Transtudo (22/01/2009)
TRANSTUDO |
22/01/2009 2:00 pm |
Indo para Santo Amaro com meus filhos no sábado da festa de Reis, passou por nós um caminhão de transportadora – um desses caminhões imensos – em cuja carroceria metálica e fechada estava escrito em letras grandes: TRANSTUDO. (Será que decidiram se fica “caminhão” ou “camião”? – preciso comprar um desses folhetos que instruem sobre o “acordo”: me vêm muitas perguntas sobre coisas que nunca vejo mencionadas nas reportagens.) Lendo essa palavra pensei em nosso blog aqui e nas canções do Zii e Zie, de que tão pouco falamos. “Já temos um passado”, lembrou um amigo. Gostei de ler isso. E, com mais cuidado do que o que pude ter quando postei comment respondendo a Luedy (quer dizer: sem tantos typos e erros de ortografia) desejei escrever aqui no cabeçalho um texto rapsódico no qual se misturassem a pergunta pelos motivos da ausência de Eloísa (a quem peço desculpas por voltar a pôr acento agudo no nome: volta e meia me vejo escrevendo “Antônio Cícero” em vez de Antonio Cicero, assim como tenho que fazer força para escrever “Candido” – e ouvir “Cândido” com meu ouvido interno – , mas é que imagino sempre como seria absuro escrever Jose em vez de José, ou Josue em vez de Josué, ou Tomas em vez de Tomás – e volto a querer que os nomes próprios sejam acentuados segundo a regra geral de acentuação a que se submetem os nomes comuns – mas é claro que entendo que as pessoas assinam como foram registradas – e que admitimos pronunciar “cândido” ou “Antônio” quando lemos “candido” ou “Antonio” – que, a rigor, assim escritos seriam dois paroxítonos – , mas nunca esperamos que o funcionário responsável pelos resgistros escreva Jose ou Tomas ou Josue), a reiteração do protesto contra a ideia de que estamos proibidos de dizer o que quer que pareça ser contra Lula (é horrível quando se parte do princípio de que um governante não pode ser criticado), as imagens que me ficaram do romance “Under Western Eyes”, de Joseph Conrad, e a importância que teve a leitura de um livro chamado “A vida como performance”, do crítico inglês Kenneth Tynen, presente de Thiago Felix, um novo (e muito jovem) amigo baiano, que está escrevendo ele próprio um livro, e que gosta de citar não-sei-quem que disse que quem só lê clássicos e obras-primas é porque não gosta de literatura. Mas, além de ter que aguentar (sem trema) períodos com maior número de travessões do que um texto de Nietzsche, como o que está entre parêntesis aí acima, o pobre companheiro de obra aqui teria que sofrer mais do que alunos como o Luedy em aulas de análise sintática ou como eu em aulas de matemática. Daí decidi voltar a seguir o conselho de uma sábia amiga nossa e separar o papo em tópicos e os tópicos em parágrafos entremeados de espaços brancos. A Bahia era parte da região leste quando eu era estudante. Com Rio e Espírito Santo. Passou a ser oficialmente Nordeste durante da ditadura militar, creio. Salvador e o Recôncavo têm cultura e sotaque particulares, diferentes dos do nordeste (embora, com a grande imigração que inchou a cidade, venha soando mais e mais nordestina: os “dis” e os “tis” de Daniela Mercury me soam muito pouco palatalizados, quase como se ela fosse de Serrinha, mas ela é soteropolitana). O estado da Bahia é grande como a França. O sul tem, na zona cacaueira, ecos do sotaque sergipano dos seus primeiros “colonizadores”. Mas para o sudoeste já estamos em ambiente meio mineiro meio capixaba. O oeste e o noroeste têm parentesco com Minas, Goiás e Tocantins. O norte é nordestino. Joaldo é de Araci. Conversamos em Santo Amaro mas estava muito barulho e não deu para eu medir o grau de palatalização dos seus “dis” e “tis”. Passei um tempo em Serrinha quando criança, no final dos anos 40 (Araci era um distrito de Serrinha): deixei de ver o eclipse total do sol por isso (em Santo Amaro todo mundo viu). Eu vivia com tosse e muito franzino, daí me mandaram para os ares secos do sertão: meu primo Edmundo morava lá – acho que minhas primas Silvinha e Leda ainda moram. Uma moça E uma preta Arte Nova, um prédio art-nouveau numa margem Uma taça sobre o pubis glabro, um estudo Sempre hesito ao tentar pontuar uma letra quando a copio (raramente escrevo toda antes de ir cantando). Às vezes desejo fazer como João Cabral, que pontuava seus poemas segundo as regras de pontuação da prosa. Às vezes quero ser como Oswald, que quase não pontuava. Termino na terra-de-ninguém entre o uso de pontuações pesadas no meio do verso e a ausência de pontuação onde a mudança de linha parece fazer as vezes de vírgulas e pontos. Bem, a maluquice acima é a letra de “Menina da Ria”. A música, só depois. Mas não é que as outras letras sejam menos malucas. Se alguém quiser, explico de onde vem e o que significa a expressão “do outro lado da poça”. “Gomorra” é um Cidade de Deus sem Hollywood. Bem, dito assim parece que não fica nada. Mas fica a magnífica tradição visual do cinema italiano. Os atores são o bicho. O filme é belamente fotografado e dirigido. Os ambientes desolados, o conjunto residencial que parece uma prisão, a feiúra e vulgaridade das pessoas, a amargura da vida humana – tudo captado de modo a resultar num belo filme. A última frase escrita sobre a imagem do trator que, como um carro alegórico (que aqui mereceria o nome), levanta para os céus os corpos dos dois garotos mortos, diz que a Camorra ajudou a financiar a construção das Torres Gêmeas. Informação relevante. Mas me senti mal ao pensar nisso em casa. Quanto ressentimento dos Estados Unidos tem a esquerda européia! Será que é paranóia minha ver aí um desejo de veladamente louvar (ou ao menos justificar) os fanáticos que enfiaram os aviões no World Trade Center? Luedy, me desagrada muito ver as regras da língua tratadas como se fossem opressão da classe dominante. Nós não temos declinações porque isso se rarefez no latim vulgar e desapareceu na formação das línguas modernas. Não foi uma aristocracia nem uma casta de gramáticos que impôs tais mudanças, mas a força do homem comum, da multidão iletrada. Por que idealizar quem hoje diz “dois pão” ou “nós vai” e demonizar o homem do passado que construiu a língua usando-a? Dentro de cada língua moderna as mudanças foram quase exclusivamente ditadas pelo uso do homem comum, do povo, da multidão. É esse trabalho anônimo e grandioso que é desrespeitado quando vocês dizem que a norma é arma de dominação da elite. As regras de concordância (e as outras) foram criadas no uso. São os próprios linguistas que o dizem. O entusiasmo ingênuo com a manipulação política da linguística corre o risco de cevar uma atitude arrogante. Um grupo de linguistas lulistas se sentiria no direito de agredir os humildes professores de gramática e os humílimos curiosos vocacionados para o entendimento da engrenagem da língua (que os há muitos: Luedy tinha horror à análise sintática e eu tinha horror à matemática, mas os cursos não devem ser feitos contemplando preferencialmente os não vocacionados: escola tem de ser chato em algum nível, não acho que ela deva rivalizar com o parque de diversões, o cinema americano e os momentos de dengo com os pais). E vamos deixar Eça em paz e parar de fingir que alguém exige de escritores e jornalistas que evitem a próclise. Me deem um tempo. Possenti, eu também não acho que Lula deveria necessariamente fazer curso universitário. Quanto à formação básica, acho que ele fala muito mais bonito do que Collor, por exemplo. (E tão feio quanto FH. Este e Lula criam sempre algum constrangimento quando falam de improviso como presidentes. Constrangimento por razões tanto estilísticas quanto temáticas. Mas, que fazer? Demos graças aos deuses por essa dupla da esquerda uspiana – em coligação com a CUT e a Fiesp – ter chegado ao poder no Brasil, antes – ou melhor, logo depois – que algum aventureiro lançasse mão.) E acho que Lula (como ele próprio diz, com mais ou menas graça) ampliou seu repertório, isto é: estudou um tanto. Mas gosto muito mais do português e do jeito de pensar de Marina Silva. Ele pode ter a manha de manutenção do poder (uma virtude em talentos políticos), mas ela tem mais elegância intelectual (isso também pode ser virtude política). Faço este post-anaconda porque perdi comments bacanérrimos (bem mais soltos – estava num momento jovial) e necessitei responder a vários estímulos. Os dois primeiros parágrafos já estavam prontos faz algum tempo. Depois me enrolei no tempo dos comments perdidos e dos assuntos acumulados. Desisti várias vezes. Recomecei. Não pude cortar (é o mais difícil). E ainda fiquei com pena de não ter espaço para mais do que simplesmente dizer que os pesos e medidas violentamente desproporcionais usados pelo governo Lula nos casos dos atletas cubanos (que pediram asilo e foram mandados de volta em avião venezuelano) e o do guerrilheiro italiano condenado em sua pátria por quatro assassinatos (ou execuções…). Não gosto desse clima. É nessas horas que me sinto um liberal inglês. |
salve, caetano!
zubreu
Falaram-me que falar menas é errado. mas agora vejo que eu estava certo.
Adorei o Transtudo. tudo muito transromântico.
Do outro lado da poça seria espelho?. espelho português?.
Amigo Caetano, Cê tem me feito imensamente feliz!
Estou aguardando a melodia que colocarás em Menina da Ria (a imaginei como um fado), e evidentemente quero entender o “de lá do outro lado da poça”.
Seu post-anaconda é tudo, e muitas vezes também me aproximo da sensação de “um liberal inglês”.
Beijos.
!.Acabo de ver e ouvir Ricardo Machado em entrevista. Ele lhe citou, citou Rodrigo e disse que Ma. Betânia (tem circunflexo?)iria encerrar a festa. Achei legal tudo o que ele disse, apenas fiquei encucado com a fechamento dos acessos à praça da Purificação. Legal que se utilize detetores de metais (seria bom a proibição do uso de garrafas), mas tem um detalhe: quando o assunto é segurança tem que se pensar sobre muitos aspectos ( é sempre bom lembrar da palavra inusitado) e fiquei pensando: em caso de necessidade de se evacuar a praça, rapidamente, sem que isso cause danos a quem quer que seja, estes portões seriam facilmente removiveis para o caso de uma evacuação rápida e segura? Os detetores de metal não detecta bombas caseiras e, nestas festas, tem bombas e foguetes. Detesto essas explosões de fogos, principalmente de foguetes com flechas. Creio que o prefeito deve atentar para isto e para o uso de garrafas. É bom usar detetores de metal. Também é bom o trabalho preventivo na cidade, sem exageros da policia local, antes do evento acontecer. Um policiamento ostensivo inibe a violência. A multidão “prensada” e sem a devida mobilidade (muita gente por metro quadrado é um erro)enseja brigas. Vai dar tudo certo, mas é sempre bom atentar para certos detalhes que fogem em certos momentos. Se eu pudesse, iria a esta festa tão bonita e que será aberta com seu canto.
2. Não é correto você achar que “não se pode criticar Lula”. Mas também é bom lembrar que não se pode proibir ninguém simpatizar com ele e ousar “defende-lo”. Ele pinta sempre na sua cabeça, assim, sem que nem porque, sacou.
3. Gomorra é muito bom filme, embora tenha gente que diga que não entendeu as cinco histórias que giram em torno da máfia. Os atores surpreendem. As legendas finais não tem conteúdo ideológico tipo (de esquerda, ou de direita): são fatos que nos são revelados. A máfia também tem o lado “bom” (a fachada tem que parecer boa (rs)). Os Bancos também patrocinam as artes e até mesmo cinemas, ajudam a recuperar obras de arte e pouca gente sabe que por detrás de boas ações pode estar uma organização mafiosa. Os grandes mafiosos tem acesso até ao Vaticano (veja Poderoso Chefão III). Até lojas maçônicas podem sofrer infiltrações e este filme citado mostra isso. Nada contra os EEUU, que tem à frente Barack Obama que já fez um grande bem a humanidade mandando fechar Guantanamo (a prisão). O lado humano do americano é sempre bem aceito pelas esquerdas, até a esquerda mais radical aplaude ele. Então esqueça isso de se fixar nesse ressentimento (parece ressentimento) com as esquerdas.
Desejo-lhe sucesso nos festejos de Santo Amaro, peço a benção de D. Canô, mando um abraço anônimo para Rodrigo (ele fará grande trabalho - peça a ele que cuide de mandar que zelem pelo arquivo público de lá e que abra os caminhos de quem precisa pesquisar em Santo Amaro) e que Deus ilumine sua irmã a cantar como se ela fosse o uirapuru pra que todos possam ouvi-la perfeitamente bem. Aliás, vc devia ser o uirapuru da festa.
Até breve - Muita força e muita Fé pq Santo Amaro é de paz e da paz!
bjs.
Seu post é tão abrangente, conforme fui lendo a cabeça já começou a trabalhar, e como é bom! Você é um estimulo delicioso dos meus neurônios!
Começarei de trás pra frente se é que o post tem alguma lógica de assunto, creio que ali esta realmente tão bem separado que cada parte pode bem ser a primeira.
Esta semana lendo o painel do leitor fiquei pasma de ver como as pessoas não sabem o que é ativista político, e terrorista, estava lá um comentário que comparava o tal terrorista italiano a Fernando Gabeira e Betinho. Quase tive um infarto. Isso para mim, é desconhecer a historia do Brasil e da Itália, os dois brasileiros citados não roubaram e nem mataram ninguém, creio mesmo que é esta a diferença nesse caso, as pessoas confundem ativistas de esquerda com bandidos. O terrorista italiano não foi condenado na Itália por crimes de conteúdo político mas, sim por ter matados pessoas durante roubos que estava praticando, um deles foi num açougue onde o dono não tinha qualquer envolvimento com movimentos políticos, da mesma forma outros s assassinatos praticados por ele vieram em decorrência de roubo. Desculpe-me mas, me parece absurda a idéia de que para arrecadar dinheiro para causas políticas justifique o fato de se roubar e matar trabalhadores honestos e pais de família, enfim, o Franco que também esta indignado com esta estória, e preocupado com as relações entre o Brasil que é um pais que ele adotou em seu coração e a Itália o seu pais de origem, tentou me explicar estas questões sobre como foi a estória dos terroristas políticos aqui nessa época, sou segura que ele não é um cara de esquerda, embora tenha sido imparcial na sua explicação, não creio que tenha entendido muito bem, ou então não tenho cabeça para concordar com algumas posições de extrema esquerda. Da mesma forma penso que os dois cubanos, citados por Caetano, ao meu ver, mereciam muito mais o asilo político do que nesse outro caso.
Olha somente para refletir, nada de verdadeiro, mais penso que este fato da camorra com relação ao Estados Unidos talvez tenha alguma coisa a ver com a grana da máfia italiana que rola por lá e isso não é de hoje, acho que o sentido pode bem ser por ai, já que World Trade Center representava o coração financeiro da América. Será?
Caetano, quem humilha alguém nessa história não são os sócio-linguistas. Pelo menos não é o que eu vejo por aí. Do outra lado, no entanto, vejo sim menosprezo e ridicularização pelos falares “incultos”. Leia Sacconi e Dad Squarisi e você vai perceber o que estou falando. Li um artigo do Pasquale (que alguém aqui deixou o link. É um texto dele que foi parar num site que vende textos acadêmicos e que tem o sugestivo nome de ‘zé moleza” - mas isso não vem ao caso e nem depõe aqui, em nada mesmo, contra ele) que achei interessante. Apesar das rusgas com os sócio-linguistas (que em outras ocasiões ele já desautorizou como adeptos de um “vale-tudo” linguistico) ele parece estar mais aberto. Mas, enfim, toda a minha defesa de quem fala “menas”, “eu vi ele”, “deixa eu cantar”, “meus camarada” (e, nos comments do outro post, lá no finalzinho, respondendo à Lícia, a defesa de quem fala “estou meia chateada”), são o oposto do que você está falando.
Agora acho que a gente não consegue se entender: vc me diz que eu não escuto seus argumentos e eu acho que você não me compreende direito, ou lê coisas que eu não disse (ou que não quis dizer).
Não se trata, pois de “idealizar”, mas de reconhecer que há tendências, padrões, normas distintas daquela que as gramáticas normativas querem fazer valer. Acho qe é preciso - isso vale para mim também - compreender melhor como a tal norma culta se formaliza historicamente. Qual o papel, por exemplo, das autoridades recrutadas da academia brasileira de letras nisso. Ir às definições, nas gramáticas consagradas, da tal “Norma culta”. Eu tenho a impressão (sim, porque não sou pesquisador) que não é o falante iletrado, os moradores das favelas ou das periferias empobrecidas, os moradores das zonas rurais, enfim, o “homem comum” que dita as regras.
Bem, dito isto, gosto de ser chamado de revolucionário romântico. Não gosto de ser chamado de ingênuo e nem de demagógico - ao contrário, as teses dos linguistas são bem menos populares que a dos gramáticos normativistas. Quem joga pra galera, não são eles, portanto.
Teria muito mais a falar, mas vou dar o tempo que você nos pediu.
ps. Concordo com a última parte de seu post. E, se tem algo que me desagradou profundamente no governo Lula, foi a saída da Marina Silva.
ps2. eu tenho que finalizar um trabalho mas esse blog não me deixa!
Caetano (com t linguodental),
Talvez, movido pelo impulso deste seu Post, preparei um comment extenso - quiçá, não digno da paciente leitura dos companheiros de O.P. Então, resolvi deletá-lo: acho que agora importa menos o “acordo” e mais a nova cara da Dilma (para quem se deseja garantir 80 % da popularidade do país). Aliás, dizem que na USP não se encontra mais um professor disposto a orientar pesquisadores interessados na temática feminista Beauvoirista.
Meu irmão, Alessandro, registrado com apenas um “s” e atormentado pelo fonema “z” de quando pronunciavam seu nome foi, em cartório, pedir vistas. Ele mudou muito: anda sorridente e sente-se mais convicto quando ouve o “ç” de quando chamam seu nome; auto-estima lá em cima, mas continua tomando ansiolítico para conseguir dormir. Já o meu nome, Wesley, posto em homenagem a um galã de um dos infinitos volumes do livro Sabrina - lido por minha tia, soa idêntico ao do atacante Uéslei. Legal, mesmo, foi ver na esquina da minha rua, na Lapa, Seu Manuel brincar com o “acordo”: Temos lingüiça com trema, R$ 0,50 mais barata! A crise econômica pegou de cheio a GM e o acordo ortográfico dos países de língua portuguesa.
Prof. Nilo Argolo, no Pelourinho, implicou com o português do Bedel da faculdade de Medicina, Pedro Arcanjo, até o pesquisador norteamericano J.D. Levenson, reconhecer a importância histórica e documental deste último à cultura brasileira.
Vai este meu poema para que você musicalize e coloque como faixa seguinte à Menina da Ria:
Poema da Segunda à noite
cançãoes em brasa visceral
onde está a mulher negra por quem me apaixonei?
Té breve!
Wesley
Te-te-co… y tu sueño de Buenos Aires? Conta, conta!!
Alguien más que se atreva a soñar?
Atenciosamente,
Luiz Carias, o insano da Penha.
Transtudo e o caminhão me lembrou a resposta que Arnaldo Antunes teve diante das iniciativas da prefeitura de São Paulo (provavelmente da Secretaria de Meio Ambiente) em restringir os anúncios e outdoors pela cidade: ele disse que estas informações, a princípio aberrantes e quase alienígenas, são para ele justamente matérias-primas das colagens nas quais o poeta pode recortar poeticamente a vida urbana. E se “o poeta” recorta das coisas mais cotidianas, significaria que o fazer e o olhar poético pudessem ser sugeridos com maior facilidade às pessoas “não-oficialmente-poetas-até-então”.
Pensando nisso também (e nos Poemas no Ônibus aqui de Belo Horizonte, onde estou agora): porque será que nunca só selecionam sonetos para habitar os ônibus, e nunca (até onde eu saiba) poesia concreta?
Abraços
coisa de carioca, como já disse o rafael : o outro lado é niterói. pessoal, contenham o elefantismo nos comentários : texto maior que a crônica de caetano, já no “início de nossos trabalhos”, é falta de educação. no mínimo grau elevado de carência afetiva. ao persistirem os sintomas procure um especialista.
paloma
CAETANO
GOSTARIA MESMO QUE VOCÊ EXPLICASSE O SIGNIFICADO DE “LÁ DO OUTRO LADO DA POÇA”, E TAMBÉM PARA MIM PARECE MUITO SIGNIFICATIVO O NOME DA MÚSICA SER “MENINA DA RIA”, NÃO CONSIGO DEIXAR DE CORRELACIONAR COMO SE FOSSE UMA VERSÃO “FEMININA” DO “MENINO DO RIO” SERÁ QUE MEU PENSAMENTO TEM ALGUM SENTIDO?
FORTE ABRAÇO
CADU SABBAG
Caetano Querido,
Yo quiero saber qué quieres decir con “do outro lado da poça”.
mas o delmiro acha que niterói é pouco : essa poça, rima de moça, é mesmo o atlântico.
pôça, no rio; em são paulo eles falam póça. veja lá? não vão confundir com fossa, que ja saiu de moda …
então, qual será a pronúncia de caetano?
paloma
Eu que passei a acreditar em papai Noel,fiz meu pedido,confiando nas muitas batalhas vencidas por Obama,e principalmente pelos pais e avós de Obama.
Gostaria de vê-lo entrar para a galeria dos grandes estadistas,como aquele que devolveu ao povo americano,a soberania para emitir e por em circulação a sua moeda - direito garantido na constituição,mas que foi usurpado pelo FED,depois de uma série de maquinações,que fariam Don Corleone virar coroinha.
Antes que alguém ponha minhocas na cabeça,devo declarar,que pra mim, isto não passou de uma lamentável coincidência.
http://br.youtube.com/watch?v=GBe7u_i77MY&feature=related
Castello.
Eu adoro ler as letras antes de ouvir as melodias. Faço exatamente ao contrário do Salem: só ouço os discos depois de ler as letras no encarte. Acho maravilhoso imaginar as melodias. Mas há artistas que nem deixam publicar as letras. O Seal, por exemplo, chega a dizer que adora quando percebe que alguém entende errado o que ele canta, pois às vezes o que a pessoa canta soa mais interessante do que o que ele escreveu (?!) A Nana, que tem um humor todo próprio, diz que odeia as letras no encarte porque ningbuém consegue ler aquelas letras miudinhas… isso é verdade (!!)
Quanto à poça, teria algo a ver com a praia do Estoril?
Ainda não vi Gomorra
Tenho um problema sério com o Lula, nem consigo criticar nem amar esse governante. A culpa desse meu estado é o fim do romantismo da minha adolescencia vermelha (e Uspiana) que ainda não amadureceu.
A letra de menina da ria deixa um quero mais… Quero ouvir a música!
Prefiro “menina do Largo do Rosário” ou “da Purificação”, ou do Rio. Não compreendi esse lance de ‘menina da ria”. Tô ficando burro!
en una atrevida interpretación a lo planteado por CADU, no le encuentro una correlación con Menino do Río, ya que ría no es una alteración de río sino que tiene su propio siginificado (no es el femenino de río; igualmente resta que Caetano aclare nuesras dudas)…ahora sí, no he podido explicarme “poça”
Do outro lado da poça, tenho quase certeza que se refere ao oceano, ao mar. E o outro lado,já que Caetano tá em Portugal pode ser o Brasil, a Bahia.
ex
saudade de vc. sabes que eu estava pensando em escrever sobre isso de ouvir as pessoas? sou muito ligada em voz. fiquei intrigadíssima e curiosa sobre as descrições palatais de caetano neste post. fico curiosa para ouvir as pessoas falando. sempre me apaixono primeiro pela voz…pelas acentuações, sotaques, chiados, timbres. enfim…
pois essa postura cubanos-italiano me deixa perplexa! como assim?!! que balança torta é essa?
Rafa, ainda do outro post:
bjs, todos
Caetaníssimo
Que letra maravilhosa!
Você já me conhece. Tenho medo bobo de ler uma letra de canção, antes de escuta-la. Jamais leio um encarte de CD antes de ouvir o divino conteúdo. Escutar e ler ao mesmo tempo, nem pensar.
Os cadernos de cultura costumam fazer pop-ups com as letras das inéditas do Chico, do Gil e suas (tuas) também em época de lançamento dos álbuns. E muitas vezes fico inquieto. Tento perceber a melodia que se insinua e quer arrebentar no meio das palavras digitadas.
No lançamento do último CD do Chico, a Ilustrada publicou a letra de Sempre. Lembro que li e não senti muita coisa. Quando reencontrei a letra na voz de Chico, tudo fez sentido. Lá estava eu “feito um gato aos pés da dona”.
Letra é diferente de poesia. Mas há poesia na letra. E é bonita essa palavra “letra” pra designar os versos entoados. Coube à palavra cantada ganhar esse título nobre, letra, que deriva da palavra escrita.
Mas Menina da Ria, pela primeira vez, me deu o prazer da poesia-letra lida, sem receio e nem melodia. Fiquei emocionado. Talvez esse tenha sido um dos meu maiores presentes nesse mergulho desatinado que dou nas tuas ondas virtuais.
Pude sentir cada sílaba e não me encabulei de imaginar melodias que escapavam do meu inconsciente.
Ler Menina da Ria foi um deleite (delícia, delindo) inesquecível. Não sei falar nada sobre a letra a não ser adjetivando-a de diferentes modos, o que seria bobo.
E saber que ainda há uma melodia que virá por meio da tua voz, aumenta a minha expectativa de escutador fã-nático. Uma melodia “tão linda quanto ela”, a letra. A Menina da Ria.
beijo na testa
salem
Transtudo…
amei o verso:
“é sexo sem sexo em nós dois”
eu também as vezes penso em escrever como o fluxo interior de Molly Bloom no final de Ulisses sem ponto ou vírgula ou também ecrever como Oswald sim e Jack Kerouac na mais pura loucura de sua linguagem automática fluxos de pensamentos que pululam na mente e caem numa página em branco eu acho muito empolgante essa maneira de escrever e penso que assim fica refletida a mente a mente que vai se desenrolando em nós a toda hora e eu digo uma coisa eu simpatizo com Lula mas também desconsidero qualquer um que ache que ele não possa receber críticas e adorei Obama fechando a base de Guantánamo dei pulos de alegria e queria que você querido Caetano e demais blogueiros dessem suas imprtessões sobre as primeira horas de Obama no topo do poder do mundo
beijos
Cae, foi a unica forma de falar com vc, espero que leia. Acabou de acontecer um absurdo no evento Campus PArty, em SP. A excelente e elogiada por ti banda De LEve foi expulsa quase que debaixo de cadeiradas do palco pelos “nerds” do evento. Tem o video, ainda q mto rapido e escuro: http://www.youtube.com/watch?v=B8MwiMaAOoE
Exequiela, o meu sonho não acabou. mas vou contá-lo parcialmente no teu email. bjs!!!
mas, então, o que significa “do outro lado da poça”?
é português de Portugal?
Eu acho seus posts de Salvador diferentes. Pensava em “leveza” (minha proposta para esse e todos os milênios), por isso achei engraçado vc dizer mais jovial, solto. Nada como o sertão particular da gente. O meu me intimida. O seu parece relaxar.
Caminhão, até onde li, continua caminhão mesmo. Será que um dia a revisão ortográfica abrigará os escorregos das teclas do computador? Um dia, vi na TV um filme que o “cadê? era KD?” Achei péssimo.
Sobre a ideia de leitura coletiva, que tal “O mal estar na civilização”? Li na faculdade, mas acho que posso entender melhor ouvindo aqui.
Não concordo que quem lê clássicos não gosta de literatura. E acho que todos nós ampliamos as percepções, assim como Lula. Qual o problema disso? Acho que é o mais bonito da vida. Bobagem achar que estamos prontos, aos 20, 30, 40.. Acho que meus sobrinhos que têm menos de dez também acham estarem prontos. Adoro sentir que estou sempre em construção (em progresso!!) para a vida.
delícia de anaconda.
Aproveito o caminhão trastudo para postar um comentário meu sobre o filme Gomorra e que Caetano cita neste novo post. Se alguém achar longo, melhor relaxar e gozar!
Gomorra é um ótimo filme que inova a linha dos tradicionais filmes de gangsters, desnudando a organização mafiosa conhecida como camorra napolitana. Penetra no submundo brutal que vai do tráfico, destruição do meio ambiente e suas consequências,até a revelação final de que os mal feitores tem uma aparente fachada de beneficência.
Não contarei o filme! apenas pretendo apresentar os atores do filme que tem como argumento cinco historias quem envolvem a camorra, não necessariamente na ordem que coloco a seguir:
A personagem Pasquale (Salvatore Cantalupo) é igualmente extraordinária. Um alfaiate, ou estilista da alta costura,recebe uma boa proposta de um grupo chinês para dar aulas em uma fábrica e, uma vez descoberto,passa a ser considerado um estorvo para a Camorra.
Os adolescentes Marco (Marco Macor) e Ciro (Ciro Petrone), vivem a ilusão de se tornarem “poderosos chefões”. Roubam armas da camorra e insistem em não querer devolve-las. Não querem obedecer ordens. Caetano faz alusão aos mesmos no presente post.
Evidente que existem outros atores. O que urpreende o espectador é a ausência de conexão entre cada uma das histórias, o que foge aos padrões do cinema americano que nos acostumamos assistir. Isso pode dificultar o entendimento dos menos atentos.
O filme não é monotono e o assistente que se descuidar pode achar dificil de compreender.
01.Giovanni Venosa, um dos atores do filme, foi detido sob a acusação de extorsão e tráfico de drogas;
02.Salvatore Fabbricino o jovem que vendia drogas na área suburbana de Napoles;
03.Bernardino Terracciano faz o papel de um dos chefes da Camorra (Tio Bernadino);
Creio que quem foi ver o filme na condição de cinefilo, como eu, não terá dificuldade em compreender o filme que é bastante realista e revelador. Como disse, foge aos padrões que nos acostumamos a ver. Quanto ao cenário suburbano, chocante sem dúvida, com uma arquitetura que lembra uma estrutura de presidio (como bem acentuou, Caetano) faz parte do realismo que o filme imprime.
Bem, não estou obedecendo a nenhuma nova norma ortográfica. Perdoem-me os que chegarem ler.
Oi, Caetano e pessoal.
Só umas observaçõezinhas: O Kenneth é o Tynnan, com “a”, não? E Rio e Espírito Santo são da região Sudeste. Já existiu região Leste?
Uma baiana, a artista plástica Rogéria Maciel, de Conquista, uma vez me queixou que nós não somos sudestinos, somos cariocas, mineiros, etc. E insistimos em chamar os baianos de nordestinos.
Procede, não acha?
Caetano
Siboney Zabaleta
Escolas de Samba - programação:
bjs.
Caetano, é importante ressaltar, sempre, essa coisa de que Lula pode e DEVE ser posto sob análise, ou seja, deve ser criticado (no sentido exato do verbo). Quando alguém o faz, porém, tudo se transforma num duelo de torcedores, uma luta apaixonada e é triste ou mesmo tragicômico.
Ótimo que sua análise passe ao largo disso.
Os dois pesoss e medidas - quanto aos atletas cubanos e, agora, ao preso e condenado da Itália - são mesmo ridículos. Não há o que discutir, são fatos e o Ministro da Justiça usou um mecanismo absurdo para conceder o “refúgio” (é esse o termo jurídico, vejam só…). Um dos atletas, vejam só!, aproveitou uma oportunidade e fugiu de vez. Outro, coitado, não teve a mesma sorte.
* * *
Quanto aos discursos, Luiza Erundina, de ascendência nordestina, e José Serra, de ancestralidade italiana e criação paulistana, têm ambos discursos ótimos e uma linguagem admirável. Não falo aqui apenas de admiração política ou ideológica, mas da qualidade do discurso e do quanto eles - como dizem - “falam bem”. Reparem.
menina da ria
calor
que
provoca
e
arrepia
Acabo de ler um comentarista e verifico que já não temos o oriente e o ocidente, mas o sol ainda nasce no leste e adormece no oeste. Precisamos de uma bussola? Acho que precisamos de líderes, mas quase todos, os bons e os honestos, estão indo pra o outro lado da vida e ficamos ao Deus dará. Agora estou mais feliz e vou ler Verissimo, “Aquele estranho que Nunca Chega”.
Lucio Jr., o Tynan é com um ene só. Devo ter digitado um e no lugar do a. Mas a pronúncia é “táinœn”: deve ser um ene só.
Não existia região sudeste.
Luedy, as mudanças de que falei foram criação do homem comum. O latim vulgar, as línguas modernas são popularização do latim e do grego, que, por sua vez, são criações coletivas históricas. Essas criações, todas necessariamente coletivas e populares, incluem as regras. Nenhum gramático fez nenhuma língua - exceto o esperanto, que, por isso mesmo, não é uma língua real. Os gramáticos no máximo tentam dar conta do que vai se passando com essas regras. Os linguistas ajudaram (entre outras coisas) a aclarar essa consciência. Vou ler Bagno quando acabar os livros de Conrad e o Isaias Caminha que releio. Mas entenda que as regras são criações coletivas a que os teóricos têm de se adaptar. Todos cedo o tarde se adaptam às mudanças mais recentes, mas nunca fazem mais do que adaptar-se às mudanças operadas há mais tempo. Eu sou fã de Lula e de FH (acabo de homenageá-los numa canção que talvez seja a minha preferida dentre as de Zii e Zie) e da USP (embora só tenha homenageado a PUC do Rio nessa mesma canção). Mas não sei viver sob coação e não tenho vocação para adorações para-religiosas. Deixa eu cantar. Ou melhor ainda: ‘xeu cantar.
Salem, fico feliz por você gostar da letra escrita da Menina da Ria. A música reforça o caráter engraçado das palavras. Também adoro “letra”.
Rafael disse o que é “do outro lado da poça”. Aprendi com o grande Wilson das Neves a dizer que Niterói fica “do outro lado da poça” (a Baía de Guanabara). Claro que a pronúncia é “ô”. O que a letra diz é que alguém de Niterói fez uma aparição do outro lado do Atlântico: a confusão possível entre as duas “poças” é boa para a poesia da letra. Mas estou falando de Niterói quando uso a expressão.
Glauber, sim, essa é a história do nome de Millôr. Mas também fiquei impressionado com o lance do Siboney (cujo nome adoro e já usei numa canção - no sentido de tribo habitante da Cuba pré-colombiana; conheci um Siboney, crioulo gaúcho, não o vejo há alguns anos, será ele?). Vamos nos encontrar logo?
Agora eu dou o meu chute: “do outro lado da poça” - a poça seria o oceano que nos separa de Portugal? Seria essa uma versão para a expressão, que tanto os yankees quanto os britânicos usam, “the other side of the pond”? - tá quente, Caetano? Ou eu estou viajando?
A expressão para conectar as colônias e as metrópoles.
Muito bonita a letra, Caetano. Me lembrou, só por Portugal, a Coimbra do Roberto Carlos.
Acho que só se aprende gramática lendo. Eu não sei escrever certo por regras - eu escrevo, olho pra cara da palavra e vejo se ela tá com uma carinha estranha. Se tá estranha, tá errado.
Meu nome não tem acento pois quando eu nasci minha mãe fez meu mapa astral, e o astrólogo disse que eu iria viajar muito, para muitos lugares diferentes. Não acentuou, pois acentos não existem em algumas línguas, e me deu um nome que existe em muitos países (pelo menos os ocidentais),
Julia
Lucio Jr. nunca tinha feito esta observação que o leste foi suprimido do mapa, realmente temos estados do norte, do sul, nordeste, sudeste, oeste e noroeste mas, realmente o leste ficou de fora, como diria o Batman “santa geografia” Robin cadê o leste do Brasil? Depois mais ao “sul” do blog li o comentário do Paulo Farias que o oeste também sumiu do mapa, tem coisas que a gente não explica mesmo.
Tavares desde que vi por aqui na Itália a passeata de aposentados, todos com bandeirolas e apitos saindo em massa para protestos em Napoli é que percebo como ai os aposentados se aposentam mesmo, não? Posso me enganar, mas penso que o aposentado é que tem que mudar esta mentalidade, tem que se unir mais, tem que lembrar que ele é um cidadão, que vota e que pode mudar alguma coisa a seu favor. Em matéria de política, isso não somente ai, mais em qualquer parte do mundo se você quer algum direito tem que lutar por ele, mesmo sendo “velhinho”. Ficar escondidinho acuado num canto acaba sendo esquecido mesmo.
Teteco, concordo com você a respeito dos povoados, e que aqui é tudo bem regional mesmo, a cidade que moro é bem pequena, aqui umas das coisas que me chamou muita atenção foram as festas nas praças, toda a população dançando na praça da igreja, inclusive a primeira vez que vi achei ate engraçado porque eles tem os passos certos então improvisam algumas coreografias, onde participam desde crianças ate pessoas muito idosas (você sabe que idoso aqui na Itália é pra lá de 80 anos, vero?) é algo muito divertido, e aqui na região com direito a tarantela e tudo mais. A propósito, essa coisa de “baile” na praça ai no Brasil somente vi uma vez em Poços de Caldas. Vou ver se consigo colocar um vídeo que tenho aqui de uma destas festas no youtube daí aviso e quem tiver curiosidade vai ver. Hoje quando vinha com o Franco ao trabalho a paisagem havia mudado bruscamente, faz dias que não neva por aqui e ontem o caminho era verde, hoje estava branquinho, as montanhas estavam belíssimas salpicadas de neve, tinham alguns trechos totalmente brancos com algumas arvores, nuas de folhas, dando um toque marrom, a região do vale, que é a minha predileta, estava quase encoberta pela neblina, no geral uma visão estupenda.
Por falar nessas coisas volto ao topo do post e penso que Zii e Zie retrata bem a Itália, embora me lembre de que Caetano tenha falado mais da sonoridade que provoca esta composição do que seu significado. Mais a Itália é bem família e tias e tios é uma grande representação dos laços familiares, penso que se passou pela cabeça dele fazer uma homenagem a este pais, então tem muito a ver. Sei que tem alguns italianos que passeiam e as vezes postam alguns comentários quem sabe eles possam, com mais propriedade, confirmar o que eu disse.
Gostei muito da colaboração do Paulo Osório sobre a Menina da Ria, e aguardamos o sentido com que Caetano canta o “outro lado da poça”. É muito interessante este trabalho da Obra em Progresso porque sem o blog a gente nunca ia saber o que passou na cabeça dele na hora de compor, mais um momento de tantos momentos de grande intimidade.
Beijos a leste e a oeste
Esqueci de colocar uma coisa importante para o Tavares, aqui na Itália ate onde acompanho, os “velhinhos” são mais respeitados pela população no sentido de direitos (isso não significa ceder o lugar para sentar no ônibus ou metro, ou deixar passar na frente nas filas), mas, por exemplo tem alguns remédios que são gratuitos, alguns que são considerados de “primeira necessidade” como os controladores da pressão arterial, isso digo a grosso modo. Coloco abaixo um link de uma matéria sobre “anziani” em italiano se você quiser dar uma olhadinha, com um pouco de paciência acho que da para enteder.
http://www.saluter.it/wcm/saluter/dedicatoa/anziani.htm
Baci
Pois é, Lícia, essa esquizofrenia lnguistica acomete muitos falantes que se consideram “cultos” - eles e elas falam cotidianamente em desacordo com a gramática normativa, acham que estão errados, mas como são “bem posicionados” permitem que esses “erros” sejam tidos apenas como pequenos lapsos, descuidos. Em situações mais monitoradas eles tentarão falar “correto”. E, contudo, a língua vai…
Caetano e hermanos,
Há um Tempo em que o próprio Tempo não existe de novo. Só há Paz, há Liberdade, Alegria e Amor.
Não há como negar que uma cruz é o grande exemplo de logotipo perfeito. Naquilo que é o Vasto, Tudo se Cruza, Tudo tá entrelaçado.
É isso aí, Transtudo!
Carinho a todos, amigos obremprogressivos!
Olá Caetano,
Caetano és um crack!
E ainda fazes alusão a sua bela canção.
Siboney
SORRY, HERMANO
Eu sei. Sou aquele que disse lá no começo de tudo que tinha bloqueios pra acompanhar o progresso do novo álbum de Caetano.
Disse pra revelar alguns aspectos bem pessoais relacionados à música e às minhas fantasias e manias tão primitivas em relação ao nascimento de um bebê fonográfico.
Mas tenho que confessar. Volto sempre ao início de tudo. Reouço as canções, leio os primeiros posts (menos pessoais) de Caetano e cultivo a percepção de que estamos andando no tempo (já temos um passado).
Obra em Progresso é contemporânea de um momento especial da História. E começa a dar sinais de que será um pequeno fragmento pra se entender no futuro um pouco do que se passou. No mínimo, pelas nossas cabeças, unidas pelos neurotransmissores virtuais. Um dia blogs serão fósseis e fáceis.
Foi assim hoje que amanheci relendo os POSTS sobre Fidel e a Base de Gauntánamo em função da bela foto de Obama com a caneta na mão. A caneta que pede o final da tortura e fecha a Base. Uma caneta. Não era um míssil. Era uma caneta!
“É por demais forte simbolicamente para eu não me abalar”
Reli e reescutei a canção Base de Guantánamo. Caetano deve usar um caneta para escrever a letra das suas canções.
Depois, vive a beleza de reescrevê-las com seus “typos” e a delicada indecisão entre vírgulas ou espaços.
“A Base da Baía de Guantánamo,
A Base de Guantánamo,
Guantánamo.”
A política e a gramática. Vírgulas e espaços, entre versos concisos e preciosos que agora ganham sentido maior. No espaço e no tempo.
Muita gente vai pensar que Caetano compôs essa canção com a caneta de Obama.
Nós somos testemunhas privilegiadas de que ele estava atento e sensível o bastante pra se antecipar a um tema que não era “ordem do dia” na velha ordem mundial.
Estou feliz pelo blog, pela rapidez de Obama e por me sentir distante e pronto o suficiente pra ser a representado às canções de “zii e zie”.
Mais lúcido (ou translúcido).
transbeijo na testa
salem
Lulalá.
Gluber está certo: o rock que se faz na Bahia está mais ao leste que qualquer outro no país, no sentido de ser realmente particular. E acho que vc já falou isso também…
Gomorra é o bicho!
Queridíssimo Salem.
Fico relendo a letra e estes versos ficam reverberando em minha cabeça:
Li na “Las.fm” o Andrew Bird falando sobre o rock:
“O rock não tem de ser música dos homens das cavernas nem prog-rock, há alguma coisa no meio”
bjs.
Acho uma bobagem essa história de condenar alguém a gostar ou a não gostar de literatura. Lê e pronto. Agora, tocar a pessoa é outra história. (Rafael Rodriguez)
Adoro ler as letras antes de ouvir … (…) Acho maravilhoso imaginar as melodias. (Gilliat)
Tento perceber a melodia que se insinua e quer arrebentar no meio das palavras digitadas. (…) Pude sentir cada sílaba e não me encabulei de imaginar melodias que escapavam do meu inconsciente. (Fernando Salem)
Você é um estímulo delicioso dos meus neurônios! (Miriam Lucia)
Delícia de anaconda. (Ju)
Este post me deixou “transeunte” de felicidade! Sempre achei que transeunte devia ser adjetivo. (Glauber Guimarães)
Só faltam mudar as palavras (…) camisola para os portugueses é camiseta para nós…(Luiz Carias, o insano da Penha).
Legal, mesmo, foi ver na esquina da minha rua, na Lapa, Seu Manuel brincar com o “acordo”: Temos lingüiça com trema, R$ 0,50 mais barata! (Wesley Correia)
Tem o do MILLÔR que era MLTON mas escrito com caneta tinteiro, o tracinho do “T” escorregou e virou acento circunflexo e o “n” perdeu meia perninha “r”. (Siboney Zabaleta)
Sempre me apaixono primeiro pela voz…pelas acentuações, sotaques, chiados, timbres. enfim… (Joana)
O luminoso em Bagno é a identificação e o conceito de preconceito linguístico. Acho a estigmatização dos que falam sua variedade algo sem graça. (…) E não gosto de quem caça traços de variedade ‘não-padrão’ (…) na fala de Lula para classificá-lo como burro. (Lucas Matos)
E eu digo uma coisa eu simpatizo com Lula mas também desconsidero qualquer um que ache que ele não possa receber críticas e adorei Obama fechando a base de Guantánamo dei pulos de alegria (Teteco dos Anjos)
Eu, que passei a acreditar em papai Noel, fiz meu pedido confiando nas muitas batalhas vencidas por Obama. (Luiz Castello)
Verifico que já não temos o oriente e o ocidente, mas o sol ainda nasce no leste e adormece no oeste. Precisamos de uma bússola? (Tavares)
São questões impertinentes que eu gosto de levantar. (Eduardo Luedy)
Nada como o sertão particular da gente. O meu me intimida. O seu parece relaxar. (Ingrácia)
Santo Amaro, eu gostaria de conhecer Santo Amaro. Tenho paixão por cidades pequenas, históricas, onde a religiosidade impera de forma viva e ao mesmo tempo teatral. (Teteco dos Anjos)
Aveiro.Aveiro. Cidade bonita. (…) E muito mais pequena que Veneza. Que bom que Caetano se enamorou dela. (Paulo Osório)
A letra de Menina da Ria deixa um quero mais… (Carolina)
Nenhum descalabro se tudo / É sexo sem sexo em nós dois (Caetano Veloso)
Alguien más que se atreva a soñar? (Exequiela)
Salem,
Obama 1 : fim da base de Guantanamo… Grande!
Obama 2: fim da tortura como método de interrogatório militar… Grandeeee!!
Agora, Grande, Grande, Grande, Grandeeeeee, seria:
Obama 3: fim da pena capital
Cê não acha?
Abraço
interessantes os links disponibilizados pelo andre lopes…vou olhar com calma…
Glauber: é tu na fita, homi. rs
sim, sinto falta dos sons das palavras das pessoas por aqui. fico curiooosa.
da série ‘vovô sabe tudo!’:
sobre ‘aquez pobrema todo’ : pensei melhor, e decidi mudar de lado. não há mesmo como impor uma única regra a um universo tão extenso de pessoas. não posso exigir um falar correto, nem mesmo do meu próprio filho.
“Alguns artigos ou trechos de artigos da Wikipédia contém revelações sobre o enredo, e são chamados ’spoilers’. Um ’spoiler’ é um pedaço de informação sobre uma obra (livro, filme, programa de TV ou jogo, por exemplo) que pode revelar trechos de sua trama, reduzindo ou arruinando o prazer de sua apreciação pela primeira vez. Se você ainda não leu/assistiu/jogou/apreciou tal obra, é recomendável fazê-lo antes de ler os spoilers nos artigos da Wikipédia.”
não é bacana? embora ’spoiler’ signifique ‘estraga prazer’, seu propósito é um exemplo de etiqueta na net. 30 parágrafos não é.
abrs paloma
Logo que li o relato espetacular do Siboney, me lembrei da canção “Esse Amor” do Caetano.
Além da coincidência do nome próprio que também é da tribo da Cuba pré-colombiana, há o fato dele ser um Estrangeiro (nome do álbum em que a canção está).
Não sei se Siboney foi detido por ser um estrangeiro na Espanha (algo bem recorrente). Mas esse é mais um dado bem sincrônico, já que também estamos conversando sobre a extradição dos cubanos pós-colombianos. E também sobre uma prisão que está boiando em Cuba e detém estrangeiros sem direito à julgamento.
É a “carne da palavra”!
Já que Joaldo não comparece, trato de ligar os pontos.
Foi bacana saber que Caetano libertou Siboney que boiava ¡a flor de um sol que nascia quadrado.
E é gozado a gente falar do “menas” do Lula no post de “Menina da Ria”.
beija na testa
salem
Meus pais, que são nordestinos do Rio Grande do Norte e Pernambuco, também aprenderam no colégio que Bahia era leste.
Nunca assimilaram Bahia como nordeste. Para eles, como muitas pessoas também consideram na parte de cima do nordeste - que chamam tudo abaixo do nordeste de sul (centro-oeste, sudeste e o próprio sul) - Bahia é sul.
Ao mesmo tempo, percebo que isso é muito direcionado para Salvador e o litoral.
Estive no natal em Juvenília, cidade mineira criada nos anos 1950 para conter a travessia de baianos para territórios rurais de Minas Gerais, às margens do rio Carinhanha - afluente do São Francisco -, e percebi que os mineiros de lá são muito baianos, e nordestinos em geral, nos falares, nos comeres, nos beberes e nos curtires (axé, forró, arrocha e trovadores dos teclados comandam), mas, ao mesmo tempo, nutrem uma óbvia atração geográfica, política e profissional por Belo Horizonte e Montes Claros, mas que também é compartilhada por cidades baianas próximas, como Carinhanha, Malhada, Cocos, Guanambi e Caitité, que não são atraídas da mesma forma por Salvador.
Acho interessante que mineiros da divisa sejam politicamente conectados às cidades mineiras maiores, mas se comportem culturalmente, em muitos aspectos, como baianos.
Há uma tensão nítida - nem sempre negativa - entre interior e capital em qualquer estado brasileiro, bem como entre o interior e o litoral do país - Milton Nascimento já cantou em “Notícias do Brasil” que “a novidade é que o Brasil não é só litoral” -, mas esse comportamento voltado para o mar vem desde a nossa colonização.
Eu, brasiliense, filho de nordestinos, filho da integração, acho a Bahia nordeste puro, inclusive Salvador. Quando redesenharam e renominaram as regiões, acredito que acertaram.
Mas nesse mundo que gira e flutua, nada é tão rígido assim que não possa mudar, até a parte sólida da língua, a gramática, é muito mais fluida do que aparenta.
Beijos na certidão de nascimento.
heloisa…
ótima!
paloma
caets
com todo respeito, não sei de suas intimidades, nunca participei delas (apesar de poder dizer que, sem eu querer, vc participou de muitas minhas), mas, minhas antenas gostariam de lançar uma pergunta ao ar, captada em algumas janelas que se mostram abertas na energia da rede: vc está amando?
a maldição dos comments perdidos acabou de me acometer. E logo a mim que nunca tive problemas por aqui!
bem, dito isto, queria dizer que heloisa com sua colagem transtudo arrasou!
errata-digitalis:
… embora ’spoiler’ signifique ‘estraga prazer’, seu propósito é um exemplo de etiqueta na net. publicar 30 parágrafos não é.
grata paloma
OBAMA – GUANTÁNAMO – PRISÕES SECRETAS – A VERDADEIRA NOVA ORDEM MUNDIAL
Gostaria que algum teórico das ciências políticas ou da economia pousasse por um momento seu olhar sobre a data do dia 22/01/09 e afirmasse que o recém eleito Presidente dos Estados Unidos inaugurou uma nova ordem mundial.
Não aquela cruel e aterradora ordem mundial constada pelo presidente Bush (pai), mas uma nova ordem, no sentindo de comando geral, enviada para todo o mundo, dispondo que o país que ajudou a fundar os direitos fundamentais (logicamente bebendo da fonte do iluminismo francês) e que seu povo sempre teve força para lutar pelos direitos civis, voltou a acreditar nesses ideais.
Ideais, que devem ser compartilhados com o mundo todo, que acompanhou atônito 8 anos de governo Bush que ignorava as liberdades civis, com prisões ilegais, sem acusações formais, as pessoas eram presas sem saber do que estavam sendo acusadas, nos moldes de um Estado de exceção, tudo sendo justificado sob o manto da doutrina do medo, tudo em nome da segurança nacional, em nome da guerra contra o terror.
No dia 22/01/09, com assinatura dos atos presidenciais para por fim com a prisão de Guantánamo, com a tortura, e as prisões secretas da CIA, reafirmou os direitos individuais dos americanos, dizendo que os EUA não vão mais tolerar a tortura, não vão mais continuar com a falsa escolha entre a segurança e os ideais da constituição. Se tem alguma guerra do terror para ser ganha “nós vamos ganhar nos nossos termos” afirmou ele. Não se corrige um erro com outro erro, subvertendo os princípios que você busca defender.
Por todo o exposto, com os atos presidências que põe fim às prisões ilegais, Guantánamo e a tortura, os EUA sinalizam para o mundo uma nova norma de conduta a ser seguida na luta contra o terror, em que não é preciso que um Estado democrático viole os direitos individuais, nem mesmo de seus inimigos.
Espero que aqueles que no Brasil estão aplaudindo a vitória do OBAMA entendam a repercussão de seus atos, e incorporem seus ideais de luta pelos direitos civis, que estão sendo cada dia mais violados pelo Estado brasileiro. Não viemos uma ditadura, mas a sociedade assiste pacificamente interceptações telefônicas ilegais da policia federal sendo validadas pelo STF, assim como não se incomoda com o Regime Disciplinar impostos aos presos nos presídios de segurança máxima de São Paulo, sendo eles reduzidos à condições sub-humanas, ficando dias em celas sem nenhuma entrada de luz, com visita de advogado sendo limitada – ficando incomunicáveis inclusive para com seus advogados que tem visitas limitadas, o que é visivelmente inconstitucional e contra a convenção de direitos humanos.
Dessa forma, espero que essa nova ordem mundial ilumine governos e sociedades, para que os abusos do Estado sejam contidos. E para aqueles que acham que esse texto trata-se de mais um de direitos humanos, que só pensa em defender bandido, o equivoco é patente. Defender a ordem constitucional, e os direitos fundamentais de um preso significa defender toda a sociedade dos abusos do Estado. Hoje o abuso pode ser contra os presos quem ninguém se importa, os traficantea de São Paulo ou os terroristas de Guantánamo, mas amanha o direito violado poderá ser o seu.
é só caets pra conseguir revelar alguma poesia á niteroi rsrsrsrsrsrsr kkkkkkkk hehehehehehehehe.
arariboia city rsrsrsrsrsrsrs. pôça,possa,moça…
agora taça sobre pubis glabro é fod….
me parece a fusão dos espaços bahia,ria e rio nikiti…..mas a impossibilidade e depois?
um estudo os barcos o farol a barra linda quanto ela aveiro…..
os barcos a foto a preta bahia se tudo é sexo
elegante alegria portugues lusitano do outro lado da poça, aveiro,bahia a sintese de uma menina da ria…rsrsrsrs
esta letra merece algo como “nenhum descalabro se tudo é sexo em nós dois nada para além do sexo…
tentei comentar antes e o comment sumiu…
O liberalismo inglês, decerto, tem muitas vantagens, mas também, diga-se de passagem, a valorização do ser humano se perde na “força da grana que ergue e destrói coisas belas”. “tudo vale a pena se alma não é pequena”. mas precisamos de um mundo mais justo onde se ajuste o que é de se adequar.
I cannot put any accents on my words, therefore I will write in English. Transtudo is a phrase that is relevant and applicable to the immensity of Brazil and culture. Anthropofagia is a Brazilian state of being. Brazil is a cultural cannibal, adapting and consuming all it sees. Brazil in this interesting form for is a devouring monster of all that the world throws at it. Transtudo is just a product of that consumption. The other side of the puddle? Is the puddle the sea?
Uau Siboney!
‘chaver se eu entendi o belo roteiro…
1- ‘cê foi preso por dar porrada num cara na disputa por uma mulher.
2- teve a solidariedade dos algozes até eles saberem que tanto a moça quanto o seu rival eram conterrâneos locais.
3- os hómi se voltaram contra você
4- ‘cê foi mandado pra outro xelindró. esse devidamente conectado ao cyber-espaço.
5- blogou por aqui e mostrou a Obra pros carcereiros
6- os caras gostaram! e até pensaram como seria legal uma interface semelhante na terra deles
7- a simpatia dos “polícia” com Caetano e sua Obra ajudaram a te soltar
Cacilds!
Ainda tem muito o que contar!
O que o teu rival fez? Só chavecou a tua garota? Ou vocês estavam disputando o amor dela como Noel descreve no genial “Quando o Samba Acabou”?
‘Cê bateu muito? Apanhou?
Cadê essa mina e esse mano?
Aí vai a letra do samba do Noel:
beijo na testa
salem
ps: o show foi massa, mas a prata dele foi o amiguinho loiro do Tom, que cantava de olhinhos fechados e se embalava alegremente cantando “você é linda”. uma graça, como é o nome dele (imaginem por favor um ponto de interrogação aqui).
http://revistamododeusar.blogspot.com/
ai segue um link da versão eltronica da revista de poesia modod e usar, que uma das coisas mais legias que rolou ano passado e que entre seus ultimos post tem um longo e fodastico texto sobre o augusto e campos, com direitos a varios poemas oralizados e versões graficas também. vale a pena conferir
salém, vc também gosta tanto mais de comment do que comentário? só pra me agradar que eu sou carente, escreve comentário pô…mas salém, vc é o cara, quem sabe a gente consiga até que caetano que fala hemetêvê tecle comentário ao invés de comment…se há alguma vitória ou derrota, essa então seria uma…é ataração?mas…
mas que coisa, cada um fala do jeito que quiser…’xeu falar…mas o Lula também fala errado…eu quero falar como americano, eu também quero falar inglês, eu quero me comunicar com o mundo todo…eu quero falar para o mundo todo aqui do canto do meu canto, no cantinho falando para o mundo todo…delírio…tô vendo coisas…me segura que eu vou ter um troço…heloísa tô sentindo aquele cheirinho de comidinhas mineiras, ontem foram panelinhas de camarõezinhos fritos no alho e óleo com cartuxa branco e camarões tigres grelhados, com pãezinhos no alho e óleo…como é boa a cozinha lusitana…depois da poça…como é linda a barriguinha da britney na capa da rolling stone brasileira, na capa da lux portuguesa barack pergunta: não é linda a minha mulher?eu não sei porque eu pensei que o português era mais diferente que nosso português…começa a seleção genética na capa da Isto É, na caras a top gisele diz que não ficou noiva mas que vai casar com tom.diante de 1,8 milhão de pessoas, obama promete reconstruir EUA foi capa na Folha.’xeu falar…salém o que vc acha? me dê então a sua impressão sobre o comentário e o comment…vc acha qe acento agudo no caso corta um pouco a onda? ou a presença de dois hemes, mm, dá um tom assim…como direi? mais elegante, vamos lá…comment seria mais seco, mais conciso…salém, diz aí …
Dia desses me peguei lendo um texto em voz alta a palavra tranquilo ( sem a entonação do uso do trema). Será que a tendência não será essa? Abolirmos os tremas e com isso começarmos a falar diferente? Como explicar isso para as crianças em processo de alfabetização que os acentos diferenciais foram para o limbo? Os editores de dicionários devem estar rindo ( ou sorrindo) à toa…
Não estou convicto, mas penso que a Bahia e Sergipe deixaram de ser a região leste do Brasil para receber verbas oriundas da SUDENE. Interessante, ouço falar em SUDENE e no Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, faz muitos e muitos anos. Nem sei se ainda existem, mas também não sei o beneficio que promoveram, concretamente, para e pelo o Nordeste do Brasil. Alguém poderia clarear algo a respeito. Também fiquei intrigado com a semelhança do mapa da Bahia com o do Brasil. Busquei mapas do Brasil antigos e não achei nada. Sei que tudo - ou quase tudo - tem o seu começo na Bahia, seria esta a razão. Não é possível que nem mesmo os baianos saibam responder a tal indagação, feita em tópico passado.
Voltando a Lula, eu preferiria que ele dissesse erradamente outras coisas a que dissesse corretamente muitas das coisas que diz.
Mudando um pouco de assunto. Ainda que a Camorra tivesse financiado integralmente a construção das Torres Gêmeas e que estas estivessem ocupadas exclusivamente por mafiosos da pior espécie naquela manhã, o atentado de 11 de setembro me continuaria parecendo uma abjeção.
Os atletas cubanos foram despachados para Cuba porque certamente quem os despachou acredita que a justiça de lá seja mais confiável e isenta do que a justiça italiana…
É isso aí. Desculpem a extensão deste comment. Li tudo na diagonal e escrevi tudo em função dessa leitura precária. Espero que me perdoem pelas eventuais imprecisões.
Hermano e seus auxiliares. Se estiver tudo muito descabido podem me “limar”.
Glauber, um abração! Naõ sei se vc se referiu a Marcelo lá atrás pensando em mim. Se sim, obrigado pela lembrança; caso contrário, fica um abração do mesmo modo.
Exequiela, nuestra musa. Soy baiano, y no porteño. Un baiano enamorado de tu país y que aprendió a hablar castellano con tus compatriotas. Un besote para vos. Argentina, te extraño y siempre te voy a extrañar…
Caetano, Dona Edith ter sido sua mãe de leite é algo que está muito mais além do que o imaginado…
Obama, Axé!
Beijos saudosos. To chegando na Bahia em fevereiro, de onde só saio na 4ª de cinzas.
Marcelo (um liberal inglês?)
Siboney
Meu nome, Antonio, também não vai acento circunflexo, provavelmente pelo desconhecimento do funcionário do Cartório de Registro Civil que o digitou; mesmo assim é menos grave dos casos em que os pais “devido aos aleijões” pronunciam, por exemplo. WIRSO ao invés de Wilson, e daí fica daquele jeitão; É FLÓRIDA! Falando nisso, percebo em alguns comentários, UM ERRO (é erro mesmo) muito comum no Brasil, que é o uso de mais e mas; geralmente utilizam-se do emprego de mais para frases explicaticas, perceberam? Na boa, sem crise, mas isso me perturba um pouquinho, não muito, mas perturba.
Gostei de ver o Caetano falando de “Menina da Ria” a partir do comentário do Rafael dizendo que Ria é feminino de Rio (uma viagem);
Há muito que não ouvia a canção “quando o samba acabou”, do Noel, citado pelo Salém, foi legal reouvíla. A conheço, quando em minha adolescência compres aquela série de discos “História da Música Popular Brasileira” editada pela Abril Cultural; quem mesmo a interpreta? é o Mário Reis? Creio que não, estou com preguiça de conferir.
“escola tem de ser chato em algum nível, não acho que ela deva rivalizar com o parque de diversões, o cinema americano e os momentos de dengo com os pais” -
Lembro-me que em algumas situações que dei aulas (se é que aquilo poderia ser chamado de aulas)eu dizia aos educandos (termo ridículo usado por professores a partir do MEC) e doscentes, pra não dizer indecentes: TUDO BEM, AULAS DIFERENTES SIM, MAS ESTUDAR NÃO É MESMO IGUAL A COMER PIPOCAS VENDO FILMES DE ENTRETENIMENTO EM FRENTE À TELEVISÃO.
Beijos a todos.
Senhorita, ou Senhora Miriam Lucia:
Fico-lhe grato pela sua atenção. Claro que sem luta não se conquista nada, inclusive no amor. Os últimos governos do Brasil, ditos de esquerda, provocaram um retrocesso gigantesco no que concerne aposentadorias, sob a justificativa de que o brasileiro está vivendo mais anos. Fora isso, pagava-se uma certa quantia ao INSS para, no momento de se aposentar, não acontecer perda salarial. Os governos de Fernando Henrique (iniciador da loucura) e de Lula não respeitaram isso e baixaram os valores das aposentadorias. O direito adquirido não é respeitado. Então as aposentadorias dos trabalhadores são pequenas. Os jovens de hoje devem lutar para mudar enquanto é cedo. Não é só uma luta de velhinhos. Isso deveria interessar a todos, porque um dia todos serão atingidos. Mobilizar velhos é dificil. Quase todos vivem empenados, com artroses, problemas de coluna, são cardiopatas, diabeticos e com uma série de doenças. Somos como crianças e nossos filhos é que tomam conta de nós.Nossos passos tornaram-se lentos e a nossa resistência fisica caiu, então fica dificil mobilizarmos que tá mais morto do que vivo. Há uma parcela minoritária da população que ainda ganha aposentadoria elevada e tem uma qualidade de vida melhor. Eu, gosto de me prender a minha situação e bem sei que é igual a de muitos outros idosos como eu,mas eu vivo tendo que fugir do SUS e não tenho plano de saúde. Porque já não tenho resistência física de ficar de madrugada em uma fila em busca de senha para marcação de consulta. Depois de marcar uma consulta esperamos um mês para sermos atendidos. Quando atendidos o médico passa exames que só depois de um mês ficarão prontos e quando você regressar ao médico já pode ser tarde demais.Então busco médico particular que procura me passar remédios mais acessiveis, mas em certos casos não há como evitar que seja ministrado remédios mais caros e, devido ao fato de eu ter esposa, também velha, minha aposentadoria não me serve para gozar a vida, mas para sobreviver às doenças da idade e o governo vem com o sofisma de que estamos vivendo mais. Já não tenho forças de ir à luta, de buscar mobilizar o povo. Alguma voz deveria se levantar no Brasil, mas vivemos em uma Nação em que o que mais prospera são os escandalos de corrupção e o silêncio virou a tônica no congresso. È o congresso que pode mudar pressionando o Presidente. Waldeck Ornelas foi o maior responsavel por esta mazela. A má administração da previdencia é causadora de muitos erros. Agora veja, aqui, apenas você mostrou-se sensivel à questão do idoso. As pessoas dizem que já estamos com o pé na cova (menos os burocratas do governo)e não ligam pra gente. Deus lhe abençoe menina.
COMMENT aleatório.
Não paro de admirar a beleza desses versos.
Me remete a um pintor/escultor analisando sua modelo. Toda passionalidade não obrigatória; dependendo do caso. Uma composição pictórica.
me nina Ria
meninada ria.
A Helosisa fez um lindo transcommentudo adorei!!! Realmente ela entendeu tudo sobre o transtudo de Caetano, e fez seu “caminhão” de frases. Tinha que ser ela mesmo!
Caríssimo Glauber fiz um passeio cibernético a “conservatória”, que lugar simpático, nossa e voce sabia que nossa amiga Heloisa esta somente a 330 km dali? Ai ai ai… não vou dizer que estou com inveja, porque é feio… hahahaha!! Olha foi ver a sua sugestão do Andrew Bird, muito legal cara! Este vídeo que achei lá no youtube mostra bem isso, adorei muito e muito, dali fui a biografia dele que me levou ao método Suzuki que também desconhecia e é super interessante, nossa um mar de aprendizado. Valeu mesmo.
E de pensar que tem gente que ainda pergunta porque a somos tão loucos por este blog, deve ser porque passam tão rapidamente por aqui, deveriam puxar a cadeira e sentar-se um pouco para um dedo de prosa com a gente. Hahaha!
Andrew Bird - “A Nervous Tic Motion…”
http://it.youtube.com/watch?v=wRk2iHkOcNE
Salem este teu ultimo comentário para o Siboney é uma coisa de louco, você é sensacional mesmo! Aproveitando que estou falando com ti, recentemente conheci esta moça me parece que é ai de SP você já ouviu falar nela? Ana Gilli.
http://www.myspace.com/anagillicantora
Beijinhos risonhos
Mais um COMMENT aleatório.
Muitos que moram em Niteroi atravessam a poça para trabalhar ou para curtir o Rio.
A Menina da Ria é uma gata de nikit city. Atravessou a Baia da Guanabara para pegar o avião na capital e voou por cima da outra poça que é o Oceano Atlântico em direção a Portugal.
Aveiro com suas poças de maré baixa.
São muitos mares.
A Baia feia e suja, o Oceno profundo, os canais em Ria de Aveiro.
bjs.
google earth é o máximo. em segundos vc chega no alveiro, na ria, sobrevoa a cidadezinha. viaja! não esqueça de clicar em ‘terrenos’ na seção ‘camadas’ da barra lateral : as montanhas aparecem tridimensionais. e dê um pulinho em nazaré, cidade logo ao sul. parece saquarema. tem igrejinha no alto do morro e tudo.
fico impressionada quando comparo as áreas dos países europeus com a do brasil, principalmente em fotos de satélite. são tão pequenos. não consigo entender como podem ter problemas administrativos e econômicos, com tantos séculos de experiência e cultura.
heloisa, seu remix arrasou. agora faz um do avesso, tipo piores momentos, hahaha … ops, se eu merecer pode me incluir …
bj paloma
E Tomou. Redigiu de próprio punho um aviso que afixou no mural da empresa, juntamente com os faxes do vendedor. Dizia assim:
“A parti de oje nois tudo vamo fazê feito o Virso. Si priucupá menos em iscrevê serto mor di vendê maiz. Acinado, O Prezidenti”
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Postar é fácil, mas apostar que vai entrar é que são elas… e logo hoje que eu estava ” Bem mais solto…estava num momento jovial”( dá-lhe, Mestre).
Com todo amor
Siboney Zabaleta
Heloisa, que maravilha a sua colagem. Também fico anotando coisas e frases daqui e de tudo o que me interessa. William Burroughs adorava fazer colagens, com frases soltas, e chamava isso de “cut-up”. David Bowie disse que sua persona era um mosaico de idéias de outras pessoas. Parece que as frases vão pintando espontaneamente como num frazeado de jazz, é bem louco, como improvisações do “bird” Charlie Parker. Eu piro em coisas assim.
Carias, eu não acho os comentários do Salem nocivos não “aos mais críticos”. Salem é gente boa e seus comments são sempre benignos.
Tante grazie, auguri.
Exequiela, querida, o sonho não acabou. Te conto tudinho no email. Besitos!!!
Li algo nos coments sobre ser tocado ou não por palavras, pessoas, músicas, livros…quis deixar aqui o primeiro post de um blog que desde então me toca fundo…sei que será sensivelmente inspirado!
http://parafrancisco.blogspot.com/2007/07/primeira-vez-que-seu-pai-fez-caf-da.html
Beijos mineiros do Sudoeste da Bahia
marcio junqueira: valeu pela dica!
Aqui no Rio costumamos usar “o outro lado da poça” para falar de Nikiti..
caros:
nele, advogava a favor da liberdade da língua, conjunto de falares de determinado povo ou região e classificava de adornos temporários as reformas ortográficas.
também chamava a atenção para o fato de haver quem trema pela simples razão de ainda não saber tintim por tintim os modos de aplicar corretamente esses novos adereços ou mesmo extirpá-los. calma, gente, que já, já chegarão às boas casas do ramo os dicionários, esses zoos de vocábulos e expressões vocabulares.
ao argumentar sobre a vivacidade da língua, aplaudi o fulano que grafou transtudo na carroçaria do caminhão-baú, inscrição que despertou a atenção de Caetano, pai de “palávrora”
como sabemos,e o mestre Manoel de Barros deu um belo exemplo poético ao dizer que uma palavra abriu o roupão para ele e dela ele viu tudo, palavras têm casca, espinhos, miolos, seiva. há palavras que cegam, as que despertam e por aí vai. mas antes de elas irem para o zoo, são criadas pelo povo.
embora não tenha sequer uma rês, dou uma boiada para entrar em uma esgrima verbal, e não um único garrote para dela sair. inda que não seja nenhum Caetano, um Sultão das Palavras, no comentário fiz uma defesa da língua na forma oral, livre das amarras da grafia. e dei um exemplo que pode ser chamado de singelo: se um d’ocês for à Praça do Mercado em Santo Amaro em dia de feira e se dirigir a um dos extrativistas e perguntar qual o preço da graviola, provavelmente terá como resposta um meio sorriso e um olhar intrigado. mas se perguntar “a cuma é?”, de pronto terá o preço certo e um riso aberto.
quanto ao Lula, ele não deve ficar isento às críticas pelo fato de ser o Presidente, e sequer perdoado por causa dos erros que comete ao falar. até porque, ele assumiu, recentemente, que sente azia ao ler os jornais. se jornais lhe dão azia, imagine que patologia a degustação de um Guimarães Rosa ou um José Saramago lhe provocaria.
Gil, meu querido pegador
Repare que em geral escrevo “coment”, apenas com um “m”. Ocasionalmente, como em um dos que publiquei nesse post, coloco o outro “m”.
Mas prefiro com um “m” só. Gosto quando uma palavra gringa vira uma abreviação de uma palavra brasuca.
Como gosto quando dizem aqui em SP “comi um puta dogão”, quando se referem a um cachorro quente do balacobaco.
Gosto de emoticons, mas não domino. Noutro dia vi um dicionário e fiquei alucinado com as carinhas feitas de caracteres.
Na CBN, uma pedagoga inferiu que a molecada está desaprendendo a escrever e ler com a internet. Achei uma bobagem. Não há nenhuma pesquisa que confirme esse palpite infeliz. Nunca se escreveu tanto. Nunca se leu tanto. Essa é a minha intuição.
Toda língua é trangênica. Mutante. Toda língua se fez a partir de outra língua, como disse Caetano. E isso no patropi é sensacional, meu bródi.
“Coment” é mais legal que “comentário” que tem um sabor de nota, observação ou crítica. Não sou comentarista.
E é assim que é. Quando uma palavra, um neologismo ou uma apropriação gringa se faz mais eficiente e leve, eu uso sem dó.
Quando é esnobe, constrange mesmo.
E não concordo quando forçam a barra politizando essa questão que como já disse uma penca de vezes é subjetiva (não estou provocando o Luedy, pelamor de deus!).
Estou livre. Freela como dizem os free-lancers de SP.
Mas sabe duma coisa? Vou passar a escrever “comentário” só pra te agradar. A língua também se faz do afeto.
kisses sem coments in your test
salinas
Esse blog sempre me censura. ADORO ser censurado.
Menina da Ria. A musica por o que eu intendo, existe uma poça
e nao um mar. A preta portuguesa, parece que estou na Bahia, a troca Transatlantica fez a distancia curta e os outros lados da poça viraram transcultural.
Boa Noite Gente Boa!
http://br.youtube.com/watch?v=3sWb1iR2mzM
Se Hermaninho deixar eu conto o que aconteceu em Fortaleza, em um lindo sábado à noite, quando resolvi acompanhar uma amiga a uma boate de coroas. Começou assim:
http://br.youtube.com/watch?v=MadI2SeyyAs
Labi Barrô, cansadinha, cansadinha.
http://g-ecx.images-amazon.com/images/G/01/ciu/a5/d0/4c79820dd7a03a83afc2d010.L.jpg
opa! miriam, descobri a versão de estúdio de ‘nervous tic” [com a letra!] no youtube. cê vai adorar, tenho certeza:
http://br.youtube.com/watch?v=j1Aha3JjELY
que destino ou maldição manda em nós meu coração, um do outro assim perdidos? somos dois gritos calados, dois fados desencontrados, dois amantes desunidos! Por ti, sofro e vou morrendo, não te encontro nem te entendo, amo e odeio sem razão: coração, quando te cansas Das nossas mortas esperanças? Quando páras, coração? Nessa luta, nesta agonia canto e choro de alegria sou feliz e desgraçado! Que sina tua, meu peito! Que nunca estás satisfeito, que dás tudo e não tens nada! A gelada solidão, que tu me dás, coração, que não é vida nem é morte; a lucidez, desatino, de ler no próprio destino, sem poder mudar-lhe a sorte.(armando ferreira pinto e alfredo marceneiro)
Oi, Caetano e pessoal: o Tynan é o crítico inglês cujos diários foram publicados na Piauí (e são ótimos!) há algum tempo atrás, não é?
Ontem mesmo, Caetano, estava bebendo com o Kirlian, amigo de Teixeira de Freitas que contou da infância dele lá, muito marcada pela pobreza e pistolagem da cidade, assim como falou do Ponto dos Sete Mistérios em Salvador. Isso parece título de música sua, o tal ponto.
Uma amiga dele, Crisna, tb de lá, teve uma observação boa sobre o Glauber: o Glauber foi a uma reunião da Vale do Amanhecer em Brasília e adorou, disse que era a única verdadeira religião brasileira.
Oi Caetano, e por falar em regiões do brasil e sotaques, uma boa dica é ler a reportagem sobre música popular que saiu na revista eletrõnica d livraria cultura, “Ritmos do Brasil - as raízes musicais do país do samba”. Na página de dentro, o t´tilo é “sotaques musicais”: ” ao falar de xote, a primeira coisa que vem à cabeça é o nordeste…., mas xote também tem no sul e vem de schottische, uma dança de origem escocesa….”.
Tem uma sacaneada do humorista Max Nunes quando perguntado sobre o que ele achava sobre a construção da ponte Rio-Niterói ele mandou: Por um lado é bom… por outro Niterói.rsrsrs!
Beijoney
alias caets adiantou sem saber, e por favor não me venham com reforma ortografica pois nossa lingua ja é por demais dificil, o prefixo do mundo hoje…. TRANS, com a posse de obama….
um alem não pela soma ou initização mas pelo transvalor…pela transMUTAÇÃO, pela ideia de que o mundo deve ser percebido pelo que há de diferente, pelo que há de regional, pelo que há de riqueza humana em sua transvaloração e não pela pasteurização globalizada do rock ingles..assim me parece que o nosso transamba deve ser algo transformador pela descontinuidade ou colagens de elementos varios que resultem em algo nosso mais com sabor de terreiro, de aveiro, de ria, de menina e alegria, de samba e de bahia, miragem em aparição e descalabro, de assombro e sexo , uma marina em um barco que atravesse o atlantico e mostre que do outro lado da poça há uma beleza inefavel e inequivoca pra quem sabe apreciar o singular…..
heloisa minha trans/musa/atlantica/da/ria/
http://www.youtube.com/watch?v=LY4kojG0tQk
Caetano, não vou o post. Só passei por aqui para dizer que minhas férias estão sendo animadas pelos hits de “Livros”, um dos seus melhores álbuns (na época do lançamento eu tinha 17 anos, mas, todas aa vezes que ouço, parace que as músicas são novas). Muito bom para os ouvidos, para a alma, para a saúde!!!!!!
Abração!!!!!!!!!!
Dan
Olá Carias queridaço
Meus comentários não deveriam ser “nocivos aos mais críticos aqui”. Pelo menos a idéia é que eles não tenham contra-indicação, não causem danos e nem sejam perniciosos.
Talvez entenda o que você disse de modo até elogioso. Mas o fato é que só comento as coisas que me provocam no melhor sentido. Quando discordo ou cito o nome de alguém, tome como sinal de respeito.
Gosto pra cacete de todas as figuras que se opuseram aos meus pensamentos. Cada vez mais.
Aqui em casa tem uma mesa de pingue-pongue. Jogo sempre que posso com uma confraria de amigos que, como eu, também torcem pro Santos. Tem cineasta, pediatra, jornalista, escritor e video-maker. Mas a gente só fala merda.
Assistimos o futiba na TV, bebemos e vamos ao pingue-pongue como samurais.
Aprendi muita coisa jogando pingue-pongue. O duelo atento, o respeito ao outro e a vontade de surpreendê-lo com inteligência e efeitos inesperados.
Pra se jogar pingue-pongue, a gente tem que entender o jeito que outro pensa. E só tem graça jogar com quem tem o seu nível ou mais.
O que me instiga aqui nessa desordem progressiva é que não transformamos esse espaço num jogo de comadres.
Isso foi batalhado. Na discussão sobre as regras da moderação, no cuidado com a excessiva brodagem (pro Gil: amiguismo), nos embates amorosos do Caetano com a Heloisa, na minha esgrima com Luedy.
Isso aqui virou uma mesa de pingue-pongue virtual. Com sacadas e cortadas coletivas.
E você sabe tudo!
beijo na raquete
salem
Caetano conta a história linda de Cajuína:
http://br.youtube.com/watch?v=S5NxSwkwx-o
emocionante,
beijo na retina
salem
amei o texto de salem transando siboney com ria e carne da palavra e estrangeiro e tudo.
Fiz um MP4 virtual com todos os vídeos da Obra.
Zii e Zie - Videos da Obra
http://aescada.blogspot.com/2009/01/zii-e-zie-videos-da-obra.html
bjs.
Digo, todo os videos das músicas do “Zii e Zie”.
Já temos um passado.
COMMENT aleatório nº3.
Falando em Portugal, digitei “fados” no aplicativo da Last.fm e escutei um fado belíssimo na voz da Misia:
O Obra aqui pra mim havia desabado. Há bem uns 385 dias que tento abrir o danado e nada. Ufaa, vamos ver, agora…
Transtudo é TUDO!!
Rafael, obrigada pelos endereços que mandou lá no orkut pra mim.
Heloisa, inda te esgano. Isso que você fez com os comentários é a cara da minha pititinha Laura (tá, ela tem 19 anos). AdoUUro!!
Tomara Caetano responder a Joana (será se foi ela quem perguntou? Li tudo tão correndinho e com tanta sede): tá ou não apaixonado? iurúúú
Cadê o Lalo com os relatos prometidos? Acho que isso vai virar história… Num pode, num pode.
Linda, linda a letra de Menina da Ria. Perfeita, parece que encantou a todos e alguns fragmentos foram sabiamente destacados pelos caetanetes. Como já dizia sabiamente Zé Ramalho: “E isso explica porque o sexo é assunto popular…”
Mas o que acho importante naquele texto é que ele conta como o Cartola foi alvo de críticas por ter usado, na canção “Fiz por você o que pude”, o termo “premeia”, que alguns apressadinhos consideraram “errado”:
E o Pasquale vai mostrar é que o Cartola, apesar da pouca educação formal, lia Vieira… e foi de onde ele tirou essa forma verbal que, em Portugal ainda é usada. Estava mais Talvez o “premia” seja um brasileirismo, talvez já tenha sido “errado”.
Os apressados em julgar chamaram o Cartola de “ignorante”, dando uma demonstração de sua própria ignorância. O fato é que ignorantes somos todos, senão seríamos oniscientes.
Sobre isso, meu mestre definitivo ainda é Monteiro Lobato. Já nos livros infantis (Emília no País da Gramática) ele fala sobre as transformações da língua, e que quem a faz é o povo: os gramáticos apenas a registram.
Ser como as crianças: uma combinação de ignorãncia, curiosidade e vontade de aprender.
A música MENINA DA RIA não estava na comunidade do orkut.
Me enganei pois tinha o nome na lista. Não o link.
Prezado Porciuncula,
Olha, a piada (que eu achei muitíssimo engraçada) na verdade não considera que língua falada e língua escrita são registros diferentes. Ou seja, não leva em conta que ninguém fala como escreve e nem escreve como fala.
A piada, portanto, para fazer graça (e ela faz, ou fez, pelo menos para mim), requer que a gente não leve em conta isso.
Voltando à piada, eu acho que o engraçado nela reside principalmente no desfecho surpreendente. Eu mesmo quando comecei a ler fiquei imaginando, “ih lá vem a patrulha gramatical repreender o virso por ele falar daquele jeito”. E o que se sucede é o oposto: o presidente percebe que o virso era um excelente vendedor e descobre que, apesar de seu português “estropiado” consegue se comunicar muito bem. Claro a gente tem que fazer uma operação imaginativa aí para que tome o que está escrito pelo que provavelmente é falado pelo virso (os trechos dos faxes me remetem ao falante, mais do que ao “escrevente”).
Outra coisa que me fez rir foi a maneira como o virso ignora a “etiqueta”. Ora, não se espera que alguém redija uma petição ou um relatório da mesma forma que uma carta a um amigo. A gente não costuma falar no trabalho como fala em casa. E, no entanto, o virso, em sua ingenuidade ignora tudo isso. Eu achei uma graça.
Agora, eu compreendo suas preocupações sociais e as acho muito nobres. Mas, ainda que sabendo que o discurso escrito encontra-se revestido, em nossa sociedade, de uma enorme importância - como fonte de conhecimento e como meio de comunicação - as vezes acho que tal valorização leva por vezes a pejorativa e erradamente identificar indivíduos ágrafos ou pouco letrados com incultos. Ou, pior, como detentores de cultura de nível zero ou cultura de nível desprezível.
De todo modo, se levarmos em conta que muitos de nós discriminamos os falantes que se expressa, feito o virso, eu queria citar um trecho de um debate muito interessante que encontrei na internet (no fórum de discussão sobre línguas galegas! Vejam só). O comentador tem a alcunha de Victorinus, mas desconfio que não seja o nome real dele. Enfim, ainda que retirado do contexto em que a discusão se dava por lá, vejam que ponto de vista interessante acerca das relações entre língua e poder:
“Todas as variedades de língua têm a sua gramática específica [...] Uma língua sem regras é uma ilusão. Quem diz “a gente fomos” pode até alternar com “a gente foi”, mas nunca dirá “a gente foram”. Acontece é que essa gramática é simplesmente desconhecida e além do mais desprezada ou discriminada pelo tal opressor efectivo ou in spe, revelando frequentente desprezo pelo outro (embora encoberto por uma atitude paternalista). Ninguém é por lei obrigado a seguir a língua socialmente dominante (embora frequentemente seja constrangido a conhecê-la e aplicá-la em certos contextos como para fins de exames ou de emprego), pelo que toda e qualquer discriminação nessa base e fora dos contextos citados será um atentado aos direitos fundamentais do cidadão”
Sei que muitos aqui (alô Caetano!) não gostarão da remissão à palavra “opressor”, mas é que lá no debate dos caras, a coisa girava em torno do preconceito linguistico (se a gente assumir que a atitude de corrigir o falante “inculto” tem como origem um preconceito).
Luedy, como é a pronúncia de seu nome?
POR QUEM é…
…uma supercanção. No título não há uma interrogação. Quando a expressão “por quem” aparece dá a sensação de pergunta e também de afirmação. Uma ambiguidade bonita.
Na primeira vez que escutei “Por Quem” tive a impressão de que o “quem” da letra, que se foi deixando seu “cheiro bom”, era um alguém desconhecido. Por quem? Quem é esse ser que se foi?
Ao reescutar agora, senti diferente. A melodia do “por quem” que fecha a canção com o movimento de “dominante e tônica” e o repouso final deu a sensação de um quase nome próprio: Quem. Por um ele/a determinado. Conhecido. De nome Quem.
Ao sentir a canção tomando esse rumo optei pelas duas impressões conviventes. A ambiguidade.
Entre os rufos da caixa do Marcelo e o tom “quase impressionista” da canção de tensões harmônicas, melodia sinuosa e repousos, a reflexiva e solitária letra deixa mais uma fresta. Um talvez “por quem” irônico. Tudo isso aconteceu e… por quem. Ou “logo com quem”! Como se o verso questionasse o merecimento do afeto.
Entre as beiradas e margens que a novíssima poesia de Caetano abre em Zil e Zie há espaços delicados de interpretação.
Reparem com isso está em “quase” todas as canções. Mesmo Incompatibildade de Gênios, a canção mais descritiva do álbum, a intepretação (não gosto do termo “leitura” nessas ocasiões) de Caetano também produziu uma profusão de interpretações sobre “quem” seria o “doutô” com “quem” ele conversa.
Aos poucos Zil e Zie vem chegando.
Volto pra falar das outras canções.
beijo em quem
salem
Prezado Porciuncula,
Olha, a piada (que eu achei muitíssimo engraçada) na verdade não considera que língua falada e língua escrita são registros diferentes. Ou seja, não leva em conta que ninguém fala como escreve e nem escreve como fala.
A piada, portanto, para fazer graça (e ela faz, ou fez, pelo menos para mim), requer que a gente não leve em conta isso.
Voltando à piada, eu acho que o engraçado nela reside principalmente no desfecho surpreendente. Eu mesmo quando comecei a ler fiquei imaginando, “ih lá vem a patrulha gramatical repreender o virso por ele falar daquele jeito”. E o que se sucede é o oposto: o presidente percebe que o virso era um excelente vendedor e descobre que, apesar de seu português “estropiado” consegue se comunicar muito bem. Claro a gente tem que fazer uma operação imaginativa aí para que tome o que está escrito pelo que provavelmente é falado pelo virso (os trechos dos faxes me remetem ao falante, mais do que ao “escrevente”).
Outra coisa que me fez rir foi a maneira como o virso ignora a “etiqueta”. Ora, não se espera que alguém redija uma petição ou um relatório da mesma forma que uma carta a um amigo. A gente não costuma falar no trabalho como fala em casa. E, no entanto, o virso, em sua ingenuidade ignora tudo isso. Eu achei uma graça.
Agora, eu compreendo suas preocupações sociais e as acho muito nobres. Mas, ainda que sabendo que o discurso escrito encontra-se revestido, em nossa sociedade, de uma enorme importância - como fonte de conhecimento e como meio de comunicação - as vezes acho que tal valorização leva por vezes a pejorativa e erradamente identificar indivíduos ágrafos ou pouco letrados com incultos. Ou, pior, como detentores de cultura de nível zero ou cultura de nível desprezível.
De todo modo, se levarmos em conta que muitos de nós discriminamos os falantes que se expressa, feito o virso, eu queria citar um trecho de um debate muito interessante que encontrei na internet (no fórum de discussão sobre línguas galegas! Vejam só). O comentador tem a alcunha de Victorinus, mas desconfio que não seja o nome real dele. Enfim, ainda que retirado do contexto em que a discusão se dava por lá, vejam que ponto de vista interessante acerca das relações entre língua e poder:
“Todas as variedades de língua têm a sua gramática específica [...] Uma língua sem regras é uma ilusão. Quem diz “a gente fomos” pode até alternar com “a gente foi”, mas nunca dirá “a gente foram”. Acontece é que essa gramática é simplesmente desconhecida e além do mais desprezada ou discriminada pelo tal opressor efectivo ou in spe, revelando frequentente desprezo pelo outro (embora encoberto por uma atitude paternalista). Ninguém é por lei obrigado a seguir a língua socialmente dominante (embora frequentemente seja constrangido a conhecê-la e aplicá-la em certos contextos como para fins de exames ou de emprego), pelo que toda e qualquer discriminação nessa base e fora dos contextos citados será um atentado aos direitos fundamentais do cidadão”
Sei que muitos aqui (alô Caetano!) não gostarão da remissão à palavra “opressor”, mas é que lá no debate dos caras, a coisa girava em torno do preconceito linguistico (se a gente assumir que a atitude de corrigir o faante “inculto” tem como origem um preconceito).
Post de Caetano: maravilloso como siempre aunque se que con respecto a él mi juicio crítico no funciona mucha veces.
Heloisa: ¡Me super plus recontra re re re re encantó tu comentario!( por acá cuando alguien quiere acentuar algo utiliza el re re re). Síntesis maravillosa. Decidí a partir de la lectura “convertirme” en alguien “sintético” y no usar más de las palabras necesarias para comentar algo por acá, hecho que me cuesta horrores por cierto. Tiendo al bla bla bla. Veremos cuanto me dura. Un beso para você
Lucre-la sintética
Este, mi nuevo “apellido”, es inspiración de mi querida Exequiela, cuyos “apellidos” cambiantes adoro por cierto.
Vero, me gustó también lo de la espera que escribiste.
Entrando no sítio que tem a explicação sobre cajuína. pude ver e ouvir mais uma vez a transcendencia que tem essa música. todas as vezes que eu a ouço, escuto os sons das entranhas de teresina - e viajo pelas imagens e vozes que estão tão impregnadas nesta cidade tão amada.
Luiz Carias.
do outro lado do lado de lado do outro lado do lado de lá rsrsrsrss
“o havai seja aqui, todos os lugares, as ondas dos mares” …..obama´s thinking rsrsrsrs
“o sexo é o corte o sexo” ……
“o que é uma coisa bela?”
“tempo tempo tempo tempo”……
tento tento tento tento….
fenda fenda fenda fenda..
sendo sendo sendo sendo….
“jogo rapido lingua ligeira olhos arregalados”
Porciúnico e Luedylson
Se o cara da piada escreveu Virso, trocando o “w” por um “v” é porque sabia que “w” tem som de “v”. Ou seja, conhecia um valor fonético e sabia que o nome do cara começava com “w”.
A piada perde a graça quando dá essa bandeira de que quem a formulou conhece gramática. Não percebeu o ato falho.
Não sou politicamente correto. Mas a piada sim é preconceituosa, pois é a suposição de um ser culto sobre como se engendram os erros em um ser “não culto”.
Essa piada é o avesso do que Luedy propaga.
beijo nas testas
salem
falando em transtudo: ontem no show do Cérebro Eletrônico (excelente)no Studio RJ, alguém me deu este link impresso numa caixa de fósforo (?):
http://www.myspace.com/trupechadeboldo
fui lá e além de gostar das músicas, gostei das influências:
“Caetano Veloso “Muitos Carnavais”; Sidney Magal “Meu sangue ferve”; Roberto Carlos “Um leão está solto nas ruas”; Calypso, Tom Zé; Mautner “Cinco bombas atômicas”, Gil “Zooilógico”; Gal Fa-Tal; Gang 90 e as absurdetes; Rumo; Itamar Assumpção; bar do Malaquias; bar do Vavá; cachaça jatobá; brechós “Dead people”;Ramirez e principalmente ele, Dionísio Paixão…”
aí me lembrei destas meninas (também da Ria? pós-poça?) que em matéria de influências transtodas são meio imbatíveis:
http://www.myspace.com/themitimiti
El Gagá de la Ceja, Fassbinder, Oro Sólido, El Ecoloco, The Ramones, Yayoi Kusama, Orúnla, Los Toreros Muertos, Eddy Grant, Hermeto Pascoal, Miguel Peña, Milagros Dottin, japanese hyperpop, Caetano Veloso, Detroit techno, Teleloquera, Lou Reed, Felisberto Hernández, Raúl Recio, Os Mutantes, Patti Smith, Con Cuquin, Mecano, Iron Maiden, Parliament Funkadelic, Gramsci, Los Hermanos Rosario, Deleuze, Sonny Okosun, Black Uhuru, Daniela Romo, Japanese 60s garage bands, Irakere, San Francisco de Asis, The Beach Boys, Boruga, The Doors, Belkis Concepcion y las Chicas del Can, Sun Ra, Mifune, Anna Karina, Dinah Washington, Brian Eno, Wilfrido Vargas, Mahavishnu Orquestra, El General, Aramis Camilo y la Organización Secreta, La Invencion de Morel, la Sophy, la Fania, Hank Williams, Moreno Negrón, Luis Dias, Technotronic, Vico-C, John Cage, Bonny Cepeda, Judith Butler, Ram Dass, early Manu Dibango, Cecilia en Facetas, Dee Lite, Ivonne Haza, Pasolini, La Lupe, Cuna de Lobos, Grace Jones, Sintesis, Billie Ocean, Jorge Ben y Enmanuel.
Apoio o Brasil em sua decisão soberana, em sua afirmação. Mas Lula aceita críticas, tanto quanto Caetano. Gilberto Gil foi ministro de Lula e ele sabe disso.
Agora eu gosto de Lula, simpatizo com ele, sinto sinceridade e se ele não fez tudo é porque não deu. Também devo dizer que é uma perversidade dizer que ele tem vocação pra ditador. Tenham dó !
á respeito das consequencias fruto dos esquemas engendrados pela menina da ria rsrsrsrsrsrs.
háaaaaaaaaaaaaa como seria ou será o ritmo desta canção?
penso em algo com a voz sexy dela…numa cadencia entre o fado e o samba canção…..
http://www.youtube.com/watch?v=QBQI2-NSdLo
http://www.youtube.com/watch?v=-Kkq7It5Yeg
Olhem, o Eduardo Luedy é merecedor do nosso respeito. Debate, tem argumentos solidos, mais solidos que seus oponentes. Ele é tão bom pra debater quanto a Heloisa, que acabou deixando a sua beleza de lada devido a uma especie de reação opressiva que algumas poucas pessoas externaram, até de modo deselegante. Estas pessoas são boas pelo fato de nos mostrar certas particularidades, certos detalhes, que passam imperceptiveis. Como tantos outros. Aqui mesmo esqueceram Minas Gerais, que já foi região Leste do Brasil até, pelo menos, os anos 60, do século p.p. Parabéns a Eduardo e parabéns a Heloisa e a todos os que sabem exercitar seu senso crítico sem que isso siginifique desamor pelo oponente, como pensam algumas pessoas que não observam a riqueza que voces carregam dentro de suas cucas maravilhosas, como a de Caetano. Divergir, contestar, faz parte !
http://br.youtube.com/watch?v=vDb9E2Dfn-E
Beijos!
Labi Barrô, pilotando o fogão (de avental cor-de-rosa)!
cuidado……..
gordura trans rsrsrsrrssrsrsr……
perguntar não ofende:
adorei a citação ….hoje no jornal das canções brasileiras que obama deveria escutar se vier nos visitar….
segue uma que me parece pertinente…ele e michele juntos dançando seria o maximo do sambalanço
http://www.youtube.com/watch?v=nlk2rCSI5lw
“um liberal inglês” seria para se diferenciar de um americano? Pra debater essa idéia deixo aqui um comentário que fiz sobre “London, London”. Por favor não me moderem, esse texto já estava pronto mas não estou infringindo a “regra” 2, não espero avaliação, quero tentar entender o que entendi por “liberal inglês”, só.
http://www.youtube.com/watch?v=QZ1kH9EmBXA
desafio transtudo
quem fizer a melhor tradução desta canção para a lingua de obama vai ganhar uma canção …..rsrsrsr
quem se habilita especialmente p dom dom din din din dom dom dom din ohhh ohhhhhhhhhh
Marília Castello Branco, voce disse…”ser como as crianças; uma combinação de ignorância, curiosidade e vontade de aprender”.
Eu não entendi se a frase é sua ou de Monteiro Lobato, o qual você cita anteriormente. Creio que é sua, pela ausência de aspas e por achar que Lobato, apesar do seu espírito rebelde e controverso, jamais diria que “ser como as crianças é uma combinação de ignorância”.
As crianças são inocentes, jamais ignorantes. Acho que o termo correto seria “inocência”.
Grazie Maria, sempre bondosa e simpática com todos.
Hermano, por causa do Mautner, eu fiquei com “cinco bombas atômicas em cima do meu cérebro” por longos e longos anos. Foi divertido e doido, e eu cresci.
Uhull…
Eu não entendi, caro Caetano, porque que Alexei Bueno diz que os “concretistas” são os “parnasianos” da ditadura militar. Onde o Bueno tava com a cabeça? Eu hein!!!
beijos solares a todos!!!
Lucas Jorio,
“London London” é, pra mim, a canção mais espirituosa de Caetano. Acho lindo e búdico o verso;
Teteco, é engraçado que eu sempre ouvia:
Que é anti-búdico já que tem felicidade (desejo) envolvido.
Mas,
Agora ví a letra e entendo o “it’s ok” ainda como “quase legal”. Logo ele ainda deseja.
Aliás, pensando bem, se ele sofre, ele deseja, logo é anti-búdico any way.
Bonito, Teteco muito bonito. Augusto Teteco
nelson!!
poderia ser assim?
essa da Marisa é uma delícia de dançar miudinho, de costas pra parceria…nénão?
ai, se eu te contasse meu dilema…
Oi, pessoal.
Caetano: a norma culta, o português padrão de nossa época não nasceu livremente do povo. Se fosse assim, estaríamos reclamando de barriga cheia. Realmente, desde o antigo Egito é que a gramática por grupos que leem e selecionam o que querem que vire norma a partir de escritos de autores consagrados.
Carmem, obrigado pelas palavras elogiosas e gentis a meu respeito. Gostei muito deste seu reconhecimento.
Salém, lamento que vc não tenha achado nenhuma graça da piada.
Gente, eu vou tentar postar o comment que o OeP não deixa que eu poste. [Engraçado que se permita que eu envie um mesmo comment duas vezes e não me deixa enviar um outro. Mistérios insodáveis da internet...]
Bem, vou tentar particioná-lo. Lá vai:
Caetano,
Apesar de desconfiar que mais ninguém aqui, além de vc esteja prestando atenção às minhas impertinências, acredite que significa isso muito pra mim. {Isso era antes de ler a Carmem. Mas relevem, porque o comment foi escrito antes]
Aliás, devo dizer que ter visto o meu nome constando assim no corpo do texto de seu post me encheu de orgulho. Pode não parecer mas eu sou tiete de Caetano. Eu já gostado dele desde o dia em que fomos comer pizza com uns amigos (morram de inveja! hahahahha). Caetano foi de uma simplicidade. Eu ficava ali, ao lado dele, sem acreditar: um cara tão importante, um mito, ali conversando com a gente, na maior tranquilidade. Era véspera da viagem dele para cantar na entrega do oscar, e ele ali, dando bola para um “zé ninguém” feito eu, levando à ´serio o que eu falava ( eu passei um bom tempo querendo saber de detalhes das gravações, dos violões dele, onde teria ido parar o Di Giorgio modelo Tárrega que ele tinha? Era uma questão importantissima para mim! E as histórias que ele nos contou sobre como perdeu seus queridos violões… uma delícia de conversa).
[Vou interromper agora para que o OeP não resolva enviar este meu comment para o limbo. Antes vou salvá-lo que eu não nasci ontem. Se tudo der certo, continuo em outro comment]
Mas como eu sou um fã seu ranzinza e chato, deixa eu retomar logo minhas impertinências. Deixa eu retomar alguns dos nossos pontos de discordância.
Vc disse: “me desagrada muito ver as regras da língua tratadas como se fossem opressão da classe dominante”.
MInha discordância básica aqui refere-se à minha recusa em aceitar que há propriedades intrínsecas à língua. Ou seja, recuso a idéia de que as regras derivem de uma língua-entidade, ou de uma língua-acabada (ainda que tenha sido ela forjada coletivamente).
No entanto, desconfio que você não pensa exatamente assim, uma vez que você mesmo afirma o seguinte:
“As regras de concordância (e as outras) foram criadas no uso. São os próprios linguistas que o dizem”.
[Vou continuar tentando enviar o comment por partes.]
SOBRE NOMES E SOBRE SOBRENOMES
TETECO
Teteco dos Anjos é um nome com uma baita sonoridade. Quase consegui visualizar você recitando os poemas de Augusto dos Anjos no boteco. Teteco. Boteco. Poema concreto. Batucada. Telecoteco. Bat-macumba dos Anjos. Gosto de você.
GLAUBITO
“Os Bruxos de Salém” é bom nome, mas seria meio metido. Talvez “Os Bruxos do Além”. Escuta só… O aconteceria se a gente um dia fizesse um som?
SIBONEY
O mais bonito nome que pintou por aqui até agora! Agora, jogar pingue-pongue com João Gilberto com saques pré-colombianos é sacanagem! Você tá virando meu ídolo!
GIL
O cara que confundiu muita gente com seu lindo nome de ministro compositor. Mas que agora se confundiu com uma coisa que escrevi pra agradá-lo. A piadinha que fiz sobre a palavra “amiguismo” foi porque no comentário eu usei o termo “brodagem” que vem de “brother”. Era uma referência afetiva ao fato de você me pedir pra escrever “comentário” ao invés de “comment”. Promessa que venho cumprindo à risca. Pode conferir. ‘Cê viajou na maionese e eu adorei. Te peguei sem querer.
CARMEN
Nome arrasador! Dança clássica e balangandãs. Olha só: da minha parte, respeito o Luedy pra chuchu. Cansei de dizer isso a ele e reitero mais uma vez. Do contrário, não debateria. Pingue-pongue se joga assim. Não me lembro de ler nada deselegante ou desrespeitoso a ele. Também não me lembro dele ter dado motivos pra isso. Esse é o blog mais “elegante, fino e sincero” que já conheci. E os moderadores devem estar dando conta de quem pega pesado. Relax, né…
Ah! O seu papo sobre o que seria um liberal inglês me inspirou um novo nome pra banda:
“As Bruxas de Tony Blair”
Que tal, Glaubito? Me lembrou a banda do Branco Mello, Os Claydermanns.
beijo nos nomes
salem
Comment continuação, parte 3:
Ok, estamos então concordando. Por isso, se a gente sabe que a língua muda, se a gente sabe que ela é dinâmica, a gente terá que admitir que as regras também terão de mudar. No entanto, se há variação e mudança, por que uma certa norma prevalece em relação a outras? [O "meus camarada" obedece a uma norma, mas é ainda tido como um "erro", não? Tem gente aqui mesmo que não hesitaria em "corrigir" quem fala assim]
[Do mesmo modo, não posso deixar de notar que você cometeu um "erro" ao evitar a forma consagrada "desagrada-me". Quando é que as gramáticas e os gramáticos vão passar a aceitar que o "me desagrada" já faz parte de nossa norma padrão?]
A questão é: que regras, que padrões, que norma prevalecerá como a mais elegante e correta, como aquela que deverá servir de referência para as gramáticas normativas?
{Falta só mais uma parte]
NELSON NEO-SOM
‘Cê tá me saindo um youtubeiro dos bons!
Hoje minha filha me perguntou como o YouTube adivinhava o que ela queria ver. Pensei no quanto essa ferramenta de pesquisa e ranking é sensacional. São milhões de vídeos postados e o CêTubo já tem põe no prumo logo de saída. Depois é deixar se perder. Deixa o YouTube me levar, YouTube leva eu!
você tá com cinco estrelinhas no meu ranking.
tô virando um amiguista militante!
beijo, companheiro
salem
Já não sei dizer o que é um liberal inglês. Sequer sei o grau de evolução que atingiram. Será que ainda são regidos pelas leis cosmicas? Ficou muito vaga esta quase vontade de Caetano vir a ser um liberal inglês? Aqui no Brasil, antes da proclamação da República, dois partidos se confrontavam: Liberais e Conservadores. Eram quase a mesma coisa e buscavam o poder. Com a onda neo-liberal pós a teoria monetarista pode ser que o conceito de um liberal ingles seja sinônimo de coisa boa, livre das pechas do atraso da lei do mais forte, da aceitação do status quo, dos preconceitos e outras cositas más. O que é ser um liberal inglês hoje em dia ? Humildemente pergunto!
Para quem possa estar interessado recomendo:
MADREDEUS (& A Banda Cósmica) em Brasília, 31 Janeiro Ballroom do Brasília Alvorada Hotel, encerrando a semana Brasil-Portugal. O concerto será transmitido via internet para salas de aulas de 1500 municipios brasileiros.
Ingressos em http://www.ingressorapido.com.br
[Gente, a última parte do comment não vai de jeito nenhum!]
Bom, eu ia escrever uma coisa mas achei que não deveria escrever e mudo de assunto. Prefiro falar que no ano que Caetano começou a lidar com geografia Tinhamos o leste setentrional (Bahia e Sergipe) e o Leste meridional (MG/ES/RJ). De 1950 a 1960 O leste é uno.Pelo menos nos mapas dos anos 40,pra cima (sec. XX), não tinhamos a região Oeste, mas centro oeste. Em 1940 o Maranhão e o Piaui não faziam parte do nordeste, mas do norte. Em relação a mudança da Bahia por causa de algum beneficio a receber da SUDENE ficou uma idéia muito vaga. Achei interessante Caetano tocar nesse assunto que parece ser uma filigrana. Mas tive que aprender “matemática nova”, aprender francês, inglês, latim e o português (este eternamente estarei condenado a estudar). Agora chega senão a menina de nome Paloma reclama da “coisa grande demais” (rs)
Quando eu não fumava e não bebia era tido como um ser anormal, vez que a “norma” era beber e fumar. Era motivo de chacotas e pilhérias por ser normal. Lá um dia resolvi mudar de hábitos e de costumes, mas as coisas mudaram com o passar do tempo. Hoje que fumo e bebo volto a ser “anormal”. Ninguém mais tolera o cheiro do cigarro e a lei endureceu com quem bebe. As pessoas que cultuam a saúde vivem a me pedir para que eu deixe de fumar. Outras me chamam de viciado. Os tempos mudam e as pessoas mudam com o tempo.
As noções de certo e errado parece depender do grau de instrução de cada grupo social. Assim entendo a linguagem. Se eu for levado para um meio de surfistas eu vou viajar. Eles falam um dialeto próprio, que inclui sinais.
Os surdo-mudos tem uma linguagem gestual. Meus olhos também falam, bem ou mal, mas falam. A linguagem gestual. No meio de ciganos como deverá ser o nosso português. Se eu for pra um meio que considero inculto, vou estranhar a forma de falar por lá, mas as pessoas desse mesmo meio tido como inculto, por mim, irá me estranhar.
Há muito preconceito e, como quem rege a sociedade, são os cidadãos considerados aptos, educados e instruídos e as universidades, invariavelmente, são convocadas para examinar e analisar tudo, pois são as “donas do saber”.
Presume-se que todo universitário, ao sair formado de uma universidade, é um profissional competente, que fala o português considerado “correto”, mas todos nós sabemos que não é bem assim. Tinha um programa no Silvio Santos em que os universitários eram encarregados de ajudar um concorrente a algum prêmio e foi uma lástima para os olhos e ouvidos dos telespectadores. Nós temos idéias de certo e errado que sofrem oscilações.
Um intelectual em um meio tido por ele como inculto, onde as pessoas falam errado, pode sofrer o preconceito reverso, como acontece com um branco em um bairro negro. No Brasil o povo se limita a debochar discretamente.Dão risada e acham graça em tudo e nós nos achamos o tal. Se o intelectual quiser corrijir algo de errado, primeiro tem que conquistar apoios, antes de intentar modificar algo e modificar aqui pode significar um certo aculturamento e uma subjugação do nosso saber por outro que consideramos inferior.
As normatizações e sistematizações são uma criação de um grupo seleto que vai impor a toda uma sociedade uma “quase lei” que as escolas deverão se submeter e passar como saber correto. Criamos uma convenção social que não pactuada com a sociedade e, onde, parcela ponderável da sociedade fica excluída. Nós dominamos nossos semelhantes pelo poder de classe, poder econômico, pelo conhecimento, poder do saber e através de outros meios, incluindo no rol a religião. Os meios incultos possuem seus líderes, mas eles não tiveram a fortuna de freqüentar escolas, de se dedicar aos estudos, por razões as mais diversas e, a nossa elite, ou classe dominante, vez por outra busca incutir na cabeça do povo verdadeiros paradigmas de sucesso, com pessoas do tipo Vicentinho e Marina Silva, que são exceção e que tiveram uma oportunidade que não é dada a todos na sociedade. Eles se tornam uma espécie de espelho que devemos mirar como sinal de força de vontade e bom exemplo. Mas sabemos que as coisas não funcionam bem assim. Seria ignorarmos o próprio mecanismo de funcionamento da sociedade, com suas engrenagens voltadas para determinado modo de produção, que, no Brasil é capitalista e que o povão denomina de sistema vampiro. Um sistema cruel e excludente. Querer negar o preconceito contra pessoas de origem humilde é uma provocação à inteligência, visto que, aqui mesmo, há quem revele isto ao se referir ao linguajar de Lula. Como não é de bom tom, nos tempos atuais, escrever muito, fico por aqui.Não sou juiz!
Ontem, 25 de janeiro, foi mais um aniversário da revolta dos malês, que eram negros mulçumanos que liam o alcorão e escreviam em árabe. Foram dominados, subjugados e aculturados. Hoje falam português, bem, ou mal, mas falam a mesma lingua e se nós entendemos, por que discriminar? Conhec´um filho, Dr. Otavio, já faleceu e era odontologo, de um filho do último dos malês vivo, segundo me dizia.
Júlio, o búdico é a aceitação, o zen. Ok..estou aqui e, para ser total, preciso estar feliz em estar aqui. Sempre entendi London London dessa forma. Mas, é legal também o seu “anti-búdico”, o sofrer e o desejo, o andar atoa, sem onde ir. Enfim, o búdico e o não-búdico (prefiro assim) se completam, como o divino e o profano na mística cristã. Com certeza Caetano não estava pensando em nenhuma filosofia oriental ou filosofando sobre o bem e o mal quando compunha London London. Mas é que a música e a poesia são tão boas que nos permitem tais interpretações.
Grazie Siboney. Ping-pong com João Gilberto?? Eu pagaria tudo para assitir essa partida.
“gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”
“gente espelho da vida, docê mistério”
Já viram o João Bosco cantando “Gente”? É lindo!!!
Salem, sempre te leio, muito coisa não entendo porque não entendo muita coisa… mas adoro os beijos que você manda (disso eu entendo) e adorei o link do Cajuína. Só ouvi 325 vezes. Puttzz!! Beijossssssss, onde cê quiser que ele pegue, se quiser.
Rafael, adorei os endereços, que você colocou lá no seu blog, dos vídeos do Caetano. Amanhã preciso que meu dia dure mais 4 horas que é pra eu ouvir tudo. Sempre vou por aquela escada. Adoro.
Nelson, ri muito da pergunta sobre os porquês… e mais de todo o resto. Sei não!!!
Minha filha pititinha achou uma comunidade sobre músicas com nomes de homem, lembram desse papo? Achei que ela tinha deixado guardadinho aqui pra eu mostrar procês, mas não encontrei. Quando ela voltar da terra dos Homens - foi visitar a irmã grandona - eu pego e deixo aqui.
Beijos moçada.
Essa é a canção que eu mais gosto do disco :
Castello.
A crítica ao Lula tem que ser procedente, tem que ter substância. Tarso Genro compara o caso do italiano com o do Cacciola. Em minha opinião a prisão do Cacciola é arbitrária e ignorante em economia e contabilidade, um daqueles absurdos; quem perdeu o banco, o dinheiro e teve que recomeçar na Itália foi o Cacciola. Tarso Genro foi a Mônaco atuar como acusador do banqueiro, e agora defende um criminoso terrorista, acusado de assassinato na Itália. Matar com finalidades políticas pode, ajudar o governo FHC e perder o banco e recomeçar na Itália não pode, dá cadeia. Lula deixa Tarso Genro agir, seguindo a cartilha ressentida do PT, mas não sei se ele aprecia as idéias de seu ministro da Justiça, li que o político gaúcho reclama de falta de apoio do presidente.
Concordo com Luedy. Observo o menosprezo por quem fala mal o português. Conheço uma baiana, faxineira de um prédio do tipo aparthotel, que fala o português errado e não consegue aprender a pronúncia certa, não há jeito de pronunciar o nome do meu marido corretamente, esta baiana é simpática e sabe tudo sobre umbanda e ervas, tem uma cultura índio/negra ancestral atávica o que a torna uma pessoa interessantíssima para conversar, ela menospreza os evangélicos, aqueles que sabem ler apenas um livro a Bíblia e ainda por cima interpretam mal, apesar de ser sábia só consegue arranjar emprego de faxineira. Observo que alguns brasileiros menosprezam o jeito de falar inculto do Lula, mas quando ele não está falando com o povão sabe muito bem usar o português culto. Lula é uma pessoa sábia. Ouvi dizer que particularmente Lula fala muitos palavrões. Há excelentes contadores de estórias no Brasil, que falam um linguajar popular, tenho o cd de uma caiçara de São Sebastião, falado em autêntico caiçara paulista que é muito engraçado, uma das estórias mais engraças foi quando o Sebastiãzinho filho da caiçara achou umas latas no mar cheia de chá que parecia mate, e fizeram um chá com as folhas para a bobó (vovó) que estava doente, a bobó ficou muito louca, tirou a roupa, começou a dançar… acho que a lata tinha era a “tarr” da maconha.
Caetano, também fiquei querendo saber “De lá do outro lado da poça” e imaginei bastante sobre uma “elegante alegria” . Amei “numa aparição transatlântica”, mas na maoria não entendi muita coisa. Adoraria ouvir a música. Assim, sem entender mesmo.
Gostei do divino e do profano sempre unos, mas não só na mística cristã, sabes disso ,né?
Caetano declara:
bjs.
Não se pode comparar os casos dos atletas cubanos com o italiano.O guerrilheiro seria entregue aos leões,leaõzinho!E os atletas como atletas tem muito melhores condições de sobrevivência e liberdade em Cuba do que num país que nãoliga para os esportes.Lembro do caso dos dois atletas lutadores cubanos que aliciados por um vigarista empresário alemão fugiram da delegação cubana nos jogos Pan do Rio,foram parar na Região dos Lagos,ali na praia Seca enre Arraial e Araruama.Foram encontrados passando fome,frio,torraram a grana toda que tinham com mulheres,bebidas,trics-trics e liberdade.O mar era de tons caribenhos mas gelado.A lacuna quente mas uma poça poluida.(A triste e outrora tranlumbrante Lagoa de Araruama).Arrependidos quizeram loucamente e imediatamente foram encaminhados para Cuba.O estado do Rio é o mais Gomora dos estados.O escândalo da privatização da estatal ALCALIS e a diretamente proporcional decadência do Arraial do Cabo é tão imenso que incriminaria mais ainda o que foi o governo Collor,todo o governo FHC e boa parte do governo Lula.Tanto que tudo corre em segredo de justiça a décadas.Daria para filmar um “Arraial do Cabo 2″ de fazer inveja ao Gomorra.
Edmilson Silva, volte a escrever artigos para o jornal A Tarde, como aquele em que você exaltou Dona Canô. Lembre-se, são por volta de 2.800 caracteres com espaços e envie para opiniao@grupoatarde.com.br. Quero mais santamarenses na fita!
Rosana Tibúrcio
Tibeijo
Salem
Castello, quantos anos vc tem?
Me emocionei tb com Guantanamo. Não por mim, mas pela geração antes da minha. Eu tenho 32.
Creio, depois de ler Verdade Tropical, que todos os que cobravam de Caetano uma posição mais a esquerda vão se sentir saciados pela canção. (Não que Caetano esteja saciando ou mesmo tenha que saciar. Nada disso, don’t take me wrong).
Coloquei as músicas num CD e estava ouvindo no carro. Como o CD é carioca….
no mais: vão-se os hífens, ficam os bacharéis…
e viva obama pelo fim de gautánamo!!!!!
A canção que mais me arrebatou do zii e zie foi lapa. lindíssima! letra e música.
Acho que London London tem muito a ver comigo, com uma especie de estado depressivo. Andar à toa, olhar o cém em busca de um sinal que ateste a existência de disco voador. Tanta gente boa já viu, porque não eu? Ter saido da prisão, ter vivenciado uma época em que era só medo, com PARASAR, OBAN, CENIMAR etc e tal… Então ter saido da prisão e sair dela e depois sentir-se livre em Londres, respirando uma outra atmosfera, vendo o velho mundo, a velha capital do Reino Unido… Por ali, vendo o Tâmisa, o Big Ben… e nada o fazia feliz, nem ele, nem a Gil, nem as respectivas e corajosas esposas (Lá em Londres vem em quando dava por mim… naquela fossa … naquela ausência G.G. Lembram da música)> Gil e Caetano são dos poetas que cantam suas poesias ao em vez de declama-las, apenas, ou de nos oferece-las em forma de livro. Gauntanamo como prisão na era BUSH era um crime contra a humanidade, como o que ocorreu em Gaza foi um crime contra a humanidade e de repente jogam o adoecido Fidel na base de Guantanamo. Foi um erro de Fidel escrever, ou citar Caetano. Guantanamo fica em Cuba e é da inteira responsabilidade do governo dos EEUU, o que sobrou dos tempos de Fulgêncio Batista (tempos esquecidos!). Felizmente Barack Obama surge em cena e lança o slogan da “esperança” e diz que adotará outros valores e governará com a inteligência, com a razão e não se deixara transformar-se em um presidente torturador. Não basta falar de Cuba de Fidel, basta olhar pra um pouco mais acima de Miami e lembrar que os EEUU mataram, torturaram, deixaram seus soldados morrerem, em nome de uma mentira, em nome de negócios que interessam ao grupo denominado como FALCÕES. Barack ao fechar Guantanamo não precisou dizer que BUSH era um torturador, um ditador que não respeitava nada, nenhuma convenção e nehum tratado. Felizmente estamos livres e a tendência do mundo é voltar-se para a liberdade. Tomara que Barack Obama acabe com o embargo a Cuba, pois não é a Fidel que o embargo prejudica, mas ao povo cubano.
Salem, você é mestre sábio - além de gentleman - mas preciso discordar de seu argumento contra a piada de Luedy. Quando você diz “A piada perde a graça quando dá essa bandeira de que quem a formulou conhece gramática. Não percebeu o ato falho.”, você parece invalidar toda a obra de artistas como Adoniran Barbosa, que confessou: “Não é fácil escrever errado como eu escrevo, pois tem que parecer bem real. Se não souber dizer as coisas não diz nada…”. Ora, isso mostra que Adoniran, apesar do pouco estudo, conhecia a gramática a ponto de poder escolher as formas que quisesse em suas letras. Isso torna suas músicas preconceituosas? Todos sabemos que é o oposto disso – o que ele queria era ser a voz de determinado grupo paulistano, e foi, sem o saber, um defensor do preconceito linguístico. Portanto, quem inventou a piada só queria mostrar que escrever bem não está necessariamente ligado à capacidade de interação e sucesso do indivíduo. Pelo menos, é o que eu penso. Um abraço no desacordo.
Luedy, estou relativamente quieta, por enquanto, mas acompanho tudo o que você diz. Vamos esperar Caetano ler Bagno – se ele conseguir deixar de lado a até justificada antipatia pelo autor, talvez consiga concordar com alguma ideia.
Carmen, obrigada. E, é mesmo, Minas era no leste.
Vero, talvez eu esteja num período de latência. Me aguarde. Besos.
Paloma, vou confessar que pensei num remix dos piores momentos, depois achei que seria muito cruel.Você não entraria nele, fique sossegada. Mas um doeu - e ainda dói - de forma irreversível:
“Você, tão cosmopolita, nessa hora soa ilhada pelas alterosas.” (Caetano Veloso)
Senhorita Miriam Lucia,
Permita-me assim chama-la, pois espelha jovialidade em sua forma de expressar seus pensamentos.Aproveite a vida!
Noto que só você foi delicada comigo e me dedicou atenção. Será que isso se deve à cultura italiana, a uma questão de educação, ou é por que sua sensibilidade é deveras acentuada? Bem, educada, instruida, com o pensamento bem articulado e boas idéias na cabeça e bastante sensivel, como quem tem “duas mãos” apenas e o “sentimento do mundo”.
Não posso lhe oferecer nada para manifestar minha gratidão, só mesmo palavras que nos tempos atuais nada mais são do que meras palavras. Se me fosse possivel lhe daria uma rosa, a mais bonita que encontrasse e um cartão de agradecimento.
O link por onde estive e que me enviou revela a existência de uma preocupação com a saúde do ancião e nós não temos nada parecido na prática (apenas nos discursos). Quiça algum ocupante de cargo público, vinculado a área de saúde, mostrasse o que vi ao seu superior hierarquico e este levasse um projeto à ultima instâncias do poder ministerial. Os ministros precisam fazer algo que seja visivel e que o povo sinta. Dão cestas, ou bolsa família a quem tem baixa renda, mas a saúde continua com a teimosia do SUS. Parece que é pra pirraçar o povo idoso, mas é teimosia mesmo. Sistema Unificado de Saúde só pode dar certo em paises com inclinação socialista, com uma política de saúde planejada e muito bem elaborada e estruturada. Saúde no Brasil é como a nossa urbanização, peca pela ausência do estado; somos castigados nas favelas. Acabaram a escravidão em um dia, no outro não tinhamos um tostão no bolso pra comprar comida e muito menos pagar dormida. O jeito foi buscar ganhar uma titica de dinheiro para pagar um quartinho alugado em um cortiço qualquer, ou subir o morro e construir um barraco.
A saúde é um flagelo, como é um flagelo a ausência de políticas publicas de habitação. O que se faz são obras demagogicas pra usar em momentos pré-eleitorais.
Muito agradecido.
Maria, claro, os budistas sofrem sim. Como os cristãos, os hindus, os sufis, os muçulmanos, os umbandistas, os jainas etc. Como todos nós. O que existe de especial, penso, no zen, da linha de Bodhidharma, é a aceitação do que seja; o sofrimento, a alegria, o dia, a noite e a consciência de que tudo passa e está passando. Meu orkut é “teteco dos anjos” mesmo. Beijos!!!
Salem, como descolo teu email? Gostaria de te enviar umas coisinhas ( se não for te aporrinhar meu caro ). Me piacce a te anche fratello mio, grazie!!!
Coincidência, ontem eu estava vendo ontem um site sobre os mais famosos e ilustres maconheiros da humanidade. Entre eles; Baudelaire, Balzac, Paul MaCcartney, Lennon, Bob Dylan, Rimbaud, Wood Allen etc. E a gente sabe que o Gil foi um belo e inspirado maconheiro né. Caetano não.
olá!
Cristina,
Você é inteligente, com uma boa curvatura de idéias, mas você acha que o Cacciola está preso arbitrariamente? A Itália não quis extradita-lo, desconheço as razões. Ele não assaltou um trem pagador, mas ficou em situação parecida com aquele liberal inglês que usufruiu uma furtuna aqui no Brasil, pois tinha uma mulher e filho brasileiro. Um bom bandido. Vá na wikipédia e examine o verbete Cacciola e lá você encontrará algumas pistas quanto ao crime financeiro que ele cometeu e que levou muita gente à cadeia. É italiano e banqueiro, como Daniel Dantas. Foi preso em Monaco pela interpol. O dinheiro público é sagrado! Na China ele seria fuzilado. Agora é influente demais e porta muito din-dim e, o som do vil metal nos tempos atuais ajuda até o capeta a passear pelo céu. Vc irradia simpatia.
Agora, aproveito este comment pra introduzir um que nada tem a ver com você e se refere a composição de MENINA DA RIA. Não achei poetica e não gostei daquela frase de sexo sem sexo. Achava qie ele podia dizer sexo quando pintar o clima. Assim: tudo em nós é sexo, quando pintar o clima. Mas fica um tipo de sexo selvagem. Ele deve estar certo, então.
Viana Vana Caravana disse o que acho sobre esse caso (cubanos, italiano) e mais outras coisas.
O Teteco escreveu sobre ele e eu lembrei de uma coisa.
No teatro a obra em progresso ou work in progress também é conhecida como carpintaria teatral.
bjs.
* Teteco, acho que não tinha te falado antes, adorei suas poesias - sempre releio.
“Aprendi com o grande Wilson das Neves a dizer que Niterói fica “do outro lado da poça” (a Baía de Guanabara). Claro que a pronúncia é “ô”. O que a letra diz é que alguém de Niterói fez uma aparição do outro lado do Atlântico: a confusão possível entre as duas “poças” é boa para a poesia da letra. Mas estou falando de Niterói quando uso a expressão. ”
http://www.obraemprogresso.com.br/2009/01/22/transtudo/#comment-12341
bjs.
Luedyssimo
Rebato tua piada com o belo texto sobre a vírgula, da ABI:
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
Se você não é um machista, certamente colocou a vírgula depois de MULHER.
Se você for do tipo cafajestão, colocou a vírgula depois de TEM.
beijo, salem
curioso ver a fisionomia das pessoas aqui. joaldo parece um indie rocker inglês mezzo-indiano. falei com ele por telefone também e ele tem a voz que eu imagino pro nando [falar nisso, cadê nando?]. gravataí tem cara de psicoterapeuta roqueiro. carol faz parte da comunidade “eu casaria com o paulo miklos” [hahahaha, sensacionaaaal]. heloisa, sempre imaginei de cabelos pretos e são loiros. teteco tem cara de poeta diletante zen mesmo. rafael parece galã de filme espanhol. vellame tem cara de fotógrafo artístico daqueles que viaja o mundo todo clicando momentos mágicos [ou neurologista].
e eu, tenho cara de que, hein? oh não…hahaha
TETECO
envie pra: fernandosalem@me.com
bj na testa
salem
Salem,
Sua aula foi magnifica. oxalá eu tivesse tido um professor assim, não erraria tanto.
gostei do cafajestão.
Beijo(s(alem)´)
Acrescento que o Eduardo deveria obter a concessão de escrever o pensamento dele de modo integral, senão fica com gosto de seriado, cria expectativa e não é toda hora que podemos ficar acessando o blog.
A Heloisa tem um charme especial na escrita, desenvolve o pensamento como uma aristocrata, tem o nome da primeira esposa de Glauber, que ele conquistou após recitar um poema de Castro Alves, em pleno auditório (cheio) da Faculdade de Direito. Glauber não recitava para o público, recitava diretamente pra ela.
Ela também deveria ser livre pra escrever o quanto desejasse pq dá prazer. Fica meu apelo !
c.a. 4.
http://www.myspace.com/rosadona
http://www.lastfm.com.br/music/Dona+Rosa/_/Cavalos
bjs.
Salém: Noves fora meu interesse no seu possível parente (fica frio, eu me cassaria com Miklos mas não há essa possibilidade, coisa de fã…) queria muito te mandar umas coisas do meu trabalho, já peguei o seu mail, mas fico assim sem jeito. Coisas sobre o cotidiano do trabalho (delicado) de uma equipe de saúde mental que dariam um documentário.
Grazie Rafel, gosto de tudo o que você escreve aqui. Carpintaria teatral…entendo. Mas juro que vou procurar entender muito mais sobre o assunto, eu que pareço ser marceneiro-músico-luthier-poeta e um encarnado qualquer de bom humor neste planetinha complicado. Beijos!!!
Salém, don´t worry my brother. Já descolei teu email no teu próprio blog. Aliás, “post anaconda” é aquele teu sobre a tua semana estilo Kerouac e Cassady na mais pura trepidação beatnick entre os fenômenos ‘para-normais’ culturais de Sampa City.Beijos!!!
Caetano, vi várias fotos gerais de Santo Amaro aqui na net e imediatamente ecoou dentro de mim a tua maravilhosa “Trilhos Urbanos”. Essa canção é um filme. Beijos!!!
e eu, Glauberovski?
beijos suleados pras bochechas da Clarinha e su mama
Carolina
O Paulo Miklos é meu parceiro e cunhado. Apresentei-o à minha irmã e eles são casadinhos há um tempão.
beijo na testa
salem
Heloisa querida
Citei e homenageei Adoniran muitas vezes por aqui. A piada do Virso não me fez rir mesmo, porque ‘v” tem som de “w” e o personagem fica falso. Não dá pra comparálos, com nóis, Matogrosso e o Joca.
beijo ao lado direito da tua boca
salem
COMO LUEDY ENSINOU, VOU TENTAR PUBLICAR UM COMENTÁRIO FATIADO QUE ESCREVI AO C ALBERTO.
PARTE 1
Regras são mesmo sazonais. A gente brinca, fala e escreve do jeito que a gente quiser dentro de um grupo ou de um local específico. Aquilo que chamamos no Brasil de tribo.
E eu digo novamenter: Gramática não é Código Penal.
Voltemos ao futebol:
Há várias regras pra gente praticar o esporte bretão. Na areia, na rua, com ou sem impedimento, descalço, meninos com meninas, lateral com o pé ou com a mão, bola ou pedregulho. É só combinar. Não vai aparecer ninguém pra te encher o saco ou te prender se você e seus amigos decidirem abolir a lei do impedimento ao jogar uma peladinha.
Mas convenhamos, se você tiver que organizar uma Copa do Brasil ou do Mundo, há de se fazer um acordo cosensual entre os estados e países pra que a bola role. conjunto de regras é um acordo.
De onde vieram as regras do futebol? Da elite inglesa.
O primeiro livro de regras e a primeira bola foram trazidos ao Brasil por Charles Muller, um paulistano com a incumbência de implantar um esporte pra elite emergente brasileira. Assim foi feito.
Na época, o Brasil estava dividido assim: de um lado as elites com sapatos de couro europeu. Do outro, os escravos descalços nas senzalas. Os pé-de-valsa e os pé-na-cozinha como rezava o preconceito.
Com a Lei Áurea, e logo depois a a proclamação da República, pretos, mulatos e cafusos deixaram de ser escravos e se tornaram uma legião de desempregados que, do alto dos morros, assistiam ao jogos nos clubes dos granfinos.
Os primeiros times dessa elite entraram em campo com roupas de seda. A platéia era refinadíssima e cheia de mulheres emperequitadas. E lá do alto dos barrancos, os ex-escravos recém libertos espiavam aquele jogo curioso.
Em pouco tempo, o povo pobre do Brasil se apropriou das regras e passou a jogar futebol na praia e nas ruas. Com swing, graça e criatividade; e… usando rigorosamente as regras, que não foram vistas como opressoras. Eles aprenderam a sintaxe do futiba!
Lá pelos idos de 1920, a arte venceu a retranca das elites: os negros, mulatos e cafuzos foram finalmente aceitos como boleiros profissionais.
O craque na época era Arthur Friedenreich. Um mulato de olhos verdes e cabelos melados de gomalina. Filho de uma lavadeira negra com um alemão. Um pé na elite, outro no povão. Uma síntese.
Foi assim que Brasil descalço virou a Pátria de Chuteiras.
PARTE 2
Hoje, as regras continuam bem convencionais, mas o futebol se transforma mesmo assim. E quem produz essa transformação técnica e poética? As elites? Não. A paradinha do Pelé, a pedalada do Robinho e aquele jogador-foca do Cruzeiros são os inventores dessas mudanças. Não são da elite econômica. São sim a “elite do futebol”.
Dei o exemplo porque acho que o futebol merecia novos acordos baseados nas inovações que não são cria apenas do povo oprimido, como de tudo quanto é gente em tudo quanto é canto. O spray do juiz criado aqui no patropi é um exemplo genial!
Mas mesmo assim a existência da regra não oprime.
CACILDS!
Não consigo publicar o final do meu raciocínio futebolístico nem com ziriguidum e saravá!
Pessoal. Desisti de entrar em campo pro segundo tempo do meu texto. O publico agora no meu blog. Quem quiser assistir ao final da pelada. Tá lá…
http://web.me.com/fernandosalem/FERNANDO_SALEM/BLOG/BLOG.html
beijo na testa
salem
Caetano: Gostei da sua idéia sobre uma alegoria quando a retroescavadeira (que é um trator) pega os corpos dos dois projetos de gângster e, conforme sua observação, a imagem coincide com a legenda de que a Camorra financiou o word trad center. Ai você acrescenta mais um dado pra que eu continue a considerar Gomorra como um filme de arte. Sou simples cinéfilo. Entendo que outras legendas se seguiram e que não observei este final com dedicada atenção. Buscarei rever o filme; Eduardo Luedy Estive manuseando o livro de Reminiscências de Bastos Tigre, Ed. Thesaurus, p.123, que versa sobre “palavras inventadas”. Outro momento tento lhe enviar - via comentário (não seria comentário- mas trechos de textos desse irreverente intelectual dos tempos da alegre roda da confeitaria Colombo; Tavares; minha solidariedade Heloisa : minha admiração Fernando Salem - “uma espécie de homem em extinção : o gentleman”. Outro dia, vendo noticiário de TV, vi um Salem na Palestina. Tenho ligações familiares (ão consangüíneas) com libaneses, mas presumo que suas raízes devem ser palestinas, o que me fez lembrar de Wally Salomão (conheci de vista) que fez uma viagem intentando achar um único parente e acabou descobrindo que a família dele era de um potentado super poderoso. Wally era ótimo declamador de poesias. Lembrava muito Glauber no modo de falar e se expressar. Caetano sabe muito mais que eu, pois conviveu com ele. Teteco dos Anjos : creio que a legalização das drogas é o melhor caminho para frearmos e desmontarmos toda uma estrutura mafiosa que se sustenta da ilegalidade e que não querem a legalização de nada senão eles perdem os lucros, as propinas etc e tal. O problema está em nossa cultura super atrasada que acha que “maconheiro” é um bicho de 7 cabeças. Existe um site Growroom em que havia um tal de flyman que pregava isso, sem apologia. Talvez ainda exista este site. Trata-se de gente em nível mais organizado de debates e discussões sobre o tema que abarca até a redução de danos. É uma turma atuante. Miriam Lucia: um bonito exemplo de solidariedade em tempos de indiferença total com os problemas alheios. Você deixou o Tavares feliz. Felicito-a! Cristina: uma personalidade nova pra mim e que se revelou agradável e que mistura chiclete com banana numa nice. Nando: aonde se encontra este bom comentarista? Glauber Guimarães: poderia arriscar dizer o nome do seu pai, mas não irei arriscar. Você teve acesso a fotos de gente que freqüenta o blog e que são as mais atuantes. Obteve alguma foto da turma? Parabéns pelas alegres descobertas ! Se o Hermano e o Caetano permitissem poderia escrever uma bobagens sobre a MÁFIA da ITÁLIA, mas o problema é ser conciso pois, do contrario, ninguém gosta de ler comentários grandes, salvo os que gostam mesmo de ler e os que sabem ler e assimilar tudo rapidamente, com capacidade de síntese. Também gostaria de provocar alguma discussão sobre capital especulativo, complexo industrial militar e sobre resistências que Obama sofrerá além da crise, que sendo um vendaval nos Estados Unidos, quando chegar até nós será um furacão. Bom dia aos que estão acordados.
http://aescada.blogspot.com/2009/01/zii-e-zie-videos-da-obra.html
bj.
há um detalhe importante quando se fala da dívida americana…a dívida americana é em dólares e dólares são feitos nos EUA…imagine vc ter uma dívida de algo que vc faz em casa…a dívida americana portanto é diferente de todas as demais…
entendi Salém, mas brodagem é bonitinho, comment é horrível…ehehe…a questão é que essa galinha já está de apo cheio e não seremos nós, que amamos a língua, sobretudo a nossa, que vamos colocar azeitona nessa galinha…de bróder veio a brodagem, amiguismo para o outro colega e em português legítimo…e brodagem ficou, está aí, é coloquial e…vamos lá…mais uma esculhambação, vulgaridade, traços que sublinhamos infelizmente…portanto, comment????francamente…comment????sai daqui esse foguete? essa violência sai daqui????francamente…comentário minha gente, porque enforcar a língua? subjulgá-la, torpedeá-la, subvertê-la? em nome do que? comment é horroroso, faz favor…se faz favor…ou não…
comment parece que é mentira
Henrique do PT do B,
Teteco dos Anjos,
Além do episódio da lata, há outras narrativas muito divertidas da caiçara, é óbvio que a maconha não causou aquele efeito na “bobó”, apesar da excelente qualidade da erva. O interessante de tudo é que o fato aconteceu, um amigo pescou 52 latas, parece até conto de mentiroso, conheço caiçara que foi para a cadeia por causa das latas, que todo mundo vendeu, tem caiçara que conseguiu comprar barco de pesca com a venda das latas. Difícil entender o motivo dos humanos proibirem a plantação e o consumo de maconha, inibem a produção da planta de maneira violenta, usando todo aparato de violência do Estado. Se eu plantar maconha num vaso, serei presa, dependendo do juiz. Este rapaz que conheço que foi preso por tráfico de latas ficou marcado, freqüentou a faculdade do crime, pegou uma ginga de malandro. Querem proibir algo que vem da natureza e ao mesmo tempo fabricam armas de destruição em massa, bombas atômicas. Se pensarmos mais profundamente nada faz o menor sentido, a proibição da maconha, a fabricação de armas … Não é para a esquerda ter ressentimento com o puritanismo americano? Os puritanos americanos inventaram a proibição da maconha na época da lei seca.
No caso do Cacciola tinham algumas coisas diferentes, ele por exemplo tinha cidadania italiana, mais quando foi preso não estava na Itália ele estava em Mônaco, todo processo de extradição dele ocorreu lá em Mônaco, embora ate onde tenho conhecimento umas das maiores dificuldades da extradição dele foi uma argumentação de que no Brasil o preso é muito mal tratado, que vive em condições desumanas. Aquela coisa o Haiti é aqui! Mais no final ele acabou voltando, atentos para o detalhe, ele nunca foi solto, foi mantido preso ate o momento da extradição.
Rafael Rodrigues e Viana Vana Caravana vou tentar outra vez, que a primeira não deu o word deu pau… penso vai ver tenho que pensar mais um pouco, enfim. Não gosto sou a favor de nenhum tipo de ditadura seja ela de direita ou de esquerda, as pessoas tem que ter o direito de irem e voltarem de seu pais, se são enganadas, exploradas em outros paises isso me parece problemas pessoal de cada um, não tem nada a ver comparar os 2 atletas explorados com estes outros 2 que nos pediram asilo aqui, e somente pediram asilo porque ele não tem LIBERDADE de irem ou voltarem. Nada pessoal contra Cuba, mais a gente julgar que neste caso eles foram repatriados e que iam ter uma vida feliz lá não dá, se assim o fosse eles não teriam o desejo de estar aqui. Conheci e convivi muito tempo com alguns cubanos, vários chegaram a morar em minha casa em São Paulo, e tem os pros e contras ao regime de Fidel, e não sou eu que vou julgar isso não, deixo para isso eles, mais a gente partir do pressuposto que lá é tudo um mar de rosas, só se for para turistas, daí o tratamento é 10. Palavras da Marlene uma moça que morou em casa, 1- quando saímos do supermercado “Aqui você trabalha e pode gastar como quiser o seu dinheiro, no meu pais eu só posso comer 2 ovos por mês, leite então nem pensar, comprar uma roupa nova nem sei quando, não posso ler os livros que vocês lêem porque lá é tudo controlado, a informação é somente aquilo que podemos saber, estou trabalhando aqui mais o que ganho vai para o estado não é meu”. 2- ao precisar ser atendida num hospital publico deparou com os problemas que o pessoal que usa a rede publica depara “aqui o atendimento publico é horrível, fiquei horas com uma taquicardia esperando um atendimento pensei que fosse morrer, isso no meu pais não acontece. 3- Um ultimo momento quando, a pedido de alguns amigos de esquerda, a levei para ver algumas favelas e mostrar que existe também um Brasil em que as pessoas trabalham e não tem uma vida digna “aqui tem pobreza mais no meu pais também tem, creio que isso é um problema mundial”. É muito complexo a gente opinar por opinar, cada pessoa tem a sua estória de vida e mesmo no Brasil somos milhares de imigrantes que saem do pais em busca de ma vida melhor, estamos na Europa, na América do norte, Japão e por ai vai, a única diferença é que podemos sair do nosso pais sem pedir licença e voltarmos quando tivermos vontade de faze-lo.
Não sei como as coisas se passam ai com relação a este caso especifico deste terrorista italiano o que sei é que a Itália pensa seriamente em romper relações diplomáticas com o Brasil, vai faz pressão, noticia de hoje do ANSA jornal italiano onde a manchete é que se estão por chamar o embaixador da Itália de volta a Itália. Agora se realmente o povo brasileiro esta disposto a comprar esta briga para manter a decisão de asilo a este terrorista, então ótimo, afinal viva a democracia!
http://www.ansa.it/opencms/export/site/visualizza_fdg.html_874270803.html
Beijos ao som da rumba
Carolina my darling
Mande sim o que quiser pro meu e-mail. Não sou bom de saúde mental. Nem sei se a tenho. Mas me interesso por loucos.
beijo na testa perto da franja
salm
• algumas coisas que me incomodam [só um pouco] aqui no blog:
1] um anti-americanismo datado, confuso e autocomplacente que, em minha humilde opinião, não passa de um inútil complexo brasileiro de inferioridade [paulo osório já falou sobre isso aqui] e necessidade de auto-afirmação. um quase xenofobismo, mas todo mundo adora coca-cola, hot-dog, sitcom e gadgets tecnológicos, dentre outros. troca-se, num recurso simplista, um estrangeirismo [usa] por outro [áfrica], por conta da reparação histórica. esquece-se que cada nação tem algo a acrescentar e que existem mais semelhanças que diferenças entre os povos. patrulhamento chato e bobo…
2] uma tietagem cega e desmedida, que defende caetano, até quando ele não é atacado [claro que o próprio tem nada a ver com isso].
3] quando tentam me dizer como devo escrever ou pensar.
………………..
• agora coisas que gosto muito aqui no blog:
1] a sinceridade das pessoas que comentam.
2] as pessoas que comentam muito e as que comentam pouco.
3] a generosidade e paciência de caetano e hermano [sim, porque dá um trabalhão acompanhar isso aqui].
4] o layout clean.
5] a quantidade e qualidade das informações recebidas.
6] zii e zie.
7] caetano.
8] as coisas que me incomodam aqui.
……………….
caets
ali dizia de caets no show da orquestra. fui em vários, muitas vezes que eu tive viagens pro rio, tinha show da orquestra rolando. mas show deles é pra estar com parceria, dançando, e não ficar olhando pro palco…vc dança, caets?
O caso do suposto “terrorista” italiano estou acompanhando, observando, analisando sem me deixar precipitar e cair na onda das primeiras informações. Também fico a imaginar se tal procedimento não é uma especie de troco que o Brasil está dando por conta do caso Cacciola. Quanto a questão de segurança de um preso na Itália, parece ser mais perigosa que aqui, onde suicidam presos e dizimam populações carcerarias. Na Itália a extrema direita, certamente, suicidará o tal “terrorista”, ou eu não conheço a máfia!
pessoas do blog:
vcs gostam de dançar? estilo orquestra imperial?
no rio eu tive 1 vez por uns minutos uma boa parceria de dança. depois perdi a parceria, aliás fui descartada pq era muito ocupado e não fiz parte de coisas importantes (esse é o meu texto). então, show da orquestra, de fato, dá uma vontade imensa, mas sem parceria que dance fica chato. inda mais olhando pro palco e vendo o povo dançando. vc dança, caets?
Resultados da busca : cerca de 338.000 para heloisa.
> heloisa loira : cerca de 20.640 para heloisa. loura.
> heloisa ruiva : cerca de 2.030 para heloisa ruiva.
> heloisa morena : cerca de 11.500 para heloisa morena.
> sobre a comentada cor “louro surpresa” do cabelo de heloisa : nem toda loura é heloisa !
bjka paloma
“you going to sadomma and gamorra but what do you care?”
os rebeldes dos dias de hoje são os que enfrentam o crime organizado.
quero ver o filme, mas aqui no interior acho difícil que chegue gamorra. o jovem filósofo que escreveu o livro, junto ao juiz de sanctis, são as figuras que me animam nessa difícil tarefa de voltar ao trabalho depois das ótims férias que tive.
salém: saiu o disco do cocoricó na cidade???? assim que eu comprar um vou te mandar o encarte pra vc autografar pra mim e pra minha turminha. abração!!!!!
Complementos para Salém sobre futebol:
O Esporte Clube Bahia foi o primeiro campeão Brasileiro em 59 em cima do Santos no maracanã (imagine!).
O Vasco da Gama foi o primeiro time a aceitar pretos e o Grêmio o último.
Fiz uma crítica respeitosa ao blog e não a ví publicada, para a minha surpresa… não quero crêr que vocês só publicam comentários do tipo vaca de presépio… seria o fim.
http://br.youtube.com/watch?v=SMXhSkFQTms
http://br.youtube.com/watch?v=z9HH98woqfw
Oi, Caetano e pessoal.
Gostei de saber da região Leste. Preciso me atualizar em passado!
E Tynan não é bom exemplo de liberal inglês, não é mesmo? Ele gostava de Brecht em plena Guerra Fria. Dizia que a monarquia inglesa deveria ser abolida e se dizia socialista, etc.
Carias
Viagem sua. O meu amado Glaubito apenas respondeu com seu retro-humor maravilhoso a uma pergunta que fiz a ele. Queria saber o que ele imaginava sobre como seria se a gente fizesse uma jam.
E ele, como sempre, rápido no gatilho, mandou: “inventaríamos a transtropicália e influenciaríamos toda uma geração!”
Nem usou a expressão “antitropicalista”, nem foi pretencioso. Como sempre foi leve e sagaz.
Cacilds! Vamos manter o bom-humor! Se é pra falar sério ou debater, eu topo. Mas tem que ler e acompanhar o papo com ateanção, se não vira jazz coreano.
beijo
O quê?
Cacciola e Daniel Dantas nas ruas?
Chama o ladrão!
beijo na testa
salem
Comentário curto rola. Comentário bacana, daqueles que a gente se debruça mais de 15 minutos editando e relendo, vai pro saco.
Tô maluco ou alguém no POST anterior andou falando que um haker lê os POSTS do Caetano antes deles serem publicados?
O “comentário Mãe Dinah” inclusive antecipava coisas que o Caetano publicaria e não publicou.
Será que esse maníaco do parque virtual é que ‘tá causando os bugs tão frequentes?
beijo criptografado nas testas
salem
Cansei de Lula, de gramática e o escambau.
Eu quero escutar Tom Jobim prestando atenção nas letras, o que é difícil pra cacete.
O Tom Jobim é um dos maiores letristas do mundo. Isso é que eu acho. E não é por causa dos maravilhosos mosaicos de versos modernistas de Matita Perê e Águas de Março.
É por causa de Lígia.
Essa canção é uma declaração de amor em negativas. Algo absolutamente único e genial.
Vê só:
NÃO
Aí o Joãogibas gravou omitindo o nome-próprio-título e tudo ficou mais amoroso.
Não sei se as mudanças dessa segunda versão (a primeira é de Chico em Sinal Fechado) são do João ou do próprio Tom. Mas elas acentuam o valor poético da ironia dos nãos e nuncas. Esse segundo tratamento é todo escrito no POSITIVO.
Olha só:
não quero beijar ninguém na testa, NÃO.
salem
Pra quem usa MAC.
O OeP tem dado pau (pedra e fim do caminho) com o browser (browser pode, né Gil?) SAFARI.
No Firefox, a coisa ‘tá aparentemente mais estável.
beijo na maça do rosto e a apple
salem
Bjs.
Para o Jobim, para o samba, para Portugal, Brasil, Elis…
http://www.lastfm.com.br/music/Ennio%2BMorricone%2B%2526%2BDulce%2BPontes/_/Nosso+Mar
Oi Rafael.Oi Vellame.
A revolução de Fidel Castro e seus guajiros,embalou o sonho dos idealistas dos anos 60,70,e inspirou ações no continente,sempre reprimidas com violência,impiedade e assassinatos,pelo poder imperial de elites degeneradas que se julgam escolhidas por alguma força transcendente,para explorar os recursos da terra,de acordo com seus interesses egoístas.
Eu e meus amigos,profetas de esquina,sabíamos que a democracia socialista de Allende,daria abertura para o movimento golpista de Pinochet e seus cowboys,pois que,do ventre da democracia,também são geradas as ditaduras.
Por outro lado,o regime de Fidel na ilha,por circunstancias históricas,deu nesse fechamento de 50 anos.
Será que faltou uma terceira via,um caminho do meio entre as duas propostas,de fazer o povo da América Latrina ter vez e voz,na condução do seu próprio destino na história ???
_____x_____
Salém querido, evidentemente que é absolutamente inútil…mas é uma entrar numa. e isso, é bom que se diga, nada tem de anti o que quer que seja, se parece, é muito mais e isso sim, um voto de relevância para a língua, numa certa medida influência do próprio caetano no blog. caetano entrou numa deixando bem claro o seu rigor e apreço pelo bem da língua, indo longe e tematizando. Como já disse me dá dó ler comment, sobretudo, afinal, quando caetano faz uso da expressão. Repetindo Salém …ou não… o assunto pode interessar ou não, pode gerar comentários e foco na questão…mas sinceramente, não me parece relevante apesar do registro e da confissão da minha dó. ..mas ó…na boa hein…ó…sweet…soft…sunseasand…na boa…
Salenzinho,
Vc falou de João e eu fiquei ouriçado como uma pinaúna.
Peguei “João Gilberto in Tokyo” e escutei Ligia mais uma vez.
Eu sempre achei que essa era a música do cara que se apaixonou e nem tentou por que tinha medo de levar um fora. Grotescamente falando alguma coisa tipo Léo Jayme.
Como João corrige algumas letras eu achava que ele tinha mexido nessa tb. No CD Japonês eles transcreveram a letra como João cantou. Lindo demais isso!! Só erraram no começo pois ele não canta “eu”, pois não precisa, João é foda, só a precisão é admitida.
Pois bem, João fez correções profundas nessa. Tirou o piano e o samba, tirou Copacabana, diminuiu a caminhada, o cara pensou mais não telefonou e prefere não amar a ser traído. O cara não sabe nem o nome dela!!! por isso ele não fala.
Nerd é nerd, João sabe das coisas!
César Lacerda
Fui às lágrimas bebendo chandon e escutando Passarim. Que coisa. O take que você mandou é a primeira vez que o Tom mostra a canção aos Caymminhos.
E o final que ele pensou em fazer
chocolate suiço é pouco!
isso é água de beber e ivnda da fonte!
beijo na testa
salem
Esse COMMENT vai ser curto e doce: Glauber e Salem, vocês botam pra quebrar.
Criar a confusão é fácil, eu não vi nada de antiamericano aqui, se visse compreenderia. Castelão não vale que ele é nossa bolha, mas em geral não vi nada como isso. Ao ocntrário, aqui no blog acompanhamos um interesse intenso pela eleição de Obama, todo mundo participando da eleição americana. Não há como não falar do que se passa na nação hegemônica e mais poderosa, no sentido de que determina como nenhuma outra o que se passa pelo mundo. Comentários pontuais contra isso ou aquilo são absolutamente pertinentes, eles não acertam todas…agora o insuportável é a subserviência de segunda, o provincianismo fantasiado, a ignorância que é o pior dos modos. Mas a gente faz uma forcinha né…oi skindô oi skindô…vc não acha Salém?
rafael…
vc gosta de dançar!…gosto muito das suas argumentações. se não soubesse que vc vai estar viajando já te chamava pro movimento. sabes que aqui no sul tenho muita dificuldade de encontrar homens que dancem?
bjs, pessoas
Salém querido, a história do Gérson merece ser lembrada. Quem viu o Canhotinha de Ouro jogar jamais se esquecerá, não houve nenhum jogador de meio campo mais completo genial e campeão do que Gérson. Desde o Flamengo, depois no Botafogo, São Paulo e Fluminense, sobretudo na Seleção Nacional, Gérson fez de tudo. Uma visão do jogo inigualável, o Papagaio como era chamado dentro do campo, cantava o jogo para todos e ditava a cadência das partidas. No lance do bola parada fez escola depois do mestre Didi, também imenso mas Gérson…incomparável, no mundo. Outro dia Tostão se referiu ao canhotinha num dos seus artigos maravilhosos no jornal. Pois bem, nosso Gérson depois de ganhar a Copa de 70 e com o boom da propaganda entre nós naquela época, fez um comercial para uma marca de cigarros popular. A campanha se baseava no preço mais vantajoso para um cigarro como aquele e no final: a gente gosta de levar vantagem em tudo, certo? declamava nosso gênio da bola…e deu no que deu, Gérson o que gosta de levar vantagem…isso foi desviado para uma conotação de aproveitador, oportunista, enfim, os resíduos tóxicos da raça…não vai prejudicar a lembrança de quem teve a graça de poder ter visto a beleza que vinha do Gérson, em campo, um lider, dirigindo tudo, com muita estatura, corajoso, técnico, visionário. Mas Gérson fumava como qualquer pessoa de bem naquela altura…qualquer legado diferente do gênio não se ajusta a Gérson…um monstro, prazer absoluto de ver jogar. Um rei.
O cara pensou MAS não telefonou (sorry)
Licença gente, mas para o meu argentino querido que gostava de ouvir Caetanho Velosso comigo:
http://br.youtube.com/watch?v=cdS7epk5kFg
Labi Barrô, conversando com Simone, Boécio, Alfarabi, Anselmo, Ralph, Avicena, Henri, Averróis e Caetano Veloso! Nem sempre entendendo, mas aprendendo a jogar. Madrugada agitada essa…
* Se puder vá no Bloco Tradicional do Grupo Mariocas e no tambor de crioula na Feira do Lavradio (eles costumam ensaiar no Beco do Rato - Lapa, num espaço chamado Recordatório).
“Sobre ‘aquez pobrema todo’ : pensei melhor, e decidi mudar de lado. não há mesmo como impor uma única regra a um universo tão extenso de pessoas. não posso exigir um falar correto, nem mesmo do meu próprio filho.” (Paloma, Rio)
Essa só não entrou na lista porque você ainda não tinha escrito.
TRANSTUDO….JÁ TEMOS UM PASSADO…..(SAUDOSISMO).
Es que hallé también, junto a los ingresos del “último” show(2001), una flor clavel(cravo) que llevé para te dar,… pero que simbólicamente guarde conmigo como recuerdo de nuestro “encuentro”; convirtiéndose en una especie de símbolo de todo lo que puede “encenderse” entre “dos personas que se encuentran”, y luego el tiempo inexorablemente va transformando en historia, nuestro “passado”.
Ah! qué manía ésta de guardarlo todo. Qué empecinada esperanza ésta de creer que en cada hojita, en cada pétalo, en cada pequeña cosa que estuvo cerca de mí, en el momento de la alegría y el esplendor se queda pegada un poquito de dicha de esa emoción. Y que a partir de una “magia” especial nacida de mi “desesperada” voluntad puedo reproducir esa felicidad…”já temos um passado”….por más que la toque con mucho cuidado, esa flor seca se hizo olorosa al tiempo, invadiendo “a saudade” hasta aquel día 16/12/01 sintiendo el corazón pulsando aquel pasado tiempo.
…..e chega de saudosismo…por hoje, Vero,…mas volto a outros assuntos e canções….um abraço apretado. Vero.
“agora o insuportável é a subserviência de segunda, o provincianismo fantasiado, a ignorância que é o pior dos modos”
gil, cê não tem jeito mesmo. desisto. abraço procê.
_____x_____
http://br.youtube.com/watch?v=aVwUf3O–s4
http://br.youtube.com/watch?v=XUlSREsMKj8&feature=related
semelhanças…divirtam-se!
adoro essa piada : em um passeio pela sua cidadezinha natal, um lorde inglês, usando jeans e camiseta, foi advertido por um cidadão local que sua vestimenta era inedequada para alguém da sua posição. isso poderia arranhar sua imagem na localidade.
o lorde ouviu atentamente as considerações do interlocutor e lhe disse : “ora meu amigo, não há nenhum problema nisso, já que aqui nesta cidade todos me conhecem.”
dias depois, o mesmo cidadão encontra o lorde em uma cidade vizinha, e percebe que o lorde continua usando o mesmo jeans. “sir, vejo que o senhor se adaptou à indumentária dos comuns, que não se adequam ao seu status quo. não lhe preocupa o que podem vir a pensar do senhor por aqui?”
a regra “escreveu não leu … o pau comeu!” nos blogs é um pouco diferente : escreveu, editou, revisou, publicou, mas se quem leu não entendeu, sifu …!
se eu falar, por exemplo, “é rúin, hein!” para uma caixa de supermercado, ele vai sorrir e me chamar de “colega”. já entre amigos, eles saberão que é uma citação, uma referência, uma piada, ou tudo isso junto.
nos blogs, ou chats, onde os textos vão ao limbo antes de atingirem o alvo (os sumiços de comentários não me deixam mentir) fica às vezes díficil trans-formar, para quem, como eu, não vive da palavra, uma brincadeira ou um momento de divertida introspecção em um jogo de palavras.
bastaria que todos os envolvidos tivessem suficiente senso de humor, e alguma sintonia, para trans-codificar as mensagens.
bj paloma
ps1: do wikipedia : “Com o tempo, foi-se percebendo que o p.s., além de servir para corrigir nossos lapsos de memória ou simplesmente informar que haviam ocorrido alterações depois que tínhamos dado a carta por concluída, poderia servir como uma sutil estratégia retórica: depois de percorrer todo o corpo do texto, o leitor se depara com uma idéia posta em destaque, plantada ali por nós com aquela mesma aparente despreocupação com que lançamos, na fala, aquele temível “Ah! Antes que eu me esqueça … “, que sempre anuncia o que de mais importante temos a dizer.
É justamente esse efeito “amplificador” do post scriptum o que explica a sua utilização nas cartas e mensagens escritas no computador, uma vez que, com os fantásticos recursos de correção e arrependimento* trazidos pelos processadores de texto, poderíamos simplesmente incluir no texto o que tínhamos esquecido.” (* = beleza de humor do dicionarista)
ps2: heloisa, obrigada pelo seu “post listum” . o termo “off” surgiu em n.y.(”off-broadway”). eu morava ao lado do ‘la mama’ e adorava ser off também. trabalho com alternatividades e ser off-lista é tipo um prêmio para mim.
ps3: não está fácil musicalizar a “menina” mas nossa sugestão estará disponível em breve. será o primeiro remix psico-gravado do universo. ô vanguarde!
Oh, Meu Rei! Há muito tempo não passo por aqui. Dentro do possível. Fico indiferente aos cenários que não tenho como alterar. Embora sinta falta do trema : ) Trema! Enfim,gozemos, a arte do gozo,pontuação, intervindo no haver: o não haver não há, já dizia o poeta. Do outro lado do céu, tem céu. Amei o novo CD e DVD do Mestre Chico Buarque. Aguardamos suas novas composições. Que plantão! http://www.artejovem.org. Beijos, fraternalmente, Di.
HERMANO, SORRY. CORRIGI ERRINHOS. VALE ESSA:
GIL
Não entendi patavina daquele comentário sobre “entrar numa” e onde eu entro nessa história.
SOBRE LÍGIA
Não gosto de pensar que seja um delíro masculino. Ou que o cara seja “medroso” como Vellame supôs ao escutar a canção. Que tem medo de telefonar e coisa e tal.
A canção tem a carga de quem sente dor. E a ironia maravilhosa do NÃO e do NUNCA. Ele está dizendo “eu telefonei” “eu fui ao cinema” “eu gosto de samba” “eu vou a ipanema”.
A ironia cresce com “não gosto de chuva, nem gosto de sol”.
E chega ao ápice com
“seu nome não sei” “LÍGIA”
João tirou essa piada genial da canção. Seu nome não sei, Lígia!
Ele preferi ser explícito e suprimir a ironia deixando a dor clara:
“fatalmente eu iria sentir tanta dor, pra no fim te perder”.
A letra original não explicita positivamente a melancolia do sujeito. Por isso é nela que está o grande achado poético.
Mas como João é João, a adequação que fez ficou bonita.
Não gosto muito de pensar apenas na intenção do autor (vida real). Isso é um pouco arqueológico demais e muitas vezes nem o próprio autor tem a consciência plena do que está engendrando. Isso é que maravilhoso.
Em Lígia, mesmo assim, dá a impressão que Tom teve mesmo uma idéia, um estalo.
Quando eu era pequeno, gostava daquela brincadeira de não dizer NÃO nem NUNCA.
Ouçam Lígia. Na primeira audição, parece mais uma letra, “mais uma de amor”. Mas NÃO é.
Isso é o que é.
beijo na testa
salem
http://www.youtube.com/watch?v=is7zvxehB0k
bjs.
Felipe Grimaldi não se importe com o fato do teu texto ter sumido não, aqui todos já passamos por isso a questão não é o fato de você ter dado uma opinião contraria ou favorável.
César Lacerda obrigada por ter partilhado com a gente este momento que para você foi especial, realmente o vídeo tem tudo aquilo que você falou!
Um Tiramissu Siciliano pra você!
Salem Ligia já era tudo de bom daí vem Ana Luiza, ele acaricia a alma feminina! Putz maravilhoso! Quanto a algum hacker brincando por aqui já pensei sobre isso tem sempre um que gosta de brincar de poderoso, mais já ouvi fala por ai que no Explorer também tem ocorrido alguns erros mesmo no Windows, aqui fora as vezes que o texto não vai e daí a gente tem que atuar como o “Jack” ou ainda reeditar, ou ainda desistir. Mais tem uns erros de linhas que aparecem aqui que vou ver se consigo passar:
Linha 133 – caractere 3 – código 0 a linha de erro é impossível de escrever se quiser posso fotografar a tela e mandar por e-mail ok?
Rafael, eu aprendi muitas coisas com você também, coisas maravilhosas, na vida tudo que vejo procuro uma forma de saber mais a respeito e assim formar uma certa opinião a respeito, as vezes favorável as vezes contraria e outras tantas vezes ponderada, e tem vezes zangada (risos). Voce é sempre especial.
Joana a sua estória da meia de Moreno foi engraçada, tem umas faxineiras que querem agradar e fazer as coisas tão certinho, eu tenho 2 estórias para mim engraçadas também uma sobre o pirarucu seco que me deu uma cara amiga de Manaus e que estava escondido no armário, um belo dia ele sumiu, depois a faxineira disse: “olha demorou mais consegui descobrir o peixe podre no armário e o pior que ele estava bem escondido mais agora já resolvi.” A segunda seria uma bandeja de queijos franceses que tinha acabado de comprar da minha amiga comissária de bordo (ela trazia algumas coisas para ajudar na renda mensal e vendia para os amigos) que teve o mesmo destino do pirarucu, a moça disse que tinha limpado a geladeira, eu fiquei gelada, ao mesmo tempo já ate imaginava o final trágico dos meus queijinhos lindinhos, dito e feito.
Glauber fantástico estes 2 links ai cara, anima muito, a vida é uma coisa feliz mesmo.
Beijinhos felizes
Oi Castelleza
Cê disse assim, ó:
Se eu deixei essa impressão, ratifico:
Usei o pingue-pongue como metáfora para situações de debate e discordância. Não jogo por jogar, assim como não debato por debater. Okay, o objetivo do pingue-pongue é vencer. Mas como Siboney bem exemplificou com seu jogo com o Joãogibas, o bacana do do jogo é entender como op interlocutor pensa, em qual registro ele atua. Só assim você consegue desconstruir um padrão ou uma lógica oposta a sua. Foi isso.
Se você botar reparo, vai ver que via de “regra”, não uso essa estratégia pra escrever. Até porque na maioria das vezes estou em consonância com os interlocutores.
Mas se discordo, ah, aí não tem jeito. Fui convidado a jogar pingue-pongue. E não sou de dar cortadas, não. Gosto sim do efeito.
O objetivo é ganhar? Não. É deslocar o adversário para o meu pensamento. Na próxima jogada (ou comentário) ele vai me conhecer melhor e o jogo (debate) vai ter um nível mais alto. Esse é o objetivo quando jogo ou debato com amigos.
beijo na testa
salem
Oiiii! Labi!
Nem Miklos, nem Gavin!
‘Cê merece mais que um titã! (rimou porque Gavin se diz Gavã)
Não sei se posso te ajudar. Com a sua lábia de Labi labiríntica você ganha quem quiser. É só querer.
Cada vez que você escreve por aqui, se acendem holofotes. É impressionante a luz e o barulho que você consegue fazer com as palavras.
beijo de língua escrita
salem
Eduardo Luedy,
Se tudo é relativo, tudo o que você afirma também o é, correto?
A linguagem tem a função não apenas de comunicar, não custa lembrar. É um modo de existir e de se afirmar na vida; um existir filosófico, poético, artístico, jurídico, social, político, afetivo, tantos outros. Quem quiser se afirmar de um modo precário, que o faça. A quem não quiser, que sejam dadas as ferramentas adequadas.
Normatizar o “menas” é fazer de uma aberração algo aceitável. E de tanto achar tudo normal vamos cometendo nossas atrocidades.
Somos mesmo uma nação de analfabetos, como disse o Tom Zé. Mas não precisamos sê-lo para sempre, por favor. Isso mais parece um plano demoníaco para manter o povo engessado em sua santa ignorância. Cruzes.
Salem,
Volto a um assunto que tá ficando enfadonho (lembra dessa palavrinha?). Nem se sinta obrigado a responder. Mas é só uma forma deu pintar por aqui. Depois arrumo outras.
Acho que uma ponte legal entre o que você escreveu sobre futebol/gramática/regras e o que penso que Luedy pensa (e outros, como Heloísa), é o seguinte:
O futebol com mínimas regras praticado por crianças nas ruas, com pelotas dos mais diversos materiais, não é menos futebol que o jogado na Copa do Mundo. O praticante do futebol-farra de rua, não se sente um não-jogador de futebol ao jogar. Ninguém vai lá e diz: “Ah, isso não é futebol, a bola é de mentirinha…”. Ele não precisa ir pra Copa, nem arrumar um juíz, uniforme e linhas no campinho para estar jogando bola.
Com a língua o mesmo não acontece. O praticante do português fora da norma, por muitas vezes, e por diversas razões, sente-se como um bola fora, um falador de uma língua que não é sua.
Esse é o conceito que acredito que precisa mudar na hora de ensinar e de discutir a língua, e tanto gramáticos quanto sócio-linguístas buscam isso por caminhos que não funcionam muito bem. Ficam jogando mísseis uns nos outros e não andam pra frente.
A culpa não é da gramática, Luedy, é da abordagem.
No mais, “Lígia” é uma das músicas mais lindas que já ouvi. Gosto do “Lí-gía, lí-gía…”
Vero, você me fez chorar com sua busca do tempo perdido. Não há dúvida: el es tuyo, solo tuyo!
Mas, Salem, a versão de Chico já tem a estrofe positiva:
Castello, gostei da história dos amigos da China - precisamos pensar nisso aqui. E a ‘bolha’? Também não entendi.
Gil, você não se cansa de ser um Policarpo Quaresma em tempo integral? Relaxa, cara.
Labi, também me arrepia lembrar o HAL cantando ‘Daisyyyy….Daisyyy…” com aquela voz moribunda…Creepy!
rafael, respondo lá pelo mail do seu blog, ok?
glauber, excelentes links. eu não sabia da exist~encia desse ser. que beleza.
Oi Alcantríssimo
Cê disse:
“O futebol com mínimas regras praticado por crianças nas ruas, com pelotas dos mais diversos materiais, não é menos futebol que o jogado na Copa do Mundo.”
Eu respondo: foi exatamente o que eu disse.
Eu defendo que os grupos possam se comuicar em seus dialetos e modos à vontade.
Mas não acho que as regras amplas vão contra isso. Como no futiba.
Não defendi o preconceito. Quis dizer que deveríamos ter o mesmo critério.
O que disse de forma metafórica está bem explicado na fala do Pedrecal (que nome legal!) Pedra + cal! Pé no chão total!
Ó só:
“A linguagem tem a função não apenas de comunicar, não custa lembrar. É um modo de existir e de se afirmar na vida; um existir filosófico, poético, artístico, jurídico, social, político, afetivo, tantos outros.”
É bom isso, né?
beijo na testa
salem
HELOISA
bem lembrados os versos positivos da versão de Lígia gravado pelo Chico. Tô tão obsecado com o NÃO e o NUNCA que nem reparei o deslize.
Miriam
Ana Luiza é anterior à Lígia.
Há uma sofisticação em Lígia. O sujeito nega. Esquece no piano. Se vinga dizendo que a amada não é digna do seu samba. E fazendo isso o dedica a ela. É maravilhoso. Há uma auto-estima em jogo na letra. Um samba deve merecer a sua musa. Ele dedica a canção a uma Lígia que não a merece.
Isso é colossal!
Pode ser que haja outra melhor, tudo bem
eu nunca te beijei na testa
salem
Sobre esse negócio de ser “pretensioso” ou não.
Pretensioso é aquele que tem pretenções ou vaidade.
Não tenho nada contra o fato de uma pessoa ter pretenções e/ou vaidade.
Claro que a expressão é usada pejorativamente pra designar alguém “metido à besta” ou “imperrrtigado” como dizem no interior de SP.
Mas a gente tem que lembrar que temos uma formação católica. A vaidade é um pecadão. E a gente se confunde com essa história de gostar da gennte e do que a gente pensa ou diz.
Eu e o Glauber até fomos vistos como pretensiosos quando fizemos um diálogo que era apenas uma brincadeira.
O próprio Caetano, que é um cara extremamente atento aos outros, já foi vítima dessa confusão. Claro que ele é vaidoso e pretensioso nos melhores sentidos das palavras. Mas não é “imperrrrtigado”. Uma das muitas matéria-primas do artista é a sua vaidade. Por isso Lígia é genial (estou mesmo maluco com a redescoberta dessa canção).
Nesse sentido, todos aqui somos pretensiosos. Afinal, pretendemos avançar nossos pensamento e afetos. E isso, sem vaidade, é coisa de padre.
Vamos deixar a culpa cristã de lado. índios são vaidosos. Poetas, seresteiros e namorados também.
Lobão às vezs tem razão.
beijo pretensioso
salem
mas o que é enfim “Zii e Zie” ?
danke: Judith!
!repito meu desejo.
Salem, que estranho você ter puxado a “Lígia”. Eu ontem estava no ônibus, vontando da Lapa, e os deuses randômicos do shuffle puxaram essa do acervo do Ipod - e foi a primeira vez que eu parei para prestar atenção na letra, concluíndo, já lá na praia de Botafogo,
Fernando Salem,
Eu achava a melodia tão serena que acho que não esqueci dela completamente.
Abraços
Renato Pedrecal,
Muito prazer também : - )
“Normatizar o ‘menas’ é fazer de uma aberração algo aceitável. E de tanto achar tudo normal vamos cometendo nossas atrocidades”
“Somos mesmo uma nação de analfabetos, como disse o Tom Zé. Mas não precisamos sê-lo para sempre, por favor. Isso mais parece um plano demoníaco para manter o povo engessado em sua santa ignorância. Cruzes.”
Eu acho que a gente precisa separar os registros: língua falada é uma coisa, língua escrita é outra. Jamais defendi que as pessoas permaneçam analfabetas. Mas jamais sustentaria que as pessoas analfabetas são estúpidas e necessariamente ignorantes (no sentido mais usualmente pejorativo que lhes atribui cultura e capacidade cognitiva de nível zero).
Não dá mais tempop de ler nada…
Mas ói o Salem aí, zente:
http://revver.com/video/120994/o-psiquiatra-preto/
http://revver.com/video/121062/dor/
Ju: La última creación de Caetano, que se encuentra “en progreso”
Judith
glauber cumpadre, parceiro de blog, não se sinta atacado pelas generalidades, debater diferenças com generalidades é muito melhor, mais friendly, segura a onda cumpadre. acho bacana vc entrar numa e se incomodar no ambiente, é legítimo e interessa. outros também, why not? e cada um com seus modos. Citar nominalmente perde o sentido, ninguém aqui é canalha pô…vamos lá…se falta assunto ou a gente se cala de vez ou apresenta os incômodos e as vantagens de estar por aqui, como vc fez. Bronca?… quê isso… mas o bagulho é doido, segura a onda…sinta-se absolutamente livre como um taxi mesmo que discordem do seu jeito de falar, ou do quer que seja…vc já agradou e sua banda também, relaxa e segura a onda…ou não.
Tem um detalhe no disco do João in Tokio que foi pouco mencionado mas que me parece retumbante: o disco não foi mixado, ele é a captação ao vivo e ponto…foi aquilo mesmo sem retoque. É outra bolha. Tudo é processado, mixado, ajustado, corrigido…ali não, ao vivo in tokio direto para o suporte. é uma.
lima barreto, gênio.
Salem,
meu comentário anterior foi pura pretensão de entrar na roda, mesmo com o papo velho e cansado, apenas pela vaidade de ler o teu “Alcantríssimo”.
Concordo contigo a todo instante, inclusive nessa coisa da gramática. O que eu disse foi concordando contigo, apenas dei uma afagadinha no Luedy dizendo que no fundo no fundo, vocês não discordam tanto quanto pensam. O trecho que você destacou prova isso.
Glauber,
você tem razão, precisamos de nova direção. Eu até tentei puxar um assunto lá atrás, falando do que o Caetano falou das regiões do país, mas o comentário foi tragado por mil outras histórias.
O melhor até agora foi relembrar “Lígia”, porque depois dela relembrei “Luíza”, aí peguei o disco Edu & Tom e relembrei “É preciso dizer adeus”.
Segunda-feira morreu um grande amigo. Partiu de repente, aos 26 anos. Tudo aqui ficou ruim.
Tom, Caetano, OeP, vocês todos, um alento.
Agora ouço “Canto Triste”.
PS: Heloísa, viste o “Viva Sao João!”? Se não, veja.
Querido Gil.
Abração do Castello.
Eduardo Luedy
“Muito prazer” por que? Esse negócio de “educação” é pura convenção =]
[1. o “menas” não precisa ser “normatizado”, pelo simples motivo que ele já o foi, ele já é norma - goste você ou não. As “atrocidades”, portanto, eu deixo por sua conta]
O sentido de norma é o gramatical, então não tem nada de eu gostar ou não, está errado e pronto. Quanto às atrocidades, volto a elas depois e você certamente não está tão longe delas - nenhum de nós está. Mas fico com elas “por minha conta” até lá, sem problema.
[jamais sustentaria que as pessoas analfabetas são estúpidas e necessariamente ignorantes (no sentido mais usualmente pejorativo que lhes atribui cultura e capacidade cognitiva de nível zero)].
Alguém aqui sustentou?
Pelo que entendi, Eduardo, um dos motivos da sua defesa (ou dos autores que você cita) diz respeito à vergonha a que são submetidas muitas pessoas que não falam corretamente a língua. Mas essa mesma vergonha (desde que distante de humilhação e constrangimento por terceiros, o que é obviamente inaceitável) pode ser saudável impulso para que essas pessoas melhorem, se aprimorem. Não é passando a mão na cabeça de quem fala errado que as coisas vão melhorar. Respeitá-las é querer vê-las sempre buscando novos caminhos; a linguagem (falada ou escrita) liberta, expande, aprimora, sublima. Em algumas tribos indígenas só se conta até quatro, depois é uma mão, uma mão e um pé, duas mãos, por aí vai. Não preciso dizer que os índios são dignos, preciso? Mas se não houvesse um “poder” ou uma “norma”, como ficaria o cálculo infinitesimal? A Física? A Astronomia?
Vou ali procurar um picolé de tapioca da Capelinha-aê-ói.
Abraço, você é massa, véio
Transando Transtudo
Toca fundo no coração da gente e mais e mais sentimos o quão distante/perto estamos e esta ambiguidade me faz chorar e digo que esperei muito por este show que foi além de minha expectativa.Re encontrei Caetano e senti tanta ternura neste ser mitológico tão transgressor e tão coerente!
Pessoal primeiro tive em meu orkut a musa Heloisa e agora o grande Salem.Rosana querida me salveeeee!