A Pequena Suburbana (Música: Caetano Veloso, Letra: Tom Zé)
A pequena suburbana naquela periferia
Uma simples vira lata no fundo da via láctea
Sem nome sem dinastia
Pois não é que essa vadia se pinta como distinta
E ainda pensa e pondera ai quem me dera
Sei lá… uma atmosfera
Mas vejam, vejam só que a dita cuja
É uma mera suburbana e dos ares que se dá
E a pose com que se abana na brisa que ela mesma
Criou pra se refrescar, pois esta louca cigana
Ainda pensa e pondera ai quem me dera
Sei lá.. Uma atmosfera
Pelos ares os quasares querem ter
O azul que nos teus mares dá-se a ver
Como tanta doidivanas desejar
Eles pedem muito menos sem ter mágoa
Luz e brilho trocariam para levar
Uma simples e pequena gota d’água
Mas, receio, no coito que ela se entrega
Vai que afoita ela se esfrega numa ameba
Lá naquela lamacenta mistureba
E dispara um multiplicar sem regra
Pois a vida é suicida e quando pega
Não controla mais o barco que navega
A pequena suburbana...
© 2014 Pommelo Produções Artisticas - Álbum Vira Lata na Via Láctea - Tom Zé.
Uma simples vira lata no fundo da via láctea
Sem nome sem dinastia
Pois não é que essa vadia se pinta como distinta
E ainda pensa e pondera ai quem me dera
Sei lá… uma atmosfera
Mas vejam, vejam só que a dita cuja
É uma mera suburbana e dos ares que se dá
E a pose com que se abana na brisa que ela mesma
Criou pra se refrescar, pois esta louca cigana
Ainda pensa e pondera ai quem me dera
Sei lá.. Uma atmosfera
Pelos ares os quasares querem ter
O azul que nos teus mares dá-se a ver
Como tanta doidivanas desejar
Eles pedem muito menos sem ter mágoa
Luz e brilho trocariam para levar
Uma simples e pequena gota d’água
Mas, receio, no coito que ela se entrega
Vai que afoita ela se esfrega numa ameba
Lá naquela lamacenta mistureba
E dispara um multiplicar sem regra
Pois a vida é suicida e quando pega
Não controla mais o barco que navega
A pequena suburbana...