo del azul o la tristeza.
Y me hizo acordar a una canción: “Mood Indigo” que utiliza el mismo recurso en el título.
Ella+Joe (Gi: te va a gustar!) http://www.youtube.com/watch?v=GT1elvDK0kE
Maria
http://www.myspace.com/titobahiense
esse cara é muito bom. altamente recomendável. bem que ele podería ser chamado para o sombrasil, uh? se liga aí, moçada…
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a definição de paloma regina para “burn it blue” me parece a mais acertada. queimar intensamente e tals.
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êee, vidão!
ROBERTÍSSIMO JOALDO! Parabéns!!! Você é o nosso talismã!!!
suely,
tomara que você ainda não tenha visto o filme. fiz isso de ler o romance logo antes de assistir a ele e o resultado foi frustrante. passei o filme inteiro só checando as correspondências entre os enredos. não foi uma experiência de cinema propriamente. é como se tensão e surpresa fossem essenciais pra gente poder reparar nas outras coisas…
oi rafael, cm119, linda a compilação … e foi o que eu, minimally, disse antes, ‘burn it blue’ : queimar até o nada … bjs, paloma
Rafael, sou diferentíssimo de você: uma das coisas que fazem meu coração bater de amoção até hoje é simplesmente entrar num cinema (o prédio, com atela grande, cortinas, pipoca e outros espectadores).
Exequiela, no meu primeiro comment sobre “burn it blue” incluí a conotação emocional, musical e cultural da palavra “blue”. Adorei o desenvolvimento que a interpretação desse título ganhou entre os comments aqui.
Carlos André, eu botei “promessa de felicidade” em “Lindeza” porque adoro a frase de Stendhal. Li “Noites brancas” anos antes de escrever “Como dois e dois”, mas só vim a ler as “Notas do subsolo” bem depois. O “2+2=5″ da minha música veio de George Orwell (mas, sinceramente, adorei quando li em Dostoiévski, pois nele a soma tem um sentido mais perto do que eu intuo na letra da minha música - embora ela fosse também de protesto contra a ditadura: Roberto me pdeiu uma canção e eu quis ouvir uma frase de protesto na voz dele).
É lindo que Diadorim se reele mulher no final porque isso dá oportubidade a Rosa de escrever simplesmente “Ela era”. E o amor é homossexual ao longo de todo o livro. Se for por isso, Rafael, não deixe de ler até o fim. Para mim é neblina.
Hermano viu ver o link que você postou, achei muito interessante, e dentro do que entendi aqui também penso que é uma forma de transambar.
Pat: Este negocio de tietagem também não gosto não, acho horrível você deparar com um artista e ficar gritando, agarrar, pedir autografo (entenda pedir autografo impondo isso), enfim, incomodar as pessoas, é muito desagradável, as pessoas todas elas tem direito a sua vida privada, a passear, a saírem de casa sem serem incomodados, etc. Por outro lado, porque não sou extremista, não acredito que você não tenha que se aproximar de um artista somente porque ele é um artista, porque não os coloco como sobre-humano, porque pessoas são pessoas, pelo menos para mim, sempre com todo respeito, mas, dependendo do momento, ou da oportunidade, não acho errado você abordar educadamente “um artista” com um “oi” ou uma apresentação informal, é claro que se tem que ter sensibilidade (quero dizer semancol) para não ir alem da conta, mas isso também independe da pessoa ser artista ou não. Adoro Dexter Gordon.
Rafael: adorei a dissertação sobre o azul que você colocou me fez lembrar de uma matéria que li certa vez que falava como uma pessoa cega de nascença através de outros sentidos poderia compreender as cores por associação. Não quero polemizar se o verde que o cego acredita ser verde é o mesmo verde que as pessoas que enxergam, por exemplo, existe algumas formas associativas que me lembro como a grama ao verde, que tanto pode se dar pelo tato como pelo cheiro, o fogo pelo tato é quente e se associa ao vermelho, quanto ao azul prefiro ficar mesmo com as tuas definições colocadas ai. Da mesma forma que se pode associar as cores aos sons e também a perfumes das flores, ou ao Perfume de Mulher, belo filme tambem.
Heloisa aproveitando a sua imaginação com relação a “Diadorim era neblina” este universo da criatividade humana é muito lindo, adorei o comentário! E o que veio na continuidade dele, “no fundo do fundo da alma” é mesmo muito profundo, quanta sensibilidade cara amiga. Esta questão de tantos azuis me fez lembrar de um livro de Clive Barker onde ele explora muito a cor azul em diversos cenários do livro entre eles: “azul como o céu de uma noite que chega antes de tempo”.
Beijos
Exequiela,
Nice to meet you. Soy nueva por aquí y si bien no soy de aparecer muy seguido, leo todo lo que escriben. En realidad debo adaptarme a la dinámica de un foro porque soy de escribir mamotretos que luego cuando los veo pienso, por dios, que cantidad que escribí, más de la mitad podría desaparecer y no cambiaría nada. En fin, acá va un intento de ser más breve. He leído tus comentarios sobre el jazz, blues y sobre las canciones y links que compartís con todos. Me gusta la energía y el humor que le pones a los comentarios. Te cuento que desde hace un tiempo estoy leyendo Rayuela de Julio Cortázar, libro que nunca había leido y estoy totalmente prendada de él. Me acompaña a todas partes y si bien comencé a leerlo siguiendo las instrucciones de Cortazar, me cansé y ahora elijo cada capítulo al azar, abro el libro y caiga donde caiga comienzo a leer. Estoy fascinada con mi compatriota la Maga, con Talita (una argentina que podría ser tu amiga , creo), con Pola y con Oliveira y todos sus amigos. Bueno, como es un libro que tiene mucho que ver con el jazz, me acordé de ti y aquí va un capítulo cortito que tiene que ver con lo que se ha estado tratando por estos lados. Un pequeño reconocimiento a la gente que como tu le imprime “vida” a las máquinas, extensivo a otras que también andan por acá. Acá va:
Capítulo 87
En el 32, Ellington grabó Baby when you ain’t there, uno de sus temas menos alabados y al que el fiel Barry Ulanov no dedica mención especial. Con voz curiosamente seca canta Cootie Williams los versos:
Caríssima Exequiela, a questão não é com relação a ficar o tempo todo grudado, não tem esta conotação de pegajoso mas a de aproximação das pessoas que queremos bem e que por tabus mantemos distancia, existem determinadas convenções com relação aos sexos que discordo totalmente, entre elas: homens não choram e mulheres são sempre choronas, homens vestem azul e mulher cor de rosa, homem não beija homem e mulheres beijam mulheres, e uma serie de outras imposições sociais que acabam nos impedindo de ser, de viver em plena liberdade as nossas vontades com relação as pessoas que gostamos. Concordo que existem estas questões culturais que você coloca, que vai de cada povo, a seu modo, que estabelecem suas convenções, imposições sociais, a maneira de se relacionar com o outro, coisa que respeito, mas isso não impede de refletirmos e aprimorarmos as nossas relações humanas. Achei interessante o teu exemplo em USA, e me lembrei que o Franco quando chega no Brasil e sai dando “beijinhos” em outros homens amigos nossos sinto que alguns se retraem, obviamente porque este não é o costume no nosso pais, jamais generalizo o que falo, porque existem alguns que acham ate natural. Com ralação a andar de braços dados tem aquela coisa de “comadre”, de mãos dadas ou abraçado é somente para namorados, e mesmo entre as mulheres isso hoje em dia vejo que também existe um certo distanciamento.
joana: pois é, infelizmente e não sei o porque que as coisas tem que sempre acabarem indo para o lado sexual, não é que aprovo coisas como as pré-estabelecidas, os tabus, coisas do gênero. Discriminação e preconceito estão fora de cogitação tanto na minha concepção de vida quanto no meu entendimento humano.
Carlos “Alemão” Moura, vou contar uma coisa que não sei se você sabe mas Trinity Terence Hill virou o Dom Camilo num seriado que passa aqui na Itália, demorei um pouco para aceitar que era ele porque vê-lo de batina preta, atuando de padre depois de ter visto quase todos os filmes dele e do Bud Spenser me parecia uma coisa impossível, mas é vero.
Seriadinhos: Agente 86 era mesmo hilário, Flipper, Rim Tim Tim, A Feiticeira, Jine é um Gênio e não perdia o Sitio do Pica-pau Amarelo, e Vila Sésamo (Sonia Braga, o Enio e o Beto), Bonanza.
Beijos a todos
*Papo Blues*
“Blues & Sousa
* Lembrei do livro “Tristessa” de Jack Kerouc.
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Miriam: Te achei no Orkut! Concordo com tudo o que vc escreveu sobre as cores.
Pat: Corri ao dicionário de símbolos depois de ter lido sua definição.
Exequiela: Beijão.
Heloisa e Caetano, deu uma saudade do Grande Sertão! Pegarei o livro na biblioteca. Como não era meu,tinha que ler com um caderno do lado, fazia várias anotações. Um dia compro, pois é necessário!
Bjs.
Se o grande Hermano, que tudo sabe e tudo vê, me permitir imoderadamente aceitar a sutil provocação do meu caro “primo” Luís Castello (o castelo dele, de que cor será?), eu, como “alguma psicóloga aqui presente” e que tenho por ofício e paixão reclinar-me sobre as indagações existenciais alheias, parafraseio a canção de Arrigo Barnabé eu respondo na bucha, engraçadinhamente:
“Meu preço é alto, viu, bem?”
(Socorro, carinhas amarelas, don’t let me be misunderstood ;-)!)
Ainda que a técnica me sugira que eu, chatonilda, lhe devolva a pergunta – por que, Luís, você acha que tudo que é belo desperta em você um sentimento de nostalgia? – como especialista, justamente, em dependências, arrisco o palpite e indago;
Será que é porque o seu Castello é…. blue?
Amigavelmente
Marilia
pensei sobre os seriados, acho que não consigo gostar pq não consigo acompanhar uma série…assisto, mas nunca dei prioridade a assistí-las em detrimento de qualquer outra coisa que eu possa fazer. mas qd vejo geralmente é House, nip/tuck. via mais “além da imaginação” e da “jeannie é um gênio” sítio…
sobre as aproximações corpóreas, helô, miriam, exequiela, glauber, pat…:
seres humanos precisam pulsar. as relações são contruídas com aproximação e afastamento. acho que o bom é exatamente poder se permitir contruir o afeto íntimo nos tempos das pulsações de ambas as pertes. isso pode ir até a intimidade sexual ou não. a construção do afeto e da intimidade faz bem pra alma. e sabemos que sexo não necessariamnete implica em intimidade, as vezes serve até como elemento de impecilho (sabe qd vc transa com alguém, pode até ter algum prazer, e nada fica, não tem troca, não tem olhar, não tem detalhes, não tem a sensação de receber a penetração e penetrar?) não tem o sexo como o estar em uma dança…
serve pra artistas ou não artistas. cool ou não cool. há de se acompanhar o tempo um do outro…
essa orquestra baiana me lembrou das danças.
Miriam Lucia,
Quanto a questão da intimidade, do tato, do beijo, gosto de lembrar da cena do filme que mostra o Cazuza falando que ele era da turma do abraço. Acho que poucas coisas são tão boas quanto a troca de abraços, beijos e carinhos entre amigos, qualquer que seja o sexo.
Beijos e abraços, embora virtuais, mui carinhosos.
Obrigado Exequiela, um carinho vindo assim de um tão pulsante coração faz o da gente ribombar prestes a romper as cadeias do peito. Depois venho compartilhar com os demais “amurados” e potenciais “amuráveis” o inesquecível mimo musical que me enviastes em seu sotaque portenho doce e sensual - por enquanto disponível apenas para os que, dentre a gente, não têm receio de se aproximar de forma íntima e abissal também através de outros circuitos, como o Orkut!
Joana, sei de uma história lindíssima e afamada de aproximação íntima entre dois homens sem qualquer interesse sexual, embora eu não possa desenvolvê-la agora, ou exatamente hoje. Cito a amizade vivenciada entre Michel de Montaigne e Etienne de la Boétie. Vale a pena conhecer.
Apenas registro, neste instante, que é o tipo de amizade cuja perda, pelas razões que sejam, impactam alguém por toda a vida.
Já tive uma perda grande assim, felizmente não por morte, mas devido a mudança pra outro país. Tínhamos em comum com outros uma casa alugada na Ilha de Itaparica. Andávamos e andávamos noites inteiras pela praia. Enquanto quase todos afogassem as noites no alcóol e no mero burburinho, naquele falatório numa densidade enganadora, que nos deixa, depois de uma certa excitação mental artificialmente prolongada, jogados em estado morbidez - percorríamos, posso dizer, quilômetros, indo e voltando pela areia, falando sobre todas as coisas, discutindo muita literatura, um livro em especial que estivéssemos lendo juntos ou não, shows, peças, filmes: tudo o que se passasse nas nossas flamejantes cabeças. Eu, mais alto, sempre ia com o meu braço direito enganchado sobre o seu ombro esquerdo. Passávamos horas assim! Incomodamos no início. Depois nos integramos: à paisagem. Viramos um flocore noturno.
A sensação que eu tenho é de um tempo vivido intensamente, numa concretude que não se deixa abalar com o passar do tempo, embora com um matiz de dor, pela descontinuidade ou ausência. Foram dois anos só, parecendo que foram muito mais. Não foi uma amizade exclusivista, impeditava de relações paralelas com outras pessoas. Nem maculada em qualquer momento por ciúmes. Apenas tinha o seu tempo, sabor e ritmo próprios.
P.S.: apenas para invejar quem não pode estar aqui em Salvador, um outro mimo que recebi como presente de aniversário: ingressos para o show Banda Larga Cordel, de Gilberto Gil, no Teatro Castro Alves, neste sábado: “De onde é que vem o baião…”
Escucho una voz que viene del sur….
¡Exequiela, nuestra musa!¿Cómo no contestar a tu llamado? Acá estoy. He dejado un poco la costumbre de escribir aquí por un motivo muy sencillo: estoy involucrado en la redacción de mi tesis doctoral y no tengo mucho tiempo para leer lo que escribieron los demás. Así que cuando vengo a visitar el blog percibo que mucho de lo que yo iba a decir ya había sido dicho. Además, veo que a los comments que a mí me gustaría contestar también ya fueron contestados por alguien, y yo me quedo callado. Pero sigo mirandote…
Pessoal,
Não gosto de nenhum filme de Woody Allen e gosto de todos os de Almodóvar.
Claro que percebo nos filmes que vejo os recados que um ou outro diretor quis dar à turma de Hollywood, a média que um ou outro quis fazer com os que são anti-hollywood, etc. Mas não me ligo muito nisso. Como se diz na Bahia, “relevo”. Prefiro relaxar e tentar gozar.
Entre os nacionas, lembro agora os filmes dos Trapalh~oes feitos no final dos anos 70 (“no intervalo tem ´cheirim´ de macarrão”, quem lembra?), “O homem que virou suco”, “Superoutro”, “Cazuza” (Daniel Oliveira esteve incrível), “Lisbela o Priioneiro”, “Cidade de deus”, “Cinema, aspirinas e urubus” (viva João Miguel!) e “Tropa de elite”. Achei que eu fosse gostar de “O que é isso companheiro?”, mas quando me deparei com Luis Fernando Guimarães, Pedro Cardoso e Fewrnanda Torres fazendo cara de guerrilheiros não deu, pensei estar vendo mais um TV Pirata. Nem Matheus Natchergale (é assim que se escreve?) conseguiu me fazer mudar de idéia.
Ah, e pelo amor de deus……. “Verão de 42”! Aonde foi parar aquela morena?
Abraços e beijos
Videozinho pra comemorar o “niver” JOAUUUUUDO.
Caetano cantando Nada Além de Custódio Mesquita/Mario Lago:
http://www.youtube.com/watch?v=gs26SZ9-LeY
Ah, teve um filme que me marcou muito, acho que não lembraram ainda, “The Hunger”, que aqui saiu como “Fome de Viver”, com Catherine Deneuve, Susan Sarandon e David Bowie. Uma neblina ainda mais espessa do que em Guimarães Rosa! Abertura do filme, ao som de “Bela Lugosi’s Dead”, com o Bauhaus:
http://br.youtube.com/watch?v=Dz3r-AGhpqQ&feature=related
&
Já que falei em Bowie, aquela que pra mim é sua maior interpretação:
http://br.youtube.com/watch?v=rIzE3j84kKU
Como posso ter deixado de mencionar “Ó PAÍ Ó”?
A cena em que as crianças tomam banho de mar no Porto da Barra e aquela em que pessoas da Bahia aparecem dançando na rua durante o carnaval - enquanto nós ouvimos Batatinha cantando “É carnaval é hora de sambar/Peço licença ao sofrimento…” – são demais…
Elas chegam mais forte em mim do que qualquer outra coisa.
Beijos
ROBERTO JOALDO,
CARLOS “ALEMÃO”,
RAFAEL RODRIGUES,
seu comentário comparando Capitu e Diadorim é brilhante. Depois deste não temos mais o que discutir.
RAFILEZZ,
acho que foi providencial eu ter perdido o filme pois acabei pensando exatamente o que você me diz. Também não quiz corre o risco de o filme me roubar a magia que o livro me proporcionou. Vou esperar para ver em DVD.
EXEQUIELA, MIRIAM,JOANA,HELOÍSA E TETECO DOS ANJOS,
Robertissimo
Microcomment…que delicado e poetico!!! Muito obrigada pelo carinho!
Falando em seriados e Vila Sésamo: Vamos cantar: se eu soubesse que vinha tinha feito um bolo… feito um… feito um bolo… bem legal,bem legal, bem legal! Felicidades, realizaçoes e muitos sonhos. Beijos
aliás, transamba também.
http://www.myspace.com/quebrapedra
santo bat-papo, batman!
Função Comment 28
Ao final desse comment: …”E qual seria o filme brasileiro que marcou a vida de vocês ?”
Parte I:Comment 65
Parte II:Comment 92
Parte III(Final): Prata Palomares. http://www.heco.com.br/marginal/filmes/longas/02_01_20.php.
Entre outros….
I, II e III, acima citados:Porque “o que foi feito é preciso conhecer para melhor prosseguir.”E também porque “se muito vale o já feito, mais vale o que será”
Bom final de semana para todos.
joana, a foreign sound é de fato ótimo pra se ouvir cozinhando ou bebendo qualquer coisa(apesar de não consumir alcool) ouvir musica americana com ritmo brasileirissimo é uma das coisas que mesmo mano cae poderia nos proporcionar a batida de jamaica farwell é “olodunica” acho que todo americano que goste do brasil deveria ouvi-lo.
Caro César Lacerda,
Em que pese o brilhantismo de seu esboço de genealogia, você poderia explicar pra gente como é que o choro, não sendo genuinamente nada, conseguiu manter-se inalterado do ponto de vista formal e estrutural depois do Pixinguinha. Certamente não foi por eterna dívida de gratidão (de todos os nossos “chorões”) para com Mozart e Haydn. Para com Pixinguinha (e para com Jacob do Bandolim), sempre. De todos eles.
Não vejo nenhuma pobreza na manutenção da tradição. Dou graças a Deus que Paulinho da Viola pouco se importe com o resto do mundo esteticamente, desde sempre. Há espaço para todo tipo de manifestação artística; e há quem goste de tradição. Respeito estas pessoas. E acho que pobreza é cobrar revolução ou transgressão em determinados casos. Algumas coisas precisam de “donos” mesmo. É bom que, sempre ao se falar em Tropicália, que se fale em Caetano & Gil & Tom Zé & Rogérios Duarte e Duprat & Torquato Neto & Hélio Oiticica; e sempre que se fale em Clube da Esquina que se fale em Milton & em Lô & em Beto Guedes & em Toninho Horta; e sempre que se fale em Bossa Nova que se fale em Tom Jobim & em João Gilberto & em Johnny Alf & em Carlos Lyra. Mesmo que nenhum deles tenha inventado a Música. Para o nosso país isto é bom - um país ainda demasiado injusto e desmemoriado.
Abraço,
Ratificando:
Para com Pixinguinha (e para com Jacob do Bandolim ENTRE TANTOS OUTROS, como Ernesto Nazareth)
Obrigado pelo apreço especial, Gilliatt, Teteco and Castello. Castello, não há tom de despedida. Por vários motivos, não tenho podido estar aqui no ritmo de um mês e meio atrás, e o meu microcomment… bem, na verdade, tá no clima da minha relação crescente com vários infocaetanautas fora daqui, a exemplo de no Orkut.
Olha, com a ajuda de Exequiela, Miriam Lucia, Heloisa, Gravataí, Rafael, Tyrone, o próprio Salem já disse que se integrará, parece-me que Nando falou páginas e páginas atrás sobre ser uma boa idéia também, e dentre outros que já se manifestaram, e quem mais quiser participar, a gente vai “botar um outro bloco na rua”, a partir de idéias iniciais minhas, lançando um espaço inspirado no que vem acontecendo nesta OeP.
Como eu já disse em outra página daqui, será uma Revista web “viva”. Uma reunião de “blogueiros”, tanto melhor se forem inicialmente os do “Time Divino” escalado pelo Salem aqui, e mais, é claro, assinantes-comentadores a rodo. O espaço rolará sem moderação prévia, ou seja, somente a posteriori comments - meramente ofensivos - poderão ser descartados, e contará com a figura, ainda sem denominação, de vários “liga-pontos” (devo a Salem a percepção disso), para acompanhar o ritmo da postagem de comentários, evitar o acirramento de ânimos prejudiciais, e principalmente para permitir que o assunto se torne qualquer coisa mas que volte, num certo ritmo, à alguma coisa contida no post.
O nome que eu tenho em mente para a Revista eletrônica, repito: Impertinácia.
Já chamamos o Caetano para escrever o primeiro post - convite conseqüente com o fato da idéia me ter ocorrido aqui. Mas ainda não ouvimos no pêssego de sua voz um delicoso: sim. Bem que podia ser o texto que ele não pára de reeditar sobre Sampa and Rio.
Poderemos, em nossas atuações próprias por outros blogs importantes e demais endereços relevantes da webosfera que também freqüentarmos, adotar o seguinte: usar o nome de nossa Revista acompanhado de nosso nome - ajudando assim disseminá-la, posto que fornecendo a cada vez o link.
Então, Castello, mesmo estando no meio de meu aniversário, não resisti, vim aqui curiar, e então revelar, por causa de você, que não estou me despedindo, nem há tom disso no microcomment, foi carinho mesmo. Presente do próprio aniversariante. Enfim, construíremos outro ninho. Obrigado por todo essa afeição que você me dedica. E venha pra Impertinácia você também!
Miriam, Exequiela, Joana e todos que se interessaram pelas proximidades:
Acho que Miriam definiu bem o que eu queria dizer: proximidade sim, exagero não. E quando digo que sou como os gatos, explico melhor: enquanto estou aqui escrevendo, um dos três gatos da minha casa está deitado a dois metros de mim. A maior parte do tempo ficamos assim, afastados. Mas, pelo menos uma vez por dia, ele se aproxima, pisa no meu teclado e me enche de carinhos e beijinhos sem ter fim. Somos parecidos, os dois - gostamos de distância e proximidade, conforme a hora. E é assim que eu lido com as pessoas que amo também. Afinal, acho que concordamos todos, não é?
Teteco, meu poeta preferido atualmente: conheço a canção de Gil sim, e sempre achei aquela frase de uma delicadeza que só poderia vir dele mesmo.
Rafael, também adorei sua pesquisa sobre o azul - de certa forma definiu um sentimento inexplicável que eu tive uma vez, diante de um azul intenso que ocupava todo o fundo do cenário de uma ópera. Saí do teatro em transe, com uma sensação que me acompanha até hoje.
Caetano MIO (just joking, Vero…), na última vez que escrevi para você, foram exatamente quatro comentários/perguntas, e parece que nada do que eu disse te interessou. Bluer than blue.
Ps. O escurinho do cinema, pipoca e Coca-cola…mais uma das incontáveis paixões que eu tenho na vida!
Roberto Joaldo
já comecei a procurar sobre Montaigne e Etienne, e achei muito interessante…
se estivéssemos em uma conversa ao vivo eu te daria nesse momento meus olhos silenciosos, pra vc ter espaço pra expandir e texturizar todas essas felizes lembranças desse teu tempo vivido. parabéns!
dança, canta, ri com Gil, um pouco por mim também!
Nando,
Assim você fica parecendo um advogado desses que recortam e colam discursos, afim de uma resposta favorável. Fico numa situação complicada!
Abraços!!! =)
sim: John Waters! Hairspray (o dele, muito superior ao com o John Travolta) e’ um dos melhores filmes que há
Caetano, na terça-feira passado fui ver o show da Mercedes Sosa aqui no Recife. Lembro que a última vez que ela pisou por essas bandas foi na década de 80, mas por algum motivo que não lembro agora não pude ir ao show – acho que foi falta de grana. Voltando ao show da semana passada, estou contando isso porque fiquei chapadíssimo quando a ouvi cantando “Coração Vagabundo”. Que interpretação ímpar. Não sei se é a versão mais bonita dessa música que eu ouvi, mas foi, sem dúvidas, a que mais me tocou. Cheguei a chorar de tanta emoção. Ver aquela mulher com 73 anos, no palco nu, sentada em uma caldeira, fisicamente debilitada, mas com uma voz que nenhum adjetivo consegue explicar. Meu Deus, o que era aquilo?! Não sei se o que ela disse aqui é um texto que ela repete em todos os shows, mas ela falou tão bem de você. Disse da emoção que sentiu ao ouvir você cantando pela primeira quando estava exilada. Ela parecia tão grata por você existir. Achei aquilo lindo. E gostaria que você soubesse disso. Por favor, quando elogio a versão de Mercedes não estou desmerecendo nenhuma das outras e olhe que eu conheço quase todas – algumas eu perdi porque estavam registradas em vinis que não tenho mais – mas outras ainda tenho em CD. Fiz um teste comigo mesmo para lembrar as gravações que eu conhecia de “Coração Vagabundo”, além da sua com Gal. E reuni aqui em ordem alfabética. Todas são lindas, mas a de Mercedes, mesmo em portunhol, para mim, é definitiva. Meu coração vagabundo vai guardar aquele momento por toda a minha vida. Olha as gravações que eu conheço: Ana Cañas, Cantores de Chuveiro, Carlos Alberto, Eduardo Conde, Flora Purim, Irene Singery, Ivan Lins, João Gilberto, Josee Koning, Karrin Allysson, Leila Pinheiro, Léo Jaime, Lúcio Alves, Marcela, Marília Medalha, Metrô, Paulinho Garcia, Shirley Espíndola, Tito Madi, Valéria Oliveira. É isso.
Já ia esquecendo, o filme “O Sangue de um Poeta”(Le Sang d’un Poète - Jean Cocteau) mexeu bastante comigo.
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Sobre as proximidades… de certo modo a proximidade, o encontro com o outro, sempre será sexual ou sensual. Ressaltando os nossos desejos e receios sobre aquilo que poderia vir a ser. Qualquer amizade pode virar um romance ou cair na cama. Mas nem sempre um romance vira o que uma noite de sexo pode se tornar, uma amizade.
É bom que as pessoas estejam próximas, dancem coladas, rebolar funk, axé, cacuriá, carimbó, roda punk - boate lotada, show entupido de gente… É muito bom sair pingando do Circo Voador depois de horas pulando e se esbarrando ao som de alguma banda legal. Delicioso poder dançar colado com a boca no ouvido e o ouvido na boca, entre amigos ou com possíveis amantes.
Também sempre fui um apaixonado em tempo integral; e quando é paixão que se confunde com sexo, sempre caio nessas armadilhas dos olhares. Por querer ir além… dói, dói, dói. Mesmos assim sou feliz (e também solar). Estou para ler um livro chamado “Enamoramento e Amor” do Francesco Alberoni.
bjs.
Pra cinemateca da OeP ficar perfeita, faltam os filmes do Lubitsch! Ninotchka e A Loja da Esquina, pelo menos, são indispensáveis.
Coisas do “Obra em Progresso”.
Melhor do que isso,só pão com banana.
John Waters é genial (eu o vi de perto, num jantar em San Sebastián, aonde fui com Pedro Almodóvar e Stephen Frears; conversamos; depois o revi numa das festas do Oscar - rolam muitas em casas particulares e lugares públicos depois da cerimônia: Vô Velô, the name dropper). Vi Mercedes Sosa cantando “Coração vagabundo” d perto: gravamos essa canção juntos aqui no Rio há cerca de um mês. Acho que respondi ou comentei todas as perguntas ou insinuações de Heloísa em comments aqui, só que talvez fingindo que não estava escrevendo pra ela. Sempre amei a série “Agente 86″ e hoje revejo episódios na Nick at Night, aonde fui levado por meu filho Tom. Estou vendo “Roma” e achando espetacular. Esse seriado é mesmo melhor do que muitos filmes. De modo algum apenas do que muitos filmes brasileiros, como alguém aí postou. É melhor do que muitos filmes americanos (ou iranianos ou franceses ou coreanos ou espanhóis…). E quanto a atores e como são dirigidos, há exemplos muitos de altíssimo nível no atual cinema brasileiro, enquanto o cara que faz Marco Antônio na série da HBO é um canastrão e tanto. Vô Velô Name Dropper: o altão simpático que faz Tito Pullo foi ver meu show em Mônaco (o paraíso das peruas) e pediu a um amigo comum que consehuisse permissão para falar comigo no camarim depois. Permissão concedida, ele foi falar comigo animadão no final (embora para mim tivesse sido um show frio para um público chato, ele adorou). Vô Velô: quando a TV chegou à Bahia eu tinha 18 anos! Vejam que animal deiferente de vocês eu devo ser! Cresci sem TV. E não gostei da novidade quando chegou: detestava aquelas imagens cheias de traços, em preto e branco, atrapalhando a conversa à mesa. Quando casei com Dedé, a gente não tinha TV. Foi a conselho de Bethânia que passei a ver Roberto Carlos e, por sugestão de José Agrippino, Chacrinha. Mas via aqui e ali, às vezes. Dedé e eu fomos orar juntos em Sampa em 67. Só compramos um aparelho de Tv em 68. Depois eu conto mais.
Rafael Rodriguez …. papo Blues, adorei! Eu gosto muito de Jazz mas sou louca por Blues! E tem tanta gente que gosto, e como aquelas coisas que a gente falava de seriados antigos
E como a terra é redonda e, talvez por isso, vivemos sempre em círculos, voltaremos a falar dos negros. Aquela estória sobre as origens: “O blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Louisiana e Geórgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto durante os trabalhos nas plantações para aliviar a dureza do trabalho.” É a que mais me convence, passei uma parte da infância e uma parte da juventude no interior de São Paulo e minha região é canavieira e era muito comum as mulheres cantando enquanto cortavam a cana, obviamente não cantavam blues, mas tem tudo a ver este negocio de cantar para espantar a dureza do trabalho e da vida que levam. Daí o dito popular: “quem canta seus males espanta” (?)
Muddy Waters, B.B. King, Buddy Guy, Eric Clapton, Jim Vaughn, John Lee Hooker, Memphis Slim, Boogie Woogie, Robert Johnson, Magic Slim, Death Letter, Blind Lemon Jefferson, Chuck Berry, Johnny B. Goode, Jerry Lee Lewis. Mamie Smith, Bessie Smith, Billie holliday, Ella Fitzgerald, Emily Remler, Nina Simone que é a minha favorita das favoritas. Melhor deixar um pouco para outras pessoas citarem também, me desculpem mas, fora a musica popular brasileira (que representa bem a pessoa que sou), o blues é o que mais gosto, acho mesmo que mais do que clássico que também adoro, ou do que rock pelo qual sou apaixonada.
Só feras para o deleites de vocês!
http://www.youtube.com/watch?v=F4OXrmxDp44&feature=related
Estes 2 não poderia faltar a historias e as estórias….
http://www.youtube.com/watch?v=GaIxswG7d84&feature=related
este acima é de 1965 e este outro abaixo é de 1970 uma boa reflexão sobre a revolução musical nos anos 60, não?
http://www.youtube.com/watch?v=OqQOaA2LPRo
Heloisa e Rafael e todos que gostam do azul, ai um azul muito blue para vocês! Apesar de ser uma das minhas musicas favoritas das favoritas das favoritas o vídeo é antigo o azul meio desbotado, mas gostei.
http://www.youtube.com/watch?v=jl0ZvLoHvfg&feature=related
De fato há alguma harmonia quando nós dois falamos que o cinema americano é indústria. Isso é até meio óbvio, né?
Mas temos diferentes interpretações para tal fato:
Quando você diz que “toda industria tem acionistas, que pertencem à corporações, que vivem de vendas,e que vão bancar idéias que estejam de acordo com suas estratégias de venda”, leio como algo que pode ser dito à respeito de qualquer indústria. De DE automóveis, roupas, discos, móveis e filmes.
Esse é o modelo em que vivemos. Deslocar a produção cinematográfica desse modelo não tem se mostrado possível. O interessante é o diálogo entre a produção estética e o desejo de “vender”. Não o vejo apenas como perverso. Depende de seus protagonistas, mas pode dar resultados interessantes.
Não fosse o acesso que tivemos à indústria de massa americana, não haveria Tropicália, Bossa Nova, Jovem Guarda e boa parte dos nossos bons filmes.
abraço
salem
Suely R,
Ahhh, muito bom, fui ver Marcelino Pão e Vinho ultra recomendado por minha mãe. Fui com meus irmãos e amigos, busão, a um cinema de Santo Amaro. Atenção: Santo Amaro pra nós, paulistanos, é uma avenida. Havia muitos cinemas na avenida Santo Amaro…saudades.
Miriam Lucia,
Poesia pura que depois foi repassado nos Muppets Show, aliás, os Muppets, genial!
Labi Barrô,
Beijos e abraços mui carinhosos!
Exmo Sr César Lacerda,
Pelo presente vem o advogado Nando primeiro expor e ao final requerer o seguinte:
Lembre-se que foi você quem pegou uma única frase minha sobre o “choro” e teceu seus argumentos. Embarquei no debate, achando que pode(ria) ser proveitoso também aos demais.
A contribuição de Paulinho da Viola é altamente relevante, mas não transgressora nem vanguardista. É um cara que ama a tradição e se orgulha disso. Citar “Sinal Fechado” (que além de você todo mundo conhece) como exemplo é o mesmo que dizer que Caetano desenvolveu plenamente a juju music e citar como exemplo “Two Naira Fifty Kobo”. Em ambos os casos, cada qual a seu modo, são exemplos isolados, possível fruto de inquietação artística e exercício criativo (deixando de lado conotações políticas). A grande revolução de Paulinho da Viola é ele ser quem é. É ele mesmo. Paulinho atravessou todos os estilos e movimentos sem se abalar (lembro que Caetano diz algo similar em seu “Verdade Tropical”). O resto é preciosismo. De Luiz Gonzaga a Beatles, de jazz a maracatu, da Tropicália ao Clube da Esquina, nada o tirou de si mesmo, das coisas que lhe são mais caras.
Eu exalto carimbó, maracatu, baião, frevo, folia de reis e congado sempre que for possível. Não exalto marujada nem chacarera porque não conheço. Mas se você os cita neste contexto, certamente são dignos de exaltação. Sem problema: exalto também. Acho que todo mundo aqui concorda.
“Em geral, quem cobra e toma pra si a posição de dono da tradição ou do movimento é quem quer se aproveitar”.
Mais um motivo para nomearmos os verdadeiros responsáveis, excluindo os oportunistas. E incluindo os injustiçados.
O fato do Milton chamar amigos estrangeiros para participar do “Ângelus” em nada “universaliza” um movimento criado, exercitado e solidificado em Minas. O disco foi feito muito tempo depois, com o estilo mineiro de compor e tocar já completamente solidificado. De qualquer sorte, não sei se o fato de Gerson King Combo, Cassiano, Toni Tornado ou Tim Maia gravarem soul no Brasil torna o gênero menos americano e mais universal. A matriz será sempre americana. Agora, vá dizer a um americano que “o soul não é americano, é universal”.
PERGUNTEM AO PÓ
Adoraria retribuir alguns carinhos e retomar algumas interações, tributar o meu agradecimento sobre o que disseram, quanto a temas que nos interessam, ou fizeram para mim ou por mim mais acima, Castello, Joana, Glauber Guimarães, Suely R. e Lucesar, e mais sobre o que ultimamente andei pensando alto, tão alto que me sairam balõezinhos voando de minha mente, pela página no Orkut do diadorinho (sem “n”, pessoa diandorinha só há Heloisa mesmo) Rafael Rodriguez - mas agora não vai dar. Deixo então o meu desejo suspenso no ar.
Contudo, não resisto de fazer aqui uma coisa já; é mais forte do que eu e será de todo modo bem rápido e indolor. Vou postar algo que garimpei no orkut-circuit em página pessoal da infocaetanauta Ana Cláudia Lomelino. Vale saber que Ana criou uma comunidade com comentadores e freqüentadores desta OeP, independente da comunidade originalmente existente e afim: a do Clube do Caetano de Tyrone.
Eu a conheci justo quando me chamou para dar uma força à comunidade dela logo no iniciozinho, porque era um clube também, mas que começou bem naquele estilo “luluzinhas” - e isso provocava muitas resistências. Eu resisti, resisti muito também, mas fui fisgado com armas bem desonestas - queiram conferir lá, clicando aqui.
Pois muito bem, passeando mais cedo pela página pessoal dela, tentando me libertar de um sentimento pesado que me fazia sentir hoje um ser mais cabeçudo do que anatomicamente sou, apesar da noite ter sido linda no Farol da Barra (com direito à visita virtual de Gravataí e tudo), encontrei postado ali, por um russo amante de nossa música, algo que instigará muitas reflexões musicais de Caetano and Hermano, assim como reatiçará o pensamento crítico de Salem e Nando.
No mais, o que eu posso acrescentar, ou melhor, indagar a respeito do que vocês solenemente assistirão - hoje estou com o meu sentimento religioso especialmente aguçado: Perguntem ao Pó? Dele viemos e a ele não retornaremos?
(Não confundir com a estética do seriado televiso baseado em peça do Bando de Teatro Olodum)
ó Paísso aqui, Ó! - no YouTube
p.s,: Glauber, não excedi tanto na bebida, mas em pratos que dançam um baião no estômago do homem. Se eu não encontrasse o estoque de UM POZINHO chamado Sal de Andrews facinho hoje, meu caro, por certo Gilberto Gil mais tarde jamais contaria com a minha ‘vibração’… quando rolar o baião!
É uma bobagem essa coisa de “cinema americano é indústria”, vindo de um grupo de fãs de música brasileira, quando ao mesmo tempo a música brasileira é uma das mais bem sucedidas indústrias de pop.
Nossa música é também uma indústria, ué. Caetano Veloso está filiado a essa indústria. Muita gente diz que ele é escravo dessa indústria e brigo com quem diz isso.
Por isso, coerentemente, brigo com quem usa esse mesmo argumento pouco profundo para desqualificar o cinema dos EUA. Sim, é uma indústria, mas isso não desqualifica suas produções.
O cinema francês também é uma indústria, mas menor. Assim como o italiano e os demais. Todo cinema é uma indústria - o nacional, por acaso, é uma indústria estatal.
É risível que haja esse patrulhamento justamente aqui. O mais cômico é que, alguns posts atrás, defendíamos a feitura de um disco da chamada “axé music”, e agora leio esse papo purista de “indústria hollywoodiana”?
Charlie Kaufman é de Hollywood e é roteirista de “Brilho Eterno…”, de “Quero Ser John Malkowich”, “Adaptação” etc. Sua obra está inserida numa ‘indústria’, mas é criativíssima, rica, poderosa.
Não é possível que caiba num mesmo discurso a defesa apaixonada da música popular brasileira (que está num contexto industrializadíssimo), a defesa do cinema brasileiro (que em geral se dependura na benesse governamental) e esse repúdio de a Hollywood (por ser uma “indústria”).
Para cada filme caça-níquel de Hollywood eu mostro três ou quatro discos (coletâneas incluídas) ainda mais comercialmente deploráveis lançados pela indústria fonográfica brasileira. Incluindo aí os medalhões.
“São a mesma juventude que vão matar amanhã o velhote inimigo que morreu ontem?”
“blues = pain created to heal pain” [blues = dor criada para curar a dor]. muito próximo do samba, mas o samba tem aquele fator de cura mesmo, o blues é como um círculo vicioso. eles se completam, são irmãos no banzo, sempre divididos entre o sagrado e o profano. nunca vão morrer.
isso me lembra também a música de “elomar”. é outra coisa que tem muito a ver com o blues e vice-versa.
“tristessa” é uma palavra belíssima.
abraço procê.
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http://www.myspace.com/donazica
inté!
Besos a todos!
[esse "alguém" aí sou eu, o glauber genérico, haha. acho que caetano não diz mais meu nome porque falei que era um tanto tímido. ói, pode falar, viu? mamãe fica super orgulhosa e tal...]
falando sério agora:
falar nisso, a nudez de isabel guerón é poesia pura. linda.
só um toque, se você me permitir a audácia:
o cinema brasileiro não precisa de defesa. nem o axé. nem o rock precisa ser salvo, não é mesmo? easy, tiger…
parabéns pelo lance da aula. fosse você professor, gostaría muito de ser seu aluno. de certa forma, sou. através das canções, do verdade tropical e deste happening aqui. obrigado. você e ferreira gullar são os caras mais jovens que conheço. mais jovens que eu.
agora vou indo, antes que cê me mande pra diretoria, hahaha
Este último sueño me hizo acordar a la canción “el salmón” de Calamaro que dice:
PD: el salmón nada contra la corriente. Me parece que es el único pez que nada contra la corriente pero no lo puedo afirmar.
Heloísa querida,
“Nothing “Caetano MIO”, with jokes. Please.(je-ju-jemm).
INSINUAR: “Dar” “entender” de modo “sutil” óu “indireto”. Introduzir sutilmente ou com “destreza”. Introduzir-se com habilidade ou “dissimulaçao”. Captar a “amizade” ou a benevolência de alguém.( Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
(Heloísa MIA, o que há na palavra “INSINUAÇOES” de PERIGOSA/O?????).
De novo nao, eh?…..por favor VEJA a POESIA da palavra… “INSINUAÇOES”……eu me “INSINUO” pra você com um…Beijo.Vero.
Caetano, não sei se você conhece ou já ouviu falar de Tuna Espinheira, cineasta baiano, documentarista consagrado por Comunidade do Maciel - Samba não se aprende na escola - Dr. Sobral Pinto - Cosme de Farias, o último Deus da mitologia baiana, entre outros, e que acabou de lançar aqui em Salvador e em Feira de Santana, o longa “Cascalho”, do romance homônimo de Herberto Sales, rodado em Andaraí, uma das regiões principais das Lavras Diamantinas.
O filme se passa na década de 30 e conta a saga dos coronéis gananciosos e insensíveis que dominavam a região, e escravizavam os garimpeiros na extração de diamantes, numa terra sem lei, alimentada pelo autoritarismo e crueldade. Tem no elenco nomes de pesos como, Othon Bastos, Harildo Deda, Irving São Paulo, Wilson Melo, Jorge Coutinho, entre outros.
Cascalho está pronto desde 2004, mas só agora, quatro anos depois, com muita luta e pouco dinheiro foi lançado no Multiplex Iguatemi. A luta agora é conseguir a distribuição para o eixo Rio/ São Paulo e também Brasília.
Gostaria que você visse Cascalho, é imperdível. Envio o link do blog de André Setaro, uma boa leitura para cinéfilos, que comenta o filme de Tuna Espinheira, lá você vê também o trailler.
http://setarosblog.blogspot.com/2008/10/cascalho-poesia-da-crueldade.html
Me lembrei hoje de que, por ocasião do lançamento do filme “meu tio matou um kra”, Caetano participou de um chat na internet. Seria bem legal uma coisa dessas por aqui (principalmente à noite ou fim de semana, onde mais pessoas poderiam participar)
Sr. Nando, caríssimo colega de Progresso,
Pedido 174, publicado em 29 de novembro de 2008 deferido! E comentado. =)
Acho o debate, sim, extremamente proveitoso a todos nós. Afinal, a descoberta das discussões, das indicações, da troca, enfim, num blog do Caetano mediado por Hermano Vianna só pode ser algo maravilhoso. Fato.
“Paulinho da Viola: (…) Só quero lembrar o seguinte: eu gravei algumas músicas que passaram mais ou menos despercebidas, mas não para esse pessoal. Por exemplo, eu gravei uma música em 70, 71, chamada “Roendo as unhas”, que tem uma célula harmônica, ela lembra a tonalidade, mas ela não tem [o acorde de] dominante [quinto grau da escala]. São 3 acordes. É um samba, só que a própria acentuação dele tem a repetição dos 3 acordes. Quer dizer, como resultado não é um samba tradicional,(…). Porque a minha preocupação com relação à forma é uma coisa toda junta.” (Entrevista concedida em 1989 para o programa Roda Viva).
Na lista de artistas negros aí em cima não citei Milton Nascimento propositalmente. Justamente, por achar que ele -tal qual João Gilberto- não faz parte do movimento, do argumento, da expressão. Ele é o movimento, o argumento, a expressão -tal qual João-.
Não fui eu que inventei o Clube 3, Nando. Foi o Milton. Foi ele que ‘universalizou’ o Clube…
Outro abraço!! =)
acho interessante que o blog não tem o formato convencional - alguém escreve diariamente textos que ocasionalmente podem ser comentados por terceiros - mas de um ‘bib’(blog in blog), um blog no blog onde os comentários assumem o papel principal, num quase chat; caetano, em seu post inicial, dá as cartas e todo mundo embaralha e joga … ok, mediador, quase todo mundo …
“Dedé e eu fomos orar juntos em Sampa em 67″
caetano, sua ida tem a ver com o festival daquele ano? achei que “orar”, como foi digitado, até soou mais correto, se tem a ver com ‘alegria, alegria’, pois alguém lá em cima bem que ouviu suas preces, amém;
sobre a apresentação no festival, uma curiosidade : vi no youtube um ensaio de um fã sobre ‘alegria alegria’ linkado em outro post; com a interessante desaceleração do ritmo, a música ganhou novos acordes, a voz afinada expandida tem mais emoção (mais longa), e parece mesmo uma oração … mas falta algo tão característico : o dengoso sotaque baiano.
sou carioca e adoro sotaques, o meu é muito misturado, por ter morado aqui e acolá, opção, diversão ou camaleonismo; umas vezes meu jeito de falar impede meus interlocutores de reconhecerem de cara minha origem; em outras forço propositadamente um evandro mesquita para não deixar nenhuma dúvida …
abrs paloma
Para mim, tvs finas e inteligentes são essas de plasma ou LCD, retangulares e com várias funções (algumas com entradas para o computador, quer dizer, acho que todas). Sonho de consumo, bincadeira, nem tanto assim, mas que quero uma, quero! Ou então faço o esquema do monitor de polegada maior como citei acima.
bj.
* Valeu pelo seu link no Youtube, já estou por lá.
Caetano, não fiz insinuações – fiz perguntas e comentários. Acho a palavra ‘insinuações’ muito perigosa. Rebati seu comentário contraditório sobre o título ‘Diários de Motocicleta’; pedi sua opinião sobre o pouco entusiasmo dos americanos com ‘A foreign sound’, para que eu pudesse expor a minha; e perguntei se você já tem coragem de saber que é imortal. Não há nada insinuado – é tudo muito transparente. Você não precisava responder, mas a uma resposta irônica como essa eu prefiro nenhuma.
Por que as postagem caminham para horários diferentes? (acho qua alguém já perguntou isso em algum momento). Dá uma confusão…
Já escrevi além da conta neste tópico, chego a ficar um pouco envergonhado com tantas postagens minhas… rs.
Lembrei de uma coisa, foi “A Foreing Sound” que me levou a “CÊ”… Escutei “Come as you are” no carro de uma amiga, fiquei alucinado com a interpretação, isso na época do lançamento da obra de 2006.
Passei uma madrugada inteira assistindo a primeira temporada de “Roma”… muito bom!
Paloma, não sou carioca mas às vezes uso um carioquês só de onda… risos… o meu sotaque deve ser igual ao seu, sem uma identidade regional… Já acharam que eu era da Bahia, do Rio Grande do Sul, carioca,gringo, etc…
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CINE GLAUBER ROCHA vai ser reaberto, e somente com programação alternativa!
Ainda lembro de meu pai em cima de um andaime pintando com outros artistas plásticos da Bahia a lateral do cinema… e a cara nova do cinema parece ser bem legal
Concordo com o carlos do comentário(1): a introdução que o Gael fez antes da apresentação no oscar,foi digna de qualquer um de nós que participa do seu blog, ou seja digna de um graaaaaaaaaaande fã.
coincidências. abri o verdade tropical, da mesma forma que costuma abrir o i ching - ao acaso, só pra ver o que vai dar - e não é que foi justamente no ponto onde caetano vai moram em sampa com dedé, num apartamento alugado pelo guilherme araújo, no centro da cidade. p. 200. o capítulo é ótimo. recomendo.
sobre séries de tv: acho chato quando é papo de gente que não gosta de tv, que quer tv “fina” e “inteligente”
mas gosto de jornada nas estrelas: a nova geração
ps: em termos de audiovisual hoje prefiro ver video no youtube
aqui alguns favoritos:
http://www.youtube.com/hermanopvianna
Dizer o óbvio é preciso.Navegar também é preciso.
Um abraço fraterno.
O debate Nando & Lacerda é bem interessante.
“Sinal Fechado” é uma canção importante. De fato, ela propôs, com relativa consciência, alguma ruptura. Não que Paulinho estivesse intelectualmente preocupado com essa chatice de “linha evolutiva da música popular”. Não.
Paulinho em alguns momentos demonstra o desejo de ruptura com ele mesmo. Isto está em Roendo as Unhas e até na letra de Argumento.
Paulinho não é um transgressor. É um super compositor que revela a sua crise quando se sente aprisionado pelo samba.
Bons sambas até o início do século passado (isso tá no livro de Almirante sobre Noel) não eram sambas “diferentes”. Eles tinham a difícil missão de serem parecidos ou “quase iguais” a outros sambas. Com esse raciocínio (análogo ao do blues) fazer um “bom” samba era tarefa dificílima.
Nem sempre “romper” ou “transgredir” é o caminho para a inovação. Às vezes, não é.
Portanto, entender Paulinho da Viola como um “transgressor”, pelo seu repertório paralelo, de harmonias e letras mais ousadas é redutor. De certa forma é tentar observar sua a sintaxe tropicalista. Não rola.
Paulinho se mostra “diferente” e “atrevido” nas suas composições de aspecto mais tradicional. Isso é o que o faz um grande artista.
O choro é moderno, atual e inventivo até hoje! É preciso entendê-lo de forma diferente. A mixagem do samba preto com a sofisticação européia das modinhas, fados e polcas. A chegada do jazz (Orquestra Tabajara) e depois Paulo Moura. A forma AA BB a CC A, tão elástica e complexa.
O choro não é gênero para ser desconstruído apenas. É, assim como o samba e pra ser vivido e re-construído (o hífen é proposital).
Entender a “inovação” e a “transgressão” apenas com o olhar pseudo-vanguardista da desconstrução e da ruptura é bobagem.
Para que haja transgressão é necessária a tradição. Assim é com o tango, o blues e outras bossas.
Paulinho da Viola é um inovador “dentro” da tradição. Missão que abraçou com rara personalidade.
Roendo as Unhas não é uma boa canção. Parece que ali, Paulinho entrou na lógica da construção buarquiana. O fez com talento. Mas era mais um desabafo.
No fundo o verso genial “não me altere o samba tanto assim” é a grande dica da sua lógica poética. No seu contexto, alterar por alterar não é transgredir. É matar.
Sem a percepção fina dessa sintaxe, não haveria Marisa Monte com a Velha Guarda da Portela, Pedro Luis, Diogo Nogueira, Roberta Sá e Tereza Cristina.
Aí há um ritual belíssimo de respeito à tradição. E essa é uma peça fundamental do quebra-cabeças da nossa música popular.
Que clama por grandes rupturas, manifestos, movimentos e transgressões, pode não perceber a sofisticada arte de refazer dentro dos parâmetros da tradição.
Noel foi um inovador. Mas se a gente escutar seus sambas há muito de tradição lá dentro.
A palavra “conservador” tão demonizada no nosso vocabulário, pode aí ter um sentido bonito.
O que Piazzola fez com o tango só foi possível, graças à tradição “conservada”. Tom Jobim entendeu Caymmi assim. Caetano e Gil entenderam João Gilberto assim. Gal escutou Dalva de Oliveira assim. E é assim que escuto choro e samba até hoje.
abraços
salem
uma
Roendo as Unhas
Que a televisão não seja sempre vista como a montra condenada, a fenestra sinistra, mas tomada pelo que ela é De poesia
César Lacerda,
Rapaz, eu tô gostando MESMO da sua abordagem. Mesmo discordando em alguns pontos.
Veja bem: nós estamos falando de Paulinho da Viola. Um artista com um trabalho monumental. É claro que Paulinho tem que se “arejar” artisticamente. Tem gente que acha que João Gilberto, pra citar só um exemplo, regrava sempre as mesmas músicas DO MESMO JEITO. Sabemos que isto é um erro grosseiro. É claro que dentro dos respectivos universos há uma série de nuances - senão vira, aí sim, mera repetição, água parada. A pureza é um mito. Racial, musical, literária, seja qual for. Quando falo que o choro é genuinamente brasileiro não estou dizendo que toda sua estrutura seja originária do Brasil. Como o próprio João Gilberto disse: “Reclamam das regravações mas as notas musicais ainda são as mesmas de sempre”. A minha postura visa mais propriamente ajudar a combater um pouco o famoso complexo de vira-lata que nós brasileiros temos.
Paulinho é mestre e conhece profundamente seu ofício. É claro que DENTRO DELE ele vai fazer seus experimentos; ele é um artista, um criador. Dos mais sublimes. E genuinamente brasileiro. Quem se dispuser a investigar profundamente o trabalho do João Gilberto fatalmente encontrará uma série de inovações. E, de maneira análoga, ele jamais se desviou do curso que estabeleceu para si primordialmente. Aliás, você falou a este respeito melhor do que eu e recebeu aplausos do Caetano.
Estar à margem do que acontece no mundo não quer dizer necessariamente alienação e falta de criatividade, that’s my point. Às vezes a imersão (em si mesmo ou no objeto de abordagem) necessita de afastamento e alta concentração. Entende?
Quando ao Milton, ele já disse que o “Pietá” é o Clube 4. Sei lá, juntou gente o Milton chama de “Clube”. Mas a questão era outra: a matriz mineira. O “Ângelus” é uma extensão dos trabalhos anteriores, com regravações inclusive. Não tem o impacto inicial nem inova em nada - em que pese ser um belíssimo album. E é de se perguntar o que teria o impacto inicial do grupo mineiro. Coisas como “Paixão e Fé” ou “Cais” não são criadas todo dia. Tomara que Beto Guedes vá adiante. Milton o chama de “meu baixista” - é o baixista favorito dele.
Abraço!
Helô, você está resmungando de barriga cheia Caetano já disse aqui que gosta do escrevem aqui, gosta mais de uns do que de outros, MAS QUE TE ADORA. Escreve tópico para você. Enquanto o Gravataí chora de comoção quando vê seu nome lá em cima e eu e a torcida do Vitória - negócio de “Bahia”, viu Caetano, vou te dizer. Ainda bem que seu melhor album tem as cores do melhor time baiano - ficamos aqui embaixo e muito de caju em caju recebemos uma atenção. Eu falo em quinhentos temas diferentes e Caetano de vez em quando responde. Em compensação, você me responde todas as vezes, o que é maravilhoso!
Desfaz esse beicinho aí, vai
TV
LIGHTER THAN LIGHT.
A Banda Larga Cordel de Gil ontém exlodiu em Salvador no TCA…Ele estava a mil…Maravilha!!!
A Foreign Sound é lindo, mas concordo que o show tinha muito mais feeling(s). Mas também, tive a “sorte” de ver o tumultuado show de Amsterdã, o povo vaiando as canções americanas, ansioso por ouvir os standards do proprio caetano. E Caetano interrompe o show, manda acender as luzes e aponta alguém na platéia: “did you drink too much heineken?” Foi engraçado, me parece que aquele som já anunciava a energia do Cê, a guitarra de Pedro Sá chegando mais a frente em alguns momentos. É pena que não tenha sido editado em dvd. Aquela Adeus Batucada minimalista. Manhã de carnval deslumbrante. E aquele cenário, o que é aquilo… Eichbauer é gênio…
Ontem estive com Wisnik, que inscreveu no meu exemplar de Machado Maxixe a frase célebre: Mas as polcas não quiseram ir tão fundo.
Saiu no G1…os 50 melhores filmes: 1. “O expresso de Xangai” (Shanghai Express, 1932) - Segunda (1), 22h2. “Juventude transviada” (Rebel without a cause, 1956) - Segunda (1), 23h25 3. “Um dia de cão” (Dog day afternoon, 1975) - Terça (2), 22h 4. “Diabo a quatro” (Duck soup, 1933) - Terça (2), 0h10 5. “O show deve continuar” (All that jazz, 1979) - Quarta (3), 22h6. “O que terá acontecido a Baby Jane?” (What ever happened to Baby Jane?, 1962) - Quarta (3), 0h10 7. “Rio vermelho” (Red river, 1948) - Quinta (4), 22h 8. “Perseguidor implacável” (Dirty Harry, 1971) - Sexta (5), 0h15 9. “O ocaso de uma lenda” (This is Spinal Tap, 1984) - Sexta (5), 22h 10. “Vampiros de almas” (Invasion of the body snatchers, 1956) - Sexta (5), 23h30 11. “O barco – Inferno no mar” (Das boot, 1981) - Sábado (6), 22h 12. “O poderoso chefão” (The godfather, 1972) - Domingo (7), 0h30 13. “Os dez mandamentos” (The ten commandments, 1956) - Domingo (7), 22h 14. “Aventuras de Robin Hood” (Adventures of Robin H10. “Vampiros de almas” (Invasion of the body snatchers, 1956) - Sexta (5), 23h3015. “Matar ou morrer” (High noon, 1952) - Segunda (8), 22h 16. “Confidências à meia-noite” (Pillow talk, 1959) - Segunda (8), 23h3017. “Todos os homens do presidente” (All the president’s men, 1976) - Terça (9), 22h 18. “Grande Hotel” (Grand Hotel, 1932) - Quarta (10), 0h25 19. “Pacto de sangue” (Double indemnity, 1944) - Quarta (10), 22h20. “A princesa e o plebeu”(Roman holiday, 1953) - Quarta (10), 23h5521. “O enigma do outro mundo” (The thing, 1982) - Quinta (11), 22h 22. “Amargo pesadelo” (Deliverance, 1972) - Quinta (11), 23h55 23. “Agonia e glória” (The big red one, 1980) - Sexta (12), 22h 24. “O iluminado” (The shining, 1980) - Sexta (12), 0h25. “O bom, o mau e o feio” (The good, the bad & the ugly, 1966) - Sábado (13), 22h 26. “Os doze condenados” (The dirty dozen, 1967) - Domingo (14), 0h5027. “A marca da maldade” (Touch of evil, 1958) - Domingo (14), 22h 28. “Os pássaros” (The birds, 1963) - Domingo (14), 23h4029. “A força do destino” (An officer and a gentleman, 1982) - Segunda (15), 22h30. “Noivo neurótico, noiva nervosa” (Annie Hall, 1977) - Terça (16), 0h1031. “Meu amigo Harvey” (Harvey, 1950) - Terça (16), 22h 32. “Um dia em Nova York” (On the town, 1949) - Terça (16), 23h50 33. “A conversação” (The conversation, 1974) - Quarta (17), 22h34. “Galante e sanguinário” (3:10 to Yuma, 1957) - Quarta (17), 23h55 35. “O terceiro homem” (The third man, 1949) - Quinta (18), 22h 36. “No calor da noite” (In the heat of the night, 1967) - Quinta (18), 23h45 37. “Tootsie” (Tootsie, 1982) - Sexta (19), 22h 38. “Se meu apartamento falasse” (The apartment, 1960) - Sábado (20), 0h39. “Os irmãos Cara-de-Pau” (The Blues Brothers, 1980) - Sábado (20), 22h40. “O selvagem” (The wild one, 1954) - Domingo (21), 0h15 41. “Por quem os sinos dobram” (For whom the bell tolls, 1943) - Domingo (21), 22h 42. “O sol é para todos” (To kill a mockingbird, 1962) - Segunda (22), 0h40 43. “Entre dois amores” (Out of Africa, 1985) - Segunda (22), 22h44. “Cupido é moleque teimoso” (The awful truth, 1937) - Terça (23), 0h4545. “O planeta proibido” (Forbidden planet, 1956) - Terça (23), 22h46. “Dr. Fantástico” (Dr. Strangelove or: How I learned to stop worrying and love the bomb, 1964) - Terça (23), 23h45 47. “A felicidade não se compra” (It’s a wonderful life, 1946) - Quarta (24), 22h 48. “A roda da fortuna” (The band wagon, 1953) - Quinta (25), 0h15 49. “Spartacus” (idem, 1960) - Quinta (25), 22h 50. “Frankenstein” (Frankenstein, 1931) - Sexta (26), 1h10 ufa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!aproveitem…bjbj
Adoro Merryl Streep e os filmes em que ela atua não perco nem um, gosto de vê-la. Não sei como ela é pessoalmente, mas para mim ela tem uma beleza infinita, uma personalidade marcante, o que faz com que a sua beleza vá muito alem da face.
Falando de cinema, de salas de projeções com telonas, e de filhos, me lembro de muitas estórias que vivi com as crianças quando eram pequenas, das quais destaco duas em especial, uma delas quando fui ao cinema com elas para assistir Historia Sem Fim, quando chegamos o cinema estava lotado de crianças com idades que variavam de 4 a 10 anos, e tivemos que nos acomodar no chão sentamos nas escadas que ficavam no corredor central, quando Atreyu perde seu amigo e cavalo Artax no pântano da tristeza as crianças ficaram tristes e chorei junto com elas, depois vibrei muito quando Bastian estava encurralado pelos “meninos maus” e apareceu o Falco, que vem na figura de dragão da sorte misturado a imagem de cachorro de pelúcia gigante e o cinema parece que vem abaixo com a animação das crianças foi uma das maiores emoções que já senti. Da mesma forma quando fui ao teatro cultura assistir os Smurfs, o gargamel era demais, muito convincente mesmo, tinha uns balões durante os intervalos era uma loucura total! Morávamos muito próximo do teatro João Caetano em São Paulo e as crianças tinham muita familiaridade com o teatro.
Tudo isso é apenas para concordar que este negocio de ser levado pelos filhos é uma experiência maravilhosa, e quando penetramos em seu universo infantil temos a possibilidade de desfrutar de emoções e sensações muito intensas.
Falando em filhos, me lembrei do post em que voce falava sobre ajudar os filhos a estudarem, e retomo o assunto, porque enquanto você esteve viajando para Ribeirão Preto ou mesmo tempo que postei a respeito das aulas de musica na escola, o que mais imaginava no momento em que você revelou que ia dar aula e que seria transmitida para mais de 10000 da rede de ensino, te imaginei ali não somente como o grande Caetano, o musico consagrado e historicamente importante na cultura brasileira, mas te imaginei ali como pai ensinando os filhos, com a mesma responsabilidade e o mesmo carinho e, isso foi o que me mais me fez vibrar. A minha forma de compreender o outro sempre me leva alem da superfície. Por falar nisso você ainda não repartiu com a gente esta experiência.
Também não gosto de ir ao cinema sozinha, mas por uma única semana o usei como refugio “anti stress” e, o Paramout da Brigadeiro durante a semana na seção das 14hs nunca tinha ninguém e encontrar um lugar vazio em São Paulo sempre foi raro.
E esta coisa de Roma, Itália, Bahia e Caetano, filhos, da uma olhadinha nesse link, trata-se de uma iniciativa dos estilistas italianos para a solidariedade na realização de um projeto que esta sendo desenvolvido em “Salvador de Bahia”! Ainda a pouco vi a propaganda na tv com o Fra Paolo, Renzo Rosso, Ermanno Scervino, mas tem muitos artistas participando também, entre eles o Fiorello. Muito legal!
http://www.eforpeople.com/Template/listTestimonial.asp?t=FraPaolo08&LN=IT
E, por finalizar andei curtindo muito blues ontem porque estava escrevendo meu comentário para o blog e fui buscar inspiração. Estava vendo alguns vídeos do Buddy Guy e deparei com este em que esta o Quinn Sullivan aos 8 anos, hoje me parece que tem 9, também andei vendo Tallan Latz. Crianças… ahhh… crianças!!!
http://www.youtube.com/watch?v=ix4TNJvVk8M&feature=related
Beijos
Podia ter alguns coments nossos no encarte do novo CD. Que tal?
Heloísa, muitos aí já disseram o que seria preciso sobre “insinuar”. Mas peço desculpas por ler todos os comments e escrever sem voltar para detalhar. Acho que, das perguntas que você fez, só fiquei devendo o que penso da reação americana a “A Foreign Sound”. Devo contar que foi o que esperava quando gravei o disco. Disse isso a Bob Hurwitz, o presidente da Nonesuch, e a Paulinha Lavigne, que me animavam a gravá-lo. Era algo que eu pensava dever ter feito muitos anos antes. Na altura em que foi feito, não tinha mais graça alguém da geração late sixties gravar standards. Além disso, minha visão demasiado abrangente só poderia ser admitida se fosse tomada como um grande acontecimento cultural e/ou se meus talentos de intéprete fossem (ou aparecessem como) geniais. Objetivamente não é o caso. Bob e Paulinha achavam que seria impossível não se registrar a grandeza do empreendimento - e, depois do disco feito, Bob multiplicou suas expctativas. Até que começou a mostrá-lo a colaboradores, amigos e jornalistas. Ele, que me ligava várias vezes para dizer do seu entusiasmo, me chamou para reconhecer uma resiginação: “The record is Brazilian” foi a frase que, triste e desajeitadamente, achou para me comunicar isso. O show revelaria a força interna que justifica o disco. Mas, tendo feito no Carneggie Hall apresentação do repertório antes de ter o show estruturado (com orquestra e cenário), encontrei apenas frieza da crítica novaiorquina (sempre tão entusiasta do meu trabvalho). E quando voltei à cidade para fazer o show pra valer ninguém da imprensa ou do meio foi assistir. A exceção foi Julie Taymor e Eliott Goldenthal, que ficaram impressionados. Um ano depois Bob me ligou de repente uma noite dizendo: “I was listening here to ‘A Foreign Sound’ with a friend, and the record is such a damn masterpiece”. Tenho alguns amigos americanos que adoram o disco - mas eles têm que defendê-lo de seus grupos de amigos que o desprezam. Eu acho tudo isso justo. menos não ter feito o DVD do show para ver aonde ia dar essa história. E você, o que é que acha? Qual sua hipótese?
Aliás, adorei “Across the Universe”, o filme de Julie sobre as canções dos Beatles de que já se falou aqui.
Glauber Guimarães, não citei seu nome porque escrevo à pressas sem reler e nem sempre lembro quem foi que sise o quê. Ma insisto em que muitos problemas de atuação no cinema americano não são detectados pelo espectador brasileiro. Em geral pensa-se que ali já está tudo certo e pronto. Houve um crescimento do nível de atuações no cinema brasileiro que já torna infundada a observação que você fez. Sou velho, meço o tamanho das conquistas. Pode crer: são imensas. As carências também o são, mas parece que somos mais carentes da capacidade de reconhecer o que conseguimos do que de qualquer outra coisa. Não importa se alguém é conhecido da TV. Hollywood é ao mesmo tempo o cinema e a TV Globo dos EUA, do mundo. O elenco de Cidade de Deus, de Tropa de Elite, de Saneamento Básico e de muitos, muitos outros não fica nada a dever aos (bons) elencos americanos. Poruqe os há também maus.
E: axé music, cinema brasileiro, funk, tecnobrega precisam sim de defensores. Se há ataques consensuais há de haver que distoe. Eu distôo. O rock precisou muito disso, antes de você nascer. Muito mais do que qualquer dos citados. E eu saí em defesa também. Não sou o herói da justiça: foi questão de sobrevivência (não sobreviência profissional - eu nem queria esta profissão - : foi defesa da minha vida e da vida real contra o pensamento doentio).
Enfim, não é um comentário sobre o post, mas o que mais gosto aqui é que os post viram apenas o pontapé inicial pra muitas outras discussões. Ainda não tinha vencido a minha timidez de escrever. Venci agora. Abraços.
Helô, querida Helô, seu comentário me promoveu de um simples Teteco a Augusto. Ser seu poeta preferido no momento é tantrico. Estou me sentindo o próprio Baudelaire em seu paraíso artificial. Ringrazio molto molto della accoglienza, baci!!!
Rafael, você é um homem bonito. Mi ralegro di vederti.
Exequiela, a mais linda flor do pampa. “seu toque no tambor desencadeia todos os sons e dá início a nova harmonia ” (J.A. Rimbaud)
Glauber, a palavra “tristessa” é mesmo líndíssima. É o nome de uma canção mexicana, dessas cantadas pelos fabulosos “mariaches”…não exija o nome do autor, ou autores, já falei de minha oca memória. É também o nome de um livro, em prosa-poética, de Jack Kerouac, que ele compôs para uma prostituta viciada mexicana, cujo nome verdadeiro é Esperanza Villanueva…que nome lindo. Sou vidrado em nomes.
Falando sobre seriados, embora não fosse um seriado mas sim uma telenovela com cara de seriado, acho que foi uma das coisas mais engraçadas que já vi na tv: O Bem Amado, na década de 70, nossa que era aquilo!!! Paulo Gracindo como Odorico Paraguaçu, o Lima Duarte como Zeca Diabo, as irmãs Cajazeira, o Diceu Borboleta, Sandra Brea e Jardel Filho, Milton Gonçalves, enfim todos os atores, as estórias, a cidade. É de faltar o fôlego de rir. Isso daí é Paulo Gracindo, é Dias Gomes, é Brasil que sofre e é feliz!
http://www.youtube.com/watch?v=e6bDWmAKpEw&NR=1
Isso daí é só ma matar a saudades de Vila Sesamo!!! Ri muito ontem, depois de muitos blues.
http://www.youtube.com/watch?v=ujj30l2ql9M&feature=related
Voltando ao blues, gosto muitíssimo de BB King, acho a musica dele Red, excitante no sentido sexual do termo, não sei se isso tem alguma coisa a ver com o fato de tê-lo conhecido quando estava iniciando minha adolescência e os hormônios andavam confusamente a mil.
BB King - Tracy Chapman - The Thrill Has Gone
http://www.youtube.com/watch?v=RTKd7vSJPk4&feature=related
Heloisa: Hoje domingo, dia de missa, algumas vezes vou a missa, mas somente estou comentando isso vagamente porque o Dom Michelle, que também é nosso amigo pessoal, estava inspiradíssimo, dotado de grande cultura, principalmente filosófica, com a aproximação do natal hoje ele falou sobre o nascimento de Jesus Cristo, citou alguns filósofos, entre ele Platão para explicar a idealização de Jesus Cristo e sua materialização como homem e, no final termina dizendo que sua intenção era provocar nossos pensamentos e, provocou mesmo.
Beijos e divirtam-se
Hermano, você viu essa nova formação da ‘Jornada’? (na verdade, a antiga formação, mas mais jovenzinha…) Coisa do JJ Abrahms…
Há o trailer disponível no site da Apple, não sei se o filme vai ser bom, mas o JJ tem altos (BEM altos - LOST, Alias, Fringe) e baixos (BEM baixos: Cloverfield)…
Aguardemos
Aliás, o Tito Pullo, que visitou Caetano no camarim em Monaco, fará “Justiceiro” (The Punisher), cuja classificação indicativa será para maiores de 18 anos tamanho o grau de pancadaria e quejandos… É a terceira adaptação da HQ, e pelo visto a ‘definitiva’, já que as outras duas foram fiascos retumbantes pois não observaram nada daquilo que havia no gibi… (o trailer também está no youtube e nas melhores internets de sua cidade :))
Quando assisti o filme Teoria da Conspiração me assustei ao saber que o livro Apanhador no Campo de Centeio era um livro que se relacionava com atos de violência (O cara que tenta matar Ronald Reagan leu o livro e disse que era apaixonado por Jodie Foster;o assassino de John Lennon leu o livro e tem um outro caso famoso. Dizem que tem outros tantos casos. Será uma maldição ?Quem assistiu a Teoria da Conspiração e percebeu esta passagem referente ao livro citado. Não o tenho em mãos para rever, mas gostaria de saber o que fez o ator Mel Gibson (esqueci o nome da personagem)cita-lo e qual a relação dos mesmos com a Teoria em si? Sobre o livro, alguém já leu? quem leu diz que não prega a violência. Mas o Filme foi bom. Soube que filmaram a vida da filha de Fidel Castro e que o filme está bem cotado nos EEUU. Será?
# Salém/Joaldo e etc.
Caetano espero ansiosa o post sobre Rio-Sampa.
# Sobre o Oscar:
PS: Joaldo eu não recebi seu convite no orkut
octavia, caetano…octavia da de dez a zero. nao aguento o sotaque ingles deles, mas fiquei ligado na serie. apted e’ fogo; a musiquinha ficou na cabeca, como a animacao do comeco. voce ja viu a serie toda?
Caro Castello
Quando você diz que…
“pela primeira vez na historia da humanidade,é possível criar imagens em movimento nas nossas retinas. Antes do sec.xx, nenhuma outra civilização teve essa experiência mágica.”
…fica a impressão de que o cinema foi inventado há meia-hora. Entenda uma coisa: essa sacralização da grande arte e, da genialidade privilegiada dos deuses da criação nasce no Romantismo. Com a Revolução Industrial, a idéia de genialidade mediunizada do artista se conforma a novos parâmetros. Nasce a idéia de talento, de habilidade, de destreza e de articulação de idéias. Uma idéia bonita que mais tarde se concretizou na palavra “produção”.
Homens produzem coisas bonitas, feias, úteis ou inúteis. Homens também produzem pensamentos, reflexões, arte e equívocos.
O cinema não é a “criação de imagens em movimento”. Essa é uma definição um tanto empobrecedora. O teatro já produzia, séculos antes, imagens catárticas e provedoras de ilusão.
Cinema é produto sim. Não no sentido ingênuo do teu olhar anti-capitalista. Mas no sentido mais musculoso da palavra.
Se o intuito do “produtor” do filme é apenas fazer bilheteria, ele até pode ser questionável. Mas nem assim a sua origem lucrativa o desqualificaria a priori. Há grandes filmes de bilheteria! Esses que as pessoas gostam de criticar dizendo que são “comerciais”. Há também grandes sucesso de bilheteria que não foram produzidos apenas com esse objetivo. Há filmes que nem tinham a pretensão de “vender” e venderam. E há os que desejavam fazer grana e não fizeram.
A questão da comercialização, distribuição e monopólios no cinema brasileiro está muito pior equacionada do que a do americano que, por exemplo, teve no ano passado uma greve de roteiristas que o paralisou. Prova de sua maturidade capitalista.
Você também disse que…
“Antes as imagens chegavam até homens escolhidos,conhecidos como profetas e visionários,depois, os deuses passaram a ser Hollywoodianos. Isso faz a diferença.”
…não entendi direito a sua argumentação. Você acha que a idéia de “homens escolhidos”, “profetas” ou “visionários” é concretamente mais interessante e honesta do que a atual idéia de que somos apenas “produtores”. Não acho que o cinema americano endeusa seus diretores, apenas os reconhece. A lógica da competição é muito menos mistificadora do que a da sacralização. Não são deuses, são fazedores de filmes. Que acertam ou erram. Vendem ou não vendem. Fazem greve ou não fazem.
Outra sua:
“É evidente que nessa corrente de acontecimentos,existem brechas,contradições,que alguns seres iluminados conseguem perceber,ocupar e criar maravilhas como,a Tropicália,Bossa Nova ,Cinema novo etc.Falar Isso é até meio óbvio, né?”
Mais uma vez a idéia de seres iluminados, deuses etc. Claro que quem produz belezas tem talento, inteligência e habilidade pra isso. Mas os grandes artistas só podem fazê-lo porque a indústria estava lá sendo usada, discutida, criticada, revista e repensada dentro dela mesma.
As maravilhas que você citou não são a negação da indústria. São a afirmação máxima de que ela é ferramenta.
É essa a nossa saudável diferença.
beijo na testa
salem
Caetano, já ensaiei essa pergunta em comentários a posts anteriores, mas agora faço explicitamente: não é difícil fugir do relativismo (que vc sempre renega) quando se adota essa sua postura aberta e abrangente de defesa de manifestações culturais em geral mal vistas pela crítica?
Salem, só posso agradecer pela AULA a respeito do Paulinho da Viola. Fiquei comovido e exaltado aqui com sua perspicácia e poder de síntese (at 7:45am). Sério.
“Paulinho se mostra “diferente” e “atrevido” nas suas composições de aspecto mais tradicional. Isso é o que o faz um grande artista”.
Sem dúvida!
&
César Lacerda, eu incluiria nessa sua listinha (Gil, Ben, Tim e Paulinho) o Wilson Simonal.
&
Helô: viu só? Você reclama de beijo, ele manda (em vários idiomas). Reclama de resposta, ele responde e ainda pede desculpa.
Conclusão: você é a melhorzinha (em Salvador se diz assim: “Eu sou a melhorzinha” ou “O melhorzinho” quando na verdade você quer dizer de si mesmo(a) - ou de alguém ou alguma coisa - “Eu sou o maioral, o bam-bam-bam!” ou “Fulano(a) é fora-de-série!”.
Caetano, não posso imaginar vc gostando de ir para a cerimônia do Oscar.Acho aquilo a coisa mais chata do mundo…os artistas, diretores, compositores etc nao merecem aquela punição por pior que tenham feito…é o sketch mais mal feito da indústria cinematográfica…pior ainda quando chega uma turma de brasileiros…brasileiro eh diferente,tem uma coisa ‘naive’, eh bonzinho…parece bahiano chegando em festa de carioca…não tem a maldade…é de outra turma… rrsss
Caetano,
Olha Salem,
*Nando, gostei da sua idéia de imersão. Concordo profundamente. E acho, que o que eu estou dizendo/escrevendo desde o primeiro comment e aprofundando neste, é justamente sobre isso. A idéia de linha evolutiva, de produção artística ocidental, de história da arte e historiografia, enfim, passa pela idéia central (quase óbvia) de que a arte só pode ser produzida através da ‘imersão’ do artista no seu contexto cultural, entendendo aqui cultura como uma grande relação ontológica humana.
*Você falava de música mineira, do sotaque e da característica peculiar. Saca só:
Abraços procês!
entendo perfeitamente o que você disse no último comentário. concordo. mas por favor, não me coloque no saco-de-gato da imprensa intelectualóide ou de quem não consegue ver os problemas de atuação no cinema americano ou de quem se nega a reconhecer as conquistas no brasileiro. não é mesmo o meu caso.
explico: da mesma maneira que você sente o dever de defender [coisa que eu também faço], sinto o dever de apontar o que há de fake em nós. porque sei do que somos capazes. penso que muito mais vale se autocriticar que criticar o outro, entende? como cê mesmo diz: “please, don’t let me be misunderstood.”
além dos filmes que você citou, destacaría “redentor” de claudio torres, com pedro cardoso, miguel falabella, fernanda montenegro e grande elenco. adorei esse filme. tudo nele. principalmente roteiro e direção de ator. não é um filme cabeçudo. é um filme extremamente acessível, mas muito bem feito. em nenhum momento ele soa fake pra mim.
perceba que faço questão de não citar os filmes que considero “babacas” ou mal feitos. nisso vai minha defesa. sei de todas as dificuldades por que passa o cinema nacional, não me sinto bem citando nomes dos filmes ruins [ruins na minha opinião, claro. é que eu só tenho ela, ne? haha].
o lance do meu nome foi só uma brincadeira, sei que nos últimos 10 dias cê tem estado bem ocupado. disco, neto novo, blog, aulas e sabe-se lá mais o que…serás canonizado! sempre brinco dizendo que ser baiano chamado “glauber” é já nascer com crise de identidade, hahaha
abraço sincero nocê.
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"Pequeno dicionário amoroso, O auto da compadecida [!!!], O cheiro do ralo [!!!!!!!!], Lisbela e o Prisioneiro, Domésticas”. beijo.
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bom…tomar um café, fumar um cigarro, pra ler o comentário de sergio. inté!
vou ver “contraponto” ["tideland"] de terry gilliam, agora. não sei nada sobre o filme, mas sendo de gilliam, difícil ser ruim. abraço procê.
[clap, clap, clap...]
paumas merecidas pro seu comentário/lista.
Claudio Simões, você tem razão, a quadrinha trepidante maravilhosa é do Antonio Maria mesmo, nem do Ismael Silva, nem Monsueto. Grato!!!
Heloísa - Eu compraria um disco de artistas estrangeiros com releituras de cantores brasileiros, por que não? Que gostoso ouvir o que eles percebem como o ’som estrangeiro’, as palavras que fazem ou não sentido. No fôlego que um rápido comentário permite, caço exemplos recentes: a releitura japonesa de ‘About A Girl’ (Nirvana), por Cibo Matto; ou na mesma praia, ‘Brazil’ com Cornelius. Que maravilha. Ou até mesmo rir do sotaque de Belle and Sebastian arriscando ‘Minha Menina’.
Aplaudi a ousadia de Caetano em reler clássicos que foram gravados pelas grandes vozes do século - de Ella Fitzgerald a Elvis. Senti homenagem. Encontrei o tempo em que ele ouvia Billie Holiday na sala do apartamento da São João. Ouvi caminho, andei carinho. Me encantei com a delicadeza e ternura de ‘Love me Tender’, por exemplo. Foi um sentido novo para a canção. Acho que Caetano não quis ser o rei. Ele foi a princesa. A delicadeza me fez lembrar de The Bird and The Bee em ‘How Deep is Your Love’ (Bee Gees). Foreign Sound é um disco polêmico pela intrepidez, mas Caetano sabia disso. Acho que ele não quis ser Ella cantando verão ao violão, só ele mesmo. Não tentou ser Diva, nem divã.
Uma vez fui a um festival de jazz em Marciac e Gil estava entre os artistas da programação. Eis que na noite de Gil ele apresentou o repertório do show de Kaya N gan Daya e subiu com “Don’t worry about a thing…” Eu achei aquilo divertido demais. Gil convidando o público sisudo do jazz para relaxar com reggae e ainda conversando em francês com sotaque bonito: Eu sei que vocês gostam de jazz, mas eu sou vulgar.
Não sei se compreendi direito a crônica de Cony (adoraria ver o link), mas acho estranho o exemplo que pessoas buscariam autores nacionais para reflexão e internacionais para prazer. Seguindo a lógica, pobre pensador que nasceu na Islândia.
http://www.youtube.com/watch?v=aKDGedmTnsY
http://www.youtube.com/watch?v=wvJ4T0P2W-I
http://www.youtube.com/watch?v=qjTvMCLxqLg
Ó Labi, onde você vai passar as férias? Quero ir junto!!!! Paixonei….:P
Oi Cesar
Li e reli o que você escreveu e confesso que não entendi o que você chama de argumentação.
Pode ser uma limitação minha, mas nem compreendi direito o teu texto.
Há um pouquinho de história ali (a estória com “e” não existe mais) misturada com algumas frases meio rocambolescas.
Não quero falar de transgressão, nem de linha evolutiva da MPB, nem de Tropicália.
No meu modesto coment queria só falar de Paulinho da Viola. Contextualizei a minha fala com certa sintonia que tenho com o Nando, mas não em oposição ao que você havia dito. Isso porque desde o primeiro comentário teu, já não havia coimpreendido com clareza aonde você pretendia chegar. Só achei que não chegou.
Apenas sinelizei que acho que caminhos que você escolheu pra pensar no Paulinho e na sua obra são pistas falsas.
Peço até desculpas por não entender teu raciocínio (continuo com dificuldades) e assumo que esse pode ser um limite meu.
Mas acho que pensar sobre o samba e o choro com mais simplicidade é tarefa mais difícil e instigante do que pensá-lo a luz do que você vem chamando de “transgressão”. Aliás, mais uma vez parodiando Rita Lee, vivemos em tempo que “transgredir” virou verbo da situação.
Foi por isso que lembrei do livro do Almirante (recomendo). Ali há pistas definitivas de como o samba se dilata no tempo. Os parâmetros de “invenção” no samba são muito originais. João Gilberto foi dos poucos que percebeu a lógica sutil do samba.
No mais, há bons pensadores sobre o tema, mas ele ainda é cheio de mistérios. O compositor e linguista Luiz Tatit, como já disse aqui, é um dos caras que conseguiu olhar pra gênese da composição popular de forma acadêmica e com enorme brilhantismo.
Em seus livros, ele consegue fazer o que parece impossível: estabelecer parâmetros não apenas históricos (ou antropológicos), mas sobretudo técnicos e poéticos pra sacar a semiótica da canção.
Esse é um caminho diferente, menos temporal, menos circunstancial e retórico. Ele não se atém tanto à época em que as canções são feitas, mas à experiência semiótica de suas feituras.
E essa foi a grande sacada de João Gilberto. Logo nos seus primeiros LPs, canções “modernas” de Jobim ficavam lado a lado com velhos sambas. E tudo soava contemporâneo e convergente.
A transgressão não está apenas no ato de compor, mas na forma de escutar. Aí sim, canções tradicionais (que palavra frouxa) podem se revelar transgressoras.
Às vezes tenho a impressão que o hiato histórico que vivemos (isso pros que reclamam grandes movimentos e revoluções na música popular) é fundamental. É a chance da gente revolucionar a maneira de ouvir música popular.
Essa “moratória” é necessária. Por isso tantas discussões por aqui a respeito de axé, funk, pagode, brega, sertanejo e etc.
Paulinho da Viola “escutado” com sensibilidade e inteligência é bem melhor do que pensado à luz dos parâmetros da história.
Foi isso que quis dizer.
beijo na testa
salem
Disse você : “O cinema não é a “criação de imagens em movimento”.Essa é uma definição um tanto empobrecedora.O teatro já produzia,séculos antes, imagens catárticas e provedoras de ilusão”.
Nem empobrecedora,nem enriquecedora.Essa é uma definição técnica.São em média 24 quadrinhos ou fotogramas,rodando p/seg,através de um projetor industrial,e que devido à uma característica de retenção das nossas retinas provocam a ilusão do movimento.(fiz uma consultinha no Google –o novo pai dos burros - pra confirmar esses dados).
No mais,o que eu leio nas suas palavras é o que eu falo com as minhas.Frases repetidas em tempos e regiões diferentes como se estivéssemos tocando uma fuga do João Sebastião Bach.
Outro beijo na sua testa.
A Foreign Sound:
Fui com muita sede nele. Fiquei um pouco desapontado.
Achei meio classic demais, meio muzak. A canção/proposta de abertura não vai adiante. “Nature Boy” (principalmente esta) aponta para um caminho mais arejado, mas fica ali ao lado de “Detached”, isoladas das demais. A canção (maravilhosa) de Bob Dylan ficou muito aquém do (meu) desejável; me pareceu que Caetano estava lendo a letra, quase bocejando. Se compararmos com a versão estupenda do “Before the Flood”, cuspida com fúria, veremos o quanto a força da canção se esvai.
“Blue Skies”, entretanto, é coisa fenomenal de linda. Assombrosa. Mais umas três ou quatro entrariam numa coletânea minha de favoritas do Caetano (de outros autores).
No geral, foi como oferecer pão a padeiro.
bacana Heloísa, adorei seu ponto de vista
AMNÉSIA COLETIVA, talvez esse fenômeno explique a falta do grande Korusawa de todas as listas, somente Rafael no comment 62 citou ‘Dreams’, que não gosto muito. Falou-se em cinema asiático ( muito em moda), mais nenhum desses coreanos “cults” chega aos pés do mestre Akira, ausente mesmo listas que pareciam saídas de metralhadoras.
Minha Korusawa´s list:
Ran (1985)
Os 7 Samurais (Shichinin no samurai) (1954)
Madadayo (1993)
Kagemusha (1980)
Dersu Uzala (1975)
Dodeskaden (Dodesukaden) (1970)
Tsubaki Sanjûrô (Sanjuro) (1962)
Yojimbo (1961)
Rashômon (1950)
Rapsódia em agosto (1991)
Se mais alguém citou o mestre, perdão, pode ter sido cegueira temporária de quem vos escreve.
Oi, Caetano e pessoal. As Torres de Watts possuem site, para quem quiser conhecer. Olhem o que o John falou sobre elas, num papo sobre a Casa da Flor no Rio:
John Hemingway said…
Augus
séries: adoro the L world.
Heloisa: Hablo por mí: yo no me “espanté” porque en español la palabra tenga otras connotaciones. No creas que es un problema de idioma o de dominio del idioma. Las palabras son dichas para todos, sin discrimar si el que las va a leer tiene un gran dominio de la semántica y/o del portugués, sí o no? Tu amigo sabio tiene razón. Y también la palabra peligrosa es peligrosa. Justamente porque las palabras deben ser analizadas según el contexto, tu comentario me pareció producto de la sobredimensión. Espanto? Nao, Nao!!!!!! A mí me espantan otras cosas en la vida.
Ladi: sos DIVINE!!!!! Te paso lo que bailaba yo cuando era chiquitita en los llamados “asaltos”. Veo el video y me pongo a bailar sola desaforadamente. http://www.youtube.com/watch?v=Uv79hFjPEiI
BESoooS A TODOS!!
De facto, parece que ninguém no Brasil assiste a cinema asiático…
O problema essencial do Foreign Sound é que é um disco de altos e baixos. Tem versões/interpretações boas (Diana, Blue Skies, So in Love, The man I love…) e outra bens fraquinhas(It’s alright ma, Come as you are,…). O show foi bem melhor. pena que não saiu em DVD.
E será posssível sair em DVD o show Circuladô???? Penso que chegou a sair em VHS….
Ao contrário de você, quero falar de transgressão, linha evolutiva e tropicália. =)
O que você compreende em mim como “pista falta”, compreendo na sua negação como consenso. Inconsciente coletivo.
Com relação ao que você pensa, ou melhor, o que pensa o Almirante sobre como o samba se ‘dilata no tempo’, eu discordo. Acho que quem se dilatou foi a canção. E para mim esta é a diferença substancial no que João Gilberto percebeu e em qual lugar meu argumento quer chegar.
Quanto a Rita Lee e ‘transgredir ser o verbo da situação’; num país de oposições baratas, prefiro optar pela transgressão. =)
Luiz Tatit faz tudo com uma inteligência e uma beleza sem igual. Aliás, toda esta turma paulista. O Wisnik é outro que chega a lugares interessantíssimos.
Abraço!
Música é música (é vento, ar em movimento), não é história; pode ser também.
Falar em linha evolutiva hoje é usar de um discurso já mofado (aí entra um pouco da história da música). Podemos apreciar, resguardar, fazer, misturar - criar.
Às vezes “tudo vira bosta” (como já cantou a Rita Lee).
O movimento deste novo século é quântico.
Prefiro trancendência a transgressão.
Prefiro acreditar no melhor de uma obra do que nos defeitos e desqulificações… Dizem que não consigo não gostar de nada. É um exercício.
Para um novo teatro é necessário um novo ator, para um novo cinema o mesmo. Para uma nova música, novos ouvidos.
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http://www.beautifulboxer-themovie.com
Vi uma luta desse transexual no Youtube.
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Labi… eu requebrava e canta assim:
Ainda há tempo para se falar em filmes? Se houvesse uma votação para o pior filme que filme vocês votariam?
Eu votaria naquele dirigido pelo Mel Gibson sobre a crucificação de Jesus.
Paulinho da Viola é tudo de bom! Sempre pairou uma dúvida em minha “cuca”, aquela canção do “tá legal, eu aceito o argumento”, é um tipo de diálogo com a história do Caetano introduzir guitarras elétricas na harmonia do samba,como a famosa “A voz do Morto”?.
Gilliat, talvez meu estranhamento também passe pela aparente falta de prazer em cantar. Vou pensar nisso.
Gil: Obrigada. Pensei que fosse ser linchada por todos aqui.
Nando: Obrigada pelos comments anteriores. E adorei o ‘oferecer pão para o padeiro’, que resume minha idéia em cinco palavrinhas.
Teteco, meu poeta, quero mesmo receber os belos poemas sardos, não se esqueça. E cd, vocês têm? Aquela música é magia pura…Baci, fratello.
Miriam: Que bom você se lembrar de mim no domingo - não sou muito de missa, mas uma assim eu queria sempre. Beijo!
Paratodos: Sabia que a crônica seria um bom motivo de discussão. Aí vai o link:
http://cinemagia.wordpress.com/2008/11/20/cony-acao-reflexao-romance-e-cinema/
Olá Castello
1. O que me incomodou na sua definição de cinema foi o uso da palavra “criação” na expressão “criação de imagens em movimento”. Não acho que seja isso.
2.teatro não “são pessoas em movimento”. há uma forte produção de imagens no teatro. contraposição de focos, marcas, luzes e cenografia.
3.há sim uma diferença entre o conceito de “iluminação” e de “talento”. a idéia de produção abraça atributos menos subjetivos como técnica, habilidade e raciocínio. a idéia de “seres iluminados” me remete a uma certa paranormalidade. embora admita que grandes artistas são feitos também de uma combinação misteriosa de alma, genética e cultura.
4. não tenho problemas com teu vocabulário, não. apenas tenho que fazer um certo esforço pra compreendê-lo. o que vale a pena, pois nosso diálogo é bacana.
beijo na testa
salem
Pois é, pessoal…
Prometi não me envolver mais em polêmicas cabeçudas sobre movimentos, rupturas e linguagens. Mas acabei deslizando.
Estou em estúdio gravando as canções que compus pra nova temporada do Cocoricó e fico um tanto perturbado quando aponto o meu cérebro pra racionalizações.
Sorry, mas preciso fica burro.
Prometo desligar meu hemisfério direito (ou seria o esquerdo?) nas próximas semanas.
Só vou postar desejos, lembranças e devaneios. Prefiro ser gongado pelo moderador, por falta de sanidade, do que fritar meus neurônios nesse final de ano tão maluco.
beijos nas testas
salem
Glauber,
Eu acho “A Foreign Sound” o disco mais confuso do Caetano. Executado com excelência mas com uma produção caótica, apesar de bem feita (não que a produção caótica seja necessariamente ruim; há que se pensar nos propósitos).
Quando ao repertório, você está corretíssimo. Mas, como citou o Gilliatt, “Fina Estampa” é melhor em termos de resolução, para ficarmos numa proposta análoga - e a motivação via memória afetiva é a mesma.
Considerando tudo, acho que “Stardust” seria a faixa mais interessante, mais bem conseguida. Acho que o disco poderia ter ido por ali. O que temos de interessante para oferecer ao mercado americano, lidando com standards deles? Ritmo. Ou um disco de bossa americana (caminho bem mais óbvio). “Carioca” e “Jamaica Farewell” tateiam por aí.
Fiquei encucado e fui aqui ouvir o disco again & again. Talvez fosse o caso de dividi-lo em “lados”. Quatro ou cinco canções ao violão; quatro ou cinco com orquestração tradicional; quatro ou cinco mais experimentais; quatro ou cinco pegando pelo colarinho no ritmo. Do jeito que as faixas foram distribuidas o album ficou prejudicado. Neste aspecto, o acho excêntrico mesmo. Mas uma excentricidade não necessariamente boa.
De qualquer forma, rearrumá-lo com as faixas na sequência que se queira desejável pode causar uma fruição melhor do que a disposição original das mesmas.
Abraço!
um pouco mais sobre “a foreign sound”:
trabalho também com design gráfico, identidade visual, essas coisas: se a capa fosse mais obviamente “artística” [fosse uma ilustração/quadro, como em "estrangeiro"], o disco sería recebido de outra maneira. aqui e nos states.
é impressionante como a escolha da capa pode influenciar o sujeito na hora de ouvir um disco.
sabe as capinhas das coletâneas da puntumayo? é isso que o povo hype [ôoo, palavrinha] americano espera de um disco chamado “a foreign sound”. um disco de standards e neo-standards cantado por um soft-brazilian-singer-60s-tropicalia-hero.
as pessoas precisam sempre do conforto dos arquétipos e estereótipos mais batidos.
o disco é daqueles que rompem com isso. não é um disco facilmente assimilável. é off-beat. excêntrico. exige que se acostume com ele. aos poucos.
outra coisa: o repertório me parece guiado pela memória afetiva de caetano, logo não cabe discutí-lo. ou se gosta, ou não. e pode ser que se deteste hoje e se adore o mesmo disco daqui 10 anos, quando ele estará deslocado do contexto social e da expectativa sobre ele.
Quanto aos movimentos uns foram aparentemente mais espontâneos que outros sim.Nem porisso menos ou mais importantes.Essa aparente impressão de feitura armada do Tropicalismo é resultado da atuação mediúnica única de Caetano que teve a percepção instantânea do que estavam e estava sendo trasformado.Não existiria o Clube da Esquina sem os desbravamentos e desdobramentos da Tropicália.Precisamos procurar defender o axé o funk o cinema BR sim e principalmente dos abusos excessos deles com eles mesmos.Como “a melhor defesa é o ataque” e isso é incoerente demente…Se a noção do que é bom e o ainda melhor que é o artifício básico para o ataque dos preconceituosos a partir do momento que se deixe de acreditar na ilusão do ser melhor ou pior é o que resta para o desarme.O desarme é a melhor defesa.Caetano acreditar no melhor como sendo um conjunto maior de qualidades e já que qualidades e defeitos são infinitos e condicionados a gostos pessoais e temporais é tão peculiar do humano que parece estarmos todos a todo momento nos enuviando por teimosia.Tudo vira neblina!Tudo é neblina!E nada é neblina!
César Lacerda,
Veja bem: eu não acho que o “desrespeito à tradição” seja um problema. Disse que respeito a tradição e os que a amam. Artisticamente para mim tradição e transgressão tem rigorosamente a mesma importância. E nenhuma das duas atesta qualidade a priori.
Abraço!
Caetano, há um episódio maravilhodo da indústria hollywoodiana que permanecerá gravado na música popular brasileira: “Super-Homem, o Filme”, que deu origem a “Super-Homem, a Canção”.
E você é co-autor, não da melodia ou da letra, mas da idéia e do subtexto, pois narrou o filme a Gil e ele, depois de sua narrativa, empolgou-se e escreveu uma de suas mais belas canções - que você tão bem interpretou no Songbook dele, anos depois.
A idéia de se fazer um filme de super-herói com poderes de semideus, mas no entanto ele, aos prantos, fazer a Terra girar ao contrário por causa do amor à mulher é lindíssimo.
É uma história de amor muito bonita, não é uma história violenta, não é pancadaria, nenhum menino sai dali pronto para desferir socos ou pontapés.
Acho significativo que esse filme tenha resultado daquela indústria, e que dele tenha decorrido uma das mais belas canções da música popular brasileira, cuja feitura, por sua vez, tenha também uma história engraçada e bonita.
Tenho inveja de Gilberto Gil tanto pelo fato dele ter composto a linda música quanto por ter ouvido, em primeira mão, sua narrativa do filme.
E o dado curioso, aí, é que o roteirista é o mesmo de “O Poderoso Chefão”: Mario Puzo.
caetano, gosto de a foreign sound, mas fina estampa é o meu “disco de cabeceira”, é um pena que o show não foi registrado em dvd, assisti o show tropicália 2 com gil no parque de exposições em salvador o melhor que ja fui em toda vida mereceu registro tambem. tenho algumas perguntinhas: primeiro sobre a risada de andy warhol em reconvexo, onde vc viu/ouviu andy?e a musica “o amor” gravada por gal, foi inspirada em que/quem ? a frase “ela que tambem amava os animais” me lembra brigitte bardot.eu sou estudante de cinema em cachoeira e tenho um projeto (ainda na cabeça) de fazer um filme sobre sua infancia baseado no livro de mabel suas ‘CAETANICES” em santo amaro, aquela visita ma rádio nacional, a frase “eu menino, ja entendia isso” seria um titulo perfeito. espero receber as respostas. obrigado por tudo que faz. abraço, vonaldo
Querido Salem,
Sou musico do tipo “pau pra toda obra”.Essa época do ano é complicada mesmo.Teve dia que eu digitei pra voce dando testada no teclado.Mas com certeza esse meu esforço fez os meus 14 neurônios multiplicarem-se pra alguns milhares.
Eu já havia percebido que,nosso diálogo pra avançar teria que mergulhar em águas mais profundas.
Mas…Carácoles…deixa eu respeitar a sua decisão…que cara chato,esse Castello,né ?
Boa sorte e Sucesso na nova temporada do Cocoricó.
agora…se os seus neurôniosinhos,quando retornarem das férias,quiserem de novo entrar em auto-combustão…tamos aí…he he
Um abraço fraterno do Luiz Castello.
Rafael, te mando via email. Bacio !!!
Heloísa, vc já está com o “poemas sardos…mama no cheret a mi cujari”, se não me engano. Vou te mandar sim o “papo de pangaio”…abrasileirado, claro. Ah, sim, enviarei o cd via mp3. I have one live mixed em Madrid, tá bem legal. bacio!!!
Joaldo, meu querido, esotu te devendo os poemas né?! te mando via email. sucesso com o “Impertinácia”.
Salem, meu poeta futurista, mais uma discussão sobre movimentos e coisas e tal?! Ah, Salem, vc tem argumentos claros e precisos. eu só tenho imagens borboletantes ( como diria Charles Fourier, o socialista utóptico). aliás, eu sou e creio que somos todos socialistas utópicos. mas, enfim, adoro suas disertações e meu recado é… relaxa e goza, mas não pára com suas masturbações filopoéticas acerca de tudo. eu SÓ AGORA entendi sua predileção, e do Caetano também, sobre CHEGA DE SAUDADE..depois de ouvir muitas e muitas vezes na voz do João Gilberto. olha, realmente é linda,óbvio, mas é demais de perfeita pra mim, digo tecnicamente; letra, música, harmonia, andamento, modulações. sou muito bruto (ou burro) pra ela. fico com ÁGUAS DE MARÇO. bjs irmão!!!
falando em rir [importantíssimo], se essa banda não arrancar gargalhadas por aqui, nada o fará. BUCK NAKED & THE BARE BOTTOM BOYS. e não se enganem, musicalmente, a banda é seríssima. hermano, please, não modere isso:
http://www.youtube.com/watch?v=PMTQnTK4JKc&feature=related
yeeeeehaaaaw!…
acordei com olheiras: há tempos não chorava assim…
encontrei no youtube o filme “friends” (71/72, direção lewis gilbert - http://www.imdb.com/name/nm0318150/- acho que nenhum dos muitos filmes que escreveu e dirigiu foi citado aqui); dividido em 12 partes, chorei do início ao fim, em capítulos…
para os menores de 50: com imagens lindas do campo, e uma suavidade incomum, o filme mostra o encontro de 2 adolescentes (eu tinha 15) em paris, ele inglês, ela francesa, que desapontados com o rumo que suas vidas, decidem fugir e morar num pequeno chateaux em arles, sul da frança…
a trilha sonora, must de época, é um dos primeiros trabalhos do então iniciante e inspiradíssimo elton john; a música tema, “friends”, teve letra de bernie taupin: “I hope the day will be a lighter highway; For friends are found on every road …
foi o primeiro tema de abertura do ‘jornal hoje’ durante um bom tempo ( curiosidade: a abertura de ‘domingo no parque’ era tema da coluna de nelson motta dentro do jh); no filme só tocam 2 ou 3 músicas, mas todas do disco, talvez raro hj em dia, são maravilhosas…
quem ainda guarda emoções juvenis no fundo do peito precisa assistir; eu redescobri um baú delas dentro de mim !
“It seems to me a crime that we should age; These fragile times should never slip us by; A time you never can or shall erase; As friends together watch their childhood fly” … buáaaaa
esqueci de falar da parte moderna do minha experiência emotiva com “friends”;
o filme se passa em arles, sul da frança, e eu quis me localizar; então abri o ‘google earth’; enquanto assistia o filme em uma janela no pc, acompanhava o cenário real, nas fotos de satélites em outra; por exemplo, enquanto rolava uma cena da praça de touros, um tipo de coliseu, eu tinha ao lado visão aérea do local… é maravilhosa a internet !
Excelente a comparação de HELOISA sobre a reação dos americanos ao disco Foreign Sounds:
- vc por acaso compraria um disco de um ringo cantando os top hits brasileiros??? rsrsr só de pensar no sotaque
(e olhe que nós gostamos muito mais de gringos que eles. Sem comparação)
parte 1:
http://www.youtube.com/watch?v=Jrzyan-7kgw
parte 2:
http://www.youtube.com/watch?v=Qd2neJ30vf4&feature=related
parte 3:
http://www.youtube.com/watch?v=a7FZa5fIhDI&feature=related
lembrei de um filme dos irmãos cohen que eu adoro: “e aí, meu irmão, cadê você?”. trilha sonora fantástica.
falando em chorar, chorei quando vi tieta do agreste, a luz do filme, aquele baloes caindo do céu. é tudo bonito.
De seriados (na TV) eu ainda recordo “Papai Sabe Tudo”, “Vigilante Rodoviário”, Patrulheiros Toddy, Danger Man, Na Corda Bamba, Os Intocáveis, Além da Imaginação, Roy Rogers, Batman, Zorro, A Marca do Zorro (como esquecer D. Diego)… Quase todos os filmes continham uma lição de moral, no final. Era uma aprendizagem salutar. O crime, àquela época, não compensava. Depois de 64 tudo mudou, inverteu-se tudo e agora temos que remover os escombros da ditadura. Matar o monstro foi uma coisa, mas o grande trabalho é remover os escombros deixados pelos “donos do poder”.
E como foi que a TV apareceu na vida de todos nós. Dos tempos em que o sangue era em preto e branco, tempos em que se comentavam os “truques”
Alguém viu “Os Simpsons” na madrugada de segunda para terça (ontem p/ hoje)?
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Vou procurar esse episódio no Youtube, depois posto o link por aqui. Muito bacana, falava de rock, bandas novas e velhas, etc.
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bjs.