Feitiço da Vila é uma canção racista? (9/6/2008)

Feitiço da Vila é uma canção racista?

9/06/2008 11:07 pm

 

Caetano  aula sobre Feitiço da Vila, composição de Noel Rosa: o que sua letra pode nos ensinar sobre as relações raciais/culturais no Brasil?

 

6 comentários » | Assuntos: Brasil, Feitiço da Vila, Ismael Silva, Noel Rosa, racismo, samba, Wilson Batista 


6 Comentários sobre o Post “Feitiço da Vila é uma canção racista?”

 

 

1.        Luiz Carias disse:

Junho 13th, 2008 at 8:13 pm

 

Perfeito comentário, perfita crítica, e perfeita apresentação da canção. Caetano é mais que tudo que existe no mundo…

 

2.        Paulo Tabatinga disse: Junho 23rd, 2008 at 7:51 pm

 

Caetano,

Eu Adoro você. Até que me prove ao contrário. Eu não entendo o que você sabe sobre o samba. mas o noel era muito novo quando fez tudo isso(magnifico)

e, aquela coisa de o racismo está infiltrado no inconsciente do povo brasi,leiro. não quero dizer que tenha que permanecer. viva o Caetano. Viva o Noel com todos os erros que um Caetano possa ter.

 

3.        joao disse:

Julho 6th, 2008 at 10:38 am

 

eu acho que a fala do caetano está correta, sim. é uma leitura muito boa, muito apropriada. se é uma questão de erro ou não de noel, não vejo assim. o noel incorpora a visão disso que caetano analisa bem: o racismo infiltrado no inconsciente do brasileiro. viva caetano e viva noel.

 

4.        Maria Elisa Costa disse: Agosto 13th, 2008 at 8:36 pm

 

Caetano é mesmo perspicaz como poucos.

Como falou nos ataques do Tinhorão ao Tom, talvez goste do texto que segue:

 

Tom Jobim ESCALA

 

Foi, em verdade, insólito o procedimento da TVE lançando ao ar, para todo o Brasil, a pecha de plagiário a um músico – da qualidade e significação de Tom Jobim – sem prévia audiência dele e quando ausente do país.

Quanto a seu mérito, a acusação não me parece deva ser levada a sério. Embora a música não seja o meu ofício, entendo que as artes têm algo em comum, mormente nesse particular do intercâmbio de influências e sugestões motivadoras que se interpenetram, resultando num caso em obra de arte, enquanto continuam, no outro, como que perdidas na multidão dos temas auditivos ou visuais que nos cercam.


Je prends mon bien où je le trouve – tudo depende do que faço dele. Não há porque se policiar, confinando-se em ambientes imunes a qualquer contágio. Continue compondo desprevenido e aberto aos filões das mais diversas procedências, porquanto, com a sua criatividade, surgirá sempre daí outra coisa.

Certamente haverá quem possa esmiuçar e catar, com pachorra, a frase trampolim ou os pontos de “pecaminosa” contaminação que se tenham eventualmente insinuado na trama ou na argamassa da obra de arte autêntica.

O plágio é a imitação, a contrafação, hábil ou canhestra, de uma determinada obra, e não essa fecunda e válida absorção, formal ou sonora, que o artista normalmente sofre.

O fato da minha mulher ter tido prévia e inócua experiência, não impede que ela seja a minha legítima esposa.

 

Lucio Costa 27/05/1980

 

5.        Hian disse:

Setembro 26th, 2008 at 3:57 pm

 

Desinformação e síndrome grau 10 de buscar significâncias onde não existemmm. Pô Caetano !

perdeu a chance de ficar calado, e ainda anabolizou a música com trecho inexistente. sou fã do caetano, mas nessa…


6.        José Cruz disse:

Novembro 3rd, 2008 at 9:59 am

 

A análise é perfeita mas é complicado criticar uma letra fora de seu contexto. É como pixar o grande Mario Lago pela letra de Amélia, ou execrar o Lamartine por outras tantas…


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