Transtudo (22/01/2009)

TRANSTUDO
22/01/2009 2:00 pm

Indo para Santo Amaro com meus filhos no sábado da festa de Reis, passou por nós um caminhão de transportadora – um desses caminhões imensos – em cuja carroceria metálica e fechada estava escrito em letras grandes: TRANSTUDO. (Será que decidiram se fica “caminhão” ou “camião”? – preciso comprar um desses folhetos que instruem sobre o “acordo”: me vêm muitas perguntas sobre coisas que nunca vejo mencionadas nas reportagens.) Lendo essa palavra pensei em nosso blog aqui e nas canções do Zii e Zie, de que tão pouco falamos. “Já temos um passado”, lembrou um amigo. Gostei de ler isso. E, com mais cuidado do que o que pude ter quando postei comment respondendo a Luedy (quer dizer: sem tantos typos e erros de ortografia) desejei escrever aqui no cabeçalho um texto rapsódico no qual se misturassem a pergunta pelos motivos da ausência de Eloísa (a quem peço desculpas por voltar a pôr acento agudo no nome: volta e meia me vejo escrevendo “Antônio Cícero” em vez de Antonio Cicero, assim como tenho que fazer força para escrever “Candido” – e ouvir “Cândido” com meu ouvido interno – , mas é que imagino sempre como seria absuro escrever Jose em vez de José, ou Josue em vez de Josué, ou Tomas em vez de Tomás – e volto a querer que os nomes próprios sejam acentuados segundo a regra geral de acentuação a que se submetem os nomes comuns – mas é claro que entendo que as pessoas assinam como foram registradas – e que admitimos pronunciar “cândido” ou “Antônio” quando lemos “candido” ou “Antonio” – que, a rigor, assim escritos seriam dois paroxítonos – , mas nunca esperamos que o funcionário responsável pelos resgistros escreva Jose ou Tomas ou Josue), a reiteração do protesto contra a ideia de que estamos proibidos de dizer o que quer que pareça ser contra Lula (é horrível quando se parte do princípio de que um governante não pode ser criticado), as imagens que me ficaram do romance “Under Western Eyes”, de Joseph Conrad, e a importância que teve a leitura de um livro chamado “A vida como performance”, do crítico inglês Kenneth Tynen, presente de Thiago Felix, um novo (e muito jovem) amigo baiano, que está escrevendo ele próprio um livro, e que gosta de citar não-sei-quem que disse que quem só lê clássicos e obras-primas é porque não gosta de literatura. Mas, além de ter que aguentar (sem trema) períodos com maior número de travessões do que um texto de Nietzsche, como o que está entre parêntesis aí acima, o pobre companheiro de obra aqui teria que sofrer mais do que alunos como o Luedy em aulas de análise sintática ou como eu em aulas de matemática. Daí decidi voltar a seguir o conselho de uma sábia amiga nossa e separar o papo em tópicos e os tópicos em parágrafos entremeados de espaços brancos.

A Bahia era parte da região leste quando eu era estudante. Com Rio e Espírito Santo. Passou a ser oficialmente Nordeste durante da ditadura militar, creio. Salvador e o Recôncavo têm cultura e sotaque particulares, diferentes dos do nordeste (embora, com a grande imigração que inchou a cidade, venha soando mais e mais nordestina: os “dis” e os “tis” de Daniela Mercury me soam muito pouco palatalizados, quase como se ela fosse de Serrinha, mas ela é soteropolitana). O estado da Bahia é grande como a França. O sul tem, na zona cacaueira, ecos do sotaque sergipano dos seus primeiros “colonizadores”. Mas para o sudoeste já estamos em ambiente meio mineiro meio capixaba. O oeste e o noroeste têm parentesco com Minas, Goiás e Tocantins. O norte é nordestino.

Joaldo é de Araci. Conversamos em Santo Amaro mas estava muito barulho e não deu para eu medir o grau de palatalização dos seus “dis” e “tis”. Passei um tempo em Serrinha quando criança, no final dos anos 40 (Araci era um distrito de Serrinha): deixei de ver o eclipse total do sol por isso (em Santo Amaro todo mundo viu). Eu vivia com tosse e muito franzino, daí me mandaram para os ares secos do sertão: meu primo Edmundo morava lá – acho que minhas primas Silvinha e Leda ainda moram.

Uma moça
De lá do outro lado da poça
Numa aparição transatlântica
Me encheu de elegante alegria
(Ai, Portygal, ovos moles, Aveiro)
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria

E uma preta
(Parece que eu estou na Bahia)
Tão Linda quanto ela, dizia
No seu português lusitano:
“Pode o Caetano tirar uma foto?”
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria

Arte Nova, um prédio art-nouveau numa margem
Em frente à marina-miragem:
Os barcos na Ria. E depois

Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo
Nenhum descalabro se tudo
É sexo sem sexo em nós dois
Menina da Ria
Menina da Ria
Menina da Ria

Sempre hesito ao tentar pontuar uma letra quando a copio (raramente escrevo toda antes de ir cantando). Às vezes desejo fazer como João Cabral, que pontuava seus poemas segundo as regras de pontuação da prosa. Às vezes quero ser como Oswald, que quase não pontuava. Termino na terra-de-ninguém entre o uso de pontuações pesadas no meio do verso e a ausência de pontuação onde a mudança de linha parece fazer as vezes de vírgulas e pontos. Bem, a maluquice acima é a letra de “Menina da Ria”. A música, só depois. Mas não é que as outras letras sejam menos malucas. Se alguém quiser, explico de onde vem e o que significa a expressão “do outro lado da poça”.

“Gomorra” é um Cidade de Deus sem Hollywood. Bem, dito assim parece que não fica nada. Mas fica a magnífica tradição visual do cinema italiano. Os atores são o bicho. O filme é belamente fotografado e dirigido. Os ambientes desolados, o conjunto residencial que parece uma prisão, a feiúra e vulgaridade das pessoas, a amargura da vida humana – tudo captado de modo a resultar num belo filme. A última frase escrita sobre a imagem do trator que, como um carro alegórico (que aqui mereceria o nome), levanta para os céus os corpos dos dois garotos mortos, diz que a Camorra ajudou a financiar a construção das Torres Gêmeas. Informação relevante. Mas me senti mal ao pensar nisso em casa. Quanto ressentimento dos Estados Unidos tem a esquerda européia! Será que é paranóia minha ver aí um desejo de veladamente louvar (ou ao menos justificar) os fanáticos que enfiaram os aviões no World Trade Center?

Luedy, me desagrada muito ver as regras da língua tratadas como se fossem opressão da classe dominante. Nós não temos declinações porque isso se rarefez no latim vulgar e desapareceu na formação das línguas modernas. Não foi uma aristocracia nem uma casta de gramáticos que impôs tais mudanças, mas a força do homem comum, da multidão iletrada. Por que idealizar quem hoje diz “dois pão” ou “nós vai” e demonizar o homem do passado que construiu a língua usando-a? Dentro de cada língua moderna as mudanças foram quase exclusivamente ditadas pelo uso do homem comum, do povo, da multidão. É esse trabalho anônimo e grandioso que é desrespeitado quando vocês dizem que a norma é arma de dominação da elite.

As regras de concordância (e as outras) foram criadas no uso. São os próprios linguistas que o dizem.

O entusiasmo ingênuo com a manipulação política da linguística corre o risco de cevar uma atitude arrogante. Um grupo de linguistas lulistas se sentiria no direito de agredir os humildes professores de gramática e os humílimos curiosos vocacionados para o entendimento da engrenagem da língua (que os há muitos: Luedy tinha horror à análise sintática e eu tinha horror à matemática, mas os cursos não devem ser feitos contemplando preferencialmente os não vocacionados: escola tem de ser chato em algum nível, não acho que ela deva rivalizar com o parque de diversões, o cinema americano e os momentos de dengo com os pais). E vamos deixar Eça em paz e parar de fingir que alguém exige de escritores e jornalistas que evitem a próclise. Me deem um tempo.

Possenti, eu também não acho que Lula deveria necessariamente fazer curso universitário. Quanto à formação básica, acho que ele fala muito mais bonito do que Collor, por exemplo. (E tão feio quanto FH. Este e Lula criam sempre algum constrangimento quando falam de improviso como presidentes. Constrangimento por razões tanto estilísticas quanto temáticas. Mas, que fazer? Demos graças aos deuses por essa dupla da esquerda uspiana – em coligação com a CUT e a Fiesp – ter chegado ao poder no Brasil, antes – ou melhor, logo depois – que algum aventureiro lançasse mão.) E acho que Lula (como ele próprio diz, com mais ou menas graça) ampliou seu repertório, isto é: estudou um tanto. Mas gosto muito mais do português e do jeito de pensar de Marina Silva. Ele pode ter a manha de manutenção do poder (uma virtude em talentos políticos), mas ela tem mais elegância intelectual (isso também pode ser virtude política).

Faço este post-anaconda porque perdi comments bacanérrimos (bem mais soltos – estava num momento jovial) e necessitei responder a vários estímulos. Os dois primeiros parágrafos já estavam prontos faz algum tempo. Depois me enrolei no tempo dos comments perdidos e dos assuntos acumulados. Desisti várias vezes. Recomecei. Não pude cortar (é o mais difícil). E ainda fiquei com pena de não ter espaço para mais do que simplesmente dizer que os pesos e medidas violentamente desproporcionais usados pelo governo Lula nos casos dos atletas cubanos (que pediram asilo e foram mandados de volta em avião venezuelano) e o do guerrilheiro italiano condenado em sua pátria por quatro assassinatos (ou execuções…). Não gosto desse clima. É nessas horas que me sinto um liberal inglês.



319 Comentários sobre o Post “TRANSTUDO”

  1. Gustavo zubreu disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 3:28 pm

    salve, caetano!

    o blog continua espetacular! estou adorando a veia gramatical assim como as críticas sobre shows e discos! já que rolou a bola, pergunto: de onde vem e o que significa “de lá do outro lado da poça”. além, queria era uma recomendação musical aqui pra Oifm; tem como a gente gravar uma?
    um grande abraço e ótima obra,

    zubreu

  2. Paulo Tabatinga disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 3:31 pm

    Falaram-me que falar menas é errado. mas agora vejo que eu estava certo.

    Adorei o Transtudo. tudo muito transromântico.

    Do outro lado da poça seria espelho?. espelho português?.

  3. Guido Spolti disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 3:32 pm

    Amigo Caetano, Cê tem me feito imensamente feliz!

    Estou aguardando a melodia que colocarás em Menina da Ria (a imaginei como um fado), e evidentemente quero entender o “de lá do outro lado da poça”.

    Seu post-anaconda é tudo, e muitas vezes também me aproximo da sensação de “um liberal inglês”.

    Beijos.

  4. Francisco Teixeira disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 4:17 pm

    !.Acabo de ver e ouvir Ricardo Machado em entrevista. Ele lhe citou, citou Rodrigo e disse que Ma. Betânia (tem circunflexo?)iria encerrar a festa. Achei legal tudo o que ele disse, apenas fiquei encucado com a fechamento dos acessos à praça da Purificação. Legal que se utilize detetores de metais (seria bom a proibição do uso de garrafas), mas tem um detalhe: quando o assunto é segurança tem que se pensar sobre muitos aspectos ( é sempre bom lembrar da palavra inusitado) e fiquei pensando: em caso de necessidade de se evacuar a praça, rapidamente, sem que isso cause danos a quem quer que seja, estes portões seriam facilmente removiveis para o caso de uma evacuação rápida e segura? Os detetores de metal não detecta bombas caseiras e, nestas festas, tem bombas e foguetes. Detesto essas explosões de fogos, principalmente de foguetes com flechas. Creio que o prefeito deve atentar para isto e para o uso de garrafas. É bom usar detetores de metal. Também é bom o trabalho preventivo na cidade, sem exageros da policia local, antes do evento acontecer. Um policiamento ostensivo inibe a violência. A multidão “prensada” e sem a devida mobilidade (muita gente por metro quadrado é um erro)enseja brigas. Vai dar tudo certo, mas é sempre bom atentar para certos detalhes que fogem em certos momentos. Se eu pudesse, iria a esta festa tão bonita e que será aberta com seu canto.

    2. Não é correto você achar que “não se pode criticar Lula”. Mas também é bom lembrar que não se pode proibir ninguém simpatizar com ele e ousar “defende-lo”. Ele pinta sempre na sua cabeça, assim, sem que nem porque, sacou.

    3. Gomorra é muito bom filme, embora tenha gente que diga que não entendeu as cinco histórias que giram em torno da máfia. Os atores surpreendem. As legendas finais não tem conteúdo ideológico tipo (de esquerda, ou de direita): são fatos que nos são revelados. A máfia também tem o lado “bom” (a fachada tem que parecer boa (rs)). Os Bancos também patrocinam as artes e até mesmo cinemas, ajudam a recuperar obras de arte e pouca gente sabe que por detrás de boas ações pode estar uma organização mafiosa. Os grandes mafiosos tem acesso até ao Vaticano (veja Poderoso Chefão III). Até lojas maçônicas podem sofrer infiltrações e este filme citado mostra isso. Nada contra os EEUU, que tem à frente Barack Obama que já fez um grande bem a humanidade mandando fechar Guantanamo (a prisão). O lado humano do americano é sempre bem aceito pelas esquerdas, até a esquerda mais radical aplaude ele. Então esqueça isso de se fixar nesse ressentimento (parece ressentimento) com as esquerdas.

    Desejo-lhe sucesso nos festejos de Santo Amaro, peço a benção de D. Canô, mando um abraço anônimo para Rodrigo (ele fará grande trabalho - peça a ele que cuide de mandar que zelem pelo arquivo público de lá e que abra os caminhos de quem precisa pesquisar em Santo Amaro) e que Deus ilumine sua irmã a cantar como se ela fosse o uirapuru pra que todos possam ouvi-la perfeitamente bem. Aliás, vc devia ser o uirapuru da festa.

    Até breve - Muita força e muita Fé pq Santo Amaro é de paz e da paz!

  5. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 4:43 pm

    *** Hoje tive problemas para comentar… minhas palavras sumiram… rs. Foi só falar que não estava tendo problema algum.
    10ª tentativa.
    ———————

    Fiquei curioso com essa história de “do outro lado da poça”… aqui no Rio significa do outro lado da Baia de Ganabara (Niteroi). rs.
    ———————

    Acho uma bobagem essa história de condenar alguém a gostar ou a não gostar de literatura. Lê e pronto. Agora, tocar a pessoa é outra história. Como pode ocorrer com um filme, com uma pessoa, com uma pintura, uma fotografia, com a coca-cola, etc.
    ———————

    Aqui tem link para o texto do novo acordo ortográfico:
    http://www.priberam.pt/docs/AcOrtog90.pdf

    Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa - Um conversor para facilitar o trabalho
    http://www.interney.net/?p=9764462

    Guia Prático da Nova Ortografia:
    http://images.ig.com.br/hotsites/reforma_ortografica/Guia_Reforma_Ortografica_CP.pdf
    ———————

    bjs.

  6. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 4:49 pm

    Seu post é tão abrangente, conforme fui lendo a cabeça já começou a trabalhar, e como é bom! Você é um estimulo delicioso dos meus neurônios!

    Começarei de trás pra frente se é que o post tem alguma lógica de assunto, creio que ali esta realmente tão bem separado que cada parte pode bem ser a primeira.

    Esta semana lendo o painel do leitor fiquei pasma de ver como as pessoas não sabem o que é ativista político, e terrorista, estava lá um comentário que comparava o tal terrorista italiano a Fernando Gabeira e Betinho. Quase tive um infarto. Isso para mim, é desconhecer a historia do Brasil e da Itália, os dois brasileiros citados não roubaram e nem mataram ninguém, creio mesmo que é esta a diferença nesse caso, as pessoas confundem ativistas de esquerda com bandidos. O terrorista italiano não foi condenado na Itália por crimes de conteúdo político mas, sim por ter matados pessoas durante roubos que estava praticando, um deles foi num açougue onde o dono não tinha qualquer envolvimento com movimentos políticos, da mesma forma outros s assassinatos praticados por ele vieram em decorrência de roubo. Desculpe-me mas, me parece absurda a idéia de que para arrecadar dinheiro para causas políticas justifique o fato de se roubar e matar trabalhadores honestos e pais de família, enfim, o Franco que também esta indignado com esta estória, e preocupado com as relações entre o Brasil que é um pais que ele adotou em seu coração e a Itália o seu pais de origem, tentou me explicar estas questões sobre como foi a estória dos terroristas políticos aqui nessa época, sou segura que ele não é um cara de esquerda, embora tenha sido imparcial na sua explicação, não creio que tenha entendido muito bem, ou então não tenho cabeça para concordar com algumas posições de extrema esquerda. Da mesma forma penso que os dois cubanos, citados por Caetano, ao meu ver, mereciam muito mais o asilo político do que nesse outro caso.

    Olha somente para refletir, nada de verdadeiro, mais penso que este fato da camorra com relação ao Estados Unidos talvez tenha alguma coisa a ver com a grana da máfia italiana que rola por lá e isso não é de hoje, acho que o sentido pode bem ser por ai, já que World Trade Center representava o coração financeiro da América. Será?

    Linda a letra da Menina da Ria, penso que mais pessoas ficaram interessadas na sua explicação sobre o “outro lado da poça”
    Beijos

  7. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 5:02 pm

    Caetano disse:
    “O entusiasmo ingênuo com a manipulação política da linguística corre o risco de cevar uma atitude arrogante. Um grupo de linguistas lulistas se sentiria no direito de agredir os humildes professores de gramática e os humílimos curiosos vocacionados para o entendimento da engrenagem da língua”

    Caetano, quem humilha alguém nessa história não são os sócio-linguistas. Pelo menos não é o que eu vejo por aí. Do outra lado, no entanto, vejo sim menosprezo e ridicularização pelos falares “incultos”. Leia Sacconi e Dad Squarisi e você vai perceber o que estou falando. Li um artigo do Pasquale (que alguém aqui deixou o link. É um texto dele que foi parar num site que vende textos acadêmicos e que tem o sugestivo nome de ‘zé moleza” - mas isso não vem ao caso e nem depõe aqui, em nada mesmo, contra ele) que achei interessante. Apesar das rusgas com os sócio-linguistas (que em outras ocasiões ele já desautorizou como adeptos de um “vale-tudo” linguistico) ele parece estar mais aberto. Mas, enfim, toda a minha defesa de quem fala “menas”, “eu vi ele”, “deixa eu cantar”, “meus camarada” (e, nos comments do outro post, lá no finalzinho, respondendo à Lícia, a defesa de quem fala “estou meia chateada”), são o oposto do que você está falando.

    Agora acho que a gente não consegue se entender: vc me diz que eu não escuto seus argumentos e eu acho que você não me compreende direito, ou lê coisas que eu não disse (ou que não quis dizer).

    Não se trata, pois de “idealizar”, mas de reconhecer que há tendências, padrões, normas distintas daquela que as gramáticas normativas querem fazer valer. Acho qe é preciso - isso vale para mim também - compreender melhor como a tal norma culta se formaliza historicamente. Qual o papel, por exemplo, das autoridades recrutadas da academia brasileira de letras nisso. Ir às definições, nas gramáticas consagradas, da tal “Norma culta”. Eu tenho a impressão (sim, porque não sou pesquisador) que não é o falante iletrado, os moradores das favelas ou das periferias empobrecidas, os moradores das zonas rurais, enfim, o “homem comum” que dita as regras.

    Bem, dito isto, gosto de ser chamado de revolucionário romântico. Não gosto de ser chamado de ingênuo e nem de demagógico - ao contrário, as teses dos linguistas são bem menos populares que a dos gramáticos normativistas. Quem joga pra galera, não são eles, portanto.

    Teria muito mais a falar, mas vou dar o tempo que você nos pediu.

    abraços,
    luedy

    ps. Concordo com a última parte de seu post. E, se tem algo que me desagradou profundamente no governo Lula, foi a saída da Marina Silva.

    ps2. eu tenho que finalizar um trabalho mas esse blog não me deixa!

  8. Wesley Correia disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 5:22 pm

    Caetano (com t linguodental),

    Talvez, movido pelo impulso deste seu Post, preparei um comment extenso - quiçá, não digno da paciente leitura dos companheiros de O.P. Então, resolvi deletá-lo: acho que agora importa menos o “acordo” e mais a nova cara da Dilma (para quem se deseja garantir 80 % da popularidade do país). Aliás, dizem que na USP não se encontra mais um professor disposto a orientar pesquisadores interessados na temática feminista Beauvoirista.

    Meu irmão, Alessandro, registrado com apenas um “s” e atormentado pelo fonema “z” de quando pronunciavam seu nome foi, em cartório, pedir vistas. Ele mudou muito: anda sorridente e sente-se mais convicto quando ouve o “ç” de quando chamam seu nome; auto-estima lá em cima, mas continua tomando ansiolítico para conseguir dormir. Já o meu nome, Wesley, posto em homenagem a um galã de um dos infinitos volumes do livro Sabrina - lido por minha tia, soa idêntico ao do atacante Uéslei. Legal, mesmo, foi ver na esquina da minha rua, na Lapa, Seu Manuel brincar com o “acordo”: Temos lingüiça com trema, R$ 0,50 mais barata! A crise econômica pegou de cheio a GM e o acordo ortográfico dos países de língua portuguesa.

    Prof. Nilo Argolo, no Pelourinho, implicou com o português do Bedel da faculdade de Medicina, Pedro Arcanjo, até o pesquisador norteamericano J.D. Levenson, reconhecer a importância histórica e documental deste último à cultura brasileira.

    Vai este meu poema para que você musicalize e coloque como faixa seguinte à Menina da Ria:

    Poema da Segunda à noite

    hora morta
    nos escombros
    do coração
    latejante

    cançãoes em brasa visceral

    onde está a mulher negra por quem me apaixonei?

    onde está seu sexo - o cheiro
    luminoso
    do peito
    irradiado?

    procuro por suas pernas
    pelo eterno movimento do mundo,
    incidência de compassos e ritmos,
    beleza que recusa o porquê

    procuro aquele corpo de negra:
    tua cíolera de amor em quem, por hora, acreditei
    tua barriga alheia à geometrias
    teu passo ante passo - ancoradouro de mim.

    Té breve!

    Wesley

  9. eXequiela.... que confirma la regla disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 5:25 pm

    Si, LeAozinho, queremos saber, queremos saber. Sos de los que preguntan sabiendo la respuesta, no?
    ——–
    TRANSTUDO: Adoré esa palabra perigosa. Me parece… me parece…. que a Joauuuudo también le va a gustar esa palabra y estas también: TRANSTUDITO. TRANSTODITO. TRANSTUDAR. TRANSTUDO-OH!. Y para esta última palabra y recordando también a AMARO-OH!, quisiera tocar un tema muy querido, recurrente, excitante en este blog: la fonética. Deberíamos tener la posibilidad de tener comentarios hablados para que nos podamos escuchar porque me gustaría saber cómo dicen algunos de ustedes AMARO-OH! o TRANSTUDO-OH!. Puxa… el OH y el signo de exclamación están por algo!. Con esto quiero decir: no debemos decir un amaro-oh apagadito, muertito ahí en esa “o” final… es un AMARO-OH! pero que se fala con esta intensidad: AMARO-OOOH!!!. Ojito, sin ánimo de ser “control freak”, pido que sea solamente con tres O y tres signos de admiración la intensidad. Tampoco nos vamos a ir de onda. No da, nao!!!
    ——
    REGLAS de lengua… REGLAS….
    Las reglas permiten que exista la “excepción que confirma la regla”. Larga vida a las reglas que me permiten adorar a las excepciones!!

    Alguien más que adore a las excepciones?
    ——-
    Lucre. Qué bueno que te haya inspirado ese sueño… incorporanos en el próximo! Dioses… comprendo, comprendo. Quién de nosotros (incluso ateos confesos) no ha pasado ya por el Caetanismo y otros –ismos?

    Te-te-co… y tu sueño de Buenos Aires? Conta, conta!!

    Alguien más que se atreva a soñar?

  10. Luiz Carias disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 5:36 pm

    Boa tarde a todos…
    Primeiramente, gostaria de dizer que adorei o post…traduziu em muito o que queria expressar sobre essa nova regra ortográfica, que acho ultrapassada, e cafona.
    Querem fazer do continente americano, misturando países da àfrica e da Europa, que falam o Português de Portugal, e só um país como o nosso poderia entrar de cabeça num complemento tão relapso e confuso.
    Estamos herdando os erros do pássado, quando Cabral invadiu o Brasil e o tornou o que ele é hoje…uma desorganização tamanha.
    Adorei a letra de Menina da Ria, porém queria entender o que siginifica a expressão MENINA DA RIA e queria ouvir a explicação de CAetano referente a frase que ele cita no POST.
    Acho que um dos maiores absurdos até hoje do Governo Lula, foi criar estas novas regras de linguagem, que não acrescentará nada para nós.
    O fato mais engraçado disso tudo, é que usaram como desculpa que seria para unificar os países, porém só faltam mudar as palavras que já temos hábito como exemplo camisola para os portugueses é camiseta para nós…Unificar significa unir, correto, me ajudem a achar onde estamos nos unificando mudando a escrita ou a forma de pronuncia??
    Papo de político esse…
    Bom e´isso…um grande abraço a todos…
    Em especial para o Salém e para mano CAetano.

    Atenciosamente,

    Luiz Carias, o insano da Penha.

  11. Luiz Carias disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 5:40 pm

    Caro Cadu, também pensei em ter alguma relação com a canção Menino do Rio, porém por seu uma canção portuguesa, creio que não teria sentido, ter o Rio Nela.
    A não ser ue Caetano tenha usado nela, o novo sentido de escrita e de linguagem…
    Valew…Abraços.

  12. Lenartei disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 6:04 pm

    Transtudo e o caminhão me lembrou a resposta que Arnaldo Antunes teve diante das iniciativas da prefeitura de São Paulo (provavelmente da Secretaria de Meio Ambiente) em restringir os anúncios e outdoors pela cidade: ele disse que estas informações, a princípio aberrantes e quase alienígenas, são para ele justamente matérias-primas das colagens nas quais o poeta pode recortar poeticamente a vida urbana. E se “o poeta” recorta das coisas mais cotidianas, significaria que o fazer e o olhar poético pudessem ser sugeridos com maior facilidade às pessoas “não-oficialmente-poetas-até-então”.

    Pensando nisso também (e nos Poemas no Ônibus aqui de Belo Horizonte, onde estou agora): porque será que nunca só selecionam sonetos para habitar os ônibus, e nunca (até onde eu saiba) poesia concreta?

    Abraços

  13. Licia disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 7:33 pm

    Luedy,sou impaciente com muitas coisas, quase todas elas. Não gosto de me aprofundar em quase nada, nem mesmo gosto de “teclar” (êta palavra chata), por isso vou lhe dizer que não tenho a menor condição de continuar um debate sobre esse ou qualquer outro assunto.Não me leve a mal, gosto mesmo é de ler o que vocês todos escrevem e depois desligar o micro e ir fazer outras coisas. Tenho a impressão que entendi quase tudo o que você vem tentando dizer, porém minha intuição me diz que não concordo mesmo…às vezes parece uma defesa dos fracos e oprimidos de um lugar que não é fraco nem oprimido. Não precisa considerar nada disso que escrevi como uma fala de um debate, é apenas um registro da minha impossibilidade ou falta de vontade de conversar sobre isso.
    Comentei com as minhas amigas, as que falam “meia chateadas”, sobre as suas observações e elas (são 2) pediram para lhe dizer que não fazem parte de grupo social que aceita…elas só preferiam tomar cerveja na praia a ler ou a frequentar qualquer aula (têm muito bom gosto). Não posso deixar de lhe dizer que são pessoas muito bem posicionadas profissionalmente.
    Salem, que bacana a história da arte na sua família. Fiquei muito feliz quando vi que você é o compositor da trilha do Castelo, assisti a todos os episódios durante a infância do meu filho. “Passarinho, que som é esse?”
    Um beijo para os dois.

  14. paloma, rio, no playground disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 7:48 pm

    coisa de carioca, como já disse o rafael : o outro lado é niterói. pessoal, contenham o elefantismo nos comentários : texto maior que a crônica de caetano, já no “início de nossos trabalhos”, é falta de educação. no mínimo grau elevado de carência afetiva. ao persistirem os sintomas procure um especialista.

    paloma

  15. CADU SABBAG disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 7:51 pm

    CAETANO

    GOSTARIA MESMO QUE VOCÊ EXPLICASSE O SIGNIFICADO DE “LÁ DO OUTRO LADO DA POÇA”, E TAMBÉM PARA MIM PARECE MUITO SIGNIFICATIVO O NOME DA MÚSICA SER “MENINA DA RIA”, NÃO CONSIGO DEIXAR DE CORRELACIONAR COMO SE FOSSE UMA VERSÃO “FEMININA” DO “MENINO DO RIO” SERÁ QUE MEU PENSAMENTO TEM ALGUM SENTIDO?

    FORTE ABRAÇO

    CADU SABBAG

  16. Carlos Ferreira disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 7:58 pm

    Caetano Querido,

    Oxalá a festa de Santo Amaro seja uma festa de arromba e inesquecível. Se Deus quiser estarei por lá.
    Li sobre a questão da segurança, de colocarem portões nas entradas dos acessos à Praça. Tem o lado bom e um lado negativo. O lado bom é o de se evitar os baderneiros armados. O lado ruim é de que outros tipos de baderneiros possam provocar uma especie de “estouro da Boiada”.
    Não acho que Lula seja comparável a FH e ao Collor. Eles tem muito mais diferenças que semelhanças. Esqueço Collor e prendo-me ao FH que nos fez regressar - em matéria de avanços sociais e economico - ao tempo em que sequer tinhamos uma CLT (inspirada ou não na carta fascista). Hoje para alguém se aposentar tem que trabalhar mais 5 anos, porque está vivendo mais. Parece um sofisma. Tem um montão de gente que se aposenta e brucutu. Não é por ai, né? Pagar mais porque se vive mais, ou se cuida mais, pouco importa. Mudar a lei para buscar economizar “buracos negros administrativos” não é justificativa pra se mudar as regras do jogo. Os trabalhadores, neste aspecto, não obtiveram de Lula qualquer sinal de mudança do que FH aprontou. Também é um erro seu achar que FH é pai do plano Real. Foi coisa do Itamar Franco. Lula tem um Mangabeira Unger que não é uspiano e que tem um livro que você recomenda. Unger foi professor do Barack Obama e isso parece ser um bom sinal. Confesso que Lula fez promessas e não cumpriu. Prometeu aumentos e não deu aos S. Públicos. Quer dizer, deu, mas deu um tiquinho de nada, como fez baixar a taxa selic de modo tão imperceptivel que o nosso bolso não irá sentir. Agora ele fala do jeito dele, como tem uma impressão digital própria. Tem cometido erros? tem ! pra governar ele precisa de apoio e de aliados e é ai que ele começa a se encrencar e a cair no terreno dos uspianos. Genebaldo foi da tchurma paulista e deu no que deu e o povo parece que esqueceu. Agora deixe o lulinha cantar do jeito dele, embora isso lhe aborreça. Nos temos muitas diferenças e o que importa são os anseios populares e os clamores do povo que anda precisando de sindicatos mais atuantes e que defendam suas respectivas classes e categorias e que lutem, por exemplo, contra a agiotagem e os juros altos e as armadilhas dos banqueiros com a propaganda enganosa de facilidades na obtenção do crédito a um custo elevadissimo. Ai você deixa o lado pessoal de lado e entra no embate político.
    Quanto a conceder exílio, ou extraditar alguém, isso depende dos tratados internacionais.
    Voce já foi vítima da ditadura. Imagine se - naquela época do seu exílio - por uma simples crítica feita a um Roberto campos da vida, o governo ditatorial brasileiro achasse de solicitar sua extradição e o governo londrino concedesse. Voce taria fudido (ops: fodido). Então não radicalizemos sobre assuntos que não conhecemos profundamente.
    Você é ótimo cantando, escrevendo, compondo, falando de cinema, mas no plano político é como eu. Por isso fico falando as coisas de modo tangencial.
    Não escrevo e nem falo bem. Ruy Barbosa só teve o primário antes de ser aluno do curso de direito e ele foi espetacular. Não caia no terreno da implicância. Lute pelo que você acha correto, inclusive nas questões gramaticais e linguisticas, mas não caia no terreno pessoal.
    Beijão!

  17. Judith disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 7:59 pm

    Yo quiero saber qué quieres decir con “do outro lado da poça”.

    besos
    Judith

  18. paloma, rio, no playground disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 8:12 pm

    mas o delmiro acha que niterói é pouco : essa poça, rima de moça, é mesmo o atlântico.

    pôça, no rio; em são paulo eles falam póça. veja lá? não vão confundir com fossa, que ja saiu de moda …

    então, qual será a pronúncia de caetano?

    paloma

  19. Luiz Castello disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 8:15 pm

    Woman is the Nigger of the World
    ( Jonh Lennon )

    De qualquer maneira estaríamos agora festejando um avanço na história política da América do Norte.
    O presidente dos Estados Unidos seria um negro,ou uma mulher.

    O que teria levado a ortodoxia da classe política americana,da noite pro dia,ficar tão generosa,com sêres que há pouco tempo,eram tratados como inferiores ?
    Acho que, a sábia avózinha do Glauber diria nessas circunstancias que,”quando a esmola é muita,o santo desconfia “.

    Eu que passei a acreditar em papai Noel,fiz meu pedido,confiando nas muitas batalhas vencidas por Obama,e principalmente pelos pais e avós de Obama.

    Gostaria de vê-lo entrar para a galeria dos grandes estadistas,como aquele que devolveu ao povo americano,a soberania para emitir e por em circulação a sua moeda - direito garantido na constituição,mas que foi usurpado pelo FED,depois de uma série de maquinações,que fariam Don Corleone virar coroinha.

    O Federal Reserve( the fed) ,que de federal só tem o nome,é formado por uma junta de bancos particulares,que alem de formular as políticas monetárias,adquiriu o privilégio de emitir a moeda americana,com cobrança de juros ao governo,repassada aos contribuintes,é claro.
    É isso que está acabando com a economia americana.
    Como evitar crises dentro de um sistema monetário,que é baseado no endividamento dos cidadãos ?

    Eu digo,baseado no testemunho de autoridades econômicas, que as crises são necessárias `a manutenção do sistema.Senão,vejamos.
    O insuspeito economista Milton Friedman,ganhador do premio Nobel em 1996,declarou nesse mesmo ano numa entrevista de rádio transmitida em rede nacional :
    “Foi definitivamente o Fed quem causou a grande depressão,retirando um terço da quantidade de dólares de circulação,durante o período de 1929 `a 1933”.

    Embora o FED,seja o banco central privado mais poderoso do mundo,ele não é o primeiro na história americana.
    Ele é o atual corolário de um longo plano de conquista empreendido pelas oligarquias financeiras,na sua desmedida voracidade para auferir lucros cada vez maiores às custas do povo americano.
    Sómente tres presidentes tomaram medidas concretas,para acabar com esse desvio.
    Dos tres,um escapou milagrosamente dum atentado – Andrew Jackson,e os outros dois foram assassinados – Abraham Lincoln e John Kennedy.

    Antes que alguém ponha minhocas na cabeça,devo declarar,que pra mim, isto não passou de uma lamentável coincidência.

    Disponibilizo agora,pra quem quiser conhecer toda essa trama, com depoimentos,exemplificações de fatos históricos,erudição,independência intelectual, o magnífico documentário de Bill Still “The Money Masters”.
    O link é o primeiro de uma sequencia de 11 capítulos.

    http://br.youtube.com/watch?v=GBe7u_i77MY&feature=related

    Torço para que o governo Barack Obama, acabe de vez com a farra dos boys.
    Será uma vitória da Humanidade.

    Castello.

  20. Gilliatt disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 8:22 pm

    Eu adoro ler as letras antes de ouvir as melodias. Faço exatamente ao contrário do Salem: só ouço os discos depois de ler as letras no encarte. Acho maravilhoso imaginar as melodias. Mas há artistas que nem deixam publicar as letras. O Seal, por exemplo, chega a dizer que adora quando percebe que alguém entende errado o que ele canta, pois às vezes o que a pessoa canta soa mais interessante do que o que ele escreveu (?!) A Nana, que tem um humor todo próprio, diz que odeia as letras no encarte porque ningbuém consegue ler aquelas letras miudinhas… isso é verdade (!!)

    Quanto à poça, teria algo a ver com a praia do Estoril?

  21. carolina disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 8:24 pm

    Caetano,
    Bom que coisa esse post… Acho que amarrou um pouco da conversa do post anterior que ficou em aberto…
    Eu que nem conseguia ler os comentários, só conseguia solicitar a salvação de Joaldo (que ainda não vi se ele trouxe entre os 400 e tantos comm do outro post)

    Ainda não vi Gomorra

    Tenho um problema sério com o Lula, nem consigo criticar nem amar esse governante. A culpa desse meu estado é o fim do romantismo da minha adolescencia vermelha (e Uspiana) que ainda não amadureceu.

    Sinto um certa antipatia pela USP vinda de vc… Isso procede?
    Recentemente eu vi um documentário feito por uma física que é professora do intituto de psicologia da USP (Eda Teresinha Tassara) que me ajudou a entender a formação dessa universidade, tão paulistana (fundada depois da revolução de 30) que arrebanhou pensadores do mundo pra formar um escola nacional. E de como essa escola foi perdendo as raízes depois da ditadura…
    Enfim muito interessante.

    A letra de menina da ria deixa um quero mais… Quero ouvir a música!

  22. Carlos Ferreira disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 8:25 pm

    Prefiro “menina do Largo do Rosário” ou “da Purificação”, ou do Rio. Não compreendi esse lance de ‘menina da ria”. Tô ficando burro!

  23. Judith disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 8:51 pm

    en una atrevida interpretación a lo planteado por CADU, no le encuentro una correlación con Menino do Río, ya que ría no es una alteración de río sino que tiene su propio siginificado (no es el femenino de río; igualmente resta que Caetano aclare nuesras dudas)…ahora sí, no he podido explicarme “poça”

  24. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 9:03 pm

    Fotos de Ria de Aveiro:
    http://olhares.aeiou.pt/ria_de_aveiro.htm
    ———————

    Caetano em Aveiro:
    “A menina da Ria, é preciso que se faça essa canção”
    http://www.youtube.com/watch?v=99jX4YNjYcI

  25. glauber guimarães disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 9:10 pm

    caetano,
    este post me deixou “transeunte” de felicidade! hahaha. sempre achei que transeunte devia ser adjetivo. ;)
    definitivamente, salvador é o leste do brasil, poeticamente falando. e o rock n’roll em salvador é o extremo leste.
    “já temos um passado” aqui neste happening-blog-boteco, sem dúvida.
    tô curioso para ouvir “menina da ria”. tenho escutado as músicas novas [mais que isso, tenho morado nelas] e gostado mais e mais. as mais “doídas” são minha preferência, pra variar…ôoo, vício.
    ………………
    salem,
    “juca storoni”. sensacional! “no bico da chaleira”. sensacional!!! seu bisavô é o tipo de personagem romântico do início do século xx que eu adoro, cara. meu avô, quando jovem, tocava num regional chamado “milionários do rítmo”, hahaha.
    eu daria um braço pra conhecer paulinho da viola ou nelson cavaquinho [eu sei, pra mim ele ainda vive] ou vítor martins ou milton. caetano inda vô conhecer um dia, extra-virtualmente, haha.
    sabe aquelas histórias do fusca do serginho groisman, levando os artistas pra tocar e tal? cê tava lá, não?
    ………………
    abraço, jovens!

  26. Paulo Osório disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 9:17 pm

    Aveiro.Aveiro. Cidade bonita. Agora, com essa música, Aveiro vai passar a estar no roteiro turistico dos brasileiros que virão a Portugal. Penso que a beleza não é extraordinária. Mas tem um encanto especial que só estando lá para perceber.
    A ria não é um rio. Resulta do recuo do mar no passado, tendo-se formado uma série de cordões de terra litorais, e assim, consequentemente, uma espécie de laguna, com vários Kms de perimetro. Nela acabam por desaguar 3 rios. E só há uma pequena comunicação entre ela e o oceano, através de um canal, por onde entram os navios. Muito peixe, muitas aves aquáticas, muito sal, muitas ilhotas, muitos barcos tipicos: os moliceiros.Fantástica para desportos náuticos. No interior de Aveiro a ria se transforma em pequenos canais, pelo que a cidade (que é pequena por sinal)é conhecida também como a Veneza portuguesa. Tal como Recife no Brasil. Mas com canais muito mais pequenos que Recife. E muito mais pequena que Veneza. Que bom que Caetano se enamorou dela.

  27. Delmiro disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 9:45 pm

    Do outro lado da poça, tenho quase certeza que se refere ao oceano, ao mar. E o outro lado,já que Caetano tá em Portugal pode ser o Brasil, a Bahia.

  28. joana disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 10:18 pm

    ex

    saudade de vc. sabes que eu estava pensando em escrever sobre isso de ouvir as pessoas? sou muito ligada em voz. fiquei intrigadíssima e curiosa sobre as descrições palatais de caetano neste post. fico curiosa para ouvir as pessoas falando. sempre me apaixono primeiro pela voz…pelas acentuações, sotaques, chiados, timbres. enfim…

    a que eu mais gostei. em palavras.
    transatlântico, ovos moles, elegante alegria
    ai, ai, ai

    pois essa postura cubanos-italiano me deixa perplexa! como assim?!! que balança torta é essa?

    Rafa, ainda do outro post:

    sabes que qd vc lembrou do contexto sobre o Istambul fui rapidinho procurar na net algo mais sobre ele. achei bem interessante. e muito bom o que vc postou. vamos ver se o pessoal se anima sobre isso. apesar do meu branco, de motivos bem pessoais, votaria nele junto contigo.
    faz uns dois dias que fico pensando “escrevo ou não pro Rafa?” assim: lembro qd vc falou da sua experiencia da lapa. foi muito bom pra mim ler vc, por causa das minhas experiencias traumatizantes. e bem, semana que vem vou estar no rio. e estou quase pediando que alguém me amarre e me empurre pra dentro do avião pq tou me arrastando pra fazê-lo. então, como vou por uns motivos bem importantes, pra minha vida continuar no movimento, tou me cercando de coisas boas (amiga querida que está grávida e tenho uma grande participação nisso, um ex marido que sempre foi amigo, outros amigos e pessoas queridas). e fiquei com cosquinhas na lingua pra te perguntar se vc, daí, teria alguma dica da cidade, tipo aquilo que vc falou sobre os blocos, ou showzitos pra arrastar alguém junto e desopilar. se tivesse um show do Obra em progresso, eu iria! de novo!

    bjs, todos

  29. Fernando Salem disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 11:01 pm

    Caetaníssimo

    Que letra maravilhosa!

    Você já me conhece. Tenho medo bobo de ler uma letra de canção, antes de escuta-la. Jamais leio um encarte de CD antes de ouvir o divino conteúdo. Escutar e ler ao mesmo tempo, nem pensar.

    Os cadernos de cultura costumam fazer pop-ups com as letras das inéditas do Chico, do Gil e suas (tuas) também em época de lançamento dos álbuns. E muitas vezes fico inquieto. Tento perceber a melodia que se insinua e quer arrebentar no meio das palavras digitadas.

    No lançamento do último CD do Chico, a Ilustrada publicou a letra de Sempre. Lembro que li e não senti muita coisa. Quando reencontrei a letra na voz de Chico, tudo fez sentido. Lá estava eu “feito um gato aos pés da dona”.

    Letra é diferente de poesia. Mas há poesia na letra. E é bonita essa palavra “letra” pra designar os versos entoados. Coube à palavra cantada ganhar esse título nobre, letra, que deriva da palavra escrita.

    Mas Menina da Ria, pela primeira vez, me deu o prazer da poesia-letra lida, sem receio e nem melodia. Fiquei emocionado. Talvez esse tenha sido um dos meu maiores presentes nesse mergulho desatinado que dou nas tuas ondas virtuais.

    Pude sentir cada sílaba e não me encabulei de imaginar melodias que escapavam do meu inconsciente.

    Ler Menina da Ria foi um deleite (delícia, delindo) inesquecível. Não sei falar nada sobre a letra a não ser adjetivando-a de diferentes modos, o que seria bobo.

    E saber que ainda há uma melodia que virá por meio da tua voz, aumenta a minha expectativa de escutador fã-nático. Uma melodia “tão linda quanto ela”, a letra. A Menina da Ria.

    beijo na testa

    salem

  30. lucas matos disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 11:05 pm

    hm, de volta…
    caetano, concordo que é complicado a idéia (defendida por bagno, inclusive) de que a norma padrão - língua exemplar, norma culta, mil etc. e para cada etc. talvez um objeto diferente - seja a língua de um determinada elite. Sempre que vejo alguém usando esse argumento, me lembro dos que afirmam que a razão, ou a razão crítica, é caracteristicamente ocidental. E lembro de Cicero demonstrando que não é bem assim. Até mesmo porque o princípio de se estabelecer uma norma padrão para trocas públicas casa justamente com o ideal de impedir que um determinado dialeto pertecente a um determinado grupo seja o único aceitável. Uma vez que todos em tese teriam acesso a essa norma, impedir-se-ia assim que um grupo sobrepujasse o outro no acesso e fornecimento de informações, na produção de discursos, opiniões, etc. A questão é democratizar o domínio da norma. E aqui - como já disse - Bagno e todos os linguistas dizem amém. Agora, discordo que uma regra da língua deva ser visto como algo inviolável. Os homens que pelo uso mudaram o latim, mudarão também o português - e esse processo, para usar a expressão de um teórico que me parece adorável (Geraldi), é irrefreável. Você mesmo já leu um livro que, se não me engano, falava sobre as diferenças gramaticais entre a língua adquirida (não estamos falando de uso, então) aqui e em Portugal, adotando a nomenclatura para se referir à nossa de Português Brasileiro. Há muita besteira no mundo sobre essa possível diferenciação linguística. Já ouvi, se bem me lembro, Bechara falar que não se pode afirmar que se tratam de duas línguas distintas porque compremeteria a unidade do (nosso) país - devo ser honesto e dizer que talvez ele não tenha dito exatamente isso, mas algo próximo, e eu, que já estava impaciente, tenha entedido uma versão pior da ideia dele. Também já ouvi um professor falar que não se pode dizer que são duas línguas distintas porque o professor de português não teria mais o que fazer em sala. Enfim, muitas besteiras. Pessoalmente, acho que a língua é uma ficção. Mesmo.
    Logo que li Bagno, pensava de modo muito semelhante a Luedy. Hoje, nem tanto. Mas o luminoso em Bagno é a identificação e o conceito de preconceito linguistico. Acho a estigmatização dos que falam sua variedade algo sem graça. Detesto Zorra Total. E não gosto de quem caça traços de variedade ‘não-padrão’ (chamemos assim por falta de nome melhor) na fala de Lula para classificá-lo como burro. Até mesmo porque diversos outros candidatos e presidentes apresentavam traços semelhantes - mesmo em debates televiosionados - e não eram assim caracterizados. Nos debates com Alckmin, isso era gritante. Mesmo Gabeira nos debates para prefeito volta e meia apresentava um ou outro desses traços. Acredito que o problema de haver norma é esse: fica um policiamento ou uma fobia do diferente.
    Não estou acompanhando por preguiça e certo enfado nada de nada da reforma, o que ajustei aqui e ali, peguei do post de caetano.
    ouvi uma vez de uma professora a crítica que considero mais irretocável ao atual presidente, dizia ela que o Lula ficou nos devendo a poesia. Assino embaixo. Ficará nos devendo a poesia. Espero que Obama, tão brasileiro como quer Hermano, vá por outro caminho, iluminado por waly salomão que uma vez escreveu:

    quero porque quero o êxtase,
    uma réplica reversora da república de platão
    agora expulsando para sempre a não-poesia
    da metamorfose do mundo

    era isso
    god bliss you all

  31. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 11:24 pm

    Transtudo…

    amei o verso:

    “é sexo sem sexo em nós dois”

    eu também as vezes penso em escrever como o fluxo interior de Molly Bloom no final de Ulisses sem ponto ou vírgula ou também ecrever como Oswald sim e Jack Kerouac na mais pura loucura de sua linguagem automática fluxos de pensamentos que pululam na mente e caem numa página em branco eu acho muito empolgante essa maneira de escrever e penso que assim fica refletida a mente a mente que vai se desenrolando em nós a toda hora e eu digo uma coisa eu simpatizo com Lula mas também desconsidero qualquer um que ache que ele não possa receber críticas e adorei Obama fechando a base de Guantánamo dei pulos de alegria e queria que você querido Caetano e demais blogueiros dessem suas imprtessões sobre as primeira horas de Obama no topo do poder do mundo

    beijos

  32. Flamoe disse:
    Janeiro 22nd, 2009 at 11:39 pm

    Cae, foi a unica forma de falar com vc, espero que leia. Acabou de acontecer um absurdo no evento Campus PArty, em SP. A excelente e elogiada por ti banda De LEve foi expulsa quase que debaixo de cadeiradas do palco pelos “nerds” do evento. Tem o video, ainda q mto rapido e escuro: http://www.youtube.com/watch?v=B8MwiMaAOoE

  33. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 12:02 am

    Exequiela, o meu sonho não acabou. mas vou contá-lo parcialmente no teu email. bjs!!!

    mas, então, o que significa “do outro lado da poça”?

    é português de Portugal?

    Santo Amaro, eu gostaria de conhecer Santo Amaro. tenho paixão por cidades pequenas, históricas, onde a religiosidade impera de forma viva e ao mesmo tempo teatral. Na Itália, a Miriam deve saber disso, conheci inúmeros povoados antigos, cada um com sua magia e seus heróis e bandidos. lá é bem assim, tudo muito regional longe dos grandes centros como Roma ou Milão e é o que acho mais belo na Itália, além de tudo do Michelangelo Buonarroti.
    Imagino Santo Amaro com suas festas. Queria ver Bethânia cantando na praça da Matriz. Noites do Norte! Hum…

  34. Ingrácia disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 12:42 am

    Eu acho seus posts de Salvador diferentes. Pensava em “leveza” (minha proposta para esse e todos os milênios), por isso achei engraçado vc dizer mais jovial, solto. Nada como o sertão particular da gente. O meu me intimida. O seu parece relaxar.

    Caminhão, até onde li, continua caminhão mesmo. Será que um dia a revisão ortográfica abrigará os escorregos das teclas do computador? Um dia, vi na TV um filme que o “cadê? era KD?” Achei péssimo.

    Sobre a ideia de leitura coletiva, que tal “O mal estar na civilização”? Li na faculdade, mas acho que posso entender melhor ouvindo aqui.

    Não concordo que quem lê clássicos não gosta de literatura. E acho que todos nós ampliamos as percepções, assim como Lula. Qual o problema disso? Acho que é o mais bonito da vida. Bobagem achar que estamos prontos, aos 20, 30, 40.. Acho que meus sobrinhos que têm menos de dez também acham estarem prontos. Adoro sentir que estou sempre em construção (em progresso!!) para a vida.

  35. ju disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 12:58 am

    delícia de anaconda.

  36. Paulo Farias disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:09 am

    Aproveito o caminhão trastudo para postar um comentário meu sobre o filme Gomorra e que Caetano cita neste novo post. Se alguém achar longo, melhor relaxar e gozar!

    Gomorra é um ótimo filme que inova a linha dos tradicionais filmes de gangsters, desnudando a organização mafiosa conhecida como camorra napolitana. Penetra no submundo brutal que vai do tráfico, destruição do meio ambiente e suas consequências,até a revelação final de que os mal feitores tem uma aparente fachada de beneficência.

    Não contarei o filme! apenas pretendo apresentar os atores do filme que tem como argumento cinco historias quem envolvem a camorra, não necessariamente na ordem que coloco a seguir:

    Salvatore Abruzzese, o mais jovem dos atores, faz o papel de Toto. O seu olhar sobre o mundo
    que o cerca acaba levando-o a entrar na organização mafiosa que o levará a uma sinuca dramática.

    Gianfelice Imparato (Don Ciro) tem um desempenho notável. Contador, é encarregado de levar dinheiro
    da organização a pessoas e famílias ligadas à mesma, cujos parentes estão na prisão.
    Como disse Simões (no post sobre o Guarani), acaba entre a cuz e a espada,num lance digno de se ver: a fragilidade humana, o medo de morrer, o desesperro e a sorte de escapar com vida.

    A personagem Pasquale (Salvatore Cantalupo) é igualmente extraordinária. Um alfaiate, ou estilista da alta costura,recebe uma boa proposta de um grupo chinês para dar aulas em uma fábrica e, uma vez descoberto,passa a ser considerado um estorvo para a Camorra.

    Franco (Toni Servillo), empresário mafioso que administra negócios referentes a depósitos de lixos tóxicos. Coloca o recém-formado Roberto (Carmine Paternoster), no seu primeiro trabalho.
    Roberto vai entrar em conflito com o patrão…

    Os adolescentes Marco (Marco Macor) e Ciro (Ciro Petrone), vivem a ilusão de se tornarem “poderosos chefões”. Roubam armas da camorra e insistem em não querer devolve-las. Não querem obedecer ordens. Caetano faz alusão aos mesmos no presente post.

    Evidente que existem outros atores. O que urpreende o espectador é a ausência de conexão entre cada uma das histórias, o que foge aos padrões do cinema americano que nos acostumamos assistir. Isso pode dificultar o entendimento dos menos atentos.

    O filme não é monotono e o assistente que se descuidar pode achar dificil de compreender.

    Agora o que achei curioso foi o fato de
    a imprensa ter divulgado a prisão de três atores do filme Gomorra por envolvimento com a Camorra napolitana:

    01.Giovanni Venosa, um dos atores do filme, foi detido sob a acusação de extorsão e tráfico de drogas;

    02.Salvatore Fabbricino o jovem que vendia drogas na área suburbana de Napoles;

    03.Bernardino Terracciano faz o papel de um dos chefes da Camorra (Tio Bernadino);

    Creio que quem foi ver o filme na condição de cinefilo, como eu, não terá dificuldade em compreender o filme que é bastante realista e revelador. Como disse, foge aos padrões que nos acostumamos a ver. Quanto ao cenário suburbano, chocante sem dúvida, com uma arquitetura que lembra uma estrutura de presidio (como bem acentuou, Caetano) faz parte do realismo que o filme imprime.

    Bem, não estou obedecendo a nenhuma nova norma ortográfica. Perdoem-me os que chegarem ler.

  37. Lúcio Jr disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:14 am

    Oi, Caetano e pessoal.

    Só umas observaçõezinhas: O Kenneth é o Tynnan, com “a”, não? E Rio e Espírito Santo são da região Sudeste. Já existiu região Leste?

    Uma baiana, a artista plástica Rogéria Maciel, de Conquista, uma vez me queixou que nós não somos sudestinos, somos cariocas, mineiros, etc. E insistimos em chamar os baianos de nordestinos.

    Procede, não acha?

  38. Paulo Farias disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:20 am

    Caetano,
    Quem foi que perguntou sobre a semelhança entre o mapa da Bahia e o mapa do Brasil? Não encontrei resposta alguma. Também conheci a Bahia como sendo a região Leste do Brasil. Era Bahia e Sergipe. Havia também a região Oeste. Não sei se estou por fora, mas o Brasil está sem o leste e o oeste? Essa nova reforma ortográfica veio mais pra confundir que para explicar. Digo, veio mais pra complicar do que pra simplificar. Ando confuso e avesso em aceitar estas novas regras. Só mesmo o tempo vai me ajudar a assimilar esta nova, dentre outras tantas, que já sofri.

  39. Eliana Giacon disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:22 am

    Caetano

    Olá! Saudade de você.
    Estou em Salvador e com muita vontade de dar um pulo em Santo Amaro. Vamos ver… Tomara! E se for, que bom seria te encontrar na sua terra!
    Beijo.

  40. glauber guimarães disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:23 am

    siboney,
    cê tá falando sério??? se for verdade, que história louca, rapaz. tô aqui na maior curiosidade! espero que agora esteja tudo millôrando…

  41. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:34 am

    Caetano Veloso
    Se não fosse você, eu já teria morrido há uns cinco meses atrás, quando fui preso em San Sebastian na Espanha, região basca de onde vem meus ancestrais.Na cadeia tinha internet mas sem teclado e eu louco pra me comunicar com você e os seus amores que são tão geniais como você neste blog maravilhoso- digo mais, o melhor blog do mundo, tive tempo pra pesquisar-. Quando mostrei seu blog pro monitor da cana (seu fã) ele achou que deveria fazer o mesmo na região dele, na lingua deles lá, Por isso fui libetado.
    Agora, hoje quando você fala dos nomes “de cartório”. Tem o do MILLÔR que era MLTON mas escrito com caneta tinteiro, o tracinho do “T” escorregou e virou acento circunflexo e o “n” perdeu meia perninha “r”.

    Pra finalizar Caetano, não pára(sic) de blogar! Você entendeu a linguagem.Se não for no OeP manda pro “Joaldo Impertinascia”, ou pra qualquer outro blog já estabelecido- todos vão te querer- você é o agregador/destruidor o tunel no fim da luz.
    um forte abraço
    beije suas mulheres
    filhos e netos

    Siboney Zabaleta

  42. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 2:45 am

    Licença.
    —————–

    Joana,
    estará por aqui apenas na semana que vem ou ficará até o carnaval?

    Tem sempre alguma coisa bacana pela Lapa…
    Fundição, Circo Voador (A Orquestra Imperial fará uma série de apresentações por lá), andando um poquinho mais tem o Rival ou, se caminhar para o outro lado em direção a Praça Tiradentes, o CCC (Centro Culural Carioca). Tem a feira da Rua do Lavradio(todos os sábados durante o verão) . Para um papo com os amigos tem sempre um pé sujo pela Lapa, por Botafogo, Humaitá Laranjeiras, pela Tijuca, Vila, etc. Também tem os botecos de grifes. Se tiver coragem, na Rua Ceará (próx a Vila Mimosa) rola um Rock pesado - uma vez(a única que fui), depois de uma apresentação, um amigo me levou lá. Eu todo de branco perdido num ambiente dark, galera heavy e punk. Dá um medinho mas não morde.

    Está rolando o festival Off-Tropicália com:
    Nina Becker + Do Amor
    Rubinho Jacobina + Força Bruta
    Silvia Machete
    Sobre:
    http://territorio.terra.com.br/canais/canalpop/noticias/ultimas.asp?noticiaID=18442

    Também tem:
    http://2009.humaitaprapeixe.com.br/index.php

    Links para uma noitada bacana:
    http://matrizonline.oi.com.br/
    (Hermano será DJ junto com Ronaldo Lemos dia 24/01 no projeto Studio RJ).

    http://www.circovoador.com.br/
    Vários shows bacanas nas próximas semanas.

    Escolas de Samba - programação:

    quadras
    http://odia.terra.com.br/carnaval/htm/confira_a_programacao_dos_ensaios_das_escolas_de_samba_203565.asp

    ensaios técnicos no sambódromo
    http://diariodorio.com/programao-dos-ensaios-tcnicos-do-sambdromo-carnaval-2009/
    —————–

    bjs.

  43. Gravataí Merengue disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 3:13 am

    Caetano, é importante ressaltar, sempre, essa coisa de que Lula pode e DEVE ser posto sob análise, ou seja, deve ser criticado (no sentido exato do verbo). Quando alguém o faz, porém, tudo se transforma num duelo de torcedores, uma luta apaixonada e é triste ou mesmo tragicômico.

    Ótimo que sua análise passe ao largo disso.

    Os dois pesoss e medidas - quanto aos atletas cubanos e, agora, ao preso e condenado da Itália - são mesmo ridículos. Não há o que discutir, são fatos e o Ministro da Justiça usou um mecanismo absurdo para conceder o “refúgio” (é esse o termo jurídico, vejam só…). Um dos atletas, vejam só!, aproveitou uma oportunidade e fugiu de vez. Outro, coitado, não teve a mesma sorte.

    * * *

    Quanto aos discursos, Luiza Erundina, de ascendência nordestina, e José Serra, de ancestralidade italiana e criação paulistana, têm ambos discursos ótimos e uma linguagem admirável. Não falo aqui apenas de admiração política ou ideológica, mas da qualidade do discurso e do quanto eles - como dizem - “falam bem”. Reparem.

  44. Tavares disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 4:23 am

    Tomado pela insônia, sem razão aparente que a justifique, busquei ocupar o tempo pegando um livro de Luis Frenando Verissimo pra ler. Não deu. Algo me incomoda. Parei e lembrei: vou me divertir lendo os comentarios escritos no blog do Caetano. Lembrei dele, outro dia, quando fui ao Scambo. Me contaram que ele veraneou naquela rua que não tem saida e termina na praça do Meteoro, ou coisa parecida. Agora deparo-me com um tópico novo que versa sobre vários assuntos. Fala de um caminhão(TRANSTUDO) que me fez lembrar do EXTUDO, no Rio Vermelho. Fala do nosso leste que virou nordeste. Do Lulinha paz e amor que me deixa louco quando entro em uma farmácia pra gastar todo o dinheiro da minha aposentadoria comprando remédios pra permanecer vivo, remediavelmente vivo. Fala em Gomorra, um excelente filme que foi exibido no cine Guarani, Glauber Rocha e agora Espaço Unibanco de Arte. Fala da nova reforma ortográfica que nem quero mais aprender. fala da beleza de Marina Silva, mulher esforçada que eu sempre vejo pela Tv e fico achando que ela carrega dentro dela uma “entidade” parecida com a do Chico Xavier, o que me faz crer nas coisas ditas e escritas por Alan Kardek. Ainda lembra de FHC e do Collor, enquanto me faz recordar a cunhada deste, Maria Tereza, lindinha e boazuda, pivô de uma crise familiar. Minha insônia talvez decorra dessa aporrinhação de ter que despejar, todos os meses, minha aposentadoria no caixa de uma farmácia. Ah, FHC, Ah Lulinha, vcs dois acham que estou vivendo mais consumindo drogas ministradas por médicos especialistas em Diabetes, Cardiologia e outras ias que me abatem cada vez mais. E ninguém reclama e ninguém defende os velhos vitimados por um sistema previdenciario indigno. Ah, prefiro voltar meu pensamento para o Barack Obama que ordenou o fechamento daquela base de torturas em território Cubano e as demais prisões “secretas” espalhadas pelo mundo. Segundo ele chegou a hora de a tortura ceder lugar a inteligência assumindo publicamente que Bush mantinha um governo torturador. Mas a minha tortura é a minha triste condição de aposentado, que vive mais porque gasta o que ganha comprando medicamentos pra continuar vivendo mais. Coisa de velho não interessa a ninguém e eu estou aqui pra me divertir, mas não deu. Hoje não deu, porque hoje eu penso nos nossos impiedosos governantes que se lixam para o sofrimento alheio. Aposentado tá com o pé na cova e se eu morrer o Estado lucra com meu óbito. Bom, eu acho que vou viajar a Santo Amaro e aproveitar a festa e ouvir Caetano cantar e se o coração resistir, ouvirei Betania também.
    Caetano, porque tiraram o nosso leste e nos jogaram no nordeste? Lula é mais paulista que nordestino, disso todo mundo sabe. Mas ele nada tem a ver com a decadente USP. As nossas universidades vão muito mal. Os estudantes brigam pra ver quem vai controlar as carteirinhas de estudantes e nem sabe mais qual é o seu papel. Vejo muita eloquência e pouca ciência e, mesmo assim insisto em viver, como uma especie de Pedro-pedreiro esperando que chegue a hora de alguém mudar o Brasil, mas o que fazem é dar fim no leste e aumentar o nordeste com o peso da Bahia. Desculpe, Caetano, estou desanimado e gostaria de irradiar esperança, uma esperança parecida com aquela que contagiou o povo estadunidense. Mas c´est la vie !
    Aquele abraço grande homem. Que Deus lhe dê muitos anos de vida e uma aposentadoria sem necessidade de gastos com remédios.

  45. paulo kauim disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 4:29 am

    menina da ria

    calor

    que

    provoca

    e

    arrepia

  46. Tavares disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 4:33 am

    Acabo de ler um comentarista e verifico que já não temos o oriente e o ocidente, mas o sol ainda nasce no leste e adormece no oeste. Precisamos de uma bussola? Acho que precisamos de líderes, mas quase todos, os bons e os honestos, estão indo pra o outro lado da vida e ficamos ao Deus dará. Agora estou mais feliz e vou ler Verissimo, “Aquele estranho que Nunca Chega”.

  47. caetano veloso disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 5:07 am

    Lucio Jr., o Tynan é com um ene só. Devo ter digitado um e no lugar do a. Mas a pronúncia é “táinœn”: deve ser um ene só.

    Não existia região sudeste.

    Luedy, as mudanças de que falei foram criação do homem comum. O latim vulgar, as línguas modernas são popularização do latim e do grego, que, por sua vez, são criações coletivas históricas. Essas criações, todas necessariamente coletivas e populares, incluem as regras. Nenhum gramático fez nenhuma língua - exceto o esperanto, que, por isso mesmo, não é uma língua real. Os gramáticos no máximo tentam dar conta do que vai se passando com essas regras. Os linguistas ajudaram (entre outras coisas) a aclarar essa consciência. Vou ler Bagno quando acabar os livros de Conrad e o Isaias Caminha que releio. Mas entenda que as regras são criações coletivas a que os teóricos têm de se adaptar. Todos cedo o tarde se adaptam às mudanças mais recentes, mas nunca fazem mais do que adaptar-se às mudanças operadas há mais tempo. Eu sou fã de Lula e de FH (acabo de homenageá-los numa canção que talvez seja a minha preferida dentre as de Zii e Zie) e da USP (embora só tenha homenageado a PUC do Rio nessa mesma canção). Mas não sei viver sob coação e não tenho vocação para adorações para-religiosas. Deixa eu cantar. Ou melhor ainda: ‘xeu cantar.

    Salem, fico feliz por você gostar da letra escrita da Menina da Ria. A música reforça o caráter engraçado das palavras. Também adoro “letra”.

    Rafael disse o que é “do outro lado da poça”. Aprendi com o grande Wilson das Neves a dizer que Niterói fica “do outro lado da poça” (a Baía de Guanabara). Claro que a pronúncia é “ô”. O que a letra diz é que alguém de Niterói fez uma aparição do outro lado do Atlântico: a confusão possível entre as duas “poças” é boa para a poesia da letra. Mas estou falando de Niterói quando uso a expressão.

    Glauber, sim, essa é a história do nome de Millôr. Mas também fiquei impressionado com o lance do Siboney (cujo nome adoro e já usei numa canção - no sentido de tribo habitante da Cuba pré-colombiana; conheci um Siboney, crioulo gaúcho, não o vejo há alguns anos, será ele?). Vamos nos encontrar logo?

  48. Julia Debasse disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 5:13 am

    Agora eu dou o meu chute: “do outro lado da poça” - a poça seria o oceano que nos separa de Portugal? Seria essa uma versão para a expressão, que tanto os yankees quanto os britânicos usam, “the other side of the pond”? - tá quente, Caetano? Ou eu estou viajando?

    A expressão para conectar as colônias e as metrópoles.

    Muito bonita a letra, Caetano. Me lembrou, só por Portugal, a Coimbra do Roberto Carlos.

    Acho que só se aprende gramática lendo. Eu não sei escrever certo por regras - eu escrevo, olho pra cara da palavra e vejo se ela tá com uma carinha estranha. Se tá estranha, tá errado.

    Meu nome não tem acento pois quando eu nasci minha mãe fez meu mapa astral, e o astrólogo disse que eu iria viajar muito, para muitos lugares diferentes. Não acentuou, pois acentos não existem em algumas línguas, e me deu um nome que existe em muitos países (pelo menos os ocidentais),

    Julia

  49. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 7:56 am

    Lucio Jr. nunca tinha feito esta observação que o leste foi suprimido do mapa, realmente temos estados do norte, do sul, nordeste, sudeste, oeste e noroeste mas, realmente o leste ficou de fora, como diria o Batman “santa geografia” Robin cadê o leste do Brasil? Depois mais ao “sul” do blog li o comentário do Paulo Farias que o oeste também sumiu do mapa, tem coisas que a gente não explica mesmo.

    Tavares desde que vi por aqui na Itália a passeata de aposentados, todos com bandeirolas e apitos saindo em massa para protestos em Napoli é que percebo como ai os aposentados se aposentam mesmo, não? Posso me enganar, mas penso que o aposentado é que tem que mudar esta mentalidade, tem que se unir mais, tem que lembrar que ele é um cidadão, que vota e que pode mudar alguma coisa a seu favor. Em matéria de política, isso não somente ai, mais em qualquer parte do mundo se você quer algum direito tem que lutar por ele, mesmo sendo “velhinho”. Ficar escondidinho acuado num canto acaba sendo esquecido mesmo.

    Teteco, concordo com você a respeito dos povoados, e que aqui é tudo bem regional mesmo, a cidade que moro é bem pequena, aqui umas das coisas que me chamou muita atenção foram as festas nas praças, toda a população dançando na praça da igreja, inclusive a primeira vez que vi achei ate engraçado porque eles tem os passos certos então improvisam algumas coreografias, onde participam desde crianças ate pessoas muito idosas (você sabe que idoso aqui na Itália é pra lá de 80 anos, vero?) é algo muito divertido, e aqui na região com direito a tarantela e tudo mais. A propósito, essa coisa de “baile” na praça ai no Brasil somente vi uma vez em Poços de Caldas. Vou ver se consigo colocar um vídeo que tenho aqui de uma destas festas no youtube daí aviso e quem tiver curiosidade vai ver. Hoje quando vinha com o Franco ao trabalho a paisagem havia mudado bruscamente, faz dias que não neva por aqui e ontem o caminho era verde, hoje estava branquinho, as montanhas estavam belíssimas salpicadas de neve, tinham alguns trechos totalmente brancos com algumas arvores, nuas de folhas, dando um toque marrom, a região do vale, que é a minha predileta, estava quase encoberta pela neblina, no geral uma visão estupenda.

    Por falar nessas coisas volto ao topo do post e penso que Zii e Zie retrata bem a Itália, embora me lembre de que Caetano tenha falado mais da sonoridade que provoca esta composição do que seu significado. Mais a Itália é bem família e tias e tios é uma grande representação dos laços familiares, penso que se passou pela cabeça dele fazer uma homenagem a este pais, então tem muito a ver. Sei que tem alguns italianos que passeiam e as vezes postam alguns comentários quem sabe eles possam, com mais propriedade, confirmar o que eu disse.

    Gostei muito da colaboração do Paulo Osório sobre a Menina da Ria, e aguardamos o sentido com que Caetano canta o “outro lado da poça”. É muito interessante este trabalho da Obra em Progresso porque sem o blog a gente nunca ia saber o que passou na cabeça dele na hora de compor, mais um momento de tantos momentos de grande intimidade.

    Beijos a leste e a oeste

  50. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 8:16 am

    Esqueci de colocar uma coisa importante para o Tavares, aqui na Itália ate onde acompanho, os “velhinhos” são mais respeitados pela população no sentido de direitos (isso não significa ceder o lugar para sentar no ônibus ou metro, ou deixar passar na frente nas filas), mas, por exemplo tem alguns remédios que são gratuitos, alguns que são considerados de “primeira necessidade” como os controladores da pressão arterial, isso digo a grosso modo. Coloco abaixo um link de uma matéria sobre “anziani” em italiano se você quiser dar uma olhadinha, com um pouco de paciência acho que da para enteder.

    http://www.saluter.it/wcm/saluter/dedicatoa/anziani.htm

    Baci

  51. Marcos Lacerda disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 10:15 am

    Adorei este comentário de Caetano, as suas observações sobre política nacional e internacional são muito lúcidas e corajosas. Acho que existe mesmo este ressentimento da esquerda européia com os americanos,e não só da esquerda européia…
    As discussões sobre língua portuguesa, linguistica e gramática normativa são boas,mas acredito que já deram o que tinham que dar. Concordo com Caetano em tudo o que disse sobre o tema, sobretudo quando ele mostra a ingenuidade dos que discursam usando os jargões do marxismo vulgar…
    E Caetano deu o toque, precisamos retomar as discussões sobre as canções. Vou escutá-las novamente e escrever textos sobre elas aqui no blog, convidando os amigos blogueiros para fazerem o mesmo…
    JOALDO
    Estive fora um tempo,resolvendo questões relacionadas ao meu trabalho de pesquisa e estudo acadêmico, de modo que não pude acompanhar a feitura da IMPERTINÁCIA. Tentei mandar meu e-mail, mas os comentários foram apagados. Mas aí vai: lacerda.marcos81@gmail.com
    Estou disposto a colaborar no que for preciso…

  52. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 10:41 am

    Pois é, Lícia, essa esquizofrenia lnguistica acomete muitos falantes que se consideram “cultos” - eles e elas falam cotidianamente em desacordo com a gramática normativa, acham que estão errados, mas como são “bem posicionados” permitem que esses “erros” sejam tidos apenas como pequenos lapsos, descuidos. Em situações mais monitoradas eles tentarão falar “correto”. E, contudo, a língua vai…

    Não se preocupe, não estou tomando nada disso como um debate. São questões impertinentes que eu gosto de levantar.
    luedy

  53. Celso de Carvalho disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 10:52 am

    Caetano e hermanos,

    Há um Tempo em que o próprio Tempo não existe de novo. Só há Paz, há Liberdade, Alegria e Amor.

    Não há como negar que uma cruz é o grande exemplo de logotipo perfeito. Naquilo que é o Vasto, Tudo se Cruza, Tudo tá entrelaçado.

    Alcançar a fé, traduzida na percepção do impacto de cada mínimo momento. Todo dia inteiro.
    Tudo se Cruza, Tudo tá entrelaçado.

    É isso aí, Transtudo!

    Carinho a todos, amigos obremprogressivos!

  54. andre lopes disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:12 pm

    O Ministério da Justiça sob o Governo Lula rotineiramente concede refúgio a cubanos, inclusive atletas:
    http://www.conjur.com.br/2008-mar-14/conare_status_refugiados_musicos_cubanos

    A deportação de dois boxeadores cubanos se deu pela falta de pedido de refúgio, apesar da oferta pelas autoridades brasileiras. Suspeita-se que a recusa tenha se dado pelo temor de represálias ou porque o verdadeiro interesse dos boxeadores fosse o de se estabelecerem na Europa.
    http://www.oab-rj.org.br/index.jsp?conteudo=3425

  55. Lucesar disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:21 pm

    Numa ocasião reclamei aqui dos comentários excessivamente longos ( talvez por preguiça de lê-los ), porém, diletantíssimo Salém, seus comentários estão demasiadamente curtos amigo!
    Salém, assim como Joaldo e Caetano, deveria ser obrigado a escrever no mínimo 30 parágrafos.
    .
    Quanto ao “menas” de Lula, é mesmo uma lástima, de corar meu rosto, fazer o quê ?
    .
    Caetano cantando e comentando Beatles “You’re Gonna Lose That Girl”
    http://br.youtube.com/watch?v=b1cW-RY5UbE

  56. Marcos Nunes disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:42 pm

    Olá Caetano,

    Parabéns, você continua sendo um artista diferenciado dos demais, não sei se está na sua música ou na sua poesia,mas te garanto que tem algo estonteante na sua obra. Te curto muito.
    Mas estou curioso para saber o significado de “do outro lado da poça”

  57. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 1:48 pm

    Caetano és um crack!

    A menina da ria
    Que está do outro lado do oceano
    Que na chinfra do português
    É pertinho.

    E ainda fazes alusão a sua bela canção.

    Siboney

  58. Fernando Salem disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 2:33 pm

    SORRY, HERMANO

    Re-publico aqui meu comment anterior com correções de digitação que prejudicavam o entendimento.
    _________________________________________________________

    Eu sei. Sou aquele que disse lá no começo de tudo que tinha bloqueios pra acompanhar o progresso do novo álbum de Caetano.

    Disse pra revelar alguns aspectos bem pessoais relacionados à música e às minhas fantasias e manias tão primitivas em relação ao nascimento de um bebê fonográfico.

    Mas tenho que confessar. Volto sempre ao início de tudo. Reouço as canções, leio os primeiros posts (menos pessoais) de Caetano e cultivo a percepção de que estamos andando no tempo (já temos um passado).

    Obra em Progresso é contemporânea de um momento especial da História. E começa a dar sinais de que será um pequeno fragmento pra se entender no futuro um pouco do que se passou. No mínimo, pelas nossas cabeças, unidas pelos neurotransmissores virtuais. Um dia blogs serão fósseis e fáceis.

    Foi assim hoje que amanheci relendo os POSTS sobre Fidel e a Base de Gauntánamo em função da bela foto de Obama com a caneta na mão. A caneta que pede o final da tortura e fecha a Base. Uma caneta. Não era um míssil. Era uma caneta!

    “É por demais forte simbolicamente para eu não me abalar”

    Reli e reescutei a canção Base de Guantánamo. Caetano deve usar um caneta para escrever a letra das suas canções.

    Depois, vive a beleza de reescrevê-las com seus “typos” e a delicada indecisão entre vírgulas ou espaços.

    “A Base da Baía de Guantánamo,

    A Base de Guantánamo,

    Guantánamo.”

    A política e a gramática. Vírgulas e espaços, entre versos concisos e preciosos que agora ganham sentido maior. No espaço e no tempo.

    Muita gente vai pensar que Caetano compôs essa canção com a caneta de Obama.

    Nós somos testemunhas privilegiadas de que ele estava atento e sensível o bastante pra se antecipar a um tema que não era “ordem do dia” na velha ordem mundial.

    Estou feliz pelo blog, pela rapidez de Obama e por me sentir distante e pronto o suficiente pra ser a representado às canções de “zii e zie”.

    Mais lúcido (ou translúcido).

    transbeijo na testa

    salem

  59. Luiz Castello disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 2:34 pm

    Lulalá.

    1.
    A notícia do status de refugiado dado pelo governo Lula ao italiano acusado de assassinatos,me fez pensar ironicamente num ato de camaradagem,manifestado pelo nosso presidente `a um conterrâneo seu.
    Erroneamente,eu achava que Lula da Silva tinha dupla cidadania.
    Uma rápida pesquisa na net e confirmei que essa condição foi conferida só,`a sua esposa descendente de italianos e aos seus filhos.
    O que não deixa de ser esquisito pra quem demonstra diante das lentes,tanto amor e identificação com as coisas do Brasil – refiro-me ao presidente.

    Sem querer fazer insinuações baratas,nem generalizar,sempre achei que esse negócio de dupla cidadania,era coisa de mafiosos.
    Sabe…do tipo…pintou sujeira,a gente sai batido…
    Impressão reforçada pelos causos que a imprensa noticía,de bandidos que se refugiam na sua pátria anfíbia,pra escapar até de crimes comuns.

    2.
    Quem se liga em pesquisas,vai gostar dessa.
    Os 80% de aprovação do Lula da Silva,o colocam como o quarto líder político mais popular dos últimos 100 anos.

    Alemanha, 1936 – Hitler atinge aprovação de 98% dos alemães segundo os órgãos de pesquisa credenciados junto ao Partido dos Trabalhadores da Alemanha – os Nazistas.
    Itália, 1928 – Mussolini conquista a aprovação de 89% dos italianos.
    Brasil, 1970 – General Garrastazu Médici conquista – segundo o IBGE, 87% da aprovação dos brasileiros.
    Brasil, 2008 – Lula da Silva atinge 80% de aprovação dos brasileiros.

    Pesquisas são pesquisas,e desconheço a fonte completa da informação.
    Mas,minha santa mãezinha costumava alertar-me,para não andar em más companhias,e a avózinha do Glauber ( gostei da véinha ) na certa,reforçaria dizendo que :
    “Passarinho que voa com morcego,acaba dormindo de cabeça pra baixo”.

    Abraço 100% fraterno,
    do Castello.

  60. Fabio Cascadura disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 2:34 pm

    Olá, Caetano.
    Ainda essa semana, minha namorada recebeu um e-mail de uma prima… amiga… sei lá… com aquelas piadas preconceituosas que fazem sobre os baianos… Dentre tantas, havia uma que citava o suposto fato do baiano não se considerar nordestino (e a remetente é nascida aqui no estado!).
    Nunca conseguí entender direito essa alegação das pessoas de fora da Bahia. Sempre achei que falam isso justamente porque nós, do entorno da baía, não usarmos os “dis” e “tis” do mesmo modo que as pessoas de Aracajú ou Recife, ainda que o estado da Bahia não esteja restrito a Salvador e Reconcavo e que em Alagoinhas e Monte Santo, por exemplo, se use os “dis” e “tis” com a mesma força que em boa parte das localidades da Região Nordeste. Mas o maranhense, que fala de modo próximo ao nosso, não é acusado de se propor menos nordestino. Gosto de ser baiano e gosto de ser nordestino.

    Gluber está certo: o rock que se faz na Bahia está mais ao leste que qualquer outro no país, no sentido de ser realmente particular. E acho que vc já falou isso também…

    Gomorra é o bicho!

  61. Luiz Castello disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 3:23 pm

    Queridíssimo Salem.

    Quando a caneta de Obama está nas suas mãos,
    os comentários são Literatura.

  62. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 3:46 pm

    Mirian,
    quando fui à Conservatória fiquei fascinado com a multidão pelas ruas cantando, alguns bailando. Se não me engano essa cidade é conhecida por ser a capital mundial da seresta… alguma coisa assim. Muitos violões e vozes antigas.
    ——————

    Fico relendo a letra e estes versos ficam reverberando em minha cabeça:

    “Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo
    Nenhum descalabro se tudo
    É sexo sem sexo em nós dois”

    !ADOREI!
    ——————-

    Li na “Las.fm” o Andrew Bird falando sobre o rock:

    “O rock não tem de ser música dos homens das cavernas nem prog-rock, há alguma coisa no meio”

    Andrew Bird - Armchairs
    http://www.youtube.com/watch?v=RZK3GR9GEuM

    http://www.lastfm.com.br/music/Andrew+Bird
    http://www.andrewbird.net/

    bjs.

  63. Heloisa disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 3:47 pm

    Acho uma bobagem essa história de condenar alguém a gostar ou a não gostar de literatura. Lê e pronto. Agora, tocar a pessoa é outra história. (Rafael Rodriguez)

    Adoro ler as letras antes de ouvir … (…) Acho maravilhoso imaginar as melodias. (Gilliat)

    Tento perceber a melodia que se insinua e quer arrebentar no meio das palavras digitadas. (…) Pude sentir cada sílaba e não me encabulei de imaginar melodias que escapavam do meu inconsciente. (Fernando Salem)

    Você é um estímulo delicioso dos meus neurônios! (Miriam Lucia)

    Delícia de anaconda. (Ju)

    Este post me deixou “transeunte” de felicidade! Sempre achei que transeunte devia ser adjetivo. (Glauber Guimarães)

    Só faltam mudar as palavras (…) camisola para os portugueses é camiseta para nós…(Luiz Carias, o insano da Penha).

    Legal, mesmo, foi ver na esquina da minha rua, na Lapa, Seu Manuel brincar com o “acordo”: Temos lingüiça com trema, R$ 0,50 mais barata! (Wesley Correia)

    Tem o do MILLÔR que era MLTON mas escrito com caneta tinteiro, o tracinho do “T” escorregou e virou acento circunflexo e o “n” perdeu meia perninha “r”. (Siboney Zabaleta)

    Sempre me apaixono primeiro pela voz…pelas acentuações, sotaques, chiados, timbres. enfim… (Joana)

    O luminoso em Bagno é a identificação e o conceito de preconceito linguístico. Acho a estigmatização dos que falam sua variedade algo sem graça. (…) E não gosto de quem caça traços de variedade ‘não-padrão’ (…) na fala de Lula para classificá-lo como burro. (Lucas Matos)

    E eu digo uma coisa eu simpatizo com Lula mas também desconsidero qualquer um que ache que ele não possa receber críticas e adorei Obama fechando a base de Guantánamo dei pulos de alegria (Teteco dos Anjos)

    Eu, que passei a acreditar em papai Noel, fiz meu pedido confiando nas muitas batalhas vencidas por Obama. (Luiz Castello)

    Verifico que já não temos o oriente e o ocidente, mas o sol ainda nasce no leste e adormece no oeste. Precisamos de uma bússola? (Tavares)

    São questões impertinentes que eu gosto de levantar. (Eduardo Luedy)

    Nada como o sertão particular da gente. O meu me intimida. O seu parece relaxar. (Ingrácia)

    Santo Amaro, eu gostaria de conhecer Santo Amaro. Tenho paixão por cidades pequenas, históricas, onde a religiosidade impera de forma viva e ao mesmo tempo teatral. (Teteco dos Anjos)

    Aveiro.Aveiro. Cidade bonita. (…) E muito mais pequena que Veneza. Que bom que Caetano se enamorou dela. (Paulo Osório)

    A letra de Menina da Ria deixa um quero mais… (Carolina)

    Nenhum descalabro se tudo / É sexo sem sexo em nós dois (Caetano Veloso)

    Alguien más que se atreva a soñar? (Exequiela)

  64. Paulo Osório disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 4:34 pm

    Salem,

    Obama 1 : fim da base de Guantanamo… Grande!

    Obama 2: fim da tortura como método de interrogatório militar… Grandeeee!!

    Agora, Grande, Grande, Grande, Grandeeeeee, seria:

    Obama 3: fim da pena capital

    Cê não acha?

    Abraço

  65. joao~grando disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 4:51 pm

    Do outro lado da poça me soou inicialmente como do outro lado da fogueira.
    Porém provavelmente se associe ao mar como disseram, privilegiando aí a identificação pela água em vez da identificação pela idéia (ainda dá para usar o acento por mais um tempo).
    E daí que me lembro que, embora não tive idade para tanto, São Paulo fez parte da região sul (vi em mapas antigos) e se coisas materialmente imutáveis assim como limites de estados podem mudar sob certos conceitos (como pertencer a uma região) o que se dirá de idéia, a língua e os sotaques? A verdade é que a ideia TRANSTUDO deixa de ser uma tendência somente, para muito além disso configurar-se uma saída única, talvez (numa outra conotação) no outro lado da poça.

  66. joana disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 5:23 pm

    interessantes os links disponibilizados pelo andre lopes…vou olhar com calma…

    Rafael!!!
    um gentleman…obrigada.
    vc não faz idéia de como isso ajuda em meus movimentos. pq é bom fazer algumas coisas a partir da referência de quem está inserido no contexto. e tenho amigos de tribos diferentes…qd eu estou bem, disposta, me sentidno livre, acaba que sou eu quem junta tudo e todos. acaba que sou eu quem os arrasta pras bocas…não fico no carnaval…gostava muuuuito do carnaval qd eu era bem nova, essas coisas tipo clube. na rua, com muita gente, depende, tenho que me adaptar, reconhecer o terreno. e essas coisas grandes como desfiles eu não curto muito. acho que curtiria as quadras. obrigada de novo, boa viagem pra ti.

    Glauber: é tu na fita, homi. rs

    sim, sinto falta dos sons das palavras das pessoas por aqui. fico curiooosa.

  67. paloma, rio, no playground disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 5:44 pm

    obrigada pela resposta, caetano.
    ……

    da série ‘vovô sabe tudo!’:

    notícia: ‘Brasil, 2008 – Lula da Silva atinge 80% de aprovação dos brasileiros’.
    avô: ‘como tem “trôooxa”!’
    …..

    sobre ‘aquez pobrema todo’ : pensei melhor, e decidi mudar de lado. não há mesmo como impor uma única regra a um universo tão extenso de pessoas. não posso exigir um falar correto, nem mesmo do meu próprio filho.

    mas também não sou obrigada a ouvir. não estou mais do lado de quem fala bem. agora todo o meu apoio é para quem ouve bem. viva a democracia!
    ….

    “Alguns artigos ou trechos de artigos da Wikipédia contém revelações sobre o enredo, e são chamados ’spoilers’. Um ’spoiler’ é um pedaço de informação sobre uma obra (livro, filme, programa de TV ou jogo, por exemplo) que pode revelar trechos de sua trama, reduzindo ou arruinando o prazer de sua apreciação pela primeira vez. Se você ainda não leu/assistiu/jogou/apreciou tal obra, é recomendável fazê-lo antes de ler os spoilers nos artigos da Wikipédia.”

    não é bacana? embora ’spoiler’ signifique ‘estraga prazer’, seu propósito é um exemplo de etiqueta na net. 30 parágrafos não é.

    abrs paloma

  68. Fernando Salem disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 5:51 pm

    Logo que li o relato espetacular do Siboney, me lembrei da canção “Esse Amor” do Caetano.

    “Se alguém pudesse ser um siboney
    Boiando à flor do sol”

    Além da coincidência do nome próprio que também é da tribo da Cuba pré-colombiana, há o fato dele ser um Estrangeiro (nome do álbum em que a canção está).

    Não sei se Siboney foi detido por ser um estrangeiro na Espanha (algo bem recorrente). Mas esse é mais um dado bem sincrônico, já que também estamos conversando sobre a extradição dos cubanos pós-colombianos. E também sobre uma prisão que está boiando em Cuba e detém estrangeiros sem direito à julgamento.

    É a “carne da palavra”!

    Já que Joaldo não comparece, trato de ligar os pontos.

    Foi bacana saber que Caetano libertou Siboney que boiava ¡a flor de um sol que nascia quadrado.

    E é gozado a gente falar do “menas” do Lula no post de “Menina da Ria”.

    beija na testa

    salem

  69. Ricardo de Alcântara disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 6:13 pm

    Meus pais, que são nordestinos do Rio Grande do Norte e Pernambuco, também aprenderam no colégio que Bahia era leste.

    Nunca assimilaram Bahia como nordeste. Para eles, como muitas pessoas também consideram na parte de cima do nordeste - que chamam tudo abaixo do nordeste de sul (centro-oeste, sudeste e o próprio sul) - Bahia é sul.

    Ao mesmo tempo, percebo que isso é muito direcionado para Salvador e o litoral.

    Estive no natal em Juvenília, cidade mineira criada nos anos 1950 para conter a travessia de baianos para territórios rurais de Minas Gerais, às margens do rio Carinhanha - afluente do São Francisco -, e percebi que os mineiros de lá são muito baianos, e nordestinos em geral, nos falares, nos comeres, nos beberes e nos curtires (axé, forró, arrocha e trovadores dos teclados comandam), mas, ao mesmo tempo, nutrem uma óbvia atração geográfica, política e profissional por Belo Horizonte e Montes Claros, mas que também é compartilhada por cidades baianas próximas, como Carinhanha, Malhada, Cocos, Guanambi e Caitité, que não são atraídas da mesma forma por Salvador.

    Acho interessante que mineiros da divisa sejam politicamente conectados às cidades mineiras maiores, mas se comportem culturalmente, em muitos aspectos, como baianos.

    Há uma tensão nítida - nem sempre negativa - entre interior e capital em qualquer estado brasileiro, bem como entre o interior e o litoral do país - Milton Nascimento já cantou em “Notícias do Brasil” que “a novidade é que o Brasil não é só litoral” -, mas esse comportamento voltado para o mar vem desde a nossa colonização.

    Eu, brasiliense, filho de nordestinos, filho da integração, acho a Bahia nordeste puro, inclusive Salvador. Quando redesenharam e renominaram as regiões, acredito que acertaram.

    Mas nesse mundo que gira e flutua, nada é tão rígido assim que não possa mudar, até a parte sólida da língua, a gramática, é muito mais fluida do que aparenta.

    Beijos na certidão de nascimento.

  70. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 7:17 pm

    Fernando Salem
    Você não é surfista, mas tira a maior onda!
    Te admiro!
    Na verdade fui preso por brigar- delito simples- sem conotação exofóbica (putz).
    Porem na cadeia, enquanto sabiam que foi por amor todos me apoiavam. Mas quando souberam que ela era uma deles… e ele, a vítima, também.Se viraram contra mim. Daí fui transferido pra um lugar mais calmo onde tinha computadores etc e tal…
    Obrigado pela acolhida
    BT
    Siboney

  71. Tuca disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 8:22 pm

    Caetano, imagino que uma foto desse camião ficaria legal no seu disco. Vamos fazer? (já nos vimos na mesa redonda da Ilustrada no MASP e te dei uma foto com você deitado no palco do Parque do Ibirapuera…)
    http://www.fototucavieira.com.br

    Abraços,
    Tuca

  72. Laureano disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 8:31 pm

    Es cierto, no se habla mucho de las canciones de Zii e Zie. Particularmente, me gustaría conocer más aspectos del progreso de la obra. Por ejemplo:
    Hay algo para contarnos acerca del arte de tapa?
    Como quedó el tema de la votación de “Incompatibilidade de Genios”?
    Y hablando de esa canción, escuchando Qualquer Coisa, encontré algunas notas muy similares a “Madrugada e amor”. Puede ser? Mi oido no es muy fino que digamos…
    Y ahora que menciono Qualquer Coisa, y leo tu comentario, Caetano: “fiquei impressionado com o lance do Siboney (cujo nome adoro e já usei numa canção)”. Me vino a la memoria en forma inmediata Los Super Seven, que tocan un tema llamado Siboney (hermosísimo! yo también adoro ese nombre.), y donde escuchamos tu voz en dulces versiones de Qualquer Coisa y Baby. El disco se llama Canto. Una experiencia auditiva maravillosa, la recomiendo.

  73. joana disse:
    Janeiro 23rd, 2009 at 10:07 pm

    heloisa…

    ótima!

    paloma

    gostei do seu “para quem ouve bem…”
    isso leva longe

    caets

    com todo respeito, não sei de suas intimidades, nunca participei delas (apesar de poder dizer que, sem eu querer, vc participou de muitas minhas), mas, minhas antenas gostariam de lançar uma pergunta ao ar, captada em algumas janelas que se mostram abertas na energia da rede: vc está amando?

  74. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 12:16 am

    a maldição dos comments perdidos acabou de me acometer. E logo a mim que nunca tive problemas por aqui!

    bem, dito isto, queria dizer que heloisa com sua colagem transtudo arrasou!

  75. paloma, rio, disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 12:46 am

    errata-digitalis:

    … embora ’spoiler’ signifique ‘estraga prazer’, seu propósito é um exemplo de etiqueta na net. publicar 30 parágrafos não é.

    grata paloma

  76. DIMAS ROQUE disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 12:57 am

    Sabem como é a coisa de mexeu comigo é meu inimigo! Os contadores de histórias aqui do baixo São Francisco relembram que certo homem, bastante inteligente e venerado, falava coisas que todos ao seu lado ouviam com muita atenção. Esse ser não tinha estudado muito em sua infância. Em sua adolescência teve que se virar para poder comer. Trabalhou entre outros incultos da sociedade. Dizem os sábios daqui que os que conviveram com ele falavam que o sujeito sempre teve uma boa lábia. Já na sua fase adulta, aquele intruso social, conseguiu arrebanhar multidões. Há quem diga, segundo os nossos contadores de histórias, que ele enganou hordas de intelectuais no fim dos anos 80. Teria até criado um grupo de vagabundos que se intitulou de Trabalhadores. Anos depois. Quando já não havia mais esperanças um magote de furibundos, aos gritos histéricos de Lula Lá, Lula lá, conseguiram entronar o tal sujeito. Agora, depois de enganar a tudo e a todos, ele consegue ser comparado por alguns a excrementos humanos que já passaram por nosso planeta.
    Os sábios, a quem eu venero a grande sabedoria dos matutos do sertão esquecidos por todos os governos da Bahia e até por Caetano quando do seu post, quando não relacionou o nordeste do estado, me dizem que o asco da elite letrada deste País se deve ao fato do Homem olhar os seus semelhantes. Isto é algo que não conseguem engolir.
    Eu como não sou de briga. Já não tenho tempo para isto. Prefiro achar que são apenas descuidos dos grandes letrados do Blog quando falam que 80% não representam a aceitação da popularidade do governante pelo seu povo e tentam associar este fato a frase “toda unanimidade é burra”.
    Seria, pois, este número elevado na aprovação ou a constatação de que isto representa a verdadeira fase social do Brasil? E de que adianta estudar na sorbonne e vender o patrimônio do Brasil a preço de banana na feira de Paulo Afonso na Bahia?

  77. Aurélio Bouret Campos disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 1:01 am

    OBAMA – GUANTÁNAMO – PRISÕES SECRETAS – A VERDADEIRA NOVA ORDEM MUNDIAL

    Gostaria que algum teórico das ciências políticas ou da economia pousasse por um momento seu olhar sobre a data do dia 22/01/09 e afirmasse que o recém eleito Presidente dos Estados Unidos inaugurou uma nova ordem mundial.

    Não aquela cruel e aterradora ordem mundial constada pelo presidente Bush (pai), mas uma nova ordem, no sentindo de comando geral, enviada para todo o mundo, dispondo que o país que ajudou a fundar os direitos fundamentais (logicamente bebendo da fonte do iluminismo francês) e que seu povo sempre teve força para lutar pelos direitos civis, voltou a acreditar nesses ideais.

    Ideais, que devem ser compartilhados com o mundo todo, que acompanhou atônito 8 anos de governo Bush que ignorava as liberdades civis, com prisões ilegais, sem acusações formais, as pessoas eram presas sem saber do que estavam sendo acusadas, nos moldes de um Estado de exceção, tudo sendo justificado sob o manto da doutrina do medo, tudo em nome da segurança nacional, em nome da guerra contra o terror.

    No dia 22/01/09, com assinatura dos atos presidenciais para por fim com a prisão de Guantánamo, com a tortura, e as prisões secretas da CIA, reafirmou os direitos individuais dos americanos, dizendo que os EUA não vão mais tolerar a tortura, não vão mais continuar com a falsa escolha entre a segurança e os ideais da constituição. Se tem alguma guerra do terror para ser ganha “nós vamos ganhar nos nossos termos” afirmou ele. Não se corrige um erro com outro erro, subvertendo os princípios que você busca defender.

    Por todo o exposto, com os atos presidências que põe fim às prisões ilegais, Guantánamo e a tortura, os EUA sinalizam para o mundo uma nova norma de conduta a ser seguida na luta contra o terror, em que não é preciso que um Estado democrático viole os direitos individuais, nem mesmo de seus inimigos.

    Espero que aqueles que no Brasil estão aplaudindo a vitória do OBAMA entendam a repercussão de seus atos, e incorporem seus ideais de luta pelos direitos civis, que estão sendo cada dia mais violados pelo Estado brasileiro. Não viemos uma ditadura, mas a sociedade assiste pacificamente interceptações telefônicas ilegais da policia federal sendo validadas pelo STF, assim como não se incomoda com o Regime Disciplinar impostos aos presos nos presídios de segurança máxima de São Paulo, sendo eles reduzidos à condições sub-humanas, ficando dias em celas sem nenhuma entrada de luz, com visita de advogado sendo limitada – ficando incomunicáveis inclusive para com seus advogados que tem visitas limitadas, o que é visivelmente inconstitucional e contra a convenção de direitos humanos.

    Dessa forma, espero que essa nova ordem mundial ilumine governos e sociedades, para que os abusos do Estado sejam contidos. E para aqueles que acham que esse texto trata-se de mais um de direitos humanos, que só pensa em defender bandido, o equivoco é patente. Defender a ordem constitucional, e os direitos fundamentais de um preso significa defender toda a sociedade dos abusos do Estado. Hoje o abuso pode ser contra os presos quem ninguém se importa, os traficantea de São Paulo ou os terroristas de Guantánamo, mas amanha o direito violado poderá ser o seu.

  78. nelson disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 1:03 am

    é só caets pra conseguir revelar alguma poesia á niteroi rsrsrsrsrsrsr kkkkkkkk hehehehehehehehe.

    arariboia city rsrsrsrsrsrsrs. pôça,possa,moça…

    agora taça sobre pubis glabro é fod….

    e absolutamente enigmática quase um “transe sexual”
    o verso”Nenhum descalabro se tudo
    É sexo sem sexo em nós dois”…afinal rolou ou não?

    me parece a fusão dos espaços bahia,ria e rio nikiti…..mas a impossibilidade e depois?

    miragem transatlantica marina morena menina da ria
    vc se pintou sobre a arquitetura art nouveau…

    um estudo os barcos o farol a barra linda quanto ela aveiro…..

    os barcos a foto a preta bahia se tudo é sexo

    elegante alegria portugues lusitano do outro lado da poça, aveiro,bahia a sintese de uma menina da ria…rsrsrsrs

    caramba esta letra é um enigma de um encontro
    em espaços superpostos….regado a ovos moles e taça e ao que tudo indica sem sexo ou um sexo metafisico rsrsrsrsrsrsrsrs

    esta letra merece algo como “nenhum descalabro se tudo é sexo em nós dois nada para além do sexo…

    tentei comentar antes e o comment sumiu…

    heloisa o cello é sexo rsrsrsrsrsrsrsr.
    http://www.youtube.com/watch?v=V79EEXjFmAg

  79. nelson disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 1:13 am

    pois quanto eu te vejo eu desejo o teu desejo
    menina da ria

    tesão flutuante do rio
    toma esta canção como um tejo… rsrsrsrsr

  80. glauber guimarães disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 1:37 am

    caetano,
    vamonessa!
    …………….
    miriam,
    sou doido pra conhecer “conservatória”. deve ser muito bom. serestas à moda antiga…
    andrew bird é incrível. tem uma música chamada “a nervous tic motion of the head to the left” que eu queria ter feito. :(
    ……………
    heloisa,
    seu comentário feito a partir de comentários tá sensacional. beijo.

  81. Paulo Tabatinga disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 2:06 am

    O liberalismo inglês, decerto, tem muitas vantagens, mas também, diga-se de passagem, a valorização do ser humano se perde na “força da grana que ergue e destrói coisas belas”. “tudo vale a pena se alma não é pequena”. mas precisamos de um mundo mais justo onde se ajuste o que é de se adequar.

  82. vinicius disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 4:50 am

    I cannot put any accents on my words, therefore I will write in English. Transtudo is a phrase that is relevant and applicable to the immensity of Brazil and culture. Anthropofagia is a Brazilian state of being. Brazil is a cultural cannibal, adapting and consuming all it sees. Brazil in this interesting form for is a devouring monster of all that the world throws at it. Transtudo is just a product of that consumption. The other side of the puddle? Is the puddle the sea?

  83. Vero (Uruguay) disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 5:13 am

    OH! Caetano Mío, “hoy” trataré de escribirte en lengua “yorugua”,solamente jé! porque con esto de la “nueva norma ortográfica”…mmmhhh…yo… con mi “portunhol”… no creo que se ajuste a tales reglas, aunque también me gustan las “excepciones”…(rs)… (como a Exequiela). Me has dejado “seductoramente” TRANSTUDO-RADA si es que este término inventado por mí “cabe” contextualmente para denominar el sentimiento que me provocas al leer la letra de “Menina da Ria”. Leí varias veces, y deteniéndome en cada palabrita…dejemos las “puntuaciones y las cómas” a un lado…pongamos sólo “puntos supensivos”………..el “suspenso” de haber sido “seducida”…Caetano mío, te digo que esta letra es pura SEDUCCIÓN…claro! a lo que yo entiendo por seducción. Para mi la seducción cuenta de cuatro elementos “indispensables”. Primero: “autoestima”, segundo: “creatividad”, tercero: “desprejuicio” y cuarto: “misterio”. La “autoestima” sin ella no podríamos decir quienes somos en este caso “quienes eran”, “que querían” y “que necesitan/aban”. Paso al tercer elemento porque el segundo y el cuarto van de la mano. Tercero, los “prejuicios” del temor de acercarse a “alguien” y hacer el ridículo, quién no se ha sentido así alguna vez?. Y como dije anteriormente la “creatividad y el misterio” vienen de la mano para mantener viva la hoguera. Porque la seducción tiene que ver con una promesa, me refiero con algo que no se muestra del todo, pero se “insinúa”. Hay un misterio a descubrir…una incógnita que desata en el otro la tentación y la curiosidad.
    Todo este palabrerío para decirte que la letra de “Menina da Ria”, me encantó!…me sedujo y me seducen de ti…la “forma”(poesía) de mostrar…algo…y hacer “suponer” que hay más!…bueno! yo sé que existe mucho, muchísimo más en tu ternuroso “músculo hueco del lado …del lado más profundo de tu ser,… lo cual seduce mi “corazón” en cada pulsación. Caetano, te confieso que me gustaría demás que ese otro “alguien” del Río de la Plata (poça)-(esa depresión natural del terreno, poco honda, con agüita!)… hiciese una aparición del otro lado del Atlántico…rs…y yo te diría en un “español Uruguayo”: Caetano mío, me concederías el sacarnos una fotito juntos?…(rs)…aaaahhhh!!!….y siiiii!!! yo sigo “esperándote”…esperar, es creer que ha de suceder alguna cosa, especialmente si es favorable; es permanecer en un sitio adonde se cree que ha de ir “alguien” o en donde se presume que ha de ocurrir algo. La espera consiste en ocupar los sitios donde, en apariencia, nada la invita a germinar; para mi ella es la que crea una irreprimible necesidad de rescate, (prima hermana de la esperanza).
    “Yo espero sin cesar”…porque entiendo que la espera es marcha, y al ser marcha ya es “encuentro”, en el esfuerzo de seguir. Para mí “quien espera siempre alcanza”…si ya sé…”cansancio”…”un resfriado”…”una gripe”…y mucho más…bueno de mientras alcanzo alguna cosa….y (rsrs)…pero espero “escuchándote” cantar tan lindo así! …hasta que no tenga en mis manos a Zii e Zie…aplico la sabiduría de la espera…me gusta pensar en la espera como hallazgo de lo que el presente ofrenda y no de lo que niega. Aquello que se deja oír en sordina, ya sea en el goce o en el padecimiento y en el contrapunto incesante con aquello que se está viviendo o quiere vivir, y que pueda tener valor o también en carácter consumado. La imprescindible construcción de ideales y, más aún, su sostén y mantenimiento, lo habilita, “por otro” a encontrar en ello un momento de atención concentrados siempre en lo que falta. Caetano mío, por esto y más…me gusta pensar en “quien espera siempre alcanza”. Ya por hoy no sigo “filosofando”. Ahora voy a ver si hago dormir algunas de mis neurónas….(rs), por algunas horitas.
    Besos te mando… con la acción y el efecto de “esperar” que te lleguen siempre…al lugar que hoy tú más quieras.

    Heloisa,
    Estou gostando de te ver…ou melhor digo, estou lendo…você neste començo do ano novo “bem comportadinha”, onda amor e paz….as férias relaxarom você demais?….(rs)…calminha, calminha…concorda, concorda?, com tudo o mundo!?…o que é, o que é?, …..gosto também dessa Heloisa aaahhhh!!!…HeloZen!Oooommmmm!!…. esse comment (63) foi muito bom!!. Beijos.

  84. Fernando Salem disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 5:44 am

    Uau Siboney!

    ‘chaver se eu entendi o belo roteiro…

    1- ‘cê foi preso por dar porrada num cara na disputa por uma mulher.

    2- teve a solidariedade dos algozes até eles saberem que tanto a moça quanto o seu rival eram conterrâneos locais.

    3- os hómi se voltaram contra você

    4- ‘cê foi mandado pra outro xelindró. esse devidamente conectado ao cyber-espaço.

    5- blogou por aqui e mostrou a Obra pros carcereiros

    6- os caras gostaram! e até pensaram como seria legal uma interface semelhante na terra deles

    7- a simpatia dos “polícia” com Caetano e sua Obra ajudaram a te soltar

    Cacilds!

    Ainda tem muito o que contar!

    O que o teu rival fez? Só chavecou a tua garota? Ou vocês estavam disputando o amor dela como Noel descreve no genial “Quando o Samba Acabou”?

    ‘Cê bateu muito? Apanhou?

    Cadê essa mina e esse mano?

    Aí vai a letra do samba do Noel:

    Lá no morro da Mangueira
    Bem em frente a ribanceira
    Uma cruz a gente vê

    Quem fincou foi a Rosinha
    Que é cabrocha de alta linha
    E nos olhos tem seu não sei que

    Numa linda madrugada
    Ao voltar da batucada
    Pra dois malandros olhou a sorrir

    Ela foi se embora
    Os dois ficaram
    E depois se encontraram
    Pra conversar e discutir

    Lá no morro
    Uma luz somente havia
    Era lua que tudo assistia
    Mas quando acabava o samba se escondia

    Na segunda batucada
    Disputando a namorada
    Foram os dois improvisar

    E como em toda façanha
    Sempre um perde e outro ganha
    Um dos dois parou de versejar
    E perdendo a doce amada
    Foi fumar na encruzilhada
    Passando horas em meditação

    Quando o sol raiou
    Foi encontrado
    Na ribanceira estirado
    Com um punhal no coração

    Lá no morro uma luz somente havia
    Era Sol quando o samba acabou
    De noite não houve lua
    ninguém cantou

    beijo na testa

    salem

  85. Claudinha disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 5:44 am

    Caetano, primeiro quero falar sobre a sua saudade de Edith do Prato. Que lindo e puro som. Sou do Recife, com fam’ilia materna(desculpe os erros dos acentos-o laptop ‘e novo e ainda n~ao o coloquei brasileiro)vinda do agreste e uns tios que tocavam prato e outro que fazia um som maravilhoso com garfo e uma garrafa. Depois, por seu interm’edio,seu som, conheci Edith do Prato e vi aqueles tios ali, naquele som.
    Outro assunto, que n~ao pode me passar em branco s~ao os acentos nos nomes. Sou uma Claudia, sem o acento. A vida inteira senti falta do acento, mas o tabeli`ao, `a ‘epoca do registro, me deixou sem. E hoje, todo mundo coloca o acento no meu nome e cansei de dizer que, no meu caso, em se tratando de nome pr’oprio, poderia ficar sem.
    Finalmente, preciso falar da satisfa’c~ao de saber, atrav’es dos jornais, que vc far’a a abertura do Carnaval do Recife com Nan’a Vasconcelos.Como sempre fa’co, desde os meus quatorze anos, e j’a conto com 44, estarei presente para aplaud’i-lo. Sou foli~a de carteirinha adoro o carnaval, adoro Recife, adoro Salvador, e adoro o Samba do Rec^oncavo, adoro os afox’es e maracatus. Acho que ser’a uma noite especial. Ser’a um grande prazer t^e-lo aqui novamente no carnaval, n~ao s’o como foli~ao observador, como da outra vez, mas como o grande artista que vc ‘e. Grande beijo.

  86. marcio junqueira disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 6:59 am

    crianças
    faz uns dias que eu estava com ganas de escrever aqui outra vez(tinha caso de Guantanamo, que Obama mandou fechar,Edith…) , mas minha dissertação em processo quse-final não me deixa tempo para quase nada. Mas como hoje(a verdade ontem) sai do tronco e vim da uma passeada em Santo Amaro, para ver o show do Caetano não resisti.
    Só para matar geral de raiva, o Caeatano Cantou pela primeira vez em público (palavras dele) ” a menina da ria”, foi massa, pq essa musica ja era uma lenda aqui. adorei. uma delicia, antes do fim da canção eu ja tava cantando uns pedaços dela junto, foi mais legal ainda abrir agora o blog e ver a letra dela e o Caetano falando de Santo Amaro. Lendo o post, fiquei triste de não ter vindo na festa de reis, ainda mais o Caetano falndo que encontrou o Joldo(querido ainda não lhe liguei pq estou preso em casa, e mesmo hoje só decidir vir a Santo amaro ja no fim da tarde, num acesso de loucura minha, mas quando for Slvador lhe ligo com certeza, vc tb tem meus telefones, aparecendo por feira me ligue).
    Crianças, o show foi tão legal. me apaixonei perdeidamente pela canção “por quem”, que ja tinha ouvido nos videos postados aqui, mas que ao vivo ganhou uma outra força, ainda mais pq eu nunca esperava que o Caetano fosse tocar ela hoje (digo, ontem) no show.chapei total. gostei ainda mais quando ele cantou ‘aquele frevo axé”, errou a letra, ou esqueceu, foi massa. adoro essa canção. Caetano, se um dia você realmente fizer o disco de canções suas gravadas por outros e nunca por você mesmo, inclua ela, é delicada, harmonica e me faz gostar de Salvador.
    em santo amaro,senti geral com um desejo de mudança, não conversei com muita gente, é verdade, mas uma amiga querida, agora nativa de S.A., me falou muito bem do novo prefeito, e o pessoal que eu conheci ligado a essa nova gestão também me entusiasmou. moçado jovem, cheia de vontade. vejamos o que vai rolar.
    vou ficar por aqui, que nem dormir e ainda tenho o batizado do menino Jesus (do garotinho que fez o menino Jesus na festa de Reis) para ir antes de voltar para Feira e minha dissertação.
    ah, antes de me despedir de todo, eu tenho um curiosidade antiga, Caetano: durante anos, ouvir que vocÊ nunca cantava em Feira de Santana pq vocÊ não gostava da cidade, ou alguem tinha lhe feito algo na cidade que lhe entristeceu, algo assim, sei que você ja cantou lá duas vezes, mas ainda hoje esse boato persite, é tudo uma lenda urbana, vocÊ fez algum comentario, em algum momento nesse sentido, ou não.( não encontro o ponto de interrogação nesse teclado, imagine um).
    besos

  87. marcio junqueira disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 7:26 am

    ps: o show foi massa, mas a prata dele foi o amiguinho loiro do Tom, que cantava de olhinhos fechados e se embalava alegremente cantando “você é linda”. uma graça, como é o nome dele (imaginem por favor um ponto de interrogação aqui).

  88. marcio junqueira disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 7:40 am

    http://revistamododeusar.blogspot.com/

    ai segue um link da versão eltronica da revista de poesia modod e usar, que uma das coisas mais legias que rolou ano passado e que entre seus ultimos post tem um longo e fodastico texto sobre o augusto e campos, com direitos a varios poemas oralizados e versões graficas também. vale a pena conferir

  89. gil disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 10:45 am

    salém, vc também gosta tanto mais de comment do que comentário? só pra me agradar que eu sou carente, escreve comentário pô…mas salém, vc é o cara, quem sabe a gente consiga até que caetano que fala hemetêvê tecle comentário ao invés de comment…se há alguma vitória ou derrota, essa então seria uma…é ataração?mas…

  90. Cristina disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 11:16 am

    Eu me sinto liberal paulista com relação ao caso do terrorista italiano. Tarso Genro quer soltar o terrorista e deixar o banqueiro Cacciola na cadeia. Não gosto de político como o Tarso Genro no ministério da Justiça, seria bem melhor se o Lula tivesse nomeado um jurista. Dizem que os pugilistas cubanos pediram para voltar para seu país. Tenho simpatia pelo governo Lula, no sentido do presidente ser democrata, não é demagogo, é popular sem ser populista, é rápido na tomada de decisões, bem diferente dos companheiros petistas. Também prefiro Marina da Silva na questão da linguagem, fiquei triste quando ela saiu do governo.
    Um amigo conhece uma transportadora que se chama Trans Tornado, Tornado é o sobrenome do dono dos caminhões. A forma como o brasileiro inventa nomes chega a ser divertida, vai ser difícil se adaptar às novas regras de ortografia.

  91. gil disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 12:30 pm

    mas que coisa, cada um fala do jeito que quiser…’xeu falar…mas o Lula também fala errado…eu quero falar como americano, eu também quero falar inglês, eu quero me comunicar com o mundo todo…eu quero falar para o mundo todo aqui do canto do meu canto, no cantinho falando para o mundo todo…delírio…tô vendo coisas…me segura que eu vou ter um troço…heloísa tô sentindo aquele cheirinho de comidinhas mineiras, ontem foram panelinhas de camarõezinhos fritos no alho e óleo com cartuxa branco e camarões tigres grelhados, com pãezinhos no alho e óleo…como é boa a cozinha lusitana…depois da poça…como é linda a barriguinha da britney na capa da rolling stone brasileira, na capa da lux portuguesa barack pergunta: não é linda a minha mulher?eu não sei porque eu pensei que o português era mais diferente que nosso português…começa a seleção genética na capa da Isto É, na caras a top gisele diz que não ficou noiva mas que vai casar com tom.diante de 1,8 milhão de pessoas, obama promete reconstruir EUA foi capa na Folha.’xeu falar…salém o que vc acha? me dê então a sua impressão sobre o comentário e o comment…vc acha qe acento agudo no caso corta um pouco a onda? ou a presença de dois hemes, mm, dá um tom assim…como direi? mais elegante, vamos lá…comment seria mais seco, mais conciso…salém, diz aí …

  92. Paulo Otávio Pinho (Take ) disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 12:43 pm

    Dia desses me peguei lendo um texto em voz alta a palavra tranquilo ( sem a entonação do uso do trema). Será que a tendência não será essa? Abolirmos os tremas e com isso começarmos a falar diferente? Como explicar isso para as crianças em processo de alfabetização que os acentos diferenciais foram para o limbo? Os editores de dicionários devem estar rindo ( ou sorrindo) à toa…

  93. Paulo Farias disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 1:11 pm

    Não estou convicto, mas penso que a Bahia e Sergipe deixaram de ser a região leste do Brasil para receber verbas oriundas da SUDENE. Interessante, ouço falar em SUDENE e no Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, faz muitos e muitos anos. Nem sei se ainda existem, mas também não sei o beneficio que promoveram, concretamente, para e pelo o Nordeste do Brasil. Alguém poderia clarear algo a respeito. Também fiquei intrigado com a semelhança do mapa da Bahia com o do Brasil. Busquei mapas do Brasil antigos e não achei nada. Sei que tudo - ou quase tudo - tem o seu começo na Bahia, seria esta a razão. Não é possível que nem mesmo os baianos saibam responder a tal indagação, feita em tópico passado.

  94. Marcelo Porciuncula disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 2:34 pm

    Pessoal,
    Oi. Antes de qualquer coisa quero dizer a todos que ando sumido, é verdade. Precisei dar um tempo no blog para terminar – o que ainda não consegui – um trabalho iniciado há três anos.
    Digo isso para confessar que li os últimos posts correndo, na diagonal mesmo, não tive outro jeito. E o que escrevo aqui deve ser lido como algo escrito por quem sente saudades e não resistiu ao desejo de meter o bedelho no papo ainda que saiba estar correndo o risco dizer bobagens ao comentar o que leu de modo apressado.
    Toda norma em vigor é emitida (e não criada, como de certa forma destacou Caetano) por alguém que de alguma maneira é capaz de fazê-la valer. Este alguém necessariamente pertence a uma elite. Mas não necessariamente a uma elite econômica. Há gramáticos vindos da classe média e também da classe baixa, muitos dos quais têm inclusive o desejo de tornar sua condição um instrumento de reorganização social. A nova ordem de cuja construção pretendem participar envolve então a integração, e não a exclusão, dos que estão bem longe da elite econômica.
    Quem institui ou divulga um padrão normativo não pode ser confundido com quem quer manter as diferenças entre classe dominante e classe dominada, digamos assim. Quem faz isso não milita em favor do “status quo”.
    Por outro lado, se pretendêssemos abandonar todas as regras teríamos que substituí-las por pelo menos uma: “não há regras a serem seguidas”. E esta nova norma, se passasse a vigorar, representaria uma nova expressão de poder.
    Seria ela também um poder da elite dirigido à opressão do “povo” ? E nem vamos discutir aqui a função ideológica que está implicada na exclusão das elites de certos conceitos de “povo”…
    Portanto, 1. não há como nos livrarmos das regras e 2. de alguma expressão de poder. Achar que se vigorar a norma “não há regras a serem seguidas” estaremos diluindo o poder parece-me uma grande ingenuidade.
    As relações de poder tampouco podem ser confundidas como se se devessem apenas a aspectos econômicos. Apenas um relativista incoerente atribuiria valor absoluto às injunções econômicas. Sem negar a importância das circunstâncias sociológicas, eu matizaria muito o sentido desta afirmação. Melhor não entrarmos nessa conversa. Seria longa e certamente chata pra muita gente.
    Penso também que, se regras existem, e deixando de lado aqui as razões de sua existência, podemos dizer que Lula comete erros.
    Poderíamos interpretar tais erros como uma espécie de inconsciente atitude revolucionária? Uma atitude supostamente oposta a uma elite econômica que em outros âmbitos foi prestigiada, ou pelo menos permaneceu intocada? Ou será que porque lula os cometeu eles deixaram de ser erros e agora podem até ser vistos como virtudes?
    Todos sabemos que a história política está repleta de “milagres” protagonizados pelos messias da hora. Messias que transformam erros em acertos, desvantagens evidentes e supostas vantagens. Como são contemplados como inseridos em um contexto místico-teológico, não se submetem às regras que orientam os demais. Eles têm uma espécie de comunicação com o transcendente que os torna conhecedores de tudo, de todas as possibilidades, de todas asperspectivas. Até os erros objetivos passam a ter um sentido outro, uma nova interpretação, capaz de transformá-los em virtudes.
    Isso é manjado. Mas ainda assim pessoas que conheço e que sei que sabem de tudo disso há muito tempo comportam-se diante de Lula, de Chávez e de Evo Morales como se de nada disso soubessem. Então tá… Fazer o quê? No máximo impedir que isso se reproduza como crença política.

    Ainda que muitas pessoas propositadamente cometam erros gramticais como uma espécie de rebeldia – o que muitas vezes nos traz coisas interessantíssimas tenham sido tais erros cometidos de modo consciente ou não -, a maioria erra porque não teve oportunidade de acertar. E não fazer com que possam acertar me parece um crime.
    Um crime contra elas, que permanecem sem poder expressar seus sentimentos e convicções com precisão, e um crime contra o mundo, que deixa de ter a contribuição precisa de pessoas que teriam muitíssimas coisas a dizer.
    Perspectivas potencialmente criativas são aniquiladas – de certa forma – porque não tiveram capacidade de expressar-se segundo o padrão culto. Um padrão que não exige de ninguém pernosticismo - pois não se trata disso, sabemos -, mas que se cumprido pode dotar a comunicação da precisão que faz com que as idéias sejam expostas com toda limpidez que o idioma permite.
    Conheci pessoas maravilhosas que o mundo lamentavelmente perdeu porque não lhes foi dada a oportunidade de dominar um padrão que os tornasse capazes de se pronunciar em altos escalões acadêmicos ou político-institucionais, por exemplo.
    A falta de domínio das regras exclui, mas isto não significa dizer que elas tenham sido estipuladas “para excluir”.
    O desperdício de seres humanos é brutal. E o mundo perde muito sem o pronunciamento destas pessoas. Prefiro mobilizar minhas energias para a inserção dos excluídos a defender uma falsa ausência de regras.
    Prefiro defender que as normas em vigor sejam radicalmente generalizadas a postular sua ausência e de certa forma fingir que “somos todos iguais perante a ausência de lei”.

    Voltando a Lula, eu preferiria que ele dissesse erradamente outras coisas a que dissesse corretamente muitas das coisas que diz.

    Mas votei em Brizola no primeiro turno de 89 e desde então meu voto tem sido dado a Lula. Acho que ele, Getúlio, JK e FHC estão no mesmo nível. Foram, para mim, os melhores presidentes que o Brasil já teve. Isto não significa que tenham sido maravilhosos. Aliás, dizer que eles foram os melhores não significa nem mesmo dizer que tenham sido bons. Poderiam ter sido os melhores entre todos os péssimos presidentes qeu tivemos, por exemplo.
    Tem algo disso, mas na verdade acho que foram mesmo bons.
    É claro que foram muitíssimo diferentes entre si sob os mais diversos e relevantes aspectos. Evidentemente, imaginar Getúlio nos anos 90/00 seria um disparate; e não me refiro aqui ao aspecto ditatorial de seu governo, dispensável em qualquer época. Do mesmo modo, FHC e Lula não teriam realizado a política econômica liberal que realizaram se tivessem governado nos anos 30/40.
    Quando digo que foram os melhores o faço no sentido de afirmar terem correspondido às exigências de seu tempo.

    Mudando um pouco de assunto. Ainda que a Camorra tivesse financiado integralmente a construção das Torres Gêmeas e que estas estivessem ocupadas exclusivamente por mafiosos da pior espécie naquela manhã, o atentado de 11 de setembro me continuaria parecendo uma abjeção.

    Os atletas cubanos foram despachados para Cuba porque certamente quem os despachou acredita que a justiça de lá seja mais confiável e isenta do que a justiça italiana…

    É isso aí. Desculpem a extensão deste comment. Li tudo na diagonal e escrevi tudo em função dessa leitura precária. Espero que me perdoem pelas eventuais imprecisões.

    Hermano e seus auxiliares. Se estiver tudo muito descabido podem me “limar”.

    Glauber, um abração! Naõ sei se vc se referiu a Marcelo lá atrás pensando em mim. Se sim, obrigado pela lembrança; caso contrário, fica um abração do mesmo modo.

    Exequiela, nuestra musa. Soy baiano, y no porteño. Un baiano enamorado de tu país y que aprendió a hablar castellano con tus compatriotas. Un besote para vos. Argentina, te extraño y siempre te voy a extrañar…

    Caetano, Dona Edith ter sido sua mãe de leite é algo que está muito mais além do que o imaginado…

    Obama, Axé!

    Beijos saudosos. To chegando na Bahia em fevereiro, de onde só saio na 4ª de cinzas.

    Marcelo (um liberal inglês?)

  95. Gilliatt disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 3:01 pm

    Heloisa, que lindo esse seu abraço! Agora somos todos parceiros!
    Beijos!

  96. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 3:12 pm

    Fernando Salem,
    Você como sempre entende tudo. Foi exatamente isso que ocorreu. Quanto a bascaina está aqui comigo… e o mané ETA aprendeu que no inferno o teto é no chão.
    BnT

    Siboney

  97. Guido Spolti disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 3:18 pm

    Meu nome, Antonio, também não vai acento circunflexo, provavelmente pelo desconhecimento do funcionário do Cartório de Registro Civil que o digitou; mesmo assim é menos grave dos casos em que os pais “devido aos aleijões” pronunciam, por exemplo. WIRSO ao invés de Wilson, e daí fica daquele jeitão; É FLÓRIDA! Falando nisso, percebo em alguns comentários, UM ERRO (é erro mesmo) muito comum no Brasil, que é o uso de mais e mas; geralmente utilizam-se do emprego de mais para frases explicaticas, perceberam? Na boa, sem crise, mas isso me perturba um pouquinho, não muito, mas perturba.

    Gostei de ver o Caetano falando de “Menina da Ria” a partir do comentário do Rafael dizendo que Ria é feminino de Rio (uma viagem);

    Há muito que não ouvia a canção “quando o samba acabou”, do Noel, citado pelo Salém, foi legal reouvíla. A conheço, quando em minha adolescência compres aquela série de discos “História da Música Popular Brasileira” editada pela Abril Cultural; quem mesmo a interpreta? é o Mário Reis? Creio que não, estou com preguiça de conferir.

    “escola tem de ser chato em algum nível, não acho que ela deva rivalizar com o parque de diversões, o cinema americano e os momentos de dengo com os pais” -

    Lembro-me que em algumas situações que dei aulas (se é que aquilo poderia ser chamado de aulas)eu dizia aos educandos (termo ridículo usado por professores a partir do MEC) e doscentes, pra não dizer indecentes: TUDO BEM, AULAS DIFERENTES SIM, MAS ESTUDAR NÃO É MESMO IGUAL A COMER PIPOCAS VENDO FILMES DE ENTRETENIMENTO EM FRENTE À TELEVISÃO.

    Beijos a todos.

  98. Tavares disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 3:18 pm

    Senhorita, ou Senhora Miriam Lucia:

    Fico-lhe grato pela sua atenção. Claro que sem luta não se conquista nada, inclusive no amor. Os últimos governos do Brasil, ditos de esquerda, provocaram um retrocesso gigantesco no que concerne aposentadorias, sob a justificativa de que o brasileiro está vivendo mais anos. Fora isso, pagava-se uma certa quantia ao INSS para, no momento de se aposentar, não acontecer perda salarial. Os governos de Fernando Henrique (iniciador da loucura) e de Lula não respeitaram isso e baixaram os valores das aposentadorias. O direito adquirido não é respeitado. Então as aposentadorias dos trabalhadores são pequenas. Os jovens de hoje devem lutar para mudar enquanto é cedo. Não é só uma luta de velhinhos. Isso deveria interessar a todos, porque um dia todos serão atingidos. Mobilizar velhos é dificil. Quase todos vivem empenados, com artroses, problemas de coluna, são cardiopatas, diabeticos e com uma série de doenças. Somos como crianças e nossos filhos é que tomam conta de nós.Nossos passos tornaram-se lentos e a nossa resistência fisica caiu, então fica dificil mobilizarmos que tá mais morto do que vivo. Há uma parcela minoritária da população que ainda ganha aposentadoria elevada e tem uma qualidade de vida melhor. Eu, gosto de me prender a minha situação e bem sei que é igual a de muitos outros idosos como eu,mas eu vivo tendo que fugir do SUS e não tenho plano de saúde. Porque já não tenho resistência física de ficar de madrugada em uma fila em busca de senha para marcação de consulta. Depois de marcar uma consulta esperamos um mês para sermos atendidos. Quando atendidos o médico passa exames que só depois de um mês ficarão prontos e quando você regressar ao médico já pode ser tarde demais.Então busco médico particular que procura me passar remédios mais acessiveis, mas em certos casos não há como evitar que seja ministrado remédios mais caros e, devido ao fato de eu ter esposa, também velha, minha aposentadoria não me serve para gozar a vida, mas para sobreviver às doenças da idade e o governo vem com o sofisma de que estamos vivendo mais. Já não tenho forças de ir à luta, de buscar mobilizar o povo. Alguma voz deveria se levantar no Brasil, mas vivemos em uma Nação em que o que mais prospera são os escandalos de corrupção e o silêncio virou a tônica no congresso. È o congresso que pode mudar pressionando o Presidente. Waldeck Ornelas foi o maior responsavel por esta mazela. A má administração da previdencia é causadora de muitos erros. Agora veja, aqui, apenas você mostrou-se sensivel à questão do idoso. As pessoas dizem que já estamos com o pé na cova (menos os burocratas do governo)e não ligam pra gente. Deus lhe abençoe menina.

  99. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 3:30 pm

    COMMENT aleatório.

    “Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo
    Nenhum descalabro se tudo
    É sexo sem sexo em nós dois”

    Não paro de admirar a beleza desses versos.

    Me remete a um pintor/escultor analisando sua modelo. Toda passionalidade não obrigatória; dependendo do caso. Uma composição pictórica.

    meninada ria
    meninada ria

    me nina Ria

    meninada ria.

  100. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 3:40 pm

    A Helosisa fez um lindo transcommentudo adorei!!! Realmente ela entendeu tudo sobre o transtudo de Caetano, e fez seu “caminhão” de frases. Tinha que ser ela mesmo!

    Caríssimo Glauber fiz um passeio cibernético a “conservatória”, que lugar simpático, nossa e voce sabia que nossa amiga Heloisa esta somente a 330 km dali? Ai ai ai… não vou dizer que estou com inveja, porque é feio… hahahaha!! Olha foi ver a sua sugestão do Andrew Bird, muito legal cara! Este vídeo que achei lá no youtube mostra bem isso, adorei muito e muito, dali fui a biografia dele que me levou ao método Suzuki que também desconhecia e é super interessante, nossa um mar de aprendizado. Valeu mesmo.

    E de pensar que tem gente que ainda pergunta porque a somos tão loucos por este blog, deve ser porque passam tão rapidamente por aqui, deveriam puxar a cadeira e sentar-se um pouco para um dedo de prosa com a gente. Hahaha!

    Andrew Bird - “A Nervous Tic Motion…”

    http://it.youtube.com/watch?v=wRk2iHkOcNE

    Salem este teu ultimo comentário para o Siboney é uma coisa de louco, você é sensacional mesmo! Aproveitando que estou falando com ti, recentemente conheci esta moça me parece que é ai de SP você já ouviu falar nela? Ana Gilli.

    http://www.myspace.com/anagillicantora

    Beijinhos risonhos

  101. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 4:06 pm

    Mais um COMMENT aleatório.

    O outro lado do Rio, Ria
    Niteroi é Rio, um outro Rio; Ria.

    Muitos que moram em Niteroi atravessam a poça para trabalhar ou para curtir o Rio.

    A Menina da Ria é uma gata de nikit city. Atravessou a Baia da Guanabara para pegar o avião na capital e voou por cima da outra poça que é o Oceano Atlântico em direção a Portugal.

    Aveiro com suas poças de maré baixa.

    São muitos mares.

    A Baia feia e suja, o Oceno profundo, os canais em Ria de Aveiro.

    bjs.

  102. paloma, do rio a ria, and back again disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 4:08 pm

    google earth é o máximo. em segundos vc chega no alveiro, na ria, sobrevoa a cidadezinha. viaja! não esqueça de clicar em ‘terrenos’ na seção ‘camadas’ da barra lateral : as montanhas aparecem tridimensionais. e dê um pulinho em nazaré, cidade logo ao sul. parece saquarema. tem igrejinha no alto do morro e tudo.

    fico impressionada quando comparo as áreas dos países europeus com a do brasil, principalmente em fotos de satélite. são tão pequenos. não consigo entender como podem ter problemas administrativos e econômicos, com tantos séculos de experiência e cultura.

    nesse ponto o brasil, proporcionalmente, e independente do resultado, dá um grande exemplo de organização, principalmente se levarmos em conta suas enormes diferenças regionais. tem a ver com a língua, acho.
    ……

    heloisa, seu remix arrasou. agora faz um do avesso, tipo piores momentos, hahaha … ops, se eu merecer pode me incluir …

    bj paloma

  103. Lousina Brasil disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 4:13 pm

    Uma moça Numa
    aparição transatlântica
    Uma taça sobre o pubis glabro
    Me encheu de elegante alegria

  104. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 4:18 pm

    Do blog “vá de bike”
    http://freeride.blig.ig.com.br/2003/07/costumo-colocar-as-piadas-em.html

    O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos
    vendedores:
    - “Seo Gomis, o criente de belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma as providenssa. Abrasso, Virso”

    Aproximadamente uma hora depois recebeu outro:
    - “Seo Gomis, os relatorio di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo que manda treiz miu pessa. Amanha to xegando. Abrasso, Virso”

    No dia seguinte:
    - “Seo Gomis, num xeguei pucausa de que vendi maiz deis miu em Beraba. To indo pra Brazilha.”

    No outro:
    - “Seo Gomis, Brazilha fexo 20 miu. Vo pra Frorinoplis e de lá pra Sum Paulo no vinhão das cete hora.”

    E assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. O presidente, um homem muito preocupado com o desenvolvimento da empresa e com a cultura dos funcionários, escutou atentamente o gerente e disse:
    - Deixa comigo que eu tomarei as providências necessárias.

    E Tomou. Redigiu de próprio punho um aviso que afixou no mural da empresa, juntamente com os faxes do vendedor. Dizia assim:

    “A parti de oje nois tudo vamo fazê feito o Virso. Si priucupá menos em iscrevê serto mor di vendê maiz. Acinado, O Prezidenti”

    +++++++++++++++++++++++++++++++++++++

    Só pra gente relaxar um pouco…]abs
    luedy

  105. Luiz Carias disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 5:19 pm

    Boa Tarde galera…
    Obama, Obama e Obama…a salvação dos novos tempos??
    Fico me indagando, estamos tão empolgados com Obama, que esquecemos por um instante de graves problemas, como o Osama.
    Acho que o Obama terá uma das missões mais duras do governo americano, que além de governar para os americanos, ele estará sob os olhos do mundo todo, em todas as perspectivas.
    Caetano, e a expressão menina da Ria, o que significa???
    Criamos várias teses, umas mais plausiveis que as outras, porém todas com pontos de vista diferentes.
    Adorei a frase de uma prima minha, todos nós somos iguais e ao mesmo tempo diferente. Achei uma frase densa, bonita á bessa.
    Adoro os posts do Salém…sempre com conteúdo altamente nocivo aos mais criticos aqui.
    Bom por momento é isso…
    Saudações a todos os membros do blog.

  106. Hundira Cunha disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 6:32 pm

    Há dois anos moro em Santo Amaro e há dois anos cruzei com Caetano por aqui, não aguentei e soltei um : Fofo!!!
    Ele me respondeu : Que é isso menina? Fofa é você!!
    Bem hoje passei o dia sonhando com o Caetano Fofo, ontem o show foi um presente, delicado doce—> Um pêssego!!! Por um instante (longo) a Praça da Purificação se emocionou com a emoção de Caetano, foi como uma serenatazinha com um monte de menininhas e menininhos encantadinhos pelo mocinho descolado, com jeito de sudeste mas que anasalava baianamente no refrão!

  107. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 7:00 pm

    Postar é fácil, mas apostar que vai entrar é que são elas… e logo hoje que eu estava ” Bem mais solto…estava num momento jovial”( dá-lhe, Mestre).

    Com todo amor

    Siboney Zabaleta

  108. Não ponho mais, não passa mesmo... disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 7:01 pm

    O Brasil já teve diversas divisões regionais.
    A Bahia de quando aprendi a ler, escrever e pintar mapas era do Leste sim, vejam aqui:
    http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=sl26
    (isso de ser normalista deixa um ranço de “fêssora’ na gente, enquanto não explica não sossega)

  109. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 7:05 pm

    Heloisa, que maravilha a sua colagem. Também fico anotando coisas e frases daqui e de tudo o que me interessa. William Burroughs adorava fazer colagens, com frases soltas, e chamava isso de “cut-up”. David Bowie disse que sua persona era um mosaico de idéias de outras pessoas. Parece que as frases vão pintando espontaneamente como num frazeado de jazz, é bem louco, como improvisações do “bird” Charlie Parker. Eu piro em coisas assim.

    Siboney, que nome louco e belo. E que história mais maluca a sua. Adorei. Acredito, isso não é nada impossível. Vou contar uma coisa. Eu tenho uma foto com Gil e com Lula, de 2004, durante a comemoração do 1º de maio da CUT na Avenida Paulista. Em 2007, eu estava com essa foto na mochila, perambulando pela Sardenha, onde morei. Eu e um amigo, nós dois “descabelados”, estávamos na estrada pedindo carona e dois “carabinieri” nos abordaram. Nossa documentação estava legal, mas um deles queria nos atasanar, fazendo um milhão de perguntas chatas e coisa e tal. Então saquei a foto da mochila e disse brincando que era amigo do Lula e estava em “missão diplomática”. Sempre tive esse humor irônico. O policial não sabia muito sobre o Lula não, mas quando percebeu o Gil na foto, todo sorridente, e eu lá que nem papagaio de pirata, abriu um largo sorriso. Ele era fã de Gil e gostou muito que eu fosse “amigo” do então ministro-astro (quem me dera?!). Ele ainda cantarolou um trecho de “Palco”. E, assim, felizes, nos deixaram em paz. Eu ainda disse que mandaria notícias dele, o carabinieri, ao Gil.
    Portanto, peço licença ao Caetano e Hermano, para informar ao Gilberto Gil que tem um policial italiano em Arzachena que é super seu fã. E que lhe manda abraços. Pronto, acho que dei o recado.

    Carias, eu não acho os comentários do Salem nocivos não “aos mais críticos”. Salem é gente boa e seus comments são sempre benignos.

    Tante grazie, auguri.

  110. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 7:09 pm

    Exequiela, querida, o sonho não acabou. Te conto tudinho no email. Besitos!!!

  111. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 7:43 pm

    Caetano Veloso,
    Caê - name dropping- te digo de todo coração que blogar, escrever falando, é a forma mais racional e silenciosa que existe, é quase como pensar. Só que podemos editar. Quando você mandou a sua maravilhosa anaconda, reclamou que não era bem aquilo que deveria ter sido mas que foi do jeito que foi por que era assim mesmo que tinha que ser. Se você reclama pouco quem somos nós pra querer mais. Aliás, aqui é o seu quadrado. Que Nosso Senhor Da Computação nos aceite em nossos ” momentos joviais”.

    PS: Saiu o livro ” Solar da Fossa” de Toninho Vaz.
    Deve ter coisas do balacobaco né, não?!

  112. Nina disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 8:00 pm

    Li algo nos coments sobre ser tocado ou não por palavras, pessoas, músicas, livros…quis deixar aqui o primeiro post de um blog que desde então me toca fundo…sei que será sensivelmente inspirado!

    http://parafrancisco.blogspot.com/2007/07/primeira-vez-que-seu-pai-fez-caf-da.html

    Beijos mineiros do Sudoeste da Bahia

  113. Nina disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 8:02 pm

    Havia esquecido de colocar meu link de website.
    Agora está aí
    bjo

  114. andre vieira disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 8:02 pm

    marcio junqueira: valeu pela dica!

    fui ao site da revista modo de usar
    e ali dá pra ouvir o caetano lendo alguns poemas
    do augusto de campos! muito lindo!!
    vale a pena conferir!
    abçs

  115. Julia Debasse disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 9:29 pm

    Aqui no Rio costumamos usar “o outro lado da poça” para falar de Nikiti..

  116. Edmilson Silva disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 9:50 pm

    caros:

    há quem sempre elogie a tecnologia, mas eu não.
    quer saber o porquê: copiando Jary Cardoso, Dona Cibernética, quede o meu comentário que escrevi com tanta dedicação?

    nele, advogava a favor da liberdade da língua, conjunto de falares de determinado povo ou região e classificava de adornos temporários as reformas ortográficas.

    também chamava a atenção para o fato de haver quem trema pela simples razão de ainda não saber tintim por tintim os modos de aplicar corretamente esses novos adereços ou mesmo extirpá-los. calma, gente, que já, já chegarão às boas casas do ramo os dicionários, esses zoos de vocábulos e expressões vocabulares.

    ao argumentar sobre a vivacidade da língua, aplaudi o fulano que grafou transtudo na carroçaria do caminhão-baú, inscrição que despertou a atenção de Caetano, pai de “palávrora”

    como sabemos,e o mestre Manoel de Barros deu um belo exemplo poético ao dizer que uma palavra abriu o roupão para ele e dela ele viu tudo, palavras têm casca, espinhos, miolos, seiva. há palavras que cegam, as que despertam e por aí vai. mas antes de elas irem para o zoo, são criadas pelo povo.

    embora não tenha sequer uma rês, dou uma boiada para entrar em uma esgrima verbal, e não um único garrote para dela sair. inda que não seja nenhum Caetano, um Sultão das Palavras, no comentário fiz uma defesa da língua na forma oral, livre das amarras da grafia. e dei um exemplo que pode ser chamado de singelo: se um d’ocês for à Praça do Mercado em Santo Amaro em dia de feira e se dirigir a um dos extrativistas e perguntar qual o preço da graviola, provavelmente terá como resposta um meio sorriso e um olhar intrigado. mas se perguntar “a cuma é?”, de pronto terá o preço certo e um riso aberto.

    quanto ao Lula, ele não deve ficar isento às críticas pelo fato de ser o Presidente, e sequer perdoado por causa dos erros que comete ao falar. até porque, ele assumiu, recentemente, que sente azia ao ler os jornais. se jornais lhe dão azia, imagine que patologia a degustação de um Guimarães Rosa ou um José Saramago lhe provocaria.

  117. Fernando Salem disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 10:25 pm

    Gil, meu querido pegador

    Repare que em geral escrevo “coment”, apenas com um “m”. Ocasionalmente, como em um dos que publiquei nesse post, coloco o outro “m”.

    Mas prefiro com um “m” só. Gosto quando uma palavra gringa vira uma abreviação de uma palavra brasuca.

    Como gosto quando dizem aqui em SP “comi um puta dogão”, quando se referem a um cachorro quente do balacobaco.

    Gosto de emoticons, mas não domino. Noutro dia vi um dicionário e fiquei alucinado com as carinhas feitas de caracteres.

    Na CBN, uma pedagoga inferiu que a molecada está desaprendendo a escrever e ler com a internet. Achei uma bobagem. Não há nenhuma pesquisa que confirme esse palpite infeliz. Nunca se escreveu tanto. Nunca se leu tanto. Essa é a minha intuição.

    Toda língua é trangênica. Mutante. Toda língua se fez a partir de outra língua, como disse Caetano. E isso no patropi é sensacional, meu bródi.

    “Coment” é mais legal que “comentário” que tem um sabor de nota, observação ou crítica. Não sou comentarista.

    E é assim que é. Quando uma palavra, um neologismo ou uma apropriação gringa se faz mais eficiente e leve, eu uso sem dó.

    Quando é esnobe, constrange mesmo.

    E não concordo quando forçam a barra politizando essa questão que como já disse uma penca de vezes é subjetiva (não estou provocando o Luedy, pelamor de deus!).

    Estou livre. Freela como dizem os free-lancers de SP.

    Mas sabe duma coisa? Vou passar a escrever “comentário” só pra te agradar. A língua também se faz do afeto.

    kisses sem coments in your test

    salinas

  118. vinicius disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 11:19 pm

    Esse blog sempre me censura. ADORO ser censurado.

    Menina da Ria. A musica por o que eu intendo, existe uma poça

    e nao um mar. A preta portuguesa, parece que estou na Bahia, a troca Transatlantica fez a distancia curta e os outros lados da poça viraram transcultural.

  119. Marcelo Porciuncula disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 11:30 pm

    Luedy,
    Valeu pela intenção da piada. Mas o gerente não pretenderia que “Virso” escrevesse bem se supusesse que isso poderia trazer uma diminuição das vendas. Esta questão é falsa.
    Não se pode achar que haverá uma melhor comunicação se forem deixadas de lado as regras que Virso desconhece. E essa piada me parece um ótimo exemplo. Precisei ler umas 2 ou 3 vezes cada oração para compreender o que ele e o presidente populista quiseram dizer.
    Também é claro que você consegue demonstrar que ainda que se escreva “errado” - coloquei aspas em sua homenagem – a comunicação é possível. Não tenho dúvida de que isso seja verdade. Em outro comment você nos disse que ao escutar “nós vai” entende perfeitamente o que o orador quer dizer.
    Eu também entendo, mas a não ser que eu me dê por satisfeito com o fato de sua “clareza” estar restrita a orações elementares do tipo “Nois foi onti pru cinema” – o que pode implicar que ele fique indefinidamente “no seu lugar” -, devo achar isso no mínimo inconveniente e querer que ele possa passar a dizer: “Nós fomos ontem ao cinema”.
    A não ser que eu ache que ele deva permanecer sendo destinatário de um tratamento condescendente de minha parte, devo me indignar com esta limitação castradora.
    As pessoas merecem ser capazes de dizer com precisão muito mais, o que somente lhes será possível se tiverem a sua disposição os instrumentos fornecidos pelo domínio mais ou menos seguro das regras que Virso - aquele que se comunica pessimamente - ignora.
    Se ele se comunicasse melhor certamente não venderia menos, e poderia vender mais. Mas se for tratado com condescendência – e se opor à condescendência aqui obviamente não significa admitir que ele possa ser humilhado por falar/escrever errado – permanecerá sempre como vendedor, sempre trabalhando para o presidente, um membro da “elite” que fala/escreve corretamente.
    Não há qualquer problema em ser vendedor. O problema é não poder ser tudo aquilo que se poderia ser…
    Acho que não consegui relaxar com a piada.
    Abraço sincero,
    Marcelo

  120. Labi Barrô disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 11:30 pm

    Boa Noite Gente Boa!

    http://br.youtube.com/watch?v=3sWb1iR2mzM

    Eu ando trabalhando tanto, que mal tenho tempo de escrever aqui. Mas há o lado bom. Tem aparecido bons trabalhos e um dinheirinho extra também vai bem né tchurma? Este blog me deu sorte, pode?
    Não escrevo muito, mas leio todos os comentários. Aprendo muito aqui sabia Caetano? Essa aqui é a minha FACULDADE. Hoje mando um beijo especial para a Professora Heloisa. No final eu quero o meu diploma, viu Hermaninho?

    O livro do Kenneth Tynan eu li há uns dois anos, eu acho. Eu também gostei muito Velô. Em alguns momentos achei difícil entender algumas coisas em alguns perfis. Fala de gente interessante, gente famosa que eu nunca ouvi falar. É legal. Ganhei o livro de um diplomata que de tanto frequentar o restaurante onde eu trabalho, me olhou e resolveu ficar meu amigo. Eu falei pra ele que Caetano havia citado no blog o livro que ele me deu de presente. É bom ter amigos assim, que gostam da gente. Eu acabo tendo acesso a coisas que eu nem sonharia se não fosse pelo carinho e amizade de gente como este grande amigo.
    Quando ganhei o livro A VIDA COMO PERFORMANCE, ganhei junto, deste mesmo amigo, um outro livro chamado O TEATRO DOS VÍCIOS, de Emanuel Araújo. Alguém aqui já leu? Eu adorei. Descobri coisas sobre o Brasil que, em minha infinita ignorância, eu não acreditava, ou não gostaria de acreditar, que pudessem ser verdade. Caetano, com certeza, conhece o livro. Quem curte história vai gostar.
    O post Transtudo é show, gente. Fiquei até com vontade de aprender português.

    Se Hermaninho deixar eu conto o que aconteceu em Fortaleza, em um lindo sábado à noite, quando resolvi acompanhar uma amiga a uma boate de coroas. Começou assim:

    http://br.youtube.com/watch?v=MadI2SeyyAs

    Labi Barrô, cansadinha, cansadinha.

  121. glauber guimarães disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 11:42 pm

    miriam,
    a versão de estúdio de “nervous tic” do andrew bird é também sensacional. tá neste disco aqui ó:

    http://g-ecx.images-amazon.com/images/G/01/ciu/a5/d0/4c79820dd7a03a83afc2d010.L.jpg

    excelente disco!!!
    …………………………
    até porciuncula vortou…leu na diagonal, mas comentou na vertical!
    …………………………
    tavares,
    não comentei seu comentário por concordar com ele. mais que isso: por compreender que se trata de um protesto/desabafo seu e de milhares de aposentados neste país. mando-lhe um abraço solidário.
    ………………………
    o que me espera when i’m 64? abraço, jovens de todas as idades!

  122. glauber guimarães disse:
    Janeiro 24th, 2009 at 11:53 pm

    opa! miriam, descobri a versão de estúdio de ‘nervous tic” [com a letra!] no youtube. cê vai adorar, tenho certeza:

    http://br.youtube.com/watch?v=j1Aha3JjELY

    caetano,
    ouça isto, acho que vai gostar também. algo no andrew bird me lembra david byrne. não sei, o jeito…

  123. Luiz Castello disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 12:09 am

    1.
    Heloisa.
    Adorei a sua “Rapsódia OeP”.
    Lizt a executaria com seu decantado virtuosismo pianístico.
    Tive idéia parecida,há uns posts atrás,criando uma série que eu chamaria de,”frases inesquecíveis do OeP”,onde eu colocaria no máximo 3 frases de cada vez.Foi tudo pro limbo.
    Melhor assim.
    Voce desenvolveu a idéia amarrando as palavras,com muito mais sensibilidade e beleza do que eu,que iria jogá-las aleatóriamente.
    A máquina sabe o que faz.

    2.
    Tenho notado que a máquina anda devorando com apetite de cupins cibernéticos as mensagens enviadas pelos obreiros.
    As minhas, ainda chegam a aguardar moderação,e aí…babáu…
    Levar bomba em vestibular,continua sendo minha especialidade.

    3.
    Uma Inconfidência Maneira.

    Se o Lula da Silva tem a língua presa em cadeias gramaticais;
    Libertas Quae Sera Tamen !

  124. Alberto de Oliveira disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 12:33 am

    Caetano, você poderia postar um dia aqui a versão de “Strange fruit” que você fez nos anos 60 para Bethânia gravar?
    Grande abraço!

  125. gil disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 12:55 am

    que destino ou maldição manda em nós meu coração, um do outro assim perdidos? somos dois gritos calados, dois fados desencontrados, dois amantes desunidos! Por ti, sofro e vou morrendo, não te encontro nem te entendo, amo e odeio sem razão: coração, quando te cansas Das nossas mortas esperanças? Quando páras, coração? Nessa luta, nesta agonia canto e choro de alegria sou feliz e desgraçado! Que sina tua, meu peito! Que nunca estás satisfeito, que dás tudo e não tens nada! A gelada solidão, que tu me dás, coração, que não é vida nem é morte; a lucidez, desatino, de ler no próprio destino, sem poder mudar-lhe a sorte.(armando ferreira pinto e alfredo marceneiro)

  126. Lúcio Jr disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:10 am

    Oi, Caetano e pessoal: o Tynan é o crítico inglês cujos diários foram publicados na Piauí (e são ótimos!) há algum tempo atrás, não é?

    Ontem mesmo, Caetano, estava bebendo com o Kirlian, amigo de Teixeira de Freitas que contou da infância dele lá, muito marcada pela pobreza e pistolagem da cidade, assim como falou do Ponto dos Sete Mistérios em Salvador. Isso parece título de música sua, o tal ponto.

    Uma amiga dele, Crisna, tb de lá, teve uma observação boa sobre o Glauber: o Glauber foi a uma reunião da Vale do Amanhecer em Brasília e adorou, disse que era a única verdadeira religião brasileira.

  127. Maria disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:18 am

    Oi Caetano, e por falar em regiões do brasil e sotaques, uma boa dica é ler a reportagem sobre música popular que saiu na revista eletrõnica d livraria cultura, “Ritmos do Brasil - as raízes musicais do país do samba”. Na página de dentro, o t´tilo é “sotaques musicais”: ” ao falar de xote, a primeira coisa que vem à cabeça é o nordeste…., mas xote também tem no sul e vem de schottische, uma dança de origem escocesa….”.

    A reportagem fala da música das cinco regiões do brasil.
    muito legal.
    bjs a todos, espero que gostesm, Heloísa, Teteco, Salem, Rafael Rodriguez……..todos enfim.
    Maria

  128. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:24 am

    Tem uma sacaneada do humorista Max Nunes quando perguntado sobre o que ele achava sobre a construção da ponte Rio-Niterói ele mandou: Por um lado é bom… por outro Niterói.rsrsrs!

    Teteco
    Meu nome não é tão estranho assim.Infelizmente não sou o Siboney Gaucho que Caetano falou com Glauber, mas dos “ney” que vieram da Suiça pra Nova Friburgo no Rio de Janeiro. Lá tem Sidney, Ronney, Edney… todos são neys.E meu pai Irún Zabaleta basco nervoso passando por lá se encantou por Charlizeney, e me homenagiou com a música/ritmo que ele amava sem perder o “ney” local.
    E Teteco vem de onde? Dos Anjos?!

    Beijoney

  129. Maria disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:32 am

    E na reportagem sobre o sudeste tem uma fala do nosso pesquisador musical, Hermano Vianna. Basicamente sobre samba.
    Eu recebi a revista por e-mail, mas deve ser fácil encontrar.

    .
    M.

  130. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:34 am

    cacilds esta letra de menina da ria me lembra muito, em versão mais elaborada e transcontinental
    e mais hetero e portanto mais interessante pra mim, a canção menino do rio …..

    alias caets adiantou sem saber, e por favor não me venham com reforma ortografica pois nossa lingua ja é por demais dificil, o prefixo do mundo hoje…. TRANS, com a posse de obama….

    um alem não pela soma ou initização mas pelo transvalor…pela transMUTAÇÃO, pela ideia de que o mundo deve ser percebido pelo que há de diferente, pelo que há de regional, pelo que há de riqueza humana em sua transvaloração e não pela pasteurização globalizada do rock ingles..assim me parece que o nosso transamba deve ser algo transformador pela descontinuidade ou colagens de elementos varios que resultem em algo nosso mais com sabor de terreiro, de aveiro, de ria, de menina e alegria, de samba e de bahia, miragem em aparição e descalabro, de assombro e sexo , uma marina em um barco que atravesse o atlantico e mostre que do outro lado da poça há uma beleza inefavel e inequivoca pra quem sabe apreciar o singular…..

    heloisa minha trans/musa/atlantica/da/ria/

    canção inspirada em uma postura transmusical
    no sentido da quase perfeição que transcende portanto a necessidade da busca de uma postura trans…rsrsrsrsrsrsrsrs

    http://www.youtube.com/watch?v=LY4kojG0tQk

  131. carolina disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:37 am

    Heloísa, Primeiro eu a invejava por causa das conversas com caetano (eu nem li Verdade tropical eheheh). Hj adoro te encontrar por aqui. Sua análise de conteúdo ficou ótima, estou me sentindo tão próxima que quase te peço a revisão da minha dissertação.
    Bjs no coração!

    marcelo Porciúncula,
    Acho que minha leitura sempre foi diagonal, nunca me liguei nisso, mas lendo seu comentário me senti muito superficial.
    E me veio a mente: Estou aqui de passagem, esse mundo não é meu, esse mundo não é seu…

    Cinema: Assisti o curioso caso de Benjamin Buton, delicado ao falar da finitude das coisas e da possibilidade de enxergar a vida com outros olhos.
    Gostei!
    Até!

  132. Dan disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:48 am

    Caetano, não vou o post. Só passei por aqui para dizer que minhas férias estão sendo animadas pelos hits de “Livros”, um dos seus melhores álbuns (na época do lançamento eu tinha 17 anos, mas, todas aa vezes que ouço, parace que as músicas são novas). Muito bom para os ouvidos, para a alma, para a saúde!!!!!!

    Abração!!!!!!!!!!

    Dan

  133. Fernando Salem disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:56 am

    Olá Carias queridaço

    Meus comentários não deveriam ser “nocivos aos mais críticos aqui”. Pelo menos a idéia é que eles não tenham contra-indicação, não causem danos e nem sejam perniciosos.

    Talvez entenda o que você disse de modo até elogioso. Mas o fato é que só comento as coisas que me provocam no melhor sentido. Quando discordo ou cito o nome de alguém, tome como sinal de respeito.

    Gosto pra cacete de todas as figuras que se opuseram aos meus pensamentos. Cada vez mais.

    Aqui em casa tem uma mesa de pingue-pongue. Jogo sempre que posso com uma confraria de amigos que, como eu, também torcem pro Santos. Tem cineasta, pediatra, jornalista, escritor e video-maker. Mas a gente só fala merda.

    Assistimos o futiba na TV, bebemos e vamos ao pingue-pongue como samurais.

    Aprendi muita coisa jogando pingue-pongue. O duelo atento, o respeito ao outro e a vontade de surpreendê-lo com inteligência e efeitos inesperados.

    Pra se jogar pingue-pongue, a gente tem que entender o jeito que outro pensa. E só tem graça jogar com quem tem o seu nível ou mais.

    O que me instiga aqui nessa desordem progressiva é que não transformamos esse espaço num jogo de comadres.

    Isso foi batalhado. Na discussão sobre as regras da moderação, no cuidado com a excessiva brodagem (pro Gil: amiguismo), nos embates amorosos do Caetano com a Heloisa, na minha esgrima com Luedy.

    Isso aqui virou uma mesa de pingue-pongue virtual. Com sacadas e cortadas coletivas.

    E você sabe tudo!

    beijo na raquete

    salem

  134. Fernando Salem disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 2:28 am

    Caetano conta a história linda de Cajuína:

    http://br.youtube.com/watch?v=S5NxSwkwx-o

    emocionante,

    beijo na retina

    salem

  135. Caetano Veloso disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:24 am

    amei o texto de salem transando siboney com ria e carne da palavra e estrangeiro e tudo.

  136. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 4:28 am

    Fiz um MP4 virtual com todos os vídeos da Obra.

    Zii e Zie - Videos da Obra

    http://aescada.blogspot.com/2009/01/zii-e-zie-videos-da-obra.html

    bjs.

  137. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 4:32 am

    Digo, todo os videos das músicas do “Zii e Zie”.

    Já temos um passado.

  138. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 5:02 am

    COMMENT aleatório nº3.

    Falando em Portugal, digitei “fados” no aplicativo da Last.fm e escutei um fado belíssimo na voz da Misia:

    Noite
    (V. de Lima do Couto – Max)

    Sou, da noite, um filho noite;
    trago ruas nos meus dedos
    de contarem os segredos
    aos altos campos do amor.

    E canto, porque é preciso
    raiar a dor que me impele
    e gravar na minha pele
    as fontes da minha dor.

    Noite,
    companheira dos meus gritos
    rio de sonhos aflitos
    das aves que abandonei
    Noite,
    céu dos meus casos perdidos,
    vêm de longe os sentidos
    das cações que eu entreguei
    Ò minha mãe de arvoredo
    que penteias a saudade
    em que eu via a humanidade
    na minha voz soluçar
    dei-te um corpo de segredo
    onde arrisquei minha mágoa
    e onde bebi essa água
    que se prendia no ar.

  139. Rosana Tibúrcio disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 7:14 am

    O Obra aqui pra mim havia desabado. Há bem uns 385 dias que tento abrir o danado e nada. Ufaa, vamos ver, agora…

    Transtudo é TUDO!!

    Rafael, obrigada pelos endereços que mandou lá no orkut pra mim.

    Heloisa, inda te esgano. Isso que você fez com os comentários é a cara da minha pititinha Laura (tá, ela tem 19 anos). AdoUUro!!

    Tomara Caetano responder a Joana (será se foi ela quem perguntou? Li tudo tão correndinho e com tanta sede): tá ou não apaixonado? iurúúú

    Cadê o Lalo com os relatos prometidos? Acho que isso vai virar história… Num pode, num pode.

    Linda, linda a letra de Menina da Ria. Perfeita, parece que encantou a todos e alguns fragmentos foram sabiamente destacados pelos caetanetes. Como já dizia sabiamente Zé Ramalho: “E isso explica porque o sexo é assunto popular…”

    Beijos, minhas gentes, tava de saudades.
    Cadê Labi???? Labiiiiiiiiiiiiii!!

  140. Francesco disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 7:54 am

    Caetano,
    condivido quello che dici su “Gomorra”. Finalmente in Italia è uscito un film italiano di qualità. La prova degli attori, la maggior parte di questi non professionisti, è superba. Il film, come saprai, è tratto dal libro di Roberto Saviano che, pur adottando la forma stilistica del romanzo, è un’inchiesta vera e propria, veritiera, che, se da un lato ha fatto scoprire a noi italiani una triste realtà, dall’altra parte ha privato Roberto della sua libertà.
    Complimenti per il blog e spero di rivederti quest’anno in concerto in Italia (possibilmente proprio in quella Napoli descritta da “Gomorra).
    Um abraço!

  141. Marilia Castello Branco disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 9:33 am

    Quase não tenho podido estar aqui. Quando passo é correndo e, como não consigo ler com atenção os comentários,fico sem jeito de me manifestar.
    O Luedy citou um texto para o qual eu coloquei um link - e se escolhi linkar justamente para aquele site, foi porque foi o único onde encontrei o texto com livre acesso para todos (no UOL precisa ter a senha).

    Mas o que acho importante naquele texto é que ele conta como o Cartola foi alvo de críticas por ter usado, na canção “Fiz por você o que pude”, o termo “premeia”, que alguns apressadinhos consideraram “errado”:

    E cantei todas tuas glórias
    Perdoa-me a comparação
    Mas fiz uma transfusão
    Eis que Jesus me premeia
    Surge outro compositor
    Jovem de grande valor
    Com o mesmo sangue na veia.”

    E o Pasquale vai mostrar é que o Cartola, apesar da pouca educação formal, lia Vieira… e foi de onde ele tirou essa forma verbal que, em Portugal ainda é usada. Estava mais Talvez o “premia” seja um brasileirismo, talvez já tenha sido “errado”.

    Os apressados em julgar chamaram o Cartola de “ignorante”, dando uma demonstração de sua própria ignorância. O fato é que ignorantes somos todos, senão seríamos oniscientes.

    Sobre isso, meu mestre definitivo ainda é Monteiro Lobato. Já nos livros infantis (Emília no País da Gramática) ele fala sobre as transformações da língua, e que quem a faz é o povo: os gramáticos apenas a registram.

    Ser como as crianças: uma combinação de ignorãncia, curiosidade e vontade de aprender.

  142. Julio Vellame disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 9:56 am

    A música MENINA DA RIA não estava na comunidade do orkut.

    Me enganei pois tinha o nome na lista. Não o link.

    músicas:
    1. LOBAO TEM RAZAO
    http://www.youtube.com/watch?v=KQHKOCODASs&eurl
    2. TARADO NI VOCE
    http://www.youtube.com/watch?v=01EKVNmXS5M&eurl
    3. PERDEU
    http://www.youtube.com/watch?v=BbfqBWWeAOY&eurl
    4. DIFERENTEMENTE
    http://rapidshare.com/files/173898985/Caetano_Veloso_-_-_Diferentemente.mp3.html
    5. A COR AMARELA
    http://www.youtube.com/watch?v=6ryy31EUHNc
    6. FALSO LEBLON
    http://www.youtube.com/watch?v=ckr8HyUG85c&eurl
    7. INCOMPATIBLIDADE DE GÊNIOS
    http://www.youtube.com/watch?v=8yxqd3GGZQE
    8. LAPA
    http://www.youtube.com/watch?v=gK4ug0aTf68&eurl
    9. POR QUEM
    http://www.youtube.com/watch?v=F9vsyVez380&eurl
    10. SEM CAIS
    http://www.youtube.com/watch?v=XYVewGglm_4&eurl
    11. BASE DE GUANTANAMO
    http://www.youtube.com/watch?v=rXJQTGix-gc&eurl
    12. MENINA DA RIA
    13. INGENUIDADE

  143. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 10:32 am

    Prezado Porciuncula,

    Olha, a piada (que eu achei muitíssimo engraçada) na verdade não considera que língua falada e língua escrita são registros diferentes. Ou seja, não leva em conta que ninguém fala como escreve e nem escreve como fala.

    A piada, portanto, para fazer graça (e ela faz, ou fez, pelo menos para mim), requer que a gente não leve em conta isso.

    Voltando à piada, eu acho que o engraçado nela reside principalmente no desfecho surpreendente. Eu mesmo quando comecei a ler fiquei imaginando, “ih lá vem a patrulha gramatical repreender o virso por ele falar daquele jeito”. E o que se sucede é o oposto: o presidente percebe que o virso era um excelente vendedor e descobre que, apesar de seu português “estropiado” consegue se comunicar muito bem. Claro a gente tem que fazer uma operação imaginativa aí para que tome o que está escrito pelo que provavelmente é falado pelo virso (os trechos dos faxes me remetem ao falante, mais do que ao “escrevente”).

    Outra coisa que me fez rir foi a maneira como o virso ignora a “etiqueta”. Ora, não se espera que alguém redija uma petição ou um relatório da mesma forma que uma carta a um amigo. A gente não costuma falar no trabalho como fala em casa. E, no entanto, o virso, em sua ingenuidade ignora tudo isso. Eu achei uma graça.

    Agora, eu compreendo suas preocupações sociais e as acho muito nobres. Mas, ainda que sabendo que o discurso escrito encontra-se revestido, em nossa sociedade, de uma enorme importância - como fonte de conhecimento e como meio de comunicação - as vezes acho que tal valorização leva por vezes a pejorativa e erradamente identificar indivíduos ágrafos ou pouco letrados com incultos. Ou, pior, como detentores de cultura de nível zero ou cultura de nível desprezível.

    Tudo isso surpreende na piada do virso. Aliás, fiquei fã do presidente da empresa onde o virso trabalha.
    No entanto, sua questão procede: teria ele sido aceito se não estivesse realizando vendas notáveis? Certamente que não. Pelo contrário, a ele se atribuiria ignorância e incompetência. Mas ainda assim, não é interessante que tudo mude por conta do suv=cesso comercial do virso?

    De todo modo, se levarmos em conta que muitos de nós discriminamos os falantes que se expressa, feito o virso, eu queria citar um trecho de um debate muito interessante que encontrei na internet (no fórum de discussão sobre línguas galegas! Vejam só). O comentador tem a alcunha de Victorinus, mas desconfio que não seja o nome real dele. Enfim, ainda que retirado do contexto em que a discusão se dava por lá, vejam que ponto de vista interessante acerca das relações entre língua e poder:

    “Todas as variedades de língua têm a sua gramática específica [...] Uma língua sem regras é uma ilusão. Quem diz “a gente fomos” pode até alternar com “a gente foi”, mas nunca dirá “a gente foram”. Acontece é que essa gramática é simplesmente desconhecida e além do mais desprezada ou discriminada pelo tal opressor efectivo ou in spe, revelando frequentente desprezo pelo outro (embora encoberto por uma atitude paternalista). Ninguém é por lei obrigado a seguir a língua socialmente dominante (embora frequentemente seja constrangido a conhecê-la e aplicá-la em certos contextos como para fins de exames ou de emprego), pelo que toda e qualquer discriminação nessa base e fora dos contextos citados será um atentado aos direitos fundamentais do cidadão”

    Sei que muitos aqui (alô Caetano!) não gostarão da remissão à palavra “opressor”, mas é que lá no debate dos caras, a coisa girava em torno do preconceito linguistico (se a gente assumir que a atitude de corrigir o falante “inculto” tem como origem um preconceito).

    Um abraço,
    luedy

  144. glauber guimarães disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 10:43 am

    porciuncula com[m]entou:
    “A não ser que eu ache que ele deva permanecer sendo destinatário de um tratamento condescendente de minha parte, devo me indignar com esta limitação castradora”

    perfeito.
    ………………..
    siboney,
    irún zabaleta é um nome incrível. parece nome de herói revolucionário!
    ……………….
    nelson,
    o rock inglês é a música étnica/folclórica dos centros urbanos ingleses. e o samba de roda, por exemplo, é a música pop do recôncavo profundo. sacou? os dois são irmãos.
    ………………
    salem,
    nome de banda procê:
    “salem & os samurais do pingue-pongue”
    …………….
    labi,
    cê devia ter um blog, cara!
    ……………
    rafael,
    providencial seu mp4 virtual. valeu!
    …………..
    bom dia, TRANSeuntes progressistas em obras!

  145. Julio Vellame disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 10:46 am

    Luedy, como é a pronúncia de seu nome?

  146. Francesco disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 11:35 am

    Tomorrow I’ll graduate in political science and your songs will help to win the emotion and the anxiety.
    Un abbraccio, il tuo blog è una fucina di idee e pensieri interessanti.

  147. Fernando Salem disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 12:13 pm

    De novo com correções.
    ________________________________________________________________

    POR QUEM é…

    …uma supercanção. No título não há uma interrogação. Quando a expressão “por quem” aparece dá a sensação de pergunta e também de afirmação. Uma ambiguidade bonita.

    Na primeira vez que escutei “Por Quem” tive a impressão de que o “quem” da letra, que se foi deixando seu “cheiro bom”, era um alguém desconhecido. Por quem? Quem é esse ser que se foi?

    Ao reescutar agora, senti diferente. A melodia do “por quem” que fecha a canção com o movimento de “dominante e tônica” e o repouso final deu a sensação de um quase nome próprio: Quem. Por um ele/a determinado. Conhecido. De nome Quem.

    Ao sentir a canção tomando esse rumo optei pelas duas impressões conviventes. A ambiguidade.

    Entre os rufos da caixa do Marcelo e o tom “quase impressionista” da canção de tensões harmônicas, melodia sinuosa e repousos, a reflexiva e solitária letra deixa mais uma fresta. Um talvez “por quem” irônico. Tudo isso aconteceu e… por quem. Ou “logo com quem”! Como se o verso questionasse o merecimento do afeto.

    Entre as beiradas e margens que a novíssima poesia de Caetano abre em Zil e Zie há espaços delicados de interpretação.

    Reparem com isso está em “quase” todas as canções. Mesmo Incompatibildade de Gênios, a canção mais descritiva do álbum, a intepretação (não gosto do termo “leitura” nessas ocasiões) de Caetano também produziu uma profusão de interpretações sobre “quem” seria o “doutô” com “quem” ele conversa.

    Aos poucos Zil e Zie vem chegando.

    Volto pra falar das outras canções.

    beijo em quem

    salem

  148. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 12:53 pm

    Prezado Porciuncula,

    Olha, a piada (que eu achei muitíssimo engraçada) na verdade não considera que língua falada e língua escrita são registros diferentes. Ou seja, não leva em conta que ninguém fala como escreve e nem escreve como fala.

    A piada, portanto, para fazer graça (e ela faz, ou fez, pelo menos para mim), requer que a gente não leve em conta isso.

    Voltando à piada, eu acho que o engraçado nela reside principalmente no desfecho surpreendente. Eu mesmo quando comecei a ler fiquei imaginando, “ih lá vem a patrulha gramatical repreender o virso por ele falar daquele jeito”. E o que se sucede é o oposto: o presidente percebe que o virso era um excelente vendedor e descobre que, apesar de seu português “estropiado” consegue se comunicar muito bem. Claro a gente tem que fazer uma operação imaginativa aí para que tome o que está escrito pelo que provavelmente é falado pelo virso (os trechos dos faxes me remetem ao falante, mais do que ao “escrevente”).

    Outra coisa que me fez rir foi a maneira como o virso ignora a “etiqueta”. Ora, não se espera que alguém redija uma petição ou um relatório da mesma forma que uma carta a um amigo. A gente não costuma falar no trabalho como fala em casa. E, no entanto, o virso, em sua ingenuidade ignora tudo isso. Eu achei uma graça.

    Agora, eu compreendo suas preocupações sociais e as acho muito nobres. Mas, ainda que sabendo que o discurso escrito encontra-se revestido, em nossa sociedade, de uma enorme importância - como fonte de conhecimento e como meio de comunicação - as vezes acho que tal valorização leva por vezes a pejorativa e erradamente identificar indivíduos ágrafos ou pouco letrados com incultos. Ou, pior, como detentores de cultura de nível zero ou cultura de nível desprezível.

    Tudo isso surpreende na piada do virso. Aliás, fiquei fã do presidente da empresa onde o virso trabalha.
    No entanto, sua questão procede: teria ele sido aceito se não estivesse realizando vendas notáveis? Certamente que não. Pelo contrário, a ele se atribuiria ignorância e incompetência. Mas ainda assim, não é interessante que tudo mude por conta do suv=cesso comercial do virso?

    De todo modo, se levarmos em conta que muitos de nós discriminamos os falantes que se expressa, feito o virso, eu queria citar um trecho de um debate muito interessante que encontrei na internet (no fórum de discussão sobre línguas galegas! Vejam só). O comentador tem a alcunha de Victorinus, mas desconfio que não seja o nome real dele. Enfim, ainda que retirado do contexto em que a discusão se dava por lá, vejam que ponto de vista interessante acerca das relações entre língua e poder:

    “Todas as variedades de língua têm a sua gramática específica [...] Uma língua sem regras é uma ilusão. Quem diz “a gente fomos” pode até alternar com “a gente foi”, mas nunca dirá “a gente foram”. Acontece é que essa gramática é simplesmente desconhecida e além do mais desprezada ou discriminada pelo tal opressor efectivo ou in spe, revelando frequentente desprezo pelo outro (embora encoberto por uma atitude paternalista). Ninguém é por lei obrigado a seguir a língua socialmente dominante (embora frequentemente seja constrangido a conhecê-la e aplicá-la em certos contextos como para fins de exames ou de emprego), pelo que toda e qualquer discriminação nessa base e fora dos contextos citados será um atentado aos direitos fundamentais do cidadão”

    Sei que muitos aqui (alô Caetano!) não gostarão da remissão à palavra “opressor”, mas é que lá no debate dos caras, a coisa girava em torno do preconceito linguistico (se a gente assumir que a atitude de corrigir o faante “inculto” tem como origem um preconceito).

    Um abraço,
    luedy

  149. lucre disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:16 pm

    Post de Caetano: maravilloso como siempre aunque se que con respecto a él mi juicio crítico no funciona mucha veces.

    Heloisa: ¡Me super plus recontra re re re re encantó tu comentario!( por acá cuando alguien quiere acentuar algo utiliza el re re re). Síntesis maravillosa. Decidí a partir de la lectura “convertirme” en alguien “sintético” y no usar más de las palabras necesarias para comentar algo por acá, hecho que me cuesta horrores por cierto. Tiendo al bla bla bla. Veremos cuanto me dura. Un beso para você

    Lucre-la sintética

    Este, mi nuevo “apellido”, es inspiración de mi querida Exequiela, cuyos “apellidos” cambiantes adoro por cierto.

    Vero, me gustó también lo de la espera que escribiste.

  150. Paulo Tabatinga disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 1:31 pm

    Entrando no sítio que tem a explicação sobre cajuína. pude ver e ouvir mais uma vez a transcendencia que tem essa música. todas as vezes que eu a ouço, escuto os sons das entranhas de teresina - e viajo pelas imagens e vozes que estão tão impregnadas nesta cidade tão amada.

  151. Luiz Carias disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:03 pm

    Ola Boa TArde a todos…
    Poxa que lindo a resposta de Salém a meu penúltimo post, ou último, tirando este…
    Cada dia que passa me torno mais adepto ao pensamento filosófico, claro e atencioso de Salém.
    Poxa já gostava de Salém pra caralho dos comentários de Salém, e até trocamos idéias em alguns outros posts além deste..mais foi super bacana trocar idéia com o Proféssor Salém.
    Estou com saudades da parceria CAetano MAutner, que fizeram um disco, poucos shows, e nada mais juntos…queria ver Caetano interpretando o VAmpiro no dvd Obra em Progresso.
    Salém, das novas canções qual a que mais te chama a atenção e porque, de Obra em Progresso?
    Para o meu gosto meio maluco e eclético a canção Perdeu é a mais tocante, e Sem cais e A cor amarela, são canções gostosas de se ouvir. Ea as canções poéticas são Falso Leblon, Lobão tem razão e as outras.
    Salém proféssor, também gosto de trocar idéias aqui, isso aqui é um constante aprendizados dos mestres CAetano e Hermanos, e do proféssor mór Salém.
    Se possível peço que me add no msn, para trocarmos idéias constantes de músicas, agora vejo que um horizonte novo se abre de perspectiva de troca de idéias e de novos sons que se formarão no decorrer dos dias.
    Valew a todos…
    Um bjo de domingo,

    Luiz Carias.

  152. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:07 pm

    do outro lado do lado de lado do outro lado do lado de lá rsrsrsrss

    “o havai seja aqui, todos os lugares, as ondas dos mares” …..obama´s thinking rsrsrsrs

    “o sexo é o corte o sexo” ……

    “o que é uma coisa bela?”

    “tempo tempo tempo tempo”……

    tento tento tento tento….

    fenda fenda fenda fenda..

    sendo sendo sendo sendo….

    “jogo rapido lingua ligeira olhos arregalados”

    “Todos os satélites se viram pelo mundo afora
    Para transmitir o nosso som, a nossa luz, nossa hora
    E nosso beijo que sempre começa na boca e só acaba na poça” heheheheheheh

  153. Cristina disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:09 pm

    Eu diria que o esquerdista é um cara meio ressentido com o mundo que considera injusto, principalmente na distribuição de renda, o americano é o bode do esquerdista por causa do american way of life, um consumismo desenfreado que vamos e convenhamos não faz bem para o planeta, gastam o dinheiro que eles não têm, são endividados e consomem bobagens, o europeu é mais austero em sua vida. A forma como o americanismo se projeta para o mundo incomoda o esquerdista, e no governo Bush o americanismo incomodou as pessoas de centro. Bush despertava um sentimento negativo, já o Obama desperta um sentimento melhor, mais positivo.
    O problema de se criticar o Lula é que o Lula critica melhor o seu governo que seus críticos, o presidente conhece melhor o Brasil. Não dá para criticar o português do Lula e nem sua falta de conhecimento. Sou crítica, e nem ligo de ser criticada, mesmo quando falam mal, e logo eu, uma crítica que até gosta de cultivar a maledicência, que odiava os petistas, não consigo criticar o presidente Lula.
    São Paulo era da região sul quando eu estudava e passou para sudeste.

  154. Fernando Salem disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:09 pm

    Porciúnico e Luedylson

    Se o cara da piada escreveu Virso, trocando o “w” por um “v” é porque sabia que “w” tem som de “v”. Ou seja, conhecia um valor fonético e sabia que o nome do cara começava com “w”.

    A piada perde a graça quando dá essa bandeira de que quem a formulou conhece gramática. Não percebeu o ato falho.

    Não sou politicamente correto. Mas a piada sim é preconceituosa, pois é a suposição de um ser culto sobre como se engendram os erros em um ser “não culto”.

    Essa piada é o avesso do que Luedy propaga.

    beijo nas testas

    salem

  155. Hermano Vianna disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:09 pm

    falando em transtudo: ontem no show do Cérebro Eletrônico (excelente)no Studio RJ, alguém me deu este link impresso numa caixa de fósforo (?):

    http://www.myspace.com/trupechadeboldo

    fui lá e além de gostar das músicas, gostei das influências:

    “Caetano Veloso “Muitos Carnavais”; Sidney Magal “Meu sangue ferve”; Roberto Carlos “Um leão está solto nas ruas”; Calypso, Tom Zé; Mautner “Cinco bombas atômicas”, Gil “Zooilógico”; Gal Fa-Tal; Gang 90 e as absurdetes; Rumo; Itamar Assumpção; bar do Malaquias; bar do Vavá; cachaça jatobá; brechós “Dead people”;Ramirez e principalmente ele, Dionísio Paixão…”

    aí me lembrei destas meninas (também da Ria? pós-poça?) que em matéria de influências transtodas são meio imbatíveis:

    http://www.myspace.com/themitimiti

    El Gagá de la Ceja, Fassbinder, Oro Sólido, El Ecoloco, The Ramones, Yayoi Kusama, Orúnla, Los Toreros Muertos, Eddy Grant, Hermeto Pascoal, Miguel Peña, Milagros Dottin, japanese hyperpop, Caetano Veloso, Detroit techno, Teleloquera, Lou Reed, Felisberto Hernández, Raúl Recio, Os Mutantes, Patti Smith, Con Cuquin, Mecano, Iron Maiden, Parliament Funkadelic, Gramsci, Los Hermanos Rosario, Deleuze, Sonny Okosun, Black Uhuru, Daniela Romo, Japanese 60s garage bands, Irakere, San Francisco de Asis, The Beach Boys, Boruga, The Doors, Belkis Concepcion y las Chicas del Can, Sun Ra, Mifune, Anna Karina, Dinah Washington, Brian Eno, Wilfrido Vargas, Mahavishnu Orquestra, El General, Aramis Camilo y la Organización Secreta, La Invencion de Morel, la Sophy, la Fania, Hank Williams, Moreno Negrón, Luis Dias, Technotronic, Vico-C, John Cage, Bonny Cepeda, Judith Butler, Ram Dass, early Manu Dibango, Cecilia en Facetas, Dee Lite, Ivonne Haza, Pasolini, La Lupe, Cuna de Lobos, Grace Jones, Sintesis, Billie Ocean, Jorge Ben y Enmanuel.

  156. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:10 pm

    Vellame: a gente pronuncia “luédi”.
    eu solicitei aos moderadores que cortassem o comment repetido, mas acho que eles não perceberam. Eu tava tentando enviar um comment anterior (eu salvo tudo antes para não perdê-los quando acontece do OeP enviá-los para um tal triângulo de bermudas) e mandei por engano o mesmo que já havia enviado. O curioso é que o outro, o que eu queria enviar, não tem jeito.
    Acho que vou desmembrá-lo para ver se dá certo.

  157. Carmen disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:21 pm

    Que coisa mais interessante alguém dizer que Lula tem que ser criticado mesmo, de modo enfático, com um tom de quem se imagina vivendo dentro de um regime ditatorial e que não respeita os direitos fundamentais de qualquer ser humano. Lula convive com a crítica desde o começo do PT (não sou petista). É ridicula esse tipo de observação, porque os críticos existem em todos os planos. Caetano que diga o quanto já foi criticado e acho elegante o debate, quando o nível se mantém alto.
    Acho bobagem essa coisa de não dar asilo a preso político. A Itália, através da extrema-direita, quer a extradição e Lula, depois de ouvir o Ministro da Justiça, que conheçe - muito mais que nós - toda a situação que o caso envolve e, em consonância com as leis vigentes, deliberou não atender ao governo italiano. Isto foi bonito - sem entrar no mérito da extradição - pois revela soberania. Atos de soberania no Brasil é coisa rara. De modo geral os governantes dizem amém. Lula disse não. Existe razões que a nossa razão desconhece, de ambos os lados e somos muito sugestionados e sugestionáveis que acabamos nos deixando emprenhar pelas vozes do atraso.

    Apoio o Brasil em sua decisão soberana, em sua afirmação. Mas Lula aceita críticas, tanto quanto Caetano. Gilberto Gil foi ministro de Lula e ele sabe disso.

    Agora eu gosto de Lula, simpatizo com ele, sinto sinceridade e se ele não fez tudo é porque não deu. Também devo dizer que é uma perversidade dizer que ele tem vocação pra ditador. Tenham dó !

  158. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:22 pm

    “Conquista as estações, incendeia a praça escarlate
    Inflama o aconchego dos lares”

    á respeito das consequencias fruto dos esquemas engendrados pela menina da ria rsrsrsrsrsrs.

    háaaaaaaaaaaaaa como seria ou será o ritmo desta canção?

    penso em algo com a voz sexy dela…numa cadencia entre o fado e o samba canção…..

    http://www.youtube.com/watch?v=QBQI2-NSdLo

    aqui meninaaaaaaaaada ria
    menina da ria
    meeeeenina da riaaaaaaaa
    no ritmo desta canção hehehehhehe
    absolutamente vintage

    http://www.youtube.com/watch?v=-Kkq7It5Yeg

    aqui em uma proposta mais
    jim morrison com as guitarras distorcidas do pedro
    e entremeadas com light my fire
    light my fire light my fire rsrsrsrsrs
    e caets citando i know that it will untrue
    you know that i would be a ….

  159. Carmen disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 3:45 pm

    Olhem, o Eduardo Luedy é merecedor do nosso respeito. Debate, tem argumentos solidos, mais solidos que seus oponentes. Ele é tão bom pra debater quanto a Heloisa, que acabou deixando a sua beleza de lada devido a uma especie de reação opressiva que algumas poucas pessoas externaram, até de modo deselegante. Estas pessoas são boas pelo fato de nos mostrar certas particularidades, certos detalhes, que passam imperceptiveis. Como tantos outros. Aqui mesmo esqueceram Minas Gerais, que já foi região Leste do Brasil até, pelo menos, os anos 60, do século p.p. Parabéns a Eduardo e parabéns a Heloisa e a todos os que sabem exercitar seu senso crítico sem que isso siginifique desamor pelo oponente, como pensam algumas pessoas que não observam a riqueza que voces carregam dentro de suas cucas maravilhosas, como a de Caetano. Divergir, contestar, faz parte !

  160. Marcelo Sá de Sousa disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 4:50 pm

    O caso do Cesare, quando comparado com o dos cubanos, é desalentador. Não consigo definir o que mais me incomoda: o governo ou sua base de entusiastas, sempre prontos para legitimar qualquer coisa, seja o que for. Esse eterno dois pesos, duas medidas, eu jurava que era uma chaga de geração(e é, de certa forma), mas de vez em quando vejo gente jovem indo pelo mesmo caminho. Vai ver que é um fenômeno de longa duração essa crença perversa de que opressão tem cor. E a mais vermelha, é claro, sempre acaba redimida.
    Sou muito mais de Esquerda do que de Direita, mas, quando Aarão Reis Filho defende que o que fez (sequestro do embaixador) não foi um crime e sim um ato revolucionário, não consigo deixar de pensar: será que os militares não cometeram crimes então, e sim atos reacionários?
    O que me impede de me identificar com a Esquerda é essa imaturidade política auto-indulgente. O outro é que erra, nós cometemos desacertos. Se FHC tenta taxar os inativos é porque é um canalha, se Lula o faz menos de 2 anos depois é porque é necessário. O governo não é corrupto; ele caiu na “armadilha tucana” (Marilena Chauí)… E por aí vai.
    Vai ver que, como você canta, Caetano, “política é o fim”. Pena que os tempos não permitem risos de raposa bêbada.

  161. Labi Barrô disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 6:09 pm

    Assim não dá. Não dá. Não dá.
    Cadê Betá que não aparece, people?
    I wish to konow things are getting better, better, better, beta, beta, Bethânia!
    Caetano, eu quero tirar uma foto com Bethânia. Dá um jeito aí…
    Rafael Rodriguez, adorei o seu MP4 virtual com todos os vídeos da Obra. Foi uma ótima ideia! Seu blog também é muito legal.
    Rosana querida, estou aqui, que bom que você lembra de mim. Eu sempre visito seu blog. Leio tudo!Adoro.
    Um amigo meu que saca de informática prometeu me ensinar a montar um blog. Em breve terei um também. Quero colocar umas fotos de algumas amigas, amigos e de Brasília, of course, já que vivo na melhor cidade da América do Sul!
    Aguardem! Labi 2009 virá com tudo. Virá numa velocidade estonteante. Mais avançada que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias! Virará blogueira!
    Vou colocar in my bolog a foto que tirei junto com Ney Matogrosso. Euzinha, depois do show, no meio de várias senhoras e ao lado de Ney Matogrosso. Antes desse show eu não fazia ideia de que no público do Ney tinha tanta sessentona. Elas me adoraram gente. Totalmente sem preconceitos. São muito legais. Cês tem que ver a foto. E o Ney quase peladão dançando daquele jeito, deixa qualquer uma doidona né?
    Amei o vídeo com Caetano explicando Cajuína. Muito legal saber de onde veio a inspiração para música tão bela.
    Eu leio tudo, gente boa (apesar de entender pouca coisa). Tudo que cai na minha mão. Até bula de remédio. Só não passo receita.
    Estou com a panela no fogo. Preciso ir. Minha casa está cheia de gente hoje. A galera voltou de férias né, aí já viu…tem que bater o ponto na casa da Labi. Adoro isso! É bom que coloco em prática meus dotes culinários.
    Ouça o que está rolando na festa da Labi:

    http://br.youtube.com/watch?v=vDb9E2Dfn-E

    Beijos!

    Labi Barrô, pilotando o fogão (de avental cor-de-rosa)!

  162. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 6:38 pm

    i simply happen just to be…
    and its ok.

    nowhere to go
    i prefer to stay
    not there
    not here
    just stay
    and its ok.

    silent pain
    happiness?
    i came around to say
    maybe
    and i dont say…

    oh my eyes
    go loooking for menina da ria
    in the aveiros sky

    oh my eyes
    go looking for
    menina da ria
    in my mind

  163. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 6:44 pm

    oh my eyes
    my heart my soul my kiss
    inside
    menina da ria
    sky……

    oh my eyes
    tango
    aveiro
    dockside
    menina da ria
    minds

  164. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 6:48 pm

    cuidado……..

    gordura trans rsrsrsrrssrsrsr……

  165. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 6:58 pm

    perguntar não ofende:

    por que (ainda é separado?junto?quase junto?quase separado…parece aquele casal que não sabe o quão
    proximos ou longe dever ficar) rsrsrsrsrs …(assim ta certo heloisa?)trans tem que ter los hermanos los hermanos é chato pra dedéu….rsrsrsrs
    pra ser trans só faltou ele sempre onipresente ele sim trans mister babulina…..

    adorei a citação ….hoje no jornal das canções brasileiras que obama deveria escutar se vier nos visitar….

    segue uma que me parece pertinente…ele e michele juntos dançando seria o maximo do sambalanço

    http://www.youtube.com/watch?v=nlk2rCSI5lw

    ogora como diria um jornalista cariocabacanerrimo
    fish tail é o cacete rsrsrsrsrsrsrs

  166. Lucas Jorio disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 7:07 pm

    “um liberal inglês” seria para se diferenciar de um americano? Pra debater essa idéia deixo aqui um comentário que fiz sobre “London, London”. Por favor não me moderem, esse texto já estava pronto mas não estou infringindo a “regra” 2, não espero avaliação, quero tentar entender o que entendi por “liberal inglês”, só.

    London: o nome da cidade já é rima, seguido dele mesmo é repetição, não rima. Londres, de novo Londres, há tédio no título da música. A letra é recortada e colada, se eu quisesse ser tiete diria que em London, London Caetano antecipava a escrita no Word. Por exemplo: primeiro ele diz “I’m lonely in London, London is lovely so I cross the streets without fear”; depois vira “I’m lonely in London without fear…” O artifício transmite o tédio de quem não tem muito a dizer sobre Londres, e aí reutiliza os versos já escritos, embora, depois do trabalho empenhado na montagem, Caetano consiga fazer o ouvinte se imaginar em Londres.
    A culpa não é só da cidade fria, é claro que a saudade e o exílio contribuem bastante. A letra conta um tempo mais longo do que o de uma caminhada pelas ruas, um tempo suficiente para alguém perceber em si sensações vagas como solidão, tédio, conformação. Entendo que as 3 partes da letra de London, London falam respectivamente sobre solidão, tédio e conformação. Qual solidão? Uma solidão interessante, de um cara que não encontra ninguém em uma cidade super civilizada. Ele não tem medo, não anda alerta, ninguém se esbarra, a cidade é ótima, e o problema parece ser justamente esse: não há com quem se esbarrar. Juntando dois pedaços de versos anteriores, sai uma pérola: “I’m lonely in London without fear”: estou sozinho em Londres sem medo. Será que é Londres que não tem medo? A sensação de segurança, tão cara no Brasil, perde a nobreza e não importa tanto: não há nada a temer, mas também ninguém por quem esperar. De que vale se sentir seguro e isolado?
    O refrão, o próprio Caetano disse em entrevista sobre o disco Cê, é a saudade: é tão provável ele estar onde quer, na sua terra com os seus, quanto enxergar óvnis no céu. “While my eyes go looking for flying saucers in the sky”: enquanto meus olhos procuram…, como se antes, enquanto caminhava pela cidade, seus olhos estivessem longe…
    Depois da solidão, o tédio: semanas e estações passam por ele, a paz, a civilidade, a segurança parecem garantidas, semanas e anos se passam e tudo o que ele tem a fazer é consentir: “Sunday, Monday, years and I agree”. Depois do tédio, a conformação e um recado pra casa. Acho que o Caetano exilado fala mais agora. A concordância com a tranqüilidade de Londres ganha um sentido especial quando ele finaliza: “I came around to say yes, and I say”. Pois se foi exilado, foi porque julgaram que ele não concordava com o regime militar e, logo, com o Brasil. Ok, ele diz ao regime, agora que sou exilado, concordo, Londres é mesmo linda, cinzenta e, ela sim, segura!

    Então pergunto: o inglês seria aquele que combina liberdade e civilidade, a liberdade como algo a se construir através de convívios saudáveis, diferente dos americanos, que colocam a liberdade como algo já garantido e sempre ameaçado? E será que Londres hoje mudou? E por que você não concluiu a frase sobre os “pesos e medidas do governo Lula”? Por querer?
    PS: no mineirês da capital se diria “tchô cantá”, interessante como o “eu” muitas vezes vira simplesmente “ô”; no refrão da música que fiz pra você digo “deix’eu cantar”.

  167. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 7:07 pm

    http://www.youtube.com/watch?v=QZ1kH9EmBXA

    desafio transtudo

    quem fizer a melhor tradução desta canção para a lingua de obama vai ganhar uma canção …..rsrsrsr

    quem se habilita especialmente p dom dom din din din dom dom dom din ohhh ohhhhhhhhhh

  168. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 7:50 pm

    Marília Castello Branco, voce disse…”ser como as crianças; uma combinação de ignorância, curiosidade e vontade de aprender”.

    Eu não entendi se a frase é sua ou de Monteiro Lobato, o qual você cita anteriormente. Creio que é sua, pela ausência de aspas e por achar que Lobato, apesar do seu espírito rebelde e controverso, jamais diria que “ser como as crianças é uma combinação de ignorância”.

    As crianças são inocentes, jamais ignorantes. Acho que o termo correto seria “inocência”.

    Grazie Maria, sempre bondosa e simpática com todos.

    Hermano, por causa do Mautner, eu fiquei com “cinco bombas atômicas em cima do meu cérebro” por longos e longos anos. Foi divertido e doido, e eu cresci.

    Siboney, juro que só tinha vito seu nome na letra da canção que Caetano fez para a Dedé Gadelha.
    Se queres saber, Teteco é um apelido que carrego desde nascença. Adoro. E dos Anjos é porque sou realmente um cara angelical..rsrs. Nada, quando adolescente eu declamava versos do “EU”, do Augusto dos Anjos, num boteco soturno lá em Santo Antonio do Pinhal. Eu era um jovem magricelo e soturno. Me apelidaram de Teteco dos Anjos, uma espécie de substância genérica de Augusto dos Anjos, sem pretensão de ser “augusto”, pois é bom ser “teteco”. No diminutivo as coisas ficam tão mais graciosas…e grandiosas.
    Então, pra você e pra todos, um pouco do original Augusto, profetizando em meus devaneios o surgimento do Teteco;

    “nenhuma ignota união ou nenhum nexo
    à contigência orgânica do sexo
    a tua estacionária alma prendeu…

    ah, de ti foi que, autônoma e sem normas
    oh, mãe original das outras formas
    a minha forma lúgubre nasceu”

    O Augusto foi espinafrado como “poeta menor” pelo “príncipe” parnasiano Olavo Bilac. E durante muito tempo eu achei Bilac um chato de galocha. Hoje eu o aceito.
    Certa vez, conversando com o Lenine ele me disse que seu pai, lá no Recife ainda, o havia instigado a ler Augusto dos Anjos. E ele adorou.

    “Ah, minha ruína é pior do que a de Tebas!
    quisera ser, numa última cobiça,
    a fatia esponjosa de carniça
    que os corvos comem sobre as jurubebas..”

    Uhull…

    Eu não entendi, caro Caetano, porque que Alexei Bueno diz que os “concretistas” são os “parnasianos” da ditadura militar. Onde o Bueno tava com a cabeça? Eu hein!!!

    beijos solares a todos!!!

  169. Lucesar disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 7:56 pm

    A canção Por Quem? me soou como uma “Vera Gata urbana”. Alguma gata que não resistiu ao papo do cara, mas depois deixou saudades e uma certa melancolia. Agora Salém revelou alguns pontos interessantes no comentário 147, mais o certo mesmo é que essa canção é lindíssima, a minha favorita.
    .
    Maria, o orkut é:
    http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx
    Chegando lá, é fácil encontrar Joaldo, Exequiela, Vero, Heloisa, Rosana, enfim todos que se inter-relacionam.
    Beijos…

  170. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 7:57 pm

    Lucas Jorio,

    “London London” é, pra mim, a canção mais espirituosa de Caetano. Acho lindo e búdico o verso;

    ” I just happen to be here
    and it´s ok…”

  171. Luiz Carias disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 8:58 pm

    Boa Noite a todos….
    Por quem, é uma canção linda, de melodia gostosa, e de tristeza profunda por sua sonoridade e pela voz arrojada de Caetano.
    A parte da canção que mais gosto é a apresentação, de,”ranhuras na montanha, descem até o vale, lágrimas vão de mim, por quem?”.
    Se para pra pensar, tem algo de coração vagabundo nesta letra, no sentido de uma mulher que passou por meus sonhos sem dizer adeus, e fez dos olhos meus um chorar mais sem fim..”.
    Está é a canção preferida de Caetano, de todo o repertório que ele fez, seria pretensão de minha parte dizer que só há uma de todo o repertório de Caetano, para mim todas de CAetano são show.
    Agora vos pergunto, e sem cais, que tem uma levada suave, gostosa, e a letra é super bonita, mais também tem um lance no ar.
    O refrão de sem cais é algo que me intriga…”Quero tanto,quero tanto quero tanto você,
    Mar abrto, marintnso, mar adentro, mar aberto e sem cais…
    Linda letra, lindo arranjo…me ajudem a tentar entender esta canção linda e complexa.
    Um saudoso abraço ao Salém, e a CAetano, e a todos os malucos que curtem trocar idéias aqui…
    Eu prefiro ser, essa metermofose ambulante, Luiz CArias.

  172. Julio Vellame disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 9:17 pm

    Teteco, é engraçado que eu sempre ouvia:

    “I am not happy to be here,
    but it’s ok….”

    Que é anti-búdico já que tem felicidade (desejo) envolvido.

    Mas,

    Agora ví a letra e entendo o “it’s ok” ainda como “quase legal”. Logo ele ainda deseja.

    Aliás, pensando bem, se ele sofre, ele deseja, logo é anti-búdico any way.

  173. Siboney Zabaleta disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 10:49 pm

    Bonito, Teteco muito bonito. Augusto Teteco

    Glauber,
    A Banda do Fernando podia chamar também “Os Bruxos de Salém”. Hehe!
    Agora…sanmurais do pingue-pongue me lembrou que João Gilberto se amarra no jogo. Uma vez fui jogar com ele num aparthotel no Leblon e eu comecei a partida com um saque violento, ele nem viu a bolinha colocou a raquete na mesa e disse:-Não, tem que ser onde não se está, de casquinha, no drible. Quando alguém que assistia emendou:- É, Bossa Nova, nada de Heavy Metal.HeHeHe!

    Abraços
    Siboney

  174. gil disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 10:58 pm

    Salém querido, questão de ordem: eu não tenho nada com amiguismo, nunca pronunciei isso aqui…li e acompanhei a sugestão de um colega sobre isso aqui, não acompanhei nem me pronunciei…minha frontalidade vc conhece, sou isso que vc vê, transparente, mordo a língua…mas eu quero o Bem. estou do lado do Bem, pode crer…não qualifiquei o amor ou coleguismo de ninguém, não me ligo muito…portanto, corrigindo, não tenho nem nunca nada a ver com amiguismo, não qualifico nem desqualifico o amor nem o afeto, alías, pra mim, só o amor constrói.
    Minha divergência, se houve, foi com a qualificação da Academia Brasileira de Letras para a qual sugeri Caetano Veloso pelos motivos óbvios. A violência como foi rechaçada minha sugestão me colocou no debate. Depois, lembrei do escândalo que se instalou entre nós na circulação pirata de músicas pela Internet, a meu ver responsável por um atraso terrível que é a ausência da música brasileira na plataforma comercial mais importante do mundo, o Itunes. Esgotamos pontos de vista, e mais que isso, nos divertimos muito debatendo…fomos nos conhecendo. Sou pelo amiguismo, então…prefiro o amiguismo ao inimiguismo. Mas o que me provoca mesmo é essa subserviência ao produto cultural estrangeiro, essa síndrome de capacho latino americana, essa percepção de segunda, esse provincianismo, o desconhecimento das nossas capacidades e da nossa economia. O desperdício da potência, a alienação. O que me provoca é a contra política cultural a que nos submetemos e como a justificamos…Salém, eu gosto é do Obama…e de vc.

  175. joana disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 10:58 pm

    nelson!!

    animadíssimo e contagiante
    vc passou uns tempos meio sumido, nénão?

  176. nelson disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 11:02 pm

    como traduzir dim dim don dom dom dim dim dim don
    ohhhhhhhhh ohhhhhhhhhhhhhhh?

    poderia ser assim?

    blem blim blim blem blim blon bloom blin blin
    yeahhhhhhhhhhhhh yeahhhhhhhhhhhhhhh?

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    heheheheheheheheheheheheheheh
    hihihihihihihihihihihihihihih
    rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrrss
    kakakakakakakakakakakakakakka
    quero ver menina da ria rir
    quero ver sua risada

  177. joana disse:
    Janeiro 25th, 2009 at 11:03 pm

    essa da Marisa é uma delícia de dançar miudinho, de costas pra parceria…nénão?

    ai, se eu te contasse meu dilema…

  178. Lúcio Jr disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:25 am

    Oi, pessoal.

    Caetano: a norma culta, o português padrão de nossa época não nasceu livremente do povo. Se fosse assim, estaríamos reclamando de barriga cheia. Realmente, desde o antigo Egito é que a gramática por grupos que leem e selecionam o que querem que vire norma a partir de escritos de autores consagrados.

  179. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:28 am

    Carmem, obrigado pelas palavras elogiosas e gentis a meu respeito. Gostei muito deste seu reconhecimento.

    Salém, lamento que vc não tenha achado nenhuma graça da piada.

    Gente, eu vou tentar postar o comment que o OeP não deixa que eu poste. [Engraçado que se permita que eu envie um mesmo comment duas vezes e não me deixa enviar um outro. Mistérios insodáveis da internet...]

    Bem, vou tentar particioná-lo. Lá vai:

    Caetano,

    Apesar de desconfiar que mais ninguém aqui, além de vc esteja prestando atenção às minhas impertinências, acredite que significa isso muito pra mim. {Isso era antes de ler a Carmem. Mas relevem, porque o comment foi escrito antes]

    Aliás, devo dizer que ter visto o meu nome constando assim no corpo do texto de seu post me encheu de orgulho. Pode não parecer mas eu sou tiete de Caetano. Eu já gostado dele desde o dia em que fomos comer pizza com uns amigos (morram de inveja! hahahahha). Caetano foi de uma simplicidade. Eu ficava ali, ao lado dele, sem acreditar: um cara tão importante, um mito, ali conversando com a gente, na maior tranquilidade. Era véspera da viagem dele para cantar na entrega do oscar, e ele ali, dando bola para um “zé ninguém” feito eu, levando à ´serio o que eu falava ( eu passei um bom tempo querendo saber de detalhes das gravações, dos violões dele, onde teria ido parar o Di Giorgio modelo Tárrega que ele tinha? Era uma questão importantissima para mim! E as histórias que ele nos contou sobre como perdeu seus queridos violões… uma delícia de conversa).

    [Vou interromper agora para que o OeP não resolva enviar este meu comment para o limbo. Antes vou salvá-lo que eu não nasci ontem. Se tudo der certo, continuo em outro comment]

  180. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:35 am

    Comment continuação:
    {Eu havia falado de como era tiete de Caetano (e eu ainda sou!]

    Mas como eu sou um fã seu ranzinza e chato, deixa eu retomar logo minhas impertinências. Deixa eu retomar alguns dos nossos pontos de discordância.

    Vc disse: “me desagrada muito ver as regras da língua tratadas como se fossem opressão da classe dominante”.

    MInha discordância básica aqui refere-se à minha recusa em aceitar que há propriedades intrínsecas à língua. Ou seja, recuso a idéia de que as regras derivem de uma língua-entidade, ou de uma língua-acabada (ainda que tenha sido ela forjada coletivamente).

    No entanto, desconfio que você não pensa exatamente assim, uma vez que você mesmo afirma o seguinte:

    “As regras de concordância (e as outras) foram criadas no uso. São os próprios linguistas que o dizem”.

    [Vou continuar tentando enviar o comment por partes.]

  181. Fernando Salem disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:35 am

    SOBRE NOMES E SOBRE SOBRENOMES

    TETECO

    Teteco dos Anjos é um nome com uma baita sonoridade. Quase consegui visualizar você recitando os poemas de Augusto dos Anjos no boteco. Teteco. Boteco. Poema concreto. Batucada. Telecoteco. Bat-macumba dos Anjos. Gosto de você.

    GLAUBITO

    “Os Bruxos de Salém” é bom nome, mas seria meio metido. Talvez “Os Bruxos do Além”. Escuta só… O aconteceria se a gente um dia fizesse um som?

    SIBONEY

    O mais bonito nome que pintou por aqui até agora! Agora, jogar pingue-pongue com João Gilberto com saques pré-colombianos é sacanagem! Você tá virando meu ídolo!

    GIL

    O cara que confundiu muita gente com seu lindo nome de ministro compositor. Mas que agora se confundiu com uma coisa que escrevi pra agradá-lo. A piadinha que fiz sobre a palavra “amiguismo” foi porque no comentário eu usei o termo “brodagem” que vem de “brother”. Era uma referência afetiva ao fato de você me pedir pra escrever “comentário” ao invés de “comment”. Promessa que venho cumprindo à risca. Pode conferir. ‘Cê viajou na maionese e eu adorei. Te peguei sem querer.

    CARMEN

    Nome arrasador! Dança clássica e balangandãs. Olha só: da minha parte, respeito o Luedy pra chuchu. Cansei de dizer isso a ele e reitero mais uma vez. Do contrário, não debateria. Pingue-pongue se joga assim. Não me lembro de ler nada deselegante ou desrespeitoso a ele. Também não me lembro dele ter dado motivos pra isso. Esse é o blog mais “elegante, fino e sincero” que já conheci. E os moderadores devem estar dando conta de quem pega pesado. Relax, né…

    Ah! O seu papo sobre o que seria um liberal inglês me inspirou um novo nome pra banda:

    “As Bruxas de Tony Blair”

    Que tal, Glaubito? Me lembrou a banda do Branco Mello, Os Claydermanns.

    beijo nos nomes

    salem

  182. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:37 am

    Comment continuação, parte 3:

    Ok, estamos então concordando. Por isso, se a gente sabe que a língua muda, se a gente sabe que ela é dinâmica, a gente terá que admitir que as regras também terão de mudar. No entanto, se há variação e mudança, por que uma certa norma prevalece em relação a outras? [O "meus camarada" obedece a uma norma, mas é ainda tido como um "erro", não? Tem gente aqui mesmo que não hesitaria em "corrigir" quem fala assim]

    [Do mesmo modo, não posso deixar de notar que você cometeu um "erro" ao evitar a forma consagrada "desagrada-me". Quando é que as gramáticas e os gramáticos vão passar a aceitar que o "me desagrada" já faz parte de nossa norma padrão?]

    A questão é: que regras, que padrões, que norma prevalecerá como a mais elegante e correta, como aquela que deverá servir de referência para as gramáticas normativas?

    Quanto a isso, o lucas matos disse algo interessante, mas do qual tenho dúvidas:
    “o princípio de se estabelecer uma norma padrão para trocas públicas casa justamente com o ideal de impedir que um determinado dialeto pertecente a um determinado grupo seja o único aceitável”

    {Falta só mais uma parte]

  183. Fernando Salem disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:44 am

    NELSON NEO-SOM

    ‘Cê tá me saindo um youtubeiro dos bons!

    Hoje minha filha me perguntou como o YouTube adivinhava o que ela queria ver. Pensei no quanto essa ferramenta de pesquisa e ranking é sensacional. São milhões de vídeos postados e o CêTubo já tem põe no prumo logo de saída. Depois é deixar se perder. Deixa o YouTube me levar, YouTube leva eu!

    você tá com cinco estrelinhas no meu ranking.

    tô virando um amiguista militante!

    beijo, companheiro

    salem

  184. Carmel disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:49 am

    Já não sei dizer o que é um liberal inglês. Sequer sei o grau de evolução que atingiram. Será que ainda são regidos pelas leis cosmicas? Ficou muito vaga esta quase vontade de Caetano vir a ser um liberal inglês? Aqui no Brasil, antes da proclamação da República, dois partidos se confrontavam: Liberais e Conservadores. Eram quase a mesma coisa e buscavam o poder. Com a onda neo-liberal pós a teoria monetarista pode ser que o conceito de um liberal ingles seja sinônimo de coisa boa, livre das pechas do atraso da lei do mais forte, da aceitação do status quo, dos preconceitos e outras cositas más. O que é ser um liberal inglês hoje em dia ? Humildemente pergunto!

  185. Paulo Osório disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:54 am

    Para quem possa estar interessado recomendo:

    MADREDEUS (& A Banda Cósmica) em Brasília, 31 Janeiro Ballroom do Brasília Alvorada Hotel, encerrando a semana Brasil-Portugal. O concerto será transmitido via internet para salas de aulas de 1500 municipios brasileiros.

    Ingressos em http://www.ingressorapido.com.br

  186. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 1:54 am

    [Gente, a última parte do comment não vai de jeito nenhum!]

  187. Juliano Freitas disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 1:58 am

    Bom, eu ia escrever uma coisa mas achei que não deveria escrever e mudo de assunto. Prefiro falar que no ano que Caetano começou a lidar com geografia Tinhamos o leste setentrional (Bahia e Sergipe) e o Leste meridional (MG/ES/RJ). De 1950 a 1960 O leste é uno.Pelo menos nos mapas dos anos 40,pra cima (sec. XX), não tinhamos a região Oeste, mas centro oeste. Em 1940 o Maranhão e o Piaui não faziam parte do nordeste, mas do norte. Em relação a mudança da Bahia por causa de algum beneficio a receber da SUDENE ficou uma idéia muito vaga. Achei interessante Caetano tocar nesse assunto que parece ser uma filigrana. Mas tive que aprender “matemática nova”, aprender francês, inglês, latim e o português (este eternamente estarei condenado a estudar). Agora chega senão a menina de nome Paloma reclama da “coisa grande demais” (rs)

  188. C Alberto disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 2:10 am

    Quando eu não fumava e não bebia era tido como um ser anormal, vez que a “norma” era beber e fumar. Era motivo de chacotas e pilhérias por ser normal. Lá um dia resolvi mudar de hábitos e de costumes, mas as coisas mudaram com o passar do tempo. Hoje que fumo e bebo volto a ser “anormal”. Ninguém mais tolera o cheiro do cigarro e a lei endureceu com quem bebe. As pessoas que cultuam a saúde vivem a me pedir para que eu deixe de fumar. Outras me chamam de viciado. Os tempos mudam e as pessoas mudam com o tempo.

    As noções de certo e errado parece depender do grau de instrução de cada grupo social. Assim entendo a linguagem. Se eu for levado para um meio de surfistas eu vou viajar. Eles falam um dialeto próprio, que inclui sinais.

    Os surdo-mudos tem uma linguagem gestual. Meus olhos também falam, bem ou mal, mas falam. A linguagem gestual. No meio de ciganos como deverá ser o nosso português. Se eu for pra um meio que considero inculto, vou estranhar a forma de falar por lá, mas as pessoas desse mesmo meio tido como inculto, por mim, irá me estranhar.

    Há muito preconceito e, como quem rege a sociedade, são os cidadãos considerados aptos, educados e instruídos e as universidades, invariavelmente, são convocadas para examinar e analisar tudo, pois são as “donas do saber”.

    Presume-se que todo universitário, ao sair formado de uma universidade, é um profissional competente, que fala o português considerado “correto”, mas todos nós sabemos que não é bem assim. Tinha um programa no Silvio Santos em que os universitários eram encarregados de ajudar um concorrente a algum prêmio e foi uma lástima para os olhos e ouvidos dos telespectadores. Nós temos idéias de certo e errado que sofrem oscilações.

    Um intelectual em um meio tido por ele como inculto, onde as pessoas falam errado, pode sofrer o preconceito reverso, como acontece com um branco em um bairro negro. No Brasil o povo se limita a debochar discretamente.Dão risada e acham graça em tudo e nós nos achamos o tal. Se o intelectual quiser corrijir algo de errado, primeiro tem que conquistar apoios, antes de intentar modificar algo e modificar aqui pode significar um certo aculturamento e uma subjugação do nosso saber por outro que consideramos inferior.

    As normatizações e sistematizações são uma criação de um grupo seleto que vai impor a toda uma sociedade uma “quase lei” que as escolas deverão se submeter e passar como saber correto. Criamos uma convenção social que não pactuada com a sociedade e, onde, parcela ponderável da sociedade fica excluída. Nós dominamos nossos semelhantes pelo poder de classe, poder econômico, pelo conhecimento, poder do saber e através de outros meios, incluindo no rol a religião. Os meios incultos possuem seus líderes, mas eles não tiveram a fortuna de freqüentar escolas, de se dedicar aos estudos, por razões as mais diversas e, a nossa elite, ou classe dominante, vez por outra busca incutir na cabeça do povo verdadeiros paradigmas de sucesso, com pessoas do tipo Vicentinho e Marina Silva, que são exceção e que tiveram uma oportunidade que não é dada a todos na sociedade. Eles se tornam uma espécie de espelho que devemos mirar como sinal de força de vontade e bom exemplo. Mas sabemos que as coisas não funcionam bem assim. Seria ignorarmos o próprio mecanismo de funcionamento da sociedade, com suas engrenagens voltadas para determinado modo de produção, que, no Brasil é capitalista e que o povão denomina de sistema vampiro. Um sistema cruel e excludente. Querer negar o preconceito contra pessoas de origem humilde é uma provocação à inteligência, visto que, aqui mesmo, há quem revele isto ao se referir ao linguajar de Lula. Como não é de bom tom, nos tempos atuais, escrever muito, fico por aqui.Não sou juiz!

    Ontem, 25 de janeiro, foi mais um aniversário da revolta dos malês, que eram negros mulçumanos que liam o alcorão e escreviam em árabe. Foram dominados, subjugados e aculturados. Hoje falam português, bem, ou mal, mas falam a mesma lingua e se nós entendemos, por que discriminar? Conhec´um filho, Dr. Otavio, já faleceu e era odontologo, de um filho do último dos malês vivo, segundo me dizia.

  189. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 3:01 am

    Júlio, o búdico é a aceitação, o zen. Ok..estou aqui e, para ser total, preciso estar feliz em estar aqui. Sempre entendi London London dessa forma. Mas, é legal também o seu “anti-búdico”, o sofrer e o desejo, o andar atoa, sem onde ir. Enfim, o búdico e o não-búdico (prefiro assim) se completam, como o divino e o profano na mística cristã. Com certeza Caetano não estava pensando em nenhuma filosofia oriental ou filosofando sobre o bem e o mal quando compunha London London. Mas é que a música e a poesia são tão boas que nos permitem tais interpretações.

    Grazie Siboney. Ping-pong com João Gilberto?? Eu pagaria tudo para assitir essa partida.

    Glauber,
    “Salem e os samurais do ping-pong” foi hilário. E tudo ok. Salem e todos aqui neste blog divino e maravilhoso somos “transtudo”. Isso me lembra:

    “gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”

    “gente espelho da vida, docê mistério”

    Já viram o João Bosco cantando “Gente”? É lindo!!!

  190. Rosana Tibúrcio disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 5:30 am

    Salem, sempre te leio, muito coisa não entendo porque não entendo muita coisa… mas adoro os beijos que você manda (disso eu entendo) e adorei o link do Cajuína. Só ouvi 325 vezes. Puttzz!! Beijossssssss, onde cê quiser que ele pegue, se quiser.

    Rafael, adorei os endereços, que você colocou lá no seu blog, dos vídeos do Caetano. Amanhã preciso que meu dia dure mais 4 horas que é pra eu ouvir tudo. Sempre vou por aquela escada. Adoro.

    Nelson, ri muito da pergunta sobre os porquês… e mais de todo o resto. Sei não!!!

    Labi, cê me visita é? Adorei saber, trilha algo lá um dia, vou gostar.
    Meu sonho de consumo é acompanhar um blog seu, juro. Sou sua fã… rio muito com você, e aprendo muito mais. Minha grandona mora em Brasília também e adora aquela cidade. Eu prefiro minha Patos de Minas. A terra dos homens me assusta.

    Minha filha pititinha achou uma comunidade sobre músicas com nomes de homem, lembram desse papo? Achei que ela tinha deixado guardadinho aqui pra eu mostrar procês, mas não encontrei. Quando ela voltar da terra dos Homens - foi visitar a irmã grandona - eu pego e deixo aqui.

    Beijos moçada.

  191. Luiz Castello disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 6:15 am

    Essa é a canção que eu mais gosto do disco :

    “O fato de os americanos
    Desrespeitarem os direitos humanos em solo cubano
    É por demais forte simbólicamente
    Para eu não me abalar
    Na base de Guantanamo
    Na base da baia de Guantanamo”

    Depois da canetada do presidente dos Estados Unidos,os americanos voltam a respeitar os direitos humanos em solo cubano, simbólicamente ou na real.O tempo dirá.
    O decreto assinado por Barack Obama,determinando o fechamento da base,muda em alguma coisa o sentido da canção ?
    A letra perde um pouco da pegada original ?
    O que mudou na sensibilidade de vocês ,quando ouviam a canção a.c. (antes da canetada) e agora d.c. - depois da canetada ?

    Castello.

  192. Cristina disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 6:50 am

    A crítica ao Lula tem que ser procedente, tem que ter substância. Tarso Genro compara o caso do italiano com o do Cacciola. Em minha opinião a prisão do Cacciola é arbitrária e ignorante em economia e contabilidade, um daqueles absurdos; quem perdeu o banco, o dinheiro e teve que recomeçar na Itália foi o Cacciola. Tarso Genro foi a Mônaco atuar como acusador do banqueiro, e agora defende um criminoso terrorista, acusado de assassinato na Itália. Matar com finalidades políticas pode, ajudar o governo FHC e perder o banco e recomeçar na Itália não pode, dá cadeia. Lula deixa Tarso Genro agir, seguindo a cartilha ressentida do PT, mas não sei se ele aprecia as idéias de seu ministro da Justiça, li que o político gaúcho reclama de falta de apoio do presidente.

    Ontem conversei com meu amigo sobre a Transportadora Trans Tornado, a pessoa que inventou o nome nem imaginou em jogada mercadológica, o Tornado é um ingênuo, acho que ele nem se ligou no significado da palavra Transtornado.
    É impressionante a capacidade do brasileiro de inventar nomes e novas palavras. Bruno Mazzeo no programa “Cilada” inventou um jogador de futebol com o nome Osvaldson. Daria para montar o time brasileiro milionário só com sons: Emerson, Gerson, Edson, Robson, Joadson, Leanderson, Richarlyson, Liedson, Anderson …

  193. Cristina disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 8:22 am

    Concordo com Luedy. Observo o menosprezo por quem fala mal o português. Conheço uma baiana, faxineira de um prédio do tipo aparthotel, que fala o português errado e não consegue aprender a pronúncia certa, não há jeito de pronunciar o nome do meu marido corretamente, esta baiana é simpática e sabe tudo sobre umbanda e ervas, tem uma cultura índio/negra ancestral atávica o que a torna uma pessoa interessantíssima para conversar, ela menospreza os evangélicos, aqueles que sabem ler apenas um livro a Bíblia e ainda por cima interpretam mal, apesar de ser sábia só consegue arranjar emprego de faxineira. Observo que alguns brasileiros menosprezam o jeito de falar inculto do Lula, mas quando ele não está falando com o povão sabe muito bem usar o português culto. Lula é uma pessoa sábia. Ouvi dizer que particularmente Lula fala muitos palavrões. Há excelentes contadores de estórias no Brasil, que falam um linguajar popular, tenho o cd de uma caiçara de São Sebastião, falado em autêntico caiçara paulista que é muito engraçado, uma das estórias mais engraças foi quando o Sebastiãzinho filho da caiçara achou umas latas no mar cheia de chá que parecia mate, e fizeram um chá com as folhas para a bobó (vovó) que estava doente, a bobó ficou muito louca, tirou a roupa, começou a dançar… acho que a lata tinha era a “tarr” da maconha.

  194. glauber guimarães disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 11:03 am

    salem,
    se a gente fizesse um som, inventaríamos a transtropicália e influenciaríamos toda uma geração! no mínimo, nos intervalos de ensaio, um pingue-pongue samurai com siboney e joão gilberto! caetano que se cuide! hahahahaha

  195. Maria disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 11:33 am

    Caetano, também fiquei querendo saber “De lá do outro lado da poça” e imaginei bastante sobre uma “elegante alegria” . Amei “numa aparição transatlântica”, mas na maoria não entendi muita coisa. Adoraria ouvir a música. Assim, sem entender mesmo.

    Tetequinho dos Anjos.
    Não entendi: budistas não sofrem?
    como te encontro no orkut?

    Gostei do divino e do profano sempre unos, mas não só na mística cristã, sabes disso ,né?

    Lucesar, encontrei a galera no orkut, quer dizer, algumas pessoas: Heloísa, Rosana….
    mas não você. E a nossa Heloísa tem os cabelos claros, e eu a imaginava morena.

    beijos a todos
    Maria

  196. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 12:01 pm

    Labi,
    assim que você tiver o seu blog nos comunique!!!
    Adoro te ler por aqui - acho até que já falei isso, repito.

    Também leio tudo, bula de remédio, revista de fofocas velhas (quando vou cortar o cabelo), embalagens - sempre leio toda o pacote, cada letrinha, cada palavra.
    —————————-

    Castello,
    “Base de Quantanamo” não perde nada. Quando a escuto o que me vem a mente são as palavras do Reinaldo Arenas - acho que quando escutei a canção pela primeira vez estava lendo “Antes que anoiteça”.

    Lembrando:
    19/06/2008 9:14 pm

    Caetano declara:

    “Não pedi perdão a ninguém. Procuro pensar por conta própria. Minha irreverência diante dos poderes estabelecidos é impenitente. Dois dias depois de dar a entrevista citada por Fidel, eu disse à televisão austríaca que a tendência sociológica de considerar o racismo no Brasil pior do que o apartheid na África do Sul é uma manobra da CIA. Sou um artista. Minhas palavras são: criação e liberdade. Se não me submeto ao poderio norte-americano, tampouco aceito ordens de ditadores. Fidel nos deve explicações a respeito de sua identificação com os estados policiais que o comunismo gerou. Hoje toda a esquerda silencia sobre a Coréia do Norte, como silenciava sobre a União Soviética na minha juventude. A canção “Base de Guantánamo” não seria composta se eu não tivesse a evidência de que nos Estados Unidos há respeito aos direitos dos cidadãos como não se vê em Cuba. A decisão da Suprema Corte americana, reconhecendo o direito a habeas corpus aos prisioneiros de Guantánamo é expressão disso. Tampouco seria possível a canção sem o valor simbólico que a revolução cubana tem em nossas mentes. Lembro de ter sentido, quando excursionava com Fina Estampa, que a tragédia de Cuba (com liberdades cerceadas na ilha e uma população inimiga do regime atuando em Miami) era mais vital do que a segurança dessangrada de Porto Rico. Tenho idéias e reações emocionais complexas. Não aceito pacotes fechados. O texto de Fidel é autocongratulatório, prolixo e injusto. Sobretudo com Yoani Sánchez, a cubana que mantém o blog “Generación Y” (http://www.desdecuba.com/generaciony/). Ela e seu marido Reinaldo Escobar deram a resposta que eu gostaria de dar a Fidel. Ainda volto ao assunto.”
    ——————————

    bjs.

  197. Viana Vana Caravana disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 1:03 pm

    Não se pode comparar os casos dos atletas cubanos com o italiano.O guerrilheiro seria entregue aos leões,leaõzinho!E os atletas como atletas tem muito melhores condições de sobrevivência e liberdade em Cuba do que num país que nãoliga para os esportes.Lembro do caso dos dois atletas lutadores cubanos que aliciados por um vigarista empresário alemão fugiram da delegação cubana nos jogos Pan do Rio,foram parar na Região dos Lagos,ali na praia Seca enre Arraial e Araruama.Foram encontrados passando fome,frio,torraram a grana toda que tinham com mulheres,bebidas,trics-trics e liberdade.O mar era de tons caribenhos mas gelado.A lacuna quente mas uma poça poluida.(A triste e outrora tranlumbrante Lagoa de Araruama).Arrependidos quizeram loucamente e imediatamente foram encaminhados para Cuba.O estado do Rio é o mais Gomora dos estados.O escândalo da privatização da estatal ALCALIS e a diretamente proporcional decadência do Arraial do Cabo é tão imenso que incriminaria mais ainda o que foi o governo Collor,todo o governo FHC e boa parte do governo Lula.Tanto que tudo corre em segredo de justiça a décadas.Daria para filmar um “Arraial do Cabo 2″ de fazer inveja ao Gomorra.

  198. Jary Cardoso disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 3:08 pm

    Edmilson Silva, volte a escrever artigos para o jornal A Tarde, como aquele em que você exaltou Dona Canô. Lembre-se, são por volta de 2.800 caracteres com espaços e envie para opiniao@grupoatarde.com.br. Quero mais santamarenses na fita!

  199. Lucesar disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 3:13 pm

    Errei !
    “Por Quem?” & “Sem Cais” & “Lapa”.
    Acho que a minha preferida na verdade são as três e ainda falta “Menina da Ria”, que bom!
    .
    Maria, Perdão segue:
    http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=17337066461088097545
    .
    Só acho que vc tem que estar logada para acessar.
    Beijos…

  200. Fernando Salem disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 3:23 pm

    Rosana Tibúrcio

    Tibeijo

    Salem

  201. Julio Vellame disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 3:26 pm

    Castello, quantos anos vc tem?

    Me emocionei tb com Guantanamo. Não por mim, mas pela geração antes da minha. Eu tenho 32.

    Creio, depois de ler Verdade Tropical, que todos os que cobravam de Caetano uma posição mais a esquerda vão se sentir saciados pela canção. (Não que Caetano esteja saciando ou mesmo tenha que saciar. Nada disso, don’t take me wrong).

    Coloquei as músicas num CD e estava ouvindo no carro. Como o CD é carioca….

  202. Cristina disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 3:45 pm

    Quando criança meu marido viajava para Santos com o pai e observou os rios na baixada santista com diversas ilhas e o pai, que morou 10 anos em Portugal, falou não eram rios, eram rias, meu marido nunca mais esqueceu a palavra, ele foi olhar no dicionário porque pensou que o pai estava tirando uma com a cara dele. Em Aveiro há uma ria, é um braço de água que fica entre o mar e o continente, formando um canal com diversas ilhas.
    Caetano usou poça para rimar com moça, então se fala pôça. Do outro lado da poça significa do outro lado do canal?

  203. Nobile José disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 4:26 pm

    turma!
    q saudade!
    voltei das férias - resolvi tirar férias do blog pra ter mais tempo pra curtir meus pequenos.
    gostei da letra de menina da ria. parte das minhas férias passei em niterói.

    no mais: vão-se os hífens, ficam os bacharéis…

    e viva obama pelo fim de gautánamo!!!!!

  204. Paulo Tabatinga disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 4:27 pm

    A canção que mais me arrebatou do zii e zie foi lapa. lindíssima! letra e música.

    quem ia imaginar
    só eu
    eu sozinho, só e solitário
    sob a chuva da Bahia

  205. João Fabio disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 4:48 pm

    Acho que London London tem muito a ver comigo, com uma especie de estado depressivo. Andar à toa, olhar o cém em busca de um sinal que ateste a existência de disco voador. Tanta gente boa já viu, porque não eu? Ter saido da prisão, ter vivenciado uma época em que era só medo, com PARASAR, OBAN, CENIMAR etc e tal… Então ter saido da prisão e sair dela e depois sentir-se livre em Londres, respirando uma outra atmosfera, vendo o velho mundo, a velha capital do Reino Unido… Por ali, vendo o Tâmisa, o Big Ben… e nada o fazia feliz, nem ele, nem a Gil, nem as respectivas e corajosas esposas (Lá em Londres vem em quando dava por mim… naquela fossa … naquela ausência G.G. Lembram da música)> Gil e Caetano são dos poetas que cantam suas poesias ao em vez de declama-las, apenas, ou de nos oferece-las em forma de livro. Gauntanamo como prisão na era BUSH era um crime contra a humanidade, como o que ocorreu em Gaza foi um crime contra a humanidade e de repente jogam o adoecido Fidel na base de Guantanamo. Foi um erro de Fidel escrever, ou citar Caetano. Guantanamo fica em Cuba e é da inteira responsabilidade do governo dos EEUU, o que sobrou dos tempos de Fulgêncio Batista (tempos esquecidos!). Felizmente Barack Obama surge em cena e lança o slogan da “esperança” e diz que adotará outros valores e governará com a inteligência, com a razão e não se deixara transformar-se em um presidente torturador. Não basta falar de Cuba de Fidel, basta olhar pra um pouco mais acima de Miami e lembrar que os EEUU mataram, torturaram, deixaram seus soldados morrerem, em nome de uma mentira, em nome de negócios que interessam ao grupo denominado como FALCÕES. Barack ao fechar Guantanamo não precisou dizer que BUSH era um torturador, um ditador que não respeitava nada, nenhuma convenção e nehum tratado. Felizmente estamos livres e a tendência do mundo é voltar-se para a liberdade. Tomara que Barack Obama acabe com o embargo a Cuba, pois não é a Fidel que o embargo prejudica, mas ao povo cubano.

  206. Luiz Carias disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 5:07 pm

    Boa Tarde a todos…
    Hoje vejo a frase ou título deste blog de transtudo como algo sonoro e bonito.
    Transtudo parece que combina com tudo que comentamos e postamos aqui.
    Vi um post dizendo que a junção de Salém e mais alguém que não recordo, haveria uma revolução sonora que seria anti tropicalista, pretencioso o post…
    Não imagino algo que poderia revolucionar a musica contemporânea, pois nada de novo se cria, o cenário nacional está ficando ultrapassado, apagadando-se aos poucos.
    Caetano é o único velho novo de todos os tempos, pois sabe criar e recriar tudo de bom que há.
    De todos que postam aqui, creio que o Salém seja o mais lúdico e seus posts me dão uma sensação de que ali ele opina, fala e não há o que contestar, porém sempre surgem contestadores para nos contrariar, ou nos fazer ter uma nova visão sob o aspecto de nosso ponto de vista.
    Eu em minhas maluquisses, em meus posts malucos, adoro receber respostas ousadas, desaforadas e até mesmo, idéias criativas, como a partida de ping pong de SAlém.
    Hoje é um dia atípico para eu postar, pois odeio as segundas feiras…dia sem graça em minha concepção.
    Amo o domingo, e odeio as segundas…me sint um anti-americano, americano.
    De todas as vezes que postei aqui e não foram poucas, de todos os assuntos que revi, li, e discuti, este do transtudo, da línguagem nova, e de letras, este tem sido o mais produtivo, pelos posts não se perderem em hiatos de assuntos que fugiam de certa forma dos assuntos dos posts.
    A Base de Guantanamo de CAetano, já afetou os americanos e os anti-americanos, haja visto que parece-me que a base será desativada.
    Realmente “o fato de os americanos desrespeitarem os direitos humanos em solo cubano, é por demais forte simbolicamente, para eu não me abalar”…
    Americanos veados trazem o vírus da AIDS para o Rio no Carnaval…Circuladô também é tudo de bom.
    Eu aos meus vinte e sete anos, amo ouvir, reouvir e reler os livors, obras de arte, entrevistas e ver os dvd´s e ouvir os cd´s do mestre Caetano Veloso, se4m o qual não seríamos nada sem este monstro da música popular brasileira.
    Saudações, Luiz Carias.
    Bjus de segunda melados.

  207. Heloisa disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 6:24 pm

    Salem, você é mestre sábio - além de gentleman - mas preciso discordar de seu argumento contra a piada de Luedy. Quando você diz “A piada perde a graça quando dá essa bandeira de que quem a formulou conhece gramática. Não percebeu o ato falho.”, você parece invalidar toda a obra de artistas como Adoniran Barbosa, que confessou: “Não é fácil escrever errado como eu escrevo, pois tem que parecer bem real. Se não souber dizer as coisas não diz nada…”. Ora, isso mostra que Adoniran, apesar do pouco estudo, conhecia a gramática a ponto de poder escolher as formas que quisesse em suas letras. Isso torna suas músicas preconceituosas? Todos sabemos que é o oposto disso – o que ele queria era ser a voz de determinado grupo paulistano, e foi, sem o saber, um defensor do preconceito linguístico. Portanto, quem inventou a piada só queria mostrar que escrever bem não está necessariamente ligado à capacidade de interação e sucesso do indivíduo. Pelo menos, é o que eu penso. Um abraço no desacordo.

    Luedy, estou relativamente quieta, por enquanto, mas acompanho tudo o que você diz. Vamos esperar Caetano ler Bagno – se ele conseguir deixar de lado a até justificada antipatia pelo autor, talvez consiga concordar com alguma ideia.

    Carmen, obrigada. E, é mesmo, Minas era no leste.

    Vero, talvez eu esteja num período de latência. Me aguarde. Besos.

    Paloma, vou confessar que pensei num remix dos piores momentos, depois achei que seria muito cruel.Você não entraria nele, fique sossegada. Mas um doeu - e ainda dói - de forma irreversível:

    “Você, tão cosmopolita, nessa hora soa ilhada pelas alterosas.” (Caetano Veloso)

  208. Tavares disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 6:53 pm

    Senhorita Miriam Lucia,

    Permita-me assim chama-la, pois espelha jovialidade em sua forma de expressar seus pensamentos.Aproveite a vida!

    Noto que só você foi delicada comigo e me dedicou atenção. Será que isso se deve à cultura italiana, a uma questão de educação, ou é por que sua sensibilidade é deveras acentuada? Bem, educada, instruida, com o pensamento bem articulado e boas idéias na cabeça e bastante sensivel, como quem tem “duas mãos” apenas e o “sentimento do mundo”.

    Não posso lhe oferecer nada para manifestar minha gratidão, só mesmo palavras que nos tempos atuais nada mais são do que meras palavras. Se me fosse possivel lhe daria uma rosa, a mais bonita que encontrasse e um cartão de agradecimento.

    O link por onde estive e que me enviou revela a existência de uma preocupação com a saúde do ancião e nós não temos nada parecido na prática (apenas nos discursos). Quiça algum ocupante de cargo público, vinculado a área de saúde, mostrasse o que vi ao seu superior hierarquico e este levasse um projeto à ultima instâncias do poder ministerial. Os ministros precisam fazer algo que seja visivel e que o povo sinta. Dão cestas, ou bolsa família a quem tem baixa renda, mas a saúde continua com a teimosia do SUS. Parece que é pra pirraçar o povo idoso, mas é teimosia mesmo. Sistema Unificado de Saúde só pode dar certo em paises com inclinação socialista, com uma política de saúde planejada e muito bem elaborada e estruturada. Saúde no Brasil é como a nossa urbanização, peca pela ausência do estado; somos castigados nas favelas. Acabaram a escravidão em um dia, no outro não tinhamos um tostão no bolso pra comprar comida e muito menos pagar dormida. O jeito foi buscar ganhar uma titica de dinheiro para pagar um quartinho alugado em um cortiço qualquer, ou subir o morro e construir um barraco.

    A saúde é um flagelo, como é um flagelo a ausência de políticas publicas de habitação. O que se faz são obras demagogicas pra usar em momentos pré-eleitorais.

    Muito agradecido.

    Um grande abraço desse velho aposentado,
    Tavares

  209. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 7:01 pm

    Maria, claro, os budistas sofrem sim. Como os cristãos, os hindus, os sufis, os muçulmanos, os umbandistas, os jainas etc. Como todos nós. O que existe de especial, penso, no zen, da linha de Bodhidharma, é a aceitação do que seja; o sofrimento, a alegria, o dia, a noite e a consciência de que tudo passa e está passando. Meu orkut é “teteco dos anjos” mesmo. Beijos!!!

    Salem, como descolo teu email? Gostaria de te enviar umas coisinhas ( se não for te aporrinhar meu caro ). Me piacce a te anche fratello mio, grazie!!!

    O quê Cristina?
    Acharam a tal pop-famigerada lata com maconha, fizeram chá e ficaram todos “doidões”? kkkkkkkk…essa foi engraçada. E perigosa menina.
    Mas sabe, eu era aborrecente quando pintou o lance “das latas” no litoral do Rio e São Paulo. Até a Fernanda Abreu fez um belo disco “da lata”, em alusão ao fenômeno que encheu de alegria os corações maconheiros do Brasil. Confesso que experimentei o fumo da lata em Ubatuba, pelo menos me garantiram que era dela. Fiquei astronauta.

    Coincidência, ontem eu estava vendo ontem um site sobre os mais famosos e ilustres maconheiros da humanidade. Entre eles; Baudelaire, Balzac, Paul MaCcartney, Lennon, Bob Dylan, Rimbaud, Wood Allen etc. E a gente sabe que o Gil foi um belo e inspirado maconheiro né. Caetano não.

    E eu acho legal, legal mesmo que as pessoas possam falar abertamente sobre a maconha, a qual sou a favor da legalização. Não faço apologia ao uso não, nem recomendo. Mas a questão é bem mais complexa que uma simples apologia aos supostos benefícios desta droga. Eu já usei muito, muito. Hoje, uso de vez em quando, quando alguém me apresenta um. E me sinto bem, nada mais. E sinto um alívio poder falar sobre isso com responsa e sinceridade.
    Assim como a Soninha e o Angeli fizeram quando deram aquela entrevista para uma grande revista, de circulação nacional, e foi um bafafá danado.

  210. ju disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 7:04 pm

    olá!

    eu gostaria tanto de escutar zii e zie…
    procurei no youtube: nao deu em nada…

  211. Henrique do PT do B disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 7:21 pm

    Cristina,

    Você é inteligente, com uma boa curvatura de idéias, mas você acha que o Cacciola está preso arbitrariamente? A Itália não quis extradita-lo, desconheço as razões. Ele não assaltou um trem pagador, mas ficou em situação parecida com aquele liberal inglês que usufruiu uma furtuna aqui no Brasil, pois tinha uma mulher e filho brasileiro. Um bom bandido. Vá na wikipédia e examine o verbete Cacciola e lá você encontrará algumas pistas quanto ao crime financeiro que ele cometeu e que levou muita gente à cadeia. É italiano e banqueiro, como Daniel Dantas. Foi preso em Monaco pela interpol. O dinheiro público é sagrado! Na China ele seria fuzilado. Agora é influente demais e porta muito din-dim e, o som do vil metal nos tempos atuais ajuda até o capeta a passear pelo céu. Vc irradia simpatia.

    Agora, aproveito este comment pra introduzir um que nada tem a ver com você e se refere a composição de MENINA DA RIA. Não achei poetica e não gostei daquela frase de sexo sem sexo. Achava qie ele podia dizer sexo quando pintar o clima. Assim: tudo em nós é sexo, quando pintar o clima. Mas fica um tipo de sexo selvagem. Ele deve estar certo, então.

  212. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 7:37 pm

    Viana Vana Caravana disse o que acho sobre esse caso (cubanos, italiano) e mais outras coisas.

  213. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 7:43 pm

    O Teteco escreveu sobre ele e eu lembrei de uma coisa.

    No teatro a obra em progresso ou work in progress também é conhecida como carpintaria teatral.

    bjs.

    * Teteco, acho que não tinha te falado antes, adorei suas poesias - sempre releio.

  214. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 8:41 pm

    Pessoal,
    há alguns comments acima Caetano explicou o que significa “do outro lado da poça”:

    “Aprendi com o grande Wilson das Neves a dizer que Niterói fica “do outro lado da poça” (a Baía de Guanabara). Claro que a pronúncia é “ô”. O que a letra diz é que alguém de Niterói fez uma aparição do outro lado do Atlântico: a confusão possível entre as duas “poças” é boa para a poesia da letra. Mas estou falando de Niterói quando uso a expressão. ”

    http://www.obraemprogresso.com.br/2009/01/22/transtudo/#comment-12341

  215. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 9:02 pm

    Ai, caramba!
    O que faço?
    Salem, coloquei a vírgula depois de TEM.
    Adorei esse texto da ABI.

    Não lembro se foi aqui ou em algum outro, li algo sobre o ponto e vírgula. Começar a usar esse sinal gráfico seria a passagem para a maturidade; confesso que sou viciado no ponto e vírgula.
    —————–

    Glauber,
    não é à toa que uso o Rodrigue(z). rs. Disfarça, pois meu sobrenome verdadeiro é com “s”.
    —————–

    bjs.

  216. Fernando Salem disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 9:20 pm

    Luedyssimo

    Rebato tua piada com o belo texto sobre a vírgula, da ABI:

    Vírgula pode ser uma pausa… ou não.
    Não, espere.
    Não espere.

    Ela pode sumir com seu dinheiro.
    23,4.
    2,34.

    Pode ser autoritária.
    Aceito, obrigado.
    Aceito obrigado.

    Pode criar heróis.
    Isso só, ele resolve.
    Isso só ele resolve.

    E vilões.
    Esse, juiz, é corrupto.
    Esse juiz é corrupto.

    Ela pode ser a solução.
    Vamos perder, nada foi resolvido.
    Vamos perder nada, foi resolvido.

    A vírgula muda uma opinião.
    Não queremos saber.
    Não, queremos saber.

    Uma vírgula muda tudo.

    ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

    Detalhes Adicionais

    SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

    Se você não é um machista, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.

    Se você for do tipo cafajestão, colocou a vírgula depois de TEM.

    beijo, salem

  217. glauber guimarães disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 9:20 pm

    curioso ver a fisionomia das pessoas aqui. joaldo parece um indie rocker inglês mezzo-indiano. falei com ele por telefone também e ele tem a voz que eu imagino pro nando [falar nisso, cadê nando?]. gravataí tem cara de psicoterapeuta roqueiro. carol faz parte da comunidade “eu casaria com o paulo miklos” [hahahaha, sensacionaaaal]. heloisa, sempre imaginei de cabelos pretos e são loiros. teteco tem cara de poeta diletante zen mesmo. rafael parece galã de filme espanhol. vellame tem cara de fotógrafo artístico daqueles que viaja o mundo todo clicando momentos mágicos [ou neurologista].

    e eu, tenho cara de que, hein? oh não…hahaha

  218. Fernando Salem disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 9:24 pm

    TETECO

    envie pra: fernandosalem@me.com

    bj na testa

    salem

  219. Paulo Tabatinga disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 10:14 pm

    Salem,

    Sua aula foi magnifica. oxalá eu tivesse tido um professor assim, não erraria tanto.

    gostei do cafajestão.

    Beijo(s(alem)´)

  220. Roberto disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 10:24 pm

    “Coincidência, ontem eu estava vendo ontem”.
    Faz parte (rs)!

    Acrescento que o Eduardo deveria obter a concessão de escrever o pensamento dele de modo integral, senão fica com gosto de seriado, cria expectativa e não é toda hora que podemos ficar acessando o blog.

    A Heloisa tem um charme especial na escrita, desenvolve o pensamento como uma aristocrata, tem o nome da primeira esposa de Glauber, que ele conquistou após recitar um poema de Castro Alves, em pleno auditório (cheio) da Faculdade de Direito. Glauber não recitava para o público, recitava diretamente pra ela.

    Ela também deveria ser livre pra escrever o quanto desejasse pq dá prazer. Fica meu apelo !

    P.S.: Já receb meu Neruda, mas vê se devolve meu Ortega.
    Pô, tô uma cara aqui esperando!

  221. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 11:07 pm

    c.a. 4.

    Estou aqui embasbacado com a beleza da canção que acabei de escutar:
    Dona Rosa cantando “Cavalos”.

    http://www.myspace.com/rosadona

    http://www.lastfm.com.br/music/Dona+Rosa/_/Cavalos

    bjs.

  222. carolina disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 11:23 pm

    Nossa,
    Na minha leitura (transdiagonal eheheh) ainda verei a explicação pra Cajuína.
    Amei o nome que Glauber sugeriu pra Banda de Salém (o do pingue pongue).

    Glauber: O Paulo Miklos é meu titã favorito. E na contramão de todas as fãs do Tony Beloto eu gosto é do Paulo Miklos ehehe… desconfio que Salém tenha parentesco com ele.
    Vou visitar seu orkut e depois conto as minhas impressões.

    Salém: Noves fora meu interesse no seu possível parente (fica frio, eu me cassaria com Miklos mas não há essa possibilidade, coisa de fã…) queria muito te mandar umas coisas do meu trabalho, já peguei o seu mail, mas fico assim sem jeito. Coisas sobre o cotidiano do trabalho (delicado) de uma equipe de saúde mental que dariam um documentário.

  223. Teteco dos Anjos disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 11:30 pm

    Grazie Rafel, gosto de tudo o que você escreve aqui. Carpintaria teatral…entendo. Mas juro que vou procurar entender muito mais sobre o assunto, eu que pareço ser marceneiro-músico-luthier-poeta e um encarnado qualquer de bom humor neste planetinha complicado. Beijos!!!

    Salém, don´t worry my brother. Já descolei teu email no teu próprio blog. Aliás, “post anaconda” é aquele teu sobre a tua semana estilo Kerouac e Cassady na mais pura trepidação beatnick entre os fenômenos ‘para-normais’ culturais de Sampa City.Beijos!!!

    Caetano, vi várias fotos gerais de Santo Amaro aqui na net e imediatamente ecoou dentro de mim a tua maravilhosa “Trilhos Urbanos”. Essa canção é um filme. Beijos!!!

  224. joana disse:
    Janeiro 26th, 2009 at 11:42 pm

    e eu, Glauberovski?

    cara de que? rs rs rs
    tá no movimento rostos, hein?!…

    beijos suleados pras bochechas da Clarinha e su mama

  225. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 12:08 am

    Carolina

    O Paulo Miklos é meu parceiro e cunhado. Apresentei-o à minha irmã e eles são casadinhos há um tempão.

    beijo na testa

    salem

  226. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 12:15 am

    Heloisa querida

    Citei e homenageei Adoniran muitas vezes por aqui. A piada do Virso não me fez rir mesmo, porque ‘v” tem som de “w” e o personagem fica falso. Não dá pra comparálos, com nóis, Matogrosso e o Joca.

    beijo ao lado direito da tua boca

    salem

  227. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 12:17 am

    COMO LUEDY ENSINOU, VOU TENTAR PUBLICAR UM COMENTÁRIO FATIADO QUE ESCREVI AO C ALBERTO.

    PARTE 1

    Regras são mesmo sazonais. A gente brinca, fala e escreve do jeito que a gente quiser dentro de um grupo ou de um local específico. Aquilo que chamamos no Brasil de tribo.

    E eu digo novamenter: Gramática não é Código Penal.

    Voltemos ao futebol:

    Há várias regras pra gente praticar o esporte bretão. Na areia, na rua, com ou sem impedimento, descalço, meninos com meninas, lateral com o pé ou com a mão, bola ou pedregulho. É só combinar. Não vai aparecer ninguém pra te encher o saco ou te prender se você e seus amigos decidirem abolir a lei do impedimento ao jogar uma peladinha.

    Mas convenhamos, se você tiver que organizar uma Copa do Brasil ou do Mundo, há de se fazer um acordo cosensual entre os estados e países pra que a bola role. conjunto de regras é um acordo.

    De onde vieram as regras do futebol? Da elite inglesa.

    O primeiro livro de regras e a primeira bola foram trazidos ao Brasil por Charles Muller, um paulistano com a incumbência de implantar um esporte pra elite emergente brasileira. Assim foi feito.

    Na época, o Brasil estava dividido assim: de um lado as elites com sapatos de couro europeu. Do outro, os escravos descalços nas senzalas. Os pé-de-valsa e os pé-na-cozinha como rezava o preconceito.

    Com a Lei Áurea, e logo depois a a proclamação da República, pretos, mulatos e cafusos deixaram de ser escravos e se tornaram uma legião de desempregados que, do alto dos morros, assistiam ao jogos nos clubes dos granfinos.

    Os primeiros times dessa elite entraram em campo com roupas de seda. A platéia era refinadíssima e cheia de mulheres emperequitadas. E lá do alto dos barrancos, os ex-escravos recém libertos espiavam aquele jogo curioso.

    Em pouco tempo, o povo pobre do Brasil se apropriou das regras e passou a jogar futebol na praia e nas ruas. Com swing, graça e criatividade; e… usando rigorosamente as regras, que não foram vistas como opressoras. Eles aprenderam a sintaxe do futiba!

    Lá pelos idos de 1920, a arte venceu a retranca das elites: os negros, mulatos e cafuzos foram finalmente aceitos como boleiros profissionais.

    O craque na época era Arthur Friedenreich. Um mulato de olhos verdes e cabelos melados de gomalina. Filho de uma lavadeira negra com um alemão. Um pé na elite, outro no povão. Uma síntese.

    Foi assim que Brasil descalço virou a Pátria de Chuteiras.

  228. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 12:21 am

    PARTE 2

    Hoje, as regras continuam bem convencionais, mas o futebol se transforma mesmo assim. E quem produz essa transformação técnica e poética? As elites? Não. A paradinha do Pelé, a pedalada do Robinho e aquele jogador-foca do Cruzeiros são os inventores dessas mudanças. Não são da elite econômica. São sim a “elite do futebol”.

    Dei o exemplo porque acho que o futebol merecia novos acordos baseados nas inovações que não são cria apenas do povo oprimido, como de tudo quanto é gente em tudo quanto é canto. O spray do juiz criado aqui no patropi é um exemplo genial!

    Mas mesmo assim a existência da regra não oprime.

  229. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 12:30 am

    CACILDS!

    Não consigo publicar o final do meu raciocínio futebolístico nem com ziriguidum e saravá!

  230. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 12:39 am

    Pessoal. Desisti de entrar em campo pro segundo tempo do meu texto. O publico agora no meu blog. Quem quiser assistir ao final da pelada. Tá lá…

    http://web.me.com/fernandosalem/FERNANDO_SALEM/BLOG/BLOG.html

    beijo na testa

    salem

  231. Paulo Farias disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 1:10 am

    Caetano: Gostei da sua idéia sobre uma alegoria quando a retroescavadeira (que é um trator) pega os corpos dos dois projetos de gângster e, conforme sua observação, a imagem coincide com a legenda de que a Camorra financiou o word trad center. Ai você acrescenta mais um dado pra que eu continue a considerar Gomorra como um filme de arte. Sou simples cinéfilo. Entendo que outras legendas se seguiram e que não observei este final com dedicada atenção. Buscarei rever o filme; Eduardo Luedy Estive manuseando o livro de Reminiscências de Bastos Tigre, Ed. Thesaurus, p.123, que versa sobre “palavras inventadas”. Outro momento tento lhe enviar - via comentário (não seria comentário- mas trechos de textos desse irreverente intelectual dos tempos da alegre roda da confeitaria Colombo; Tavares; minha solidariedade Heloisa : minha admiração Fernando Salem - “uma espécie de homem em extinção : o gentleman”. Outro dia, vendo noticiário de TV, vi um Salem na Palestina. Tenho ligações familiares (ão consangüíneas) com libaneses, mas presumo que suas raízes devem ser palestinas, o que me fez lembrar de Wally Salomão (conheci de vista) que fez uma viagem intentando achar um único parente e acabou descobrindo que a família dele era de um potentado super poderoso. Wally era ótimo declamador de poesias. Lembrava muito Glauber no modo de falar e se expressar. Caetano sabe muito mais que eu, pois conviveu com ele. Teteco dos Anjos : creio que a legalização das drogas é o melhor caminho para frearmos e desmontarmos toda uma estrutura mafiosa que se sustenta da ilegalidade e que não querem a legalização de nada senão eles perdem os lucros, as propinas etc e tal. O problema está em nossa cultura super atrasada que acha que “maconheiro” é um bicho de 7 cabeças. Existe um site Growroom em que havia um tal de flyman que pregava isso, sem apologia. Talvez ainda exista este site. Trata-se de gente em nível mais organizado de debates e discussões sobre o tema que abarca até a redução de danos. É uma turma atuante. Miriam Lucia: um bonito exemplo de solidariedade em tempos de indiferença total com os problemas alheios. Você deixou o Tavares feliz. Felicito-a! Cristina: uma personalidade nova pra mim e que se revelou agradável e que mistura chiclete com banana numa nice. Nando: aonde se encontra este bom comentarista? Glauber Guimarães: poderia arriscar dizer o nome do seu pai, mas não irei arriscar. Você teve acesso a fotos de gente que freqüenta o blog e que são as mais atuantes. Obteve alguma foto da turma? Parabéns pelas alegres descobertas ! Se o Hermano e o Caetano permitissem poderia escrever uma bobagens sobre a MÁFIA da ITÁLIA, mas o problema é ser conciso pois, do contrario, ninguém gosta de ler comentários grandes, salvo os que gostam mesmo de ler e os que sabem ler e assimilar tudo rapidamente, com capacidade de síntese. Também gostaria de provocar alguma discussão sobre capital especulativo, complexo industrial militar e sobre resistências que Obama sofrerá além da crise, que sendo um vendaval nos Estados Unidos, quando chegar até nós será um furacão. Bom dia aos que estão acordados.

  232. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 1:44 am

    Heloisa, fico lisonjeado com a sua atenção. Agora, queria dizer que você não deveria ficar assim… “Heavy words are lightly thrown” (já dizia meu bardo inglês favorito, Morrissey). E eu nem achei que o Caetano lhe disse fosse algo assim.
    Salém, obrigado pela consideração. Também lhe tenho em alta conta - como artista e como colega de blog.
    abs,
    luedy

  233. RS disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 2:12 am

    Trans
    Caetano transita transigente e transluzente nesta trama para a transcriação da transição transcendental.
    Transtudo!

    Nós em transe como artistas transeuntes do transitório momento transigimos transpirando transformações.
    Transtudo!
    Tudo

  234. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 3:21 am

    Ju,
    lá em cima postei um link para um MP4 virtual com as canções do Zii e Zie (falta apenas “Menina da Ria”).

    http://aescada.blogspot.com/2009/01/zii-e-zie-videos-da-obra.html

    bj.

  235. gil disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 3:40 am

    há um detalhe importante quando se fala da dívida americana…a dívida americana é em dólares e dólares são feitos nos EUA…imagine vc ter uma dívida de algo que vc faz em casa…a dívida americana portanto é diferente de todas as demais…

  236. gil disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 4:24 am

    entendi Salém, mas brodagem é bonitinho, comment é horrível…ehehe…a questão é que essa galinha já está de apo cheio e não seremos nós, que amamos a língua, sobretudo a nossa, que vamos colocar azeitona nessa galinha…de bróder veio a brodagem, amiguismo para o outro colega e em português legítimo…e brodagem ficou, está aí, é coloquial e…vamos lá…mais uma esculhambação, vulgaridade, traços que sublinhamos infelizmente…portanto, comment????francamente…comment????sai daqui esse foguete? essa violência sai daqui????francamente…comentário minha gente, porque enforcar a língua? subjulgá-la, torpedeá-la, subvertê-la? em nome do que? comment é horroroso, faz favor…se faz favor…ou não…

  237. gil disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 4:29 am

    comment parece que é mentira

  238. Cristina disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 8:07 am

    Henrique do PT do B,

    Eu acho que Cacciola está preso por arbitrariedades e ignorância da Justiça brasileira, e também porque fugiu. Se tivesse ficado no Brasil não estaria preso. Daniel Dantas é outra vítima das arbitrariedades da nossa Justiça.
    Recentemente a moeda brasileira valorizou muito e com a “tarr da crise” se desvalorizou de uma hora para outra, foi o que aconteceu em 1999, na época da super hiper maxi desvalorização do real, quando o Cacciola apostou errado na moeda brasileira, o governo agiu corretamente e cobriu o rombo do Cacciola, mas a Justiça pilhada por promotores da esquerda ressentida começou a perseguir o banqueiro, como também persegue Daniel Dantas que faz negócios com o governo. Não se tratam de prisões matemáticas, contábeis, são prisões ideológicas, é impossível provar que Cacciola e Dantas roubaram o dinheiro público, eles é que foram achacados pelos agentes do governo. No Brasil o governo ajuda o empresário para na seqüência dar uma puxada inacreditável de tapete, por isto que os empresários gostam do Lula, o único presidente de toda a história do Brasil que não puxou o tapete dos empresários, pelo contrário quer ajudar a livre empresa a crescer. Lula é o mais liberal e o mais democrata de todos os presidentes do Brasil, um autêntico espírito americano.

  239. Cristina disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 8:11 am

    Teteco dos Anjos,

    Além do episódio da lata, há outras narrativas muito divertidas da caiçara, é óbvio que a maconha não causou aquele efeito na “bobó”, apesar da excelente qualidade da erva. O interessante de tudo é que o fato aconteceu, um amigo pescou 52 latas, parece até conto de mentiroso, conheço caiçara que foi para a cadeia por causa das latas, que todo mundo vendeu, tem caiçara que conseguiu comprar barco de pesca com a venda das latas. Difícil entender o motivo dos humanos proibirem a plantação e o consumo de maconha, inibem a produção da planta de maneira violenta, usando todo aparato de violência do Estado. Se eu plantar maconha num vaso, serei presa, dependendo do juiz. Este rapaz que conheço que foi preso por tráfico de latas ficou marcado, freqüentou a faculdade do crime, pegou uma ginga de malandro. Querem proibir algo que vem da natureza e ao mesmo tempo fabricam armas de destruição em massa, bombas atômicas. Se pensarmos mais profundamente nada faz o menor sentido, a proibição da maconha, a fabricação de armas … Não é para a esquerda ter ressentimento com o puritanismo americano? Os puritanos americanos inventaram a proibição da maconha na época da lei seca.

  240. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 8:11 am

    No caso do Cacciola tinham algumas coisas diferentes, ele por exemplo tinha cidadania italiana, mais quando foi preso não estava na Itália ele estava em Mônaco, todo processo de extradição dele ocorreu lá em Mônaco, embora ate onde tenho conhecimento umas das maiores dificuldades da extradição dele foi uma argumentação de que no Brasil o preso é muito mal tratado, que vive em condições desumanas. Aquela coisa o Haiti é aqui! Mais no final ele acabou voltando, atentos para o detalhe, ele nunca foi solto, foi mantido preso ate o momento da extradição.

    Rafael Rodrigues e Viana Vana Caravana vou tentar outra vez, que a primeira não deu o word deu pau… penso vai ver tenho que pensar mais um pouco, enfim. Não gosto sou a favor de nenhum tipo de ditadura seja ela de direita ou de esquerda, as pessoas tem que ter o direito de irem e voltarem de seu pais, se são enganadas, exploradas em outros paises isso me parece problemas pessoal de cada um, não tem nada a ver comparar os 2 atletas explorados com estes outros 2 que nos pediram asilo aqui, e somente pediram asilo porque ele não tem LIBERDADE de irem ou voltarem. Nada pessoal contra Cuba, mais a gente julgar que neste caso eles foram repatriados e que iam ter uma vida feliz lá não dá, se assim o fosse eles não teriam o desejo de estar aqui. Conheci e convivi muito tempo com alguns cubanos, vários chegaram a morar em minha casa em São Paulo, e tem os pros e contras ao regime de Fidel, e não sou eu que vou julgar isso não, deixo para isso eles, mais a gente partir do pressuposto que lá é tudo um mar de rosas, só se for para turistas, daí o tratamento é 10. Palavras da Marlene uma moça que morou em casa, 1- quando saímos do supermercado “Aqui você trabalha e pode gastar como quiser o seu dinheiro, no meu pais eu só posso comer 2 ovos por mês, leite então nem pensar, comprar uma roupa nova nem sei quando, não posso ler os livros que vocês lêem porque lá é tudo controlado, a informação é somente aquilo que podemos saber, estou trabalhando aqui mais o que ganho vai para o estado não é meu”. 2- ao precisar ser atendida num hospital publico deparou com os problemas que o pessoal que usa a rede publica depara “aqui o atendimento publico é horrível, fiquei horas com uma taquicardia esperando um atendimento pensei que fosse morrer, isso no meu pais não acontece. 3- Um ultimo momento quando, a pedido de alguns amigos de esquerda, a levei para ver algumas favelas e mostrar que existe também um Brasil em que as pessoas trabalham e não tem uma vida digna “aqui tem pobreza mais no meu pais também tem, creio que isso é um problema mundial”. É muito complexo a gente opinar por opinar, cada pessoa tem a sua estória de vida e mesmo no Brasil somos milhares de imigrantes que saem do pais em busca de ma vida melhor, estamos na Europa, na América do norte, Japão e por ai vai, a única diferença é que podemos sair do nosso pais sem pedir licença e voltarmos quando tivermos vontade de faze-lo.

    Não sei como as coisas se passam ai com relação a este caso especifico deste terrorista italiano o que sei é que a Itália pensa seriamente em romper relações diplomáticas com o Brasil, vai faz pressão, noticia de hoje do ANSA jornal italiano onde a manchete é que se estão por chamar o embaixador da Itália de volta a Itália. Agora se realmente o povo brasileiro esta disposto a comprar esta briga para manter a decisão de asilo a este terrorista, então ótimo, afinal viva a democracia!

    http://www.ansa.it/opencms/export/site/visualizza_fdg.html_874270803.html

    Beijos ao som da rumba

  241. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 9:26 am

    Carolina my darling

    Mande sim o que quiser pro meu e-mail. Não sou bom de saúde mental. Nem sei se a tenho. Mas me interesso por loucos.

    beijo na testa perto da franja

    salm

  242. glauber guimarães disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 11:15 am

    luiz carias,
    você leu e entendeu errado. o que eu falei é que eu e salem inventariamos a TRANStropicalia [não, ANTI] e influenciariamos toda uma geração. obviamente, uma BRINCADEIRA e uma gentileza para com salem e caetano.
    sim, porque quando digo “caetano que se cuide”, estou dizendo às avessas, “caetano é um gênio”. o cara que [junto com os mutantes, gilberto gil, tom zé, rogério duprat] redefiniu não só a música do brasil, mas a idéia de brasil em si.
    não sou pretencioso.
    atribuo sua falta de atenção ao fato de ontem ter sido sua segunda-feira. bom, hoje é terça…passou. abraço!
    …………………..
    paulo,
    por que não arriscou? o nome do meu pai é lula carvalho. conhece?
    ……………………
    joana não tem cara de joana. até porque ela não é, hahaha
    …………………..
    termino meu COMMENT deixando um bom dia para todos! [foi mal, gil. haha]

  243. glauber guimarães disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 11:28 am

    • algumas coisas que me incomodam [só um pouco] aqui no blog:

    1] um anti-americanismo datado, confuso e autocomplacente que, em minha humilde opinião, não passa de um inútil complexo brasileiro de inferioridade [paulo osório já falou sobre isso aqui] e necessidade de auto-afirmação. um quase xenofobismo, mas todo mundo adora coca-cola, hot-dog, sitcom e gadgets tecnológicos, dentre outros. troca-se, num recurso simplista, um estrangeirismo [usa] por outro [áfrica], por conta da reparação histórica. esquece-se que cada nação tem algo a acrescentar e que existem mais semelhanças que diferenças entre os povos. patrulhamento chato e bobo…

    2] uma tietagem cega e desmedida, que defende caetano, até quando ele não é atacado [claro que o próprio tem nada a ver com isso].

    3] quando tentam me dizer como devo escrever ou pensar.

    ………………..

    • agora coisas que gosto muito aqui no blog:

    1] a sinceridade das pessoas que comentam.

    2] as pessoas que comentam muito e as que comentam pouco.

    3] a generosidade e paciência de caetano e hermano [sim, porque dá um trabalhão acompanhar isso aqui].

    4] o layout clean.

    5] a quantidade e qualidade das informações recebidas.

    6] zii e zie.

    7] caetano.

    8] as coisas que me incomodam aqui.

    ……………….

    carolina,
    não tenho orkut, só myspace. lá tem fotos.

  244. joana disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 1:00 pm

    caets

    vi vc no ego. confesso que fiquei feliz de ver que vc está no Rio.
    se eu esbarrar com vc, e te der um beliscão, é pelo joaldo, viu?

    ali dizia de caets no show da orquestra. fui em vários, muitas vezes que eu tive viagens pro rio, tinha show da orquestra rolando. mas show deles é pra estar com parceria, dançando, e não ficar olhando pro palco…vc dança, caets?

  245. Gerson Carvalho de Oliveira disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 1:03 pm

    Milton Friedman, pai do monetarismo, fez renascer as idéias de Adam Smith através do neo-liberalismo.
    O Estado passou a interfirir cada vez menos sobre a economia e agora, até os EUA percebeu que o Estado não pode soltar as redeas não. É um economista competente e quase ninguém mas fala dele. Detesto o neo-liberalismo e sempre achei que um dia cairia por terra.

    O caso do suposto “terrorista” italiano estou acompanhando, observando, analisando sem me deixar precipitar e cair na onda das primeiras informações. Também fico a imaginar se tal procedimento não é uma especie de troco que o Brasil está dando por conta do caso Cacciola. Quanto a questão de segurança de um preso na Itália, parece ser mais perigosa que aqui, onde suicidam presos e dizimam populações carcerarias. Na Itália a extrema direita, certamente, suicidará o tal “terrorista”, ou eu não conheço a máfia!

  246. joana disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 1:16 pm

    pessoas do blog:

    vcs gostam de dançar? estilo orquestra imperial?

    no rio eu tive 1 vez por uns minutos uma boa parceria de dança. depois perdi a parceria, aliás fui descartada pq era muito ocupado e não fiz parte de coisas importantes (esse é o meu texto). então, show da orquestra, de fato, dá uma vontade imensa, mas sem parceria que dance fica chato. inda mais olhando pro palco e vendo o povo dançando. vc dança, caets?

  247. paloma, ria toa disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 1:30 pm

    Resultados da busca : cerca de 338.000 para heloisa.

    > heloisa loira : cerca de 20.640 para heloisa. loura.

    > heloisa ruiva : cerca de 2.030 para heloisa ruiva.

    > heloisa morena : cerca de 11.500 para heloisa morena.

    conclusões :
    > sobre a pesquisa : existem no google 303.830 heloisas carecas e/ou sem cor de cabelo declarada.

    > sobre a comentada cor “louro surpresa” do cabelo de heloisa : nem toda loura é heloisa ! ;-)

    bjka paloma

    1: pô helô, não sirvo pra lista nenhuma ?
    2: citando grouxo marx, não entro em lista que me aceita como ítem.
    3: chama ‘rasgação’ isso que tá rolando aqui não é?

  248. Nobile José disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 2:13 pm

    “you going to sadomma and gamorra but what do you care?”

    os rebeldes dos dias de hoje são os que enfrentam o crime organizado.

    quero ver o filme, mas aqui no interior acho difícil que chegue gamorra. o jovem filósofo que escreveu o livro, junto ao juiz de sanctis, são as figuras que me animam nessa difícil tarefa de voltar ao trabalho depois das ótims férias que tive.

    salém: saiu o disco do cocoricó na cidade???? assim que eu comprar um vou te mandar o encarte pra vc autografar pra mim e pra minha turminha. abração!!!!!

  249. Julio Vellame disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 2:42 pm

    Complementos para Salém sobre futebol:

    O Esporte Clube Bahia foi o primeiro campeão Brasileiro em 59 em cima do Santos no maracanã (imagine!).

    O Vasco da Gama foi o primeiro time a aceitar pretos e o Grêmio o último.

  250. Felipe Grimaldi disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 3:40 pm

    Fiz uma crítica respeitosa ao blog e não a ví publicada, para a minha surpresa… não quero crêr que vocês só publicam comentários do tipo vaca de presépio… seria o fim.

  251. César Lacerda disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 4:01 pm

    Ultimamente, tenho pensado muito sobre uma espécie de fenômeno cultural que em determinadas épocas da formação das sociedades surge como uma força absolutamente estranha e completamente devastadora. Uma espécie de movimento interno, catalisador de forças convergentes que faz nascer numa mesma época pessoas com um enorme talento (político, profissional e artístico) e com uma inteligência e perspicácia absurda de absorver muito rapidamente a sua época e transcende-la.
    Os produtores culturais poderiam me dizer (e dizem -sou casado com uma-) que isso é apenas um intrincado jogo de políticas que faz com essas figuras despertem e abrochem para o mundo.
    Mas não. Não me dou por vencido. Como explicaria os iluministas, os jazzistas, os tropicalistas,… Enfim, como explicar?
    Talvez, de fato não seja o caso de explicar…

    Ontem, vendo alguns vídeos antigos no Youtube, assisti a uma pérola emocionante. Um dueto maravilhoso e extremamente casual de Caetano e Djavan cantando “Sina” em 1983, num especial da TV Globo (Djavan – Um Facho de Luz). Caetano, belíssimo (e sexualíssimo), divide, inusitadamente, o palco para cantar (com arranjo original do disco “Luz” com aqueles vocais meio-africanos maravilhosos) esta música sensacional.
    Fiquei extremamente emocionado. Senti-me como um espectador na platéia do show.
    Para os dá época, uma lembrança deliciosa. Para mim, que nem nascido era, uma explicação para os movimentos internos da natureza humana.

    http://br.youtube.com/watch?v=SMXhSkFQTms

  252. Cristina disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 4:10 pm

    A única pessoa que se declarou fascista que conheci foi um sindicalista italiano. A pessoa que pede a prisão de Daniel Dantas não se acha fascista, mas o cara que quer ver o assassino terrorista da esquerda italiana na cadeia é um fascista. O juiz que coloca na cadeia um moleque de 18 anos com 100 g de maconha não se acha fascista, apenas cumpre a lei.
    Tarso Genro vai promover um debate internacional sobre Cacciola e o terrorista italiano que ele não quer extraditar, ainda mais nesta crise, em que muitos banqueiros estão na situação do Cacciola. A Itália mandou chamar seu embaixador para saber como agir, os italianos querem a prisão do terrorista.

  253. César Lacerda disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 4:27 pm

    aliás Salem,
    chocolates suíços pra você:

    http://br.youtube.com/watch?v=z9HH98woqfw

  254. Lúcio Jr disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 5:46 pm

    Oi, Caetano e pessoal.

    Gostei de saber da região Leste. Preciso me atualizar em passado!

    E Tynan não é bom exemplo de liberal inglês, não é mesmo? Ele gostava de Brecht em plena Guerra Fria. Dizia que a monarquia inglesa deveria ser abolida e se dizia socialista, etc.

  255. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 6:04 pm

    Carias

    Viagem sua. O meu amado Glaubito apenas respondeu com seu retro-humor maravilhoso a uma pergunta que fiz a ele. Queria saber o que ele imaginava sobre como seria se a gente fizesse uma jam.

    E ele, como sempre, rápido no gatilho, mandou: “inventaríamos a transtropicália e influenciaríamos toda uma geração!”

    Nem usou a expressão “antitropicalista”, nem foi pretencioso. Como sempre foi leve e sagaz.

    Cacilds! Vamos manter o bom-humor! Se é pra falar sério ou debater, eu topo. Mas tem que ler e acompanhar o papo com ateanção, se não vira jazz coreano.

    beijo

  256. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 6:07 pm

    O quê?

    Cacciola e Daniel Dantas nas ruas?

    Chama o ladrão!

    beijo na testa

    salem

  257. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 6:11 pm

    Comentário curto rola. Comentário bacana, daqueles que a gente se debruça mais de 15 minutos editando e relendo, vai pro saco.

    Tô maluco ou alguém no POST anterior andou falando que um haker lê os POSTS do Caetano antes deles serem publicados?

    O “comentário Mãe Dinah” inclusive antecipava coisas que o Caetano publicaria e não publicou.

    Será que esse maníaco do parque virtual é que ‘tá causando os bugs tão frequentes?

    beijo criptografado nas testas

    salem

  258. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 6:22 pm

    Cansei de Lula, de gramática e o escambau.

    Eu quero escutar Tom Jobim prestando atenção nas letras, o que é difícil pra cacete.

    O Tom Jobim é um dos maiores letristas do mundo. Isso é que eu acho. E não é por causa dos maravilhosos mosaicos de versos modernistas de Matita Perê e Águas de Março.

    É por causa de Lígia.

    Essa canção é uma declaração de amor em negativas. Algo absolutamente único e genial.

    Vê só:

    Eu nunca sonhei com você
    Nunca fui ao cinema
    Não gosto de samba não vou a Ipanema
    Não gosto de chuva nem gosto de sol

    E quando eu lhe telefonei, desliguei foi engano
    O seu nome não sei
    Esquecí no piano as bobagens de amor
    Que eu iria dizer

    NÃO

    Eu nunca quis tê-la ao meu lado
    Num fim de semana
    Um chopp gelado em Copacabana
    Andar pela praia até o Leblon

    E quando eu me apaixonei
    Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
    Fiz um samba canção das mentiras de amor
    Que aprendi com você

    Aí o Joãogibas gravou omitindo o nome-próprio-título e tudo ficou mais amoroso.

    Não sei se as mudanças dessa segunda versão (a primeira é de Chico em Sinal Fechado) são do João ou do próprio Tom. Mas elas acentuam o valor poético da ironia dos nãos e nuncas. Esse segundo tratamento é todo escrito no POSITIVO.

    Olha só:

    Você se aproxima de mim
    Com esses modos estranhos e eu digo que SIM
    Mas teus olhos castanhos
    Me metem mais medo que um dia de sol

    E quando você me envolver
    Nos seus braços serenos eu vou me render
    Mas seus olhos morenos
    Me metem mais medo que um raio de sol

    não quero beijar ninguém na testa, NÃO.

    salem

  259. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 7:08 pm

    Pra quem usa MAC.

    O OeP tem dado pau (pedra e fim do caminho) com o browser (browser pode, né Gil?) SAFARI.

    No Firefox, a coisa ‘tá aparentemente mais estável.

    beijo na maça do rosto e a apple

    salem

  260. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 7:53 pm

    Salem,
    eu ia escrever sobre isso no tópico anterior mas fiquei com medo de parecer uma possibilidade bobao. Creio que não seja. Também acho que os bugs que tem ocorrido aqui tem a ver com as invasões de algum maníaco do parque virtual.
    ——————–

    Joana,
    eu já fui sozinho a uma apresentação da Orquestra, lá a gente sempre encontra alguém precisando de um par. Quase nunca danço só.
    ——————–

    Glauber disse tudo:
    http://www.obraemprogresso.com.br/2009/01/22/transtudo/#comment-12920
    ——————–

    Mirian,
    eu não sei quase nada sobre isso, é bom te ler também; assim posso procurar outros pontos e mudar de opinião. Obrigado. Por aqui a imprensa prefere jogar luzes para a polêmica, tira embaixador- recebe embaixador, e nada é explicado.
    Beijão.
    ——————–

    Bjs.

  261. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 8:00 pm

    Para o Jobim, para o samba, para Portugal, Brasil, Elis…

    Nosso Mar
    Composição: E. Morricone / Carlos Vargas & Dulce Pontes

    Quando você vem,
    Volta não volta,
    Se revolta e se revolve louca,
    Quando você vem,
    Quando você se solta;
    Quando você passa por mim
    Vai mostrando a sua raça
    E logo desperta
    Um desejo de cantar jobim.

    Quando você sai
    Me cresce água na boca,
    Vai não vai, seu coração me toca fundo
    Faz cantar meu violão;
    Quando enfim você descansa
    E me convida a entrar na dança
    Que vai dar no final
    Num imenso carnaval!

    Deixa eu te dar
    O amor de menina,
    Deixa eu sonhar
    Você me alucina!
    Vem me ajudar
    A sambar direito,
    Deixa eu rodar
    E abra meu peito!

    Quando você dá balanço
    Nesse samba você me chama,
    Quando você me ama
    O seu corpo se derrama…
    Você soma e segue
    Nessa dança, no batuque,
    No calor do tamborim,
    Todo esse amor
    Não vai caber em mim não!
    Quando você for embora
    Vida fora leve uma lembrança
    Pois o amor é eterno
    Enquanto durar…
    Sempre que você escutar
    O som do nosso bombo popular
    Você vai recordar
    O nosso amor, o nosso mar!

    Vem meu brasil
    Você me fascina
    Deixa eu cantar
    P´ra elis regina!
    Vem me ajudar
    A sambar direito,
    Deixa eu rodar
    E abra meu peito!

    http://www.lastfm.com.br/music/Ennio%2BMorricone%2B%2526%2BDulce%2BPontes/_/Nosso+Mar

  262. Luiz Castello disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 8:49 pm

    Oi Rafael.Oi Vellame.

    Sou 3 anos mais velho que a Revolução Cubana,instituída como regime,à primeiro de Janeiro de 1959.
    Cresci ouvindo histórias de pessoas ao meu redor,apaixonadas pelos heróis da Sierra Maestra.

    A revolução de Fidel Castro e seus guajiros,embalou o sonho dos idealistas dos anos 60,70,e inspirou ações no continente,sempre reprimidas com violência,impiedade e assassinatos,pelo poder imperial de elites degeneradas que se julgam escolhidas por alguma força transcendente,para explorar os recursos da terra,de acordo com seus interesses egoístas.

    Uma década e meia depois,o sonho voltaria a manifestar-se,dessa vez,por vias eleitorais,com a vitória de Salvador Allende no Chile.
    De novo os pobres da América Latrina,pensaram ter chegado um tempo,em que,o analfabetismo,as doenças,o desemprego,a fome,seriam varridos das suas vidas.

    Infelizmente,o premio Nobel da Paz,Henry Kissinger,pensava diferente,e declarou pra quem quisesse ouvir,com aquela arrogância característica dos poderosos “ se os chilenos não sabem escolher o seu destino,então nós vamos escolher por eles”.
    E a escolha,daquele que o Jornal Nacional,apresentava diariamente como”o cidadão do mundo”,foi cruel para o povo chileno.

    Eu e meus amigos,profetas de esquina,sabíamos que a democracia socialista de Allende,daria abertura para o movimento golpista de Pinochet e seus cowboys,pois que,do ventre da democracia,também são geradas as ditaduras.

    Por outro lado,o regime de Fidel na ilha,por circunstancias históricas,deu nesse fechamento de 50 anos.

    Será que faltou uma terceira via,um caminho do meio entre as duas propostas,de fazer o povo da América Latrina ter vez e voz,na condução do seu próprio destino na história ???

    _____x_____

    A canção Base de Guantanamo,começa com uma batida, que lembra a marcação do surdo,homenageando um sambista na hora do seu enterro.
    Obama,bem que podia entrar nessa cadencia e enterrar o bloqueio econômico imposto `a Cuba desde 1962,que além de vergonhoso,do ponto de vista moral,é ilegal,`a luz do direito internacional.

    Abraços,
    do Castello.

  263. gil disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 9:21 pm

    Salém querido, evidentemente que é absolutamente inútil…mas é uma entrar numa. e isso, é bom que se diga, nada tem de anti o que quer que seja, se parece, é muito mais e isso sim, um voto de relevância para a língua, numa certa medida influência do próprio caetano no blog. caetano entrou numa deixando bem claro o seu rigor e apreço pelo bem da língua, indo longe e tematizando. Como já disse me dá dó ler comment, sobretudo, afinal, quando caetano faz uso da expressão. Repetindo Salém …ou não… o assunto pode interessar ou não, pode gerar comentários e foco na questão…mas sinceramente, não me parece relevante apesar do registro e da confissão da minha dó. ..mas ó…na boa hein…ó…sweet…soft…sunseasand…na boa…

  264. glauber guimarães disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 9:31 pm

    salem,
    lígia é realmente incrível. se eu pudesse ser outra pessoa por um dia, seria o jobim. “maníaco do parque virtual”, hahahahahahahaahaha

  265. Julio Vellame disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 9:47 pm

    Salenzinho,

    Vc falou de João e eu fiquei ouriçado como uma pinaúna.

    Peguei “João Gilberto in Tokyo” e escutei Ligia mais uma vez.

    Eu sempre achei que essa era a música do cara que se apaixonou e nem tentou por que tinha medo de levar um fora. Grotescamente falando alguma coisa tipo Léo Jayme.

    Como João corrige algumas letras eu achava que ele tinha mexido nessa tb. No CD Japonês eles transcreveram a letra como João cantou. Lindo demais isso!! Só erraram no começo pois ele não canta “eu”, pois não precisa, João é foda, só a precisão é admitida.

    Pois bem, João fez correções profundas nessa. Tirou o piano e o samba, tirou Copacabana, diminuiu a caminhada, o cara pensou mais não telefonou e prefere não amar a ser traído. O cara não sabe nem o nome dela!!! por isso ele não fala.

    Nerd é nerd, João sabe das coisas!

    Nunca sonhei com vc,
    nunca fui ao cinema,
    Não gosto de samba
    Não vou a Ipanema
    Não gosto de chuva nem gosto de sol

    Eu nunca te telefonei
    Para que se eu sabia, eu jamais tentei
    E jamais ousaria as bobagens de amor que outro vai te dizer

    Sair com vc de mãos dadas na tarde serena um chop gelado num bar de Ipanema andar pela praia até o Leblon
    – essa parte ele tá só sonhando, claro —-

    Eu nunca me apaixonei eu jamais pudiria casar com vc
    Fatalmente eu iria sofrer tanta dor pra no fim te perder.

  266. Fernando Salem disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 10:01 pm

    César Lacerda

    Fui às lágrimas bebendo chandon e escutando Passarim. Que coisa. O take que você mandou é a primeira vez que o Tom mostra a canção aos Caymminhos.

    E o final que ele pensou em fazer

    tá na hora da onça beber água
    tá na hora da água beber onça
    tá na hora da hora beber

    chocolate suiço é pouco!

    isso é água de beber e ivnda da fonte!

    beijo na testa

    salem

  267. Marcelo Porciuncula disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 10:38 pm

    Esse COMMENT vai ser curto e doce: Glauber e Salem, vocês botam pra quebrar.

  268. gil disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 10:50 pm

    Criar a confusão é fácil, eu não vi nada de antiamericano aqui, se visse compreenderia. Castelão não vale que ele é nossa bolha, mas em geral não vi nada como isso. Ao ocntrário, aqui no blog acompanhamos um interesse intenso pela eleição de Obama, todo mundo participando da eleição americana. Não há como não falar do que se passa na nação hegemônica e mais poderosa, no sentido de que determina como nenhuma outra o que se passa pelo mundo. Comentários pontuais contra isso ou aquilo são absolutamente pertinentes, eles não acertam todas…agora o insuportável é a subserviência de segunda, o provincianismo fantasiado, a ignorância que é o pior dos modos. Mas a gente faz uma forcinha né…oi skindô oi skindô…vc não acha Salém?

  269. joana disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 11:07 pm

    rafael…

    vc gosta de dançar!…gosto muito das suas argumentações. se não soubesse que vc vai estar viajando já te chamava pro movimento. sabes que aqui no sul tenho muita dificuldade de encontrar homens que dancem?

    procurei fotos do baile da orquestra. moreno também estava bem interessante com aquela roupa verde e vermelho. nunca vi moreno de vermelho. aquela caiu muito bem.
    gosto de brincar com algumas coisas: uma vez, em um programa de rádio, consegui fazer moreno ir pra casa sem um pé das meias. ganhei de brinde, assinada e tudo. e ainda fiz minha amiga, que fez uma amiga, ir buscar. o mais divertido é que a meia ficou rolando nas bolsas delas um tempão, até eu chegar no rio e descobrir onde estava. depois que a meia chegou até minhas mãos, acabei sujando, e separei pra lavar. a faxineira da casa de minha amiga, super querida, quis fazer uma gentileza e lavou minhas roupas. fez questão de colocar o pé de meia na água sanitária pra ficar bem limpinha. qd cheguei em casa tava a meia pendurada no meio das outras roupas, e a assinatura tinha ido pro beleléu. mas foi divertido. tá rifando mais alguma coisa no baile, Moreno? gostei do vermelho. calças verdes, comprei ontem, por sinal.

    bjs, pessoas

  270. gil disse:
    Janeiro 27th, 2009 at 11:14 pm

    Salém querido, a história do Gérson merece ser lembrada. Quem viu o Canhotinha de Ouro jogar jamais se esquecerá, não houve nenhum jogador de meio campo mais completo genial e campeão do que Gérson. Desde o Flamengo, depois no Botafogo, São Paulo e Fluminense, sobretudo na Seleção Nacional, Gérson fez de tudo. Uma visão do jogo inigualável, o Papagaio como era chamado dentro do campo, cantava o jogo para todos e ditava a cadência das partidas. No lance do bola parada fez escola depois do mestre Didi, também imenso mas Gérson…incomparável, no mundo. Outro dia Tostão se referiu ao canhotinha num dos seus artigos maravilhosos no jornal. Pois bem, nosso Gérson depois de ganhar a Copa de 70 e com o boom da propaganda entre nós naquela época, fez um comercial para uma marca de cigarros popular. A campanha se baseava no preço mais vantajoso para um cigarro como aquele e no final: a gente gosta de levar vantagem em tudo, certo? declamava nosso gênio da bola…e deu no que deu, Gérson o que gosta de levar vantagem…isso foi desviado para uma conotação de aproveitador, oportunista, enfim, os resíduos tóxicos da raça…não vai prejudicar a lembrança de quem teve a graça de poder ter visto a beleza que vinha do Gérson, em campo, um lider, dirigindo tudo, com muita estatura, corajoso, técnico, visionário. Mas Gérson fumava como qualquer pessoa de bem naquela altura…qualquer legado diferente do gênio não se ajusta a Gérson…um monstro, prazer absoluto de ver jogar. Um rei.

  271. Julio Vellame disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 1:55 am

    O cara pensou MAS não telefonou (sorry)

  272. Labi BarrÔ disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 2:01 am

    Boa Noite Gente Boa!
    A culpa é minha people. Caetano sumiu. Eu fui pedir para ele dar um jeito de chamar Bethânia e ele sumiu. Será que Bethânia…ficou nervosa com ele? Caetano, também não era para insistir tanto né?
    Caetaninho, ô Caetaninho…Vem cá querido, vem. Deita a sua cabeçinha no colinho de Labi e explica uma coisinha: quando o astronauta Dave Bowman desligou o traiçoeiro HAL, a questão do ataque da inteligência artificial aos seres humanos ficou resolvida? Sim, porque estou numa dúvida cruel. Eu não sei se foi influência do cigarro esquisito e com cheiro estranho que Lorram começou a fumar aqui em casa, mas o fato é que meu computador tá de sacanagem comigo. Pai Caetano, devo euzinha agir como Bowman? Se assim o fizer, como é que vou me inteirar dos assuntos da Obra?
    Desculpa Velô, mas eu sou fraquinha mesmo.
    Cê sabe que eu demorei a entender por que é que Narciso acha feio o que não é espelho? Só depois de conhecer Ovídio em uma de minhas viagens imaginárias a Roma, pude entender a música. É interessante o mito segundo o qual o jovem fica tão tomado por sua imagem refletida que ignora o mundo real à sua volta. Mas Pai Caetano e se a realidade que acreditamos experimentar for ela mesma uma ilusão, nada mais que uma ilusão meu amor? O que será de nós dois? Eu Labi, você aí!
    Mas gente, aquele HAL morrendo me deixa morta de medo toda vez que vejo. Cururuzes! Fico arrepiada só de pensar. Nonada, xá prá lá.
    E o Alemão gente boa? Cadê o Alemão? Aparece aí lindo. Cê vai ou não vai querer andar no meu fusca?
    Eu tô sozinha hein…Louquinha para arrumar um love.
    Salem cê podia me ajudar hein! Mas eu não quero um cara parecido com o Miklos não. Quero um parecido com o Gavin.
    Ninguém leu O TEATRO DOS VÍCIOS? Tratem de comprar gente. Vale a pena.
    Já passa da hora do jantar e a noite segue seu caminho… Eu nunca me senti uma liberal inglesa, sempre achei Margareth feia, nunca li Shakespeare, mas um dia chego lá. Vamos falar sobre a anaconda de Caetano?

    Licença gente, mas para o meu argentino querido que gostava de ouvir Caetanho Velosso comigo:

    http://br.youtube.com/watch?v=cdS7epk5kFg

    Labi Barrô, conversando com Simone, Boécio, Alfarabi, Anselmo, Ralph, Avicena, Henri, Averróis e Caetano Veloso! Nem sempre entendendo, mas aprendendo a jogar. Madrugada agitada essa…

  273. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 2:13 am

    Joana,
    não sou nenhum bailarino ou dançarino profissional, mas danço. rs. Na verdade, atuo, danço, canto, pinto, bordo, etc.

    * Se puder vá no Bloco Tradicional do Grupo Mariocas e no tambor de crioula na Feira do Lavradio (eles costumam ensaiar no Beco do Rato - Lapa, num espaço chamado Recordatório).

    Já está por aqui? Ficará até quando?
    Retornarei da Bahia no dia 12/02.

    bj.
    ————-

    Castello,
    de Cuba entendo pouco, estarei sempre com o falecido Reinaldo Arenas. De lá gosto da música e da literatura.
    Saiu uma matéria num canal de noticias acusando Fidel de traidor.

    Ex-guerrilheiro acusa Fidel de trair Che a mando de Moscou
    http://br.noticias.yahoo.com/s/25012009/40/mundo-ex-guerrilheiro-acusa-fidel-trair.html

  274. Heloisa disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 2:22 am

    “Sobre ‘aquez pobrema todo’ : pensei melhor, e decidi mudar de lado. não há mesmo como impor uma única regra a um universo tão extenso de pessoas. não posso exigir um falar correto, nem mesmo do meu próprio filho.” (Paloma, Rio)

    Essa só não entrou na lista porque você ainda não tinha escrito. ;)

  275. Vero (Uruguay) disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 2:35 am

    TRANSTUDO….JÁ TEMOS UM PASSADO…..(SAUDOSISMO).

    Me puse a ordenar el placard. No porque las cosas estuviesen por caérseme encima, sino para entretener una especie de psoriasis que me dá y me maltrata algunas partes…durante el día.
    Siempre empiezo bien, pongo todo sobre la cama, limpio los estantes con un trapito, doblo cuidadosamente los sueterses, cuelgo pantalones(calças), camisas, blusas con el primer botón cerrado y ainda mais…pero después todo se demora.

    Porque van apareciendo pedacitos de “vida” transformados en un “pasado” con diferentes formas.
    Y en un cajón encontré, dentro de un sobrecito plástico todos los “ingresos” de los shows, de todos los artistas “brasileros” que he ido a “ver”, más que ver… disfrutar con toda mi alma, y entre ellos, por supuesto que te “encontré” a ti Caetano mío!, sabes cuántas veces has venido?…cuatro…claro! digo a presentarte en shows…a propósito de esto… haz venido a Uruguay fuera de gira?, tipo paseo?…cuándo quieras venir…dímelo… así me apronto para recibirte como corresponde….
    (me fui por las ramas)…te contaba que cuatro shows presentaste aquí…en el 93, 96, 98 y 2001…y en que sostenía entre mis manos tales “papelitos” (para mí fueron grandiosos momentos) recordé la frase que mencionas…”Já temos um passado”…./um violao guardado/ aquela flor/ e outras mumunhas mais/ eu e você, Joao…../o mundo dissonante que nós dois/ tentamos inventar/…../a felicidade….

    Es que hallé también, junto a los ingresos del “último” show(2001), una flor clavel(cravo) que llevé para te dar,… pero que simbólicamente guarde conmigo como recuerdo de nuestro “encuentro”; convirtiéndose en una especie de símbolo de todo lo que puede “encenderse” entre “dos personas que se encuentran”, y luego el tiempo inexorablemente va transformando en historia, nuestro “passado”.

    Ah! qué manía ésta de guardarlo todo. Qué empecinada esperanza ésta de creer que en cada hojita, en cada pétalo, en cada pequeña cosa que estuvo cerca de mí, en el momento de la alegría y el esplendor se queda pegada un poquito de dicha de esa emoción. Y que a partir de una “magia” especial nacida de mi “desesperada” voluntad puedo reproducir esa felicidad…”já temos um passado”….por más que la toque con mucho cuidado, esa flor seca se hizo olorosa al tiempo, invadiendo “a saudade” hasta aquel día 16/12/01 sintiendo el corazón pulsando aquel pasado tiempo.

    ¿Seguirá siendo clavel todavía? Me pregunté. ¿o cuándo una flor se deshace ya no es más una flor y se transforma en sólo polvo?. ¿Las cosas son las cosas por su forma o por el material que las compone?.
    ¿Será el amor como esa flor?, primero amor, sin dudas, inconfundible, deslumbrante, cuando las palabras van de la boca al corazón.

    ¿Seguirá siendo “amor” cuando se hace tan suave el abrazo, tan breve, inaudible la palabra?
    Yo todavía sigo juntando “talismanes” a escondidas…
    Yo todavía sigo intentando encontrar lo que se pierde…y me froto el cuerpo con esos “tesoros” míos, y me digo: “pégate dicha, pégate”…me emociono, sonrío y un poquito… me desespero…por el regreso.

    ¿Se cansará el clavel de ser clavel?, ¿estará más tranquila siendo esa fina ceniza resignada por el tiempo?.
    Oh!!! ¡no!, ¡quiero ser flor!…aunque a veces sea duro y laborioso y tenga que tomar la iniciativa de cada acto de ternura.
    Convoco a los recuerdos y a la magia de la “energía” del “amor” brindado…por esa “flor”(Obraemprogresso) que tal vez un día “destruida” por el tiempo, conserve su esencia, y será eterna como el tiempo, para el “alma” de quien la tenga….porque “já temos um passado”…..e eu fico comovido(a) de lembrar/ o tempo e o som/ ah, como era bom/ mas chega de saudade, a realidade/ é que aprendemos com “Caetano”/ pra sempre A NAO ser desafinados/ ser/ …..

    …..e chega de saudosismo…por hoje, Vero,…mas volto a outros assuntos e canções….um abraço apretado. Vero.

  276. glauber guimarães disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 3:25 am

    “agora o insuportável é a subserviência de segunda, o provincianismo fantasiado, a ignorância que é o pior dos modos”

    gil, cê não tem jeito mesmo. desisto. abraço procê.

  277. Luiz Castello disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 7:15 am

    Gil meu amigo gente fina,
    Fiquei sem saber se fui esculhambado ou mimado,quando você disse “Castelão não vale que ele é nossa bolha”,mas adorei o seu comentário em louvor do canhotinha de ouro.
    Tive o prazer de vê-lo jogar,e muito.Quando era contra o mengão,virava drama.
    A torcida rubro negra empurrava pra frente o time,que nos 60,tinha pouca qualidade,e aí,o corcunda lançava um daqueles foguetes de 20,30m de profundidade.Jairzinho e Roberto faziam a festa.
    Tenho o tape completo da final da copa 70 Brasil 4×1 Itália.Que golaço que ele marcou – o segundo - com aquela seleção,que fez o Brasil vir para as ruas,numa festa como nunca houve antes na história desse país…nem depois.

    Glauberóvsky,
    Você tem cara de mosqueteiro.Hehehe.

    Salem,
    Meu respeito por você é tamanho,que só agora resolvi me abrir.
    Achei que foi uma bola-fora,essa sua idéia de jogar ping pong com as palavras.
    Deixou-me a impressão,de que você entra nos debates,para derrotar seus interlocutores,com jogadas de efeito,que fazem o “adversário” sambar e bater com a cara na ponta da mesa.
    Eu,hein…isso não condiz com a sua catchiguria.

    Existe uma história na China :
    Dois amigos,cada um com uma ideia diferente sôbre o mesmo assunto,marcaram um encontro.
    Depois do encontro,os amigos foram pra casa,felizes,cada um com duas idéias sôbre o mesmo assunto.
    Eu prefiro essa praia.

    _____x_____

    Agora,se quiser me desafiar para uma partidinha de ping pong (não de palavras) eu tô dentro.
    Não sou nenhum João Gilberto,mas dou 5 de vantagem…hehehe…

    Tríplice abraço fraterno,
    Do Castello.

  278. glauber guimarães disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 7:57 am

    labi barrô, com seu texto bacana, desencavou “marcelo” lá do casino do chacrinha. “hal 9000″ e “marcelo 1981″ no mesmo comment. sensacionaaaaal! labi, você é PHoda!
    ……………
    gil,
    poderia facilmente copiar e colar aqui as frases que demonstram o que falei, o antiamericanismo autocomplacente, mas não vale o esforço. mais fácil ainda seria compilar suas frases agressivas, injustas e, se me permite, previsíveis. é só não concordar contigo que o sujeito vira um ignorante subserviente de segunda [e eu fico aqui imaginando o que seria subserviência de primeira]. deu pra mim, meu nêgo. não tenho saco pra dialogar com prima donnas virtuais. e que te vaya bien…
    ………………..
    buenos dias, peoples!

  279. glauber guimarães disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 9:40 am

    glauberovsky ciência hoje!
    para animar a moçada, direto da louisiana [usa], cantando em inglês e creole, clifton chenier, o rei do zydeco:

    http://br.youtube.com/watch?v=aVwUf3O–s4

    http://br.youtube.com/watch?v=XUlSREsMKj8&feature=related

    semelhanças…divirtam-se!

  280. paloma, rio eu, ri tu, ria você disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 10:47 am

    adoro essa piada : em um passeio pela sua cidadezinha natal, um lorde inglês, usando jeans e camiseta, foi advertido por um cidadão local que sua vestimenta era inedequada para alguém da sua posição. isso poderia arranhar sua imagem na localidade.

    o lorde ouviu atentamente as considerações do interlocutor e lhe disse : “ora meu amigo, não há nenhum problema nisso, já que aqui nesta cidade todos me conhecem.”

    dias depois, o mesmo cidadão encontra o lorde em uma cidade vizinha, e percebe que o lorde continua usando o mesmo jeans. “sir, vejo que o senhor se adaptou à indumentária dos comuns, que não se adequam ao seu status quo. não lhe preocupa o que podem vir a pensar do senhor por aqui?”

    o lorde, gentil como os lordes, sorri e lhe responde : “ora meu amigo, aqui ninguém me conhece!”
    ….

    a regra “escreveu não leu … o pau comeu!” nos blogs é um pouco diferente : escreveu, editou, revisou, publicou, mas se quem leu não entendeu, sifu …!

    se eu falar, por exemplo, “é rúin, hein!” para uma caixa de supermercado, ele vai sorrir e me chamar de “colega”. já entre amigos, eles saberão que é uma citação, uma referência, uma piada, ou tudo isso junto.

    nos blogs, ou chats, onde os textos vão ao limbo antes de atingirem o alvo (os sumiços de comentários não me deixam mentir) fica às vezes díficil trans-formar, para quem, como eu, não vive da palavra, uma brincadeira ou um momento de divertida introspecção em um jogo de palavras.

    bastaria que todos os envolvidos tivessem suficiente senso de humor, e alguma sintonia, para trans-codificar as mensagens.

    bj paloma

    ps1: do wikipedia : “Com o tempo, foi-se percebendo que o p.s., além de servir para corrigir nossos lapsos de memória ou simplesmente informar que haviam ocorrido alterações depois que tínhamos dado a carta por concluída, poderia servir como uma sutil estratégia retórica: depois de percorrer todo o corpo do texto, o leitor se depara com uma idéia posta em destaque, plantada ali por nós com aquela mesma aparente despreocupação com que lançamos, na fala, aquele temível “Ah! Antes que eu me esqueça … “, que sempre anuncia o que de mais importante temos a dizer.

    É justamente esse efeito “amplificador” do post scriptum o que explica a sua utilização nas cartas e mensagens escritas no computador, uma vez que, com os fantásticos recursos de correção e arrependimento* trazidos pelos processadores de texto, poderíamos simplesmente incluir no texto o que tínhamos esquecido.” (* = beleza de humor do dicionarista)

    ps2: heloisa, obrigada pelo seu “post listum” . o termo “off” surgiu em n.y.(”off-broadway”). eu morava ao lado do ‘la mama’ e adorava ser off também. trabalho com alternatividades e ser off-lista é tipo um prêmio para mim.

    ps3: não está fácil musicalizar a “menina” mas nossa sugestão estará disponível em breve. será o primeiro remix psico-gravado do universo. ô vanguarde!

  281. Dionnara disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 1:02 pm

    Oh, Meu Rei! Há muito tempo não passo por aqui. Dentro do possível. Fico indiferente aos cenários que não tenho como alterar. Embora sinta falta do trema : ) Trema! Enfim,gozemos, a arte do gozo,pontuação, intervindo no haver: o não haver não há, já dizia o poeta. Do outro lado do céu, tem céu. Amei o novo CD e DVD do Mestre Chico Buarque. Aguardamos suas novas composições. Que plantão! http://www.artejovem.org. Beijos, fraternalmente, Di.

  282. Marcos Lacerda disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 1:18 pm

    Viva Tom Jobim, realmente o papo tava chato. Bom mesmo é falar sobre canções,e falar sobre as canções de Tom Jobim então…Lembro quando ouvi pela primeira vez o disco “Urubu”, fiquei espantado com as canções todas, tão diferentes do que se convencionou chamar “Bossa-Nova”. Depois li na bonita biografia do Tom, escrita por sua irmã, que o estímulo principal de Tom era mostrar que ele sabia e podia fazer peças musicais para além das canções “Bossa-Nova”, Tom até brincava dizendo que, caso contrário,correria o risco de terminar a vida muito velho, cantando “Garota de Ipanema” num circo do interior…
    Ligia é do disco Urubu, assim como “Arquitetura de morar”, “Saudade do Brasil”, “Valse”, “Boto” e outras mais…
    Passarim é uma beleza. É só ouvir a canção título e “Borzeguim”. E claro, “Gabriela”, “Brasil Nativo” ( com o grande Paulo César Pinheiro ), “Bebel” e a obra-prima “Anos Dourados”. Esta última cantada por Caetano e Chico é um deslumbramento total!

  283. Fernando Salem disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 2:11 pm

    HERMANO, SORRY. CORRIGI ERRINHOS. VALE ESSA:

    GIL

    Não entendi patavina daquele comentário sobre “entrar numa” e onde eu entro nessa história.

    SOBRE LÍGIA

    Não gosto de pensar que seja um delíro masculino. Ou que o cara seja “medroso” como Vellame supôs ao escutar a canção. Que tem medo de telefonar e coisa e tal.

    A canção tem a carga de quem sente dor. E a ironia maravilhosa do NÃO e do NUNCA. Ele está dizendo “eu telefonei” “eu fui ao cinema” “eu gosto de samba” “eu vou a ipanema”.

    A ironia cresce com “não gosto de chuva, nem gosto de sol”.

    E chega ao ápice com

    “seu nome não sei” “LÍGIA”

    João tirou essa piada genial da canção. Seu nome não sei, Lígia!

    Ele preferi ser explícito e suprimir a ironia deixando a dor clara:

    “fatalmente eu iria sentir tanta dor, pra no fim te perder”.

    A letra original não explicita positivamente a melancolia do sujeito. Por isso é nela que está o grande achado poético.

    Mas como João é João, a adequação que fez ficou bonita.

    Não gosto muito de pensar apenas na intenção do autor (vida real). Isso é um pouco arqueológico demais e muitas vezes nem o próprio autor tem a consciência plena do que está engendrando. Isso é que maravilhoso.

    Em Lígia, mesmo assim, dá a impressão que Tom teve mesmo uma idéia, um estalo.

    Quando eu era pequeno, gostava daquela brincadeira de não dizer NÃO nem NUNCA.

    Ouçam Lígia. Na primeira audição, parece mais uma letra, “mais uma de amor”. Mas NÃO é.

    Isso é o que é.

    beijo na testa

    salem

  284. Rafael Rodriguez disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 2:43 pm

    Recebi anteontem um email do Tyrone com a canção “Menina da Ria”, foi gravado durante a apresentação em Santo Amaro.
    O áudio está horrível, mas já dá pra ter uma ideia da canção.

    http://www.youtube.com/watch?v=is7zvxehB0k

    bjs.

  285. Miriam Lucia disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 4:00 pm

    Felipe Grimaldi não se importe com o fato do teu texto ter sumido não, aqui todos já passamos por isso a questão não é o fato de você ter dado uma opinião contraria ou favorável.

    César Lacerda obrigada por ter partilhado com a gente este momento que para você foi especial, realmente o vídeo tem tudo aquilo que você falou!

    Um Tiramissu Siciliano pra você!

    Salem Ligia já era tudo de bom daí vem Ana Luiza, ele acaricia a alma feminina! Putz maravilhoso! Quanto a algum hacker brincando por aqui já pensei sobre isso tem sempre um que gosta de brincar de poderoso, mais já ouvi fala por ai que no Explorer também tem ocorrido alguns erros mesmo no Windows, aqui fora as vezes que o texto não vai e daí a gente tem que atuar como o “Jack” ou ainda reeditar, ou ainda desistir. Mais tem uns erros de linhas que aparecem aqui que vou ver se consigo passar:

    Linha 133 – caractere 3 – código 0 a linha de erro é impossível de escrever se quiser posso fotografar a tela e mandar por e-mail ok?

    Rafael, eu aprendi muitas coisas com você também, coisas maravilhosas, na vida tudo que vejo procuro uma forma de saber mais a respeito e assim formar uma certa opinião a respeito, as vezes favorável as vezes contraria e outras tantas vezes ponderada, e tem vezes zangada (risos). Voce é sempre especial.

    Joana a sua estória da meia de Moreno foi engraçada, tem umas faxineiras que querem agradar e fazer as coisas tão certinho, eu tenho 2 estórias para mim engraçadas também uma sobre o pirarucu seco que me deu uma cara amiga de Manaus e que estava escondido no armário, um belo dia ele sumiu, depois a faxineira disse: “olha demorou mais consegui descobrir o peixe podre no armário e o pior que ele estava bem escondido mais agora já resolvi.” A segunda seria uma bandeja de queijos franceses que tinha acabado de comprar da minha amiga comissária de bordo (ela trazia algumas coisas para ajudar na renda mensal e vendia para os amigos) que teve o mesmo destino do pirarucu, a moça disse que tinha limpado a geladeira, eu fiquei gelada, ao mesmo tempo já ate imaginava o final trágico dos meus queijinhos lindinhos, dito e feito.

    Glauber fantástico estes 2 links ai cara, anima muito, a vida é uma coisa feliz mesmo.

    Beijinhos felizes

  286. Fernando Salem disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 4:24 pm

    Oi Castelleza

    Cê disse assim, ó:

    “Achei que foi uma bola-fora,essa sua idéia de jogar ping pong com as palavras. Deixou-me a impressão,de que você entra nos debates, para derrotar seus interlocutores,com jogadas de efeito,que fazem o “adversário” sambar e bater com a cara na ponta da mesa.
    Eu,hein…isso não condiz com a sua catchiguria.”

    Se eu deixei essa impressão, ratifico:

    Usei o pingue-pongue como metáfora para situações de debate e discordância. Não jogo por jogar, assim como não debato por debater. Okay, o objetivo do pingue-pongue é vencer. Mas como Siboney bem exemplificou com seu jogo com o Joãogibas, o bacana do do jogo é entender como op interlocutor pensa, em qual registro ele atua. Só assim você consegue desconstruir um padrão ou uma lógica oposta a sua. Foi isso.

    Se você botar reparo, vai ver que via de “regra”, não uso essa estratégia pra escrever. Até porque na maioria das vezes estou em consonância com os interlocutores.

    Mas se discordo, ah, aí não tem jeito. Fui convidado a jogar pingue-pongue. E não sou de dar cortadas, não. Gosto sim do efeito.

    O objetivo é ganhar? Não. É deslocar o adversário para o meu pensamento. Na próxima jogada (ou comentário) ele vai me conhecer melhor e o jogo (debate) vai ter um nível mais alto. Esse é o objetivo quando jogo ou debato com amigos.

    beijo na testa

    salem

  287. Fernando Salem disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 4:34 pm

    Oiiii! Labi!

    Nem Miklos, nem Gavin!

    ‘Cê merece mais que um titã! (rimou porque Gavin se diz Gavã)

    Não sei se posso te ajudar. Com a sua lábia de Labi labiríntica você ganha quem quiser. É só querer.

    Cada vez que você escreve por aqui, se acendem holofotes. É impressionante a luz e o barulho que você consegue fazer com as palavras.

    beijo de língua escrita

    salem

  288. Renato Pedrecal disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 5:29 pm

    Eduardo Luedy,

    Se tudo é relativo, tudo o que você afirma também o é, correto?

    A linguagem tem a função não apenas de comunicar, não custa lembrar. É um modo de existir e de se afirmar na vida; um existir filosófico, poético, artístico, jurídico, social, político, afetivo, tantos outros. Quem quiser se afirmar de um modo precário, que o faça. A quem não quiser, que sejam dadas as ferramentas adequadas.

    Normatizar o “menas” é fazer de uma aberração algo aceitável. E de tanto achar tudo normal vamos cometendo nossas atrocidades.

    Somos mesmo uma nação de analfabetos, como disse o Tom Zé. Mas não precisamos sê-lo para sempre, por favor. Isso mais parece um plano demoníaco para manter o povo engessado em sua santa ignorância. Cruzes.

  289. Ricardo de Alcântara disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 5:56 pm

    Salem,

    Volto a um assunto que tá ficando enfadonho (lembra dessa palavrinha?). Nem se sinta obrigado a responder. Mas é só uma forma deu pintar por aqui. Depois arrumo outras.

    Acho que uma ponte legal entre o que você escreveu sobre futebol/gramática/regras e o que penso que Luedy pensa (e outros, como Heloísa), é o seguinte:

    O futebol com mínimas regras praticado por crianças nas ruas, com pelotas dos mais diversos materiais, não é menos futebol que o jogado na Copa do Mundo. O praticante do futebol-farra de rua, não se sente um não-jogador de futebol ao jogar. Ninguém vai lá e diz: “Ah, isso não é futebol, a bola é de mentirinha…”. Ele não precisa ir pra Copa, nem arrumar um juíz, uniforme e linhas no campinho para estar jogando bola.

    Com a língua o mesmo não acontece. O praticante do português fora da norma, por muitas vezes, e por diversas razões, sente-se como um bola fora, um falador de uma língua que não é sua.

    Esse é o conceito que acredito que precisa mudar na hora de ensinar e de discutir a língua, e tanto gramáticos quanto sócio-linguístas buscam isso por caminhos que não funcionam muito bem. Ficam jogando mísseis uns nos outros e não andam pra frente.

    A culpa não é da gramática, Luedy, é da abordagem.

    No mais, “Lígia” é uma das músicas mais lindas que já ouvi. Gosto do “Lí-gía, lí-gía…”

    Abraços,
    Ricardo.

  290. Julio Vellame disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 7:04 pm

    è….
    Só privilegiados tem ouvido igual ao seu
    Eu possuo apenas o que Deus me deu…..

  291. Heloisa disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 7:26 pm

    “¿Se cansará el clavel de ser clavel?, ¿estará más tranquila siendo esa fina ceniza resignada por el tiempo?.
    Oh!!! ¡no!, ¡quiero ser flor!…aunque a veces sea duro y laborioso y tenga que tomar la iniciativa de cada acto de ternura.”

    Vero, você me fez chorar com sua busca do tempo perdido. Não há dúvida: el es tuyo, solo tuyo!

    Mas, Salem, a versão de Chico já tem a estrofe positiva:

    E quando você me envolver
    Nos seus braços serenos eu vou me render
    Mas seus olhos morenos
    Me metem mais medo que um raio de sol

    Ou eu fiquei doida? Aí a melancolia já está positivamente explícita, certo?
    Outra coisa: sei que você não quer mais falar na piada, mas só uma perguntinha: E se o cara se chamasse “Gerso”, faria alguma diferença? :)

    Castello, gostei da história dos amigos da China - precisamos pensar nisso aqui. E a ‘bolha’? Também não entendi.

    Gil, você não se cansa de ser um Policarpo Quaresma em tempo integral? Relaxa, cara.

    Labi, também me arrepia lembrar o HAL cantando ‘Daisyyyy….Daisyyy…” com aquela voz moribunda…Creepy!

  292. joana disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 7:28 pm

    rafael, respondo lá pelo mail do seu blog, ok?

    glauber, excelentes links. eu não sabia da exist~encia desse ser. que beleza.

  293. Julio Vellame disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 7:40 pm

    tio e tia
    acho que fala ziêziê (o z com um certo som de t)

  294. Heloisa disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 7:49 pm

    Rafael, você é o cara! Finalmente o que faltava
    na misteriosa menina!

  295. Fernando Salem disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 8:15 pm

    Oi Alcantríssimo

    Cê disse:

    “O futebol com mínimas regras praticado por crianças nas ruas, com pelotas dos mais diversos materiais, não é menos futebol que o jogado na Copa do Mundo.”

    Eu respondo: foi exatamente o que eu disse.

    Eu defendo que os grupos possam se comuicar em seus dialetos e modos à vontade.

    Mas não acho que as regras amplas vão contra isso. Como no futiba.

    Não defendi o preconceito. Quis dizer que deveríamos ter o mesmo critério.

    O que disse de forma metafórica está bem explicado na fala do Pedrecal (que nome legal!) Pedra + cal! Pé no chão total!

    Ó só:

    “A linguagem tem a função não apenas de comunicar, não custa lembrar. É um modo de existir e de se afirmar na vida; um existir filosófico, poético, artístico, jurídico, social, político, afetivo, tantos outros.”

    É bom isso, né?

    beijo na testa

    salem

  296. Fernando Salem disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 8:31 pm

    HELOISA

    bem lembrados os versos positivos da versão de Lígia gravado pelo Chico. Tô tão obsecado com o NÃO e o NUNCA que nem reparei o deslize.

    Miriam

    Ana Luiza é anterior à Lígia.

    Ana Luiza
    “Eu fiz essa canção só pra você”

    Lígia
    “Fiz um samba-canção com as mentiras de amor que aprendi com você”

    Há uma sofisticação em Lígia. O sujeito nega. Esquece no piano. Se vinga dizendo que a amada não é digna do seu samba. E fazendo isso o dedica a ela. É maravilhoso. Há uma auto-estima em jogo na letra. Um samba deve merecer a sua musa. Ele dedica a canção a uma Lígia que não a merece.

    Isso é colossal!

    Pode ser que haja outra melhor, tudo bem

    Mas igual à Lígia do Tom
    No mundo inteirinho,
    Igualzinha não tem.

    eu nunca te beijei na testa

    salem

  297. Fernando Salem disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 8:36 pm

    Sobre esse negócio de ser “pretensioso” ou não.

    Pretensioso é aquele que tem pretenções ou vaidade.

    Não tenho nada contra o fato de uma pessoa ter pretenções e/ou vaidade.

    Claro que a expressão é usada pejorativamente pra designar alguém “metido à besta” ou “imperrrtigado” como dizem no interior de SP.

    Mas a gente tem que lembrar que temos uma formação católica. A vaidade é um pecadão. E a gente se confunde com essa história de gostar da gennte e do que a gente pensa ou diz.

    Eu e o Glauber até fomos vistos como pretensiosos quando fizemos um diálogo que era apenas uma brincadeira.

    O próprio Caetano, que é um cara extremamente atento aos outros, já foi vítima dessa confusão. Claro que ele é vaidoso e pretensioso nos melhores sentidos das palavras. Mas não é “imperrrrtigado”. Uma das muitas matéria-primas do artista é a sua vaidade. Por isso Lígia é genial (estou mesmo maluco com a redescoberta dessa canção).

    Nesse sentido, todos aqui somos pretensiosos. Afinal, pretendemos avançar nossos pensamento e afetos. E isso, sem vaidade, é coisa de padre.

    Vamos deixar a culpa cristã de lado. índios são vaidosos. Poetas, seresteiros e namorados também.

    Lobão às vezs tem razão.

    beijo pretensioso

    salem

  298. Marcelo Porciuncula disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 8:55 pm

    Heloisa,
    fiquei um tempão sem visitar o blog. Há poucos dias voltei a dar umas olhadas aqui e percebi que sua escrita mudou. Está mais solta. Continua doce, carinhosa, amável, mas mais solta. Talvez seja impressão minha…
    O que Vero nos disse é realmente lindo. E para mim é ainda mais lindo quando ouvido como eu ouvi: aquele castelhano lá do sul, aquele ritmo, aquele coração aberto, entregue…
    Um beijo pra vocês, Vero e Heloisa.

  299. Julio Vellame disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 9:38 pm

    Se todos fossem iguais a você
    Que maravilha viver
    Uma canção pelo ar,
    Uma mulher a cantar
    Uma cidade a cantar,
    A sorrir, a cantar, a pedir
    A beleza de amar
    Como o sol,
    Como a flor,
    Como a luz
    Amar sem mentir,
    Nem sofrer

    Existiria verdade,
    Verdade que ninguém vê
    Se todos fossem no mundo iguais a você

  300. Lucesar disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 10:22 pm

    Salém ficou doido, danou a escrever, e eu tô gostando !!!
    Com vocês ( Salém, Glauber, Heloisa, Vero, Gil, Miriam, Labi, Joana, Catello, Paloma, Rafael, etc… ) empolgados e inspirados, esse OeP vira um vício. Imaginem quando Exequiela, Joaldo e Caetano voltarem !!!
    Beijos…

  301. ju disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 10:51 pm

    “sem cais” pela proximidade
    “falso leblon” .- pela imponencia sonora que ela pode propor.

    mas o que é enfim “Zii e Zie” ?

  302. ju disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 10:56 pm

    danke: Judith!

    !repito meu desejo.

    “alguma coisa está fora da ordem….”
    entao pergunto
    estou de pé
    eu sei o que é bom
    eu nao espero ter o dia em que todos os homens concordem

    apenas sei
    de diversas harmonias…bonitas, sem juízo final

    e volto:
    qual a posicao de voces?
    a pixacao
    barthes
    le corbusier

  303. Julia Debasse disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 11:41 pm

    Salem, que estranho você ter puxado a “Lígia”. Eu ontem estava no ônibus, vontando da Lapa, e os deuses randômicos do shuffle puxaram essa do acervo do Ipod - e foi a primeira vez que eu parei para prestar atenção na letra, concluíndo, já lá na praia de Botafogo,

  304. C. Alberto disse:
    Janeiro 28th, 2009 at 11:58 pm

    Fernando Salem,

    Gostei da sua analogia futebolistica. Aproveito o momento pra lhe indagar se conhece a autoria da cantiga de ninar a segui:
    Silêncio, ele está dormindo.
    Veja como é lindo!
    Sua magestade o neném.
    A casa, já tem novo dono.
    Novo Rei no trono, sua magestade o neném.
    Parece com o papai, com a mamãe tb, parece com a vovó, não parece com ninguém.
    Ele, é ele só, sua magestade o neném.

    Eu achava a melodia tão serena que acho que não esqueci dela completamente.

    Abraços

  305. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 12:07 am

    Renato Pedrecal,

    Muito prazer também : - )

    “Normatizar o ‘menas’ é fazer de uma aberração algo aceitável. E de tanto achar tudo normal vamos cometendo nossas atrocidades”

    lá vou eu de novo!
    1. o “menas” não precisa ser “normatizado”, pelo simples motivo que ele já o foi, ele já é norma - goste você ou não. As “atrocidades”, portanto, eu deixo por sua conta.
    2. É preciso discutir a acepção de “norma” que vc tá empregando. Eu sei, ela é dúbia, mas que pelo menos a gente saiba qual o sentido dela. “Norma” quer se referir ao que é “normal”, “comum”, “usual”. O “menas”, então, faz parte de uma norma. Se, por outro lado, vc aceita que a “norma” (tal como em “gramática normativa”) é uma prescrição, então a gente poderia discutir quem é que vai ter o poder de decidir o que é “correto”, “elegante” e o que é uma “atrocidade”.

    “Somos mesmo uma nação de analfabetos, como disse o Tom Zé. Mas não precisamos sê-lo para sempre, por favor. Isso mais parece um plano demoníaco para manter o povo engessado em sua santa ignorância. Cruzes.”

    Eu acho que a gente precisa separar os registros: língua falada é uma coisa, língua escrita é outra. Jamais defendi que as pessoas permaneçam analfabetas. Mas jamais sustentaria que as pessoas analfabetas são estúpidas e necessariamente ignorantes (no sentido mais usualmente pejorativo que lhes atribui cultura e capacidade cognitiva de nível zero).

    abs
    eduardo luedy

  306. Eduardo Luedy disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 12:10 am

    errata errata!
    Faltou uma interrogação imprescindível no meu último comment:
    Deve se ler, pois:
    “Norma” quer se referir ao que é “normal”, “comum”, “usual”?
    Pois era uma pergunta, e não uma afirmação peremptória. Uma vez que os dois sentidos de “norma”, usual e normativo são possíveis.

  307. Marilia Castello Branco disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 12:16 am

    Não dá mais tempop de ler nada…

    Mas ói o Salem aí, zente:

    http://revver.com/video/120994/o-psiquiatra-preto/

    http://revver.com/video/121062/dor/

  308. gil disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 12:33 am

    Salém querido, vamos lá…me referi a inutilidade de sonhar com a língua enxuta, levinha, sem violências…sugerir comentário ao invés da corruptela estrangeira é pura ingenuidade, mas me deu muita alegria quando vc optou. Entrei numa estimulado pela temática do blog desenvolvida por caetano, mas tô sabendo, são eles se projetando sobre nós e vice versa…vamos navegando marinheiro.
    Não vou entrar em bronca, não se trata disso. Cada um com suas convicções e suas dúvidas, seus modos e pontos de vista.
    Castelão é show de bola, no papo furado de antiamericanismo eu sou mais a bolha do Castelão. Castelão no seu texto anos 60, sua análise histórica impregnada, é monumento intelectual, como Niemeyer ou Saramago… Como Fidel. São bolhas. Castelão, tá lindo! Foi mimo sim. Convicções duradouras são bacanas dependendo de quem as cultiva, no seu caso é show. A tradição da esquerda ortodoxa é anacrônica e ultrapassada para uns, para outros é razão de ser, então é lindo. É a bolha.
    Heloísa mineirinha da boa cozinha e dos livros, das línguas e fã de carteirinha do Reidiorrédi, eu poderia corresponder as suas melhores expectativas mas só posso ser o que sou. A morte será o triste fim de todos nós, Policarpo é um personagem, me identifico pouco, não sou funcionário público nem muito menos sonho com o tupi guarani, muito longe disso. Não me incomodo com estigmas dos incomodados, acho que há espaço pra tudo, inclusive pra eles eheheh…mas cada um sabe da sua fome e dos seus sonhos. Vivemos um momento de transformação importante, é bom estar de olhos e ouvidos abertos. Tudo no funnnndodummmmmaaaaarrrrrr…viva Minas Gerais e Lima Barreto! Patriotismo e nacionalismo já foram caretas, hoje com a democracia que vivemos, com a rejeição do autoritarismo e da ditadura, são valores moderníssimos, a onda é essa e quem não percebeu não sabe das coisas, e tem mesmo que ser afirmativo Heloísa, o mundo de Policarpo era outro, o século dele já foi, estamos noutro século, as condições são outras. Observamos a proliferação dos Estados Nacionais como nunca, é o paradoxo da globalização. A reforma ética do capitalismo é benvinda e necessária e a justificativa para a melhor distribuição da renda passa pelo nacionalismo, do contrário, pra que? Heloísa, não faltam temas…vamos a eles….relaxa, tá tudo dominado…caminhando contra o vento.

  309. Judith disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 12:48 am

    Ju: La última creación de Caetano, que se encuentra “en progreso”

    Judith

  310. glauber guimarães disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 1:07 am

    castello fratello,
    touché! hahaha.
    ………………
    alguma coisa está fora da ordem, pessoal…precisamos de assunto novo. alguém se habilita a levantar a bola? caetano, help!
    ……………..
    “passarim” é gigantesca!
    ………………
    salEm aleikum!

  311. gil disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 1:10 am

    glauber cumpadre, parceiro de blog, não se sinta atacado pelas generalidades, debater diferenças com generalidades é muito melhor, mais friendly, segura a onda cumpadre. acho bacana vc entrar numa e se incomodar no ambiente, é legítimo e interessa. outros também, why not? e cada um com seus modos. Citar nominalmente perde o sentido, ninguém aqui é canalha pô…vamos lá…se falta assunto ou a gente se cala de vez ou apresenta os incômodos e as vantagens de estar por aqui, como vc fez. Bronca?… quê isso… mas o bagulho é doido, segura a onda…sinta-se absolutamente livre como um taxi mesmo que discordem do seu jeito de falar, ou do quer que seja…vc já agradou e sua banda também, relaxa e segura a onda…ou não.

  312. gil disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 1:30 am

    Tem um detalhe no disco do João in Tokio que foi pouco mencionado mas que me parece retumbante: o disco não foi mixado, ele é a captação ao vivo e ponto…foi aquilo mesmo sem retoque. É outra bolha. Tudo é processado, mixado, ajustado, corrigido…ali não, ao vivo in tokio direto para o suporte. é uma.

  313. glauber guimarães disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 1:56 am

    ricardo,
    eu vi o “viva são joão”. sensacional. foi nele que conheci a irmã de gonzagão, chiquinha gonzaga. ela toca “pé-de-bode”, que é aquele acordeon sem teclas, só botões. outro documentário muito bom é o “nascidos em bordéis”. já viu?

  314. glauber guimarães disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 1:58 am

    lima barreto, gênio.

  315. Ricardo de Alcântara disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 4:11 am

    Salem,

    meu comentário anterior foi pura pretensão de entrar na roda, mesmo com o papo velho e cansado, apenas pela vaidade de ler o teu “Alcantríssimo”.

    Concordo contigo a todo instante, inclusive nessa coisa da gramática. O que eu disse foi concordando contigo, apenas dei uma afagadinha no Luedy dizendo que no fundo no fundo, vocês não discordam tanto quanto pensam. O trecho que você destacou prova isso.

    Glauber,

    você tem razão, precisamos de nova direção. Eu até tentei puxar um assunto lá atrás, falando do que o Caetano falou das regiões do país, mas o comentário foi tragado por mil outras histórias.

    O melhor até agora foi relembrar “Lígia”, porque depois dela relembrei “Luíza”, aí peguei o disco Edu & Tom e relembrei “É preciso dizer adeus”.

    Segunda-feira morreu um grande amigo. Partiu de repente, aos 26 anos. Tudo aqui ficou ruim.

    Tom, Caetano, OeP, vocês todos, um alento.

    Agora ouço “Canto Triste”.

    Beijo triste,
    Ricardo.

    PS: Heloísa, viste o “Viva Sao João!”? Se não, veja.

  316. Luiz Castello disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 10:17 am

    Querido Gil.

    Valeu pelo mimo.
    Sonhar e lutar para acabar com as injustiças sociais,derivadas dessa ensandecida concentração de renda,que já beira o genocídio,deve ser a pauta de todas as esquerdas,direitas,centros e terreiros.
    A imensa Bolha Azul que flutua no universo,é a moradia atual de todos nós.

    Colocar meu tímido comentário,no mesmo nível que,Niemeyer e Saramago (que rei sou eu )só voce mesmo.
    Admiro seu modo entusiasmado e exagerado de comentar.Às vezes até lhe traz problemas.
    Mas é voce.Eu estou acostumado e gosto.

    Abração do Castello.

  317. Renato Pedrecal disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 1:08 pm

    Eduardo Luedy

    “Muito prazer” por que? Esse negócio de “educação” é pura convenção =]

    [1. o “menas” não precisa ser “normatizado”, pelo simples motivo que ele já o foi, ele já é norma - goste você ou não. As “atrocidades”, portanto, eu deixo por sua conta]

    O sentido de norma é o gramatical, então não tem nada de eu gostar ou não, está errado e pronto. Quanto às atrocidades, volto a elas depois e você certamente não está tão longe delas - nenhum de nós está. Mas fico com elas “por minha conta” até lá, sem problema.

    [jamais sustentaria que as pessoas analfabetas são estúpidas e necessariamente ignorantes (no sentido mais usualmente pejorativo que lhes atribui cultura e capacidade cognitiva de nível zero)].

    Alguém aqui sustentou?

    Pelo que entendi, Eduardo, um dos motivos da sua defesa (ou dos autores que você cita) diz respeito à vergonha a que são submetidas muitas pessoas que não falam corretamente a língua. Mas essa mesma vergonha (desde que distante de humilhação e constrangimento por terceiros, o que é obviamente inaceitável) pode ser saudável impulso para que essas pessoas melhorem, se aprimorem. Não é passando a mão na cabeça de quem fala errado que as coisas vão melhorar. Respeitá-las é querer vê-las sempre buscando novos caminhos; a linguagem (falada ou escrita) liberta, expande, aprimora, sublima. Em algumas tribos indígenas só se conta até quatro, depois é uma mão, uma mão e um pé, duas mãos, por aí vai. Não preciso dizer que os índios são dignos, preciso? Mas se não houvesse um “poder” ou uma “norma”, como ficaria o cálculo infinitesimal? A Física? A Astronomia?

    Vou ali procurar um picolé de tapioca da Capelinha-aê-ói.

    Abraço, você é massa, véio

  318. Réa Silvia disse:
    Janeiro 29th, 2009 at 5:22 pm

    Transando Transtudo

    Tom Jobim Caetano Veloso e Roberto Carlos.
    Porque esta insensatez de não dizer nada?
    Essa interação mística de dois titãs olhando duas estrelas e as fazendo transparecer com o brilho divino..Mistura de céu e terra.Tom e Vinícios também se deleitam juntos neste momento transcendente e único .
    Tom
    Vinícios
    Roberto Carlos
    Caetano Veloso
    Aqui dois e dois são Quatro.
    Pra que tanto céu,pra que tanto mar !Quanta luz quanta paz e quanta beleza que existe!

    Toca fundo no coração da gente e mais e mais sentimos o quão distante/perto estamos e esta ambiguidade me faz chorar e digo que esperei muito por este show que foi além de minha expectativa.Re encontrei Caetano e senti tanta ternura neste ser mitológico tão transgressor e tão coerente!

    O dvd está agora para todos.
    .
    E Caetano tem algo a dizer ainda ou quer outras palavras?
    Queria muito saber a opinião da deusa Bethânea.

    Mestre Salem como viu Roberto interpretando Lígia?
    Vellame por que será que “Se Todos fossem iguais a você “ficou de fora?Na época tinha no You Tube um muito lindo (não está mais,acho que o “rei” censurou…uma pena)mas restou um sim.Lindo!

    Zii e Zie
    O esboço do desenho está aí.Estou ouvindo sempre.Algumas gosto mais,outras nem tanto,ainda.Um certo Miguel com seu único comment,visto por mim, disse:”Adoro Sem Cais e todas.”Passou pela minha cabeça que pudesse ser o José Miguel Wisnik,pessoa linda que conheci em uma palestra sobre Machado de Assis,e a quem me dirigi depois durante um coquetel para falar mais de Machado.Pessoa linda!Eu não sabia que era famoso e na sua doçura e simplicidade conversou comigo tranquilamente e falou entre outras coisas de sua paixão pela música.Fiquei intrigada e o achei ótimo.Mais tarde,lendo verdade tropical deparo com este mesmo nome citado por Caetano,logo no início.Então entendi quem era a pessoa que tinha encontrado.O mundo não é chato!
    Zii e Zie
    Sem Cais (linda)

    Pessoal que aprendi a gostar,são tantos,Miriam, Teteco. Glauber. Ezequiela,Hermano,Nando Gil,Maria,Nelson,Castello,Luédy,Joana,Carolina,Joaldo,Márcio,Vellame,Labi Claudia e tantos que de cabeça não lembro.
    Rafael,obrigado,você é ótimo.

    Pessoal primeiro tive em meu orkut a musa Heloisa e agora o grande Salem.Rosana querida me salveeeee!

  319. Lucas Jorio disse:
    Fevereiro 1st, 2009 at 2:38 pm

    Teteco dos Anjos,
    por sugestão sua fui olhar “búdico” no dicionário, não associei logo que seria de “buda”. Achei interessante, quando se fala em buda não me vem deus ou religião ou oriente na cabeça, vem antes de mais nada a imagem, um gordo sentado fazendo nada, ou meditando. Essa imagem para London London, em que a gente tem um sujeito magro cantando maravilhosamente desanimado enquanto perambula e vê mas não vê as coisas, tipo uma serpente meio sem força para seguir o som da flauta quase alegre, achei interessante misturar essa imagem à percepção que eu tinha da música.

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