Caetano comenta "Perdeu" (9/07/2008)
Caetano comenta
“Perdeu”
9/07/2008 4:25 pm
“Não conta
a história, porque
é um pouco mais abstrata,
entendeu? Você sente
só aquele clima”
3 comentários » | Assuntos: favela, juventude, maternidade, Rio de Janeiro, tráfico, violência —
3 Comentários sobre o Post “Caetano comenta
“Perdeu””
1.
Rafael Rodriguez disse: Julho 10th, 2008 at 12:02 pm
Aqui no Rio seguimos
com tudo pior, piorando ou na mesma.
Tá difícil de ver…
Estamos vivendo
uma grande dor, só agora
constatamos que a polícia mata. De repente
os policiais viraram monstros que assustam nossas
crianças (essa história é antiga, mas como citei, só agora assimilamos isso). O pior de tudo é ver o
governador chamar de retardados os policiais envolvidos no assassinato do
pequeno João, se eximindo de qualquer culpa.
Há uma comoção coletiva, hoje mesmo promete-se uma
manifestação no centro do Rio. PERDEMOS.PARA
QUEM? POR QUE? POR QUEM?
Estamos exatamente no clima do “perdeu, playboy!”.
Queria
escrever sobre o meu processo de espectador diante do projeto Obra em
Progresso, mas tá difícil.
Lembro dos assaltos que já sofri
e de quantos “perdeu” que já escutei…
Qualquer dia saio nú.
Beijão.
2.
Enio disse:
Julho 10th, 2008 at 11:17
pm
Como o perdeu toma várias matizes
na sociedade carioca
né? Perdeu do assalto, perdeu
da vida do bandida, perdeu
da vida dos familiares do criminoso, perdeu
da vida do filho, se perdeu a
vergonha… perdeu
o caráter de muitos…
3.
Marcos aurélio
Lacerda da Silva disse: Julho 24th, 2008 at 1:18 pm
Caetano,
senti falta, na sua fala, da menção à importante canção de João Bosco e Aldir
Blanc,”Tiro de Misericórdia”.Já que
a excelente dupla Bosco/Blanc é lembrada em “Incompatibilidade de gênios”, acredito que poderíamos pensar a
canção “perdeu” em relação com “Tiro de misericórdia”. As belíssimas imagens
poéticas de Blanc ( ” O menino
cresceu entre a roda
e a cana/Correndo nos beco/que nem ratazana(…) subindo em
pedreira que nem lagartixa.) muito se aproximam das belíssimas frases musicais de perdeu. Em verdade, acho
surpreendente a a expressou ” até perder o
gosto”, e vejo nesta pequena expressão tantas imagens, questões,
discussões,sobre o Rio contemporâneo.