Flor do Cerrado (Caetano Veloso)
Todo fim de ano é fim de mundo e todo fim de mundo
É tudo que já está no ar
Tudo que já está
Todo ano é bom todo mundo é fim
Você tem amor em mim
Todo mundo sabe e você sabe que a cidade vai sumir
Por debaixo do mar
É a cidade que vai avançar
E não o mar
Você não vê
Mas da próxima vez que eu for a Brasília eu trago
Uma flor do cerrado pra você
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você
Tem que ter um jeito e vai dar certo e Zé me disse
Que ninguém vai precisar morrer
Para ser
Para tudo ser
Eu, você
Todo fim de mundo é fim de nada é madrugada
E ninguém tem mesmo nada a perder
Eu quero ver
Olho pra você
Tudo vai nascer
Mas da próxima vez que eu for a Brasília eu trago
uma flor do cerrado pra você
(Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar
Moça do corpo dourado do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar)
É tudo que já está no ar
Tudo que já está
Todo ano é bom todo mundo é fim
Você tem amor em mim
Todo mundo sabe e você sabe que a cidade vai sumir
Por debaixo do mar
É a cidade que vai avançar
E não o mar
Você não vê
Mas da próxima vez que eu for a Brasília eu trago
Uma flor do cerrado pra você
Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você
Tem que ter um jeito e vai dar certo e Zé me disse
Que ninguém vai precisar morrer
Para ser
Para tudo ser
Eu, você
Todo fim de mundo é fim de nada é madrugada
E ninguém tem mesmo nada a perder
Eu quero ver
Olho pra você
Tudo vai nascer
Mas da próxima vez que eu for a Brasília eu trago
uma flor do cerrado pra você
(Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar
Moça do corpo dourado do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar)
© 1974 Ed. Gapa / Saturno - Álbum Cantar - Gal Costa. Faixa com participação de Caetano Veloso em Garota de Ipanema de Vinicius de Moraes e Antônio Carlos Jobim.