"Preto é politicamente incorreto?" (6/6/2008)
“Preto é politicamente incorreto?”
6/06/2008 7:18 pm
Continuação dos comentários sobre a canção A Cor Amarela: preto ou negro? Cotas? Rap e/ou champanhe? Futebol ou basquete? “Eu não gosto desta vontade desesperada de ser americano.”
6 comentários » | Assuntos: A Cor Amarela, Brasil, caetano veloso, EUA, mestiçagem, movimento negro,Novas Canções, obra em progresso, raça —
6 Comentários sobre o Post ““Preto é politicamente incorreto?””
1. Beni Borja disse:
Junho 8th, 2008 at 2:51 am
antonio risério em outras palavras
2. TAISSA ZIN:. disse:
Junho 9th, 2008 at 12:01 pm
COMENTAR CAETANO É IMPOSSÍVEL…BONS SHOW E UM EXCELENTE PROGRESSO QUE ELE SEJA REAL EM TODA SUA VIDA…
Z:.
3. Paulo Tabatinga disse:
Junho 27th, 2008 at 12:52 pm
Caetano
parece que no Brasil a um desespero de se transformar tudo em americano. as nossas festas juninas já não são as mesmas, e a todo custo, querem transformar tudo em um grande rodeio.
“Olha pro céu meu amor vê como ele está lindo”
4. Puta Mulher disse:
Agosto 1st, 2008 at 9:31 pm
Caetano,
Por causa de você o nome,e sobrenome, Caetano deixou de ser:Bueno,Pires,Oliveira ou qualquer outro nome que não diga:CAETANO.Caetano é sinônimo amar com gosto,de idéias intrépidas, de comportamento destemido e de arte trasamba.
Adoro sua malícia,sem maldade,seus desejos cheios de querer,sem posse,seu verbo,tão presente do conjuntivo,e tenho certeza que não demoraria a adorar o seu pêndulo mesocarpo a balançar entre tus huevos duros.
Mande mais fotos! R.
5. Claiton Pazzini Goulart disse: Setembro 20th, 2008 at 10:15 am
Caetano,
Por eu ser negro, não simpatizava com a expressão “preto”. Mas depois de ouvir uma introdução de uma música - aonde vc comentava sobre a descoberta do Gil (quando sua mãe falava: “Caetano venha ver o preto que vc gosta”, acabei perdendo esse ranço com a expressão).
Preto ou negro são apenas expressões… o que verdadeiramente importa é revisar nossos conceitos em relação a questão da população de etnia negra no país. Começando pelo sistema de Cotas aos negros (ou pretos)…cota não é benécia (ou reconhecimento da “inferioridade da etnia negra” ou outra forma de racismo) - argumentos utilizados por alguns - com objetivo de minimizar o debate…cota é uma forma de retratação estatal (compensação - como as indenizações financeiras pagas às vítimas da Ditadura de 64) contra a barbárie que foi a escravidão e o engodo que foi o “final da escravidão” - quando os negros (pretos) foram libertados para a miséria e a exclusão social (aliás, vide as informações da última pesquisa do IBGE sobre a desigualdade social no Brasil - as condições sociais dos negros continuam precárias em relação à população não negra).
Pois é Caetano, sou seu fã, mas não consigo entender sua posição contrária as cotas. Mas “que o comentário na interfira na poesia” - afinal preto é preto, Caetano é Caetano… e a mulata não é a tal”.
Um abraço
6. Lucio Filho disse:
Setembro 26th, 2008 at 3:46 pm
Oi Claiton,
Sou filho de negro e de branca e fico do lado de Bob Marley quando o mesmo disse “meu pai era branco, minha mãe é negra, sendo assim, não fico do lado dos brancos ou dos negros e nem dos amarelos. Fico do lado de Deus que assim me fez”.
Sou contra a instituição de cotas, sejam elas raciais ou sociais. São medidas meramente paliativas e que não resolvem a fundo o problema. Como vc mesmo comparou em relação às indenizações financeiras pagas às vítimas da Ditadura, as cotas raciais são sim uma tentativa de retratação contra a escravidão. Acontece que esta não é a melhor forma de retratação. Penso até que é uma forma equivocada de tentativa de reparação. Na falta de uma melhor política o Estado lançou essa das cotas raciais.
Acho que o Estado confundiu a reparação que todos os negros e seus descendentes certamente merecem, com a reserva de vagas para negros no ensino superior, o que por sua vez, revela a necessidade de uma reformulação da educação fundamental pública.
Ora, suponhamos que uma pessoa pobre(não necessariamente negro) ingresse numa universidade por meio de tais cotas. Se não fosse pelas cotas ela muito provavelmente não entraria nesta universidade pois sendo estudante de escola pública não teria condições de passar num vestibular, onde estaria concorrendo com estudantes de escolas particulares bem mais preparados. Essa seria, a princípio, a razão para a instituição das cotas.
Acontece que uma pessoa que não tenha tido um ensino fundamental e médio eficaz fatalmente encontrará extremas dificuldades no decorrer do seu curso superior. Muitas com deficiências graves em português, história e/ou outras disciplinas básicas o que poderá resultar até na desistência desta pessoa em querer continuar o curso. Ou, a depender da idoneidade da instituição de ensino superior que esta pessoa tenha ingressado, poderá até se formar, mas certamente não será um profissional bem preparado, o que, consequentemente, será prejudicial à sociedade.
Assim, as cotas são também um engodo, pois o sujeito, feliz da vida por ter conseguido sua vaga na universidade logo percebe a realidade: não tem capacidade de levar adiante o seu sonho por deficiências na educação-base (1º e 2º graus).
É por isso que no meu ver, no lugar de cotas (sejam elas raciais ou sociais) o que deve haver é uma completa reforma na educação pública, de modo que ela volte a ser referência e proporcione, desta forma, condições para que todas as pessoas possam disputar equilibradamente sua vaga na universidade.
E quanto à reparação estatal para com os negros, não acho que as cotas servem para isso. É muito pouco! Outras maneiras têm que ser pensadas. Uma, meramente simbólica mas que não deixa de ter a importância de chamar a atenção do país e induzir à reflexão, seria a comemoração do dia 20 de novembro nos moldes como é comemorada a Independência do Brasil em Brasília, pela importância que Zumbi dos Palmares possui e pelo débito que todos os brasileiros têm com os negros pois este país foi contruído com o seu sangue e suor