Como um Samba de Adeus (Música: Caetano Veloso; Letra: Chico Buarque)
Quanto
Tempo
Mina d’água do meu canto
Manso
Piano e voz
Vento
Campo
Dentro
Antro
Onde reside o lamento
Preto
Da minha voz
Tanto
Tempo
Como nunca mais, eu penso
Como um samba de adeus
Com que jeito acenar
O meu lenço
Branco
Quanto
Tempo
Pode durar um espanto
Onde
Lançar a voz
Tempo
Tanto
Tempo
Mina d’água do meu canto
Manso
Piano e voz
Vento
Campo
Dentro
Antro
Onde reside o lamento
Preto
Da minha voz
Tanto
Tempo
Como nunca mais, eu penso
Como um samba de adeus
Com que jeito acenar
O meu lenço
Branco
Quanto
Tempo
Pode durar um espanto
Onde
Lançar a voz
Tempo
Tanto
© 1995 Marola / Uns (Natasha Edições) Ltda. - Álbum Mina d’água do Meu Canto - Gal Costa.
Comentário de Chico: "A música não é uma homenagem a Tom. Fiz apenas pensando nele." (Chico Buarque para o Jornal do Brasil, 1995).
Comentário de Caetano: "Antes de viajar para Salvador, em dezembro, mandei a música para o Chico. Ele fez a letra enquanto eu estava aqui e me mandou por fax. Achei muito simples e muito linda. Não é um tributo explícito, mas a gente sabe que o que o Chico escreveu ali está impregnado da atmosfera e do pensamento de Tom Jobim. Fiz notas um pouco longas, que comportam poucas palavras. A letra do Chico é quase toda feita de dissílabos. Ele fez tudo muito perfeito. O Chico sempre consegue trazer uma carga poética muito grande, mesmo com pouco espaço para palavras". (Caetano Veloso para o Jornal do Brasil, 1995).