Onde Andarás (Letra: Ferreira Gullar, Música: Caetano Veloso)

Onde andarás nesta tarde vazia
Tão clara e sem fim
Enquanto o mar bate azul em Ipanema
Em que bar, em que cinema te esqueces de mim?
Enquanto o mar bate azul em Ipanema
Em que bar, em que cinema te esqueces...
Eu sei, meu endereço apagaste do teu coração
A cigarra do apartamento
O chão de cimento existem em vão
Não serve pra nada a escada, o elevador
Já não serve pra nada a janela
A cortina amarela, perdi meu amor
E é por isso que eu saio pra rua
Sem saber pra quê
Na esperança talvez que o acaso
Por mero descaso me leve a você
Na esperança talvez que o acaso
Por mero descaso
Me leve... eu sei

© 1968 Ed. Warner Chappell - Álbum Caetano Veloso - Caetano Veloso. 

Comentário de Caetano: "Tornei-me parceiro de Ferreira por causa de um pedido de Bethânia: ela me deu os versos de "Onde andarás" para que eu musicasse. Gullar conversava às vezes comigo e com Dedé, junto a Paulo Pontes e, às vezes Vianinha. Muito presente, e pessoa maravilhosa em quem sempre penso com admiração e saudade, estava Thereza Aragão, à época sua mulher e mãe dos seus filhos. Ela foi a amiga mais importante de Bethânia em sua vida no Rio de Janeiro. Era mais do que o irmão eficaz que eu conseguiria ser. [...]" (Caetano Veloso via Facebook, 2016).

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