Tudo Dói (Caetano Veloso)
Tudo dói
Tudo dói
Tudo dói
Viver é um desastre que sucede a alguns
Nada temos sobre os não nenhuns
Que nunca viriam
As cascas das árvores crescem no escuro
As cascatas a 24 fotogramas por segundo
Os vocábulos iridescem
Os hipotálamos minguam
Tudo é singular
Dói
Tudo dói
Tudo dói
Tudo dói
Viver é um desastre que sucede a alguns
Nada temos sobre os não nenhuns
Que nunca viriam
As cascas das árvores crescem no escuro
As cascatas a 24 fotogramas por segundo
Os vocábulos iridescem
Os hipotálamos minguam
Tudo é singular
Dói
Tudo dói
© 2011 - Álbum Recanto - Gal Costa.
Comentário do autor: "Acho que foi a primeira música que eu fiz para esse disco e é a mais radical. Uma coisa que me emocionou muito é que é uma canção um pouco sombria, um pouco falando da experiência da vida como barra pesada e, ao mesmo tempo, ela é um pouco misteriosa, mesmo para mim. Era uma busca do som, imaginando os sons que seriam produzidos para que convivessem com a voz de Gal... Era uma canção que, de todas as canções, era a que mais eu temia. Moreno nunca teme nada, mas Kassin e eu temíamos que Gal estranhasse talvez demais essa canção. Ouvi Gal dizer mais de uma vez - para minha emoção profunda - que essa tinha sido a canção que ela achava mais bonita." (Caetano Veloso em entrevista no lançamento do disco Recanto, 2011).