Ricardo, Marcelo, release e P.S. (10/04/2009)
RICARDO, MARCELO, RELEASE E P.S. |
10/04/2009 7:40 pm |
ENTREVISTA COM MARCELO CALLADO: C - Que discos e que artistas tiveram mais importância em sua formação musical? M - The Beatles (Rubber Soul) - Foi a primeira banda pela qual tive real interesse musical. Mulheres Q Dizem Sim (Mulheres Q Dizem Sim) - O Mulheres foi seguramente um dos responsáveis por eu estar aqui hoje tocando. Além de ser uma banda que estava muito ao meu alcance (por ser aqui do Rio, todos os componentes serem conhecidos, amigos de amigos e tal…), a musicalidade da coisa, me pegou de jeito. Aquilo que eles faziam, traduzia muito bem o que eu pensava em fazer com música. Ali, em 1994 ouvindo Mulheres Q Dizem Sim, começou minha vontade de ter banda. Ween (Pure Guava) - Acho que esse disco do Ween, que andava lá pela casa do Jonas, junto com a fita-demo Macacomóvel da banda Zumbi do Mato, apresentada a mim pelo Gabriel, foram muito importantes para abrir as portas de um novo universo. O “Universo das brincadeiras levadas a sério” C - O que significa o rock para você? M - Jimi Hendrix. C - O que significa o samba? M - Samba é desfilar na Sapucaí no meio de uma bateria com mais de 200 ritmistas. C - Quais os bateristas que você mais admira (no rock, no samba, no jazz, em qualquer gênero)? M - Admiro muitos: Tutti Moreno, Wilson das Neves, Alan Myers (DEVO), Jaki Liebezeit (Can), Steve Shelley (Sonic Youth), Domenico Lancelotti (+2) e o grande Joseph “Zigaboo” Modeliste (The Meters). C - Você participa de mais de uma banda (e colabora com outras) atuantes no Rio de Janeiro. Como você vê a cena musical daqui? M - Vejo com muito bons olhos a parte que diz respeito a produção musical. Há muitas bandas e artistas com talento de sobra e muita vontade de trabalhar e produzir aqui no Rio. Não vejo uma união desses artistas para a formação de um movimento, de um coletivo, ou mesmo um festival ou algo assim. É tudo mais na base do “cada um por si”, mas acho que há uma verdade em ser assim, desse modo. C - Como você vê a cena da música no mundo. O que te interessa mais? M - Essa é uma boa pergunta pois acho que ando meio em falta com o mundo. C - Quais as bandas de que você mais gosta das surgidas mais recentemente (no mundo, incluíndo o Brasil)? Quais as que você mais admira desde sempre? M - Recentemente, cerca de um ano atrás, me liguei em uma banda americana chamada Vampire Weekend. Aqui no Brasil vi vários shows incríveis nos festivais independentes: Macaco Bong, Hurtmold e DJ Maluquinho são alguns que me recordo agora. C - Como você compararia o trabalho no “Cê” e o trabalho no “zii e zie”? M - Acho que os dois discos são felizmente parecidos por terem conseguido chegar nas idéias e conceitos iniciais propostos. Cê no tratamento de banda dado às composições, que tendiam mais pro rock, e Zii e Zie no tratamento da mesma banda dado aos sambas. ENTREVISTA COM RICARDO DIAS GOMES: C - Que discos e que artistas tiveram mais importância em sua formação musical? R - No meu interesse por música sempre busquei uma abrangência de estilos e épocas. Mas de fato por alguns discos eu me apaixonei profundamente. Eles me desafiaram, a cada audição (muitas e muitas), me contaram segredos novos e arrebatadores, de maneira que devo ter buscado ser um pouco eles em toda minha trajetória. Aqui vai o nome do disco seguido pelo artista. Pureguava - Ween É interessante que enquanto faço a lista reparo que todos os discos eu descobri na minha C - O que significa o rock para você? R - Rock deve ser um monte de coisas pra outras pessoas. Mas pra mim rock, puramente falando, se associa a um sentimento de visceralidade. Se faz no trabalho de assumir e expressar um íntimo impulso agressivo comum a civilização. Rock é um pouco histérico. Não tem a ver com racionalização. É um não apego. Um não narcisismo. É um gesto pouco elaborado. Por isso é mais rítmico e timbrístico e menos harmônico e melódico. Simplicidade (menos algorítmico) que implica em profundidade. Além disso tudo, rock é proveniente da língua inglesa, ou seja, proparoxítona. C - O que significa o samba? R - Samba é do Brasil. Vem da nossa fala. Possui um certo ostinato de raízes africanas, mântrico e lúdico. Emocionante. Diferente do Rock, possui um pouco mais de formalização. Então, pra fazer samba tem que fazer Poesia. Não basta dizer, tem que dançar C - Quais os instrumentistas que você mais admira (em jazz, samba, rock)? R - Não sou muito admirador de instrumentistas puramente. Mas admiro muito quando um artista desenvolve uma maneira única de utilizar seu instrumento para se expressar artisticamente. Acontece desses sujeitos terem suas maneiras de tocar (técnica) sistematizadas mas isso não garante que ninguém que “copie” aqueles gestos desenvolvera uma maneira singular de tocar. C - Você participa de mais de uma banda. Como vê a cena carioca? R - O Rio tem uma diversidade de bandas muito grande. Mas tem sofrido de um problema sistemático: C - E a cena musical no mundo, como você vê? R - Vejo com interesse que Estados Unidos e Europa estão super recheados de festivais o ano inteiro com bandas de todos os cantos do mundo. Há também casas de shows muito organizadas que as pessoas vão regularmente. Na tour do Cê em 2007 tive a oportunidade de sair muito para conhecer os lugares. Por exemplo uma festa reggae em Brixton em Londres ou o maravilhoso show do Pylon numa lugarzinho charmoso underground em Chapel Hill. Também vi shows ruins em outros lugares mas é impressionante a dignidade da “cena”. O público paga pra ver o show e as casas e as bandas são pagos pelo trabalho suficientemente para viverem fazendo isso. C - Quais as bandas de que você mais gosta das surgidas mais recentemente (no mundo, incluíndo o Brasil)? Quais as que você mais admira desde sempre? R - Vou citar alguns nomes de bandas que admiro recentemente surgidas no mundo misturadas com Number, Macaco Bong, Natalie Portman’s Shaved Head, Cérebro Eletrônico, Sonic Youth, La Pupunha, Imbécile, Zumbi do Mato, Fanfare Ciocarlia, Rubinho Jacobina, Lou Reed, Siba e a Fuloresta, Kevin Ayers, Jupiter Maçã C - Como você compararia o trabalho no “Cê” com o trabalho no “zii e zie”? R - Em Zii e Zie nós fomos musicalmente um pouco mais ambiciosos que no Cê. O transamba RELEASE: Um passo a dar com a banda do “Cê” (hoje bandaCê) e a lembrança permanente daquele disco de Clementina com Carlos Cachaça. “Incompatibilidade de gênios” e “Ingenuidade” estão em “zii e zie” porque são as faixas núcleo daquele disco, as que ficaram sempre acesas na memória. Não tenho um exemplar do disco de Celementina comigo. Talvez um vinil tenha ficado na casa de Dedé e hoje Moreno o achasse. Mas nem perguntei a ele. Num dos primeiros ensaios do Obra em Progresso, aquele em que Jaquinho foi o convidado, quis ensaiar “Incompatibilidade” e comentei com Pedro, Ricardo e Marcelo que na minha lembrança Clementina cantava em, digamos, dó maior, em vez do lá menor do João Bosco. Tinha na memória uma harmonia mais convencional quando ouvi a gravação desse samba com o autor pela primeira vez: a que tinha ouvido antes com Clementina. Achei que João Bosco tinha feito uma rearmonização e desejei voltar ao jeito que está no disco dela. Mas não estava certo de que minha lembrança não fosse uma ilusão. Jaquinho então disse: “por que você não faz em dó maior, se é isso que você está sentindo?”. Tentei achar a gravação de Clementina ali na hora (Moreno não ia aos ensaios), na internet, mas não achei. Achei uma exuberante e espetacular de João Bosco ao vivo no YouTube. Em lá menor, claro. Me pergunto se há muita coisa melhor do que aquilo no mundo. Mas minha idéia era totalmente oposta à daquele tratamento jazzístico moderno e com um suíngue de samba tão profundamente sentido por todos os músicos que chega a doer. Voltei para a sala de ensaio com vontade de talvez nem cantar a música. E com a certeza de que, se o fizesse, seria em lá menor: o dó maior seria bonito numa versão ingênua que quisesse ser o que Clementina soava pra mim. Na versão simplificada mas nada ingênua que eu imaginava, o centro tonal em lá menor - e os acordes tensos ao seu redor - era o que se exigia. A batida monótona tinha de o ser tanto quanto a de “Perdeu”, embora um tanto diferente: partindo da idéia básica da batida de Bosco. Experimentamos. E a canção entrou não só no show seguinte como está no disco. Me demoro contando sobre a entrada de “Incompatibilidade de gênios” (e algo sobre a de “Ingenuidade”) em “zii e zie” porque acho que isso joga luz sobre todo o sentido do novo disco. Conhecendo o que eu sugeri para “Perdeu” (e o que, juntos, conseguimos com esse transamba), os 3 caras da banda intuíam o que deveria estar em minha cabeça como tratamento para “Incompatibilidade”. Mas as mudanças por que o projeto de arranjo passou em minha mente eles não acompanharam. Voltei do computador decidido a incluir a música no disco e dizendo que a versão de João era humilhante mas que a gente faria um “transamba”, enquanto ele fazia “samberklee”. A piada era boa e fez rir. Não dá para competir: nossa versão apenas mostra uma abordagem diferente, que talvez suscite outras interpretações desse samba obra-prima. Isso diz muito do que fazemos, neste disco, com o samba em geral. De “Diferentemete” (a mais velha das canções do CD) a “Lapa” (a mais nova), todas as composições nasceram comigo usando batidas de samba no meu violão - e buscando frases melódicas que evocassem a tradição do gênero. As únicas exceções talvez sejam “Por quem?” e “Sem cais”. Digo “talvez” porque para “Por quem?” sempre imaginei uma bateria dobrando uma transbossanova sobre o ternário às avessas do meu violão - e a balada de “Sem cais” já veio à mente de Pedro com muito samba dentro. Pode ser que alguém ache difícil reencontrar isso em “Menina da Ria” ou mesmo em “Lobão tem razão”. Mas eu digo que, embora em “A cor amarela” haja explícitas palmas de samba-de-roda, há mais samba na base daquelas duas canções (e em “Tarado ni Você”) do que no axé light da menina preta. Mantive as minhas batidas de violão do momento da composição em todas as gravações. Sugeri relações de contraste ou de distorção entre elas e a atividade dos outros instrumentistas. Chegamos a coisas muito bonitas e, mesmo para nós, intrigantes. “zii e zie” é um disco feito com a bandaCê, concebido para ela. Ela tinha sido concebida para fazer o “Cê”. Por isso há mais unidade na partida do “Cê” do que na chegada, ao passo que há mais unidade na chegada do que na partida do “zii e zie”. Para nós quatro foi custoso reconhecer essa verdade (que pareceu óbvia a ouvintes não envolvidos na feitura). “Cê” foi concebido para criar uma banda. Mas foi um disco de letras muito pessoais minhas. Eu olhava para meu entorno próximo. Em “zii e zie”, as letras olham para mais longe. Atém-se majoritariamente ao Rio, mas aí vai a lugares variados: da favela ao Leblon, da Lapa à praia; de Chico Alves a Los Hermanos; de anônimos típicos a celebridades atípicas, como Kassin, a combinações inusitadas de personalidades cariocas, como Guinga e Pedro Sá. Mas as letras olham para mais longe de mim também: Guantánamo, grutas do Afeganistão, Washington. Voltam os nomes próprios e o tom de comentário dos signos dos tempos que sempre fizeram presença em meu repertório. Tudo contribuiu para que este viesse a ser um disco mais de banda do que o anterior. Moreno e Daniel Carvalho ficaram mais felizes com o material sonoro que produzíamos. E nós nos sentíamos ainda mais relaxados no diálogo com eles dentro do estúdio. Pedro foi mais um produtor que dirige a feitura da música. Moreno, mais um produtor que dirige a feitura do som. Daniel era responsável pela técnica de captação. Moreno tem um ouvido muito fino para gravação, mixagem e masterização. Ele ilumina os técnicos. E o tratamento sonoro que ele e Daniel trazem ilumina a música. “zii e zie” é um disco muito claro e denso, nascido num ano de chuvas no Rio, um ano de nuvens pesadas e escuras, sem metáfora. É um disco que saúda a era Fernando Henrique/Lula e fala de ambições de ascenção do Brasil no cenário mundial num tom de tristeza íntima mitigada. Entro na velhice. Pedro e Moreno estão no auge da idade adulta. Marcelo e Ricardo chegam a ela. Somos pessoas de gerações diferentes partilhando interesses muiscais e humanos semelhantes. E com assustadas expectativas de futuro soando em nossas cordas metálicas, plásticas, mucosas. Caetano Veloso. P.S.: Soube por Francisco Bosco que João, pai dele, acaba de gravar “Ingenuidade” também. Eu gravei sem nem reouvir o disco de Clementina: apenas a lembrança do que julguei ter ouvido. Gravei com erros (um deles um tanto sério) na letra. Ouçam a gravação de João quando sair, para correção. Ou voltem, se acharem, à de Clementina (simplesmente celestial). É um modo de mostrarmos respeito a esse extrapordinário sambista de nome extraordinário: Serafim Adriano (o anjo imperador, como Francisco e eu dissemos em uníssono ontem na Cinemathèque, depois do show de Jonas Sá). |
Boa Noite blogueiros de plantão…
Outro banhoi de entrevista..Marcelo mais Pedro, mais Ricardo mais Caetano é um time e tanto…
Cês tão de parabéns por tudo, mais Moreno, cês são tudo di bom.
Admiro-os demais.
Abraços tiéticos,
Luiz Carias.
PS: Minha mulher e socioliguista aqui na UA e durante o papo de liguistica no blog eu sempre comentava com ela seus coments e ela dizia “ai o caetano”
Boa Noite blogueiros de plantãooo
Segundo Caetano ás vésperas de acabar aqui, me responda please…
Nos vemos em Santa e bela Catarina???Penha, Itajaí, Floripa, Blumenau, etc…
Aguardo ancioso uma resposta…
Bjus tiéticos…
Luiz Carias.
caetano… só posso dizer isto: eu sei q vou te amar por toda minha vida
Paulo Osório: I hope I’ll soon be in Lisbon. June? July? Let’s see. Muito engraçado nós dois lusófonos dialogando em inglês.
Guto Guimarães: Tucson? Lembro do deserto de Sonora e do céu. O céu azul mais lindo que eu já vi. A cidade em si, com seu jeito de cidade americana - i. e. parece que a gente parou no meio da estrada - , não me agrada. Nem Phoenix. Eu gosto é de Madri, Nova Iorque, Santo Amaro, Cachoeira, Buenos Aires, Florença, Salamanca etc. Diga a sua mulher que eu gosto de lingüística e lingüistas. Só quis defender o respeito à gramática dos aspectos demagógicos de alguns sociolingüistas de esquerda daqui, que são bacanas mas que correm o risco de atrapalhar mais do que contribuir.
Luiz Carias: que bom lê-lo de tão bom humor. Feliz Páscoa.
Noventa porcento
Não venta pro centro
Na venta por censo
No vento pro imenso
Sem vento
Sem documento
Vero: Un beso inmenso para vos. No sabés como me llegaron tus palabras. Y si tu Caemio ya era importante en tu vida, me imagino lo que será ahora, luego de vivir una experiencia tan fuerte y dolorosa justo en el medio de esta OeP. Otro beso Veriño.
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Sabía que tenía que volver antes del domingo, algo en mi corazón me lo decía. Y mi corazón no estaba preparado para lo que sintió al aparecer por acá, que si bien era algo ya imaginado y vivido en cierta manera, la “realidad” lo soprendió y le dio un golpe muy grande.¡Pobre mi corazón!
Comencé a leer de atrás para adelante los comentarios y casi me muero. Primero, ver la barra en 90%, luego leer lo que escribió Caetano de que estábamos en la vispera de acabar esta Oep (víspera, ¿enteonces termina mañana?).
Luego leer a Heloisa, ay, Heloisa Menina, você casi me mata del susto. Sufrí un deja vou espantoso y terrorífico con lo que escribiste. Y tenías que ser tu, si, si, menina. Hal, Dave y Daisy, viejos amigos mios, quizá de otra vida o de mi imaginación o de un sueño que tuve o de otra realidad paralela o de otro mundo virtual o … vaya uno a saber que. Digamos que una historia “espejo”. Quizá algún día te lo cuente y me entiendas más.
En fin, se me fue la inspiración y no tengo ganas de escribir más. Tan contenta que venía y con algunos cuentos interesantes relacionados a Caeetano que viví estos días. Pero este post me sonó a despedida, con Caetano tocando temas tan fuertes y sentidos, nuevamente hablando del papel de Brasil en el mundo, de la vejéz, de la adultez, de Cê, de Zii e Zie, de …….
Hace unos días comenté que no me gustan las despedidas y que prefería un día conectarme y encontrarme con el FIN, así, en MAYÚSCULAS ANTIPÁTICAS pero efectivas y contundentes. Ahora no estoy muy segura de esto. Preferiria una despedida mas “civilizada” , al menos un Chau a todos, mucho gusto en conocerlos o algo así.
No voy a despedirme de cada uno. He leído a todos, de algunos me convertí en fan aunque nunca se los dije personalmente. Es gracioso, se supone que todos acá somos fans de Catano pero los fans de él también tienen fans. Hay para todos y está bueno.
Exequiela, Joaldo y Vero son con los únicos con los que he mantenido contacto (mínimo) por fuera de esta OeP y con los que seguirá sin duda la relación, los únicos que conocen “personalmente” a Lucre, a Lu, a Lulu a Lucrecia que no es esta Lucre que aparece por acá ¿o si?. No lo sé. A veces la reconozco y a veces no, a pesar del nombre. ¿El nombre es importante?Ya dije que a veces soy Flora, la gata. En fin, espero tener un tiempito de escribir algo más mañana, si es que a caetano noo se l e ocurre desaparecer esta madrugada.
Caetano, me doy cuenta que mi (su) horóscopo no estaba equivocado. Por lo visto acertó con lo de finalizar el trabajo que como dije era esta OeP, muy a mi pesar. A partir de ahora si que les voy a prestar mas atención.
Y para mi amigo del norte, del que hacía tanto tiempo que no tenía noticias, no te preocupes, todo bien, los acuarios están al firme y más vivos que nunca en mi mundo “real”. Gracias por los consejos, una vez más você apareciendo como mi ángel guardián, mi cable a tierra cuando más lo necesito. Es agradable la sensación y más cuando es algo totalmente inesperado, cuando uno se olvida que hay gente que lo sigue a uno a pesar de no hacerse visible muy seguido. Es raro también, a veces me persigo un poco. Salgo de acá y me voy a escuchar a Jim White para estar con você. Un beso.
Y para usted Sr. Caetano, por las dudas que mañana no exista más en este mundo, le mando un beso enorme. No me olvido de la bufanda que le prometí. Otro beso.
P.D Por su culpa tengo un nudo en la garganta, una piedra en el estómago y me dan ganas de romper la computadora. ¿Alguna vez le comenté que yo creo que você es el culpable de todo lo “malo” que me pasa?. Creo que si pero por las dudas se lo repito, você es el culpable dee todooooo!!!!.
Mañana de mañana voy a ir al super a comprar unos huevos de pascua Garoto para tratar de que você no se vaya. Los voy a compartir virtualmente con EXEQUIELA, BARBARA, VERO y HELOISA y con quien más quiera. Quizá así logremos que esté un poquito más con nosotros. No estoy muy confiada de esta estrategia y pienso que lo único que lograremos es un empacho y más dolor de estómago. VEremos. Otro besso, ¿cuántos van? Perdí la cuenta. Otro más por las dudas y tambien otro muy especial para Hermano. Be Happy, My Dear.
bjs.
depois volto.
eita, assim que é bão: post novo aos 45 do segundo tempo! vamos por partes, que nem cozido [o prato]:
se existe algo próximo de zappa no brasil, é o “zumbi do mato”. fiquei imaginando que marcelo e ricardo devam gostar do “foetus”. será?
tutti moreno, meu preferido da lista. dos melhores do brasil e do mundo.
“leo massacre completo” é um nome sensacional! hahaha
o “a thousand leaves” do sonic youth é ultra-perfeito.
francisco bosco…é isso! muito bom, verdadeiro poeta. obrigado por me lembrar o nome dele, caetano.
gostei de “anormal” de jonas sá, que conheci pelo myspace, creio que antes do OeP começar [até trocamos uma idéia relâmpago]. tem uma pegada lulu santos e a letra é excelente. e é hit. o video também é muito bom!
e especialmente para caetano, banda cê e nando, “moto perpétuo”. acho essa banda das melhores coisas que o brasil já produziu [a maioria aqui vai reconhecer a voz e o pianão. o guilhermão sabe tudo]:
http://www.youtube.com/watch?v=fruBdv1Pcpg
“não vadeia, glauberina…fui feita pra vadiar…”, halhalhalhal
http://people.ict.usc.edu/~pynadath/images/hal-9000-eye.jpg
E os Beatles continuam atraindo e influenciando músicos e artistas, das mais variadas gerações, formações e informações…
Muito bem colocada a falta de interesse do público carioca em conhecer novidades.
Axé Candeia ; Obra prima.
Castello.
incrível a quantidade de spam que chega por aqui - dezenas por dia - e são cada vez mais inteligentes - antes um filtro simples funcionava, agora ultrapassam todas as barreiras e é preciso apagar na mão - sinal que o blog fez sucesso…
alguns são poemas bem concretos: olhem este (alguem poderia colocar uma música no poema-spam, que deve ter sido criado por uma máquina que nunca fez sexo - ou melhor: todos os versos dão bons nomes de bandas ou discos…):
Pois é, Lucesar.
Há muitas perguntas no ar. Quando? Onde? Quem? Como?
Obras são de fato concluídas. As obras de arte, em geral, depois de concluídas são vistas ou escutadas, disponíveis à degustação. Não é o caso desta aqui, que mais se parece com uma obra no sentido de edificação concreta, construção civil. Essas são feitas para serem habitadas ou usadas.
O progresso nos remete à idéia de seguimento constante e gradativo. Curso. Movimento. Tempo que não esgota em si.
A obra acaba. Mas o progresso não.
Então fica o quê? Parece que algum desejo de encontro presencial e novos desdobramentos na web.
Joaldo foi rápido ao captar logo no início essa real possibilidade. E quando disse que talvez eu fosse capaz de realizar algo, me declarei incompetente pra isso. É claro que ele estava sendo generoso. Ele era e é o cara.
Na vida real, acho que Hermano poderia pensar junto com os desenvolvedores deste blog, em algum mecanismo que possibilite a troca de e-mails.
É estranho pensar que em algum dia aleatório, sem aviso, clicaremos no link e veremos o blog inativo.
O desafio: ritualizar o final. Com data. Mantê-lo aberto apenas para consultas. Os POSTS de Caetano e muitos dos comentários são extremamente luxuosos. Não devem sumir do web-mapa.
Assim, a obra termina, mas o progresso continua. Os textos se mantém vivos e acessíveis. Obra concluída, mas habitada e usada, por meio da leitura. Que tal?
Escalar? Não sei. Aqui tem um timaço de múltiplos estilos e de diversas regiões.
Parece meio claro que todos irão aos shows de lançamento. Pelo menos em suas cidades. Aqui em SP, estou disponível para encontrar quem quiser ir ao show. No Rio, também vou.
beijo na testa
salem
Achei lindo o comentário “release”, pricipalmente,a patir do primeiro parágrafo “zii e zie” até mucosas: de cada frase dá para escrever várias teses.
Caetano, por que vc não colocou musa híbrida no Cê ao vivo?
já comprei o zii zie na pré venda de uma loja. tô na fissura. sou seu fã desde os 14. tenho tudo(quase tudo)inclusive ganhei a BRAVO de presente. essa é uma ficção rápida minha.
Erza Pound
pra Íris meu amor e Aguilar.
leu e foi aquilo, isso que vem agora depois dessa vírgula aqui ó, Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, ficou chocado com essa palavra, engoliu-a. viu a necessidade de trazer no peito, uma espécie de nova bandeira nacional, que tinha de ser mutilada no corpo como se feita por veios vulcânicos ou quem sabe por skinheads de uma suíça imaginária. cortava a chuva da rua o corpo nú que as vidraças devolviam os pingos dos cacos como água em estado lâmina cega, os carros nem passavam, simplesmente por nessa época talvez nem existirem, ou esse período poderia ser descartado, me faltou invenção? pois bem, o horizonte lhe trouxe aquelas ondinhas de longe já dava pra avistar, mas desgrudou a cara da palavra, era piche e esqueceu de desativar o negrito. percebeu que um ar de universo saia das letras, afinal de contas tinha chegado a um lugar, a palavra é um lugar e não precisava ter significado, até porque significado não existe, o que existe é pura referêncialidade e pulo-lava que ele deu agora, e tá aindo numa velocidade espantosa com os vocábulos tripados ao corpo, nada existe é a idéia que ele mais trepava, esse texto não existe, a única coisa prenhe de significado é o que ainda não se fez externo, o simbólico é um embuste.
“mulato glaubeleza”
hahahahahaha
“ritualizar o final. Com data. Mantê-lo aberto apenas para consultas. Os POSTS de Caetano e muitos dos comentários são extremamente luxuosos. Não devem sumir do web-mapa”
mais uma vez, supersalem falou por mim! heheeeiii!
labi, simplesmente incrível seu último comment lá no outro post. te admiro muito mesmo. cê merece tudo e muito mais! cérebro! kisses, my deah [sotaque inglês]…
o arranjo de medaglia em “tropicália” é o quente!
Mulato Glaubeleza. Adorei essa, Nando.
Boa Tarde Blogueiros de plantão…
cae muito feliz por sua pronta observação…
Páscoa é renovação, inovação, mistérios, prazeres, e tudo mais de novo.
Uma feliz Páscoa a todos os blogueiros de plantão…
E ao meu pai fundador, meu mestre Caetano Veloso.
Nos vemos em Zii e Zie pelo sul do país.
Abraços alegres,
Luiz Carias.
Em “incompatiblidade de gênios” vejo muito da guitarra do Pedro no violão que brinca pela melodia.
entrevistas com lulu santos, josé emílio rondeau [que fez o filme "1972"] ana maria bahiana e outros.
e feliz páscoa para todos!
mas às vezes realidade é melhor que spam - seleção de notícias que encontrei agora no meu igoogle (o mundo é mesmo uma grande obra em progresso!):
Pesquisadores estudam caça controlada de jacarés na Amazônia
Billy Bob Thornton cancela turnê no Canadá dias depois de chamar canadenses de ’sem sal’
Obama pede cooperação internacional
Reino Unido ainda considera plano de incentivos para troca de carros
Ciclistas bêbados enfrentam prisão na Polônia
Ministra uruguaia atropela motociclista
Jornalistas fazem a festa em hotel tailandês após cancelamento de cúpula
Ladrão corta e rouba cabelo de adolescente no interior de São Paulo
Presidente paraguaio diz que responderá na Justiça caso de paternidade
Keirrison rebate Luxemburgo e diz que assédio não atrapalha desempenho
Vereador suspeito de omitir mansão de R$ 6 mi pede para adiar depoimento
Fidel e Chávez declaram apoio à greve de fome de Morales
Feliz Pasquale ou Feliz Hermeto Pascoal!
Resumindo: Feliz letra e música.
Santo Blog!
nas testas
salem
Vamos por partes como no cozido hahaaaaaa, esse mulato Glaubeleza é foda, me mata de rir aqui.
Certa vez uns prefeitos do interior da Bahia foram a Salvador e decidiram comer um cozido na Cidade Baixa. Desceram por Água Brusca, acharam um restaurante. Mandaram várias cervejas e caipirinhas e depois caíram na pratada de cozido. Pra arrematar pediram taças de sorvete. Suor. Silêncio. Palito nos dentes. Moscas voando. Maresia total. Um deles suspira e manda:
-É… Agora vambora ali tomar o Elevador Lacerda…
E o outro, quase gemendo:
-Afff Maria, só se for você!!!, porque eu não aguento tomar mais nada, tô cheio, cheio…
Glaubito
Que bom que você mais uma vez sintonizou no meu dial. Se a Obra ficou pronta deve estar disponível nas web-prateleiras.
Se a Bahia produziu um Glauber Rocha, agora fez seu Glauber Rock. Eu tentei colocar acordes, mas você é que faz o groove dessa cyber- big-band.
Labi me emocionou contando sua história cheia de satisfaction. Labi é crooner!
Hermano eu também adoro a realidade. E ela também é repleta de spams, banners e pop-ups. Os políticos chamam de “factóides”. Quem lê tanta notícia?
Se os POSTS de Caetano virarem um libreto, a História agradece. Aqui, nós produzimos algo real. Imaterial, mas real! Obra.
in test
salem
oi Rafael: eu tenho o vinil do disco da Clementina: não há relação de músicos na ficha técnica: sempre fiquei intrigado com os efeitos sonoros radicais em várias faixas: desconfio da presença de Naná Vasconcelos por ali
Caetano: Romulo Fróes me mandou seu novo CD, o duplo No Chão Sem o Chão, para te entregar - estou também com o São Mateus Não É Um Lugar Assim Tão Longe, do Rodrigo Campos, agora com capa, encarte e tudo, também para te entregar
muito auspiciosa (e cheia de coisas boas para a gente pensar) a quase total simultaneadade desses 3 lançamentos (com zii e zie) excelentemente (de maneiras variadas) transambistas
como Salém falou do outro Glauber, o Rocha, não o Rock (nosso queridíssimo mulato glaubeleza): já recomendei aqui para todo mundo o Anabazys, documentário interessantíssimo sobre a feitura e a época de A Idade da Terra? é ida obrigatória ao cinema (recomendei para Caetano, ele foi, e aprovou)
Boa Tarde blogueiros de plantão…
Miriam ce também reparou no comente do Caetano, dizendo o Hermano é fogo, eu me silenciei e pensei nisso que ce falou…o blog continua, não para…rs
Sei lá, gosto de estar aqui presente compartilhando pensamentos e lendos as obrase mprogresso de todos.
Cada intelectual aqui, que fico at´envergonhado de escrever, tamanha tanta gente culta aqui, talvez eu seja o menos indicado, mais tenho o vicio de estar aqui e expor minhas idéias.
Amo todos que postam aqui, blogueiros natos e cultos…enquanto eu sou um jovem aprendiz.
Amo os posts de Miriam, Salém, Gil, Rafael, Glauber os do Glauber é fácil reconhecer pelas risadas…hueheueheueheue
Bom Hermanito, tu é fogo, pq???Rs
Caetano, bem que ce poda fazer uma canção a nós blogueiros de plantão…
Beijos de chocolate a todos,
Luiz Carias.
Fui fazer um peixe para almoçar com a Joana que mora comigo… quase morremos, era tanta espinha… vou te contar! rs.
Fiquei horas no fogão, preparando, preparando… rs.
cheguei aos 90.
bjs.
para dançarmos no fim:
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Nossa esse povo é mesmo engraçado um lança uma idéia e o outro completa, adorei esta coisa do “to cheio, cheio…
Fui ler também o que escreveu o tal fulano, confesso que dei ate umas risadas, principalmente quando me toquei que isso tudo poderia se tratar de marketing pessoal, ou seja, a provocação foi proposital para que com isso fossemos lá fazer uma visitinha na pagina da revista, o nome dele apareceu aqui no blog 14 vezes, 1 delas citado ate por Caetano, o que mais este cara quer? Mais que ele fala muitas besteiras fala sim.
Heloisa: faz muito tempo que não te conto alguma estória daqui, agora como estamos na páscoa vou te contar uma coisa que chamou muito a minha atenção. Aqui as vitrines das lojas estão cheias de galinhas, tem o coelho também, mais aqui se reverencia muitos as galinhas, todas lindinas pintadas, e majestosas, tem patas tambem. Precisa ver que gracinha, ai no Brasil o coelho é que leva todas as honrarias da páscoa, mais na verdade, ele é apenas um carregador de ovos, já que a gente sabe que coelho não bota ovo, ne? Confesso que senti um pouco de pena das nossas galinhas e patas!
Por falar nisso achei o textinho abaixo interessante para quem tem curiosidade.
Feliz Páscoa a todos!
E o reloginho ta doidinho mesmo, acho que ele não quer ir, já imaginaram se agora ele começasse a andar de trás para frente??? Foi ate 90 daí voltou pra 80 quem sabe…. o Caetano falou ai que o Hernano é fogo, eu li isso daí e uma luz acendeu por aqui!!!
Agora irei terminar de ler o post do Caetano
Beijos
abracos
Caetano
Mais que o próprio conteúdo da entrevista, o que eu fiquei pasmo de ver é que os dois jornalistas fizeram PRATICAMENTE AS MESMAS PERGUNTAS.
O que está acontecendo com os jornalistas de hoje em dia?
Cadu Sabbag
Sabbag
O jornalista de “hoje em dia” é o Caetano.
Querido Caetano,
Ficar 2 semanas sem vir ao blog é fogo! Dá saudade e dá trabalho para se atualizar…
Mto boas as conversas c/ os meninos da banda, principalmente a mais longa, c/ Pedro. Tanta coisa interessante foi lançada alí que sou obrigada a repetir o que mtos já disseram (e Rafael resumiu tão bem): esse blog é uma ilha e deveria permanecer. No deserto da imprensa brasileira não há espaço para o que é tratado aqui e no entanto o que é tratado aqui é vital.
Mto interessante a questão que vc coloca, conversando com Pedro, sobre fazer bem feito o mal feito… (que nem te deixavam tocar violão nos teus discos, que exigia-se um certo padrão de qualidade) como se arte fosse produto e a verdade é que não é. Eu tenho a impressão de que, no Brasil, o que se chama de profissionalismo na música, em geral tem a ver com a exigência desse padrão, e isso é um equívoco provinciano (e, pensando bem, até produtos malacabados (escreve junto?), como os crafts reciclados podem ser extremamente interessantes, agora imagina em se tratando de arte).
Profissionalismo na arte é cumprir seus contratos e defender a sua produção, nada a ver com desenhar o carneirinho com as quarto patinhas e etc. Não apenas os americanos (esses talvez mais na música), mas tambem os europeus fazem o mal feito muito mais bem feito (ou o bem feito mto mais mal feito), pq eles partem de um conceito e, na arte contemporânea, é esse conceito que embasa a obra. Nao se trata do mal feito de “jogar o barro e ver se cola”, há uma visão artística e um responsabilidade alí, e isso tem valor e é apreciado com reverência. Agora, se for produto (a música de elevador, o quadro decorativo, a foto de batizado), aí tem que ser functional e se for ruim, então, tem que ser muito bem realizado..rs. Qdo vc disse que aqui tá todo mundo tentando fazer um traço destro, vc tocou na ferida!
Sobre o Lou Reeed, há duas semanas vi um documentário na BBC sobre ele; ele falava do processo de realização do Transformer, de Bouwie, da Factory, etc. Absolutamente emocionante justamente pq Lou Reed é um poço escuro e fundo, cheio de drama e de poesia, incrível… ele declamou a letra da música “Andy’s chest” e eu não acreditei na beleza daquilo, ele declamando aquela letra, e eu chorando intensamente de emoção… (alias, adoro o David Bouwie!).
E que release maravilhoso! Tbem chorei (ando chorona ultimamente) qdo vc disse que entra na velhice, de tão linda e intensa que é essa afirmação. Vc tem a mágica da juventude; é um eterno menino inquieto e sedutor e mesmo com essa frase, vc seduz, e essa contradição é fascinante.
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Lucre, obrigada pelas suas palavras, vc é mto doce! Obrigada por dizer que pensou em me escrever algumas vezes. E eu adoro a Sophie Calle!
Vero, é mto triste perder a mãe, um forte abraço para vc!
Gil e Luis Castello, obrigada pelo carinho.
Wesley, quem é cheio de bondade é vc, por me incluir numa lista na qual eu não mereco estar. Ainda sou uma novata!
Exequiela, tentei te escrever um scrap no Orkut, mas não consegui; parece que há mesmo um problema com a sua página! Um beijo!
Gente, vou estar no Brasil de 17 de abril a 15 de maio. Será que vai dar para assistir à estréia de Zie e Zii?
Caetano, e que tal Amsterdam, já que vc vai estar na Europa em junho e julho? As nossas Sessions acontecem na Bimhuis nesse período. Os links: